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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 572 - 26 de janeiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Aneel emite autos de infração contra Light e Furnas
02. Furnas vai recorrer de multas aplicadas pela Aneel por apagões
03. Light vai recorrer da multa por falhas no sistema
04. Eletrobrás ameaça pedir ação da Aneel no MAE
05. Aneel informa que 90% contratos de distribuição de energia já estão assinados
06. Avança Brasil quer reduzir dependência do país da geração hidrelétrica
07. Presidente da Celesc é contra privatização
08. Secretário de Energia do Rio critica quebra de acordo entre Aneel e Asep
09. Projetos da Endesa e Iberdrola no Brasil poderão ser reavaliados
10. Light lança eurobônus com prazo de dois anos
11. Light troca sistema subterrâneo por postos de transformação de superfície
12. Consórcio aplica R$700 mi no setor energético da Bahia
13.
Avaliação da Copel tem 15 candidatos
14. Bacia de Ribeirão Conceição tem estudos aprovados
15. EDP oferece US$ 3,2 bi pela Cantabrico
16. E.ON poderá ser a maior acionista da Sydkraft

 



01. Aneel emite autos de infração contra Light e Furnas


A Aneel emitiu quatro autos de infração contra a Light e Furnas, que terão 15 dias para apresentar defesa. As multas variam de 0,1% a 1% da receita anual líquida das empresas, podendo chegar a R$ 15 mi. A Aneel considerou como falha humana os problemas ocorridos na subestação Frei Caneca e na rede de distribuição subterrânea no Leme, Rio de Janeiro. Quanto à interrupção na usina nuclear de Angra II, a Aneel concluiu que houve problema operacional. (Agência Brasil - 25.01.2001)

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02. Furnas vai recorrer de multas aplicadas pela Aneel por apagões


O Departamento Jurídico de Furnas informou que irá entrar com recurso no dia 26.01.2001 contra as multas emitidas pela Superintendência de Fiscalização de Eletricidade da Aneel em decorrência de apagões ocorridos em dezembro de 2000, no Rio de Janeiro. Uma das multas tem valor de R$ 5.825.795,30 e se refere ao problema ocorrido na subestação de Ivaiporã, no Paraná, que provocou desligamento de energia em onze Estados e no Distrito Federal. A segunda multa é relacionada ao apagão provocado por falha na subestação de São José, no Rio de Janeiro, e tem valor de R$ 640.837,48. (Agência Brasil - 26.01.2001)


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03. Light vai recorrer da multa por falhas no sistema


A Light emitiu comunicado, dia 25.01.2001, afirmando que vai recorrer da decisão da Aneel de multar a empresa em até 1% de sua receita por causa da interrupção na subestação Frei Caneca e na rede de distribuição subterrânea do Leme, no Rio de Janeiro. Segundo a agência, as paralisações aconteceram por falha humana. O desligamento acidental na subestação Frei Caneca, ocorrido no dia 13.12.2000, provocou uma interrupção de 12 minutos no fornecimento de energia no Centro do Rio de Janeiro. No comunicado, a empresa informa que está investindo R$ 28 mi para modernizar a subestação. (Canal Energia - 25.01.2001)


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04. Eletrobrás ameaça pedir ação da Aneel no MAE


A Eletrobrás começa a desistir de buscar uma solução negociada para a dívida de R$ 578 mi junto ao MAE. A dificuldade de chegar a um entendimento com os credores está levando seu presidente, Firmino Sampaio, a recorrer à intervenção oficial. "Se não tivermos o acordo assinado até 31.01.2001, vamos pedir à Aneel para baixar uma resolução", afirmou Sampaio no dia 25.01.2001. No dia 26.01.2001, os credores reúnem-se em São Paulo para avaliar o texto final da proposta. Mas, ao contrário do que se esperava, a estatal não fez qualquer concessão: o novo documento sofreu ajustes para submeter-se às normas regulatórias, mas não incorporou as sugestões de geradores e distribuidores. Por isso, fontes do setor avaliam ser difícil obter qualquer conclusão na reunião, embora "'a proposta não tenha nenhum ponto intransponível". (Gazeta Mercantil - 26.01.2001)


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05. Aneel informa que 90% contratos de distribuição de energia já estão assinados


O diretor-geral da Aneel, José Mário Miranda Abdo, informou em entrevista coletiva, que cerca de 90% dos contratos das empresas do mercado de distribuição de energia já estão assinados. Segundo ele, a agência aprovou esta semana a assinatura do contrato com a Eletroacre (Companhia de Eletricidade do Acre) e com a Cepisa (Companhia Energética do Piauí). Os 10% restantes que precisam ser assinados são com a Ceron (Centrais Elétricas de Rondônia) e a Ceam (Companhia Energética do Amazonas), entre outras. (Canal Energia - 25.01.2001)


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06. Avança Brasil quer reduzir dependência do país da geração hidrelétrica


Aumentar o fornecimento de energia à base de gás natural para reduzir a dependência do país da geração hidrelétrica também é um dos pontos que faz parte do Programa Avança Brasil, que ainda em 2001 abrirá licitação para fazer a análise ambiental de todos os projetos. No caso da energia para Amazônia, o Programa quer dar ênfase à energia térmica, por ser considerada uma alternativa limpa. O Programa Avança Brasil prevê nos próximos oito anos investimentos de R$ 73 bi em uma série de projetos para os setores de infra-estrutura, meio ambiente, social e informação e conhecimento. (Agência Brasil - 25.01.2001)


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07. Presidente da Celesc é contra privatização


A Celesc enfrenta uma das maiores crises financeiras de sua história mas seu presidente, Francisco Küster, diz que o caminho não é a privatização, e sim a concessão de um maior apoio financeiro para as estatais. Segundo ele, a privatização não resolve o problema financeiro das estatais. Para Küster, "não existe possibilidade" de que a Celesc seja privatizada. "Nosso objetivo é manter a Celesc como estatal, porém gerenciada como uma empresa privada", completou. (Canal Energia - 25.01.2001)


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08. Secretário de Energia do Rio critica quebra de acordo entre Aneel e Asep


O secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, afirmou, dia 25.01.2001, ter estranhado a atitude da Aneel que anunciou a rescisão do convênio com a Agência Reguladora de Serviços Públicos concedidos do Estado do Rio (Asep). Segundo Victer, o convênio foi assinado em 1998, antes de Anthony Garotinho assumir o governo, e não foi colocado em operação por decisão do Estado, que entende que "a atribuição de fiscalizar cabe à Aneel", já que a concessão para a prestação de serviço de fornecimento de energia é dada pelo governo federal. A Asep seria a responsável pela mediação dos conflitos entre as concessionárias e os consumidores. Para Victer, antes que a Asep pudesse assumir esta tarefa, seria conveniente que o governo federal fizesse os investimentos devidos no estado para a conclusão de obras como as linhas de transmissão Cachoeira Paulista-Rio e Ouro Preto-Norte Fluminense. (Agência JB - 25.01.2001)


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09. Projetos da Endesa e Iberdrola no Brasil poderão ser reavaliados


Endesa e Iberdrola poderão reavaliar os seus programas de investimento no Brasil, depois de aprovada a fusão entre os dois grupos na Espanha, o que deverá ocorrer no dia 09.02.2001. A reavaliação dos investimentos fará parte da estratégia conjunta dos dois grupos no mercado brasileiro. Somente as empresas operadoras pela Iberdrola no Brasil têm programados investimentos de R$ 1,67 bi até 2003. Os recursos serão aplicados nos sistemas operacionais da Coelba, Celpe e Cosern, além da Tele Leste Celular. Em 2001, os investimentos previstos são de R$ 705 mi e de R$ 515 mi em 2002. O diretor-presidente da Iberdrola Energia do Brasil, Andrés Bartrina, diz que, certamente, a reavaliação dos investimentos da Iberdrola será para cima, pois os recursos previstos até 2003 são os "mínimos necessários". (Valor - 26.01.2001)


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10. Light lança eurobônus com prazo de dois anos


A Light irá lançar, dia 26.01.2001, no mercado internacional, eurobônus com valor entre US$ 100 mi a US$ 150 mi com prazo de dois anos. A empresa vai pagar um cupom de 8% ao ano, oferecendo um rendimento ao investidor de 8,125%, segundo a superintendente financeira da empresa, Lívia Baião. "É uma taxa excelente, principalmente se compararmos com a última captação, em agosto de 2000, quando pagamos 10% para lançar US$ 150 mi de eurobônus também de dois anos", disse. Os recursos serão utilizados para rolagem de um vencimento de US$ 150 mi previsto para fevereiro de 2001. Lívia Baião chama a atenção para o fato de que, apesar de o vencimento dos papéis ultrapassar a data das eleições presidenciais de 2002, a demanda pelos bônus da Light "está sendo excelente". A princípio, a emissão está para US$ 100 mi, mas por causa dessa recepção aos papéis, a executiva da Light espera que a emissão alcance os US$ 150 mi. (Gazeta Mercantil - 26.01.2001)

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11. Light troca sistema subterrâneo por postos de transformação de superfície


Preocupada em reduzir o nível de falhas, ganhar velocidade na operação do sistema e eliminar as dificuldades de manutenção, a Light decidiu investir forte no uso de postos de transformação de superfície, em substituição ao sistema subterrâneo tradicional. Quase três anos depois de implantar o projeto, a empresa passou a utilizar a solução como padrão em todas as novas ligações de sistema. Segundo Fernando Ferro Macedo, chefe do departamento de Expansão Litorânea, mais de 300 pontos já foram instalados em toda a área de concessão da Light. "Este é um padrão único para toda nova ligação da empresa", comenta Fernando Macedo. (Canal Energia - 25.01.2001)

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12. Consórcio aplica R$700 mi no setor energético da Bahia


A capacidade de transmissão de energia elétrica na Bahia terá um aumento de 30%, a partir de 2002, com a entrada em operação da linha Sudeste/Nordeste. A rede em construção será a maior do estado, alcançando uma extensão de 1,1 mil km. O sistema deverá entrar em operação até dezembro 2002, interligando a Serra da Mesa, em Goiás, ao município de Governador Mangabeira, na Bahia. O empreendimento exigirá um investimento da ordem de R$700 mi do consórcio formado pelas empresas Inepar e a italiana Enel Power. O gerente do departamento de novos negócios da Coelba, Veroilson Matos, afimou que "as duas empresas ganharam o direito de construir a linha de 500 KV, num leilão realizado pelo governo federal. Agora o consórcio vai escolher uma concessionária para operar e manter a linha. A Coelba é uma das candidatas". (Correio da Bahia - 26.01.2001)

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13. Avaliação da Copel tem 15 candidatos


Quinze empresas de consultoria brasileiras e estrangeiras se cadastraram na Secretaria da Fazenda do Estado do Paraná para fazer a modelagem e avaliação da Copel. Estas empresas vão auxiliar no processo de privatização da companhia que deve ocorrer no segundo semestre de 2001. Uma comissão formada pela Secretaria irá avaliar as propostas e divulgar posteriormente o nome de duas escolhidas para realizar os serviços. (Gazeta do Povo - PR - 26.01.2001)

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14. Bacia de Ribeirão Conceição tem estudos aprovados


A empresa SIIF do Brasil teve aprovado os seus estudos de inventário hidrelétrico da bacia hidrográfica do Ribeirão Conceição, afluente do rio Santana, em Minas Gerais. As divisões são constituídas dos seguintes aproveitamentos: Bolsa, com distância da foz de 8 km e 4 MW, e Alça, com distância da foz de 6,2 km e 1,3 MW. Os estudos não garantem qualquer direito quanto à obtenção da concessão ou autorização do aproveitamento do potencial hidrelétrico. O inventário deverá ser registrado no Crea. (Canal Energia - 25.01.2001)


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15. EDP oferece US$ 3,2 bi pela Cantabrico


A EDP e o banco espanhol Cajastur ofereceram US$ 3,2 bi em dinheiro e compromisso de pagamento de dívida pela Hidroelectrica del Cantabrico, possivelmente encerrando uma disputa de controle da quarta maior empresa concessionária de serviços públicos da Espanha, que já dura um ano. A proposta é a quarta apresentada desde março de 2000, sendo difícil de ser superada, já que a EDP e o Cajastur controlam uma participação acionária suficientemente grande para bloquear os rivais. A luta pela Cantabrico ressalta a disputa entre as empresas concessionárias para conquistar fatia de mercado enquanto o setor energético da Europa se abre à concorrência. (Gazeta Mercantil e El País - 26.01.2001)


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16. E.ON poderá ser a maior acionista da Sydkraft


A E.ON, a terceira maior elétrica da Alemanha, apresentará uma oferta formal de compra de um pacote de ações da elétrica sueca Sydkraft para se converter na sua maior acionista. Atualmente a E.ON controla 42,8 % dos direitos de voto e 19,4% do capital da Sydkraft e acredita que a aquisição pode se concretizar nas primeiras semanas de fevereiro de 2001 e assim continuar com a ampliação das suas atividades de energia na Europa. (Enervia - 26.01.2001)


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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fernando Fernandes e Tiago Costa - Auxiliares de Pesquisa

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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