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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 575 - 31 de janeiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Acordo entre a Eletrobrás e credores é adiado mais uma vez
02. Aneel oficializa aprovação da fusão Iberdrola-Endesa
03. Aneel realiza audiência pública sobre MRE
04. Proposta da Aneel sobre MRE pode incentivar PCHs
05. Aneel afirma que Brasil não repete erros da Califórnia
06. BNDES venderá fatia na Eletropaulo
07. Cesp retoma enchimento de usina
08. Justiça do MS pode complicar enchimento de usina da Cesp
09. Guaraniana incorpora a Celpe
10. Eletrosul recebe autorização para linha de transmissão Itá-Caxias
11. Área de distribuição da CPFL terá investimento de R$ 101 mi em 2001
12. Bandeirante usa internet para reduzir custos de compras
13.
Petrobras deverá investir US$ 6 bi em 2001
14. Bush designa vice para cuidar de crise de energia
15. México não privatizará suas empresas de energia
16. Acordo prevê construção de usinas no México
17. Portugal admite abrir mercado em troca de participação da EDP na Hidrocantábrico
18.
Comissão Européia intervém na oferta de compra da EDP sobre Hidrocantábrico
19. AES aumenta lucro líquido em 97% no 4o. trimestre de 2001

 

 



01. Acordo entre a Eletrobrás e credores é adiado mais uma vez


Depois de quase nove horas de negociações, a Eletrobrás e os credores da dívida de Furnas decidiram adiar mais uma vez a solução do acordo. Os credores pediram mais tempo para definir algumas questões operacionais. Eles voltam a se reunir no dia 31.01.2001, data antes prevista para a realização do pagamento, para debater os pontos pendentes. De acordo com o diretor de engenharia da Eletrobrás, Marco Aurélio Palha, "o acordo está 99,9% fechado, mantendo os grandes números da proposta feita em 27.12.2000. Eles procuram encontrar a melhor maneira de fazer a alocação de riscos para operações futuras no MAE". Além da alocação de riscos, segundo ele, os credores ainda discutem pontos como sazonalidade, resazonalidade, recurso ao encargo de serviços e sistemas e a exposição nos submercados. A Eletrobrás vai esperar o resultado da reunião dos credores do dia 31.01.2001 para assumir uma posição. De acordo com Marco Aurélio Palhas, existe a possibilidade de que haja uma nova reunião entre a Eletrobrás e os credores no dia 01.02.2001. (Canal Energia - 30.01.2001)

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02. Aneel oficializa aprovação da fusão Iberdrola-Endesa


A Aneel oficializou, dia 30.01.2001, no DOU, sua aprovação sobre o parecer técnico que analisou os efeitos da fusão entre as companhias espanholas Iberdrola e Endesa sobre o mercado brasileiro. De acordo com o despacho do diretor-geral da Aneel, José Mário Miranda Abdo, o parecer técnico concluiu que não existe impedimento à união das duas companhias de acordo com a legislação brasileira que estabelece os limites de participação no mercado de energia elétrica. Mas a agência deixa claro que a aprovação do parecer não isenta as empresas de solicitarem aprovação prévia à Aneel quanto a quaisquer modificações de controle societário. (Gazeta Mercantil - 30.01.2001)


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03. Aneel realiza audiência pública sobre MRE


A Aneel estará realizando, entre os dias 30.01.2001 e 09.03.2001, audiência pública para o aprimoramento de ato regulamentar que será expedido pela agência, estabelecendo condições para a utilização do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) por centrais hidrelétricas não despachadas centralizadamente. Esse foi um dos pontos que provocou uma série de dúvidas e debates durante as negociações sobre a dívida de Furnas no MAE, pois a proposta da Eletrobrás também abrange o tratamento futuro da energia nuclear no mercado e o MRE pode ser utilizado na cobertura a uma eventual redução da produção das usinas nucleares. Os interessados do setor elétrico brasileiro poderão participar da audiência, por meio de intercâmbio documental. A íntegra do aviso está publicada no DOU do dia 30.01.2001 e disponível na página da Aneel (www.aneel.gov.br). (Gazeta Mercantil - 31.01.2001)


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04. Proposta da Aneel sobre MRE pode incentivar PCHs


A proposta da Aneel sobre o MRE, sob audiência pública, pode estender as PCHs o direito de ter acesso ao Mecanismo de Realocação de Energia (MRE). Com isso será possível agilizar o processo de autorização para construção dessas centrais bem como seu tempo de implantação. De acordo com o diretor geral da Aneel, José Mário Miranda Abdo, a vantagem da proposta é que esta diminui os riscos de operação das PCH's em períodos críticos; mesmo que estas não possam gerar energia elétrica em época de pouca chuva, seus contratos de venda de energia são garantidos por outras geradoras. (Gazeta Mercantil - 31.01.2001)


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05. Aneel afirma que Brasil não repete erros da Califórnia


Segundo o superintendente de estudos econômicos do mercado da Aneel, professor Edvaldo Santana, o modelo brasileiro, apesar de algumas dificuldades, não repete os erros do mais rico estado norte-americano. Segundo ele, "o que acontece na Califórnia dificilmente se repetirá no Brasil. Temos uma expansão mais coordenada da capacidade instalada e o nosso modelo tem um desenho mais consistente", avalia. Para Santana, o modelo californiano talvez tenha pecado pelo excesso de confiança no mercado, já que todas as transações de compra e venda de energia entre as concessionárias são efetuadas no mercado spot. É o contrário do Brasil que, graças aos cuidados da Aneel, obrigou as empresas a assinarem contratos bilaterais de longo prazo, reduzindo a exposição às operações de curto prazo para apenas 15%. O superintendente da Aneel também entende que, na Califórnia, houve demasiada concentração de mercado em apenas duas geradoras que, assim, fazem o que querem em termos de preços da energia elétrica. (Gazeta Mercantil - 31.01.2001)


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06. BNDES venderá fatia na Eletropaulo


O BNDES foi autorizado a vender a sua participação de 7,97% na Eletropaulo e também a se desfazer de 13,84% do capital social que detém da Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE ). Pela última cotação dessas ações no mercado, o lote da Eletropaulo Metropolitana em poder do BNDES vale cerca de R$ 381 mi e o da EPTE custa aproximadamente R$ 91 mi. A data do leilão e o preço mínimo serão definidos pelo BNDES. Um técnico da área de desestatização do banco explicou que, agora, serão definidas questões acerca do preço dessas ações e do melhor momento para a venda. "Tudo isso vai ser trabalhado considerando o tamanho da operação em relação ao tamanho dessas empresas e da liquidez desses títulos no mercado", explica o técnico. (Valor - 31.01.2001)


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07. Cesp retoma enchimento de usina


A Cesp Paraná inicia, dia 01.02.2001, o enchimento da segunda etapa da represa da Usina Hidrelétrica Sergio Motta, em meio a discussões com a Justiça de Mato Grosso do Sul em relação a uma tribo indígena do Estado. A represa tem hoje 253 metros acima do nível do mar. O próximo limite é de 257 metros, podendo chegar a 259 metros em épocas de cheia. A área atual da represa é de 1.460 km quadrados e, no limite, pode chegar a 2.250 km quadrados, um aumento de 54% na área total. Serão inundados mais 790 km quadrados. O enchimento da represa até a quota aprovada pelo Ibama é fundamental para a privatização da Cesp, já que a usina Sérgio Motta irá agregar 1.814 MW de potência à companhia, e elevá-la a 7.730 MW. Fiscais do Ibama estão há vários dias verificando as condições da represa e a Cesp aguarda uma aprovação a qualquer momento. (Valor - 31.01.2001)


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08. Justiça do MS pode complicar enchimento de usina da Cesp


A Promotoria de Justiça do Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul tem pronta uma ação civil pública pedindo liminar para impedir o enchimento da represa da Usina Hidrelétrica Sergio Motta, devido a existência de uma reserva indígena na região, mas está negociando com a Cesp. A tribo indígena já recebeu uma área de terra, o que está em negociação com a Cesp é a avaliação que a companhia está fazendo para chegar a um valor suficiente para que a tribo tenha condições sócio-econômicas de sobrevivência, além da ampliação da área da reserva. Além disso o Ministério Público do MS está postulando, na Justiça, 50% da energia gerada por Porto Primavera, já que a Cesp Paraná é uma empresa que atua apenas no Estado de São Paulo e a usina fica no rio Paraná, na divisa dos dois estados. A CPI da Cesp, criada pela Assembléia Legislativa do MS, não quis esperar uma posição do Ibama e decidiu entrar com três ações cautelares nas comarcas de Bataguassu, Brasilândia e Nova Andradina para impedir o enchimento do lago, que hoje está no nível 253 metros. (Valor e Correio do Estado/MS - 31.01.2001)


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09. Guaraniana incorpora a Celpe


A holding Guaraniana concluiu a incorporação da Celpe e a reestruturação de capital que permitiu a companhia anular o prejuízo de cerca de R$ 453 mi. As ações da Celpe foram adquiridas em leilão no início de 2000 pelos acionistas da Guaraniana, Previ, BB Investimento e Iberdrola por intermédio de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) e agora foram consolidadas na holding do grupo. A Guaraniana, que controla também a Cosern e Coelba, aumentou o capital em R$ 1,9 bi com a aquisição da distribuidora de Pernambuco elevando-o a R$ 4,2 bi. O processo de incorporação da distribuidora tem como objetivo a utilização do benefício fiscal sobre o ágio de R$ 1 bi pago acima dos R$ 800 mi de preço mínimo da Celpe. A conclusão do processo consolida também o posicionamento em escala da Guaraniana, abrindo espaço para a expansão da empresa, que tem como acionistas a Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, o BB Investimento e a Iberdrola. (Gazeta Mercantil - 31.01.2001)


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10. Eletrosul recebe autorização para linha de transmissão Itá-Caxias


Em solenidade realizada em Porto Alegre, foram assinados os protocolos que transferem à Eletrosul a responsabilidade pelo projeto de construção da Linha de Transmissão Itá-Caxias. A linha terá 500 torres além de uma subestação que acrescentará 700MW ao sistema operado pela CEEE. A dispensa de licitação pela Aneel decorre da urgência em evitar um colapso energético no Rio Grande do Sul. Segundo o presidente da Eletrosul, Cláudio Ávila da Silva, esta obra significa "a retomada de investimentos em energia elétrica na Região Sul do País que vem apresentando níveis de crescimento e, para tanto, são necessárias e emergentes obras desta natureza para incrementar o seu desenvolvimento sócio-econômico". O projeto da Linha de Transmissão de Itá até Caxias do Sul dará garantia e segurança de abastecimento para todo o Rio Grande do Sul. A previsão da Eletrosul é que as obras estejam concluídas em dezembro de 2001. (Eletrosul - 31.01.2001)

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11. Área de distribuição da CPFL terá investimento de R$ 101 mi em 2001


O sistema de distribuição de energia da CPFL receberá em 2001 um investimento total de R$ 101 mi. Com este volume de recursos, a empresa pretende instalar 11 novas subestações, ampliar outras 14 unidades e implantar mais 19 novos alimentadores. Os projetos vão atender regiões como Campinas, Ribeirão Preto e Bauru. "Os investimentos foram planejados em função da demanda e da expectativa de crescimento dessas regiões. O objetivo é melhorar a estrutura para atender o mercado", explica Otávio Luiz Rennó Grilo, gerente de Serviços da Área Sudeste da CPFL. Do total de investimentos, R$ 26 mi serão aplicados no item expansão do sistema; R$ 25 mi, na ligação de novos clientes; R$ 20 mi, na melhoria de linhas e redes de distribuição; R$ 7 mi, em manutenção de distribuição e de linhas de transmissão; R$ 3 mi, em automação de subestações e redes; e R$ 3 mi, em sistemas de telecomunicação. (Canal Energia - 30.01.2001)

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12. Bandeirante usa internet para reduzir custos de compras


A Bandeirante Energia inaugurou, em dezembro de 2000, o projeto piloto de um novo sistema de compras, o chamado leilão reverso, realizado online. O emprego da solução tem ajudado a empresa a reduzir em até 5% os custos no processo de compras. Segundo o gerente da divisão de aquisição da empresa, Pedro Vicente Iacovino, o sistema, direcionado para compras corporativas, funciona da seguinte forma: o leilão é realizado, no portal Bidare, num determinado dia e horário pré-estabelecidos. Ganha quem der o menor lance, já que a compra é feita pelo menor preço. Os fornecedores têm acesso às propostas, mas não ficam sabendo quem deu o lance. A primeira experiência desse tipo ocorreu no dia 19.12.2001, para a aquisição de 482 transformadores de distribuição aérea, que acabaram sendo arrematados por R$ 800 mil pela empresa WEG. O segundo leilão reverso foi realizado no dia 30.01.2001, e envolveu a compra de isoladores. De acordo com Iacovino, esse tipo de leilão elimina a fase de negociações comerciais e despersonaliza a relação com o fornecedor, dando mais transparência ao processo. A redução de custos dos processos para a Bandeirante é de 4% a 5%, de acordo com Iacovino. O projeto deve ser inteiramente implantado em fevereiro de 2001 e custará cerca de R$ 25 mil à Bandeirante. (Canal Energia - 30.01.2001)

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13. Petrobras deverá investir US$ 6 bi em 2001


O diretor da área de Exploração e Produção da Petrobras, José Coutinho Barbosa, disse, dia 30.01.2001, que a estatal programa investir este ano entre US$ 5 bi e US$ 6 bi. A definição sobre as áreas nas quais os recursos serão aplicados ainda não foi fechada, entretanto o diretor acredita que a maior parte dos investimentos será destinada à exploração e ao aumento da produção de petróleo. Os investimentos da estatal deverão ser distribuídos, ainda, por outros ramos de atividade, entre os quais o de geração de energia, que implica a construção de termelétricas em consórcio com outras empresas. (Jornal do Commercio - 31.01.2001)


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14. Bush designa vice para cuidar de crise de energia


A possibilidade de que a crise de energia que atinge a Califórnia se espalhe para outras regiões do país está preocupando o presidente dos EUA, George W. Bush. Ele se comprometeu a facilitar o trabalho das companhias para a exploração, produção e transporte de óleo e gás para a produção de eletricidade. Em reunião, dia 30.01.2001, Bush nomeou o vice-presidente Dick Cheney como o responsável para desenvolver medidas que reduzam a pendência do país de combustível estrangeiro. O governo americano também quer estimular o desenvolvimento de oleodutos e geradoras de energia mais capacitadas para garantir o abastecimento do país. (Folha - 31.01.2001IS)


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15. México não privatizará suas empresas de energia


Segundo o presidente do México, Vicente Fox, a venda de energia para os Estados Unidos prevê mudanças no setor, que segundo ele, não tem como atender a demanda americana. Existe um projeto que visa abrir o setor elétrico mexicano ao capital privado, mas não há cronograma para o processo. De qualquer forma, as usinas e os ativos já existentes continuarão nas mãos do Estado. A Comissão Federal de Eletricidade, a estatal do setor, disse que pode mandar 150 MW aos Estados Unidos, enquanto que o déficit estimado na Califórnia é de 10 mil MW. (Gazeta Mercantil - 30.01.2001)


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16. Acordo prevê construção de usinas no México


Geradoras norte-americanas manifestaram interesse na construção de usinas no México, onde as normas ambientais e outras exigências são menos rigorosas. Embora o sistema energético no México seja estatal e operado pelo governo, o país já atenuou as restrições sobre a construção de unidades privadas de geração de energia. Com o aumento da demanda energética, o país quer construir 16 novas usinas, das quais algumas exportarão para os EUA. (Gazeta Mercantil - 30.01.2001)


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17. Portugal admite abrir mercado em troca de participação da EDP na Hidrocantábrico


De acordo com analistas, o governo de Portugal estaria disposto a ceder terreno no mercado português a fim de receber luz verde do governo espanhol para efetivar a compra do controle acionário da Hidrocantábrico, através da EDP. O primeiro ministro de Portugal, Antonio Guterres, em reunião de cúpula da Penísula Ibérica, no dia 30.01.2001, deu a entender que está otimista com as conversações. Segundo ele, "os dois governos mostrarão compreensão para encontrar a melhor forma de cooperação entre os dois setores energéticos". Até agora, Portugal abriu apenas 33% de seu mercado para energia elétrica, e vários elementos da estrutura existente dificultam a vida de novos participantes. O mercado espanhol já tem 55% de seu total aberto à concorrência. O ministro espanhol das Finanças, Rodrigo Rato, disse que uma oferta da EDP poderia ser "difícil", devido a participação estatal na empresa, embora esclarecesse que tais questões são analisadas caso a caso. (Gazeta Mercantil - 31.01.2001)


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18. Comissão Européia intervém na oferta de compra da EDP sobre Hidrocantábrico


O governo espanhol está se arriscando a entrar numa dupla rota de colisão com Bruxelas, caso prossiga na sua tentativa de interferir na oferta de compra de ações da EDP sobre a Hidrocantábrico, por desrespeito das regras da concorrência. A Comissão Européia alertou, dia 30.01.2001, para o fato da OPA da EDP sobre a Hidrocantábrico ter dimensão comunitária, devido ao elevado volume de negócios que envolve. Assim sendo Bruxelas é a única entidade competente para analisar o seu impacto sobre a concorrência no mercado ibérico. O comissário da Concorrência europeu, Mário Monti, afirmou que "o Governo espanhol considera ter outros interesses legítimos a salvaguardar, que não os previstos no regulamento sobre fusões e concentrações (segurança pública, pluralidade dos meios de comunicação social ou regras prudenciais), mas terá de previamente notificar e esperar que a Comissão valide a sua argumentação". (Diário Econômico - PT - 31.01.2001)


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19. AES aumenta lucro líquido em 97% no 4o. trimestre de 2001


A norte-americana AES Corp. publicou, dia 29.01.2001, um aumento de 97% no lucro líquido do quarto trimestre de 2001, devido a um fortalecimento de seus negócios na Venezuela, no Brasil e em regiões dos Estados Unidos. A empresa, que tem ações em 153 geradoras de energia com cerca de 53 GW de capacidade pelo mundo, anunciou que seu lucro líquido aumentou para US$ 221 mi, ou US$ 0,46 por ação. Este número é 97% maior do que os US$ 112 mi obtidos no mesmo trimestre de 1999. A AES espera lucro por ação em 2001 na faixa de US$ 1,75 a US$ 1,90, e disse acreditar que o lucro por papel crescerá a uma taxa média de 25% a 30% nos próximos cinco anos. (Reuters - 31.01.2001)


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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Assistentes de pesquisa: Alexandre de Aquino, Clarissa Ayres, Fernando Fernandes, Marcelo Medeiros, Marlene Marchena, Rafael Sa, Silvana Carvalho e Tiago Costa.

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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