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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 554- 02 de janeiro de 2001
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Aneel autoriza reajustes para Furnas e Eletrosul
02. Aneel autoriza reajuste de tarifas da Cerj
03. Itaipu define reajuste de 7% em tarifa de energia
04. Aneel anuncia nova Tarifa Atualizada de Referência
05. Aneel antecipa fiscalização na Light
06. Rio enfrenta novo apagão no Reveillon
07. Governo de São Paulo pretende remarcar leilão da Cesp para março de 2001
08. Paraná ganha 15 meses para resgatar ações da Copel
09. BID formaliza empréstimo à hidrelétrica de Dona Francisca
10. Tradener fornece energia ao grupo Odebrecht
11. Chesf aplica R$ 30 mi em fibra ótica
12. AES pagará US$ 1,3 bi pela chilena Gener
13.
Tribunal de Defesa da Concorrência da Espanha endurece condições à fusão Endesa-Iberdrola
14. Elétricas espanholas querem liberalização total
15. Enelven separa suas atividades em duas companhias




01. Aneel autoriza reajustes para Furnas e Eletrosul


A Aneel autorizou, dia 28.12.2000, um reajuste de 8% nas tarifas de energia elétrica da Eletrosul e de Furnas. O reajuste começa a vigorar em 01.01.2001. O aumento, segundo explicou a Aneel, é em decorrência do reajuste de 7% nas tarifas de energia produzida pela Itaipu Binacional e pela correção da alíquota da Cofins, que passou de 2% para 3%. Segundo a Aneel, as distribuidoras só poderão repassar o aumento para o consumidor final nas datas-base dos reajustes anuais. De acordo com a Agência, o preço do KW na tarifa básica da energia de Itaipu passará, a partir de 01.01.2001, de US$ 17,60 para US$ 18,83. (Estado - 28.12.2000)

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02. Aneel autoriza reajuste de tarifas da Cerj


A Aneel autorizou, dia 28.12.2000, o reajuste anual nas tarifas de energia elétrica da Cerj. Segundo a Aneel, o aumento será aplicado em duas etapas. A primeira, a ser cobrada a partir do dia 31.12.2000, será de 15,91%, e a segunda, a partir de 07.02.2001, será de 1,90%. A adoção de um reajuste parcelado, segundo explicação da diretoria da Aneel, segue a prática de Furnas, que também dividiu em duas vezes o aumento da energia que fornece à Cerj. O reajuste anual das concessionárias está previsto no contrato de concessão do serviço. (Aneel - 28.12.2000)


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03. Itaipu define reajuste de 7% em tarifa de energia


O Conselho de Administração de Itaipu Binacional definiu um reajuste de 7% nas tarifas de energia praticadas pela empresa a partir de 01.01.2001, em consonância com as especificidades próprias do Tratado de Itaipu. Com o aumento, o preço do KW, na tarifa básica, passará de US$ 17,60 para US$ 18,83. O último reajuste de Itaipu ocorreu em 29.12.1998. (Gazeta do Paraná - 29.12.2000)


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04. Aneel anuncia nova Tarifa Atualizada de Referência


A Aneel anunciou o novo valor da Tarifa Atualizada de Referência (TAR), que passará de R$ 19,35 para R$ 29,40 por MWh a partir de 01.01.2001. A TAR é usada para o cálculo da Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos, paga pelas usinas hidrelétricas com potência superior a 30 MW aos Estados e municípios que tiveram parte de seu território destinado à formação dos reservatórios. A resolução da Aneel que estabelece o novo valor da tarifa foi publicada dia 29.12.2000 no Diário Oficial. Segundo a agência, 6,75% do valor da energia produzida por 120 usinas hidrelétricas do País são destinados à Compensação Financeira. Em 1999, de acordo com a Aneel, o valor total arrecadado foi de R$ 286,5 mi, e a estimativa é de que chegue a R$ 300 mi neste ano. (Estado - 28.12.2000)


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05. Aneel antecipa fiscalização na Light


Os apagões que aconteceram em dezembro de 2000 fizeram a Aneel antecipar para o dia 15.01.2001, a fiscalização anual na Light que estava prevista para março de 2001. O superintendente em exercício de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade da Aneel, Manoel Negrisoli, explicou que os técnicos da agência vão concentrar a fiscalização no desempenho técnico da empresa e o trabalho de oito técnicos deve levar três semanas. Negrisoli disse ainda que os técnicos vão fiscalizar as equipes de manutenção da empresa e se elas estão devidamente aparelhadas. O cronograma de obras também será fiscalizado pela Aneel. Negrisoli afirmou que o objetivo é verificar se esses investimentos vão reduzir o número e o tempo dos desligamentos de energia. (O Globo - 02.01.2001)


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06. Rio enfrenta novo apagão no Reveillon


Na madrugada do dia 31.12.2001, os moradores de cerca de dez ruas da cidade do Rio de Janeiro ficaram sem luz. Segundo a assessoria de imprensa da Light, a queda de galhos sobre a fiação e um acidente com um ônibus que danificou um poste estão entres causas do apagão no Alto Leblon, no Grajaú e em Cascadura entre outros bairros. Nos últimos dias as justificativas da companhia para os sucessivos apagões se baseiam em que eventos isolados, como curto-circuito, ventos e chuva fortes, têm provocado os cortes. (Gazeta Mercantil - 02.01.2001)


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07. Governo de São Paulo pretende remarcar leilão da Cesp para março de 2001


O novo leilão da Cesp Paraná deve ocorrer na segunda quinzena de março de 2001, segundo o secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce. A expectativa do governo paulista é de que na ocasião o reservatório da usina Sérgio Motta já esteja na cota de 257 metros. Essa era a principal reivindicação das empresas candidatas à compra da estatal, que acabaram desistindo de participar do leilão. Outro fator positivo para acelerar o processo de privatização da Cesp Paraná, segundo o secretário, é a rolagem da dívida de US$ 500 mi que vence em maio de 2001. O Banco Central já teria autorizado a companhia a lançar eurobônus também no valor de US$ 500 mi, e a emissão está prevista para o dia 15.02.2001. Os dois principais entraves apontados pelos compradores estarão aparentemente resolvidos, mas eles encontrarão no próximo leilão uma empresa mais cara à venda. (Valor - 02.01.2001)


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08. Paraná ganha 15 meses para resgatar ações da Copel


O Banco Central concordou com a prorrogação por 15 meses do resgate de ações da Copel, dadas ao Banco Itaú pelo governo do Paraná em garantia por precatórios podres no valor de R$ 350 mi. Os títulos venceriam no dia 31.12.2000 e representavam a ameaça de o Estado perder o controle acionário da companhia, a maior empresa do Paraná, em vias de ser privatizada. (Agência JB - 28.12.2000)


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09. BID formaliza empréstimo à hidrelétrica de Dona Francisca


O BID assinou, na última semana de 2000, os contratos correspondentes ao empréstimo de US$ 41 mi concedido para a construção da hidroelétrica de Dona Francisca, com 125 MW de potência, situada sobre o rio Jacuí, no estado do Rio Grande do Sul. O projeto da hidrelétrica de Dona Francisca é desenvolvido pela Copel, Celesc, Inepar Energia, Gerdau e pela empresa de engenharia Desenvix. O custo total do projeto é de US$ 118 mi. (BNAmericas - 02.01.2001)


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10. Tradener fornece energia ao grupo Odebrecht


Desde o dia 01.01.2001, a Tradener, comercializadora de energia elétrica controlada pela Copel, está intermediando o suprimento de 22 MW da Copel para a unidade da OPP Polietilenos, pertencente ao Grupo Odebrecht, localizada no pólo petroquímico de Triunfo (RS). A grande novidade da operação está no fato de a energia ser fornecida diretamente à OPP, sem passar pela rede de distribuição, já que o pólo petroquímico está ligado numa subestação da rede básica, de 230 KV. A OPP, que também é um consumidor livre e tem uma necessidade de 44 MW, torna-se um cliente do tipo híbrido, com demanda igualmente dividida entre a Copel e a AES Sul, que até agora era o supridor integral da OPP. Ricardo Simões, responsável pela área de suprimento energético do Grupo Odebrecht, acredita que, como consumidor livre, a OPP Polietilenos terá condição de colocar no mercado toda energia elétrica que não for consumida, o que reduz o custo global de energia da empresa. (Gazeta Mercantil - 02.01.2001)

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11. Chesf aplica R$ 30 mi em fibra ótica


A Chesf vai investir R$ 30 mi em 2001 na implantação de um rede de fibra ótica que vai contornar todo o Nordeste e interligar a região ao resto do País. O investimento será realizado através da Eletronet, empresa formada pela Eletrobras e pela AES. Criada em 1999, a Eletronet será a responsável em alugar a rede das geradoras de energia às empresas de telecomunicações. Antes disso, porém, as próprias geradoras estão bancando os investimentos e adaptando a rede existente para que ela possa servir aos interesses das teles. Quando a fibra ótica estiver instalada, as geradoras de energia elétrica ganharão dinheiro cobrando uma espécie de pedágio pela utilização de sua infra-estrutura. Segundo o presidente da Chesf, Mozart de Siqueira Campos, o retorno do investimento se dará em aproximadamente dez anos. (Diário de Pernambuco - 02.01.2001)

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12. AES pagará US$ 1,3 bi pela chilena Gener


A norte-americana AES vai pagar cerca de US$ 1,3 bi para ficar com pouco menos de 90% da geradora de energia termoelétrica Gener SA, do Chile, quando a oferta de compra for concluída, informou o presidente da AES Andes, Naveed Ismail. A AES, que no Brasil tem participação em empresas como Eletropaulo Metropolitana, Cesp Tietê e Cemig, pagou US$ 841,2 mi pela participação de 61,5% na Gener em leilão realizado, dia 28.12.2000, na Bolsa de Santiago. Pouco depois do leilão, Ismail disse que a AES planeja comprar mais 25% da Gener, dia 29.12.2000, em leilão dos ADSs (American Depositary Shares) da empresa chilena nos EUA. A companhia americana vai pagar o equivalente em peso a US$ 0,242647059 por ação local e US$ 16,50 por ADS da Gener. (Estado - 28.12.2000)

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13. Tribunal de Defesa da Concorrência da Espanha endurece condições à fusão Endesa-Iberdrola


O Tribunal de Defesa da Concorrência espanhol (TDC), uma instituição autônoma mas integrada organicamente no Ministério da Economia, endurecerá as condições propostas pela Comissão Nacional de Energia (CNE) à fusão Endesa-Iberdrola. Os integrantes do TDC concordam com a necessidade de impor condições mais rigorosas para a fusão e alguns dos seus integrantes são favoráveis até ao veto do projeto. O TDC divulgará o seu veredicto antes do dia 10.01.2001. A partir dessa data o governo da Espanha tem um mês para aprovar ou reprovar a fusão, com as condições que julgue necessárias. (El Mundo - 02.01.2001)


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14. Elétricas espanholas querem liberalização total


As companhias elétricas espanholas querem um sistema de preços totalmente liberalizado, no qual as tarifas sejam fixadas com base na procura, nas taxas de juro e nos custos dos combustíveis. A Endesa, Iberdrola, Unión Fenosa e Hidrocantábrico apoiam a sua reivindicação numa cláusula de um acordo assinado em dezembro de 1996, que serviu de base à lei elétrica feita em 1997, onde se previa que o processo de abertura do setor ocorreria em 2001. As empresas espanholas pretendem firmar um protocolo que consagre a liberalização total do mercado. (Diário Econômico - PT - 02.01.2001)


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15. Enelven separa suas atividades em duas companhias


A estatal de energia venezuelana, Enelven, separou suas atividades de geração e distribuição, criando duas novas companhias. A mudança está de acordo com a nova lei de eletricidade da Venezuela e também irá facilitar a privatização da companhia. As novas companhias são a Enelven Geradora (Enelgen) e a Enelven Distribuidora (Eneldis). As companhias qualificadas para o leilão de 51% da Enelven no fim de janeiro ou início de fevereiro de 2001 são: Enron, CMS, PSEG, AES, Union Fenosa, Iberdrola, Perez Companc e Enerzul. A Enelven tem uma capacidade instalada de 1.175 MW. (BNAmericas - 02.01.2000)


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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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