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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 567 - 19 de janeiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Aneel ameaça multar Cemig, Celesc, Ceb e Coelba
02. Aneel encaminha 9 hidrelétricas ao CND
03. Aneel vai firmar novos convênios para implantar agências estaduais
04. Aneel quer que Eletropaulo explique apagões
05. Brasil negocia com o México sobretaxa para transformadores elétricos na OMC
06. CND autoriza Furnas a participar de licitação para linha de transmissão
07. Cesp deve ser vendida no início de abril de 2001
08. Cesp ainda interessa à EDP
09. Coelce pretende investir R$ 577 mi em infra-estrutura nos próximos três anos
10. AES Sul destinará R$ 75 mi em expansão do sistema e atendimento ao cliente
11. EDP e Grupo Rede estudam construir quatro usinas no rio Tocantins
12.
Hyundai construirá central elétrica em Porto Velho
13. Segmento de gás e termeletricidade terá catálogo de produtos e serviços
14. Parceria entre Petrobrás e Vale viabilizará polo siderúrgico
15. Lucros da Duke Energy sobem 18% no 4º trimestre de 2000
16. Hidrocantábrico pode ficar sob controle da EDF
17.
Califórnia restabelece fornecimento de energia elétrica

 



01. Aneel ameaça multar Cemig, Celesc, Ceb e Coelba


A Aneel poderá multar Cemig, Celesc, CEB e Coelba por não terem feito a cisão das empresas geradoras, transmissoras e distribuidoras até o dia 31.12.2001. Segundo o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, as empresas têm o dia 19.01.2001 para apresentar as justificativas pelo descumprimento ao contrato de concessão. As empresas foram notificadas pela Aneel no dia 04.01.2001. Abdo informou que após a justificativa das empresas, a Aneel avaliará cada caso no prazo de 30 dias e emitirá, se houver necessidade, um auto de infração para cada uma delas. A multa das empresas poderá chegar a até 2% da receita líquida. (Folha de SP - 18.01.2001)

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02. Aneel encaminha 9 hidrelétricas ao CND


A Aneel está encaminhando ao Conselho Nacional de Desestatização a inscrição de 9 novos empreendimentos hidrelétricos no Programa Nacional de Desestatização, totalizando 2.069 MW. São eles: Baú I, com 110 MW, a ser implantado no rio Doce, Estado de Minas Gerais; Fundão, com 118 MW, a ser implantado no rio Jordão, Estado do Paraná; Santa Clara, com 118 MW de potência instalada, a ser implantado no rio Jordão, Estado do Paraná; Itaguaçu, com 151 MW, a ser implantado no rio Claro, Estado de Goiás; Salto, com 117 MW, a ser implantado no rio Verde, Estado de Goiás; Salto do Rio Verdinho, com 122 MW, a ser implantado no rio Verde, Estado de Goiás; Pai Querê, com 288 MW, a ser implantado no rio Pelotas, Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina; Serra dos Cavalinhos, com 45 MW, a ser implantado no rio das Antas, Estado do Rio Grande do Sul e Tupiratins, com 1.000 MW, a ser implantado no rio Tocantins, Estado do Tocantins. (Aneel - 19.01.2001)


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03. Aneel vai firmar novos convênios para implantar agências estaduais


A Aneel estará firmando, ainda em 2001, convênios com nove agências criadas pelo estado para fiscalizar as concessionárias de energia elétrica. O assessor da Superintendência de Relações Institucionais da agência, Hércio Brandão, diz que o objetivo é oferecer um atendimento de qualidade aos consumidores. De acordo com Brandão, "a Aneel adotou um processo de descentralização para facilitar o atendimento ao consumidor de energia elétrica". Os estados envolvidos no processo são Santa Catarina, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Sergipe, Pernambuco e Mato Grosso, além do Distrito Federal. Além destas, o superintendente conta que 11 agências estão em fase preliminar de análise. A Aneel já possui convênio com sete agências reguladoras deste tipo, instaladas em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará e Pará. (Canal Energia - 18.01.2001)


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04. Aneel quer que Eletropaulo explique apagões


O diretor-geral da Aneel, José Mário Miranda Abdo, deve receber, ainda em janeiro de 2001, relatório sobre os apagões ocorridos na terceira semana de janeiro, na região metropolitana de São Paulo. Segundo Abdo, os documentos serão preparados pela Eletropaulo Distribuidora e analisados pela Comissão de Serviços Públicos de Energia (CSPE), agência reguladora estadual que possui autonomia para tratar das questões de fiscalização e regulamentação local do setor elétrico. Numa análise preliminar, técnicos da Aneel admitiram que uma chuva intensa na região pode ter provocado os desligamentos dos equipamentos da Eletropaulo. Segundo o diretor-geral da Aneel, somente após as análises dos relatórios será possível saber se a empresa tem responsabilidade ou não nos desligamentos ocorridos. (Estado - 19.01.2001)


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05. Brasil negocia com o México sobretaxa para transformadores elétricos na OMC


No dia 26.01.2001, o Brasil iniciará rodada de negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC) com o México, que restringe a entrada de transformadores elétricos brasileiros. A Secretaria de Comércio e Fomento Industrial do México impôs sobretaxas provisórias de 112,05% contra a Trafo e de 68,98% contra a Coemsa. Se a medida não for alterada, o Brasil pedirá panel (comitê de investigação) na OMC. (Gazeta Mercantil - 19.01.2001)


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06. CND autoriza Furnas a participar de licitação para linha de transmissão


O D.O. publicou, dia 18.01.2001, resolução do Conselho Nacional de Desestatização (CND) onde Furnas recebe autorização para participar da licitação da linha de transmissão de 500 kV Ibiúnas-Bateias, circuito duplo, que terá 328 km de extensão. A resolução foi assinada pelo ministro do Desenvolvimento, Alcides Tápias. (Canal Energia - 18.01.2001)


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07. Cesp deve ser vendida no início de abril de 2001


O secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, confirmou o leilão da geradora paulista para o período entre o final de março e início de abril de 2001. No dia 22.01.2001, o Ibama fará a vistoria na usina hidrelétrica Sérgio Motta (ex-Porto Primavera) quando avaliará as condições para o enchimento, uma vez que o processo poderia coincidir com a chamada piracema, período de desova dos peixes. Arce também confirmou que outro dos obstáculos à privatização deverá ser levantado no dia 15.02.2001, com a emissão de eurobônus no valor de US$ 500 mi. O secretário negou qualquer possibilidade um novo adiamento da privatização da geradora paulista. (Gazeta Mercantil - 19.01.2001)


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08. Cesp ainda interessa à EDP


A EDP confirmou, dia 18.01.2001, seu interesse em participar do leilão da Cesp-Paraná. De acordo com o vice-presidente da EDP no Brasil, Antônio Garcia, os investidores interessados na geradora estão esperando que algumas das condições do leilão, como os fatores ambientais e um possível acréscimo do preço mínimo, estejam mais claras para que se sintam seguros em participar do novo leilão, cujo cronograma ainda não foi definido pelo governo estadual. (Estado - 19.01.2001)


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09. Coelce pretende investir R$ 577 mi em infra-estrutura nos próximos três anos


Nos próximos três anos, a Coelce pretende investir R$ 577 mi em obras de infra-estrutura. A empresa, que enfrentou em 2000 um período de crise, com risco até de perda da concessão, agora tenta melhorar os índices de qualidade com a implantação de um plano de construção de subestações, incremento da potência instalada e ampliação das linhas de transmissão, o que deve beneficiar diretamente 304 mil clientes em 66 municípios. O índice de qualidade dos serviços da empresa está sendo melhorado, como mostra a redução do tempo médio de interrupção no fornecimento de energia (DEC), que caiu de 3,27 horas em dezembro de 1999 para 2,77 horas em dezembro de 2000. (Diário do Nordeste - 19.01.2001)

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10. AES Sul destinará R$ 75 mi em expansão do sistema e atendimento ao cliente


Para o ano de 2001, a AES Sul investirá cerca de R$ 75 mi em setores como atendimento ao cliente, expansão do sistema e programa anual de combate ao desperdício de energia. O objetivo é oferecer qualidade no fornecimento energético e no atendimento ao consumidor. A empresa informa que, ao longo de 2001, serão implantadas quatro novas subestações, além de ampliar e digitalizar outras subestações da empresa. Outro projeto da distribuidora é o programa anual de combate ao desperdício, que receberá R$ 8 mi de investimentos. Estão incluídos no programa a construção de novas subestações, estudos de novas modalidades tarifárias para o setor residencial, eficientização de prédios públicos e pesquisa e desenvolvimento. (Canal Energia - 18.01.2001)

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11. EDP e Grupo Rede estudam construir quatro usinas no rio Tocantins


O vice-presidente da EDP e diretor-presidente da Energine, subsidiária da EDP no setor de geração, Manuel Garcia, confirmou a realização dos estudos de viabilidade para a construção de quatro usinas hidrelétricas no rio Tocantins, sendo que duas delas com previsão de licitação para 2001. Segundo Garcia, as usinas de Peixe e de São Salvador são as que estão com os projetos mais adiantados. "Os relatórios desses dois empreendimentos já estão prontos. A hidrelétrica de Peixe terá uma capacidade instalada de 450 MW, enquanto a de São Salvador vai operar com uma capacidade de 280 MW. As outras duas usinas, previstas para serem licitadas em 2002, são: Tupirantins, com 820 MW e de Poeiras, com 520 MW. Somadas, as futuras geradoras agregarão 2.070 MW à matriz energética brasileira. Manuel Garcia não quis adiantar os investimentos destinados às quatro unidades, mas garantiu que o projeto será realizado em conjunto com o Grupo Rede, com quem a EDP já mantém um acordo na construção do complexo de Lajeado, também no rio Tocantins. (Canal Energia - 18.01.2001)

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12. Hyundai construirá central elétrica em Porto Velho


O grupo sul-coreano Hyundai planeja construir uma central elétrica em Porto Velho em parceira com a Construções e Comércio Camargo Corrêia SA. A central deverá estar concluída em Junho de 2003 e terá uma capacidade de 340 MWs. Este é o primeiro projeto com know how koreano na América Latina. A obra será financiada com capitais norte-americanos, estando orçada em US$ 179 mi. (Korea Herald - 19.01.2001)


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13. Segmento de gás e termeletricidade terá catálogo de produtos e serviços


Até o final de 2001, o segmento de gás e termeletricidade ganhará um novo catálogo de produtos e serviços, contendo quase 1,1 mil nomes de fabricantes e prestadores de serviços. O sistema, que hoje conta com uma base de 213 empresas, está sendo desenvolvido pelo recém-instalado Subcomitê de Gás e Termeletricidade da ONIP. Segundo estimativa de Alberto Machado, superintendente do subcomitê, a área de produtos e serviços para o segmento de térmicas vai crescer muito em função do programa prioritário de termeletricidade, que só este ano colocará 14 usinas em atividade, segundo o Ministério das Minas e Energia. (Canal Energia - 18.01.2001)


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14. Parceria entre Petrobrás e Vale viabilizará polo siderúrgico


No mês de fevereiro de 2001, a Petrobras e a Vale do Rio Doce assinarão um protocolo de intenções para estudar a viabilidade técnica e financeira da construção do polo siderúrgico de Vitória. A Petrobras estudará a possibilidade de garantir preços competitivos para o gás em troca de uma participação no pólo, viabilizando a obra e evitando o que aconteceu com o polo siderúrgico de Marabá, no Pará, onde discussões em torno do preço do fornecimento de gás inviabilizaram sua construção. Atualmente, a Vale utiliza óleo como fonte de energia nas suas sete pelotizadoras do Espírito Santo, com custos muito superiores aos do gás, o que diminui a competitividade de suas exportações. A geração térmica a óleo custa US$ 150 por hora e a gás sairá por US$ 50. Para o governo, a criação de pólos siderúrgicos em projetos integrados de gás e termelétrica é vista não apenas como uma alavanca do crescimento na região, mas como reforço para a pauta de exportações, sendo o pólo um vetor de integração da região com o Mercosul. (Gazeta Mercantil - 19.01.2001)


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15. Lucros da Duke Energy sobem 18% no 4º trimestre de 2000


A Duke Energy Corp. anunciou, dia 18.01.2001, após o fechamento do mercado, que seus lucros líquidos avançaram 18%, superando as expectativas de analistas. A companhia registrou lucros, no quarto trimestre de 2000, de US$ 0,94 por ação, uma elevação de 16% em relação aos lucros de US$ 0,81 por ação do mesmo período do ano anterior. A Duke divulgou ainda lucros líquidos de US$ 352 mi no trimestre, um aumento de 18% ante aos lucros líquidos de US$ 299 mi do mesmo trimestre de 1999. Para o ano 2000, a companhia obteve lucros de US$ 4,20 por ação, acima dos lucros de US$ 3,60 do ano anterior. Os lucros líquidos para o ano 2000 avançaram 18%, para US$ 1,78 bi, ante aos lucros de US$ 1,51 bi em 1999. As receitas da companhia subiram 148%, para US$ 15,41 bi no trimestre e avançaram 127%, para US$ 49,3 bi no ano. (Último Segundo - 19.01.2001)


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16. Hidrocantábrico pode ficar sob controle da EDF


A Hidrocantábrico, quarta elétrica espanhola, poderá ficar sob controle da EDF caso a oferta pública de aquisição (OPA) sobre 25% do seu capital social lançada pela Ferroatlântica, ligada à EDF, tenha sucesso. Neste caso, as hipóteses da EDP em encontrar novo parceiro espanhol, numa altura em que se fala do rompimento da aliança estratégica com a Iberdrola, resumem-se à Union Fenosa. Tendo sido considerada hostil pela Hidrocantábrico, a OPA recebeu a aprovação da Comissão Nacional do Mercado de Valores espanhola (CNMV) e estará concluída dentro de dois meses, o prazo fixado pela ofertante para a aceitação da sua proposta. (Diário Econômico - PT - 19.01.2001)


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17. Califórnia restabelece fornecimento de energia elétrica


Os apagões rotativos involuntários ordenados pelo segundo dia consecutivo, no Norte da Califórnia para minorar a crise elétrica foram suspensos, anunciou oficialmente, na noite do dia 18.01.2001, o organismo que regula a eletricidade no Estado, Cal-ISO. A companhia Pacific Gas and Electric restaurou gradualmente a energia para 200.000 usuários que estavam sem luz desde às 13h locais e disse que os cortes vão parar nos próximos dias, mas podem ser retomados, caso se faça necessário. (AFP - 19.01.2001)


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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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