01.
Energia não será mais corrigida
por IGP-M
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O governo mudará a forma de
correção das tarifas de energia
elétrica, atualmente a maior
preocupação do governo com
relação às tarifas públicas.
O secretário de Acompanhamento
Econômico, Cláudio Considera,
pretende fazer uma combinação
de índices que espelhem melhor
a composição de custos das
empresas. Em vez de usar o
IGP-M "puro e simples", os
futuros contratos serão corrigidos
por uma cesta de índices que
compõem internamente o IGP-M,
também calculados pela FGV,
e que serão aplicados aos
custos específicos de cada
empresa. "Vários custos captados
pelo IGP-M não impactam as
concessionárias", disse Considera.
O novo modelo de composição
do índice de reajuste já foi
encaminhado ao CND. O governo
está de mãos atadas em relação
aos contratos atuais porque
não há como modificá-los antes
do vencimento das concessões,
que duram 30 anos. Mas, segundo
Considera, a cesta de índices
deverá ser utilizada nos contratos
de renovação das concessões.
A forma que o governo tem,
hoje, para reduzir o elevado
impacto do IGP-M nos atuais
contratos é a revisão periódica,
feita de quatro a cinco anos,
dependendo do contrato da
empresa. Quando o momento
chegar, a Aneel aplicará um
redutor sobre o índice, o
chamado fator X, para repassar
ao consumidor os ganhos de
eficiência e produtividade
das empresas. (Valor - 22.01.2001)
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02.
Tarifas
de energia serão revistas em 2003
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As tarifas de energia elétrica
no Brasil podem começar a cair
no momento das revisões tarifárias,
o que, no caso de 18 concessionárias,
deve acontecer em 2003. De acordo
com o contrato de concessão,
a revisão é o momento em que
os ganhos de produtividade das
empresas são repassados ao consumidor.
De acordo com o diretor da Aneel,
José Mário Abdo, ''no Espírito
Santo, a revisão de 1998 reduziu
os preços em 3,4%. Em 2003,
teremos um momento importante
de revisão''. Outras 26 concessionárias
passarão pela revisão em 2004.
Essa data é prevista no contrato
de concessão e, nos mais recentes,
esse período foi uniformizado
em quatro anos. A revisão, segundo
Abdo, é uma das principais alternativas
para diminuir o peso da conta
de luz no orçamento do consumidor.
(Jornal do Brasil - 22.01.2001)
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03.
Leilão de três novas linhas de
transmissão atrai quatorze empresas
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Quatorze empresas brasileiras
e estrangeiras apresentaram
à Aneel, dia 19.01.2001, os
documentos exigidos pelo Edital
de Licitação para participar
do leilão das Linhas de Transmissão
Tucuruí - Vila do Conde (Pará),
Interligação Norte - Nordeste
(Pará ao Maranhão) e Interligação
Sul - Sudeste (Paraná a São
Paulo). O leilão será promovido
pela Aneel no dia 14.02.2001,
na BVRJ. No próximo dia 30.01.2001,
a Aneel estará divulgando os
nomes das empresas habilitadas
a participarem do leilão. No
leilão, será declarada vencedora
a empresa que oferecer o menor
valor de tarifa de transmissão.
Ao todo, serão licitados 1.575
km de linhas, que representam
um investimento total de R$
1,190 bi. A implantação destas
linhas e as instalações de transmissão
estão contempladas no Plano
de Expansão do Setor Elétrico
1999-2008 e, quando entrarem
em operação, serão responsáveis
pelo aumento de 4.200 MW na
capacidade de transporte de
energia elétrica. (Aneel - 19.01.2001)
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04.
Privatização acirra debate entre
BNDES e Ministério das Minas e
Energia
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Aos poucos, cresce uma polarização
entre o BNDES e o Ministério
das Minas e Energia, em torno
dos critérios de precificação
e das prioridades na privatização
do setor elétrico. Os técnicos
do ministério temem que a oferta
de ativos já instalados e em
funcionamento termine por atrair
todo o interesse privado, desviando
recursos que poderiam transformar-se
em novas unidades de geração
e transmissão. Essa discussão
pode levar à fixação de uma
meta mais rígida de desempenho
para as empresas privatizadas,
como foi feito na telefonia.
Uma possibilidade que desagrada
ao Ministério da Fazenda é o
adiamento da venda de Furnas,
Chesf e Eletronorte até que
os patamares de investimento
novo em geração e transmissão
sejam alcançados. (Jornal do
Commercio - 22.01.2001)
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05.
Petrobras é fundamental para projeto
de termelétricas
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A Petrobras está desempenhando
um papel fundamental no projeto
de termelétricas a gás, que
começam finalmente a ser erguidas.
Dos quinze projetos que deverão
ficar prontos até o fim de 2001,
treze têm por trás a Petrobras.
Em onze empreendimentos, a estatal
é sócia, e nos outros dois,
se incumbe de comercializar
a energia gerada com custo elevado.
Foi também graças à estatal
que se garantiu o fornecimento
das turbinas pelas fabricantes
GE, Alstom e Siemens/Westinghouse,
que estão abarrotadas de encomendas
e têm filas de espera de até
dois anos. De acordo com Nestor
Cerveró, gerente de energia
da Petrobras, a estatal é "o
instrumento do governo para
alavancar o programa emergencial
de energia e temos interesse
na venda do gás natural que
será consumido pelas usinas".
Todos os projetos em que a estatal
está presente terão as obras
iniciadas até fevereiro de 2001
e cronograma de operação previsto
para até dezembro. As quinze
usinas injetarão no sistema
elétrico nacional 2,7 mil MW,
equivalentes a 4% de toda energia
gerada no Brasil. Os investimentos
somam US$ 2,3 bi, em capital
próprio dos investidores, sem
financiamento. Em contrapartida,
os investidores que estão tocando
projetos sem a parceria da Petrobras
estão insatisfeitos. Os contratos
de compra e venda de gás, assinados
com a Gaspetro, subsidiária
da estatal, são o principal
empecilho, já que as cláusulas
impõem o pagamento pelo combustível
mesmo quando ele não é utilizado.
(Valor - 22.01.2001)
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06.
Angra 2 volta a funcionar
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A
usina Angra 2 voltou a funcionar
às 9h06min do dia 21.01.2001.
A Usina, parada desde o dia
12.01.2001 para a troca de um
transformador, foi reativada
dois dias antes do previsto.
(Jornal do Brasil - 22.01.2001)
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07.
Procel aplicará R$ 1,35 bi até
2002
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O governo brasileiro vai aplicar
R$ 1,35 bi em programas de
conservação de energia elétrica
até o ano 2002. Um montante
1.828% maior do que foi disponibilizado
em 1999, R$ 70 mi, e que dá
a idéia da preocupação das
autoridades com a questão
da economia de energia elétrica.
Os recursos virão do Programa
Nacional de Conservação de
Energia (Procel), previstos
no orçamento para o período
2000-2002. O Procel está estimando
uma economia para de 8.400
MW com esse investimento.
Os recursos destinados ao
Procel são oriundos da própria
Eletrobrás, operadora do programa,
do Banco Mundial, da Agência
Canadense para o Desenvolvimento
Internacional (Cida) e da
Comunidade Econômica Européia,
além dos recursos das próprias
concessionárias que devem
investir 1% de sua receita
em programas de conservação
de energia. (Estado de Minas
- 22.01.2001)
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08.
Cemig justifica descumprimento
de prazo à Aneel
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A Cemig apresentou, dia
19.01.2001, as justificativas
à Aneel sobre o descumprimento
do prazo para a conclusão
da desverticalização da
empresa, que incluem a cisão
da companhia em três subsidiárias
integrais das áreas de geração,
transmissão e distribuição.
O teor dos documentos enviados
à agência não foram revelados
mas, segundo a companhia,
uma nova reunião, possivelmente
com a participação do presidente
da Companhia, Djalma Morais,
será realizada no dia 23.01.2001.
(Estado - 19.01.2001)
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09.
Copel republica edital para
consultores
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A Secretaria Estadual
da Fazenda do Paraná republica,
dia 22.01.2001, o edital
de contratação dos consultores
que farão a avaliação
econômico-financeira e
a modelagem da venda da
Copel. O primeiro edital,
publicado no dia 09.01.2001,
tinha erros nos critérios
de julgamento das empresas
vencedoras da licitação.
A medida vai atrasar em
onze dias o prazo para
abertura das propostas
dos serviços. Os critérios
serão o de menor preço,
respeitando limites máximos
de R$ 1 mi para o serviço
A (avaliação financeira)
e de R$ 2,5 mi para o
B (modelagem para venda).
Segundo a Comissão Especial
de Licitações, havia erros
de digitação no primeiro
edital que deturpavam
os pesos usados como referência
para a escolha das empresas
que executarão os serviços.
(Gazeta - 22.01.2001)
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10.
Lucros da Enron avançam
34% e superam expectativas
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A Enron Corp. anunciou,
dia 22.01.2001, que seus
lucros avançaram 34% no
último trimestre de 2000,
superando as previsões
de Wall Street. A companhia
registrou lucros, excluindo
itens extraordinários,
de US$ 347 mi, ou US$
0,41 por ação, ante aos
lucros de US$ 259 mi,
ou US$ 0,31 por ação,
do mesmo período de 1999.
(Último Segundo - 22.01.2001)
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11.
América Latina bate recorde
de captações em janeiro
de 2001
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O corte da taxa de juros
norte-americanas em
0,5 ponto percentual
e a melhora do risco
Brasil feito pela agência
norte-americana Standard
& Poor's, tiveram efeitos
positivos para o mercado
brasileiro e para o
mercado latino-americano,
que vai fechar o mês
de janeiro de 2001 com
o maior volume de captações
externas para esse mês
desde o início da década
de 90. Até o dia 19.01.2001,
países e empresas da
região haviam tomado
empréstimos de US$ 6,439
bi em papéis no mercado
de capitais e também
empréstimos bancários.
No total, o Brasil já
conseguiu captar US$
3,15 bi, incluídos empréstimos
bancários, como os obtidos
por Eletropaulo e Bandeirante
Energia. A Cesp espera
lançar de US$ 400 mi
a US$ 500 mi em bônus
em meados de fevereiro
de 2001 e a Light está
estudando como fará
a rolagem de uma dívida
externa de US$ 150 mi,
que vence em fevereiro
de 2001. (Gazeta - 22.01.2001)
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12.
Petrobrás começa a rever
posição sobre Gasbol
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A briga com a ANP
pelo livre acesso
ao Gasoduto Brasil-Bolívia
(Gasbol) desgastou
a Petrobras e está
quebrando a resistência
da empresa, que há
meses tenta impedir
que companhias privadas
transportem gás pelo
duto. Executivos da
estatal já começam
a achar que vale mais
a pena parar de resistir
e aproveitar o enorme
peso da Petrobrás
no Brasil para ganhar
espaço no mercado
de gás natural. O
livre acesso, já definido
em lei, determina
que a empresa proprietária
de um gasoduto é obrigada
a transportar gás
para outras companhias,
desde que haja capacidade
ociosa no equipamento.
Dos 30 milhões de
metros cúbicos por
dia que o Gasbol pode
transportar, a Petrobras
está utilizando cerca
de 7 milhões de metros
cúbicos. (Estado -
22.01.2001)
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13.
Califórnia comprará
energia elétrica
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Os legisladores
da Califórnia aprovaram
uma verba de emergência
de US$ 400 mi, permitindo
que o governo estadual
compre energia para
as duas maiores
distribuidoras de
energia elétrica,
depois que meio
milhão de pessoas
foi submetido a
blecautes durante
dois dias. A lei
fará com que o Estado
adquira a energia
para a Pacific Gas
& Electric, subsidiária
da PG&E Corp., e
a Southern California
Edison, da Edison
Internacional Inc.
Ambas estão à beira
da falência e os
recursos contribuirão
para evitar os apagões
enquanto o governo
estuda reformas
para seu setor de
fornecimento de
energia elétrica.
(Gazeta - 22.01.2001)
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14.
Governo português anuncia fim
da aliança entre EDP e Iberdrola
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O Ministro de Economia de Portugal,
Mario Cristina da Sousa, anunciou
oficialmente o fim "amistoso"
da aliança entre a EDP e a Iberdrola,
devido ao processo de fusão
da companhia espanhola com a
Endesa. De acordo com o Ministro,
a fusão leva ao "desaparecimento
das condições para manter o
acordo". Com a fusão Endesa-Iberdrola,
a EDP verá reduzido seu peso
no mercado ibérico, motivo pelo
qual o abandono da aliança com
a Iberdrola seria uma "resposta
direta" a essa operação de concentração.
(Europa Press - 22.01.2001)
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15.
EDP estuda aquisição da Hidrocantábrico
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A EDP está a estudando a tomada
de uma posição na Hidroeléctrica
do Cantábrico, a terceira
maior elétrica espanhola.
Uma participação que poderá
ser traduzida numa nova parceria
estratégica em substituição
à aliança com a Iberdrola.
Uma fonte oficial da EDP afirmou
que "mais do que uma parceria
estratégica, interessa à EDP
fazer aquisições e ter operações
na Espanha, pelo que a elétrica
portuguesa deverá avançar
para o mercado espanhol com
vista à compra de activos
na área da produção e venda
de energia". (Semanário Econômico
- PT - 22.01.2001)
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