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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 540- 05 de dezembro de 2000
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Venda de geradoras já não é prioridade
02. Eletrobrás comprará energia de pequenas usinas
03. Furnas será privatizada somente no segundo semestre de 2001
04. FHC participará de lançamento de termelétricas na Bolívia
05. Aneel investiga desligamento de energia em Goiás
06. O TRF-SP ainda deve decidir sobre Cesp
07. Cesp obtém licença ambiental
08. EDF e AES desistem da Cesp
09. Southern Electric é mais uma a desistir da Cesp
10. EDP analisará licença do Ibama sobre Cesp
11. AES e EDF concluem compra de ações da Light
12. Copel cria cinco subsidiárias
13.
Receita bruta da Cataguazes-Leopoldina soma R$ 411 mi até outubro
14. Sindicato espanhol estima que a fusão Endesa-Iberdrola custará 10 mil empregos


 



1. Venda de geradoras já não é prioridade


O ministro de Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, disse que a prioridade no momento é garantir o aumento da oferta de energia por meio de termoelétricas e pequenas usinas hidrelétricas. A receita da venda das geradoras foi incluída no orçamento desde o primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, mas problemas políticos inviabilizaram a privatização. A partir do mês de dezembro de 2000 o Ministério de Minas e Energia retoma a discussão sobre a venda das geradoras do Sistema Eletrobrás, sem preocupação com um cronograma de venda. Para o ministro, o governo deve levar em consideração a recente crise econômica da Argentina e o desempenho da economia dos Estados Unidos. Devem ser observadas também a retração do crédito e a disposição dos investidores de entrar na disputa destas estatais. Além de não haver mais um compromisso com a privatização das geradoras, no curto prazo, o papel da Eletrobrás vem adquirindo crescente importância estratégica, já que a estatal entrou como fiadora de um programa de construção de PCHs, das quais comprará toda a energia produzida. Tourinho reconheceu essa importância e defendeu que o setor não pode ser deixado por conta do livre funcionamento do mercado. (Estado - 05.12.2000)

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2. Eletrobrás comprará energia de pequenas usinas


A Eletrobrás deverá realizar ainda este mês um leilão para compra de 1.200 MW a ser gerado por PCH que estejam sendo projetadas, informou o ministro de Minas e Energia, Rodolfo Tourinho. Ele explicou que o leilão tem o objetivo de fornecer aos empreendedores de PCH a garantia de que venderão sua energia quando as usinas estiverem em operação. Com estes contratos, os empresários poderão dirigir-se ao BNDES e solicitar o financiamento para a obra, deixando a receita como garantia para o empréstimo. Com o leilão, as próprias usinas definirão qual o patamar adequado para a energia, sendo vencedoras as que oferecerem a eletricidade mais barata até o limite de 1.200 MW. (Estado -05.12.2000)
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3. Furnas será privatizada somente no segundo semestre de 2001


O ministro de Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, acredita que será difícil privatizar uma empresa em apenas seis meses. Com isso, será difícil que o Governo federal consiga privatizar ainda, em 2001, a Chesf e a Eletronorte. Outra questão decidida pelo Governo federal é que os trabalhadores poderão usar o FGTS para a compra das ações da gigante estatal de energia, diante do sucesso de venda das ações da Petrobrás com o uso do FGTS. Segundo o ministro, está descartada a venda do bloco de controle de Furnas. (Globo - 05.11.2000)
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4. FHC participará de lançamento de termelétricas na Bolívia


O presidente Fernando Henrique Cardoso viajará à Bolívia, no dia 08.10.2000, para participar das cerimônias de lançamento das obras de construção das usinas termelétricas de Corumbá e de Puerto Suárez. Segundo a mensagem presidencial, publicada no Diário Oficial da União, as duas obras significam um marco da crescente cooperação entre Brasil e Bolívia no campo do aproveitamento energético do gás boliviano. (Globo On - 05.12.2000)
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5. Aneel investiga desligamento de energia em Goiás


Fiscais da Aneel estão investigando, na Subestação Brasília-Sul, em Samambaia-DF, as causas da falta de energia que afetou, entre os dias 03.12.2000 e 04.12.2000, alguns municípios goianos localizados na Região do Entorno do Distrito Federal, entre eles Luziânia, Valparaíso de Goiás, Cristalina, Novo Gama e Cidade Ocidental. Segundo levantamentos da Celg, o desligamento aconteceu devido ao rompimento de um cabo de energia ligando a Subestação Brasília-Sul, de propriedade de Furnas, até a Subestação Marajoara, pertencente à rede de distribuição da Celg. A Aneel já determinou à distribuidora goiana que encaminhe, em até 10 dias, relatório detalhado sobre a interrupção do fornecimento de energia. Como prevê a legislação do setor elétrico, os consumidores que tenham tido prejuízos pela interrupção de energia devem procurar a Celg para solicitar o ressarcimento por eventuais danos. (Aneel - 04.12.2000)
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6. O TRF-SP ainda deve decidir sobre Cesp


A assessoria do presidente do TRF-SP informou, dia 04.12.2000, que deverá ser anunciada somente no dia 06.12.2000, a decisão sobre o recurso da Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo contra a liminar que suspende o leilão da Cesp Paraná. De acordo com assessores, o presidente do TRF recebeu o recurso na tarde do dia 04.12.2000 e ainda está analisando a matéria. A liminar foi concedida no dia 01.12.2000, pela 1ª Vara Federal de Bauru (SP), que acatou ação do Ministério Público Federal e do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, que questionam o preço mínimo de venda da geradora, de R$ 1,739 bi. (Gazeta Mercantil - 04.12.2000)
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7. Cesp obtém licença ambiental


A Cesp obteve, dia 04.12.2000, a licença ambiental para completar o enchimento do reservatório da usina de Porto Primavera, a maior das seis unidades de geração da Cesp Paraná, de acordo com um assessor do Ibama. A instituição autorizou o enchimento do reservatório de Porto Primavera da cota de 253 metros acima do nível do mar para a cota de 257 metros, desde que a Cesp cumpra diversos itens obrigatórios. "A Cesp tem que aguardar o final da piracema, fazer a remoção da vegetação, fazer a remoção da população que está na cota e fazer a avaliação dos animais que estão realocados", citou o assessor. (Reuters - 04.12.2000)
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8. EDF e AES desistem da Cesp


Mais dois dos seis grupos estrangeiros pré-identificados para o leilão, a EDF a AES, comunicaram sua desistência. As empresas não depositarão, dia 05.12.2000, as suas garantias financeiras para participar do leilão, marcado para o dia 06.12.2000. "A EDF não vai concorrer ao leilão da Cesp por motivos técnicos", disse o advogado da companhia no Brasil, Maurício Curvelo de Almeida Prado. Segundo Curvelo, o motivo da desistência se prende ao risco do investimento. As condições da licença ambiental do Ibama, divulgadas somente no dia 04.12.2000, e a incerteza em relação ao retorno do investimento são muito elevadas. Para a diretora da AES, Andrea Rushmann, a licença do Ibama saiu muito tarde e existe um conjunto de condicionantes que não tornam o investimento rentável. Entre eles, o elevado grau de alavancagem da empresa. (Folha - 05.12.2000)
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9. Southern Electric é mais uma a desistir da Cesp


Segundo fontes da Southern Electric, um dos motivos para a desistência da empresa é o enchimento do reservatório da Usina de Porto Primavera. Mesmo com a licença ambiental do Ibama, a Southern acredita que o comprador poderá ter problemas para encher o reservatório, já que poderão surgir liminares no meio do caminho. Outro motivo para a desistência seria a dívida de curto prazo da Cesp, que vence em maio de 2001. A geradora paulista já conseguiu autorização do Banco Central para lançar eurobônus, mas ainda não definiu uma data para a captação. Com a desistência, a Southern será mais uma empresa a não depositar a garantia financeira necessária para participar do leilão. (FolhaNews - 05.12.2000)
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10. EDP analisará licença do Ibama sobre Cesp


A assessoria de imprensa da EDP informou, dia 04.12.2000, que a posição final sobre a participação ou não no leilão de privatização da Cesp, dependerá ainda de uma análise da licença ambiental concedida pelo Ibama. A diretoria da EDP soube da decisão do governo, mas ainda não recebeu oficialmente os documentos do Ibama. (Estado - 04.12.2000)
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11. AES e EDF concluem compra de ações da Light


A AES e a EDF comunicaram, dia 05.12.2000, o fechamento da operação de compra de ações da Light em poder da Reliant Energy Cayman, anunciada em 06.10.2000. A operação, que envolveu a subsidiária AES Treasure Cove e a Reliant Energy Cayman Acquisitions, resultou no aumento da participação dos grupos AES e EDF no bloco de controle da Light. (Agência Estado - 05.12.2000)

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12. Copel cria cinco subsidiárias


A Copel decidiu aderir à desverticalização e aprovou, na última semana de novembro de 2000, a criação de cinco novas subsidiárias. Cada empresa ficará com uma área de negócios - transmissão, geração, distribuição, telecomunicações e tecnologia de informação. As cinco subsidiárias serão agrupadas por uma holding, que terá 100% de participação em cada uma delas. Os atuais acionistas da Copel passam a ser acionistas da holding e, indiretamente, das subsidiárias. A modificação será submetida à aprovação da assembléia geral marcada para o próximo dia 20.12.2000. Nessa mesma assembléia, a Copel vai aprovar também a criação de uma subsidiária no exterior. A empresa será criada em parceria com a Gaspetro e a norte-americana El Paso, suas sócias no projeto de construção da Usina de Araucária. Os três sócios estão negociando um financiamento de US$ 220 mi com dois bancos de fomento norte-americanos para fazer frente aos investimentos na usina. (Gazeta Mercantil - 05.12.2000)

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13. Receita bruta da Cataguazes-Leopoldina soma R$ 411 mi até outubro


A Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina encerrou os dez primeiros meses de 2000 com receita operacional bruta consolidada de R$ 411,5 mi. A cifra reflete avanço de 35% sobre o montante faturado em igual período de 1999. A Energipe foi a principal geradora de dividendos, com R$ 185,8 mi e comercialização de 1.481 GWh até outubro. O total de vendas do grupo mineiro alcançou 3.011 GWh, sobrepondo-se em 22% ao volume consumido entre janeiro e outubro de 1999. O maior crescimento de vendas foi apurado na área atendida pela controlada Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina, que leva o mesmo nome da holding controladora, onde a demanda foi incrementada em 6,3% (para 832,2 GWh). As compras dos consumidores da Companhia de Eletricidade de Nova Friburgo (Cenf) foram 5,8% maiores este ano, até outubro, somando 261,9 GWh. Além da Energipe, CFLCL e Cenf, os números reúnem o desempenho da paraibana Companhia Energética de Borborema (Celb) e da Cat-Leo. (Gazeta Mercantil - 04.12.2000)
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14. Sindicato espanhol estima que a fusão Endesa-Iberdrola custará 10 mil empregos


O sindicato espanhol UGTl, majoritário na Endesa e na Iberdrola, estima que a fusão das companhias irá causar a eliminação de 10 mil postos de trabalho. A UGT pediu ao governo da Espanha que abra um canal de diálogo sobre o setor, ao mesmo tempo que pediu as empresas que levem em conta os sindicatos ao negociar a fusão. O secretário geral do sindicato, Cándido Méndez, pediu ao governo que intervenha na operação e que assegure a sua transparência. O recado da UGT para as duas companhias é claro: o sindicato quer ser parte ativa no desenho da nova empresa. (El País - 05.12.2000)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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