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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 549- 20 de dezembro de 2000
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Governo vai limitar importação de energia
02. Apagão deixa 1 milhão sem energia em SC
03. Aneel obriga Light a adotar ações preventivas
04. Angra II pode parar no verão
05. ONS garante que haverá sobra de energia em 2001
06. Congresso poderá analisar construção de Angra 3
07. Rio pode exportar energia em 2004
08. Projeto vai gerar 400 MW de energia a 8 empresas
09. Receita operacional da Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina soma R$ 455 mi até novembro de 2000
10. Celpe terá mais R$ 6 mi para eletrificação rural
11. Elektro pode passar para o controle da EDP e Endesa
12. Comissão Européia pode abrir mercado de energia em 2004
13.
União Francesa de Eletricidade é criada
14. EDP pode vir a ser o centro do núcleo nacional da Galpenergia
15. Comissão Européia se opõe à troca de ativos entre Endesa e Iberdrola




1. Governo vai limitar importação de energia


O governo vai limitar a importação de energia elétrica e térmica em 3.000 MW pelo período de quatro meses. O anúncio foi feito, dia 19.12.2000, pelo ministro de Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, e integra o pacote de decisões tomadas pelo CNPE. Com isso, as empresas privadas e estatais só teriam autorização para trazer do exterior cerca de 2.000 MW, pois a Argentina vende para o Brasil 1.000 MW de eletricidade. Tourinho explicou que este limite será revisto dentro dos próximos quatro meses. Na data da avaliação, segundo Tourinho, a quantidade de energia importada poderá ser ampliada ou não. "Estamos mostrando para o mercado aquilo que o governo está disposto a fazer no campo da importação", disse o ministro. (Estado - 20.12.2000)

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2. Apagão deixa 1 milhão sem energia em SC


Cerca de 1 milhão de pessoas ficaram sem abastecimento de energia elétrica no final da tarde do dia 19.12.2000, na grande Florianópolis, devido a uma falha na chave seccionadora da subestação de Palhoça. O apagão demorou em média 20 minutos, mas em alguns pontos o fornecimento de energia foi interrompido por quase uma hora. A Celesc informou que o problema foi técnico e no sistema de transmissão da Eletrosul. O diretor técnico da Eletrosul, Carlos Roberto Gallo, explicou que o corte na energia ocorreu em função de um curto circuito na subestação. Os levantamentos da Celesc indicam que 250 mil unidades consumidoras foram atingidas, entre casas, indústrias e lojas. No total, oito subestações da Celesc ficaram sem abastecimento de energia, deixando, em princípio, 16 cidades sem eletricidade. A segunda informação foi de que oito municípios ficaram sem abastecimento de energia elétrica, mas os dados oficiais mostram que 13 localidades - Palhoça, Santo Amaro, Águas Mornas, Racho Queimado, Angelina, Major Gercino, Nova Trento, São João Batista, Canelinha, Tijucas, São José, Florianópolis e São Pedro de Alcântara - foram atingidas. (Diário Catarinense - 20.12.2000)
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3. Aneel obriga Light a adotar ações preventivas


A Light foi obrigada pela Aneel a intensificar uma série de medidas para reduzir o risco de novas interrupções no fornecimento energético da região metropolitana do Rio. A empresa foi notificada, dia 19.12.2000, pela segunda vez em uma semana, pelo órgão regulador. Mesmo com as medidas, os problemas de abastecimento na região Sudeste poderão se agravar durante o verão. O presidente da Light, Michel Gaillard, disse que as medidas determinadas pela Aneel não resultarão no aumento dos cerca de R$ 380 mi de investimentos previstos para o próximo ano. O executivo admitiu, contudo, que a empresa deverá rever as prioridades por causa das panes. Entre as medidas acertadas no dia 19.12.2000 com a Aneel, a Light se comprometeu a ampliar, de seis para 11, o número de unidades geradoras de energia. Também está previsto o reforço em 30% do contingente de funcionários responsáveis pelos serviços de emergência da distribuidora; ampliação das vistorias nas linhas de transmissão; intensificação do cuidado nos trabalhos de poda das árvores; e manutenção do total de 72 funcionários do serviço de atendimento 0800 durante o horário da noite. (Gazeta Mercantil - 20.12.2000)
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4. Angra II pode parar no verão


O presidente da Eletrobras, Firmino Sampaio, afirmou, dia 19.12.2000, que existe a possibilidade da usina de Angra II ser paralisada em pleno verão carioca. Segundo ele, um transformador, que queimou em meados de outubro de 2000 será trocado por um equipamento novo, mas a substituição deverá demandar uma paralisação de doze dias. No entanto ainda não está definida a data em que a usina será paralisada. A data ainda será negociada com o ONS. (Gazeta Mercantil - 19.12.2000)
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5. ONS garante que haverá sobra de energia em 2001


O presidente do ONS, Mário Santos, assegurou que a produção de energia em 2001 vai atender à demanda e permitir uma sobra de 2.000 MW. Segundo Santos, haverá um acréscimo de 4.000 MW de eletricidade, contra um aumento de consumo equivalente a 2.000 MW. Esta energia virá da Usina Nuclear Angra 2; da importação de 1.000 MW da Argentina; do aumento da capacidade de geração das Usinas Hidrelétricas de Itá e Porto Primavera e da Usina Térmica de Uruguaiana (RS). Outro motivo para comemoração é o nível de água nos reservatórios das usinas hidrelétricas situadas no País. Segundo ele, nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste, estas hidrelétricas estão com sobra de 25% da capacidade. Isso é sete pontos percentuais acima do nível de enchimento dos reservatórios no final de 1999. Santos explicou que as constantes interrupções no fornecimento de energia no Rio de Janeiro são problemas localizados, já que a energia vem sendo entregue por Furnas à Light sem qualquer problema. Na avaliação de Santos os indicadores dão conta de que a oferta de eletricidade será superior à demanda do País. (Estado - 20.12.2000)
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6. Congresso poderá analisar construção de Angra 3


O CNPE vai decidir, até o fim de março de 2001, se caberá ou não ao Congresso Nacional decidir sobre a construção da usina nuclear de Angra III. A resolução atual é que a secretaria executiva do CNPE vai elaborar um relatório técnico até o fim de fevereiro sobre o assunto. Os conselheiros terão 30 dias para analisar o documento e elaborar uma recomendação ao presidente Fernando Henrique Cardoso, sobre a decisão de construir ou não a usina. O estudo vai envolver análise de preços de energia, aspectos para construção da usina, impactos sócio-ambientais e custo previsto do empreendimento. A próxima reunião do CNPE está marcada para o dia 20 de março de 2001. (Gazeta Mercanil - 20.12.2000)
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7. Rio pode exportar energia em 2004


O presidente do ONS, Mário Santos acredita que a partir de 2004, com as usinas termelétricas que deverão entrar em operação no Rio de Janeiro, o estado poderá se tornar exportador de energia no horário de ponta. O mercado consumidor de energia, segundo ele, deverá crescer em 2001 cerca de 5%, o equivalente a 2,1 mil MW/médios, abaixo do aumento da oferta de energia. Nos Estado do Rio e no Espírito Santo existe uma sobra entre 8% e 10% de energia no horário de pico, entre 18h e 21h, afirmou Mário Santos. Ele disse que, para uma temperatura entre 39 e 40 graus durante os meses de dezembro a abril, o consumo no horário de pico é de 7.850 MW. No entanto, estão disponíveis cerca de 8.700 MW de energia na ponta. (O Globo - 20.12.2000)
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8. Projeto vai gerar 400 MW de energia a 8 empresas


Oito grandes empresas da região de Americana, em São Paulo, assinam dia 20.12.2000, na Fábrica da Goodyear, o contrato para o projeto da central de co-geração Anhanguera, que vai garantir suprimento de energia e vapor. Com investimentos de mais de R$ 250 mi, o projeto Anhanguera vai gerar 400 MW de energia, sendo que 139MW são destinados à demanda das empresas e 261MW estarão disponíveis para comercialização. A quantidade de vapor gerada será de aproximadamente 343 toneladas/hora e a previsão de consumo de gás é de 2,083 mil m³/dia. As empresas que receberão o suprimento de energia e vapor são: Ajinomoto, Fibra DuPont, Sudamérica, Fibra S/A, Goodyear, Polyenka, Ripasa Papel e Celulose, Santista Têxtil e White Martins Gases Industriais. (Estado - 19.12.2000)
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9. Receita operacional da Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina soma R$ 455 mi até novembro de 2000


A Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina encerrou o período de janeiro a novembro de 2000 com receita operacional bruta consolidada de R$ 455 mi. O valor reflete incremento de 34,9% sobre igual período do ano de 1999. A recém-adquirida Saelpa ainda não figura nos quadros de receita da Cataguazes, tendo em vista que o leilão ocorreu em 30.09.2000. Caso a distribuidora paraibana estivesse sob controle do grupo mineiro desde janeiro de 2000, a receita saltaria para R$ 730 mi. A expectativa é de que o faturamento total da Cataguazes encerre o atual exercício com R$ 518 mi. Isoladamente, a Saelpa seria capaz de incrementar esse volume em 58%, com R$ 300 mi adicionais. Esse impacto, no entanto, só poderá ser percebido em 2001. A comercialização global de energia elétrica alcançou 3.330 GWh até novembro. A Energipe ocupa posição de destaque entre as subsidiárias, destinando R$ 205 mi em cifras, com a venda de 1.640 GWh. A compra e venda de energia elétrica apontou elevação de 22,5%, também na comparação com 99. Os dados foram divulgados pela Cataguazes, em Boletim aos Investidores. (Gazeta Mercantil - 19.12.2000)
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10. Celpe terá mais R$ 6 mi para eletrificação rural


A Celpe vai aplicar mais R$ 6 mi no programa de eletrificação rural ainda este ano, beneficiando cinco mil famílias. O investimento faz parte do contrato assinado entre o grupo Iberdrola e o Governo do Estado na época da época da privatização. O acordo de financiamento foi assinado, dia 19.12.2000 pelo presidente da Celpe, Fernando Arronte e pelo governador Jarbas Vasconcelos. De acordo com Arronte, a Celpe fecha o ano com o investimento de R$ 18 mi em eletrificação rural, recurso superior ao determinado para o programa, que era de R$ 13 mi. A previsão para 2001 é de aplicar R$ 21 mi. (Jornal do Commercio - PE - 20.12.2000)

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11. Elektro pode passar para o controle da EDP e Endesa


A EDP e a Endesa estão perto de fechar a compra da distribuidora Elektro, posta à venda por sua controladora, a americana Enron. As negociações com a controladora americana teriam surtido efeito, e o preço da concessionária elétrica teria abaixado de R$ 1,8 bi para R$ 1,5 bi. O acordo que está próximo de ser fechado seria da compra de 79% do controle pela EDP e os 21% restantes pela Endesa. Desta forma, a EDP barganharia depois com a sua parceira Endesa uma troca de ativos envolvendo a distribuidora Cerj, onde as duas são sócias, mas a EDP está em desvantagem. Na Cerj, a EDP tem 21%, e recusou a oferta de compra feita pela Endesa no primeiro semestre de 2000. (Valor - 20.12.2000)

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12. Comissão Européia pode abrir mercado de energia em 2004


A liberalização do mercado elétrico europeu poderá ser acelerada com a preparação pela Comissão Européia de uma diretiva que propõe a abertura do mercado em 2004. As regras atuais, aprovadas há três anos, levaram a uma abertura limitada e desarmonizada nos vários países comunitários. Assim, a comissária européia de Energia, Loyola de Palacio, pretende publicar uma nova diretiva para que os quinze países liberalizem de forma completa os seus mercados em Janeiro de 2004, embora existam dificuldades na comercialização de eletricidade e na unificação dos sistemas de geração. (Diário Econômico - Portugal - 19.12.2000)

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13. União Francesa de Eletricidade é criada


As empresas e sindicatos ligados ao setor elétrico francês criaram a União Francesa da Eletricidade (UFE), com o objetivo de promover seus interesses comuns diante do novo contexto de abertura do mercado à concorrência. Três categorias de operadores (produtores e distribuidores) ativos na França são representados na UFE: companhias locais, privadas e públicas. (La Tribune - 19.12.2000)
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14. EDP pode vir a ser o centro do núcleo nacional da Galpenergia


A EDP poderá ser o centro de um futuro núcleo de acionistas nacionais da Galpenergia, segundo afirmou dia 19.12.2000, o ministro da Economia de Portugal, Mário Cristina de Sousa, que pretende uma maior coordenação operacional entre as duas empresas. O ministro português ainda afirmou que a elétrica portuguesa poderá vir a aumentar a sua posição na Galpenergia, embora isso não aconteça até estar definido o formato do IPO desta empresa. (Semanário Econômico - Portugal - 19.12.2000)
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15. Comissão Européia se opõe à troca de ativos entre Endesa e Iberdrola


A Comissão Européia opõe-se às pretensões da Endesa e da Iberdrola de trocarem ativos na Espanha por outros na Europa, no âmbito das obrigações de desinvestimento resultantes da fusão. A posição de Bruxelas é conhecida do Governo espanhol, que partilha da opinião das autoridades comunitárias sobre os riscos de operações com estas características, segundo fontes governamentais. Bruxelas quer impedir que se formulem pactos entre operadores que os levem a tomar medidas protecionistas nos seus mercados e, por isso, defende outros sistemas de venda de ativos. (Diário Econômico - Portugal - 19.12.2000)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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