1.
Venda de geradoras já não é prioridade
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O ministro de Minas e Energia, Rodolpho Tourinho,
disse que a prioridade no momento é garantir
o aumento da oferta de energia por meio de termoelétricas
e pequenas usinas hidrelétricas. A receita da
venda das geradoras foi incluída no orçamento
desde o primeiro mandato do presidente Fernando
Henrique Cardoso, mas problemas políticos inviabilizaram
a privatização. A partir do mês de dezembro
de 2000 o Ministério de Minas e Energia retoma
a discussão sobre a venda das geradoras do Sistema
Eletrobrás, sem preocupação com um cronograma
de venda. Para o ministro, o governo deve levar
em consideração a recente crise econômica da
Argentina e o desempenho da economia dos Estados
Unidos. Devem ser observadas também a retração
do crédito e a disposição dos investidores de
entrar na disputa destas estatais. Além de não
haver mais um compromisso com a privatização
das geradoras, no curto prazo, o papel da Eletrobrás
vem adquirindo crescente importância estratégica,
já que a estatal entrou como fiadora de um programa
de construção de PCHs, das quais comprará toda
a energia produzida. Tourinho reconheceu essa
importância e defendeu que o setor não pode
ser deixado por conta do livre funcionamento
do mercado. (Estado - 05.12.2000)
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2.
Eletrobrás
comprará energia de pequenas usinas
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A Eletrobrás deverá realizar ainda este mês um leilão
para compra de 1.200 MW a ser gerado por PCH que
estejam sendo projetadas, informou o ministro de
Minas e Energia, Rodolfo Tourinho. Ele explicou
que o leilão tem o objetivo de fornecer aos empreendedores
de PCH a garantia de que venderão sua energia quando
as usinas estiverem em operação. Com estes contratos,
os empresários poderão dirigir-se ao BNDES e solicitar
o financiamento para a obra, deixando a receita
como garantia para o empréstimo. Com o leilão, as
próprias usinas definirão qual o patamar adequado
para a energia, sendo vencedoras as que oferecerem
a eletricidade mais barata até o limite de 1.200
MW. (Estado -05.12.2000)
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3.
Furnas será privatizada somente no segundo semestre
de 2001
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O ministro de Minas e Energia, Rodolpho Tourinho,
acredita que será difícil privatizar uma empresa
em apenas seis meses. Com isso, será difícil que
o Governo federal consiga privatizar ainda, em
2001, a Chesf e a Eletronorte. Outra questão decidida
pelo Governo federal é que os trabalhadores poderão
usar o FGTS para a compra das ações da gigante
estatal de energia, diante do sucesso de venda
das ações da Petrobrás com o uso do FGTS. Segundo
o ministro, está descartada a venda do bloco de
controle de Furnas. (Globo - 05.11.2000)
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4.
FHC participará de lançamento de termelétricas na
Bolívia
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O presidente Fernando Henrique Cardoso viajará
à Bolívia, no dia 08.10.2000, para participar
das cerimônias de lançamento das obras de construção
das usinas termelétricas de Corumbá e de Puerto
Suárez. Segundo a mensagem presidencial, publicada
no Diário Oficial da União, as duas obras significam
um marco da crescente cooperação entre Brasil
e Bolívia no campo do aproveitamento energético
do gás boliviano. (Globo On - 05.12.2000)
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5.
Aneel investiga desligamento de energia em Goiás
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Fiscais da Aneel estão investigando, na Subestação
Brasília-Sul, em Samambaia-DF, as causas da falta
de energia que afetou, entre os dias 03.12.2000
e 04.12.2000, alguns municípios goianos localizados
na Região do Entorno do Distrito Federal, entre
eles Luziânia, Valparaíso de Goiás, Cristalina,
Novo Gama e Cidade Ocidental. Segundo levantamentos
da Celg, o desligamento aconteceu devido ao rompimento
de um cabo de energia ligando a Subestação Brasília-Sul,
de propriedade de Furnas, até a Subestação Marajoara,
pertencente à rede de distribuição da Celg. A
Aneel já determinou à distribuidora goiana que
encaminhe, em até 10 dias, relatório detalhado
sobre a interrupção do fornecimento de energia.
Como prevê a legislação do setor elétrico, os
consumidores que tenham tido prejuízos pela interrupção
de energia devem procurar a Celg para solicitar
o ressarcimento por eventuais danos. (Aneel -
04.12.2000)
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6.
O TRF-SP ainda deve decidir sobre Cesp
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A assessoria do presidente do TRF-SP informou,
dia 04.12.2000, que deverá ser anunciada somente
no dia 06.12.2000, a decisão sobre o recurso da
Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo contra
a liminar que suspende o leilão da Cesp Paraná.
De acordo com assessores, o presidente do TRF
recebeu o recurso na tarde do dia 04.12.2000 e
ainda está analisando a matéria. A liminar foi
concedida no dia 01.12.2000, pela 1ª Vara Federal
de Bauru (SP), que acatou ação do Ministério Público
Federal e do Sindicato dos Engenheiros do Estado
de São Paulo, que questionam o preço mínimo de
venda da geradora, de R$ 1,739 bi. (Gazeta Mercantil
- 04.12.2000)
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7.
Cesp obtém licença ambiental
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A
Cesp obteve, dia 04.12.2000, a licença ambiental
para completar o enchimento do reservatório da
usina de Porto Primavera, a maior das seis unidades
de geração da Cesp Paraná, de acordo com um assessor
do Ibama. A instituição autorizou o enchimento
do reservatório de Porto Primavera da cota de
253 metros acima do nível do mar para a cota de
257 metros, desde que a Cesp cumpra diversos itens
obrigatórios. "A Cesp tem que aguardar o final
da piracema, fazer a remoção da vegetação, fazer
a remoção da população que está na cota e fazer
a avaliação dos animais que estão realocados",
citou o assessor. (Reuters - 04.12.2000)
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8.
EDF e AES desistem da Cesp
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Mais dois dos seis grupos estrangeiros pré-identificados
para o leilão, a EDF a AES, comunicaram sua
desistência. As empresas não depositarão, dia
05.12.2000, as suas garantias financeiras para
participar do leilão, marcado para o dia 06.12.2000.
"A EDF não vai concorrer ao leilão da Cesp por
motivos técnicos", disse o advogado da companhia
no Brasil, Maurício Curvelo de Almeida Prado.
Segundo Curvelo, o motivo da desistência se
prende ao risco do investimento. As condições
da licença ambiental do Ibama, divulgadas somente
no dia 04.12.2000, e a incerteza em relação
ao retorno do investimento são muito elevadas.
Para a diretora da AES, Andrea Rushmann, a licença
do Ibama saiu muito tarde e existe um conjunto
de condicionantes que não tornam o investimento
rentável. Entre eles, o elevado grau de alavancagem
da empresa. (Folha - 05.12.2000)
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9.
Southern Electric é mais uma a desistir da Cesp
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Segundo fontes da Southern Electric, um dos
motivos para a desistência da empresa é o
enchimento do reservatório da Usina de Porto
Primavera. Mesmo com a licença ambiental do
Ibama, a Southern acredita que o comprador
poderá ter problemas para encher o reservatório,
já que poderão surgir liminares no meio do
caminho. Outro motivo para a desistência seria
a dívida de curto prazo da Cesp, que vence
em maio de 2001. A geradora paulista já conseguiu
autorização do Banco Central para lançar eurobônus,
mas ainda não definiu uma data para a captação.
Com a desistência, a Southern será mais uma
empresa a não depositar a garantia financeira
necessária para participar do leilão. (FolhaNews
- 05.12.2000)
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10.
EDP analisará licença do Ibama sobre Cesp
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A assessoria de imprensa da EDP informou,
dia 04.12.2000, que a posição final sobre
a participação ou não no leilão de privatização
da Cesp, dependerá ainda de uma análise
da licença ambiental concedida pelo Ibama.
A diretoria da EDP soube da decisão do governo,
mas ainda não recebeu oficialmente os documentos
do Ibama. (Estado - 04.12.2000)
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11.
AES e EDF concluem compra de ações da Light
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A AES e a EDF comunicaram, dia 05.12.2000,
o fechamento da operação de compra de ações
da Light em poder da Reliant Energy Cayman,
anunciada em 06.10.2000. A operação, que
envolveu a subsidiária AES Treasure Cove
e a Reliant Energy Cayman Acquisitions,
resultou no aumento da participação dos
grupos AES e EDF no bloco de controle da
Light. (Agência Estado - 05.12.2000)
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12.
Copel cria cinco subsidiárias
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A Copel decidiu aderir à desverticalização
e aprovou, na última semana de novembro
de 2000, a criação de cinco novas subsidiárias.
Cada empresa ficará com uma área de negócios
- transmissão, geração, distribuição,
telecomunicações e tecnologia de informação.
As cinco subsidiárias serão agrupadas
por uma holding, que terá 100% de participação
em cada uma delas. Os atuais acionistas
da Copel passam a ser acionistas da holding
e, indiretamente, das subsidiárias. A
modificação será submetida à aprovação
da assembléia geral marcada para o próximo
dia 20.12.2000. Nessa mesma assembléia,
a Copel vai aprovar também a criação de
uma subsidiária no exterior. A empresa
será criada em parceria com a Gaspetro
e a norte-americana El Paso, suas sócias
no projeto de construção da Usina de Araucária.
Os três sócios estão negociando um financiamento
de US$ 220 mi com dois bancos de fomento
norte-americanos para fazer frente aos
investimentos na usina. (Gazeta Mercantil
- 05.12.2000)
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13.
Receita bruta da Cataguazes-Leopoldina
soma R$ 411 mi até outubro
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A Companhia de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina
encerrou os dez primeiros meses de 2000
com receita operacional bruta consolidada
de R$ 411,5 mi. A cifra reflete avanço
de 35% sobre o montante faturado em
igual período de 1999. A Energipe foi
a principal geradora de dividendos,
com R$ 185,8 mi e comercialização de
1.481 GWh até outubro. O total de vendas
do grupo mineiro alcançou 3.011 GWh,
sobrepondo-se em 22% ao volume consumido
entre janeiro e outubro de 1999. O maior
crescimento de vendas foi apurado na
área atendida pela controlada Companhia
de Força e Luz Cataguazes-Leopoldina,
que leva o mesmo nome da holding controladora,
onde a demanda foi incrementada em 6,3%
(para 832,2 GWh). As compras dos consumidores
da Companhia de Eletricidade de Nova
Friburgo (Cenf) foram 5,8% maiores este
ano, até outubro, somando 261,9 GWh.
Além da Energipe, CFLCL e Cenf, os números
reúnem o desempenho da paraibana Companhia
Energética de Borborema (Celb) e da
Cat-Leo. (Gazeta Mercantil - 04.12.2000)
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14.
Sindicato espanhol estima que a fusão
Endesa-Iberdrola custará 10 mil empregos
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O sindicato espanhol UGTl, majoritário
na Endesa e na Iberdrola, estima que
a fusão das companhias irá causar
a eliminação de 10 mil postos de trabalho.
A UGT pediu ao governo da Espanha
que abra um canal de diálogo sobre
o setor, ao mesmo tempo que pediu
as empresas que levem em conta os
sindicatos ao negociar a fusão. O
secretário geral do sindicato, Cándido
Méndez, pediu ao governo que intervenha
na operação e que assegure a sua transparência.
O recado da UGT para as duas companhias
é claro: o sindicato quer ser parte
ativa no desenho da nova empresa.
(El País - 05.12.2000)
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