www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras
IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 544- 11 de dezembro de 2000
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. FHC destaca parceria energética com a Bolívia
02. Ministro adia sucessão de diretores da Aneel
03. Previ planeja venda de seus ativos nas elétricas
04. Ceal poderá ser vendida em 2001
05. Controle da EDF sobre a Light subirá para 63%
06. Adiamento renova interesse pela Cesp
07. Cesp aprova CTEE
08. SP não tem recursos para investir na Cesp
09. Eletrosul poderá remanejar reatores
10. Cemat poderá instalar linha de transmissão
11. CSN poderá vender excedente até 2005
12. Crise energética afeta indústria norte-americana
13.
Uso de energia eólica cresce nos EUA
14. Privatizações no Equador são novamente adiadas

 




1. FHC destaca parceria energética com a Bolívia


De acordo com o presidente da República Fernando Henrique Cardoso, a implantação de um pólo siderúrgico em Corumbá, com oferta de energia mais barata e preço diferenciado do gás boliviano a US$ 1,35 por milhão de BTU, favorecerá a maior integração da região Centro-Oeste com o Mercosul. O presidente destacou a parceira com a Bolívia, que exportará energia para o Brasil a partir de uma termelétrica a gás (de 88MW) a ser construída em Puerto Suárez com participação da Petrobras. (Gazeta Mercantil - MS - 11.12.2000)

Índice

 

 

2. Ministro adia sucessão de diretores da Aneel


No início de dezembro de 2000, venceram os mandatos dos diretores da Aneel, Afonso Henriques e Eduardo Ellery, mas, até o dia 07.12.2000, o ministro de Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, não havia indicado ao presidente Fernando Henrique Cardoso novos nomes para sucedê-los. Oficialmente, eles entraram num período de quarentena, que vai durar quatro meses. Nesse tempo, continuarão vinculados à agência reguladora, recebendo os salários normalmente, mas sem receber atribuições. De acordo com o ministro Tourinho, o assunto ainda está sendo conversado. (Gazeta Mercantil - 11.12.2000)
Índice

 

 

3. Previ planeja venda de seus ativos nas elétricas


A Previ montou um grupo de estudos para avaliar seu futuro no setor elétrico tendo como cenário a abertura de mercado em 2003. A intenção do fundo de pensão, segundo fontes envolvidas no negócio, é não criar conflito de interesse entre as empresas controladas, como aconteceu na siderurgia. Por isso, pretende se desfazer da maioria dos seus ativos nesta área, permanecendo apenas na CPFL. Essa decisão permite a Iberdrola cumprir a meta de ter uma gestão integrada de negócios no Nordeste, ampliando para, no mínimo, 51% sua participação na Guaraniana. A Iberdrola detém 39% da empresa, que funciona como holding das distribuidoras nordestinas Coelba, Cosern e Celpe. A Previ tem 17% e o Banco do Brasil Investimentos (BBI), 28%. O diretor-presidente da Iberdrola no Brasil, Andres Bartrina, adiantou que a empresa aguarda o comunicado oficial da Previ sobre a venda da participação na Guaraniana. "A decisão sobre a venda da participação cabe à diretoria da Previ", disse. (Valor - 11.12.2000)
Índice

 

 

4. Ceal poderá ser vendida em 2001


No dia 07.12.2000, uma decisão do TST reduziu uma dívida trabalhista da Ceal de R$ 500 mi para R$ 400 mil. A dívida com os funcionários sempre foi apontada como principal entrave à privatização. Com a questão resolvida, a expectativa é que a Eletrobrás faça uma reavaliação da Ceal para venda dentro de seis meses. Apesar disso existem entraves para a privatização da Ceal: recursos sobre a decisão e a oposição do governo estadual. (Gazeta de Alagoas - 11.12.2000)
Índice

 

 

5. Controle da EDF sobre a Light subirá para 63%


A EDF vai comprar 70% do total da participação de 7,3% que a CSN detém na Light Serviços de Eletricidade, de acordo com fonte da empresa. As ações da CSN fazem parte do bloco de controle da Light, e, segundo o acordo de acionistas da empresa, só podem ser vendidas para os atuais sócios. Com a aquisição, a empresa francesa de energia vai elevar para cerca de 63% a sua participação no capital da Light, sendo que 34% das ações fazem parte do bloco de controle da empresa, disse a fonte. A outra sócia da EDF na Light, a americana AES, ficará com 30% na partilha, o que aumentará sua participação no bloco de controle para 16%, enquanto no capital total subirá para 23%. (Reuters - 08.12.2000)
Índice

 

6. Adiamento renova interesse pela Cesp


Os grupos estrangeiros que desistiram do leilão da Cesp Paraná mantêm o interesse pela empresa, não descartando uma volta à disputa, desde que se sintam mais seguros e confortáveis em relação à dívida e aos problemas com a licença ambiental da empresa. O governo paulista espera colocar a Cesp à venda novamente numa situação melhor, com o lago do reservatório da usina Sérgio Motta elevado à cota 257 acima do nível do mar e com a principal dívida de curto prazo, de US$ 450 mi, que vence em maio de 2001, equacionada. De acordo com Mauro Arce, secretário de Energia de São Paulo, "a prioridade é adotar, a partir de janeiro, todas as providências exigidas pelo Ibama para iniciar o enchimento do reservatório em 01.02.2001". Com a remoção dessas incertezas, a EDP e a Duke Energy afirmaram que admitem rever suas opiniões. A Southern só tomara alguma decisão em 2001 e a EDF está aguardando nova avaliação, novo edital e nova pré-qualificação. (Gazeta - 11.12.2000)
Índice


 

7. Cesp aprova CTEE


O conselho de administração da Cesp, conforme divulgado dia 08.12.2000, aprovou nova emissão de Certificados a Termo de Energia Elétrica (CTEE), no valor de R$ 200 mi. O objetivo da operação, segundo ata da reunião do conselho, é captar recursos para as obras da usina de Porto Primavera. (Gazeta Mercantil - 08.11.2000)
Índice


 

8. SP não tem recursos para investir na Cesp


De acordo com o secretário de Energia de São Paulo, Mauro Arce, o governo estadual não tem recursos necessários para investir na Cesp Paraná nos próximos anos e não teria condições de renegociar o total da sua dívida de R$ 6,8 bi e depois buscar mais dinheiro no mercado. A idéia do governo é buscar a privatização da empresa com o edital estabelecendo como obrigação de quem comprar fazer investimentos de R$ 2,3 bi nos próximos anos. Segundo Arce, não há mais ação alguma impedindo o leilão da Cesp e a empresa deverá ser vendida sem problemas. (Estado - 08.12.2000)
Índice


 

9. Eletrosul poderá remanejar reatores


A Aneel autorizou a Eletrosul a remanejar seu banco de reatores de 150 MVAr - 525 KW, da subestação Itá, para a de Santo Angelo. Também fixou prazo até 28.02.2001 para a instalação do banco de reatores, em caráter provisório, na subestação Santo Ângelo. A receita destinada a remunerar os investimentos da Eletrosul, com o remanejamento, será estabelecida em resolução específica. (Gazeta Mercantil - 08.12.2000)
Índice


 

10. Cemat poderá instalar linha de transmissão


A Aneel aprovou projeto básico da Cemat para instalar a linha de transmissão Tangará - Itamarati Norte, de 138 kV, interligando as subestações de mesmo nome, entre os municípios de Campo Novo dos Parecis e Tangará da Serra. As obras deverão estar concluídas até o dia 10.03.2001. A Cemat terá que cumprir os termos legais dos órgãos ambientais. (Gazeta Mercantil - 08.12.2000)

Índice



 

11. CSN poderá vender excedente até 2005


A Aneel prorrogou, até 31.12.2005, o prazo para a CSN comercializar o excedente de energia elétrica produzida pela UHE Igarapava. A CSN é auto-produtora de energia e detém 17,9% da usina. O prazo vencia no dia 21.10.2001. (Gazeta Mercantil - 08.12.2000)

Índice


 

12. Crise energética afeta indústria norte-americana


A progressiva crise energética nos Estados Unidos, agravada recentemente pela alta do petróleo, está prejudicando várias indústrias no oeste do país, afetadas pela alta dos preços do gás natural e pela insuficiência de eletricidade disponível. Além disso, nos últimos 10 anos praticamente não se construiu novas usinas de energia para servir à demanda gerada pelo aumento da produção. A demanda por energia vem aumentando a uma taxa de 2% ao ano na região da Califórnia e no Vale do Silício esse aumento é da ordem de 5%. Segundo Michelle Montague-Bruno, porta-voz do Grupo de Fabricantes do Vale do Silício, "interrupções no fornecimento de energia poderão custar às companhias locais US$ 100 mi por dia". (Gazeta Mercantil - 11.12.2000)

Índice

 

13. Uso de energia eólica cresce nos EUA


De acordo com especialistas norte-americanos, está acontecendo uma grande transformação na geração de energia eólica. Com o desenvolvimento de turbinas mais sofisticadas, o custo da eletricidade gerada pelo vento, antes visto como proibitivo, é agora quase competitivo com o custo dos rivais, eliminando o que antes era uma grande barreira. Por enquanto, o vento ainda gera bem menos do que 1% da eletricidade dos Estados Unidos, estando a maioria dos projetos na Califórnia. Até o fim do ano de 2001, o Departamento de Energia dos Estados Unidos prevê uma geração de energia eólica de cerca de 4.600 MW, um grande aumento em relação aos 2.500 MW de hoje. (NY Times - 10.11.2000)
Índice

 

14. Privatizações no Equador são novamente adiadas


O processo de venda das empresas energéticas no Equador avança lentamente. O presidente do Conselho Nacional de Modernização equatoriano (Conam), Ricardo Noboa, anunciou uma terceira prorrogação para a data de privatização das empresas de distribuição de energia. Marcadas para o fim do ano de 2000, as privatizações foram novamente adiadas para julho e agosto de 2001. Uma das empresas que faz parte do pacote do governo, a Empresa Elétrica Quito (EEQ), é uma das companhias a apresentar problemas devido ao seu estatuto e a problemas políticos. (El Comercio - Equador - 11.12.2000)
Índice


Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

Visite o site do Provedor onde encontra-se a maior base de dados sobre as empresas do setor

www.provedor.nuca.ie.ufrj.br/eletrobras