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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 545- 12 de dezembro de 2000
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Furnas fecha proposta para pagar dívida com o MAE
02. Aneel repassa serviço de fiscalização de energia
03. Reunião sobre venda de energia das PCHs fica para 2001
04. Gerasul receberá empréstimo do BID
05. CSN confirma a venda da Light para EDF e AES
06. EDF e AES passam a controlar indiretamente a Eletropaulo
07. Emae pode ser a próxima privatização em SP
08. Cesp terá dívida adiada
09. Usina de Manso atrai negócios ao MT
10. Celpe encontra ligações irregulares
11. Chesf intensifica pesquisa sobre energia eólica
12. Copel afirma que falta viabilidade financeira às eólicas
13.
Itaipu paga US$ 13,34 mi em royalties
14. EDP enfrenta represálias por cortes

 

 




1. Furnas fecha proposta para pagar dívida com o MAE


Fernando Quartim, coordenador das negociações entre os credores e Furnas, afirmou que o debate sobre a dívida da estatal com credores do MAE deverá ter um desfecho no dia 14.12.2000. Quartim afirmou que a Eletrobrás, "melhorou'' a proposta, mas alguns pontos ainda serão estudados no dia 12.12.2000, em uma reunião da qual participarão representantes do comitê negociador, dos credores e da Aneel. Segundo Quartim, a proposta da Eletrobrás prevê o pagamento de R$ 266 mi às distribuidoras à vista, e a criação de uma empresa comercializadora, controlada pelas geradoras credoras, que seria responsável pelo cumprimento dos contratos iniciais de Angra, que hoje estão nas mãos de Furnas. Caso a geração de Angra seja superior ao comprometimento dos contratos iniciais, esse agente comercializador comprará a energia de Angra e a venderá no mercado spot. Se a energia de Angra faltar, as geradoras entrarão com energia própria para cumprir os contratos. O mercado estima que esse procedimento seja necessário durante um ano para a amortização da dívida de Furnas com as geradoras. Ele seria mantido, no entanto, até o final dos contratos iniciais, em 2005, o que dará maiores garantias ao mercado. (FolhaOnline - 11.12.2000)

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2. Aneel repassa serviço de fiscalização de energia


A Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager), em funcionamento há cerca de um ano, fará o trabalho de fiscalização no serviço de energia elétrica das Centrais Elétricas Mato-grossenses (Rede/Cemat) para a Aneel. A transferência se dará através de convênio a ser firmado entre as autarquias, sendo que a atuação está prevista para o início no próximo de 2001. Segundo o presidente da Ager, Adair da Silva Leite, a assinatura do documento deverá ocorrer ainda este ano e o contrato prevê repasse, para todo o ano 2001, de R$ 350 mil a R$ 400 mil da Aneel para a empresa do estado. A Agerl assumirá gradativamente as responsabilidades de fiscalização da Aneel. Primeiro, será criada uma ouvidoria para receber as reclamações dos consumidores e tentar resolvê-los em âmbito administrativo. O passo seguinte será o de aplicar as regras determinadas pela Aneel, como multas, caso os problemas identificados não sejam sanados. Ele adianta que para o segundo semestre de 2001 será iniciada a parte da fiscalização na empresa. (Gazeta Mercantil - MT - 12.12.2000)
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3. Reunião sobre venda de energia das PCHs fica para 2001


Ainda sem data e local definidos, ficará para janeiro de 2001 a próxima etapa da série de reuniões que discutem a fórmula de pagamento da energia gerada pelas PCHs. Segundo Ricardo Pigatto, diretor de Comercialização da Associação Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica, a Eletrobrás vai colher novos dados e informações a respeito dos riscos hidrológicos dos rios com potencial de geração de energia. Os estudos apresentados no último encontro, no dia 21.11.2000, não satisfizeram a estatal. Ricardo afirma que o principal objetivo da Associação nas reuniões é buscar uma solução, junto com o BNDES e a Eletrobrás, para a complementação dos financiamentos para a execução dos projetos em pauta e também encontrar um modelo para a comercialização da energia. (CanalEnergia - 11.12.2000)
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4. Gerasul receberá empréstimo do BID


A Gerasul vai receber um empréstimo de US$ 165 mi do BID e de bancos comerciais internacionais para a construção da hidrelétrica de Cana Brava, em Goiás. A usina deverá entrar em operação em julho de 2002, com capacidade instalada de 450 MW. Trata-se do primeiro empréstimo aprovado pelo BID e por bancos comerciais a um projeto no setor elétrico brasileiro que terá como garantia a receita a ser gerada pelo empreendimento. De acordo com o chefe da divisão de energia do departamento setor privado do BID, Roberto Vellutini, o banco utilizará a experiência adquirida na formatação do financiamento para Cana Brava em outros projetos. No momento, o BID analisa outros dois projetos semelhantes para geração hidrelétrica no Brasil: o de Dona Francisca, no Rio Grande do Sul, e o de Energia Norte, no Pará. O BID considera que o período de transição pela qual passa o setor elétrico brasileiro, rumo à liberação total em 2003, dificulta a aprovação dos projetos financeiros, embora a aprovação do empréstimo para a Gerasul demonstre que o banco está disposto a apoiar projetos bem estruturados em termos financeiro e ambiental. (Valor - 12.11.2000)
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5. CSN confirma a venda da Light para EDF e AES


A CSN confirmou, dia 11.12.2000, a venda por US$ 362 mi de sua participação de 9,2% no capital total da Light (dos quais 7,32% fazem parte do grupo de controle) para a EDF e AES. Com a operação, fechada a US$ 281,19 por lote de mil ações, abre-se caminho para que a EDF e AES concluam o descruzamento das participações acionárias entre Light e Eletropaulo. A partir da operação, a EDF passa a ter 63,02% do capital total da Light, enquanto a AES fica com 23,73% do capital da distribuidora de eletricidade fluminense. Com a venda da parte da CSN, a EDF aumenta de 28,71% para 33,84% sua participação no bloco de controle da Light. A AES passa, por sua vez, de 14,89% para 17,09% no grupo de controle. (Valor - 12.12.2000)
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6. EDF e AES passam a controlar indiretamente a Eletropaulo


Após a aquisição de ações da Light detidas pela CSN, a EDF e a AES passarão a controlar, indiretamente, a Eletropaulo Metropolitana. Os grupos informaram que pretendem realizar uma reestruturação societária envolvendo as empresas, pela qual a AES assumirá o controle operacional da Eletropaulo e dos negócios relacionados à área de telecomunicações, tanto desta última companhia quanto da Light. A EDF, por sua vez, ficará com o controle operacional da Light e da oficina de equipamentos de rede da Eletropaulo. A EDF e a AES informaram também que pretendem ampliar a reestruturação societária em suas controladas. Ao final, a AES será a única controladora da Eletropaulo e a EDF ficará sozinha no controle da Light. Segundo comunicado da Bovespa, a reorganização encontra-se atualmente em fase de estudo e sua implementação está sujeita a determinadas condições, incluindo a aprovação dos órgãos competentes. (Estado - 11.12.2000)
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7. Emae pode ser a próxima privatização em SP


A Emae pode ser a próxima da lista de privatizações do Estado de São Paulo. Criada com a cisão da Eletropaulo, a geradora de energia também é a responsável pela limpeza do rio Pinheiros. Entre seus principais ativos está a Usina Termoelétrica de Piratininga, em processo de troca de combustível de óleo para gás natural. Dia 12.12.2000, durante a reunião do Programa Estadual de Desestatização, a Emae poderá ter sua privatização analisada. (Estado - 11.12.2000)
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8. Cesp terá dívida adiada


O Conselho de Administração da Cesp Paraná aprovou, dia 11.12.2000, a rolagem da dívida dos eurobonds de US$ 500 mi que vencem em 10.05.2001. Segundo o secretário Mauro Arce, o Banco Central já aprovou e agora só falta contratar um banco para o mandato. Essa rolagem melhora o perfil da dívida da estatal. (Estado - 12.12.2000)
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9. Usina de Manso atrai negócios ao MT


A entrada em funcionamento da Usina de Manso, a primeira hidrelétrica de porte que passa a gerar energia em Mato Grosso, é saudada pelo setor produtivo e pelo governo desse estado como o início de uma nova fase de desenvolvimento. A usina tem potência instalada de 210 MW e estará funcionando plenamente a partir de maio de 2001. O consórcio Furnas/Proman, vai tentar antecipar, a pedido do governador Dante de Oliveira, a entrada em operação da última turbina para 08.04.2001 O presidente eleito da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Alexandre Furlan, comenta que, apesar do crescimento de Mato Grosso nos últimos anos, a falta de energia acabou sendo um dos inibidores do ritmo do crescimento, que poderia ser bem maior. ´A certeza de energia é a certeza de investimentos, resume o empresário. (Gazeta Mercantil -MT- 12.12.2000)
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10. Celpe encontra ligações irregulares


A Celpe detectou 253 ligações elétricas irregulares, os chamados "macacos", durante os três dias da operação-padrão realizada no início de dezembro de 2000. Somente no dia 07.12.2000, dos 398 imóveis vistoriados nas áreas do Varadouro e na avenida Mascarenhas de Morais, 103 apresentaram esse tipo de fraude, totalizando um percentual de 25% de "macacos". O número é alto, já que, em geral, a Celpe vem detectando uma média de 15% de irregularidades por inspeção. (Jornal do Commercio - PE - 12.12.2000)

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11. Chesf intensifica pesquisa sobre energia eólica


A Chesf está intensificando os estudos para produção energética a partir da força dos ventos, dez anos após iniciar um projeto experimental de geração eólica no Ceará. Os trabalhos ganharam impulso com uma pesquisa realizada recentemente por um grupo de engenheiros da estatal e de mais três empresas: Companhia Paranaense de Energia, Camargo Schubert Energia Eólica Ltda., também do Paraná, e Promon Engenharia, do Rio de Janeiro. O levantamento aponta a viabilidade técnica de integração dos sistemas hidráulico é alternativo no Nordeste, Norte, Sul e Sudeste do Brasil. No Nordeste, a produção em turbinas movidas pelos ventos é uma saída para suprir a queda na geração hidrelétrica nos períodos de baixa precipitação pluviométrica. Um dos fatores favoráveis é o potencial eólico nordestino, que é de 30 mil MW, o equivalente a 60% da capacidade nacional e ao triplo dos 10,7 mil MW instalados da Chesf. (Gazeta Mercantil - NE - 11.12.2000)

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12. Copel afirma que falta viabilidade financeira às eólicas


Desde a criação da usina eólica de Palmas, no Paraná, a Copel vem realizando estudos em energia eólica. Porém, o engenheiro técnico, Dario Schultz, diz que o único obstáculo para a criação de mais usinas é a falta de viabilidade financeira. "O custo ainda é muito alto em relação às hidrelétricas e térmicas", afirma. Mesmo assim a empresa continuará com os estudos sobre energia eólica. Schultz conta ainda que a Copel criou um mapa eólico do estado do Paraná. São 19 municípios com estações de medição instalados que fazem leitura e processamento de dados relativos à velocidade e direção do vento. A usina eólica de Palmas entrou em operação em fevereiro de 1999 e faz parte do projeto Ventar. A unidade possui cinco geradores com capacidade de 500 KW/h. O projeto Ventar foi implantado em 1994, com o objetivo de avaliar a situação eólica no Paraná e, através desta análise, criar um sistema de energia alternativo. (Canal Energia - 11.12.2000)

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13. Itaipu paga US$ 13,34 mi em royalties


A Itaipu Binacional repassou, dia 08.12.2000, ao Tesouro Nacional o equivalente a US$ 13,34 mi para o pagamento de royalties aos municípios da área do reservatório, estados e órgãos federais. Com esse repasse, chega a US$ 1,29 bi o montante quitado pela atual gestão brasileira da binacional. O valor pago no dia 08.12.2000 refere-se à parcela de outubro mais ajustes do dólar referentes a uma parcela de 1996. (Itaipu - 11.12.2000)
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14. EDP enfrenta represálias por cortes


O presidente da Associação Nacional de Municípios de Portugal (ANMP), Mário de Almeida, exigiu , dia 11.12.2000, que a EDP indenize os consumidores lesados pelos cortes de eletricidade no início de dezembro de 2000 e admitiu "repensar o futuro da distribuição" de energia, monopólio da EDP. O mau tempo veio evidenciar que a atual estrutura de distribuição de eletricidade da EDP "não corresponde às necessidades das populações", de acordo com a ANMP em carta enviada ao presidente do grupo EDP.(Diário Econômico - Portugal - 12.12.2000)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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