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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 546- 13 de dezembro de 2000
Editor: Prof. Nivalde J. Castro

 


01. Defeito em Angra 2 deixa parte do Rio sem luz
02. Aneel investiga causas de falta de energia no Rio
03. Eletrobrás não descarta novas falhas em Angra
04. ONS diz que dois problemas causaram apagão no Rio
05. Secretário de Energia afirma que apagão foi resultado da falta de investimentos
06. Celesc prepara a cisão dos seus ativos
07. Tremembé-Piratininga terá potência ampliada
08. Novos projetos para Urucu
09. Usinas produzirão energia à base de bagaço em PE
10. Eletrificação rural tem queda de 46,8% em PE
11. Endesa e Iberdrola explicam fusão para Comissão Européia
12. Union Fenosa investe em usina no Equador

Fatos Relevantes

01. Celesc convoca AGE

Nota

01. Nota

 
 

 




1. Defeito em Angra 2 deixa parte do Rio sem luz


No dia 12.12.2000, um defeito em uma das bombas de refrigeração da usina nuclear de Angra 2 afetou o fornecimento de eletricidade da Cerj e da Light, deixando parte do Estado do Rio de Janeiro sem luz. O problema teve início às 11h10 e só foi normalizado por volta das 13 horas. Segundo a Light, das 11h10 às 11h53 foi cortado o abastecimento de parte da Baixada Fluminense e das zonas norte e oeste porque 11 subestações da empresa foram afetadas pelo problema em Angra 2. Nova falta de luz ocorreu das 12h28 às 12h50, com o desligamento automático na subestação de São José, na Baixada Fluminense, que é operada por Furnas. Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Três Rios, parte da zona norte da cidade, Ilha do Governador, Paquetá, Fundão (essas três últimas com interrupção total) ficaram às escuras. A Cerj anunciou que o problema afetou 80% de sua área de concessão. Em nota divulgada no início da noite do dia 12.12.2000, a Cerj informa que "as causas são totalmente alheias à responsabilidade da Cerj como distribuidora de energia elétrica e estão sendo averiguadas pelos órgãos competentes". A Eletronuclear garantiu que a falha ocorreu por volta das 11h40, num sistema secundário e portanto não envolveu nenhum risco de acidente nuclear. Segundo a assessoria de Furnas, no momento da interrupção, Angra 2 trabalhava com capacidade de geração de 1.300 MW. (Estado - 13.12.2000)

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2. Aneel investiga causas de falta de energia no Rio


A Aneel determinou, dia 12.12.2000, que Furnas e a Eletronuclear expliquem, por meio de relatórios detalhados, as causas, conseqüências e responsabilidades dos desligamentos de energia que atingiram parte do Estado do Rio de Janeiro e diversos bairros da capital, afetando o fornecimento de eletricidade da Cerj e da Light. Junto à Furnas, a Aneel quer saber o que ocasionou o desligamento de energia nas Subestações São José e Adrianópolis, ambas situadas em Nova Iguaçu-RJ. O relatório técnico exigido pela Aneel solicita informações quanto à abrangência do desligamento, o montante de carga interrompida, o tempo total da interrupção, as dificuldades na recomposição do sistema elétrico e ações preventivas para que novas ocorrências dessa natureza não voltem a acontecer. Junto à Eletronuclear, a Aneel está investigando as causas do desligamento da Usina Termonuclear Angra II. A Aneel está verificando se o desligamento de Angra II teve reflexo nas duas subestações operadas por Furnas. Furnas tem 15 dias para encaminhar o relatório técnico à Aneel, e o prazo para a resposta da Eletronuclear termina dia 14.12.2000. Como prevê a legislação do setor elétrico, os consumidores que tenham tido prejuízos pela interrupção de energia devem procurar as distribuidoras da região (Cerj e Light) para solicitar o ressarcimento por eventuais danos em equipamentos eletroeletrônicos. (Aneel - 13.12.2000)


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3. Eletrobrás não descarta novas falhas em Angra


O presidente da Eletrobrás, Firmino Sampaio, afirmou que o problema ocorrido em Angra 2, responsável pelo apagão do dia 12.12.2000 no Rio, não representa risco de desabastecimento. Ele explicou que o problema ocorreu em uma das bombas de resfriamento no gerador da usina, entre 11h50 e 15h. Segundo Sampaio, a falha não foi a primeira nem será a última, pois qualquer usina está sujeita a problemas desse tipo. Ele informou que estão sendo apuradas as causas dos problemas. (FolhaOnline - 12.12.2000)
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4. ONS diz que dois problemas causaram apagão no Rio


O presidente ONS, Mário Santos, explicou que o apagão no Estado do Rio de Janeiro foi causado por dois problemas. O primeiro desligamento aconteceu numa das bombas do resfriador do gerador da usina nuclear de Angra 2. Neste momento, a proteção do sistema elétrico interrompeu automaticamente o fornecimento de 500 MW, o equivalente a 10% do mercado de energia do Estado. O outro problema, segundo o presidente do ONS, aconteceu em linhas de transmissão de 138 kvolts de Furnas e da Cerj, às 12h26min. Um pára-raios caiu sobre os cabos elétricos. Essas linhas ligam as subestações de São José, Adrianópolis e Magé, causando um desligamento automático de 1.100 MW, cerca de 20% da energia consumida no Rio. (O Globo - 13.12.2000)
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5. Secretário de Energia afirma que apagão foi resultado da falta de investimentos


O secretário estadual de Energia, Indústria Naval e Petróleo do Rio de Janeiro, Wagner Victer, disse que o apagão ocorrido dia 12.12.2000, em 63 municípios fluminenses e na Zona Norte carioca, foi resultado da "maneira criminosa" como o Rio vinha sendo tratado no passado, na área de energia. Segundo ele, o governo estadual já encaminhou emendas ao Plano Plurianual de Investimentos, reivindicando recursos em geração e transmissão de energia elétrica. (Agência JB - 13.12.2000)
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6. Celesc prepara a cisão dos seus ativos


A Celesc anuncia até o final de 2000 a separação de seus ativos de geração e distribuição de energia. A companhia precisa da autorização da Assembléia Legislativa de Santa Catarina para o seu desmembramento. Segundo o presidente da companhia, Francisco Küster, o projeto de lei pedindo autorização já esta nas mãos do governador Esperidião Amin, e deve ser encaminhado para a aprovação dos deputados estaduais nos próximos dias. A desverticalização da é uma exigência do contrato de concessão pública que a companhia assinou com a Aneel, cujo prazo termina em 31.12.2000. Segundo analistas, a cisão seria o primeiro passo para a privatização da companhia. Na reestruturação proposta, as áreas de distribuição, geração, comercialização de energia e telecomunicações ficarão sob o controle de uma holding de capital misto. (Valor - 13.12.2000)
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7. Tremembé-Piratininga terá potência ampliada


A potência da usina termoelétrica Tremembé-Piratininga, no estado de São Paulo, que hoje é de 470 MW, será ampliada para 870 MW até 2002. O aumento da potência da usina, previsto em acordo com a Petrobras, foi aprovado, dia 12.12.2000, pelo PED do governo de São Paulo, em reunião com a participação do governador Mário Covas. Pelo acordo, fica definida a substituição de duas caldeiras a óleo da usina por um conjunto de quatro turbinas movidas a gás natural e a implantação de caldeiras de recuperação para o aproveitamento do calor produzido pelas turbinas a gás. Até o final do próximo ano, a capacidade da termoelétrica será ampliada em 200 MW, agregando mais 200 MW até o fim de 2002. (Estado - 12.12.2000)
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8. Novos projetos para Urucu


No final de janeiro de 2001, o governo do Estado do Amazonas espera fazer um "'chamamento empresarial" para tirar finalmente do papel o projeto de utilizar o gás natural extraído na bacia do rio Urucu como nova matriz energética da Amazônia. Com a concessão do serviço de transporte do gás nas mãos, o Estado vai defender a substituição do gasoduto de aproximadamente R$ 300 mi, previsto inicialmente para levar o gás até Manaus (AM) pelo transporte em barcaças. A tecnologia, que será importada dos Estados Unidos e utiliza tonéis onde o gás é transportado comprimido. Técnicos do governo do Estado estão trabalhando para equacionar custos de operação. Se tudo correr como se espera, as primeiras barcaças transportando gás extraído em Urucu começarão a navegar em janeiro de 2002. (Gazeta - 13.12.2000)
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9. Usinas produzirão energia à base de bagaço em PE


Até o final de 2002, duas usinas de cana-de-açúcar deverão produzir energia em Pernambuco. Os estudos de viabilidade econômica foram iniciados pela Koblitz e deverão ser finalizados ainda na primeira metade de 2001. Segundo a analista de Marketing da Koblitz, Viviane Teobaldo, as duas unidades de co-geração teriam uma potência de 35 MW. Os investimentos estimados são de R$ 38 mi. As usinas iriam gerar energia através do aproveitamento do bagaço de cana-de-açúcar. A analista informou que as duas usinas pretendem ser quase auto-suficientes no consumo de energia, vendendo eventuais sobras no mercado de energia .Além das duas de Pernambuco, a Koblitz vem realizando outros quatro projetos para implantar usinas de co-geração na Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas, somando uma capacidade total de 80 MW e investimentos de R$ 90 mi. (Folha de Pernambuco- 13.12.2000)
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10. Eletrificação rural tem queda de 46,8% em PE


A eletrificação rural realizada pela Celpe no ano de 2000 caiu 46,8% em relação ao ano anterior. Para discutir as metas para os próximos anos, o Estado de Pernambuco, o Ministério das Minas e Energia e a Celpe deverão se reunir até o final de dezembro de 2000. Mesmo com a redução significativa de domicílios beneficiados este ano, o secretário de Infra-Estrutura do Estado, Fernando Dueire, disse que a queda já estava prevista pelo Governo devido às mudanças na diretoria da concessionária após a sua privatização. O secretário informou que a meta do Governo é terminar os quatro anos de gestão com mais 100 mil domicílios beneficiados. Estão previstas 30 mil eletrificações em 2001 e a mesma quantidade em 2002. A Celpe já adiantou que pretende investir em 2001, R$ 15 mi, 15% a mais do que foi aplicado em 2000. (Folha de Pernambuco- 13.12.2000)
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11. Endesa e Iberdrola explicam fusão para Comissão Européia


Os presidentes da Endesa e da Iberdrola, Rodolfo Martín Villa e Iñigo Oriol, explicaram, no dia 12.12.2000, ante à Comissão Européia de Concorrência, o projeto de fusão das duas empresas espanholas. (El Mundo - 13.12.2000)
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12. Union Fenosa investe em usina no Equador


A Union Fenosa assinou um contrato de operação e manutenção da usina hidrelétrica de Daule Peripa, com potência de 213 MW. A usina, que fica a 190km de Guayaquil, é de propriedade da geradora Hidronacion, candidata a privatização. (BNAmericas - 12.12.2000)
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Fatos Relevantes

 

01. Celesc convoca AGE


Os acionistas da Celesc foram convocados para AGE, a realizar-se no dia 22.12.2000, ás 10 horas, na sede social da empresa, com o objetivo de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: 1- Deliberação sobre a cisão da Celesc, mediante a transferência de parcelas do seu patrimônio para uma ou mais sociedades, para cumprir o disposto na Cláusula 14 do Contrato de Concessão celebrado com o Governo Federal e para atender prescrições da Aneel; 2- Autorização à Diretoria para a contratação de empresas destinadas à elaboração de estudos e levantamentos com vistas à avaliação das parcelas do patrimônio, que deverão ser transferidas a outras sociedades e conseqüências financeiras e jurídicas decorrentes; 3 - Outros assuntos de interesse social. (Celesc - 12.12.2000)
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Nota

 

01. Nota


Amanhã, dia 14.12.2000, não publicaremos o IFE devido à interdição do campus da UFRJ nesse dia.
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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