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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 539- 04 de dezembro de 2000
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Satisfação com serviços da Aneel atinge 62,8%
02. BNDES financia usinas de co-geração
03. Aneel aprova reestruturação na Cosern
04. Justiça suspende leilão da Cesp
05. Governo de SP entra com recurso contra suspensão
06. EDP está fora do leilão da Cesp
07. Licença ambiental para Cesp pode sair
08. Eletrosul investe R$ 140 mi em 2001
09. Light revisa seus resultados
10. EDP vai investir mais US$ 1 bi no Brasil
11. EDP quer assumir controle de empresas brasileiras
12. Elétricas espanholas se preparam para viver sem CTC
13.
México não privatizará estatal elétrica




1. Satisfação com serviços da Aneel atinge 62,8%


O índice de satisfação do consumidor brasileiro com os serviços de energia elétrica prestados no País ficou em 62,81%, conforme apontou a primeira pesquisa feita pelo Instituto Vox Populi para a Aneel.. O resultado foi divulgado, dia 01.12.2000, pelo diretor-geral da Aneel, José Mário Abdo. A pesquisa mostrou que o pior desempenho, na avaliação dos consumidores, é o das distribuidoras da Região Norte do País, com apenas 56,52% de aprovação. O melhor desempenho, de acordo com a pesquisa, foi o das distribuidoras da Região Sul, com índice de satisfação de 69,68%. Já no Sudeste, esse índice ficou em 63,51%. Dia 07.12.2000 serão divulgados dados mais detalhados da pesquisa, como o desempenho individual de cada empresa. A pesquisa foi realizada entre setembro e outubro de 2000, com 18.600 consumidores entrevistados de 64 empresas existentes nesse setor no País. (Estado - 01.12.2000)

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2. BNDES financia usinas de co-geração


A usina de cana Santa Elisa, em Sertãozinho, interior de São Paulo, está fechando com o BNDES um financiamento para seu projeto de co-geração de energia. A usina, que tem uma produção anual de 6 milhões de toneladas, vai transformar bagaço de cana, resultante da transformação em álcool, em 30 MW de energia. Com isso, aumentará em 10% os R$ 250 mi que fatura. Os projetos de co-geração em análise no BNDES somam R$ 95 mi, dos quais o banco participará em R$ 71 mi, e irão gerar 99 MW de energia. A diretoria do banco aprovou verba de R$ 12 bi para o setor elétrico até 2003, incluindo projetos de hidrelétrica, geração térmica, PCH e cogeração. O programa vai gerar 26 mil MW, que se agregarão aos atuais 61 mil MW. Só para as PCH, os créditos apoiarão projetos que gerarão 1,2 mil MW. Projetos de outras três usinas - Itá, Machadinho e Itapebi - já foram aprovados e as empresas estão em processo de abertura de capital. Vão gerar 3 mil MW. (Gazeta Mercantil - 04.12.2000)
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3. Aneel aprova reestruturação na Cosern


A Aneel autorizou a incorporação da Ibidem S.A pela Cosern. A solicitação foi feita em junho deste ano, pela empresa Guaraniana S.A, controladora da distribuidora do Rio Grande do Norte. "Não há mudança de controle acionário. Apenas uma reestruturação dentro do próprio grupo", afirmou o diretor da Aneel, Afonso Henriques. Para a realização da incorporação, a concessionária fica obrigada a criar na Ibidem uma provisão de valor equivalente ao ágio pago pela aquisição do controle da Cosern, líquido do imposto de renda de pessoa jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Os compromissos assumidos pela Guaraniana, Coelba e Uptick Participações, por ocasião do leilão de privatização da companhia, deverão ser assumidos pela nova controladora. (InvestNews - 01.12.2000)
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4. Justiça suspende leilão da Cesp


Dia 01.12.2000, o juiz da 1ª Vara Federal de Bauru (SP), Nelton Agnaldo Moraes dos Santos, concedeu uma liminar suspendendo o leilão da Cesp Paraná. O juiz considerou a análise do procurador do Ministério Público Rodrigo Valdes de Oliveira, de que o valor mínimo fixado pelas três hidrelétricas daquele estado, da ordem de R$ 1,7 bi, estava abaixo do valor real, constituindo ofensa ao patrimônio público. (Agência JB - 01.12.2000)
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5. Governo de SP entra com recurso contra suspensão


A Procuradoria Geral do Estado terá muito trabalho para garantir a realização do leilão da Cesp Paraná, marcado para o dia 06.12.2000. O primeiro passo será cassar a liminar obtida pelo Ministério Público Federal na sexta-feira à noite junto à 1ª Vara Federal de Bauru que suspende a venda. O secretário estadual de Energia, Mauro Arce, informou que o governo do estado de São Paulo ingressará, dia 04.12.2000, com um recurso para derrubar a decisão. "Se o valor ficasse no patamar que quer o procurador (acima de R$ 5 bi), a Cesp valeria como um todo cerca de R$ 20 bi", diz. Esse valor seria excessivamente elevado para uma empresa com uma dívida bruta de US$ 4,3 bi, seis usinas e uma capacidade de geração pouco acima de 6.500 MW. De acordo com Arce, esse preço "tornaria a tarifa de energia impagável". (Gazeta Mercantil - 04.12.2000)
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6. EDP está fora do leilão da Cesp


A EDP está fora do leilão da Cesp Paraná. Mesmo a concessão da licença ambiental pelo Ibama, classificada como primordial por alguns pré-identificados, não irá assegurar a entrada dos portugueses no páreo. "Não basta ter a licença, temos que ter a certeza de que nada impedirá o enchimento. Além disso, teremos que analisar as condicionantes da autorização do Ibama", oficializou em entrevista o presidente da EDP Brasil, Eduardo Bernini. O sinal verde do órgão ambiental abrirá caminho para a elevação do nível do reservatório da usina hidrelétrica de Porto Primavera (Sérgio Motta) da atual cota 253 metros para 257 metros acima do nível do mar. O secretário estadual de Energia, Mauro Arce, anunciou, dia 01.12.2000, que a obtenção do aval do Ibama, certamente implicará no cumprimento de alguns requisitos. Segundo a EDP, é necessária a "irreversibilidade" do enchimento do lago de Porto Primavera para garantir a presença no leilão. "Hoje, nossa posição, com as informações que temos, é de não entrar na disputa", concluiu Bernini. (Panorama Brasil - 01.12.2000)
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7. Licença ambiental para Cesp pode sair


O governo de São Paulo joga as últimas fichas para ter sucesso na venda da Cesp Paraná. Após a desistência da americana Southern e da EDP, restam ainda quatro grupos estrangeiros interessados na estatal. Dia 04.12.2000, o Ibama deve, finalmente, conceder a licença ambiental para a usina hidrelétrica Sérgio Motta (antiga Porto Primavera). A falta da licença foi o principal motivo da saída da Southern do leilão e também da provável desistência da EDP. A participação da Duke Energy, controladora da Cesp Paranapanema e apontada pelos analistas como uma das favoritas para arrematar a Paraná, ainda não está assegurada. A questão ambiental e o alto endividamento bruto da Cesp, cerca de US$ 4,3 bi, estão preocupando os executivos da empresa americana. A decisão final de entrar no leilão só será tomada pela Duke Energy no dia 06.12.2000. Também permanecem no páreo a espanhola Endesa, a francesa EDF e a outra americana AES. (Gazeta Mercantil - 04.12.2000)
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8. Eletrosul investe R$ 140 mi em 2001


O programa de investimentos da Eletrosul para 2001 é de R$ 140 mi, destinados principalmente à realização de obras básicas na transmissão de energia dentro de sua área de atuação - Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Os recursos ainda precisam ser aprovados no Orçamento da União para o ano de 2001. Entre janeiro e outubro de 2000, a Eletrosul investiu R$ 26 mi, sendo que R$ 5,3 mi foram aplicados na construção da subestação de Itá. O processo de tele-processamento digital e a automação das subestações consumiu outros R$ 5,4 mi e a repotencialização e recapacitação mais R$ 1,9 mi, nos quatro estados. O total de investimentos pode chegar a cerca de R$ 40 mi se as obras da subestação de Londrina avançarem até o final de dezembro de 2000. O gargalo do sistema de transmissão de energia na região da Eletrosul é a interligação Sul - Sudeste. O ponto crítico decorre da vocação da região Sul, tradicional exportadora de energia para o resto do País. Além do seu potencial hidráulico natural, a região é passagem obrigatória para a energia importada dos países do Mercosul, de acordo com o presidente da Eletrosul, Cláudio Ávila da Silva. (Gazeta Mercantil - SC - 04.12.2000)
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9. Light revisa seus resultados


A Light apresentou, dia 01.12.2000, dados revisados sobre seus resultados. As mudanças decorrem, principalmente, da reavaliação nas estimativas das taxas de câmbio. A empresa calculava uma cotação de R$1,850 por dólar para o fim de 2000 e R$ 1,883 para 2001. Segundo as novas estimativas, os valores devem ficar em R$ 1,930 e R$ 2,050, respectivamente. A empresa registrou perdas de R$ 59 mi ou US$ 2,28 por mil ações no terceiro trimestre, frente aos US$ 7,48 por mil ações de prejuízo no mesmo período do ano passado. A estimativa da empresa era de prejuízo de US$ 6,19 por mil ações no terceiro trimestre de 2000. Apesar deste resultado, o desempenho operacional da Light foi considerado abaixo do esperado. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA) ficou em US$ 69 mi, frustrando as expectativas de US$ 88 mi. A estimativa do EBTIDA para 2000 caiu 2,6%, ficando em US$ 427 mi. Isso reflete, principalmente, os baixos resultados operacionais no terceiro trimestre. Para 2001, a expectativa para o EBTIDA caiu de US$ 575 mi para US$ 546 mi. O prejuízo por ação, para o ano de 2000, deve ser de US$ 7,13, quando o esperado era um resultado negativo de US$ 6,98. Para 2001, a previsão de lucro por ação também recuou de US$ 7,22 para US$ 4,92. (Gazeta Mercantil - 04.12.2000)
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10. EDP vai investir mais US$ 1 bi no Brasil


A EDP, após ter destinado a maior parte do US$ 1,3 bi de investimentos no País à compra de participações em distribuidoras, agora vai concentrar-se na comercialização de energia, intermediação entre as pontas vendedora e compradora no futuro mercado livre. Mesmo assim a EDP não pretende desfazer-se de seus ativos. Por isso, ao mesmo tempo em que constitui a empresa comercializadora Enertrade, projeta investimentos locais de pelo menos US$ 1 bi até 2005. Os recursos fazem parte de seu planejamento qüinqüenal, cujas linhas gerais acabam de ser aprovadas em Lisboa. Os recursos orçados serão destinados exclusivamente à construção de usinas hidrelétricas e termelétricas, cuja capacidade instalada pode totalizar 4 mil MW. Mas isto não significa que o grupo descarta a compra de posições em outras empresas (Gazeta Mercantil - 04.12.2000)
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11. EDP quer assumir controle de empresas brasileiras


O presidente do Conselho de Administração da EDP, Francisco Sánchez, disse que a empresa também pretende assumir o controle acionário das companhias em que mantém participação no Brasil. "Assim como a Oferta Pública de Ações que realizamos na semana passada para a Bandeirante Energia, pretendemos, se possível, assumir o controle das empresas que mantemos participações no Brasil", afirmou. Além da Bandeirante Energia, em que subiu sua participação de 17% para 50% da ações, a EDP é acionista também da Cerj, Escelsa e da Enersul. "Estamos interessados em parcerias com os proprietários de usinas hidrelétricas que já foram licitadas e estão em processo de construção", afirmou Eduardo Bernini, presidente da EDP Brasil. Atualmente, a empresa gera somente 5% da energia que distribui no mercado brasileiro. "Nossa meta é gerar de 30% a 45% da energia que distribuímos no País em cinco anos", disse. Hoje, a EDP gera 177 MW no País e, até 2002, deverá adicionar outros 850 MW. (Estado - 01.12.2000).
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12. Elétricas espanholas se preparam para viver sem CTC


As companhias elétricas espanholas já analisam como será sua situação com a eliminação dos chamados Custos de Transição à Competição (CTC), sistema de ajuda às empresas que teoricamente iria garantir ingressos de US$ 6,9 bi nos próximos dez anos custeados pela tarifa aos consumidores. A Comissão Européia que estuda ajudas de estado, recomendou a eliminação do acréscimo de 4,5% nas tarifas de energia que vem sendo aplicado aos usuários desde 1998. (El País - 04.12.2000)
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13. México não privatizará estatal elétrica


Em seu discurso de posse, Vicente Fox, novo presidente do México, reiterou que não privatizará o monopólio estatal da Petróleos Mexicanos (Pemex) nem a estatal Comissão Federal de Eletricidade, a maior das estatais que controla a produção e distribuição da eletricidade no país. De acordo com o presidente mexicano, a Comissão Federal de Eletricidade, não será privatizada, mas há planos de promover uma abertura para a iniciativa privada. (Gazeta Mercantil - 04.12.2000)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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