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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 569 - 23 de janeiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Adiada a reunião que selaria o acordo entre o MAE e a Eletrobrás
02. Debate entre Eletrobras e distribuidoras pode romper acordo com o MAE
03. Aneel recebe cinco propostas para construção de nova linha Norte-Nordeste
04. Eletrobrás abre concorrência para termelétrica no RJ
05. Térmica de Piratininga ganhará gerador a gás
06. Projeto de despoluição do Rio Pinheiros inclui aumento de produção de hidrelétrica
07. Emissão de eurobônus apressa a privatização da Cesp-Paraná
08. Light e Eletropaulo já iniciaram a separação
09. Prioridade da Light é elevar geração
10. Gerasul e Celesc disputam R$ 3,3 mi mensais
11. Chesf pode aumentar tarifa
12. EDP planeja mais investimentos no Brasil
13.
Cresce o investimento português no Brasil
14. Governo espanhol estuda se levará em conta alegações da Repsol
15. RWE confirma interesse por Hidrocantábrico
16. Instituições canadenses financiarão construção de central elétrica no México

 



01. Adiada a reunião que selaria o acordo entre o MAE e a Eletrobrás


Foi adiada a reunião entre o MAE e a Eletrobrás, que estabeleceria um acordo definitivo para o pagamento da dívida de Furnas, em decorrência da comercialização da energia gerada por Angra II. O encontro estava marcado para acontecer, dia 22.01.2001. na sede da Asmae, em São Paulo. Ainda não foram oficialmente divulgados os motivos do adiamento e a nova data da reunião. (Canal Energia - 22.01.2001)

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02. Debate entre Eletrobras e distribuidoras pode romper acordo com o MAE


As últimas semanas de janeiro de 2001 serão decisivas para as negociações sobre a dívida da Eletrobrás junto ao MAE. Se os credores e devedor não assinarem o acordo até o fim de janeiro de 2001, já que a última proposta da Eletrobrás prevê o pagamento à vista dos recursos devidos em 31.01.2001, haverá o rompimento definitivo, o que significa pedir a intervenção do governo ou recorrer a ações na Justiça. As credoras concordaram com a parte financeira, mas questionaram pontos do tópico comercial, sobre o tratamento a ser dado à produção das usinas nucleares Angra I e II. As dúvidas convergem sobre sua participação na compensação da energia que, eventualmente, Angra I e II não consigam produzir para cumprir os contratos de venda da produção a longo prazo. A intensificação desse debate veio a somar-se com a antiga disputa entre Eletrobrás e distribuidoras pela produção excedente da usina de Itaipu. As distribuidoras alegam que têm direito a esse excedente e podem usá-lo para atender ao crescimento de seu mercado ou para compensar a redução da produção das nucleares. Já a Eletrobrás, que reivindica o mesmo direito, não estaria disposta a citar Itaipu no texto do acordo. (Gazeta Mercantil - 23.01.2001)


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03. Aneel recebe cinco propostas para construção de nova linha Norte-Nordeste


A Aneel recebeu cinco propostas de grupos interessados na construção da nova linha de transmissão unindo os sistemas Norte e Nordeste. Essa interligação é necessária para aumentar a capacidade de transferência de energia entre uma região e outra. Como a cheia do Rio Tocantins ocorre numa época diferente do período do Rio São Francisco, a Eletronorte e a Chesf acabam promovendo esses intercâmbios para evitar qualquer falha no fornecimento de energia. A nova interligação vai do Pará ao Maranhão e, a partir daí, espalha-se pela rede de distribuição da Chesf. O mesmo acontece no sentido contrário. Será instalada uma rede com 924 km de extensão, com tensão de 500 kV. A previsão de investimento é de R$ 623 mi. Foram pré-qualificados os consórcios Inter Expansión, da Espanha; Novatrans Energia, parceria entre empresas brasileira e espanhola; TUC 2001 (brasileiro); Consórcio Earth Tech (EUA/Brasil) e a empresa Asea Brown Boveri (ABB). O leilão será promovido pela Aneel no dia 14.02.2001, na BVRJ. No dia 30.01.2001, a Aneel divulgará os nomes das empresas habilitadas a participarem do leilão. O prazo para a entrada em operação é de 22 meses. (Jornal do Commercio - PE - 23.01.2001)


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04. Eletrobrás abre concorrência para termelétrica no RJ


A Eletrobrás está abrindo concorrência internacional para implantação de uma usina termelétrica no Estado do Rio de Janeiro. A participação somente será permitida às empresas brasileiras, estrangeiras autorizadas a funcionar no Brasil e estrangeiras que tiverem representação legal no Brasil, com poderes expressos para receber citação e responder administrativa ou judicialmente. O edital estará disponível para os interessados a partir do dia 23.01.2001 e a apresentação dos envelopes acontecerá no dia 09.03.2001. Maiores informações podem ser encontradas no site da Eletrobrás (www.eletrobras.gov.br). (Gazeta Mercantil - 22.01.2001)


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05. Térmica de Piratininga ganhará gerador a gás


As obras de ampliação e modernização da termoelétrica de Piratininga serão iniciadas oficialmente no dia 23.01.2001, com a presença do ministro das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, e do presidente da Petrobras, Henri Philippe Reichstul. A Petrobras é a principal parceira da Emae na ampliação e conversão da usina de Piratininga do óleo combustível para o gás natural, onde serão aplicados R$ 300 mi. A participação dos sócios ainda não foi divulgada, mas estima-se que a Petrobras fique com 40% e os 60% restantes com a Emae. O grupo francês TotalFinaElf também negocia uma participação no projeto. Com a conversão, a usina passará a ser a primeira termoelétrica a gás natural do Estado de São Paulo. Pronta, vai consumir 5 milhões de metros cúbicos de gás por dia, fornecidos pela Comgás. Numa primeira fase, a usina receberá duas turbinas a gás, com capacidade de produção de 400 MW que serão acrescidos aos já 472 MW instalados. As turbinas entrarão em operação, em ciclo aberto em dezembro de 2001. No final de 2002, as outras duas máquinas entrarão em operação e também quatro caldeiras de recuperação de calor, completando o ciclo térmico. Ao final do processo, em 2003, a termoelétrica ampliará a produção de energia dos atuais 472 MW para 1.272 MW. (Valor - 23.01.2001)


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06. Projeto de despoluição do Rio Pinheiros inclui aumento de produção de hidrelétrica


O governo do Estado de São Paulo deverá lançar, até a primeira metade do mês de fevereiro de 2001, o edital de licitação para a escolha de uma empresa, ou consórcio, que se disponha a financiar a despoluição das águas do Rio Pinheiros. O projeto, estimado em cerca de US$ 100 mi, possibilitará a reversão do curso do rio, com o bombeamento das águas para a represa Billings, proporcionando um enorme ganho ambiental e regularizando a produção de energia da usina hidroelétrica de Henry Borden, em Cubatão, que, atualmente, é subaproveitada por causa da pouca quantidade de água na represa. Hoje, a média anual de geração da usina é de 140 MW e subirá, com a inclusão da água do Rio Pinheiros, para 600 MW/ano. Entre as possibilidades estudadas pelos técnicos envolvidos na elaboração do projeto, há a opção de a empresa ou consórcio que vencer a disputa obter o retorno financeiro do investimento recebendo a energia que passará a ser gerada pela usina. (Agência Estado - 22.01.2001)


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07. Emissão de eurobônus apressa a privatização da Cesp-Paraná


Como parte do plano para acelerar a privatização da Cesp-Paraná, o governo do Estado de São Paulo vai lançar eurobônus para rolar a dívida da companhia. Serão R$ 500 mi, a serem emitidos em fevereiro de 2001. Segundo o secretário de Energia do estado de São Paulo, Mauro Arce, a confirmação de uma nova data para o leilão da empresa depende da emissão dos bônus e do enchimento do reservatório da usina de Porto Primavera. Embora a emissão já tenha sido aprovada pelo Banco Central, o PED ainda não tem previsão de quando se reunirá para avaliar a Cesp. (Canal Energia - 22.01.2001)


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08. Light e Eletropaulo já iniciaram a separação


Os acertos para o descruzamento societário entre a Light e a Eletropaulo estão na reta final. Os acionistas das duas companhias elaboram um novo acordo societário que será a base do processo de cisão. A EDF vai se tornar a controladora da Light, enquanto que a AES ficará com a maioria do capital da Eletropaulo. Atualmente, o controle da distribuidora paulista se dá por meio da Light, que está em mãos da EDF e da AES. O diretor-presidente da Light, Michel Gaillard, afirmou que a separação vai ocorrer o mais rápido possível e explicou que "o cronograma depende da CVM, da Aneel e do Cade". (Valor - 23.01.2001)


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09. Prioridade da Light é elevar geração


A meta da Light é reforçar presença na área de geração de energia e deter o controle de 4 mil MW dos cerca de 20 mil MW adicionais que o Brasil precisa produzir até 2005. O diretor-presidente da Light, Michel Gaillard, afirmou que, para atingir o objetivo, a empresa analisa as oportunidades de privatização no setor, como Cesp Paraná, Copel, Chesf e Furnas. Gaillard adianta que ainda não está definido como serão feitos os novos investimentos. Se por meio da Light, da EDF ou das duas em parceria. Hoje a Light tem em construção projetos que somam 800 MW de eletricidade e outros 900 MW em hidrelétricas adquiridas com a privatização e já em operação. Os projetos em carteira na área de geração incluem as termoelétricas Norte Fluminense, Itaocara, Cabiúnas e Paracambi. Na Norte Fluminense, o investimento é em parceria com Escelsa, Petrobras, Eletrobrás e Cerj. Em Cabiúnas, a sociedade é com Petrobras e Mitsui. (Valor - 23.01.2001)


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10. Gerasul e Celesc disputam R$ 3,3 mi mensais


A Gerasul e a Celesc estão iniciando uma batalha jurídica por R$ 3,3 mi mensais. O valor é a diferença entre o que a distribuidora catarinense vem pagando por parte da energia que compra da Gerasul e a tarifa que a geradora pode cobrar segundo determinação da Aneel. No total, como a questão já se arrasta por três meses, a dívida da Celesc é de R$ 9,9 mi. O presidente da estatal, Francisco Küster, diz que não reconhece o reajuste tarifário nem o débito. Para garantir a cobrança do preço estabelecido pela agência reguladora, a Gerasul apelou à Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (Cetip), órgão do Banco Central. Atualmente corre em segunda instância, no TJSC, um agravo de instrumento apresentado pela Gerasul para derrubar a liminar que impede a cobrança da dívida diretamente na conta bancária da Celesc. (Gazeta Mercantil - SC - 23.01.2001)

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11. Chesf pode aumentar tarifa


A partir de fevereiro de 2001, a Chesf poderá aumentar suas tarifas em 6,38%. O reajuste foi concedido em agosto de 2000 pela Aneel e faz parte de um aumento maior de 16,22% que foi dividido em duas etapas. Ao conceder o reajuste anual das geradoras, a Aneel decidiu escalonar os percentuais. O primeiro passou a valer em agosto de 2000 e o segundo entrará em vigor em fevereiro de 2001. Essa foi a forma encontrada para que o aumento das geradoras passasse a ser sincronizado com os das distribuidoras que, muitas vezes, precisam absorver o impacto de um reajuste por até um ano. (Jornal do Commercio - 21.01.2001)

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12. EDP planeja mais investimentos no Brasil


A EDP investiu US$ 1,3 bi em 1999 e 2000 para participar do controle de quatro distribuidoras de energia elétrica no Brasil e planeja investir mais US$ 1,3 bi na geração de energia até 2005. A meta da empresa é passar dos atuais 177 MW para 4.000 MW gerados. Para isso, a EDP está viabilizando a construção de uma usina termelétrica movida a gás natural na região de Araraquara (SP), onde, segundo o presidente da EDP para o Brasil, Eduardo Benini, já existem condições para um empreendimento que pode chegar a 1.000 MW. Esse é um dos nove empreendimentos previstos no PPT onde a EDP terá participação. (Gazeta Mercantil - 22.01.2001)

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13. Cresce o investimento português no Brasil


De janeiro a setembro de 2000 o Brasil recebeu US$ 1,508 bi em capitais provenientes de Portugal. Esse valor, segundo o Instituto de Comércio Externo de Portugal (ICEP), representa um crescimento em relação a 1999, mas é inferior ao de 1998, ano em que o Brasil recebeu US$ 4,098 bi de janeiro a dezembro. Nos nove primeiros meses de 2000, o grande destaque foram atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas, responsáveis pela entrada de US$ 1,428 bi e pela saída de US$ 309 mi. Em segundo lugar, ficou o setor de produção e distribuição de eletricidade e água, com a entrada de US$ 26 mi e a saída de US$ 12 mi. (Jornal do Commercio - 23.01.2001)

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14. Governo espanhol estuda se levará em conta alegações da Repsol


Os advogados do Ministério da Economia espanhol estão estudando se o governo deve considerar as alegações da Repsol contra o processo de fusão Endesa-Iberdrola antes de decidir se autoriza ou não a operação. A Repsol solicitou uma audiência para que seus argumentos sejam considerados pelo governo e não descarta recorrer a via judicial para paralizar a fusão. (Europa Press - 23.01.2001)


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15. RWE confirma interesse por Hidrocantábrico


O principal grupo de energia alemão, RWE, está estudando adquirir uma participação no capital social da Hidrocantábrico. A Hidrocantábrico está em um período de incerteza pela aprovação da CNMV da oferta pública de aquisição de ações lançada pela Ferroatlantica e pela EnBW. Depois da aprovação da CNMV, se abrirá um prazo de 15 dias para apresentar contra ofertas. (El Mundo - 23.01.2001)


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16. Instituições canadenses financiarão construção de central elétrica no México


A Sociedade para a Expansão das Exportações do Canadá e o Bank of America financiarão a construção de uma central elétrica no estado mexicano de Campeche, com capacidade de produzir 250 MW. As instituições canadenses anunciaram no dia 22.01.2001 um financiamento de US$ 133,6 mi para o projeto da TransAlta Campeche S.A, que construirá uma central produtora de energia elétrica, aproveitando o gás natural produzido na região. A TransAlta é uma empresa da província canadense de Alberta, com operações nos Estados Unidos, Austrália e México, e no Canadá é responsável pela produção de oito mil MW. (Notimex - 22.01.2001)


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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Fernando Fernandes - Auxiliar de Pesquisa

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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