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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 558- 08 de janeiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Bier confirma intenção de vender Furnas, Chesf e Eletronorte
02. Adiada assinatura de acordo com MAE
03. Concessionárias se previnem contra apagões
04. Luz sobe 6,5% acima da inflação em 2000
05. Inmetro cria programa para controlar consumo
06. Cotação dos preços do MAE será semanal em junho de 2001 e diária em 2002
07. Eletronet entra em operação em março de 2001
08. Eletropaulo capta US$ 350 mi
09. Lages terá nova subestação até dezembro de 2001
10. Distrito Federal sofre apagão
11. USP produz energia elétrica com hidrogênio
12. Saimco montará equipamentos no Brasil
13.
Petrobras e Abegás discutem preço do gás natural
14. Fusão Endesa-Iberdrola divide Tribunal
15. Repsol-YPF e grandes consumidores se opõem à fusão Endesa-Iberdrola




01. Bier confirma intenção de vender Furnas, Chesf e Eletronorte


O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier nega que o governo esteja colocando o programa de privatização em segundo plano, como dizem antigos aliados, hoje críticos da política econômica. De acordo com Bier, o avanço foi muito grande nesse setor com a privatização da Vale, do Sistema Telebrás, com o início da venda do setor elétrico, e com a conclusão do processo do Banespa, extremamente importante do ponto de vista da modernização do sistema financeiro. Segundo Bier, a meta para 2002 é continuar privatizando os bancos estaduais e o setor elétrico, com a intenção de venda de Furnas, Chesf e Eletronorte. (Jornal do Brasil - 08.01.2001)

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02. Adiada assinatura de acordo com MAE


A data de assinatura do acordo entre a Eletrobrás e participantes do MAE para a liquidação da dívida de R$ 575 mi, atribuída a Furnas, foi adiada de 15.01.2001 para 22.01.2001. A data prevista para liquidação à vista dos compromissos, no entanto, continua sendo 31.01.2001. A decisão foi tomada no dia 05.01.2001, durante reunião dos credores, em São Paulo. O motivo alegado foi o atraso no envio, pela Eletrobrás, de minuta da proposta apresentada verbalmente na assembléia geral dos credores, em 27.12.2001. (Gazeta Mercantil - 08.01.2001)


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03. Concessionárias se previnem contra apagões


As concessionárias de energia elétrica concluem a fase de emergência do programa de investimentos em transmissão até o final de abril de 2001, com melhorias em subestações consideradas de risco. Com isto, aumenta o grau de segurança da rede, que transporta a energia em tensão superior a 230 KV, e por onde os problemas localizados podem se propagar. Além disso, até o final de 2001, as cerca de 100 subestações das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste que pertencem à rede básica estarão adaptadas ao programa denominado Esquemas de Controle de Segurança (ECS) no Sistema Interligado Brasileiro. Do ponto de vista de obras, o projeto iniciado em 1999 pode ser dividido em duas partes: a revisão da configuração e modernização das subestações e a implantação de um sistema de tecnologia da informação. A junção dos dois conjuntos de medidas tem por objetivo isolar a área afetada, até a correção do problema. Como as informações serão transmitidas online, o prazo previsto para esse processo é de 300 milésimos de segundo. (Gazeta - 08.01.2001)


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04. Luz sobe 6,5% acima da inflação em 2000


A tarifa cobrada pela energia elétrica para consumidores residenciais deve fechar 2000 com um aumento real próximo de 6,5%. Até agora, o aumento médio foi de 12,91%, enquanto a inflação medida pelo IPCA deverá ficar próxima de 6% em 2000. O maior aumento chegou a 20,67% para a Celesc. As distribuidoras voltaram a procurar o governo em janeiro de 2001 para pedir reajustes tarifários entre 7% e 9%, além dos que estão sendo concedidos a cada 12 meses para cumprimento dos contratos. O governo negou o pedido. (Folha - 07.01.2001)


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05. Inmetro cria programa para controlar consumo


O Inmetro criou o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), que tem por objetivo contribuir para a diminuição do consumo de energia elétrica nos eletrodomésticos da chamada linha branca (geladeiras e fogões) e dos condicionadores de ar, além de estabelecer requisitos de segurança para os produtos e ações para a definição de índices mínimos de eficiência energética. Os resultados referentes ao consumo e eficiência energética destes produtos chegam até o consumidor por meio de uma etiqueta, a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, cujo principal objetivo é informar exatamente o consumo de energia e a eficiência energética, além de outros dados técnicos relevantes para cada produto. A informação contida na etiqueta é fornecida pelos fabricantes e verificada periodicamente. (Estado - 06.01.2001)


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06. Cotação dos preços do MAE será semanal em junho de 2001 e diária em 2002


Em junho de 2001, a cotação dos preços da energia no atacado, hoje divulgada mensalmente, será semanal. E em 2002 a cotação será diária, como numa bolsa de valores, com variações de hora em hora. A Asmae irá estabelecer três preços para períodos diferentes do dia: mais alto para a hora de pico, das 18h às 23h; outro para a hora de menor consumo, das 23h às 6h; e o terceiro para a manhã e a tarde. (Estado - 06.01.2001)


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07. Eletronet entra em operação em março de 2001


A Eletronet, empresa de fibras óticas instaladas nas torres de transmissão de energia da Eletrobrás, entra em operação no fim de março de 2001 e já consumiu investimentos de US$ 540 mi. A empresa, resultado da associação da AES Corporation com a Eletrobrás, permitirá que provedores de serviços de telecomunicações terceirizem suas redes. É um conceito novo no Brasil, que pode reduzir em até 70% o custo de instalação de uma rede. Até o fim de janeiro de 2001, a Eletronet assinará seus dois primeiros contratos. Estão avançadas as negociações com uma operadora de telefonia e com uma fornecedora de serviço para usuários corporativos. (Valor - 08.01.2001)


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08. Eletropaulo capta US$ 350 mi


A Eletropaulo Metropolitana concluiu uma captação de US$ 350 mi em um empréstimo no mercado internacional liderado pelo BankBoston. Os recursos entraram no caixa da empresa nos dias 04.01.2001 e 05.01.2001, segundo informou o diretor financeiro da Eletropaulo Metropolitana, Orestes Gonçalves Júnior. O prêmio pago pela companhia ficou em 3,50% ao ano sobre a Libor. Considerando-se a Libor de um ano no dia 05.01.2001, de 5,365% ao ano, o custo total do empréstimo da Eletropaulo Metropolitana ficou em 8,86% ao ano, excluídas as comissões. O prazo total foi de cinco anos, mas com carência de dois, reduzindo o prazo médio para 3,5 anos. (Valor - 08.01.2001)


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09. Lages terá nova subestação até dezembro de 2001


O edital de licitação para a construção de uma nova subestação de energia em Lages foi assinado, dia 05.01.2001, pelo presidente da Celesc, Francisco Küster. A iniciativa solicitando uma nova subestação para Lages partiu da Associação Comercial e Industrial de Lages (Acil). Com a nova subestação, que será construída na Cidade Alta, as empresas terão maior segurança no caso de acidentes, além de uma garantia de quedas e oscilações menos constantes de energia elétrica no sistema. O empreendimento incluirá linha de transmissão de 8,5 km, um transformador abaixador de tensão 138.000/23.000 volts e potência de 26,67 MVA e uma entrada de linha de 130 mil volts na subestação Vidal Ramos Júnior. O investimento será em torno de R$ 4,8 mi e a previsão é que a subestação entre em operação em dezembro de 2001. (A Notícia - SC- 05.01.2001)


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10. Distrito Federal sofre apagão


Sete cidades do Distrito Federal ficaram às escuras por causa do vento forte e da chuva que caiu no dia 07.01.2001 à tarde. O problema teve início por volta das 16 horas. Gama, Ceilândia e Taguatinga foram os pontos mais atingidos. Em Taguatinga, no entanto, a causa da falta de luz foi outra. A cidade ficou no escuro depois que um ônibus bateu em três postes de energia elétrica, derrubando um deles. Até o início da noite do dia 07.01.2001, ainda havia locais sem fornecimento de energia elétrica. (Correio Braziliense - 08.01.2001)

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11. USP produz energia elétrica com hidrogênio


Sob a alçada do Ministério das Minas e Energia, o departamento de química da USP, no campus de São Carlos, está produzindo energia elétrica em uma célula combustível de hidrogênio. De acordo com o coordenador do projeto, professor Ernesto Gonzalez, "é o combustível do futuro". Funciona como uma pilha, mas tem possibilidades de aplicação inacreditáveis: pode servir como uma bateria para celular, como combustível para movimentar um carro (substituindo a gasolina, o álcool e o diesel) e até a produção de energia em MW suficientes para fazer uma fábrica inteira funcionar. A Petrobras, a Copel e a Mercedes-Benz já estão interessadas na nova tecnologia. A Copel já está desenvolvendo um projeto-piloto pioneiro de eletricidade em residências a partir da célula de hidrogênio. (Valor - 08.01.2001)

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12. Saimco montará equipamentos no Brasil


A companhia espanhola Saimco, fornecedora de sistemas para o setor elétrico, começará a montar no Brasil os equipamentos de informática que fornece ao projeto Esquemas de Controle de Segurança (ECS) no Sistema Interligado Brasileiro, com o objetivo de agilizar a importação e implantar uma base sólida no país. Integrante do grupo Abengoa, que atua na área de construção civil, engenharia e tecnologia, a Saimco é especializada no desenvolvimento e integração de sistemas eletrônicos e de informática. Os contratos firmados até agora no Brasil atingem cerca de US$ 35 mi. Deste total, cerca de 50% vem do segmento de transmissão de eletricidade. Além dos sistemas para o ECS, encomendados pelo ONS, a empresa tem contratos com Furnas e Eletronorte (linha de transmissão Norte/Sul), Investco (usina de Luís Eduardo Magalhães) e a distribuidora Light (RJ). (Gazeta Mercantil - 08.01.2001)

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13. Petrobras e Abegás discutem preço do gás natural


Diretores e técnicos da área de gás e energia da Petrobras reúnem-se, dia 08.01.2001, com a Abegás para discutir a questão do preço do gás natural, que teve um aumento de 12,6% no dia 01.01.2001. Na reunião serão discutidas alternativas para que o impacto do reajuste seja o menor possível para as concessionárias, afim de evitar a ameaça de migração de grandes consumidores para combustíveis alternativos na matriz energética, como eletricidade e óleo combustível. A possibilidade de suspensão ou a modificação da alíquota do reajuste, no entanto, está descartada pela direção da estatal. Petrobras e Abegás vão discutir também sugestões de políticas diferenciadas para setores em que o gás natural não concorra com combustíveis derivados do petróleo. (Gazeta Mercantil - 08.01.2001)


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14. Fusão Endesa-Iberdrola divide Tribunal


Dos oito membros do Tribunal de Defesa da Concorrência espanhol, o TDC, quatro estão contra e quatro estão a favor da fusão das duas elétricas. O Tribunal deverá enviar um parecer ao Governo Espanhol até dia 10.01.2001. Para obterem a autorização, Endesa e Iberdrola já anunciaram um plano de venda de capacidade de produção correspondente à capacidade da Iberdrola e de distribuição avaliada em 4 milhões de clientes, cerca de metade da carteira de clientes da Iberdrola. (Diário Econômico - PT - 08.01.2001)


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15. Repsol-YPF e grandes consumidores se opõem à fusão Endesa-Iberdrola


Entre os documentos analisados pelo Tribunal de Defesa da Concorrência da Espanha (TDC), estão os apresentados pela Repsol-YPF e pela Associação Nacional de Grandes Consumidores de Energia Elétrica (AEGE). As duas partes consideram que a concentração é ilegal e recomendam ao TDC a proibição da fusão. De acordo com a Repsol-YPF e com a AEGE, a união das elétricas, que hoje têm 80% da produção, vai contra a medida aprovada em junho de 2000, que proíbe que os operadores possuam mais do que 40% da potência instalada. As partes consideram que esse requisito não vai ser cumprido, mesmo com a venda de ativos anunciada. (Enervia - 08.01.2001)


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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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