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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 533- 24 de novembro de 2000
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Distribuidoras não deverão ter aumento tarifário
02. Governo volta a estudar privatização de Furnas
03. Aneel firma convênio para estimular pesquisa
04. BNDES investe em energia
05. Abastecimento no RS continua com problemas para o verão
06. Governo de MG dá o primeiro passo para privatizar a Cemig
07. Analistas internacionais apostam em grande disputa no leilão da Cesp Paraná
08. CSN deve vender participação na Light ainda em 2000
09. EDF está mais perto de se tornar a única dona da Light
10. Recompra de ações da EBE facilita a cisão dos ativos
11. Itá está quase pronta
12. EDP cria holding e repassa poder de decisão para SP
13.
Cemig vende energia pela Internet
14. Gamesa investirá US$140 mil em energia eólica no RJ
15. Endesa concorre pela Cesp Paraná
16. Portugal quer reservar parte da OPD da Galp para EDP

 

 




1. Distribuidoras não deverão ter aumento tarifário


As distribuidoras de energia elétrica do País enviaram às principais autoridades econômicas brasileiras um pedido de aumento tarifário de 9%. A solicitação deverá ser negada, principalmente em função da elevação de 11% do preço dos combustíveis. Além disto, o governo está mais tranqüilo em relação ao abastecimento de energia elétrica, pois choveu bastante e o projeto de termelétricas, até então encalhado, começou a andar. Na última semana de novembro, executivos da El Paso, Enron e Duke Energy comunicaram ao Ministério das Minas e Energia seus projetos de termelétricas, investimentos que envolvem US$ 800 mi. (Folha - 24.11.2000)

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2. Governo volta a estudar privatização de Furnas


O governo federal volta a estudar a possibilidade de separar Furnas da Eletrobrás no início de 2001 para lançar ações da empresa em Bolsa. Este assunto deverá ser discutido nas próximas reuniões do Conselho Nacional de Desestatização. (Folha - 24.11.2000)
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3. Aneel firma convênio para estimular pesquisa


Foi assinado, dia 24.11.2000, na sede da Aneel, um convênio entre a Aneel e o CNPQ, no valor de R$ 6 mi, com duração de cinco anos, para estimular a realização de atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico. (Globo - 23.11.2000)
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4. BNDES investe em energia


Em Seminário apresentado na UFRJ, dia 23.11.2000, o Chefe do Departamento de Operações de Energia Elétrica do BNDES, Carlos Haude, afirmou que o banco estima contratar operações ligadas ao setor energético no valor de R$ 4,973 bi, entre os anos de 2000 e 2001. Haude também afirmou que hoje o BNDES tem em sua carteira operações de hidrelétricas, ainda em análise e equadramento, que correspondem à um potencial de geração de 3.789 MW. As operações em perspectiva no banco possuem um potencial ainda maior, de 16.877 MW, incluindo a UHE de Belo Monte. (Provedor Eletrobrás/UFRJ - 24.11.2000)
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5. Abastecimento no RS continua com problemas para o verão


Mesmo com o aumento da oferta, o abastecimento no Rio Grande do Sul continuará frágil no verão. O estado irá contar com mais 200 MW. A Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) vai instalar um banco de capacitores na subestação de Gravataí 2, orçado em R$ 5,9 mi, e a Eletrosul vai deslocar um reator de Itá para Santo Ângelo, a um custo estimado de R$ 800 mil. Segundo a secretária estadual de Energia, Minas e Comunicações, Dilma Rousseff, as medidas garantem o suprimento para o verão, mas sem margem de reserva. De acordo com Dilma, o consumo máximo será atendido, mas não será possível segurar contingências, como queima de transformadores ou quedas de linhas de transmissão, ou seja, o Rio Grande do Sul ainda não saiu da condição emergencial. A Aneel se comprometeu a dar ao Estado, até 01.12.2000, uma solução para o verão 2001/2002, que também está ameaçado, segundo a secretária. A solução efetiva é a construção de uma linha de transmissão de 252 quilômetros entre Itá e Farroupilha, e a instalação de uma nova subestação em Farroupilha. A obra, estimada em R$ 150 mi, garantiria a entrada de mais 700 MW no Estado. Como precisaria estar pronta até dezembro de 2001, necessitaria dispensa de licitação, o que a Aneel resiste em conceder. (Zero Hora - 24.11.2000)
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6. Governo de MG dá o primeiro passo para privatizar a Cemig


O líder do governo no Legislativo de Minas Gerais, Sávio Souza Cruz, deu, dia 23.11.2000, o primeiro passo para o início do processo de privatização do setor de distribuição da Cemig. O deputado apresentou uma emenda à Constituição do estado tornando indisponíveis as ações ordinárias das futuras companhias de geração e transmissão da empresa e deixando de fora a área de distribuição. O projeto antecipa a privatização de parte da Cemig que o governador Itamar Franco admitiu fazer depois que a empresa for dividida em três companhias independentes, por imposição da Aneel. (Estado de Minas - 24.11.2000)
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7. Analistas internacionais apostam em grande disputa no leilão da Cesp Paraná


Os analistas estrangeiros estão prevendo uma grande disputa pela Cesp Paraná, cujo leilão de privatização está marcado para o dia 06.12.2000. Uma série de fatores deve atrair várias empresas estrangeiras para o leilão e os analistas acreditam que o governo deverá vender com ágio significativo a estatal paulista geradora de energia. De acordo com analistas o preço mínimo de R$ 1,73 bi é baixo e a empresa poderá ser vendida com o ágio superior a 80%. (Estado - 24.11.2000)
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8. CSN deve vender participação na Light ainda em 2000


O gerente-geral de Relações com Investidores da CSN, José Marcos Treiger, disse, dia 23.11.2000, que a companhia "muito provavelmente" venderá ainda em 2000 sua participação acionária na Light, considerada pela empresa como não-estratégica. Ele comentou, no entanto, que a decisão não está atrelada à conclusão do processo de descruzamento de participações entre a CSN e a Vale do Rio Doce. "São processos completamente independentes", garantiu. (Estado - 23.11.2000)
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9. EDF está mais perto de se tornar a única dona da Light


A Light tinha, até 21.11.2000, quatro sócios: além da EDF, com 20,69% de participação, havia a CSN, com 7,32%, a Reliant Energy, com 11,46%, e a AES, com 11,46%. Depois de comprar a parcela da Reliant, a EDF se prepara para comprar a fatia da CSN. O que tem emperrado a operação é o valor que os franceses teriam que pagar à siderúrgica pelas ações da Light. A venda de 1,6 bilhão de ações da Reliant Energy na Light, aprovada pela Aneel do dia 21.11.2000, vai influir na cotação do lote de 1,02 bilhão de ações em poder da CSN, que vêm sendo negociadas com os franceses. (O Globo - 24.11.2000)
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10. Recompra de ações da EBE facilita a cisão dos ativos


Os sócios majoritários da EBE conseguiram recomprar 95% das ações da companhia que estavam no mercado, em leilão realizado dia 23.11.2000, na Bovespa. Segundo Renato Tranjan, diretor de mercado de capitais do banco UBS Warburg, responsável pela operação, o leilão somou R$ 590 mi. Foram recompradas 26,6 bilhões de ações, tanto preferenciais (PN) como ordinárias (ON). Tranjan afirma que tanto a Draft I como a Enerpaulo, sócios da EBE, mantiveram suas posições, de 44% e 56% do capital da empresa, respectivamente. A Draft I é controlada pela CPFL e a Enerpaulo pertence à EDP. Os dois sócios são se entendem e já deixaram público que irão separar seus ativos. (Valor - 24.11.2000)
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11. Itá está quase pronta


Quase 30 anos depois de iniciados os primeiros estudos para sua instalação, a Usina Hidrelétrica Itá, localizada na cidade do mesmo nome, em Santa Catarina, e em Aratiba, no Rio Grande do Sul, está quase pronta. Em fevereiro de 2001, a hidrelétrica passará a operar com sua carga máxima de 1.450 MW, o que reduzirá os riscos de racionamento de energia no Sul do país. O projeto custou R$ 1,2 bi. Parte foi financiada pelo BNDES e o restante de capital próprio dos investidores. Concluído em cinco anos, é o resultado concreto da primeira aplicação da legislação que permitiu parceria entre os setores público e privado para a conclusão das obras de geração hidráulica. Essa abordagem inédita culminou com sua privatização, em 1998, quando o grupo belga Tractebel assumiu o controle da Gerasul. (Valor - 24.11.2000)

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12. EDP cria holding e repassa poder de decisão para SP


A EDP está se reestruturando no país, com a criação de uma holding que vai administrar todas suas companhias. A EDP controla hoje a Bandeirante de Energia, a Escelsa e a Enersul. Tem participação acionária na Cerj e na construção da hidrelétrica de Lajeado. Para a criação da holding, presidida por Eduardo Bernini, chega ao Brasil no dia 01.12.2000 o presidente mundial da EDP, Francisco Sanchéz, que assumiu recentemente o cargo. A nova estrutura transfere para São Paulo o poder de decisão sobre as atividades locais. (Valor - 24.11.2000)
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13. Cemig vende energia pela Internet


Dia 23.11.2000, a Cemig realizou a primeira venda de energia para grandes clientes, através da Internet. Desde o final de outubro de 2000, já está disponível o site que permite aos grandes clientes, comprar energia e contratar serviços da empresa, via WEB. A Cemig é a primeira empresa do setor elétrico brasileiro a efetivar a venda real de energia através da WEB. Além de comercializar energia, o novo site, criado para atender aos grandes clientes, oferece vários serviços e informações através do endereço www.energiacemig.com.br . (Último Segundo - 24.11.2000)
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14. Gamesa investirá US$140 mil em energia eólica no RJ


A espanhola Gamesa Eólica, controlada pela Iberdrola e pelo banco Bilbao Viscaya, assinou nesta quinta-feira acordo que prevê investimentos de US$ 140 mil na construção de 12 medidores de potencial de ventos em vários municípios do Estado do Rio. A previsão do secretário de Energia, Industria Naval e Petróleo, Wagner Victer, é que em um ano o Rio já terá dados concretos para viabilizar a instalação de parques de geração de energia eólica. (Gazeta Mercantil - 23.11.2000)
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15. Endesa concorre pela Cesp Paraná


Dia 23.11.2000, a Endesa anunciou a sua intenção de adquirir o controle da Cesp Paraná, que será privatizada em dezembro. A Endesa irá competir com cinco grupos: AES, Duke Energy, Southern Electric, EDF e EDP. Depois do processo de integração, a Endesa-Iberdrola pretende reforçar sua presença na Europa, Estados Unidos e México, com a intenção de alcançar uma capacidade de geração de 70.000 MW em todo o mundo até 2006. (El País - 24.11.2000)
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16. Portugal quer reservar parte da OPD da Galp para EDP


O Governo de Portugal quer reservar para a EDP uma parcela dos 21% do capital da Galpenergia que estão destinados à oferta pública de distribuição (OPD). Essa operação está prevista para o primeiro semestre de 2002. As intenções do governo português são atenuar as críticas à venda dos 33,34% da Galpenergia à ENI, que lhe conferiu uma minoria de bloqueio, e servir de aviso aos movimentos de concentração entre os italianos e os espanhóis da Repsol. (Diário Econômico - Portugal - 24.11.2000)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

Leonardo Weller - Economista

João Paulo Cuenca - Economista

Equipe de Pesquisa Nuca-IE-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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