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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 551- 26 de dezembro de 2000
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Reajustes nas tarifas de energia superaram inflação em 2000
02. Eletrobrás assina acerto da dívida de Furnas ainda em 2000
03. RJ terá dois reajustes de tarifas no início de 2001
04. Novos apagões afetam a Zona Oeste do Rio
05. Árvores colocam em risco o abastecimento no Rio
06. Geração é imprescindível para grupos investidores no Brasil
07. Petros encerra 2000 com US$ 1 bi investidos em energia
08. Hidrelétrica de Tucuruí corre perigo
09. Nordeste deve exportar mais energia em 2001
10. Divulgado Balanço Energético Consolidado do RS de 1997 e 1998
11. Fed tenta salvar empresas de energia na Califórnia
12. Endesa-Iberdola luta contra condições para fusão
13.
Endesa compra elétrica holandesa por US$ 1,054 bi
14. Geradoras argentinas propõem liberação tarifária

Fatos Relevantes

01. Cosern convoca AGE
02. Coelba convoca AGE
03.
Eletronorte anuncia Comunicado Relevante

 



1. Reajustes nas tarifas de energia superaram inflação em 2000


Os reajustes nas tarifas de energia no país superaram, em 2000, os índices de inflação. Em dezembro, por exemplo, a Aneel autorizou reajuste de 15,57% para as tarifas da Light, percentual que superou em mais de duas vezes o IPCA-E do IBGE, que ficou em 7,05% no Rio até 15.12.2000, e em quase três vezes o IPC da FGV apurado de janeiro a dezembro de 2000, que foi de 5,77%. O diretor da Aneel, José Mário Abdo, no entanto, lembrou que a revisão dos contratos das distribuidoras deverá provocar a queda das tarifas, como fez a Escelsa, do Espírito Santo, que em 1998 teve suas tarifas reduzidas em 3,4% graças ao repasse para o preço dos ganhos de produtividade da empresa. A Light terá revisão tarifária em novembro de 2003, enquanto a da Cerj será um mês depois. Outro ponto é que, a partir de 2005, todos os consumidores de energia elétrica, inclusive os residenciais e rurais, poderão escolher a concessionária da qual vão comprar energia, acirrando a competição. (Jornal do Brasil - 26.12.2000)

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2. Eletrobrás assina acerto da dívida de Furnas ainda em 2000


O presidente da Eletrobrás, Firmino Sampaio, informou que a companhia irá assinar, dia 27.12.2000, um protocolo de acerto da dívida de Furnas com o MAE. Pela negociação, a Eletrobrás pagará a dívida em 24 meses, utilizando o excedente de energia produzido em Angra. A receita para quitar o débito sairá da diferença entre o preço da tarifa no mercado regulado e no livre, que corresponde a R$ 103,00 por MW/h, segundo Sampaio. (Estado - 26.12.2000)
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3. RJ terá dois reajustes de tarifas no início de 2001


A Aneel deverá anunciar, na última semana de 2000, o aumento das contas da Cerj, que atua em 65 cidades fluminenses e atende cerca de 1,5 milhão de pessoas. Em fevereiro de 2001, a Light está autorizada a fazer novo reajuste, de 1,53%. Em novembro de 2000, a Aneel autorizou esse aumento em razão do crescimento da alíquota da Cofins de 2% para 3%. (Jornal do Brasil - 26.12.2000)
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4. Novos apagões afetam a Zona Oeste do Rio


Cerca de 14 mil clientes da Light em Campo Grande e na Baixada Fluminense, na região metropolitana do Rio de Janeiro, foram afetados por um apagão que começou às 18h30m do dia 24.12.2000 e que só acabou cerca de 24 horas depois. A Light atribuiu o problema ao temporal, aos raios e à ventania, que derrubou árvores na rede aérea, danificando circuitos de energia e transformadores. Segundo o gerente de Operações da Zona Oeste, José Eduardo Lopes, as sete equipes de emergência no Natal receberam o reforço de mais sete. Ele alegou que não houve condições de atender a todas as reclamações com rapidez e, por isto, muitos moradores tiveram o problema prolongado. O abastecimento foi interrompido também em algumas ruas de Nova Iguaçu, em Queimados e Japeri, deixando cerca de cinco mil residências sem luz até pouco antes da meia-noite do dia 24.12.2000. Alguns bairros da Zona Norte, como Marechal Hermes, Bento Ribeiro, Vila da Penha, Madureira e Rocha Miranda também ficaram sem luz mas tiveram a energia restabelecida mais cedo. (O Globo - 26.12.2000)
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5. Árvores colocam em risco o abastecimento no Rio


O gerente regional de Operação da Light na Zona Oeste do Rio, José Eduardo Lopes, disse, dia 25.12.2000, que cerca de seis mil árvores na região põem em risco o abastecimento de energia na área. Segundo ele, a empresa realiza anualmente duas podas nessas árvores que afetam o sistema por estarem próximas à rede de energia. Para José Lopes, o que aconteceu na noite de Natal foi uma fatalidade. "Fazemos a poda das árvores, mas a ventania pode derrubar galhos, que, em contato com a fiação, causam curto-circuito e, consequentemente, o desligamento automático", explicou. Ele disse que a Gerência Regional recebeu cerca de 400 reclamações e que até o fim da tarde do dia 25.12.2000 tentava solucionar todos os casos com 14 equipes de emergência, tendo ao todo 40 técnicos. José Eduardo explicou que a ventania causou o desligamento de nove circuitos de energia. (O Globo - 26.12.2000)
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6. Geração é imprescindível para grupos investidores no Brasil


De acordo com analistas, a compra de geradoras de energia elétrica é quase vital para os grandes grupos investidores do setor, devido ao fato que essas empresas, ainda controladas pelo Estado, detêm cerca de 80% da capacidade instalada no País. Para obter escala e reduzir seus custos, além da compra de estatais, outro caminho é a construção de usinas. Uma opção não exclui a outra, como mostra a experiência de grupos como a EDP, a EDF e a AES, que têm projetos de termelétricas e hidrelétricas, mas interessaram-se pela compra da Cesp no início de dezembro de 2000. Outro exemplo é a estratégia do grupo espanhol Endesa, que já controla as distribuidoras Cerj e Coelce e, ao incorporar a Iberdrola, passará a controlar também a Coelba e a Celpe. Juntas, as quatro distribuidoras têm demanda próxima a 3 mil MW. Mas o grupo não esconde o interesse por investimentos em geração e aquisição de geradoras para, como comercializador, ultrapassar as fronteiras do Brasil. De acordo com Juan Antonio Madrigal, presidente da Ciem, empresa responsável pelos ativos de geração da Endesa no Brasil, a companhia pretende " ter matéria-prima suficiente para exportar energia para a Argentina, a partir de 2004". Madrigal diz que faz parte dos planos da Endesa ser uma grande comercializadora de energia. "Por isso, precisamos correr mais que os outros", completa, para justificar seu interesse na compra de geradoras. (Gazeta Mercantil - 26.12.2000)
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7. Petros encerra 2000 com US$ 1 bi investidos em energia


A Petros, fundação de previdência privada dos funcionários da Petrobras, encerrou o ano de 2000 com R$ 1 bi aplicados em project finance na área de energia. A meta anunciada pelo presidente do fundo de pensão, Carlos Flory, chega ao dobro. A Petrobrás sai na frente na disputa pelo R$ 1 bi em aberto, dada a rentabilidade oferecida em investimentos anteriores, já em maturação, como os campos de Albacora e Marlim. (Jornal do Commercio - 26.12.2000)
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8. Hidrelétrica de Tucuruí corre perigo


No momento em que começam a surgir previsões de blecaute por causa do crescimento de demanda superior à oferta de energia, o Brasil poderá ficar sem a sua principal nova fonte de energia, a hidrelétrica de Tucuruí (PA). O procurador da República em Marabá, Sidney Madruga, está investigando denúncias de que as obras da duplicação da usina de energia estão sendo realizadas com uma intensidade muito superior às do sistema de transposição do Rio Tocantins. Seria uma forte indicação de que a hidrelétrica realizará todo o seu projeto, mas não as eclusas. Se isso ocorrer, o Tocantins estará definitivamente barrado no seu curso final. (Estado - 25.12.2000)
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9. Nordeste deve exportar mais energia em 2001


De acordo com as perspectivas do ONS, que baseiam-se no percentual de armazenamento dos reservatórios de água usados pelas geradoras locais, o Nordeste poderá exportar mais energia para outras regiões do País em 2001, superando as importações. Segundo o diretor de Operações da ONS, Carlos Ribeiro, o Nordeste fechou o ano de 2000 com uma acumulação de 32,7% do total da capacidade de armazenamento dos reservatórios, um índice bem acima do que o registrado em 1999. "Por conta das chuvas e da melhor otimização da água, nós importamos menos energia do que em 1999 e exportamos mais", informou Ribeiro, ressaltando que a expectativa para 2001 é que a região contabilize um superávit de energia. (Folha de Pernambuco - 26.12.2000)
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10. Divulgado Balanço Energético Consolidado do RS de 1997 e 1998


A Secretaria Estadual de Energia, Minas e Comunicações do estado do Rio Grande do Sul, divulgou o Balanço Energético Consolidado do Estado de 1997 e 1998. De acordo com avaliação presente no Balanço, o consumo de energia no Rio Grande do Sul é mais racional do que a média nacional. Os dados sobre o panorama energético de 1999 e 2000, que a Secretaria pretende divulgar em meados de 2001, devem refletir duas mudanças que ocorreram no cenário econômico do Brasil: a desvalorização cambial e a chegada do gás natural. Em 2001, a secretaria divulga o balanço de 1999 e 2000. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, os números de 1998 já haviam sido divulgados na metade do ano. O estudo é uma das bases para o planejamento de ações na área energética. (Gazeta Mercantil - RS - 26.12.2000)

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11. Fed tenta salvar empresas de energia na Califórnia


O presidente do Federal Reserve, Alan Greenspan, e o governador da Califórnia, Gray Davis, se encontrarão na última semana de dezembro de 2000, em meio à crise de energia enfrentada pelo Estado californiano que ameaça levar suas duas maiores companhias de distribuição de eletricidade à falência. Embora uma porta-voz do Fed não tenha revelado mais detalhes sobre os motivos da reunião, o encontro acontece em um momento no qual as duas companhias de energia lutam com prejuízos de US$ 8,1 bi, provocados pela alta dos custos da eletricidade. Além disso, a Pacific Gas and Electric Co. e a Southern California Edison empresas acumulam dívidas superiores a US$ 20 bi. A Edison, em um registro efetuado em dezembro de 2000 junto aos órgãos reguladores, informou que pode não ter outra escolha a não ser entrar com pedido de falência. (Gazeta Mercantil - 26.12.2000)

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12. Endesa-Iberdola luta contra condições para fusão


A Endesa-Iberdrola ainda não existe, mas as duas companhias estão traçando uma ofensiva conjunta para defender sua fusão. As elétricas espanholas concordam em não realizar a fusão se condições muito duras forem impostas. O conselheiro delegado da Endesa, Rafael Miranda, assegurou que as posições defendidas pela Comissão de Energia espanhola (CNE) para autorizar a fusão são confusas e, em conjunto, impossíveis. A chave para levar adiante o projeto de fusão é, de acordo com Miranda, alcançar um equilíbrio entre o objetivo das empresas e do órgão regulador. O centro das discordâncias, no entanto, está na atividade de distribuição. A Endesa-Iberdola aceita a proposta de redução do tamanho na geração, mas quer manter as sinergias que a atividade de distribuição oferece . (El País - 26.12.2000)

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13. Endesa compra elétrica holandesa por US$ 1,054 bi


A Endesa conseguiu um acordo para comprar a elétrica holandesa N.V. Regionale Energie Maatschappij Utrecht (REMU), a quarta elétrica do país, de propriedade municipal, por US$ 1,054 bi. Como a Endesa controla a distribuidora de gás e eletricidade Eindhoven NRE, desde junho de 1999, com a nova aquisição, a companhia espanhola se converterá na maior empresa privada de distribuição de energia da Holanda. (El País - 26.12.2000)
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14. Geradoras argentinas propõem liberação tarifária


A Associação de Geradores de Energia Elétrica da Argentina (Ageera) está propondo a criação de um mercado atacadista livre de energia, onde os preços se modifiquem diariamente de acordo com a oferta e demanda por energia. No últimos três anos, as 40 geradores argentinas obtiveram, em conjunto, uma rentabilidade de menos de 1%, o que causou um nível de investimento muito baixo em novas usinas. De acordo com a Ageera, essa rentabilidade baixa deve-se ao esquema regulatório de preços fixados pelo governo. (La Nacion - 26.12.2000)
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Fatos Relevantes

 

01. Cosern convoca AGE


A Cosern convoca os acionistas para AGE no dia 29.12.2000 para deliberar sobre: a) Justificação relativa à incorporação, pela Companhia, de sua controladora IBIDEM S/A, tomando ciência do parecer do Conselho Fiscal da Companhia; b) Escolha da Ernst Young Auditores Independentes S/C para atuar como empresa especializada que avaliará o patrimônio líquido da sociedade a ser incorporada; c) O laudo da avaliação do item anterior; d) A incorporação, pela Companhia, da sua controladora IBIDEM S/A; e) A alteração do Estatuto Social da Companhia, para refletir as decisões tomadas pela AGE; f) A alteração do Estatuto Social da Companhia mediante a inclusão de parágrafo único ao artigo 1o; g) A alteração do artigo 19 do Estatuo Social da Companhia; h) A alteração do artigo 19 do Estatuto Social da Companhia; h) A alteração do artigo 20 do Estatuto Social da Companhia; i) A alteração do artigo 34 do Estatuto Social da Companhia.
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02. Coelba convoca AGE


A Coelba convoca os acionistas para AGE no dia 29.12.2000, para deliberarem sobre: 1- Atribuição ao Conselho de Administração de competência para doravante deliberar o pagamento a seus acionistas de juros sobre o capital próprio; 2- Alteração do artigo 20 do Estatuto Social, que dispõe acerca da composição da diretoria da sociedade.
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03. Eletronorte anuncia Comunicado Relevante


A Eletronorte vem a público comunicar em consonância à determinação do Governo Federal, que seja proporcionada a maior transparência possível em sua gestão. Dessa forma, por meio do endereço na Internet, www.eletronorte.gov.br, qualquer cidadão pode ter acesso às informações sobre todas as licitações em andamento nas diversas áreas da Empresa. Também estão disponíveis na Internet as informações sobre empreendimentos e obras, inclusive com visualização em tempo real das obras de complementação da UHE Tucuruí no Pará.
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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