Informe Eletrônico Sobre Empresas de Energia Elétrica Eletrobrás-UFRJ

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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 547- 15 de dezembro de 2000
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Curto-circuito deixa 12 estados sem luz
02. Rio sofre três apagões em menos de 48 horas l
03. Aneel e ONS exigem relatórios
04. Aneel investiga desligamento de energia no centro do Rio
05. Para ONS e Aneel apagões sucessivos não têm relação entre si
06. Aneel afirma que situação não é de alarme
07. Furnas divulga nota de esclarecimento
08. CBIEE prevê investimentos de R$ 33 bi entre 2002 e 2008
09. Tourinho e Pio Borges falam no lançamento da CBIEE
10. Eletrobrás e credores se reúnem para resolver dívida de Furnas no MAE
11. Cerj está pronta para enfrentar o verão
12. Itaú renegocia prazo para resgate de ações da Copel
13.
Iberdrola vai vender participação na Telesp
14. Endesa e Iberdrola devem investir US$ 3 bi na AL
15. Partidos espanhóis pedem condições mais rígidas para Endesa-Iberdrola
16. Primeira usina eólica no mar é inaugurada no Mar do Norte
17. EDP investe US$ 3 mi em estação transformadora no Brasil
18.
AES anuncia planos para Gener
19. TDE adia oferta para construção de linha de transmissão

20. PSEG anuncia compra de distribuidora argentina por US$ 200 mi




1. Curto-circuito deixa 12 estados sem luz


Um curto-circuito, provocado por falha humana no momento em que era feita a manutenção de equipamentos da subestação de Ivaiporã (PR) causou, na madrugada do dia 14.12.2000, a interrupção parcial no fornecimento de energia, em Brasília e em mais 11 estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, incluindo a área metropolitana do Rio de Janeiro. O acidente foi às 0h32: e provocou o desligamento de quatro das 16 turbinas de geração de energia da Hidroelétrica de Itaipu. Um total de 3.000 MW deixou de ser fornecido. (Jornal do Brasil - 15.12.2000)

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2. Rio sofre três apagões em menos de 48 horas


Em menos de 48 horas, o Rio sofreu, dia 14.12.2000, no início da madrugada, o terceiro apagão. Só a Light deixou sem luz um milhão de pessoas em bairros da capital, sobretudo nas zonas Norte e Oeste, e também nos municípios de Nova Iguaçu, Barra do Piraí, Volta Redonda e Três Rios. Bairros de outros cinco municípios atendidos pela Cerj - Caxias, Niterói, São Gonçalo, Friburgo e Angra dos Reis - também foram afetados. Diferentemente dos dois apagões anteriores, que aconteceram no início da tarde, desta vez o fornecimento foi interrompido 34 minutos após a meia-noite e durou até 1h09m. O blecaute, causado por uma falha operacional na subestação de Furnas em Ivaiporã (PR), atingiu parcialmente ainda outros 11 estados. No Rio, o apagão afetou 20 das 80 subestações da Light, além de seis grandes subestações consumidoras. (O Globo - 15.12.2000)
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3. Aneel e ONS exigem relatórios


Na tarde do dia 14.12.2000 foi realizada reunião na sede de Furnas, no Rio. Diretores da Aneel e do ONS exigiram relatórios de Furnas, Cerj, Light e Eletronuclear. As empresas terão que explicar em 15 dias os motivos dos cortes de energia e estão sujeitas a multas de até 2% da receita líquida, caso fique comprovado que os incidentes poderiam ter sido evitados. Apenas após receber os relatórios, a Agência de Energia saberá o total de municípios e residências atingidas pelo corte de fornecimento do dia 14.12.2000. (Jornal do Brasil - 15.12.2000)
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4. Aneel investiga desligamento de energia no centro do Rio


A Aneel determinou que a Light explique em 15 dias as causas da interrupção de 12 minutos no fornecimento de energia elétrica que atingiu o centro do Rio de Janeiro no dia 13.12.2000 às 13h40m. Levantamentos preliminares feitos pela Agência indicam que houve um desligamento acidental da subestação Frei Caneca, interrompendo o fornecimento de 500 MW. A Superintendência de Fiscalização dos Serviços da Eletricidade da Aneel também cobrou, dia 13.12.2000, mais informações sobre o desligamento de energia que atingiu, dia 12.12.2000, o interior do Estado do Rio de Janeiro e diversos bairros da capital, afetando o fornecimento de eletricidade da Cerj e da Light. O relatório técnico, encaminhado dia 13.12.2000 à Light, Cerj e Companhia Força e Luz Cataguases - Leopoldina, solicita informações quanto à abrangência do desligamento, o montante de carga interrompida, o tempo total da interrupção, as dificuldades na recomposição do sistema elétrico e ações preventivas para evitar novos incidentes. Ao ONS, a Aneel requereu informações sobre os registros dos equipamentos envolvidos na perturbação, seqüência de recomposição do sistema e dificuldades na recomposição do sistema. (Aneel - 13.12.2000)
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5. Para ONS e Aneel apagões sucessivos não têm relação entre si


De acordo com o diretor-presidente do ONS, Mário Santos, os três apagões sucessivos foram "um tremendo azar". Segundo Santos, eles não foram conseqüência de problemas estruturais do sistema de fornecimento de energia e não têm relação entre si. O presidente do ONS disse que o verão não trará problemas ao fornecimento de energia no Rio e que o sistema está mais bem preparado do que em 1999. Ele admitiu, no entanto, que há um déficit nas linhas de transmissão de energia entre as regiões, o que prejudica o Rio, que está na ponta do sistema de fornecimento. Esses problemas, segundo ele, serão superados com as termelétricas que serão construídas no estado. O superintendente de Fiscalização de Serviços de Eletricidade da Aneel, Manoel Eduardo Miranda Negrisoli, também negou relação entre o incidente do dia 14.12.2000 com os blecautes anteriores no Rio na mesma semana, provocados por problemas na Usina Nuclear de Angra 2 e em subestações de Furnas e da Light. Segundo ele, tudo não passou de coincidência. Eduardo também negou que os blecautes possam ter sido provocados por um consumo maior de energia do que a capacidade do sistema de geração existente, devido ao do consumo provocado pela proximidade do verão. (O Globo - 15.12.2000)
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6. Aneel afirma que situação não é de alarme


Em Brasília, o diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo, disse que a situação não é de alarme e não está fora de controle. De acordo com o superintendente de Fiscalização de Energia da Aneel, Manoel Eduardo Miranda Negrisoli, dos quatro eventos ocorridos nos últimos dias, três foram provocados por falhas humanas. Somente o primeiro incidente foi causado por falha em equipamentos (o defeito numa bomba de refrigeração da usina nuclear Angra II). O superintendente disse que a Aneel está preocupada com essa sucessão de falhas, mas garantiu que elas não estão relacionadas com uma eventual escassez de energia: " Não há problemas de restrição de energia, tanto que os problemas ocorreram fora do horário de pico de consumo", disse. (O Globo - 15.12.2000)
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7. Furnas divulga nota de esclarecimento


De acordo com nota de esclarecimento divulgada no dia 15.12.2000, Furnas informou que a 00h32min, do dia 14.12.2000, houve o desligamento de quatro unidades geradoras na usina de Itaipu, provocado pela atuação do esquema de controle de emergência do sistema de 750 KV. De acordo com o comunicado, a causa da rejeição das quatro unidades de Itaipu foi o envio automático de sinal para aquela usina identificando erroneamente que estava ocorrendo uma emergência no sistema de transmissão de 750 KV. Neste momento, técnicos de Furnas estavam executando manutenção rotineira nesse equipamento, provocando acidentalmente o envio do sinal para desligamento das unidades de Itaipu. Com o desligamento das quatro unidades de Itaipu, o sistema de rejeição de carga (ERAC) das regiões Sudeste/Sul/Centro-Oeste operou de forma a evitar o desligamento total do sistema. Foi feito um corte controlado de carga de cerca de 3.000 MW correspondente a cerca de 9% da carga naquele momento. A recuperação iniciou-se imediatamente tendo sido restabelecida a totalidade da carga em cerca de 30 minutos. Técnicos de Furnas continuam avaliando o desempenho do equipamento e do pessoal de forma a implantar as medidas corretivas e operacionais necessárias para evitar a repetição de erros dessa natureza. (Furnas - 15.12.2000)
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8. CBIEE prevê investimentos de R$ 33 bi entre 2002 e 2008


Dia 14.12.2000, foi lançada a CBIEE (Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica), formada por 13 empresas de grande porte do setor elétrico que pretendem, através da nova câmara, promover seminários e programas contra o desperdício, além de incentivar pesquisas de fontes renováveis. Juntas, as empresas respondem por um volume de investimentos em negócios no Brasil estimado entre US$ 22 bi e US$ 25 bi. A previsão de investimentos no setor elétrico entre o período de 2002 a 2008 é de R$ 33 bi, o que significaria um acréscimo de 32 mil MW ao sistema. De 1995 para cá, a iniciativa privada investiu mais de R$ 30 bi nessa área. Atualmente, há um aumento na demanda de energia da ordem de 4,3 % ao ano. (Canal Energia - 14.12.2000)
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9. Tourinho e Pio Borges falam no lançamento da CBIEE


O ex-presidente do BNDES Pio Borges disse, no lançamento da Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica (CBIEE), dia 14.12.2000, que o calendário eleitoral para 2002 poderá interferir na privatização de Furnas, Chesf e Eletronorte. Borges, atualmente diretor do Banco Liberal e indicado para o Conselho Consultivo da CBIEE, destacou o fato de o Governo não fixar prazos para a privatização e comentou que o presidente Fernando Henrique Cardoso e o ministro de Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, ''têm sido cautelosos nas afirmações sobre o processo''. Por sua vez o ministro Rodolpho Tourinho, que também participou do lançamento da CBIEE, procurou destacar "a prioridade que está sendo dada à privatização, que será feita no seu tempo, e isso será o mais rapidamente possível''. Tourinho lembrou que 75% do setor elétrico já estão privatizados. O ministro também disse que os resultados dos investimentos privados na área permitem ao Governo assegurar que não haverá problemas de fornecimento de energia no próximo ano e em 2002. Segundo ele, serão acrescidos ao parque instalado cerca de 4.400 MW médios de energia elétrica em 2001, o que, segundo ele, é o dobro do montante de energia nova acrescentada ao sistema neste ano. (Jornal do Commercio - RJ - 15.12.2000)
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10. Eletrobrás e credores se reúnem para resolver dívida de Furnas no MAE


Para tentar colocar um ponto final no caso da dívida de Furnas pela comercialização da energia da usina de Angra II no MAE, acontece dia 15.12.2000, em São Paulo, uma nova reunião entre a Eletrobrás, controladora de Furnas, e os credores, entre eles a Bandeirante Energia, CPFL e a Eletropaulo. A reunião está marcada para às 15 horas, na sede da Asmae. No dia 15.12.2000, vence o prazo dado pela Aneel para que as partes entrem em comum acordo. (Canal Energia - 14.12.2000)

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11. Cerj está pronta para enfrentar o verão


O diretor-presidente da Cerj, Javier Villar, disse que a empresa já está preparada para enfrentar o próximo verão. Ele afirma que a companhia investiu durante quatro anos R$ 645 mi na melhoria do serviço de fornecimento de energia. Para 2001, Villar informa que o investimento em medidas preventivas para evitar falhas no fornecimento de energia no verão será de R$ 10 mi. (Canal Energia - 14.12.2000)

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12. Itaú renegocia prazo para resgate de ações da Copel


A direção do Itaú confirmou, dia 14.12.2000, que está em entendimentos com o governo do estado do Paraná para prorrogar o prazo para pagamento de R$ 350 mi referente ao resgate das ações da Copel caucionadas junto ao Banestado como garantia das operações feitas pelo banco com títulos dos estados de Santa Catarina e Alagoas e das prefeituras de Osasco e Guarulhos. O prazo de vencimento é o dia 31.12.2000. Algumas fontes governamentais chegaram a divulgar que o prazo foi prorrogado por 18 meses, mas a direção do Itaú ainda não confirmou o prazo definido. (Gazeta do Povo - PR - 15.12.2000)

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13. Iberdrola vai vender participação na Telesp


A espanhola Iberdrola anunciou, dia 14.12.2000, que vai vender sua participação de 7% do capital da Telesp. Segundo o presidente da Iberdrola, Esteban Serra, não há como prever quando o negócio será realizado e nem o valor, mas a empresa deverá sair do negócio de telefonia fixa no Brasil. Serra disse também que o objetivo da Iberdrola é investir na telefonia móvel, onde já possui participações na Tele Leste, Tele Sudeste e CRT Celular. (FolhaNews - 14.12.2000)
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14. Endesa e Iberdrola devem investir US$ 3 bi na AL


O presidente da Endesa Internacional, Alfredo Llorente, disse que a empresa, juntamente com a Iberdrola, com a qual tem fusão prevista para abril de 2001, deverá investir US$ 3 bi na América Latina, até 2004. Segundo Llorente, a intenção da Endesa Iberdrola S.A. é fortalecer a liderança no setor elétrico na América do Sul e principalmente crescer no Brasil. "O tamanho desse País permite que cresçamos para alcançar a nossa meta de 18 milhões de clientes na América do Sul", afirmou. A empresa pretende investir em linhas de interconexão de energia elétrica e também no setor de telecomunicações e de saneamento. (Estado - 14.12.2000)
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15. Partidos espanhóis pedem condições mais rígidas para Endesa-Iberdrola


Os porta-vozes de dois partidos políticos espanhóis, PSOE e CiU, solicitaram a Comissão de Economia da Espanha condições mais rígidas do que as divulgadas pelo governo para dar o visto definitivo à fusão Endesa-Iberdrola. Os partidos consideram arriscado que a empresa venha a controlar cerca de 40% do mercado. Diante do pedido dos partidos, o governo afirmou que manterá as premissas anunciadas sobre a fusão: não permitirá menos de quatro empresas no mercado e não permitirá que a nova empresa supere o tamanho da atual Endesa. (El País - 14.12.2000)
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16. Primeira usina eólica no mar é inaugurada no Mar do Norte


A primeira usina eólica no mar, localizada no Mar do Norte, foi oficialmente inaugurada na segunda semana de dezembro de 2000 pela ministra de Estado britânica para a Energia e a Competitividade Européia, Helen Liddell. A usina conta com duas turbinas, cada uma com 2 MW. A um quilômetro da costa de Blyth, Northumberland, as turbinas estão sujeitas a ondas que podem atingir os 6,5 metros de altura e ventos que podem ir até aos 160 km por hora. A Blyth Offshore Wind Limited, um consórcio estabelecido entre a AMEC Border Wind, Powergen Renewables, Nuon UK e Shell Renewables desenvolveu o projeto das primeiras turbinas de vento no mar de Blyth, no valor de US$ 5,884 mi. (Diário Econômico - Portugal - 15.12.2000)
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17. EDP investe US$ 3 mi em estação transformadora no Brasil


A EDP vai investir cerca de US$ 3 mi na construção da Estação Transformadora de Distribuição de Ibiúna, a qual deverá estar concluída em 2001, anunciou a Empresa Bandeirante de Energia. O mesmo comunicado acrescenta que a nova ETD serve para aumentar a carga da Cetril e melhorar a qualidade do fornecimento de energia no maior município, em extensão, da área de concessão da Bandeirante. (Diário Econômico - Portugal - 13.12.2000)
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18. AES anuncia planos para Gener


Em recente entrevista, o presidente da AES Andes, Naveed Ismail, assinalou que sua companhia pretende transformar a Gener em uma empresa "sólida e financeiramente rentável", investindo cerca de US$ 1,2 mi na geradora. Naveed também afirmou que existe interesse em conectar os negócios da AES na Argentina, Brasil e Chile, fazendo uso das sinergias entre esses mercados, inclusive na área de telecomunicações. (Estrategia - Chile - 14.12.2000)
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19. TDE adia oferta para construção de linha de transmissão


A companhia de transmissão boliviana, TDE, controlada pela Unión Fenosa, adiou a oferta privada para selecionar uma empresa para construir a linha de transmissão Cochabamba-Sucre, com 300 km, para março ou abril de 2001. O atraso ocorrerá devido à demora no processo burocrático de autorização para a construção da linha. A TDE é a principal companhia de transmissão boliviana, com 2.000 km de linhas de transmissão de 230kV, 115kV e 69kV, em várias áreas do país. (BNAmericas - 15.12.2000)
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20. PSEG anuncia compra de distribuidora argentina por US$ 200 mi


A norte-americana PSEG Global decidiu pela compra de 90% das ações da Empresa Distribuidora de Energia de Entre Ríos (Edeersa) por cerca de US$ 200 mi. No dia 14.12.2000, a PSEG assinou o primeiro contrato de compra de ações com a CMS Energy, que está se desfazendo de sua participação na Edeersa. A PSEG tem vários negócios de geração elétrica na Argentina, sendo sócia minoritária da AES nesse país desde 1993. (La Nacion - 15.12.2000)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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