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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 548- 18 de dezembro de 2000
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Rio tem novo blecaute pelo sexto dia consecutivo
02. Pesquisador afirma que sistema de energia elétrica estaria no limite
03. Eletrobrás poderá emitir R$ 309 mi
04. Privatização da Celesc analisada pela Assembléia Legislativa
05. Light cederá infra-estrutura para telecomunicações
06. CND autoriza Eletrobrás a fazer reestruturação societária
07. Unión Fenosa endurece posição perante fusão Endesa - Iberdrola
08. Nota




1. Rio tem novo blecaute pelo sexto dia consecutivo


O Rio de Janeiro teve mais um blecaute neste domingo. Os blecautes que se sucedem desde a última terça-feira no Rio podem levar a Aneel a antecipar o envio de uma equipe de fiscalização para o estado, com o objetivo de acompanhar de perto o fornecimento de energia elétrica. Segundo a Aneel, a Light poderá ser multada em até 1% da sua receita líquida anual por causa do blecaute ocorrido na madrugada de sexta-feira passada no Leme, caso fique comprovada a sua responsabilidade. Na própria sexta-feira, a Superintendência de Fiscalização de Energia da agência informou que hoje a Light estará sendo notificada, o que dará início ao processo administrativo contra a empresa. No fim de semana, a companhia enviou um relatório prévio explicando o problema. De acordo com o documento, cerca de cinco mil consumidores ficaram sem energia durante 48 minutos, de 2h48m às 3h36m.(O Globo - 18.12.2000)

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2. Pesquisador afirma que sistema de energia elétrica estaria no limite


Para o pesquisador Maurício Tolmasquin, coordenador de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o sistema de energia elétrica está funcionando no limite. Para ele, faltam investimentos nas áreas de transmissão e geração, aumentando a probalidade de interrupções de energia. O coordenador diz que o setor vive uma situação delicada e que ela não pode ser resolvida de uma só vez. Ele explica que este mercado exige investimentos a longo prazo. Porém, Tolmasquin informa que o governo deve adotar medidas alternativas para suprir as necessidades do setor e que a população pode ajudar com o uso racional de energia. Outra medida é a criação de pequenas centrais geradoras. Ele explica que estas centrais são instaladas rapidamente, diminuindo os riscos de interrupção de energia. Mas ele informa que todas são alternativas para curto prazo e que, a longo prazo, é necessário maiores investimentos no setor. (18.12.2000)
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3. Eletrobrás poderá emitir R$ 309 mi


A Eletrobrás apresentou na sexta-feira uma proposta definitiva, nas palavras de seu presidente, Firmino Sampaio, para equacionar o programa de pagamento da dívida de R$ 575 mi de Furnas com as 53 empresas integrantes do Mercado Atacadista de Energia (MAE). Pela proposta, a Eletrobrás se tornará a comercializadora da energia das usinas nucleares de Angra I e II - controladas pela Eletronuclear - livrando Furnas desse ônus. O contrato prevê a assunção de dívidas retroativas a 1º de setembro de 2000. A idéia de criar uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) encarregada da venda dessa energia foi descartada. Agora, a Eletrobrás Comercializadora (paper company já registrada junto à Aneel) deve assumir os contratos de fornecimento da energia produzida pelas nucleares e sua comercialização. Adicionalmente a holding estatal assumirá o débito de Furnas/Eletronuclear com o mercado, assim como créditos no valor de R$ 88 mi contraídos pelo MAE junto ao sistema Eletrobrás entre maio e agosto deste ano. Existe ainda a possibilidade de a Eletrobrás Comercializadora emitir R$ 309 mi em debêntures simples ou outro papel semelhante, que servirão como lastro para essa dívida. Esses papéis devem ter vencimento em dezembro de 2002, sendo corrigidos mensalmente pela variação do IGP-M mais 1%. (Estado - 18.12.2000)
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4. Privatização da Celesc analisada pela Assembléia Legislativa


A Assembléia Legislativa de Santa Catarina avalia o projeto do governo que autoriza a divisão da estatal em empresas de distribuição e geração de energia, o que é, na prática, o início do processo de privatização. Na sexta-feira, será realizada a assembléia geral dos acionistas, programada para deliberar sobre o mesmo assunto. Como acionista majoritário, o governo cumpre com o projeto a cláusula contratual exigida pela Aneel de separar a empresa até 31 de dezembro deste ano, mas aposta no adiamento de qualquer decisão para depois do recesso parlamentar. (Diário Catarinense - 18.12.2000)
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5. Light cederá infra-estrutura para telecomunicações


A Light Serviços de Eletricidade está disponibilizando postes de sua propriedade para a passagem ou fixação de cabos e equipamentos de telecomunicações. De acordo com a resolução conjunta eleborada pela Aneel e Anatel, as empresas interessadas deverão encaminhar as propostas por escrito, acompanhadas das informações técnicas necessárias para a viabilidade, para a diretoria de Operação da Light. O endereço é Av. Marechal Floriano, nº 168/2º andar - Prédio do SSC - Centro, Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20080-002. (18.12.2000)
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6. CND autoriza Eletrobrás a fazer reestruturação societária


A Eletrobrás foi autorizada pelo Conselho Nacional de Desestatização a reestruturar sua composição acionária para incorporação ou fusão da Manaus Energia e da Ceam Companhia Energética do Amazonas. Para dar continuidade ao processo de privatização, é preciso que essa mudança seja efetivada. O BNDES está autorizado a contratar consultores para preparar a venda da empresa. (O Globo - 18.12.2000)
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7. Unión Fenosa endurece posição perante fusão Endesa - Iberdrola


A Unión Fenosa, a terceira maior empresa do setor elétrico espanhol, quer que a anunciada fusão entre a Endesa e a Iberdrola seja sujeita a uma apertada vigilância por parte das autoridades. Após ter inicialmente reagido com alguma prudência ao projeto de fusão entre as suas rivais, a Unión Fenosa apresentou-se a semana passada com uma posição mais dura ao Tribunal de Defesa da Concorrência, entidade que tem de emitir um parecer sobre a operação: pretende que a Repsol seja proibida de comprar ativos da Endesa/Iberdrola antes da total liberalização do setor de gás natural. Outra das pretensões da Unión Fermosa é que à empresa resultante da fusão não seja permitida a construção de centrais de ciclo combinado por um período que poderia ir até aos cinco anos (Diário Económico - 18.12.2000)
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8. Nota


Pelo fato do campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro estar fechado em virtude dos exames vestibulares, não será enviado o IFE no dia 19.12.2000.

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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