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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 566 - 18 de janeiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Aneel iniciará licitação para obras no Rio
02. Resolução da Aneel vai estimular PCHs
03. Estudos de inventário hidrelétrico são aprovados pela Aneel
04. Participação das térmicas na matriz energética do país vai chegar a 20% em 10 anos
05. Prefeitura de Recife planeja cobrar taxa extra da Celpe
06. Cisão da Cemig pode ser pretexto para privatização
07. Queda dos juros favorece empresas do setor
08. Empresas optam entre bônus e debêntures para levantar recursos
09. AES já está no comando da Eletropaulo
10. Light implanta novo serviço de atendimento até julho de 2001
11. Celpe investirá mais R$ 1 bilhão em expansão do sistema em cinco anos
12. Conselho de Administração da Celesc apresenta proposta ao Governo de SC
13.
Hidrovia Tietê-Paraná oferece vantagens para novas indústrias
14. Cooperativas mudam de perfil e investem na distribuição e cogeração de energia
15. E.ON analisa compra da britânica Powergen
16. Califórnia tem primeiros apagões desde o início da crise energética
17. Governo da Califórnia decreta estado de emergência

 



01. Aneel iniciará licitação para obras no Rio


A Aneel inicia, em março de 2001, a licitação de uma série de obras decisivas para o afastamento do risco de colapso no abastecimento do Estado do Rio de Janeiro. A primeira concorrência será para a linha de transmissão entre Ouro Preto, em Minas Gerais, e Vitória, no Espírito Santo, de 245 mil volts. Com 300 km de extensão, a linha será capaz de regularizar a carga no Norte Fluminense. A obra terá o custo final definido pelo leilão, mas está estimada em torno de R$ 80 mi. Em maio de 2001, é a vez da linha de alta tensão entre Cachoeira Paulista e Rio de Janeiro, de 500 mil volts, 160 km de extensão e custo estimado em R$ 60 mi. Com as duas linhas, o Estado do Rio deixa de ocupar a chamada ponta do sistema, o lugar mais sujeito a flutuações bruscas e interrupções de carga. (Jornal do Commercio - 18.01.2001)

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02. Resolução da Aneel vai estimular PCHs


A entrada da energia gerada pelas PCHs no ONS é considerada pelo mercado um passo importante para o setor de energia. A previsão da Aneel é de que até meados de abril de 2001 a resolução seja publicada. O vice-presidente da APMPE (Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica), Cícero Machado, enfoca que esse era o principal objetivo da associação desde sua criação, em agosto de 2000. A falta de mecanismos regulamentados, segundo Cícero Machado, fazia das PCHs um investimento de alto risco, pois não havia garantias concretas na comercialização dessa produção. O diretor de Comercialização da AMPE, Ricardo Piggato, acredita que em 10 anos, a matriz energética das PCHs corresponda 10% da energia produzida em todo o Brasil, fruto do grande crescimento que já se verifica nesse setor. (Canal Energia - 17.01.2001)


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03. Estudos de inventário hidrelétrico são aprovados pela Aneel


Foram aprovados pela Aneel os estudos de inventário hidrelétrico simplificado do Rio do Bravo, no estado de São Paulo, apresentados pela construtora Gomes Lourenço, e do Rio Braço do Norte, no estado de Santa Catarina, elaborado pela Bruver CRC Consultoria e Representação. No primeiro rio, foi identificado um potencial total de 3.350 kW em quatro pequenas centrais hidrelétricas: Três Barras (1.410 kW), São Benedito (670 kW), Bocaina I (360 kW) e Bocaina (910 kW). Já em relação ao Rio Braço do Norte, foram identificados 17,6 MW em seis pequenas centrais hidrelétricas: Povoamento (1,8 MW), Varginha (2,4 MW), Rio do Sul (1,2 MW), Santa Rosa (6,5 MW), Rio do Meio (2,9 MW) e Cidade de Santa Rosa (2,8 MW). Também foram aprovados pela Aneel os estudos de revisão do inventário hidrelétrico do Rio Guaporé, no estado do Rio Grande do Sul, apresentados pela Performance Centrais Elétricas. Através deles, foram identificados 60 MW de potencial distribuídos igualmente em duas pequenas centrais hidrelétricas: Monte Bérico e Monte Cuco. (Canal Energia - 17.01.2001)


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04. Participação das térmicas na matriz energética do país vai chegar a 20% em 10 anos


O Ministério das Minas e Energia prevê para os próximos 10 anos que as térmicas tenham 20% de participação na matriz energética do país, que atualmente é de apenas 8%. As 14 usinas termelétricas previstas para entrar em operação em 2001, 10 delas com investimentos da Petrobras, deverão ter uma demanda diária de 17 milhões a 20 milhões de metros cúbicos de gás, de acordo com o diretor de Gás e Energia da Petrobrás, Delcídio do Amaral Gomes. Até 2003, a previsão do Ministério das Minas e Energia é de que outras 42 unidades sejam ativadas, gerando mais de 15 mil MW de energia. (Canal Energia - 17.01.2001)


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05. Prefeitura de Recife planeja cobrar taxa extra da Celpe


A Prefeitura de Recife pretende cobrar da Celpe uma taxa pela colocação de sua rede em área pública. A proposta é alvo de um estudo que vai resultar na elaboração de um futuro projeto de lei. Além disso, com a diversificação dos serviços da mesma empresa, a Prefeitura compreende que alguns contratos também deverão recolher o Imposto Sobre Serviços (ISS). Para o secretário de Finanças da Prefeitura de Recife, Reginaldo Muniz, a Celpe instalou seus postes em locais que pertencem ao poder público e o seu uso poderá ser cobrado, mas por enquanto, essa proposta ainda está em estudo. (Jornal do Comércio - PE - 18.01.2001)


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06. Cisão da Cemig pode ser pretexto para privatização


O impasse entre o governo de Minas e a Aneel, em torno da divisão da Cemig em três empresas distintas de geração, transmissão e distribuição não foi solucionado na reunião do dia 17.01.2001, entre diretores da Cemig, representantes da Procuradoria do Estado e técnicos da Aneel. Um novo encontro, dessa vez entre o presidente da Cemig, Djalma Morais, e o presidente da Aneel, José Mário Abdo, está agendado para o dia 23.01.2001. O governador do Estado de Minas Gerais, Itamar Franco disse, dia 17.01.2001, em entrevista coletiva, que essa será a última tentativa de chegar a um acordo. (Estado de Minas - 18.01.2001)


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07. Queda dos juros favorece empresas do setor


A queda dos juros internacionais e domésticos impactou positivamente o custo do endividamento de empresas brasileiras de energia elétrica, como a Light. Além da redução dos gastos com estoques atrelados à taxa Libor, há diminuição dos 'spreads' globais em novos contratos, como os do BNDES, que já anunciou revisão dos spreads em seus empréstimos. Paulo Renato Marques, superintendente de relações com investidores da Light, lembrou que, mesmo com vencimentos de longo prazo, sem parcelas imediatas, há um ganho contábil na queda das taxas. A empresa tem, do total equivalente a US$ 2,2 bi em dívidas, US$ 555 mi atrelados à Libor, o equivalente a US$ 850 mis vinculado à cesta de moedas do BNDES e o restante é a juros fixos. (Gazeta - 18.01.2001)


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08. Empresas optam entre bônus e debêntures para levantar recursos


As empresas brasileiras estão utilizando de forma agressiva tanto o mercado de capitais externo quanto o interno para rolar dívidas ou obter novos recursos. O otimismo dos investidores em relação ao País após a redução dos juros nos Estados Unidos e a elevação da nota de risco do Brasil conferida pela agência de risco Standard & Poor's ajudaram a gerar um ambiente propício para a captação de recursos. Estimulada pela queda das taxas no mercado externo, a Bandeirante Energia está usando os novos recursos para quitar dívida de US$ 120 mi em debêntures. A Bandeirantes está quitando a dívida com um empréstimo bancário de US$ 120 mi, com prazo de seis meses, em operação foi liderada pelo Banco do Brasil e pelo Banco Votorantim, que emprestaram US$ 60 mi cada um à distribuidora de energia. A Light ainda não definiu se vai acessar o mercado externo ou o local para levantar recursos para rolar um dívida de US$ 150 mi que vence em fevereiro de 2001. (Gazeta - 18.01.2001)


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09. AES já está no comando da Eletropaulo


A AES já está no comando da Eletropaulo com a indicação de Luiz David Travesso, que também preside a AES do Brasil, para assumir o posto de presidente da empresa, deixado vago por Marc André Pereira, indicado pela EDF para a função. Junto com a criação de uma nova diretoria para assuntos de distribuição, a mudança no comando é mais um passo em direção ao descruzamento da sociedade das duas operadoras. A AES controlará a Eletropaulo e a EDF ficará com a Light. (Valor - 18.01.2001)


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10. Light implanta novo serviço de atendimento até julho de 2001


Até julho de 2001, a Light planeja colocar em funcionamento um novo sistema de atendimento ao consumidor, com o objetivo de dar mais flexibilidade e facilidade para os clientes. Depois da etapa de avaliação e desenho do projeto, a empresa estuda agora a melhor alternativa tecnológica para iniciar a montagem do projeto. Um dos pontos em questão é o emprego de uma solução integrada entre CRM (Customer Relationship Management) e Internet. Segundo o superintendente de Tecnologia da Informação da Light, Paulo Roberto Bittencourt, um dos pontos em análise é a integração ou não dos atuais sistemas da empresa. (Canal Energia - 17.01.2001)

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11. Celpe investirá mais R$ 1 bilhão em expansão do sistema em cinco anos


A Celpe informa que nos próximos cinco anos serão investidos R$ 1 bilhão em expansão de redes de distribuição, modernização do sistema de informática e telecomunicações, além da implantação de uma usina termelétrica no Complexo Industrial Portuário de Suape. No ano 2000, a Celpe investiu cerca de R$ 105 mi nos setores de expansão, modernização e manutenção dos sistemas de geração, subtransmissão e distribuição de energia, além da automação das instalações elétricas, modernização das instalações prediais, frota de veículos e sistema de informática da empresa. De acordo com o presidente da Celpe, Fernando Arronte, "o objetivo da empresa é melhorar os índices de qualidade e o atendimento ao cliente, o que significa melhorar todos os aspectos técnicos e administrativos da empresa". (Canal Energia - 17-01-2001)

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12. Conselho de Administração da Celesc apresenta proposta ao Governo de SC


O Conselho de Administração da Celesc, reunido em 15.01.2001, aprovou o envio, ao Governador do Estado de Santa Catarina, de um documento onde descreve a situação financeira da Empresa e aponta algumas medidas para sua solução. O documento ressalta que, mesmo tento reduzido os custos com pessoal e serviços, a Celesc tem sua situação financeira agravada por fatores externos, decorrentes de despesas não gerenciáveis, como custos de energia comprada, que tiveram os preços enormemente elevados nos últimos anos, além de novos encargos criados a partir de 1998, tais como ONS, MAE e Aneel. Este desequilíbrio financeiro ocasionou um acúmulo de dívidas, principalmente com fornecedores de energia, de materiais e serviços, e com a Fundação de Seguridade Social, que totalizavam R$ 97,6 mi em 29.12.2000. Além das dívidas vencidas, a Celesc possui compromissos com operações de crédito no valor total de R$ 169,8 mi. O documento propõe que o Governo Federal possibilite a recuperação da Celesc através da abertura de uma linha de crédito, além da assinatura de um Contrato de Gestão que permita a necessária autonomia e profissionalização da Empresa, com metas e resultados financeiros e operacionais claramente definidos. O documento também pede uma intervenção do Governo do Estado junto ao Governo Federal com o objetivo de viabilizar acesso ao crédito, no valor de R$ 261 mi, permitindo alongar o perfil da dívida de curto prazo; possibilitar acesso a financiamento para PCHs, no valor de R$ 120 mi e solicitar à Aneel a recomposição do equilíbrio, conforme previsto no contrato de concessão, em função de diferenças tarifárias. (Celesc - 18.01.2001)

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13. Hidrovia Tietê-Paraná oferece vantagens para novas indústrias


As margens da hidrovia Tietê-Paraná estão atraindo várias indústrias, que estão localizando novas unidades nessas regiões, aproveitando-se da redução dos custos do transporte hidroviário, da água doce e da abundância de energia. O valor do frete pela hidrovia é de cerca de 35% do custo total do rodoviário, levando a uma maior economia na escala: um comboio Tietê com duas barcaças, eqüivale a 88 caminhões semi-reboque. Outra vantagem é que o gasoduto Bolívia-Brasil praticamente segue o curso do rio Tietê. O governo aposta no crescimento da hidrovia, tendo investido aproximadamente US$ 2 bi em obras de infra-estrutura, como as dez eclusas erguidas nos últimos 34 anos. O plano de investimentos prevê recursos de R$ 91 mi, sendo que R$ 35 mi deverão vir da empresa que assumiu a operação da geradora Tietê e outros R$ 15 mi da que empresa que comprar a Cesp. (Gazeta - 18.01.2001)

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14. Cooperativas mudam de perfil e investem na distribuição e cogeração de energia


Criadas inicialmente para complementar os serviços de distribuição de energia elétrica das concessionárias, as cooperativas de energia ganharam corpo e muitas alteraram o seu perfil. De simples repassadoras de eletricidade a localidades rurais distantes, algumas já estão cogerando sua própria energia. É o caso, por exemplo, da Coamo (Cooperativa Agropecuária Mouraoense), que já atua há mais de 30 anos no interior do Paraná. Com 3 mil funcionários, a energia produzida pela cooperativa atende a duas fábricas do seu parque industrial. Do total, 70% da energia vem da Copel e 30% da produção própria, com objetivo de alcançar 50% a longo prazo. A Aneel informa que das 259 cooperativas de energia existentes no Brasil, apenas 124 efetuaram o pedido de regularização no período de um ano, a partir da publicação da resolução 333, de dezembro de 1999. Do total de cooperativas, 40% estão na região Nordeste, 35% na região Sul, 18% na região Sudeste, 5% no Centro-Oeste e 2% no Norte do Brasil. (Canal Energia - 17.01.2001)


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15. E.ON analisa compra da britânica Powergen


A E.ON, a maior companhia elétrica alemã, está a estudar a compra da Powergen, a terceira maior elétrica do Reino Unido, avaliada em US$ 6,532 bi. Em comunicado divulgado no dia 17.01.2001, a empresa alemã não dá garantias de que as negociações venham a ser concluídas com êxito, afirmando que ainda é "muito cedo" para concluir do êxito das negociações. A Powergen, por sua vez, adiantou em Londres que recebeu várias ofertas de compra, entre elas a da E.ON, o que permitiria ao grupo alemão entrar no mercado energético britânico. (Semanário Econômico e Diário Econômico - PT - 18.01.2001)


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16. Califórnia tem primeiros apagões desde o início da crise energética


No dia 17.01.2001, várias cidades da Califórnia, nos Estados Unidos, sofreram cortes de eletricidade em horários alternados. Os blecautes foram impostos pela Operadora Independente do Sistema, que controla a energia no estado, pela primeira vez desde que a crise começou, para evitar o colapso do sistema energético. Pouco antes do anúncio dos blecautes, os deputados haviam aprovado uma lei de emergência, que vai permitir que o estado venda eletricidade diretamente aos consumidores, caso necessário. A lei ainda precisa da aprovação do Senado e do governador, Gray Davis. Por enquanto, os blecautes estão restritos ao norte do estado, área controlada pela Pacific Gas & Electric, que luta para evitar a falência. (O Globo e Reuters - 18.01.2001)


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17. Governo da Califórnia decreta estado de emergência


O Governador da Califórnia, Gray Davies, anunciou, dia 17.01.2001, estado de emergência no Estado, devido à crise energética que o obrigou a ordenar cortes elétricos, afetando cerca de um milhão de pessoas na região de São Francisco. Davies afirmou que o Estado da Califórnia só tinha 45% do estoque de energia necessário para um dia de operações. (AFP - 18.01.2001)


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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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