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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 571 - 25 de janeiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Aneel quer mais detalhes de dados em contas de luz
02. Tourinho prevê problemas com fundo de pensão na privatização da Copel
03. BNDES não suprirá riscos cambiais em projetos de termeletricidade
04. Governo de Minas tenta novo prazo para divisão da Cemig
05. Celesc é transformada em holding
06. BNDES libera R$ 150 mi para Iberdrola
07. Gerasul recebe verba para Cana Brava e Itá
08. Chesf planeja investir R$ 509 mi para ampliar infra-estrutura
09. Nova subestação da AES Sul começa a operar
10. EMAE aumenta capacidade geradora
11. GE Energy Rentals volta o foco para o mercado corporativo
12. Eletronorte lança licitação para aquisição de estruturas metálicas
13.
Petrobras e FiatAvio irão construir termoelétrica de Ibirité
14. EDP aposta na Hidrocantábrico para crescer na Espanha
15. Califórnia mantém alerta máximo de energia elétrica
16. Califórnia gasta milhões de dólares para manter fluxo de energia

 



01. Aneel quer mais detalhes de dados em contas de luz


A Aneel tornará obrigatório, a partir de fevereiro de 2001, maior detalhamento dos dados fornecidos nas contas de luz enviadas para o consumidor. Segundo o diretor-geral da Aneel, José Maria Abdo, a medida, que faz parte da resolução 024 de fevereiro de 2000, permitirá maior transparência nas informações de cobrança das 64 concessionárias de energia elétrica do País. Entre as novidades, o destaque fica por conta da descrição do tempo de duração que uma residência fica sem energia elétrica durante o mês. Uma das metas anuais da Aneel é estipular um limite para esse tempo de interrupção no fornecimento de luz. Além disso, o consumidor verá discriminados na sua conta mensal os valores da taxa de geração, taxa de transmissão, impostos e encargos contratuais. As empresas que não enviarem as informações detalhadas nas contas poderão ser multadas em até 2% do seu faturamento mensal. (Estado - 25.01.2001)

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02. Tourinho prevê problemas com fundo de pensão na privatização da Copel


O ministro de Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, anunciou que a continuidade no processo de privatização da Copel dependerá da resolução dos problemas do fundo de pensão dos funcionários da companhia, como está acontecendo no caso de Furnas. De acordo com Tourinho, o impasse de Furnas está sendo avaliado pela Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência. Tourinho não quis prever um prazo para resolução do problema pela secretaria. (Estado - 25.01.2001)


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03. BNDES não suprirá riscos cambiais em projetos de termeletricidade


O diretor do BNDES, Eliazar de Carvalho, afirmou que o banco "não irá cobrir os riscos cambiais em relação aos investimentos em termelétricas". O diretor diz que o BNDES está mantendo contato com possíveis instituições financeiras para buscar soluções para a construção das termelétricas. As empresas precisam de garantias a longo prazo para investir no segmento, para isso, o banco está procurando alternativas para identificar os possíveis interessados em suprir este risco, ou seja, garantir o fundo para as térmicas, solução esta exigida pelos empreendedores interessados em reduzir os riscos cambiais provocados pelo preço do gás, estabelecido em dólar. O banco também estará colaborando com o projeto através de reuniões com os fornecedores e as concessionárias para encontrar uma saída para evitar os riscos. "Estaremos realizando uma reunião com as partes interessadas no mercado para discutir vários conceitos alternativos que possam suprir os riscos cambiais", avisa. (Canal Energia - 24.01.2001)


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04. Governo de Minas tenta novo prazo para divisão da Cemig


O governo do Estado de Minas Gerais faz, dia 25.01.2001, uma nova tentativa para conseguir prorrogar em um ano o prazo de divisão da Cemig em três empresas distintas de geração, transmissão e distribuição. O procurador do Estado, Nelcy Pereira Penna, informou que estará sendo protocolado um pedido de reconsideração por parte da Aneel, que negou a primeira solicitação feita pelo Estado. De acordo com o procurador, as conversas em torno da questão não estão esgotadas. Tanto a Cemig, quanto representantes do governo envolvidos na negociação, acham pouco provável que a Aneel resolva punir a empresa com a cobrança da multa estabelecida no contrato, que é de 2% sobre o faturamento anual, o que significa cerca de R$ 76 mi (em números de 1999). De qualquer forma, o governo mineiro não tem como executar a cisão da Cemig ainda em janeiro de 2001, uma vez que para isso, é preciso obter autorização da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), que está em recesso parlamentar. (Estado de Minas - 25.01.2001)


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05. Celesc é transformada em holding


O presidente da Celesc, Francisco Küster, anunciou, dia 24.01.2001, a transformação da estatal em holding e a venda das ações que detém da Casan, a fim de quitar as dívidas já vencidas. A mudança na gestão da empresa deve acontecer a partir de fevereiro de 2001, mês em que deve ser liberada pelos deputados estaduais a venda das ações da Casan, adquiridas por R$ 110 mi. O restante das dívidas, R$ 165 mi, será renegociado e pago com o retorno dos investimentos em geração de energia, que devem ser feitos em parceria com a iniciativa privada. Esse processo pode ser encarado como uma cisão da empresa. A definição foi tomada no dia 24.01.2001, em reunião na própria Celesc que contou com a presença da Fiesc, coordenadora do Conselho de Administração, que reúne também os empregados. Küster admitiu que a iniciativa privada pode ser detentora da maioria dos investimentos na subsidiária de geração de energia. Esse setor terá o controle da Empresa Catarinense de Geração de Energia, que será responsável por desenvolver a geração de todas as formas possíveis. O organograma de funcionamento da Celesc Holding será entregue à estatal no dia 01.02.2001. A princípio, serão quatro subsidiárias, divididas em Celesc Telecom, para telecomunicações; Celesc Distribuidora; Celesc Geradora e a Empresa Catarinense de Geração de Energia, formada para fazer da atual Celesc uma empresa que gera energia e não somente vende. (Diário Catarinense - 25.01.2001)


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06. BNDES libera R$ 150 mi para Iberdrola


O diretor-presidente da Iberdrola Energia do Brasil, afirmou que a companhia está fechando um financiamento junto ao BNDES para o projeto da usina hidrelétrica de Itapebi, na Bahia, avaliado em R$ 450 mi. Desse total, o banco entrará com R$ 150 mi. A operação tem a garantia do ABN Amro e do Banco do Brasil. Outros R$ 150 mi serão captados no mercado por meio do lançamento de debêntures e o restante deverá ser investido pela própria empresa. A usina de Itapebi terá capacidade de geração de 450 MW e deverá entrar em operação em 2003. A Iberdrola investirá, em 2001, R$ 705 mi em suas distribuidoras de energia e na operadora Tele Leste Celular, superando os R$ 598 mi investidos ao longo de 2000. O montante, segundo Bartrina, não inclui os projetos de duas térmicas, uma em Pernambuco (Termopernambuco) e outra no Rio Grande do Norte (Termoaçu), que juntas deverão consumir R$ 1,1 bi. A fusão com a Endesa não trará problemas para as duas companhias no Brasil, pois, de acordo com Bartrina, a Iberdrola e a Endesa têm participação no mercado de energia inferior ao permitido por lei. (Gazeta - 25.01.2001)


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07. Gerasul recebe verba para Cana Brava e Itá


Em fevereiro de 2001, a Tractebel, controladora franco-belga da Gerasul, terá recursos financeiros para dois de seus principais projetos de geração no Brasil: as usinas hidrelétricas de Cana Brava, em Goiás, e de Itá, em Santa Catarina. No final de fevereiro de 2001, o BID fará o primeiro desembolso, no valor de US$ 30 mi, dos US$ 165 mi de project finance previstos para a usina goiana. E o consórcio responsável pelo projeto de Itá, o Itasa (Tractebel, CSN e Cimento Itambé), formalizará no mercado nacional emissão de R$ 168 mi em debêntures, prevista anteriormente para dezembro de 2000. Com a operação de debêntures, estruturada pelo BNDES, o grupo começará a viabilizar o projeto da usina de Itá, orçado em R$ 1,13 bi. As duas usinas são fundamentais para a ampliação do parque gerador da Gerasul, que, com os novos projetos instalados, passará a dispor, até 2003, de mais 1,4 mil MW de energia que virão a somar-se com a capacidade atualmente instalada de 4,4 mil MW. (Gazeta - 25.01.2001)


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08. Chesf planeja investir R$ 509 mi para ampliar infra-estrutura


Com a meta de reforçar a estrutura dos serviços, a Chesf, planeja investir em 2001 R$ 509 mi. A maior parte dos recursos (R$ 352 mi) será destinada a implantação de novas linhas e subestações e na ampliação das atuais. A outra parte dos investimentos será feita na conclusão do reassentamento de Itaparica (R$ 93 mi), em geração (R$ 44 mi) e em infra-estrutura (R$ 20 mi), segundo informações da assessoria de imprensa da Chesf. A empresa já tem um cronograma de obras para tocar os projetos em oito estados: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. (Canal Energia - 24.01.2001)


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09. Nova subestação da AES Sul começa a operar


Entrou em operação no dia 24.01.2001, uma nova subestação e uma linha de transmissão da AES Sul que abrangerá os municípios gaúchos de Montenegro, Brochier, Maratá e Salvador do Sul, atendendo a mais de 25 mil clientes. O investimento total para as obras foi de R$ 3,7 mi. A nova subestação irá propiciar um acréscimo de 25 MVA ao sistema da região. Como ela será atendida na tensão de 138 kV foi necessária a construção da linha de transmissão com estruturas metálicas e isoladores poliméricos, evitando problemas como vandalismo e manutenções corretivas. Com o funcionamento desta subestação, haverá um remanejamento das cargas atendidas pelas outras subestações da região, o que irá conferir ao sistema maior confiabilidade, além de melhorar os indicadores de qualidade (DEC e FEC). (Canal Energia - 24.01.2001)


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10. EMAE aumenta capacidade geradora


No dia 23.01.2001 a EMAE divulgou dois projetos importantes que aumentarão a sua capacidade de geração: a construção da termelétrica de Piratininga e a limpeza do rio Pinheiros, que reverterá o fluxo de água para a hidrelétrica de Henry Borden, atualmente só acionada no horário de pico devido a insuficiência de água. Em termos de capacidade geradora a EMAE passará de 340 MW médios/ano para 720 MW médios/ano e Henry Borden passará a produzir 420 MW médios/ano diante dos 140 MW médios/ano atuais. A transformação da usina de Piratininga na primeira termelétrica movida a gás natural de São Paulo é um projeto de US$ 300 mi, que prevê parceria da Petrobras e que faz parte do PPT. (Gazeta e Folha - 24.01.2001)

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11. GE Energy Rentals volta o foco para o mercado corporativo


A GE Energy Rentals, uma divisão da General Eletric, especializada em geração de energia e climatização para entretenimento, está procurando focar o mercado industrial e corporativo, um segmento que promete maiores lucros. A previsão de Luiz Braga, diretor-geral da GE Energy Rentals, é de que até o final de 2001 o reforço da presença da empresa neste segmento seja responsável pela maior parte dos negócios. "Atualmente, o segmento industrial e corporativo representa entre 30% e 40% dos negócios. A tendência é de que, a partir deste ano, haja uma reversão neste quadro", avalia Braga. Além do mercado industrial, segundo Braga, a estratégia da empresa também mira na direção das concessionárias de energia. (Canal Energia - 24.01.2001)

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12. Eletronorte lança licitação para aquisição de estruturas metálicas


A Eletronorte realizará licitação na modalidade pregão, tipo menor preço, no dia 06.02.2001, às 10h. O objeto da concorrência é o fornecimento de 400 ton de estruturas metálicas treliçadas para as linhas de transmissão Rio Branco-Tangará e Rio Branco-São Francisco, em 69 kV, localizadas no estado do Acre. O edital está à disposição dos interessados na Eletronorte, em Brasília. Mais informações podem ser obtidas no site da empresa ou pelo e-mail elnweb@eln.gov.br (Eletronorte - 24.01.2001)

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13. Petrobras e FiatAvio irão construir termoelétrica de Ibirité


A companhia italiana FiatAvio e a Petrobras irão começar, em fevereiro de 2001, a trabalhar no projeto da termoelétrica de Ibirité, de 700 MW e investimento de US$ 640 mi, no Estado de Minas Gerais. A subsidiária do grupo Fiat, Fiat Engieneering se ocupará da preparação do solo e da construção civil, enquanto a General Electric fornecerá as turbinas. A FiatAvio possui 51% do projeto e a Petrobras, 49%. Um terceiro parceiro está em negociação, provavelmente a companhia americana Intergen, de acordo com fontes da Petrobras. A usina irá fornecer energia para a refinaria da Petrobrás em Ibirité e para as fábricas da Fiat, na vizinhança de Betim. O excedente será vendido no mercado de energia. (BNamericas - 25.01.2001)

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14. EDP aposta na Hidrocantábrico para crescer na Espanha


A aproximação da EDP sobre a Hidrocantábrico é uma resposta à ruptura com a Iberdrola, com quem em dois anos e meio nunca conseguiu concretizar nenhum dos objetivos definidos, à exceção das telecomunicações. O avanço sobre Hidrocantábrico é interpretado, por diversas fontes, como uma tentativa para manter a face no mercado ibérico. A operação é considerada cara, cerca de US$ 2,534 bi, devido ao seu número de clientes, pouco mais de 500 mil, e que proporciona poucas sinergias à EDP. (Diário Econômico - PT - 25.01.2001)


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15. Califórnia mantém alerta máximo de energia elétrica


Apesar das medidas de emergência anunciadas pela administração de Bush, a Califórnia mantinha no dia 24.01.2001, pelo nono dia consecutivo, o estado de alerta máximo de energia elétrica Com o alerta, não está descartada a possibilidade de haver novos apagões rotativos programados, que já deixaram sem luz centenas de lugares, na parte norte do estado, principalmente nos horários de pico. Para que as autoridades estaduais tenham um pouco mais de tempo para resolver a crise, o novo secretário de Energia, Spencer Abraham, adiou, dia 23.01.2001, por duas semanas as medidas federais de emergência tomadas pelo governo anterior, que obrigam os produtores de energia elétrica e gás natural a continuar o fornecimento para as falidas distribuidoras californianas. (AFP - 24.01.2001)


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16. Califórnia gasta milhões de dólares para manter fluxo de energia


O Estado da Califórnia está queimando dinheiro tão rápido quanto consome eletricidade, colocando pressão extra no Estado para encontrar uma solução rápida para sua crise de energia. Ao mesmo tempo, as duas maiores companhias de serviço do estado, a Pacific Gás e a Eletric e South Califórnia Edison, foram à corte no dia 24.01.2001 para tentar bloquear o mercado de eletricidade da Califórnia de vender propriedades para honrar pagamentos atrasados. Embora o Presidente George W. Bush tenha estendido no dia 23.01.2001 medidas emergenciais, mantendo o fluxo de energia da Califórnia, os secretários do estado notaram que vêem gastando mais de um quarto dos US$ 400 mi do fundo de emergência em apenas cinco dias. No dia 23.01.2001, o Estado gastou mais de US$ 113 mi. O dinheiro foi gasto na compra de energia de todos os fornecedores em nome das empresas. O porta-voz do governador californiano, Gray Davis, afirmou que os legisladores têm que encontrar uma solução de longo prazo para a crise nos próximos dias. (AP - 24.01.2001)


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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fernando Fernandes e Tiago Costa - Auxiliares de Pesquisa

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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