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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 542- 07 de dezembro de 2000
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Aneel divulga resultado de pesquisa
02. Aneel muda conjuntos de avaliação
03. Furnas muda proposta para saldar suas dívidas
04. Estado de São Paulo não pretende facilitar novo leilão da Cesp
05. Preço mínimo da Cesp vai subir
06. AES Sul revela plano para 2001
07. CSN está prestes a vender fatia da Light/Metropolitana
08. Celpe procura ligações clandestinas
09. Preço da energia torna co-geração mais atraente
10. Petrobrás estuda segundo gasoduto até a Bolívia
11. Endesa-Iberdrola tem parecer favorável
12. Fusão Endesa-Iberdrola pode reduzir investimentos na América Latina




1. Aneel divulga resultado de pesquisa


O diretor-geral da Aneel, José Mário Miranda Abdo, divulgou, dia 07.12.2000, o resultado detalhado da pesquisa sobre a qualidade de prestação de serviços das distribuidoras de energia elétrica. Vinte e quatro das 62 distribuidoras no País foram reprovadas pelos seus consumidores, o que dá uma porcentagem de 38,71% do total. O resultado da pesquisa aponta que a Cepisa teve o pior desempenho, segundo avaliação dos seus consumidores. Enquanto a média nacional ficou em 62,81% de aprovação, a Cepisa teve 49,24%. Por sua vez, a paranaense Forcel teve a melhor percentagem de avaliação positiva, 79,33 %. Segundo Abdo, o resultado dessa pesquisa vai direcionar o trabalho de fiscalização da Aneel. Os números divulgados pela agência reguladora fazem parte de uma pesquisa de opinião pública realizada entre os dias 05.09.2000 e 11.10.2000 em todo o País, onde foram entrevistadas 18.200 pessoas. (Estado - 07.12.2000)

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2. Aneel muda conjuntos de avaliação


A Aneel vai publicar, dia 08.12.2000, no D.O., as metas de duração de interrupção de energia elétrica e também a quantidade de vezes em que ocorre a falta de energia por cada conjunto de consumidores. Segundo Abdo, as 64 distribuidoras do País vão contar agora com 6 mil conjuntos de consumidores que representam regiões dentro da área de prestação de serviço. Anteriormente eram 3 mil conjuntos. O objetivo é ter uma melhor avaliação local, para que as distribuidoras passem a dar atenção às pequenas localidades. No caso específico da região metropolitana de São Paulo, a Eletropaulo possuía três conjuntos de avaliação e agora passará para 50 conjuntos. Abdo explicou também que esses índices fixados de empresa por empresa e de conjunto por conjunto vão ser reduzidos até 2004. Com base no resultado desse desempenho, a Aneel poderá multar as concessionárias e determinar melhorias. (Estado - 07.12.2000)
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3. Furnas muda proposta para saldar suas dívidas


A Eletrobrás apresentou nova proposta para liquidação da dívida estimada em R$ 575 mi que teria sido contraída por Furnas, no MAE, em São Paulo. A nova idéia é a constituição de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) para encontro de contas entre credor e devedores nos próximos anos. Os acionistas da nova empresa ainda não foram definidos e podem vir a ser os próprios agentes do MAE. Firmino Sampaio, presidente da Eletrobrás, afirma, no entanto, que se o mercado não se interessar, pode caber à Eletrobrás o papel da SPE por sua empresa comercializadora. A SPE assumiria a dívida integral e em contrapartida, contaria com receitas iniciais de R$ 266 mi, dos quais R$ 160 mi, referentes a valores faturados por Furnas por conta da venda da produção de Angra I e Angra II - cujo atraso no início de operação gerou a necessidade de compras de curto prazo no MAE. Outros R$ 18 mi correspondem à correção desses valores. Finalmente, R$ 88 mi correspondem a estimativas do faturamento de energia nuclear entre maio e agosto de 2000. Parte não revelada seria destinada ao pagamento das usinas térmicas, que aumentaram a produção para compensar o atraso no início de operação de Angra II e, portanto, tem gastos com combustível. Outros R$ 30 mi iriam para a Eletronuclear, pelas vendas de energia a Furnas, nesse período ainda não liquidadas. O saldo iria para pagamento parcial imediato das distribuidoras. Essa é uma das pendências da proposta, pois para os presentes à reunião na Asmae, não ficou clara a distribuição dos recursos aos vários credores. Dia 07.12.2000, o assunto irá ao Coex do MAE. Se a questão for fechada, podem ser suspensas ações atualmente na Justiça e começar a haver contratos entre credores e o devedor. (Gazeta Mercantil - 07.12.2000)
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4. Estado de São Paulo não pretende facilitar novo leilão da Cesp


O governo do estado de São Paulo não pretende fazer concessões adicionais sobre o processo de privatização da Cesp. Segundo o secretário estadual de Energia, Mauro Arce, se não aparecerem interessados, a empresa continuará nas mãos do estado. Nem mesmo a necessidade de grandes investimentos e os custos da dívida da empresa fazem o governo ceder. "Poderemos financiar os investimentos por meio de receitas da empresa e recorrendo ao endividamento", disse Arce. O secretário admitiu, porém, que vai avaliar a situação e verificar a tendência do mercado. O vice-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, por sua vez, afirmou que o fracasso do leilão da Cesp deveu-se a problemas internos das multinacionais que estavam habilitadas a comprar as ações da empresa estatal. (Folha - 07.12.2000)
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5. Preço mínimo da Cesp vai subir


O novo leilão da Cesp Paraná, previsto para acontecer no primeiro semestre de 2001, poderá ter a participação de outras companhias interessadas, além dos seis grupos estrangeiros pré-qualificados para o leilão que acabou cancelado. Um outro cronograma de privatização da empresa começa a ser estudado e deve incluir um novo preço mínimo, que será mais alto, garantiu o secretário de Energia, Mauro Arce. Serão abertos novo edital e nova pré-qualificação das empresas, o que abre a possibilidade da entrada na disputa de grupos que haviam desistido antes mesmo de entregar a documentação para a habilitação, como a Tractebel. Mauro Arce disse ainda que no preço mínimo foi embutido o prêmio de controle e, como provavelmente no próximo leilão a dívida estará rolada, o reservatório estará cheio e novas turbinas estarão em funcionamento, o preço mínimo será mais alto. "Não estamos desesperados para vender a Cesp Paraná", concluiu. (Valor - 07.12.2000)
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6. AES Sul revela plano para 2001


A AES Sul deverá investir, no ano de 2001, cerca de R$ 75 mi e ampliar em 10% a capacidade instalada de distribuição de energia . O presidente da companhia, Damian Obiglio, anunciou o início da retomada de operações da Usina Termelétrica de Uruguaiana no dia 22.12.2000, com potência de 500 MW, em caráter comercial. Até o final de dezembro, a usina, deverá estar operando com potência total, de 600 MW. Nos próximos três anos, a AES Sul também investirá entre US$ 450 mi e US$ 470 mi na construção da Termosul, em Montenegro. Para o ano de 2001, a estimativa da empresa é de que o aumento do consumo de energia se mantenha nos mesmos patamares de 2000. Está prevista a criação de novas subestações, ampliação de linhas de transmissão e digitalização de subestações. (Zero Hora - 07.12.2000)
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7. CSN está prestes a vender fatia da Light/Metropolitana


A venda da fatia da CSN na Light/Metropolitana, está muito perto de ser concluída. A tendência é que as bases sejam praticamente as mesmas que foram oferecidas por AES e EDF à americana Relliant, que conseguiu US$ 329 mi pela sua proporção no capital. O acerto tende a ser seguido por um acordo entre as compradoras, ficando a EDF com a carioca Light e a AES com a paulista Metropolitana. (Jornal do Commercio - 07.12.2000)
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8. Celpe procura ligações clandestinas


A Celpe implantou, na primeira semana de dezembro de 2000, uma operação-padrão, para descobrir ligações clandestinas em sua rede, os famosos "macacos". De acordo com o gerente de inspeções da Celpe, José Carlos Medeiros, as equipes detectam entre 12% e 20% de ligações clandestinas . A guerra contra os macacos é uma das prioridades da Celpe já que a empresa compra energia da Chesf, mas acaba não vendendo essa energia e, consequentemente, perde no faturamento. Cada ponto percentual de perda significa cerca de R$ 9 mi a menos na receita da empresa. Desde a sua privatização até hoje, a Celpe conseguiu reduzir as perdas de 20,7% para 19,8%. No total, também estão incluídas as perdas técnicas que ocorrem por falhas na rede e que representam 10%. (Jornal do Commercio - PE - 07.12.2000)
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9. Preço da energia torna co-geração mais atraente


O valor atualmente oferecido pelas concessionárias de energia elétrica às usinas sucroalcooleiras co-geradoras, de aproximadamente R$ 55,00 por MW, tem incentivado uma onda de investimentos no setor. Por meio de uma parceria com a estatal portuguesa Caixa Geral de Depósito e a empresa de equipamentos Koblitz, o grupo Univalem está investindo R$ 16 mi na ampliação da produção de energia a partir do bagaço de cana da Guanabara Agroindustrial (Gasa) dos atuais 3 MW/h para 18 MW/h. Localizada em Andradina, no interior paulista, a Gasa foi fundada há seis anos em uma associação com o grupo do executivo Pedro Grendene. Do valor do projeto, o BNDES deverá financiar 60%. Um dos maiores projetos é o da Companhia Energética Santa Elisa, avaliado em R$ 40 mi. A Santa Elisa produz atualmente aproximadamente 30 MW/h, dos quais 20 MW são utilizados para consumo próprio e o restante é vendido para a CPFL. Em 2002, a produção de energia estará ampliada para 60 MW e as vendas do excedente deverão responder por 10% do faturamento da companhia, cuja capacidade de processamento anual totaliza 6 milhões de toneladas de cana. (Valor - 07.12.2000)
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10. Petrobrás estuda segundo gasoduto até a Bolívia


A Petrobrás está estudando a construção, a partir do ano de 2001, de um segundo gasoduto para a importação de gás natural da Bolívia, com o objetivo de atender ao crescimento da demanda previsto para usinas termoelétricas e unidades de cogeração de energia, informou ontem o diretor de Gás e Energia da estatal, Delcídio do Amaral Gomez. O traçado do gasoduto e os investimentos necessários para a construção ainda estão em discussão. Técnicos da área energética do governo federal informaram, porém, que há duas opções para o novo gasoduto, com investimentos que variam de US$ 1,8 bi a US$ 25 bi e capacidade de transporte de 20 milhões a 30 milhões de metros cúbicos por dia. Uma das opções seria aproveitar, para a construção do novo gasoduto, a área de serventia do gasoduto Bolívia-Brasil, que atravessa, com 3.150 quilômetros de dutos, os estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. A outra alternativa seria o gasoduto partir das áreas de exploração da Petrobrás na Bolívia, atravessar os territórios paraguaio e argentino, entrar no Brasil pelo sudoeste de Santa Catarina e atravessar o Paraná até juntar-se ao gasoduto Bolívia-Brasil. (Gazeta do Povo - PR - 07.12.2000)
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11. Endesa-Iberdrola tem parecer favorável


A Comissão Nacional de Energia espanhola (CNE), enviou ao governo um relatório favorável ao projeto de fusão Endesa-Iberdrola. A CNE recomenda, entretanto, que a sociedade fique somente com uma parte do mercado nacional inferior a 50% para a geração e inferior a 41% para a distribuição. Para se adequar às exigências das leis de concorrência, os dois grupos devem anunciar sua intenção de revender parte das suas unidades de geração. As autoridades só devem se pronunciar oficialmente sobre o projeto no início de 2001. (La Tribune - 06.12.2000)

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12. Fusão Endesa-Iberdrola pode reduzir investimentos na América Latina


A fusão Endesa-Iberdrola promete desencadear uma corrida pelos ativos que as duas terão de vender, principalmente na Espanha, por exigência das autoridades antitruste locais. A fusão deve estar totalmente concluída até maio. A portuguesa EDP e a petrolífera espanhola Repsol são duas fortes candidatas às sobras. Apesar de a venda de ativos se dar basicamente na Europa, a corrida pelas sobras pode indiretamente, afetar parte dos investimentos feitos pelas grandes operadoras mundiais na América Latina. Isso ocorreria se essas empresas diminuíssem os investimentos no continente para comprar ativos da Endesa-Iberdrola na Europa. A EDP, por exemplo, pode reduzir investimentos no Brasil caso precise desembolsar uma quantia significativa no mercado espanhol, afirma Francisco de la Fuente, presidente mundial da holding que controla a maior companhia de energia de Portugal. (Gazeta Mercantil - 07.12.2000)

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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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