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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 553- 28 de dezembro de 2000
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Furnas faz acordo e vai pagar dívida à vista
02. Eletrobrás comercializará energia de Angra II
03. Aneel assina concessão de 2 geradoras no RS
04. Furnas envia relatório sobre interrupções para a Aneel
05. Energia terá ICMS de 25% em PE
06. ONS terá orçamento de R$ 140 mi para 2001
07. Cemig investiga as causas do apagão que afetou Belo Horizonte
08. Mais dois apagões afetam o Rio
09. Cerj e Light estão na lista de empresas com maior número de queixas no Procon carioca
10. Light prepara esquema especial para fim do ano
11. Cedae pretende entrar com ação contra Light e Cerj
12. Copel é dividida em cinco empresas
13.
GTEE abre licitação para contratar consultoria para Candiota III
14. CPFL tem nova subsidiária
15. Light e Eletropaulo criarão portal Logestic.com
16. Venda de 25% da Gasmig está acertada
17. Endesa e Elecnor investem em projeto eólico na Argentina
18.
Califórnia pede ajuda a Washington
19. Ajuda para Califórnia será necessária até 2002

 
 



01. Furnas faz acordo e vai pagar dívida à vista


A Eletrobrás vai pagar à vista a dívida com as companhias elétricas integrantes MAE pelo atraso no funcionamento da usina de Angra 2. O pagamento à vista foi a alternativa encontrada pela Eletrobrás, diante da recusa das companhias elétricas credoras de assinarem, dia 27.12.2000, o acordo que previa o parcelamento do débito em 24 meses, quitando-o em até dezembro de 2002. Diante do impasse, a estatal propôs o pagamento total em até 31.01.2001. Em reunião que durou mais de oito horas entre os presidentes de Furnas, Luiz Carlos santos, da Eletrobrás, Firmino Sampaio e do Coex do MAE, Eduardo Bernini e os credores, a estatal refez as contas e abateu do seu saldo devedor de R$ 578 mi, corrigidos pelo IGPM, um total de R$ 393 mi, reduzindo sua dívida para R$ 185 mi. Destes, ainda seriam abatidos R$ 27 mi, devidos pelas distribuidoras elétricas às estatais pelo uso das linhas de transmissão e da rede básica de distribuição da energia de Itaipu, o que diminuiria o saldo devedor para R$ 158 mi. A nova proposta, apresentada no dia 27.12.2000, será levada para aprovação no dia 10.01.2001, segundo Bernini. Dentre os abatimentos, cerca de R$ 120 mi seriam de dívidas junto à companhias também estatais, como Eletronorte e Chesf, que seriam resolvidas no do âmbito da Eletrobrás. Mais R$ 91 mi seriam de faturas da energia do complexo de Angra que ainda seriam emitidas. O valor será abatido porque a proposta inclui novo tratamento para a energia nuclear. Os valores estão corrigidos pelo IGPM. Ao saldo devedor residual de R$ 158 mi, seriam somados R$ 182 mi já arrecadados por Furnas junto às distribuidoras elétricas e também corrigidos pelo IGPM. (Valor - 28.12.2000)

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02. Eletrobrás comercializará energia de Angra II


O conselheiro do MAE, Carlos Augusto Leite Brandão, informou que o acordo firmado no dia 27.12.2000 com a Eletrobrás garante que a comercialização da energia da usina da área nuclear passará de Furnas para a holding federal. Segundo Brandão, estabeleceu-se agora que a Aneel vai fixar tarifas para as ocasiões em que Angra deixe de fornecer energia e a Eletrobrás tenha que adquirir o produto no mercado. A Eletrobrás pretende também construir uma termoelétrica junto a Angra para reduzir os riscos de queda de fornecimento por Angra II. Ficou acertado ainda que haverá um mecanismo de realocação de energia entre os agentes do sistema sempre que houver falta de fornecimento por parte das usinas nucleares, evitando interrupção de suprimento. (Estado - 28.12.2000)


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03. Aneel assina concessão de 2 geradoras no RS


A Aneel assinou, dia 27.12.2000, contrato de concessão com duas geradoras do Rio Grande do Sul. Os contratos assinados com o Departamento Municipal de Energia de Ijuí (Demei) e com as Centrais Elétricas de Carazinho (Eletrocar) permitem a exploração de três usinas hidrelétricas e estabelecem direitos e deveres da concessionária. O Demei terá concessão, pelo período de 16 anos, da Usina Hidrelétrica Passo Ajuricaba, em Ijuí, com potência de 3,3 MW. A Eletrocar, pelo contrato, terá concessão até 2023 das usinas Colorado, com potência de 1,12 MW, e Mata Cobra, com potência de 2,88 MW, ambas no município de Carazinho. (Aneel - 27.12.2000)


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04. Furnas envia relatório sobre interrupções para a Aneel


Furnas encaminhou, dia 27.12.2000, relatório técnico para a Aneel sobre as paralisações verificadas em seu sistema nos dias 13.12.2000 e 14.12.2000, segundo informação de Carlos Nadalluti, gerente do departamento de Operações do Sistema Furnas. A empresa levou 15 dias para concluir a perícia que apurou os motivos das interrupções nas linhas de transmissão da subestação de Ivaiporã, que atende a hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu, e na de Adrianópolis-Magé, no Rio de Janeiro. (Canal Energia - 27.12.2000)


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05. Energia terá ICMS de 25% em PE


A Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco aprovou, dia 27.12.2000, durante convocação extraordinária, o aumento na alíquota de ICMS, de 17% para 25%, para consumo de energia elétrica comercial e industrial, para o querosene de aviação e para o óleo diesel. O Governo do Estado de Pernambuco tem de publicar as alterações no Diário Oficial até o dia 30.12.2000. Os deputados conseguiram um acordo antes da votação e suprimiram do texto a cobrança de ICMS da energia destinada a propriedades rurais que consumissem acima de mil KW/hora. (Diário de Pernambuco - 28.12.2000)


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06. ONS terá orçamento de R$ 140 mi para 2001


O Conselho Administrativo do ONS aprovou o orçamento da entidade para 2001. O valor orçado para o próximo exercício está estimado em R$ 140 mi, de acordo com informação da assessoria de imprensa do ONS. O novo orçamento será encaminhado para a aprovação da Aneel. (Canal Energia - 27.12.2000)


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07. Cemig investiga as causas do apagão que afetou Belo Horizonte


Um problema em um dos três transformadores da subestação Adelaide, da Cemig, em Belo Horizonte, deixou oito bairros da capital mineira sem energia. A pane, ocorrida no dia 26.12.2000, fez com que os outros três transformadores da mesma subestação e mais duas outras subestações, Barro Preto e Carlos Prates, parassem de funcionar. Ao todo, 112 mil consumidores ficaram sem luz. Quarenta minutos depois, o transformador com defeito foi isolado e a energia foi restabelecida. A Cemig está apurando o que realmente ocorreu com o transformador, mas até agora não apresentou o resultado final das investigações. A Aneel informou que não notificará a concessionária mineira pela falha no sistema. (Canal Energia - 27.12.2000)


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08. Mais dois apagões afetam o Rio


O Rio de Janeiro sofreu, dia 27.12.2000, o 11º corte de energia, em 16 dias, em áreas servidas pela Light. As regiões atingidas foram Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Vilar dos Teles e Coelho da Rocha. A falta de energia na Barra e no Recreio foi provocada por um defeito em um cabo subterrâneo que alimenta a região. Foram 20 minutos no Recreio e 58 minutos na Barra. Em Coelho da Rocha, também houve um defeito num equipamento da rede aérea, o que deixou 12 ruas sem luz até as 3h. Já em Vilar dos Teles, no bairro Vilar Formoso, a falta de energia em dez ruas foi decorrente de um curto-circuito num transformador provocado por restos de pipa nos fios. (O Globo - 28.12.2000)


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09. Cerj e Light estão na lista de empresas com maior número de queixas no Procon carioca


O balanço geral de reclamações registradas contra empresas este ano no Procon do Rio de Janeiro aponta que setores privatizados lideram as queixas. A Cerj ficou em terceiro lugar, com 1.827 reclamações registradas e informou em nota que um percentual bastante significativo de queixas sobre o valor cobrado nas contas não procede. A empresa citou testes feitos pelo Procon de Campos em medidores escolhidos aleatoriamente que verificaram que o registro de consumo era correto. O mesmo resultado foi verificado num teste feito pelo Inmetro. Contra a Light, sexto lugar no ranking, foram registradas 802 reclamações. A maioria foi por cobrança indevida de contas. A empresa alega que o treinamento de funcionários e a mudança na programação visual da conta mensal ajudaram na redução de queixas. '"Geralmente as queixas vêm de pessoas que não compreenderam o porquê do aumento do valor. Muitas vezes a tarifa ou o consumo subiram'", informou o superintendente de atendimento da Light, Marlon Rebuzzi. (Gazeta Mercantil - 28.12.2000)


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10. Light prepara esquema especial para fim do ano


A Light preparou um esquema especial para o reveillon com o objetivo de agilizar o atendimento durante o período de festa e reduzir o tempo de atendimento das chamadas. Serão 904 funcionários, entre engenheiros, técnicos, atendentes e equipes de emergência, manutenção e apoio, além de 263 carros, caminhões e duas motos que atuarão nas áreas de Copacabana e Ipanema. A empresa assegura que não haverá falta de luz motivada por abastecimento, mas não garante que isso não vá ocorrer se acontecerem mudanças climáticas. Caso haja apagão na orla, o problema será sanado com o imediato funcionamento de 13 torres de iluminação e seis geradores instalados da Barra da Tijuca ao Leme. (Jornal do Brasil - 28.12.2000)

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11. Cedae pretende entrar com ação contra Light e Cerj


A Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) pretende entrar com uma ação contra a Light e a Cerj em janeiro de 2001. A empresa se sentiu prejudicada pelos apagões que desde 12.12.2000 atingem principalmente a Região Metropolitana do Rio. Segundo o presidente da Cedae, Alberto Gomes, menos um bilhão de litros de água potável deixaram de ser produzidos, quantidade suficiente para suprir a demanda de cinco milhões de habitantes. O prejuízo, segundo Gomes, também foi financeiro. ''Avalio que a empresa perdeu R$ 5 mi período. Quando tudo estiver contabilizado vamos recorrer à justiça'', disse o presidente da Cedae. (Jornal do Brasil - 28.12.2000)

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12. Copel é dividida em cinco empresas


Através de AGE, realizada dia 27.12.2000, a Copel aprovou a divisão da companhia em cinco empresas distintas, que serão controladas pela holding Copel a partir de 2001. O presidente da estatal, Ingo Hübert, disse que essa medida atende às exigências da Aneel. A divisão também prepara a estatal para a privatização, que deverá acontecer em 2001. A Copel será dividida segundo as unidades de negócio existentes atualmente: geração, transmissão, distribuição, telecomunicações e uma quinta empresa, que gerencia a participação em outros empreendimentos como a Companhia de Gás (Compagás), Sercomtel, Sanepar e o laboratório técnico (Lactec). Todas elas terão administração e contabilidade próprias, ainda não definida em que moldes, recursos humanos e Cadastro Geral de Contribuinte (CGC). A holding terá participação de 100% em todas elas. (Gazeta do Povo - PR - 28.12.2000)

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13. GTEE abre licitação para contratar consultoria para Candiota III


A CGTEE (Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica) abriu licitação, na modalidade concorrência do tipo técnica e preço, para contratar serviços de consultoria especializada para fazer a avaliação econômico-financeira da termelétrica Candiota III, que fica no município de Candiota, no Rio Grande do Sul. A data de abertura dos envelopes está marcada para o dia 20.02.2001. Segundo comunicado da empresa, a consultoria que vencer a licitação executará serviços como o levantamento dos investimentos realizados e a realizar, análise de mercado, recomendação do preço mínimo do empreendimento, estratégia de parceria e a prestação de serviços de assessoria, consultoria e assistência jurídicas. (Canal Energia - 27.12.2000)


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14. CPFL tem nova subsidiária


A primeira distribuidora de eletricidade constituída exclusivamente pela iniciativa privada após o início do processo de remodelagem do setor deve entrar em operação no primeiro trimestre de 2001. Trata-se da Companhia Piratininga de Força e Luz, subsidiária da CPFL. A Piratininga já está constituída e receberá parte da área de concessão da Bandeirante. A cisão desta empresa, que também atende a parte do Estado de São Paulo, há alguns meses vem sendo negociada entre os controladores - a CPFL e a EDP. De acordo com Wilson Pinto Ferreira Júnior, presidente da CPFL, a Piratininga irá manter o atual quadro de gerentes, terá corpo administrativo próprio e sede em São Paulo. Se aprovada pela Aneel, sua área de concessão será composta por 27 cidades e cerca de 1,1 milhão de consumidores, distribuídos pela Baixada Santista e região Oeste do Estado. Já a Bandeirante, tende a ficar com Vale do Paraíba e o Alto Tietê, com um total de 55 municípios e 1,2 milhão de consumidores. (Gazeta Mercantil - 28.12.2000)


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15. Light e Eletropaulo criarão portal Logestic.com


A Aneel autorizou a Eletropaulo e a Light a constituírem a Logestic.com S.A., um portal de comércio exterior de gestão de transportes e estoques de materiais. O portal não tem nenhuma relação direta com o setor energético, mas as empresas concessionárias de serviço público de distribuição de energia precisam de anuência prévia da Aneel para todos os projetos que vierem a realizar. De acordo com a resolução que aprova a criação da empresa, os dividendos, juros sobre capital, bonificações e quaisquer outros rendimentos devem ser, obrigatoriamente, contabilizados separadamente das concessionárias. Cada distribuidora deverá informar todos os dados de suas participações na nova empresa sempre que for solicitado pela agência. (Gazeta Mercantil - 27.12.2000)


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16. Venda de 25% da Gasmig está acertada


A venda de 25% do capital da Gasmig, subsidiária da Cemig, para a Petrobras, está prestes a ser concretizada. Segundo uma fonte da Cemig, representantes da Petrobras estiveram reunidos com diretores da companhia mineira na penúltima semana de dezembro de 2000, para tratar do assunto. O valor de mercado da Gasmig, conforme especulações de profissionais do setor ligados à empresa, pode chegar à casa dos R$ 300 mi, levando em conta o potencial de mercado da empresa. (Estado de Minas - 28.12.2000)


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17. Endesa e Elecnor investem em projeto eólico na Argentina


A Endesa e o grupo Elecnor estabeleceram uma parceria para o desenvolvimento de parques eólicos na Argentina, tornando-se os primeiros promotores deste tipo de energia naquele país. As duas empresas espanholas criaram a sociedade Energias Argentinas SA (Enarsa), a qual irá investir, inicialmente, cerca de US$ 234 mi no desenvolvimento de parques eólicos e infra-estruturas elétricas na província argentina de Chaubut. Segundo uma fonte da Endesa, com a construção destas infra-estruturas energéticas será possível instalar cerca de 3 mil MW de potência nos próximos dez anos. (Diário Econômico - Portugal - 27.12.2000)


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18. Califórnia pede ajuda a Washington


O secretário de energia dos Estados Unidos, Bill Richardson, concedeu uma ordem de emergência requerendo que as geradoras de energia de outros estados forneçam eletricidade às companhias californianas, já que essas empresas estão passando por problemas de liquidez devido à conjuntura de preços congelados e custos crescentes. A ordem de Richardson veio depois do encontro do governador da Califórnia, Gray Davis, com o presidente Clinton no dia 27.12.2000. (CNN - 28.12.2000)


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19. Ajuda para Califórnia será necessária até 2002


De acordo com Kellan Fluckiger, diretor operacional da Agência Central de Energia norte-americana, a solução do problema na Califórnia é complexa e não imediata. Segundo Fluckiger, a ajuda de outros estados será necessária até o verão de 2002. O mais urgente é salvar as distribuidoras locais da falência, o que pode ser feito obrigando aos produtores a destinarem parte de sua receita às distribuidoras, entretanto isso significaria a modificação das regras do mercado livre. (El País - 28.12.2000)


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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

Leonardo Weller - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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