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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 536- 29 de novembro de 2000
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Aneel divulga mudanças de regulamentação
02. Aneel anuncia as empresas habilitadas para o leilão de hidrelétricas
03. Aneel divulga preço mínimo de 11 hidrelétricas para leilão
04. Leilão de hidrelétricas será por sistema viva-voz
05. BNDES pode financiar compra de estatais
06. Resolução da Universalização de Energia deve sair ainda em 2000
07. Light prevê desempenho positivo com tarifa casada
08. Itaú pode ganhar controle da Copel
09. Elétricas têm o maior lucro da Bovespa
10. Celesc será desdobrada em 2001
11. Duke é tida como favorita no leilão da Cesp Paraná
12. Licença para reservatório preocupa investidores da Cesp
13.
Paraná recebe US$ 600 mi para termelétrica
14. Espanha pretende cortar subsídio
15. Gener anuncia processo contra AES
16. Endesa rompe monopólio da EDF
17. El Paso planeja expansão




1.Aneel divulga mudanças de regulamentação


A Aneel divulga, dia 29.11.2000, as principais mudanças feitas na resolução que estabelece nova regulamentação para o setor elétrico. Dentre elas, estão a obrigatoriedade das concessionárias de enviar contratos de adesão aos consumidores de energia elétrica, estabelecendo direitos e deveres de ambas as partes. Além disso, a resolução prevê redução do prazo de atendimento para os pedidos de ligação das unidades consumidoras, que cairá de cinco para três dias. A resolução também vai estabelecer o fim da cobrança retroativa por falhas da empresa de energia. Sem a resolução, a cobrança poderia ser feita até seis meses após a verificação do problema. Também estabelece que cobranças indevidas pela concessionária sejam devolvidas em dobro pela distribuidora. A concessionária também passará a ter a obrigação de oferecer até seis datas de vencimento para as faturas, com intervalo de cinco dias entre cada data. Também ficam obrigadas a criar um número gratuito para atendimento aos consumidores. Por fim, o trabalhador rural passará a ter desconto de 50% na tarifa de energia elétrica. Médios consumidores, como pequenos estabelecimentos comerciais, por exemplo, passarão a ter o direito de escolher o nível de tensão do fornecimento de energia. Essas mudanças fazem parte de longo processo de consulta pública realizada pela Aneel, no sentido de criar uma nova resolução, que vai substituir a antiga portaria 466/97, e a regulamentação do setor elétrico. (JB - 29.11.2000)

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2. Aneel anuncia as empresas habilitadas para o leilão de hidrelétricas


A Aneel divulga, dia 29.11.2000, a partir das 15h, os nomes das empresas que depositaram a garantia de proposta para participar do leilão do potencial hidráulico de 11 usinas. O pregão será realizado dia 30.11.2000, na BVRJ. (Agência Brasil - 29.11.2000)
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3. Aneel divulga preço mínimo de 11 hidrelétricas para leilão


A Aneel divulgou, dia 28.11.2000, os valores dos lances mínimos para o leilão de 11 usinas hidrelétricas, que acontecerá dia 30.11.2000. O lance mínimo para a Usina Picada (50 MW) será de R$ 149 mil por ano. A Usina Murta (120 MW) terá lance mínimo de R$ 320 mil anuais e a Usina Barra do Braúna (39 MW) será de R$ 122 mil por ano. Para Itaocara (195 MW), o lance mínimo será de R$ 607 mil anuais e a usina de Bocaina (150 MW) terá R$ 1,3 mi. A usina de Espora (32 MW) terá preço mínimo de R$ 122 mil por ano. Já o complexo energético Capim Branco, com duas usinas 240 MW e 210 MW, terá lance mínimo de R$ 1,6 mi por ano e o complexo Rio das Antas, com três usinas, sendo duas de 130 MW e uma de 100 MW, R$ 955 mil por ano. Os grupos que permaneceram na disputa deverão depositar dia 29.11.2000, até as 15h, na CBLC as garantias e propostas. (FolhaNews - 28.11.2000)
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4. Leilão de hidrelétricas será por sistema viva-voz


A Aneel informou que o leilão para construção e exploração de 11 hidrelétricas em Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, previsto para o dia 30.11.2000, será em sistema de viva-voz e a disputa entre as proponentes será travada com lances mínimos de R$ 10 mil. A Aneel divulgou também a decisão de sua diretoria de não acatar os recursos interpostos por três consórcios inabilitados na licitação para construção e exploração das 11 usinas. O consórcio Capim Branco - constituído pelas empresas Brascan Energética S.A., Construtora Queiroz Galvão e Voith -, a Companhia Tecidos Norte de Minas (Coteminas), a Companhia de Cimento Portland Itaú e o consórcio Construtora Gomes Lourenço/ Tejofran/Telar não poderão participar do leilão. (Estado - 29.11.2000)
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5. BNDES pode financiar compra de estatais


O presidente do BNDES, Francisco Gros, admitiu pela primeira vez que o banco pode vir a financiar empresas nacionais interessadas em participar dos leilões das grandes geradoras federais de energia elétrica (Furnas, Chesf e Eletronorte), previstos para o ano de 2001. Mesmo ressalvando que, no caso de Furnas, a idéia é pulverizar seu controle, Gros disse: "Se tiver um grande grupo nacional interessado, pode ser que o BNDES estude algum apoio. O que estamos tentando fazer é criar uma grande empresa nacional nesse setor, mediante a pulverização das ações de Furnas". Essas declarações contrariam a posição anterior do BNDES, que já havia anunciado que não haveria financiamento para a compra das geradoras. (Folha - 29.11.2000)
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6. Resolução da Universalização de Energia deve sair ainda em 2000


A resolução da Aneel que cria o programa "Luz Para Todos", o programa de universalização do fornecimento de energia para todo o País, deverá ser publicada no DOU ainda em 2000. O diretor da Aneel, José Mário Abdo, afirmou que 94,5% da população brasileira é abastecida de energia e que o programa pretende atender os 5,5% restantes que não possuem o benefício. "Em cinco anos, vamos identificar esse universo de pessoas que não são abastecidas e vamos reduzir esse número a zero", disse. Segundo a resolução, os custos para que a eletricidade chegue a 100% dos lares brasileiros terão de ser arcados pelas concessionárias de energia. Por isso, está em estudo a formação de um fundo pelas concessionárias para angariar recursos não apenas para a implantação dos novos sistemas, como também para o desenvolvimento de novas fontes energéticas, como a solar e a eólica. Abdo enfatizou que a política de universalização do serviço está sendo formulada e decidida pelo governo federal e pelo Congresso Nacional. (Agência Estado - 28.11.2000)
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7. Light prevê desempenho positivo com tarifa casada


A Light espera contabilizar em 2001 não só os efeitos positivos do aumento tarifário de 16,7%, autorizado no 06.11.2000, como também da melhor administração de custos. Isso porque a elevação dos preços de Furnas (3,6%), da qual a companhia compra cerca de 58% da energia requerida, passou a ocorrer no mesmo período. Segundo o superintendente de Relações com Investidores da Light, Paulo Renato Marques, a postura da Aneel, de fazer coincidir os reajustes, mostra o bom relacionamento das companhias energéticas com o governo. (Agência Estado - 29.11.2000)
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8. Itaú pode ganhar controle da Copel


O Banco Itaú, que pagou R$ 1,625 bi pelo controle do Banestado no dia 18.10.2000, aguarda uma solução do Tesouro do estado do Paraná para pagamento de uma caução de R$ 415,731 mi, em títulos públicos, que vencerá no dia 31.12.2000. Os títulos foram alvo da CPI dos Precatórios e o governo do Paraná, para dar continuidade ao processo de privatização do banco, dentro do Programa de Reestruturação do Sistema Financeiro Estadual, deu em garantia à dívida ações da Copel, equivalentes a 30% do capital. Dessa forma, se o Tesouro estadual não honrar a dívida, o Itaú poderá assumir quase o controle da Copel por uma quantia que se aproxima de 10% do valor patrimonial da empresa na Bovespa. O secretário da Fazenda do Paraná, Ingo Hüppert, afirmou não haver risco de o estado perder o controle da empresa. "Estamos em negociação com os municípios e estados que lançaram os títulos". (Gazeta Mercantil - 29.11.2000)
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9. Elétricas têm o maior lucro da Bovespa


O Índice de Energia Elétrica (IEE), que reúne os papéis do setor, acumula alta de 14,1% no ano, até o dia 27.11.2000, enquanto o Ibovespa amarga desvalorização de 18%. A expectativa de retomada do programa federal de privatização e os bons resultados do setor movimentam os negócios. As ações preferenciais da Cesp Paraná são o grande destaque, com alta de mais de 140% no ano. (Gazeta Mercantil - 29.11.2000)
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10. Celesc será desdobrada em 2001


O presidente da Celesc, Francisco Küster, anunciou, dia 28.11.2000, em Chapecó, que a estatal deverá sofrer uma cisão em 2001, se dividindo entre uma empresa de geração e outra de distribuição. Küster informou que, dia 29.11.2000, terá uma reunião com o governador Esperidião Amin onde vai discutir um novo modelo de gestão para a Celesc. Ele ressaltou que a empresa precisa adotar um modelo mais ágil e eficaz para dar conta de um aumento de 7,3% no consumo anual de energia. Atualmente, a demanda estadual é de 2,2 mil MW. (Diário Catarinense - 29.11.2000)
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11. Duke é tida como favorita no leilão da Cesp Paraná


A norte-americana Duke Energy é a favorita para vencer a disputa pela Cesp-Paraná no leilão de privatização da companhia, de acordo com analistas que consideram que a agressividade do grupo na compra da Cesp Paranapanema no ano passado o credencia como favorito. De acordo com especialistas no setor de energia, a Paranapamena tem uma grande sinergia com a bacia hidrográfica da Cesp-Paraná, o que explica o interesse da Duke. Mesmo com o favoritismo da Duke, o mercado espera que outras duas norte-americanas entrem firme na disputa pela Cesp-Paraná: a Southern Electric e a AES. (FolhaNews - 28.11.2000)

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12. Licença para reservatório preocupa investidores da Cesp


Faltando uma semana para o leilão de privatização, a Cesp Paraná ainda aguarda a licença ambiental para elevar o nível do reservatório da Usina de Porto Primavera. A licença é uma das principais preocupações dos interessados na Cesp, que temem problemas com o Ibama no futuro. A expectativa do governo é a de que a licença saia até o leilão. A licença permitirá elevar o nível do reservatório da cota de 253 metros para 257 metros acima do nível do mar. Segundo o diretor de Meio Ambiente da Cesp, Daniel Salati, a licença foi pedida em agosto, quando o Ibama começou a fazer as análises e as inspeções. (Valor - 29.11.2000)

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13. Paraná recebe US$ 600 mi para termelétrica


O Paraná está recebendo investimentos de US$ 600 mi para a construção de mais uma usina termelétrica, programada para entrar em operação no final de 2003. O empreendimento, chamado Cofepar (Conversora de Fertilizante e Energia do Paraná), terá potência instalada de 653 MW e vai produzir 190 toneladas/hora de vapor e 100 mil toneladas por ano de sulfato de amônia. O investimento resulta de parceria entre o Public Service Enterprise Group (PSEG), responsável por 75% do investimento; a Petrobrás, com 20%, e Ultrafértil, com 5%. De acordo com Hector Rocha, presidente da Cofepar e gerente do projeto na PSEG, 40% dos recursos serão financiados pelo BNDES e outros 20% pelos fornecedores dos equipamentos. Os 40% restantes serão colocados pelos próprios sócios. (Valor - 29.11.2000)
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14. Espanha pretende cortar subsídio


O governo espanhol pretende eliminar uma sobretarifa de 4,5% que aplica, desde 1997, para compensar as empresas do setor pelo aumento da competição. Os custos de transição à competição (CTC) ascendem a US$ 6,7 bi, dos quais as empresas investiram US$ 1,86 bi. A supressão do subsídio não supõe o fim dos CTC, que se calculam no final de cada ano em função do preço que as empresas empregaram para vender a energia. O que se estuda é o fim do "adiantamento" que permite as companhias cobrarem esse 4,5% no recibo das contas de luz, a margem da evolução do mercado, como agora acontece. (El País - 29.11.2000)
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15. Gener anuncia processo contra AES


O presidente da Gener, Bruno Philippi, reagiu à acusação de abuso de poder que o representante da AES fez ante a Superintendência de Valores e Seguros chilena (SVS) em meados de novembro contra a sua administração. De acordo com o Philippi, a AES está promovendo uma " violenta campanha de desprestígio" contra ele e contra a administração da Gener. O problema originou-se com uma acusação da AES de que a presidência da Gener estaria retardando o envio das tabelas de instrução aos acionistas da ADR, com o objetivo de que estes últimos tenham menos tempo para exercer seu direito a voto. (Estrategia - Chile - 28.11.2000)
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16. Endesa rompe monopólio da EDF


A Endesa será a primeira empresa estrangeira a desafiar o reinado de 54 anos da EDF na França. A companhia espanhola comprou 30% da Societe Nationale d'Electricite et de Thermique em novembro, com uma opção de comprar a maioria das ações posteriormente. Com a compra da Snet, contratos de fornecimento e possíveis trocas de ativos, a Endesa pretende entrar no mercado francês. (Bloomberg - 29.11.2000)
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17. El Paso planeja expansão


A El Paso Energy pretende expandir suas operações de trading na Europa e fazer aquisições seletivas para respaldar seu crescimento. A companhia, que está adquirindo a Coastal Corporation, empresa de energia com sede em Houston, por US$ 16 bi, já comercializa gás em Londres. Em breve passará à vender eletricidade e derivativos financeiros associados a gás e eletricidade. (Financial Times - 28.11.2000)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

Leonardo Weller - Economista

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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