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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 541- 06 de dezembro de 2000
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. BNDES já elabora estudos para venda de Furnas em 2001
02. Venda de energia na América terá normas
03. Investidores em energia formalizam grupo
04. Leilão da Cesp é cancelado
05. PED rediscutirá privatização da Cesp
06. Aneel quer acabar com conflitos ambientais
07. Privatização em SP deverá continuar com Emae
08. Tourinho assina contratos para co-geração
09. Cuba quer importar tecnologia do Brasil
10. Duke reforça envolvimento no Brasil
11. Bandeirante quer aprovar cisão parcial
12. Escelsa seleciona EPC para térmica de Vitória
13.
Consórcio quer investir US$ 80 mi em energia eólica
14. Iberdrola decide aumentar capacidade de termelétrica

 




1. BNDES já elabora estudos para venda de Furnas em 2001


O BNDES está adiantando o estudo final de viabilidade que orientará o governo para a privatização de Furnas, prevista para o segundo semestre de 2001. Embora o documento só seja encaminhado ao Executivo em março de 2001, alguns contornos do trabalho já começam a ser definidos. Entre eles, a necessidade de realizar em Furnas todo um processo de cisões e incorporações do capital, a exemplo do procedimento adotado para a privatização da Gerasul, em 1998. Segundo fonte do banco, a expectativa do BNDES é concluir o documento em paralelo à aprovação da nova lei das S.A., cujo resultado final deverá aumentar o atrativo da venda pulverizada da empresa, conforme orientação do governo federal. A privatização de Furnas seguirá o exemplo da privatização da Eletrosul, cuja cisão resultou em duas novas geradoras, Eletrosul e Gerasul. No caso de Furnas, a estatal será dividida em três novas empresas, das quais uma de distribuição, que permanecerá estatal. Falta, no entanto, definir como serão pulverizadas as duas empresas de geração resultantes da cisão - se em duas etapas ou em apenas uma. (Gazeta Mercantil - 06.12.2000)

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2. Venda de energia na América terá normas


Os 12 países sul-americanos vão definir um marco regulatório comum na área de energia para facilitar a integração econômica e estimular os investimentos privados no setor. A decisão foi tomada, dia 05.12.2000, em Montevidéu, no encerramento da reunião de ministros responsáveis pela área de infra-estrutura do continente. O encontro foi convocado para discutir a implantação do Plano de Ação, programa de integração física da América do Sul aprovado na cúpula presidencial de setembro de 2000, em Brasília. A definição de regras comuns nas áreas de especificações técnicas, parâmetros de qualidade e fiscalização na área energética será feita por um grupo executivo criado especificamente com essa finalidade. O secretário de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério do Planejamento, José Paulo Silveira, destacou a importância da definição do marco regulatório para o Brasil, que é um importador crescente de energia produzida nos países vizinhos. (Gazeta Mercantil - 06.12.2000)
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3. Investidores em energia formalizam grupo


Investidores em energia elétrica decidiram formalizar o grupo que atualmente negocia com o governo formas para resolver os gargalos do setor. Eles inauguram dia 14.12.2000, em Brasília, a Câmara Brasileira dos Investidores em Energia Elétrica (CBIEE). A primeira ação já decidida será a realização de reuniões periódicas com integrantes do Ministério de Minas e Energia. O presidente da Câmara, com sede em Brasília, será um profissional contratado no mercado, e não um representante do próprio segmento. Os membros serão, a princípio, os mesmos componentes do grupo, que surgiu informalmente, no início de 1999, logo após a desvalorização cambial, com o objetivo de discutir os problemas do setor. Atualmente, os principais pleitos desses investidores são a recomposição tarifária entre 6,7% e 9,9% para as distribuidoras; a solução para o risco cambial embutido nos investimentos em usinas termelétricas; e a redução do risco regulatório. (Gazeta Mercantil - 06.12.2000)
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4. Leilão da Cesp é cancelado


O leilão da Cesp-Paraná, previsto para ser realizado, dia 06.12.2000, às 9h, na Bovespa, foi adiado. As seis empresas previamente interessadas no leilão, AES Corp., EDF, Southern Co., Endesa, EDP e Duke Energy, desistiram do negócio. De acordo com informação divulgada pela CBLC, nenhuma das empresas depositou a garantia no prazo determinado, que se encerrou dia 05.12.2000, às 18h. Com isso, o governo deve remarcar o leilão para o ano de 2001. O principal fator para a desistência das seis empresas está relacionado ao atraso da liberação do Ibama para o enchimento do reservatório da usina Porto Primavera até 257 metros cúbicos acima do mar. Além disso, a crescente dívida a curto prazo da Cesp, que hoje soma R$ 1,8 bi, também assustou os interessados. O leilão da Cesp já estava suspenso pela Justiça Federal, que acatou liminar do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo. O preço mínimo avaliado pelo governo para a compra da empresa era de R$ 1,74 bi. (Agência Zap - 06.12.2000)
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5. PED rediscutirá privatização da Cesp


De acordo com o presidente do Programa Estadual de Desestatização (PED) do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, o governo vai reestudar a questão da privatização da Cesp Paraná. A princípio continuamos pensando em sua venda", afirmou. Alckmin disse ainda que o PED vai analisar a questão. "O PED analisa e recomenda ao governador que adota uma posição final sobre a questão. Isto é o que vai acontecer", explicou. (Estado - 06.12.2000)
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6. Aneel quer acabar com conflitos ambientais


O governo federal tentará buscar caminhos que possam abreviar os processos de obtenção de licenças ambientais para a geração de eletricidade no País. A superintendente de Concessão e Autorizações de Geração da Aneel, Maria Rosângela do Lago, explicou que isso se deve ao incremento da venda de concessões de hidrelétricas entre 2000 e 2001. A partir dos leilões das concessões de usinas hidrelétricas, a Aneel quer propor ajustes para que as obras sejam liberadas o mais rápido possível, sem ferir a legislação em vigor. Caberá aos empreendedores cumprir as exigências de praxe estabelecidas pelos setores que representam o meio ambiente federal e estaduais. A diretora de Controle Ambiental do Ibama, Gisela Damm Forattini, afirmou que a pauta de reivindicações dificilmente será atendida na sua totalidade. (Estado - 06.12.2000)
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7. Privatização em SP deverá continuar com Emae


O próximo passo de privatização do setor elétrico em São Paulo poderá ser dado na reunião do PED, marcada para o dia 12.11.2000, com a análise da privatização da Emae. O governo do Estado também procura formar um consórcio com a Petrobrás para investir na termoelétrica da Emae, a Usina Piratininga, para a geração inicial de 160 MW de energia. O investimento está orçado em US$ 200 mi. (Estado - 06.12.2000)
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8. Tourinho assina contratos para co-geração


O ministro de Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, participa, dia 06.12.2000, em São Paulo, da assinatura de contratos para co-geração de energia elétrica por empresas dos setores de shopping centers, incorporação imobiliária, hotéis, cerâmica, papel e celulose, bebidas e mobiliário. (Agência Estado - 06.12.2000)
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9. Cuba quer importar tecnologia do Brasil


O Ministro das Relações Exteriores de Cuba, Felipe Perez Roque, afirmou, dia 05.12.200, que o país pretende importar a tecnologia brasileira de geração de energia elétrica por fontes renováveis, principalmente a partir do bagaço-de-cana. "Tanto Cuba como o Brasil estão começando a trabalhar com este sistema, mas queremos aprender o que já está sendo feito", afirmou o ministro cubano. Segundo ele, o principal objetivo é garantir o abastecimento de energia elétrica fora da safra de cana-de-açúcar. Atualmente, a maioria de energia em Cuba é gerada por usinas térmicas, movidas a óleo diesel. A capacidade instalada de Cuba é de três mil MW. (Gazeta - 05.12.2000)
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10. Duke reforça envolvimento no Brasil


Segundo sua vice-presidente de Relações Externas, Deborah Witmer, a Duke Energy pretende continuar ativamente envolvida no setor de energia brasileiro. A Duke tem investidos no Brasil US$ 1.034 bi, que correspondem a 2.300 MW. De acordo com a executiva, o País reuniu três fatores fundamentais para a Duke: 1) a liberalização do mercado, com a privatização de ativos de energia; 2) a oportunidade de convergir ou juntar os segmentos de geração elétrica e térmica; 3) o bom desempenho econômico, com as perspectivas de crescimento do mercado. "Entramos no Brasil para o longo prazo, então as flutuações de curto prazo da economia não afetam as nossas decisões de investimentos", ressaltou. No momento todos os ativos da Duke no Brasil são de geração hidrelétrica, mas a companhia já está investindo em vários projetos de construção de usinas de geração termelétrica. "Queremos também aproveitar o gás natural que vem da Bolívia", completou Witmer. (Estado - 05.12.2000)
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11. Bandeirante quer aprovar cisão parcial


A Bandeirante Energia está convocando seus acionistas para AGE, dia 14.12.2000. Na reunião, deverá ser aprovado o Protocolo e Justificação da cisão parcial da companhia, bem como a adoção das demais providências necessárias à implementação da reestruturação societária, mediante a aprovação da Aneel. Os acionistas aprovarão ainda a contratação da Pricewaterhouse Coopers Auditores Independentes para avaliar o patrimônio da empresa. A AGE indicará ainda um novo membro para o conselho de administração. (Agência Estado - 06.12.2000)

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12. Escelsa seleciona EPC para térmica de Vitória


A Escelsa iniciará, em fevereiro de 2001, o processo de seleção de empresas para o EPC para a usina térmica de Vitória, de 500MW, que será construída em Vitória. "Atualmente, estamos no processo de compra das turbinas, negociando com alguns fabricantes. Para Vitória precisamos duas turbinas a gás natural", disse Beverli Martinez, superintendente de geração da Escelsa. Martinez acrescentou que "assim que este processo terminar, iniciaremos a seleção para o EPC ". A. Aneel autorizou a construção da usina térmica de Vitória, que deverá iniciar suas obras no final de 2001 e passará a funcionar no final de 2003. Esta usina térmica requer a construção de um gasoduto desde Campos até Vitória, de quase 200km, sob responsabilidade de um dos sócios, a Petrobrás. Os sócios da usina térmica Vitória, com 33,33% cada um, são a Escelsa, a Vale do Rio Doce (CVRD) e a Petrobras. (BNAmericas - 06.12.2000)

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13. Consórcio quer investir US$ 80 mi em energia eólica


O projeto de implantação de parques eólicos no Rio Grande de Norte deverá receber, na primeira quinzena de dezembro de 2000, um novo impulso com a visita de representantes de um consórcio de empresas alemãs e portuguesas que planejam investir US$ 80 mil para produzir 100 MW de energia. O primeiro parque deverá ser instalado na região salineira, no município de Macau, a 180 km da Capital. O consórcio é formado pelas empresas alemãs MET Energietecnick e Fuhrlander e as portuguesas Atlantic Sistemas Energéticos Ltda. - AES e Finertec. (Gazeta Mercantil do Nordeste - 06.12.2000)
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14. Iberdrola decide aumentar capacidade de termelétrica


O Grupo Iberdrola, decidiu aumentar o projeto de implantação de uma usina termelétrica no Estado de Pernambuco e concluir o empreendimento de uma só vez. Ao invés dos 480 MW previstos inicialmente, a Termopernambuco terá 500 MW e deverá entrar totalmente em operação no fim de 2003. A diretoria da Celpe havia anunciado que a intenção do grupo era de construir duas plantas de 240 MW, com um intervalo de cerca de dois anos entre o início da operação das duas. Segundo o gerente geral da Termopernambuco, José Luiz Bragado, o grupo já fechou contrato com a General Eletric (GE) para o fornecimento dos equipamentos da usina. O investimento total na usina deverá ficar em torno de R$ 550 mi. (Jornal do Commercio - PE - 06.12.2000)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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