www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 555- 03 de janeiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Governo vai priorizar privatização de Furnas
02. Eletronuclear paralisará Angra 2
03. ONS garante fornecimento de energia no Rio durante parada de Angra 2
04. Aneel começa a cobrar novos índices de DEC e FEC
05. Tarifa de energia sobe 36% para usinas durante a safra
06. PE inicia programa para reduzir gasto com energia
07. Co-geração atrai indústria têxtil
08. Coteminas investe em hidrelétrica em MG
09. AES Sul faz promoção em conta de luz
10. Cresce o mercado de consultoria em energia
11. Enersis pretende investir no Brasil
12. Governo da Califórnia apoia petição da Southern
13.
Washington abre mercado de energia
14. México estuda abertura do setor elétrico
15. Endesa e Iberdrola podem precisar vender US$ 23 bi em ativos




01. Governo vai priorizar privatização de Furnas


O governo federal está prometendo como uma das principais prioridades de 2001 a venda de Furnas. Do lado operacional, a divisão de ativos da geração de energia elétrica, dos ativos de transmissão, é uma das dificuldades. Até o fim de janeiro, ou início de fevereiro de 2001, o BNDES deverá encaminhar ao ministro da Minas e Energia, Adolfo Tourinho, a modelagem que transforma Furnas em uma empresa pública, com a venda pulverizada integral das ações da empresa. Antes da venda, todavia, será preciso que o Congresso Nacional aprove a Lei das Sociedades Anônimas e impeça que, no futuro, um sócio majoritário compre as ações dos minoritários. De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier, só depois da venda de Furnas é que será iniciado o processo de privatização da Chesf e da Eletronorte. (Jornal do Brasil - 03.01.2001)

Índice

 

 

02. Eletronuclear paralisará Angra 2


A Eletronuclear confirmou o desligamento da usina de Angra 2 entre os dias 12.01.2001 e 23.01.2001, para a troca de um transformador. Neste período, o sistema elétrico brasileiro ficará sem os 1,3 mil MW gerados pela usina, e a folga na relação oferta/demanda no Rio cairá de 700 MW para 300 MW, ou seja, cerca de 3% da energia consumida no estado. O novo transformador vai substituir um equipamento queimado em outubro de 2000, e custou R$ 1,6 mi à Eletronuclear. A empresa ainda não sabe quando Angra 2 começará a operar comercialmente, o que depende de autorização da Comissão Nacional de Energia Elétrica. (Gazeta Mercantil - 03.01.2001)


Índice

 

 

03. ONS garante fornecimento de energia no Rio durante parada de Angra 2


De acordo com o ONS, o fornecimento de energia para o Rio de Janeiro não será prejudicado pela parada da usina nuclear Angra 2. Como o sistema funciona interligado, o que vai acontecer é um remanejamento temporário do fornecimento de cada uma para o Estado. A assessoria de imprensa do ONS garantiu que "não há a menor possibilidade" de falta de energia no Rio de Janeiro. (Último Segundo - 03.01.2001)


Índice

 

 

04. Aneel começa a cobrar novos índices de DEC e FEC


A Aneel começa, a partir de janeiro de 2001, a cobrar das concessionárias de energia elétrica os novos índices de qualidade, que limitam o número de horas (DEC) e a freqüência (FEC) de interrupções de energia nas diversas regiões das áreas de concessão de cada empresa. As regiões metropolitanas têm, geralmente, os menores índices, como é o caso de Salvador - com DEC de 15 horas e FEC de 11 interrupções - na Coelba - e de Belém - 23 horas de DEC e 31 interrupções de FEC - com a Celpa. A Aneel estima que, em 2001, as 15 maiores distribuidoras do país vão aplicar cerca de R$ 2,5 bi em melhorias e investimentos nas suas respectivas áreas de concessão.(Canal Energia - 02.01.2001)


Índice

 

 

05. Tarifa de energia sobe 36% para usinas durante a safra


Os produtores de açúcar e álcool de todo o País passarão a pagar mais 36% na conta de energia elétrica durante a safra a partir de janeiro de 2001, segundo cálculos feitos pelo Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar). O acréscimo resultou de uma alteração feita pela Aneel, publicado no D.O. no dia 29.11.2000. Até então, as empresas do setor tinham um benefício de sazonalidade que era ofertado para o setor agrícola. Como as usinas só usam a parte industrial durante o período de safra, de seis meses, a tarifa de energia era paga com o mesmo preço aplicado aos clientes industriais durante esse período. Já na entressafra, as companhias pagavam uma tarifa reduzida, que representava 10% da média dos últimos 12 meses. "Com a alteração, a empresa vai pagar o que consumiu mais 36% de acréscimo na entressafra", afirmou o presidente do Sindaçúcar, Renato Cunha. (Jornal do Comércio - PE - 03.01.2001)


Índice

 

06. PE inicia programa para reduzir gasto com energia


O Programa de Redução do Consumo de Energia Elétrica (Procel), lançado em fevereiro de 2000 pelo Governo de Pernambuco e orçado em R$ 192 mil, começa a sair do papel até abril de 2001. As ações terão de partida duas unidades-piloto: o centro administrativo do Governo Estadual e o Hospital da Restauração, o maior da rede pública da Região Metropolitana do Recife. Ainda em 2001, o objetivo da Secretaria de Administração é implantar o projeto em 50% da máquina pública estadual, ficando a metade restante para 2002. A meta é atingir, em dois anos, uma economia mensal de R$ 640 mil (20%) na fatura de eletricidade, cuja média é de R$ 3,2 mi. (Gazeta Mercantil NE - 03.01.2001)


Índice


 

07. Co-geração atrai indústria têxtil


A indústria têxtil brasileira começa a aderir à co-geração com gás natural do gasoduto Bolívia-Brasil. Os principais objetivos das empresas são garantir a estabilidade do preço da energia depois da liberação do mercado, evitar o risco de blecautes e obter ganhos ambientais. Mas a maioria delas ainda têm dúvidas sobre o sistema ou estuda a viabilidade econômica do negócio. Além de especulações de que várias empresas catarinenses estão pensando na possibilidade de usar a co-geração, sabe-se de concreto que a Santista Têxtil e a Polyenka assinaram em dezembro de 2000 um protocolo de implantação de um projeto de co-geração de energia que terá como empreendedores as Gerasul e a CPFL, em Americana (SP). Com capacidade instalada para geração de 400 MW e consumo estimado em dois milhões de metros cúbicos de gás/dia, a usina atenderá oito empresas, de diversos setores, em sistema de condomínio, e deverá estar pronta até 2003. O investimento total supera os US$ 250 mi. (Valor - 03.01.2001)


Índice


 

08. Coteminas investe em hidrelétrica em MG


A Coteminas está investindo cerca de R$ 33 mi na construção de uma usina hidrelétrica no interior de Minas Gerais. O presidente da empresa, Josué Christiano Gomes da Silva, afirma que o objetivo da empresa é reduzir custos. Mas não divulga o percentual de redução nem o peso da commoditie na composição do preço dos produtos fabricados pela Coteminas. A usina vai gerar 112 MW. Do total, um terço será usado pela empresa. Com data de conclusão prevista para setembro de 2001, o projeto está orçado em R$ 100 mi. Participam dele ainda a Cemig e a Companhia Vale do Rio Doce, que entrarão com outros R$ 66 mi. (Valor - 03.01.2001)


Índice


 

09. AES Sul faz promoção em conta de luz


A AES Sul começou a emitir, dia 02.01.2001, uma promoção nas suas contas de luz, de forma que todos os consumidores que paguem a conta em dia concorram ao sorteio de um carro por mês. Além do incentivo à pontualidade no pagamento, o novo conceito de conta contempla a multiutilidade. Poderão ser incluídos outros pagamentos, como telefone, planos de saúde e até consórcios. A nova conta da AES Sul terá lançamento oficial no dia 11.01.2001, com intensa campanha de divulgação. (Zero Hora - 03.01.2001)


Índice


 

10. Cresce o mercado de consultoria em energia


A Abesco, entidade que reúne as Energy Service Companies (Escos), como são conhecidas as empresas que prestam consultoria para evitar desperdício de energia, já tem 27 associadas no Brasil. Uma delas é a Copel, que utiliza o serviço para garantir a fidelidade de seus usuários. Em troca da serviço, as Escos compartilham o benefício obtido, cobrando um percentual sobre a economia efetiva. O diretor da Esco ligada à Servtec, empresa paulista especializada em refrigeração, Reginaldo Vinha, estima que o mercado brasileiro de eficiência energética poderia chegar a US$ 300 mi, entretanto, apenas 5% são efetivamente explorados. No exterior, o mercado é bem mais desenvolvido. A Johnson & Johnson e a Asea Brown Boveri têm, no Canadá, algumas das maiores Escos em atividade hoje. De acordo com Vinha, "a empresa criada pelo grupo Enron tem contratos somados de aproximadamente US$ 20 bi". (Gazeta Mercantil - 03.01.2001)

Índice



 

11. Enersis pretende investir no Brasil


A Enersis quer se transformar em uma prestadora de multiserviços na região da América Latina e está pretendendo participar dos processos de privatização do Brasil e do México. A companhia chilena considera o Brasil um dos mercados mais interessantes e vem realizando estudos, que estão em estado avançado, para a construção de duas centrais térmicas de ciclo combinado no mercado brasileiro, totalizando mil MW. Essa iniciativa está associada ao fornecimento futuro da Cerj e da Coelce, duas empresas onde e Enersis tem participação acionária. De acordo com analistas, a Enersis pretende construir uma central de 720 MW para abastecer a região do Rio de Janeiro e outra de 250 MW para a Coelce. Além desses investimentos, a Enersis estuda ter uma participação na Cesp Paraná. (Gazeta Mercantil Latino Americana - 02.01.2001)

Índice


 

12. Governo da Califórnia apoia petição da Southern


O governador da Califórnia, Gray Davis, aderiu a petição da Southern California Edison, solicitando ao Tribunal de Apelação do Distrito de Columbia, para que obrigue o regulador (FERC) a estabelecer as bases tarifárias do mercado elétrico da Califórnia. O governador assinala em um documento que a FERC "falhou na sua responsabilidade de proteger aos californianos do que a agência descreve como um mercado não funcional". (Platts - 03.01.2001)

Índice

 

13. Washington abre mercado de energia


A agência que regula gás, eletricidade e telefonia da capital norte-americana de Washington, o "D.C. Public Service Comission", abriu o mercado de energia elétrica local no dia 01.01.2001. Maryland seguirá esse movimento em 01.07.2001 e Virginia atualmente está testando a competição, com planos de abrir o mercado em 2002. (The Washington Times - 02.01.2001)


Índice

 

14. México estuda abertura do setor elétrico


Políticos do Partido de Ação Nacional do México, o PAN, estão na fase final de elaboração da proposta de reforma que busca abrir o setor elétrico à iniciativa privada. De acordo com Juan Mouriño, presidente da Comissão de Energia da Câmara de Deputados, a competição será aberta somente na geração de energia, permanecendo nas mãos do Estado a transmissão e comercialização. A distribuição poderá ser flexibilizada através de concessões por zonas, mas somente dentro de cinco ou seis anos, afirmou Mouriño. (BNamericas - 03.01.2001)


Índice

 

 

15. Endesa e Iberdrola podem precisar vender US$ 23 bi em ativos


A Endesa e Iberdrola poderão ter de vender mais ativos do que propunham para que a pretendida fusão das duas empresas seja aprovada pelo governo da Espanha. O Tribunal de Defesa da Concorrência espanhol (TDC), recomendou que as empresas de desfaçam de US$ 23 bi em ativos de geração e distribuição, frente aos US$ 14 a US$ 17 bi pretendidos pelas companhias. (Reuters - 03.01.2001)


Índice

 


Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor

www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras