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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 562- 12 de janeiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Aneel divulga critérios de reajuste
02. Aneel avaliará fusão Endesa/Iberdrola
03. Furnas anunciará lucro recorde
04. Angra II é desligada
05. Risco cambial atrasa cronograma de térmicas
06. Governo do PR reafirma necessidade de vender Copel
07. AES anuncia interesse no leilão da Copel
08. PED discute venda da Cesp Paraná
09. BM&F pretende lançar contratos de energia elétrica
10. Itaipu estima chegar a 1 bilhão de MWh até junho de 2001
11. Eletronorte contesta valores de indenizações
12. São Paulo vai ganhar 800 MW em energia de mini-usinas
13.
El Paso compra área para usina em Guaramirim
14. Contrato de compra de gás natural para TCN deve ser assinado até abril de 2001
15. AES estuda unir rede elétrica da Argentina com a do Chile e Brasil
16. Califórnia terá blecautes

 



01. Aneel divulga critérios de reajuste


O diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, divulgou, dia 11.01.2001, três minutas de resolução que estabelecem critérios para os reajustes e revisões tarifárias da energia elétrica. Os textos vão a consulta pública e ficarão prontos no início de maio de 2001, sendo que o prazo para envio de críticas e sugestões termina no dia 18.02.2001. Segundo Abdo, a Agência pretende esclarecer nas resoluções os procedimentos que são atualmente aplicados, não havendo mudanças nas regras previstas na legislação para tarifas. Uma das minutas estabelece o roteiro e os prazos das propostas que devem ser apresentadas pelas concessionárias ao solicitar a revisão. O texto também relaciona as informações que devem ser apresentadas pelas empresas, como, por exemplo, os montantes mensais relativos à receita requerida e a receita verificada no ano-teste e no período entre uma revisão e outra. Outra minuta de resolução trata da revisão tarifária extraordinária das tarifas de energia elétrica, e pretende indicar em que situações as empresas poderão requerer reajuste em suas tarifas fora da data dos reajustes anuais. As audiências públicas e as consultas públicas da Aneel podem ser consultadas em http://www.aneel.gov.br/defaultaudidef_se.htm . (Jornal do Commercio, Gazeta Mercantil e Aneel - 12.01.2001)

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02. Aneel avaliará fusão Endesa/Iberdrola


A decisão do Tribunal para a Defesa da Concorrência da Espanha, aprovando a fusão, deverá ser apresentada ao órgão regulador brasileiro. Segundo o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, a fusão deverá ser submetida à Agência porque implica em mudança no controle acionário das concessionárias brasileiras nas quais a Endesa e a Iberdrola têm participação. Abdo disse que a Aneel está acompanhando o processo. Com a fusão, as duas empresas estão próximas do limite máximo de participação no mercado de distribuição na região Nordeste, que é de 25%. De acordo com Abdo, as duas empresas não poderão participar de nenhum leilão para aquisição de empresas distribuidoras de energia no Nordeste. Existe uma folga, porém, no mercado nacional de distribuição, cujo limite máximo é de 20% e a Endesa e a Iberdrola têm juntas menos de 10%. A situação das duas empresas também é tranqüila no mercado de geração de energia. (Estado - 11.01.2001)


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03. Furnas anunciará lucro recorde


Furnas anunciará, até o fim de janeiro de 2001, um lucro recorde de R$ 600 mi, resultado 70% maior do que o de 1999. O resultado é influenciado positivamente pelo efeito contábil da adesão da empresa ao Refis do governo federal, para refinanciamento da dívida, mas é um feito a ser comemorado pelo governo, principalmente considerando que a estatal está na lista das privatizações para 2001. (Valor - 12.01.2001)


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04. Angra II é desligada


A Eletronuclear confirmou para a zero hora do dia 12.01.2001, o desligamento da usina de Angra II para a troca de um transformador, que está operando provisoriamente desde outubro do ano passado, quando um equipamento da usina registrou um problema técnico. Segundo o cronograma divulgado, Angra II voltará a funcionar no dia 23.01.2001, já utilizando os três transformadores de que dispõe. Com 1.350 MW, a potência instalada da usina não será alterada após a substituição. A paralisação programada de Angra II é considerada pelo ONS como sendo um risco controlado para a rede básica. (Canal Energia - 11.01.2001)


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05. Risco cambial atrasa cronograma de térmicas


A dificuldade dos investidores em obter financiamento, relacionada à solução da questão do risco cambial das usinas, tem atrasado o cronograma de grandes termelétricas projetadas para o Brasil. Esta dificuldade provocou o adiamento do início de operação da usina de 350 MW que a El Paso Energy construirá em Santa Catarina de dezembro de 2002 para 2003. Em alguns casos, como as termelétricas do Nordeste e Minas Gerais, o cronograma flui bem. Em outros, como os três projetos do grupo norte-americano AES que, juntos, terão potência próxima a 2,5 mil MW, só será possível prever qual será o andamento das obras no segundo semestre de 2001. (Gazeta Mercantil - 12.01.2001)


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06. Governo do PR reafirma necessidade de vender Copel


O governador do Estado do Paraná, Jaime Lerner, afirmou, dia 11.01.2001, que as empresas contratadas para fazer a avaliação econômico-financeira e a modelagem da Copel vão decidir a melhor forma para a venda da estatal. De acordo com ele, o governo pretende discutir as decisões das empresas de consultoria somente depois que elas terminarem os trabalhos. Por enquanto, ainda não se sabe se a companhia será ofertada em um único bloco ou em partes, uma vez que a Copel foi dividida em cinco subsidiárias para cumprir normas da Aneel. Lerner disse que o governo está preocupado em manter a transparência em todo o processo de privatização e reforçou a necessidade de a estatal ser vendida, mesmo sendo rentável. "Todas as empresas do setor energético do país estão sendo privatizadas e se a Copel permanecer nas mãos do governo perderá competitividade". (Gazeta do Povo - PR - 12.01.2001)


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07. AES anuncia interesse no leilão da Copel


A norte-americana AES Corporation é mais uma das empresas de energia elétrica que atuam no Brasil interessadas na privatização da Copel. O presidente da AES Sul, Damian Obiglio, disse, dia 11.01.2001, em Porto Alegre, que todas as empresas que atuam no setor no mundo têm interesse na estatal paranaense. Obligio disse que a situação da economia mundial vai ser o fator decisivo quando o leilão for marcado, muito mais do que o preço mínimo e o modelo que o governo irá adotar. "A Copel vai estar disputando com projetos mundiais e com as condições econômicas do mundo e isso vai pesar mais na venda". A AES pode participar do leilão da companhia nas áreas de distribuição e geração de energia, sem entrar no limite de mercado imposto pela Aneel. (Gazeta do Povo - PR - 12.01.2001)


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08. PED discute venda da Cesp Paraná


Segundo o secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, na reunião do dia 16.01.2001, os conselheiros do PED serão informados sobre o enchimento do lago da represa Engenheiro Sérgio Motta e o andamento da emissão dos US$ 500 mi em eurobônus que serão utilizados para quitar dívidas de curto prazo da companhia, com vencimento em 10.05.2001. Na reunião também poderá ser iniciado o debate sobre o aumento do preço mínimo da companhia, estipulado no primeiro leilão em R$ 1,739 bi. (Estado - 12.01.2001)


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09. BM&F pretende lançar contratos de energia elétrica


O presidente da BM&F, Manoel Felix Cintra Neto, pretende lançar no mercado novos contratos a serem negociados pela instituição, entre eles contratos de energia elétrica. De acordo com o presidente da BM&F, '"esses contratos são um pouco mais complexos, mas nossos técnicos estão analisando a questão". Uma das dúvidas é sobre o indicador a ser usado para a liquidação, "temos que verificar qual se o interesse das indústrias é um indicador de preços ou a liquidação física", afimrou Cintra Neto. Ainda não há data prevista para o lançamento desses contratos. (JB e Estado - 11.01.2001)


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10. Itaipu estima chegar a 1 bilhão de MWh até junho de 2001


A estimativa de Itaipu Binacional, depois de fechar 2000 com 93,4 milhões de MWh, é atingir um novo recorde no volume de produção em maio ou junho de 2001. A previsão, se o atual nível de produção for mantido na casa de 963 milhões de MWh, é de atingir a marca de 1 bilhão de MWh acumulados. A produção mensal da hidrelétrica está entre 7,5 milhões e 7,7 milhões de MWh, atualmente. Itaipu tem hoje capacidade instalada de 12,6 mil MW, com 18 turbinas em funcionamento. No início de 2004, a usina ganhará mais 1,4 mil MW de capacidade, com o acréscimo previsto de mais duas turbinas. (Canal Energia - 11.01.2001)

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11. Eletronorte contesta valores de indenizações


A Eletronorte tentará reduzir a ''preço de mercado'' as indenizações que foi condenada a pagar na Justiça Federal, pela desapropriação de terras inundadas há 12 anos para formação do lago da hidrelétrica de Balbina. De acordo com o presidente da Eletronorte, José Antônio Muniz Lopes, "o valor cobrado equivale a de uma nova usina no Sudeste''. Três ações já foram propostas e outras duas serão ajuizadas pela Eletronorte para reduzir o valor das indenizações. Os presidentes da Eletrobrás e da Eletronorte disseram que não insistirão no pedido ao governo do Amazonas para anular na Justiça os títulos das terras que Incra considerou fraudulentos. (Gazeta Mercantil - 12.01.2001)

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12. São Paulo vai ganhar 800 MW em energia de mini-usinas


O presidente da Agência de Desenvolvimento Tietê-Paraná, Wison Quintella, informou ao ministro das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, a implantação de mini-usinas ao longo da hidrovia Tietê-Paraná, que incrementarão em 800 MW a geração de energia elétrica no estado de São Paulo. Quintella afirmou que a produção irá desafogar a sobrecarga do consumo energético no estado, em conseqüência da economia na rede normal de abastecimento. Segundo a Agência Brasil, a maioria das mini-usinas pertence à empresa de bebidas AmBev. (Canal Energia - 11.01.2001)

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13. El Paso compra área para usina em Guaramirim


A El Paso, principal acionista da termelétrica a gás que vai funcionar em Santa Catarina, anunciou, dia 11.01.2001, a compra do terreno em Guaramirim, onde passará a gerar energia a partir de 2003. O investimento, de R$ 250 mi, vai proporcionar a produção de 300 a 350 MW. No local escolhido, próximo à estação de distribuição da SC-Gás e de uma subestação da Celesc, há água disponível para o resfriamento das turbinas, fornecida pelo rio Itapocu. Segundo o secretário executivo do Conselho de Desenvolvimento Municipal, Tito Flávio da Fonseca, a informação de que Guaramirim terá a preferência dos investidores para sediar a usina já despertou o interesse de empresas do Paraná e São Paulo. (Diário Catarinense - 12.01.2001)


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14. Contrato de compra de gás natural para TCN deve ser assinado até abril de 2001


Técnicos e advogados da Petrobrás, da El Paso Energy e da SCGás vão reunir-se no dia 17.01.2001, no Rio de Janeiro, para discutir aspectos legais do contrato de compra do gás natural que será fornecido para a Termo Catarinense Norte (TCN). Um técnico da Celesc, que atualmente discute o modelo de compra da energia produzida, também participará da reunião. Segundo o presidente da SCGás, Luiz Gomes, as diretrizes básicas do documento estão acertadas e restam agora apenas questões jurídicas para resolver. O contrato deverá estar pronto e analisado pelos conselhos das empresas até março ou abril de 2001. A distribuidora de gás comprará o combustível da Petrobrás e será responsável pela venda para a TCN. O contrato tem duração de 20 anos e prevê o fornecimento de até 1,7 milhão de metros cúbicos de gás por dia. No total, diz Gomes, a operação deverá movimentar US$ 1,5 bi nas duas décadas. (Gazeta Mercantil - SC - 12.01.2001)


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15. AES estuda unir rede elétrica da Argentina com a do Chile e Brasil


A AES, que possui distribuidoras e geradoras na Argentina, comunicou, dia 11.01.2001, que estuda a possibilidade de unir a rede elétrica da Argentina com a do Chile, onde acaba de comprar 96% da geradora Gener. O novo diretor geral da Gener, Andrés Gluski, também não descartou conectar a rede argentina com a brasileira. A AES iniciará, ainda em janeiro de 2001, negociações formais com a TotalFinaElf para a venda dos ativos da Gener na Argentina. (La Nacion - 12.01.2001)


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16. Califórnia terá blecautes


As autoridades de energia da Califórnia, anunciaram, dia 11.01.2001, que uma pane no sistema elétrico acarretaria uma série de blecautes intermitentes, que vão afetar cerca de dois milhões de pessoas, a maioria no norte do estado. Funcionários da Operadora Independente do Sistema (OIS) da Califórnia, que administra cerca de 75% da rede elétrica que serve aos 34 milhões de habitantes do estado, anunciaram à imprensa que os blecautes já estavam programados para acontecer entre as 16h e 20h, hora local. Os blecautes, durante os quais a energia elétrica de bairros inteiros é cortada por uma hora, são o último recurso do qual as empresas de energia podem lançar mão para prevenir o colapso total da rede elétrica. (O Globo - 12.01.2001)


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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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