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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 561- 11 de janeiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Aneel vai leiloar linhas de transmissão de 1.600 km
02. Inflação do setor elétrico preocupa governo
03. Energia deve subir 10% acima da inflação até 2005
04. Fiesp descarta crise externa e aposta em energia e transportes
05. Preço do MAE deve cair em fevereiro de 2001
06. Pnud e Ministério da Ciência e Tecnologia investem em energia
07. Light culpa geradoras por apagões no RJ
08. Duke Energy, EDP e VBC devem participar do leilão da Copel
09. MP quer resolver ação judicial Copel/Banestado antes da venda
10. Diretor da Cesp não acredita na venda da Copel em 2001
11. Celpe e PE fazem parceria de R$ 21 mi
12. RGE pode entrar na geração
13.
Carioba II propõe mudança de local em Americana
14. Nova Brasilândia vai ganhar subestação rebaixadora
15. Rock in Rio terá geração própria de 12 MW
16. Mercado está dividido sobre fusão Endesa-Iberdola
17. Energética Californiana diz não poder pagar contas


 

 



01. Aneel vai leiloar linhas de transmissão de 1.600 km


A Aneel vai leiloar no dia 14.02.2001, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, as autorizações para a construção de três linhas de transmissão, com um total de 1.600 km. O órgão regulador informou, dia 10.01.2001, que 17 editais foram retirados por potenciais concorrentes ao leilão. Segundo a Aneel, estariam nesta lista as empresas Schneider Eletric Alta Tensão, Schain Engenharia, Siemens, Alstom Brasil, Mitsubishi Corporation do Brasil e Abengoa/MTC Engenharia. Os documentos de pré-qualificação para participar do leilão deverão ser apresentados, no 19.01.2001, à CBLC, em São Paulo. O resultado da pré-qualificação será divulgado pela Aneel no dia 30.01.2001. Vence a disputa quem oferecer a menor tarifa de transmissão. As linhas de transmissão serão leiloadas em três grupos. O primeiro deles é o da Expansão da Interligação Sul-Sudeste, com 328 km de extensão, ligando a subestação de Bateias, no Paraná, à subestação de Ibiúna, em São Paulo. No segundo grupo está a Linha de Transmissão Tucuruí, com 323 km, que liga Tucuruí a Vila do Conde, no Estado do Pará. O terceiro grupo corresponde à Expansão da Interligação Norte-Nordeste, com extensão de 920 km, fazendo a ligação de Tucuruí, no Pará, a Presidente Dutra, no Maranhão. A Aneel estima serem necessários investimentos da ordem de R$ 1,1 bi para construir as linhas. (Valor, Estado e JB - 11.01.2001)

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02. Inflação do setor elétrico preocupa governo


O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Cláudio Considera, avaliou, dia 10.01.2001, que a maior preocupação do governo em relação aos índices de inflação em 2001 está concentrada no setor de energia elétrica. Segundo ele, em 2001, as distribuidoras, principalmente da região Centro-Sul, serão compensadas pelo subsídio que fornecem às termoelétricas da região Norte para a compra de óleo diesel. Essa compensação, que também abrange a compra de energia de hidroelétricas, fará com que os percentuais de reajuste das tarifas sejam maiores do que o IGP-M anual de 9%, ao qual os contratos estão indexados. (Estado - 11.01.2001)


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03. Energia deve subir 10% acima da inflação até 2005


A energia elétrica deverá aumentar até 10% acima da inflação para os consumidores residenciais até 2005, segundo apuração da Folha. O aumento acontecerá porque os preços cobrados pelas geradoras de energia estão defasados e irão subir assim que os contratos com as distribuidoras começarem a ser renovados, a partir de 2003. A meta de inflação do governo para este ano é de 4% e, para 2002, de 3,5%, medidas pelo IPCA. De acordo com avaliação feita por um técnico do setor, o governo precisava fazer caixa quando iniciou o processo de privatização das distribuidoras de energia elétrica, em 1995. Por isso, congelou o preço da energia vendida pelas geradoras, controladas pelo Tesouro Nacional, e permitiu que as distribuidoras reajustassem o preço de suas tarifas usando o IGP-M, tornando as distribuidoras ativos mais atraentes para venda em leilão. De acordo com essa avaliação técnica, quando as geradoras estatais forem privatizadas e terminarem os contratos com as distribuidoras com preço fixado pelo governo, os PPA, elas precisarão reajustar o preço da energia vendida para as distribuidoras para fazer novos investimentos e ampliar a capacidade de geração. As estratégias do governo para combater o aumento do preço da energia são aumentar a capacidade de geração de energia, segurando o preço com uma oferta maior do produto, e segurar os custos com transmissão. Para isso, no entanto, é preciso que o programa emergencial de termelétricas deslanche. Outra arma do governo é a revisão tarifária das distribuidoras de energia. A partir de 2003, a Aneel irá estabelecer um redutor para o IGP-M, que serve para reajustar aproximadamente 50% da tarifa cobrada pelas distribuidoras. (Folha - 11.01.2001)


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04. Fiesp descarta crise externa e aposta em energia e transportes


De acordo com o diretor de infra-estrutura da Fiesp, Pio Gavazzi, "os mercados de energia e de telecomunicações estão ávidos por investimentos, e, mesmo que haja uma desaceleração da economia dos Estados Unidos, não devem ser afetados, já que há uma carência nessas áreas que precisará ser preenchida por algum tempo". O diretor da Fiesp destaca a área de energia elétrica. "No ramo de energia, a construção de hidrelétricas e de térmicas, previstas para 2001 e 2002, deve impulsionar os investimentos na área, já que muitos desses equipamentos e máquinas são fabricados no Brasil", completou Gavazzi. (Valor - 11.01.2001)


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05. Preço do MAE deve cair em fevereiro de 2001


O conselheiro do MAE, Fernando Quartin Barbosa, acredita que a previsão para a energia no MAE em fevereiro "é de preço baixo". Quartin explica que o período chuvoso torna mais tranqüila a comercialização de energia no país, pois o preço é refletido pela variação de água nos níveis de reservatório. De acordo com o ONS, o nível de armazenamento dos reservatórios atingiu o índice de 29% neste mês de janeiro de 2001, 10% a mais do que em 2000. O resultado refletiu diretamente nos preços do MAE, que despencaram quase pela metade nos quatro submercados em janeiro de 2001. (Canal Energia - 10.01.2001)


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06. Pnud e Ministério da Ciência e Tecnologia investem em energia


O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com diversos órgãos ligados ao governo federal, está realizando uma série de projetos na área de desenvolvimento de energia alternativa. Um deles prevê a instalação de uma turbina eólica de cerca de 30 kW em Fernando de Noronha. A previsão é que este projeto seja concluído até o mês de junho de 2001. Além do Pnud, o Ministério da Ciência e Tecnologia também decidiu investir em programas de uso da bionergia, que utiliza matéria de origem vegetal para produção de energia. Para 2001, o ministério planeja investir R$ 100 mi para incentivar pesquisas e o desenvolvimento de equipamentos para difundir o emprego da solução. (Canal Energia - 10.01.2001)


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07. Light culpa geradoras por apagões no RJ


Segundo José Márcio Ribeiro, assistente-executivo de operação da Light, apenas as falhas ocorridas no Leme e na subestação de Frei Caneca foram de responsabilidade da distribuidora. "Com os apagões, nós perdemos 2 milhões de clientes no período. Mas fomos responsáveis apenas pela falta de luz em 27 mil clientes (20 mil em Frei Caneca e 7.000 no Leme'', disse o executivo citando números do ONS. De acordo com ele, os apagões são de responsabilidade das geradoras. Ribeiro ressaltou que as falhas admitidas pela Light não chegam a constituir blecautes por serem de pequena dimensão, entretanto admitiu que com a rede de 50 mil km de linhas, é perfeitamente natural que ocorram problemas na distribuição de energia. (Folha - 10.01.2001)


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08. Duke Energy, EDP e VBC devem participar do leilão da Copel


A Duke Energy International do Brasil, subsidiária da norte-americana Duke Energy, anunciou que vai participar do leilão da Copel. O presidente da Duke Energy do Brasil, Michael Dulaney, disse que a empresa "tem uma longa história com a Copel, conhece a companhia paranaense muito bem e claro que tem interesse em adquiri-la". O Brasil, segundo ele, é o maior mercado de interesse da empresa depois dos Estados Unidos. O dinheiro para o investimento não seria problema, apesar do desconhecimento do preço mínimo. Além da Duke, já declarou seu interesse pela Copel a VBC Energia S/A, formada pelos grupos Votorantim, Bradesco e Camargo e Corrêa. A Copel teria uma importância estratégica nos negócios da VBC pelo porte e atuação no setor energético. A portuguesa EDP também anunciou que está analisando o processo de privatização da Copel. (Gazeta do Povo (PR) e Diário Econômico (PT) -11.01.2001)


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09. MP quer resolver ação judicial Copel/Banestado antes da venda


O promotor de defesa do patrimônio público do Ministério Público do Paraná, Mateus Bertoncini, acha que seria apropriado realizar, antes da venda da Copel, o julgamento da ação que pede anulação do contrato entre o governo do estado e o Banestado para a compra e venda de títulos podres de vários estados e cidades do Brasil . Em sua análise, se a ação for julgada improcedente, o estado do Paraná deverá pagar sua dívida. Se não tiver dinheiro, terá de entregar as ações da Copel, dadas como garantia. A garantia equivale a 48,9% do capital votante da companhia, mais de 70 bilhões de ações ordinárias nominativas. No entanto, se a ação for julgada procedente, a resolução da compra de títulos podres passaria para o Banco Itaú, que adquiriu o Banestado no fim de 2000. A perda das ações da Copel, dadas como garantia da dívida, desse modo, estariam fora de risco. "Isso interferiria positivamente no leilão", Bertoncini. Para ele, o governo deveria apoiar a ação para sair da posição de culpado e ganhar mais força. (Gazeta do Povo - PR - 11.01.2001)


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10. Diretor da Cesp não acredita na venda da Copel em 2001


O diretor de geração e transmissão da Cesp, Sílvio Areco, não acredita que o governo paranaense consiga realizar a privatização da Copel em 2001. Segundo ele, a definição do modelo de venda do controle acionário de uma estatal e sua efetiva realização em leilão levam no mínimo um ano para serem feitas, por sua própria natureza burocrática. "Mesmo que a Copel consiga estar com tudo pronto até dezembro, com a necessidade de fechar os balanços da empresa a venda deverá ficar mesmo para o ano que vem", afirmou. Ele disse que a companhia paranaense poderia desviar a atenção do investidor interessado em comprar a Cesp caso os dois leilões ocorressem na mesma época, o que não deve se concretizar. (Estado - 11.01.2001)

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11. Celpe e PE fazem parceria de R$ 21 mi


A Celpe e o Governo do Estado de Pernambuco assinam, em fevereiro de 2001, um convênio que prevê um investimento de R$ 15 mi eletrificação rural em Pernambuco. Com este novo contrato, o programa estadual para levar energia às propriedades rurais vai contar com R$ 21 milhões em 2001. Isso porque, em dezembro de 2000, a Celpe se comprometeu com o Estado em investir R$ 6 milhões, dinheiro que será aplicado no decorrer de 2001. Os recursos programados são suficientes para levar luz elétrica a 16 mil domicílios do Interior. De acordo com o orçamento global da Celpe para 2001, serão investidos R$ 164 mi. Os aportes em eletrificação rural representam 13% do volume geral de investimentos. (Diário de Pernambuco - 11.01.2001)

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12. RGE pode entrar na geração


A Rio Grande Energia S.A. (RGE) está considerando a perspectiva de ingressar na geração com a construção de uma usina. A decisão deve ser tomada em 2001, mas de olho em 2003, quando 25% dos contratos de compra de energia hoje em vigor serão liberados para a livre negociação. A distribuidora ainda estuda a possibilidade de haver grande investimento em geração por parte de outras empresas, o que aumentaria a oferta e tornaria mais econômica a compra de energia. De acordo com o presidente a RGE, "a decisão é dos acionistas". Se a opção for pela usina, ainda não há definição sobre o valor do investimento, a capacidade ou a localização, que seria, preferencialmente, na área de atuação da distribuidora, na região norte-nordeste do Rio Grande do Sul. (Gazeta Mercantil - 11.01.2001)

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13. Carioba II propõe mudança de local em Americana


Os empreendedores do projeto termelétrico Carioba II, uma associação de gigantes do setor de energia como CPFL, Shell e Intergen, querem mudar a usina de lugar para reduzir a resistência ambiental da comunidade da região. A proposta foi apresentada oficialmente na última reunião entre o consórcio empreendedor e um grupo de associações civis, na noite do dia 09.01.2001. O grupo analisa o deslocamento da usina termelétrica a gás natural para três terrenos no entorno da área onde hoje está a termelétrica a óleo combustível Carioba I. De acordo com Goret Pereira Paulo, gerente assistente do projeto, "a mudança de local poderá melhorar a dispersão dos poluentes na atmosfera e afastar a usina de áreas residenciais", embora não esteja sendo considerada a mudança de cidade. (Gazeta Mercantil -11.01.2001)


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14. Nova Brasilândia vai ganhar subestação rebaixadora


A subestação rebaixadora de Nova Brasilândia (RO) deve ser inaugurada entre os dias 13.01.2001 e 14.01.2001, permitindo assim um fornecimento de energia elétrica mais eficiente ao município e acabando com os incômodos racionamentos. A subestação será a responsável por transformar a energia de alta em baixa tensão para o fornecimento às residências e locais públicos. Dessa forma, Brasilândia será abastecida pelas Usinas de Samuel e Cassol. (Ultimo Segundo - 11.01.2001)


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15. Rock in Rio terá geração própria de 12 MW


O Rock in Rio, que acontecerá entre os dias 12 e 21 de janeiro de 2001 no Rio de Janeiro, contará com fornecimento de energia próprio para garantir a iluminação do evento, estimado em 1,7 milhão de pessoas. Segundo Luiz Braga, diretor-geral da General Eletric Energy Rentals, empresa responsável pela montagem da infra-estrutura de energia, o evento terá ao todo 35 geradores, que irão produzir 12 MW. Luiz Braga conta que os geradores utilizados no Rock in Rio têm potência que variam de 50 kW a 1,5 mil kW. Os equipamentos serão divididos por grupos para atender os diferentes pontos do evento, como o palco principal, público, vídeos, acústica e a parte de ar-condicionado. (Canal Energia - 10.01.2001)


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16. Mercado está dividido sobre fusão Endesa-Iberdola


Aproximadamente a metade dos analistas e investidores aposta que as duas elétricas espanholas não levarão a cabo a operação de fusão, devido às duras condições impostas pelo TDC. De acordo com alguns analistas, uma operação de fusão se faz com o objetivo de crescer e ganhar mercado, não tendo sentido realizar a fusão se a empresa compradora irá seguir com a mesma fatia do mercado que antes. A outra metade dos analistas, no entanto, se mostra otimista sobre a fusão, afirmando que o relatório do TDC já era previsto e que o governo pode relaxar algumas das exigências previstas no relatório. (El País - 11.01.2001)


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17. Energética Californiana diz não poder pagar contas


A Pacific Gas & Electric (PG&E), empresa de energia da Califórnia, anunciou, dia 10.01.2001, que não tem dinheiro para pagar suas contas e irá atrasar a divulgação de seus resultados fiscais. A crise do setor debilitou as finanças da companhia, que não consegue mais obter créditos no mercado. A PG&E pediu ajuda ao governo do Estado para comprar o gás natural necessário para garantir o abastecimento de seus 13 milhões de clientes. Representantes do Estado, entre os quais o governador Gray Davis, estiveram reunidos até a noite do dia 10.01.2001 com o secretário de Energia dos Estados Unidos, Bill Richardson, na Casa Branca, para tentar encontrar uma solução para o problema e evitar a falência de empresas e o desabastecimento. (Folha - 11.01.2001)


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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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