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IFE - INFORME ELETRÔNICO nº 531- 22 de novembro de 2000
Editor: Prof. Nivalde J. Castro



01. Equilíbrio na demanda por energia reduz urgência por térmicas
02. Mudam as regras para PCHs
03. Fundo cobrirá risco cambial para hidrelétricas
04. Setor energético receberá investimentos de US$ 6 bi
05. Tourinho discute plano de conservação de energia
06. Dívida de Furnas fora das tarifas
07. CE abre edital para turbinas eólicas
08. Itamar pretende dividir Cemig
09. Eletropaulo vende esqueleto da JK
10. Celpe destina R$ 15 mi à eletrificação
11. Enron constrói térmica no RJ
12. Chesf deixará de armazenar ascarel em AL
13.
Celpe reserva R$ 5,6 mi para processos
14. Metalúrgica estuda térmica a carvão de US$ 800 mi
15. Consumo de energia aumenta na Espanha

 




1. Equilíbrio na demanda por energia reduz urgência por térmicas


Uma série de fatores como antecipação de cronogramas de obras de usinas hidrelétricas e até mesmo uma hidrologia mais favorável estariam contribuindo para manter o equilíbrio entre oferta e demanda, o que, na avaliação do economista da área de Projetos de Infra-estrutura do BNDES, Daniel Paiva de Oliveira, diminui a necessidade de implantação das térmicas. De acordo com Oliveira, "Esses investimentos deixaram de ser urgentes, embora continuem sendo prioritários". Segundo o economista, os níveis de déficit de abastecimento recuaram significativamente diante dos esforços de melhorar a eficiência das usinas hidroelétricas em operação. (Gazeta Mercantil - 22.11.2000)

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2. Mudam as regras para PCHs


A proposta apresentada pela Eletrobrás, dia 21.11.2000, estabelece que o valor de venda da energia seria superior ao valor normativo das PCHs, de cerca de R$ 78,00 por MW. Esse cálculo considera uma fórmula com parte da energia vendida nos contratos de garantia, os chamados Power Purchase Agreement, PPA, e outra parcela comercializada no mercado "spot" de eletricidade. A Eletrobrás quer estimular a implantação das PCHs em conjunto com o BNDES. O objetivo do governo é que os contratos de PPA assinados entre a Eletrobrás e as empresas produtoras de energia sirvam de lastro para o financiamento do BNDES, que deverá entrar com até 80% do valor do projeto. (Valor - 22.11.2000)
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3. Fundo cobrirá risco cambial para hidrelétricas


O governo federal não vai adotar a política de reajustes trimestrais para o gás natural como forma de cobrir o risco cambial dos investidores, um dos pontos pendentes para a obtenção de investimentos privados para o PPT. A alternativa será a criação de um fundo formado com recursos dos próprios investidores e que está sob análise do BNDES. O fundo vai cobrir o risco cambial para 70% de cada projeto do programa, que prevê a construção de 54 usinas térmicas com geração de mais de 12 mil MW. O BNDES ainda não decidiu o valor da parcela de contribuição para a composição do fundo, informou o diretor do Departamento Nacional de Desenvolvimento Energético do Ministério das Minas e Energia, Boris Garbati Gorenstein, mas, inicialmente, os recursos poderão chegar a US$ 180 mi por ano, de um total US$ 6 bi de investimentos previstos para o programa ao longo de 20 anos. (JB - 22.11.2000)
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4. Setor energético receberá investimentos de US$ 6 bi


O diretor do Departamento Nacional de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Boris Garbati Gorenstein, disse, dia 21.11.2000, que grupos privados vão investir US$ 6 bi na construção de 54 usinas térmicas no País, entre 2001 e 2003. Segundo Gorenstein, essas térmicas serão construídas em 18 Estados e, quando em operação total, vão consumir 47 milhões de metros cúbicos diários de gás natural e produzir 12 mil MW. Segundo o diretor, o BNDES vai financiar até 100% de bens e serviços nacionais para os empreendimentos, ao custo de TJLP mais juros de 3% a 4% ao ano. Gorenstein também previu que nos próximos dois anos será necessária a construção de 8 mil quilômetros de linhas de transmissão, que demandarão investimentos de aproximadamente US$ 1 bi para o transporte de energia. (Estado - 21.11.2000)
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5. Tourinho discute plano de conservação de energia


O ministro de Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, reúne-se, dia 22.11.2000, com representantes da Petrobrás e da Eletrobrás, para tratar de conservação de energia. Depois recebe integrantes da Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE). (Último Segundo - 22.11.2000)
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6. Dívida de Furnas fora das tarifas


A Eletrobrás, Furnas e o MAE estão tentando encontrar uma fórmula para evitar que o pagamento de R$ 360 mi devidos por Furnas às empresas que compraram e não receberam a energia da usina nuclear de Angra 2, não implique em reajuste de tarifas. Essa dívida se refere ao período de setembro de 1999, quando a usina deveria ter entrado em operação. Dia 21.11.2000, os executivos das três empresas se reuniram no Rio para tratar do assunto. O presidente da Eletrobrás, Firmino Sampaio, disse que a proposta que vinha sendo discutida resultava em aumento de tarifas. A Aneel, contudo, determinou que fosse encontrada uma saída que não tivesse impacto para os consumidores. Sampaio disse que as equipes técnicas vão detalhar a questão e a proposta final deverá ser encaminhada à Aneel até 15.12.2000. (O Globo - 22.11.2000)
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7. CE abre edital para turbinas eólicas


O Governo do Estado do Ceará publicou, dia 20.11.2000, edital de concorrência pública internacional para a compra de mais duas superturbinas eólicas com capacidade de geração de 30MV cada, nas cidades de Paracaru e Camocim. O projeto faz parte do convênio com a JBIC e a energia será vendida para a Coelce. (Jornal do Commercio - PE - 21.11.2000)
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8. Itamar pretende dividir Cemig


Após o fim da greve dos trabalhadores da Cemig, o governador Itamar Franco afirmou que em nenhum momento estudou a entrega do controle da Cemig à iniciativa privada. A mudança de discurso do governador de Minas Gerais em relação à sua ameaça de privatizar a Cemig direciona o assunto agora para a divisão da Cemig em empresas distintas de geração, transmissão e distribuição. Em vez de privatizar a companhia, o governo mineiro pretende concentrar seus esforços na negociação com a Aneel para reformular o contrato de desverticalização do sistema elétrico brasileiro, que prevê a divisão da Cemig em seis empresas: quatro de transmissão, uma de distribuição e outra de geração. (Estado de Minas - 22.11.2000)
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9. Eletropaulo vende esqueleto da JK


As obras do prédio JK da Eletropaulo, um "esqueleto" paralisado desde 1994, de 163 mil metros quadrados, localizado na Juscelino Kubistchek com a Marginal Pinheiros, uma das esquinas mais cobiçadas de São Paulo, poderão ser concluídas em parceria entre a distribuidora de energia e a empreendedora que vencer a disputa para comprar o imóvel, orçado em US$ 100 mi, segundo fontes do mercado diretamente ligadas à negociação. (Valor - 22.11.2000)
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10. Celpe destina R$ 15 mi à eletrificação


A Celpe pretende eletrificar quase todo o Estado de Pernambuco antes do prazo estabelecido na minuta da resolução 06/2000 da Aneel, que institui uma meta de universalização. Caso a resolução seja aprovada, os estados deverão estar totalmente iluminados até 2005, enquanto que a Celpe estima cumprir essa meta entre 2002 e 2003. Para isso, a concessionária investirá R$ 15 mi no próximo ano em eletrificação rural, 15% do total aplicado até o final deste ano. Os investimentos representam 2% da receita líquida da empresa, percentual determinado no contrato de concessão da Celpe ao grupo Iberdrola. (Folha de PE - 22.11.2000)
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11. Enron constrói térmica no RJ


A empresa norte-americana Enron iniciará as obras de construção da usina termelétrica Rio Merchant em janeiro de 2001. A usina, que terá capacidade de geração de 355 MW, deverá entrar em operação em agosto de 2001. Ela será instalada no município de Seropédica, interior do Rio de Janeiro. O anúncio do início das obras foi feito, dia 21.11.2000, por dirigentes da empresa norte-americana, em reunião realizada no gabinete do ministro Rodolpho Tourinho. A Enron participa como investidora na construção de outras duas usinas termelétricas no país: A RioGen, em Seropédica, que deve gerar 500 MW, e a Usina Cuiabá 2, com capacidade de produzir 400 MW. (JB - 21.11.2000)

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12. Chesf deixará de armazenar ascarel em AL


A Chesf vai desativar o depósito de ascarel da Usina Apolônio Sales, em Alagoas. Já foi aberta licitação para contratar uma empresa para incinerar o material. O Conselho Estadual de Proteção Ambiental suspendeu pedido de licença de operação, que havia obtido parecer favorável do IMA. (O Jornal - 19.11.2000)
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13. Celpe reserva R$ 5,6 mi para processos


Os processos judiciais movidos por indústrias do Estado obrigaram a Celpe a provisionar R$ 5,676 mi no último trimestre. A companhia responde hoje a dezenas de ações de empresas que questionam a legalidade de reajustes na tarifa de energia elétrica concedidos em 1986, durante a vigência do Plano Cruzado. (Diário de Pernambuco - PE - 21.11.2000)
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14. Metalúrgica estuda térmica a carvão de US$ 800 mi


A Billiton Metais está buscando uma solução para o suprimento de energia a custo competitivo de sua fábrica de alumínio de São Luís (MA). Em 30.06.2004, expira o contrato firmado com a Eletronorte, que vincula a tarifa de energia ao preço do metal do mercado mundial. A fundição faz parte do consórcio Alumar, uma sociedade com Alcoa. Um dos projetos em análise pela Billiton é a construção de uma termoelétrica de 800 MW a carvão-vapor, importado possivelmente da África do Sul. A Billiton é a maior exportadora mundial do produto e detém no país vastas reservas do mineral. Segundo informações do setor, para a térmica ser viável o custo da energia não pode superar US$ 30 o MW. O projeto tem orçamento preliminar de US$ 800 mi. (Valor - 22.11.2000)
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15. Consumo de energia aumenta na Espanha


O consumo de energia elétrica na Espanha cresceu 7,2% entre Julho e Setembro de 2000, de acordo com dados publicados pela Associação Espanhola da Indústria Elétrica (Unesa). O crescimento da demanda foi coberto pelo aumento da produção das elétricas espanholas, que passaram a fornecer 84,8% de toda a demanda durante o terceiro trimestre de 2000, em comparação com o valor anterior de 82,3%. A eletricidade adquirida de produtores em regime especial continuou a crescer em relação ao ano anterior, ao passo que as importações caíram pelo segundo semestre consecutivo. (Diário Econômico - Pt - 21.11.2000)
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Editor: Prof Nivalde J Castro - UFRJ

Leonardo Weller - Economista

Equipe de Pesquisa Eletrobrás-UFRJ

Contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br


As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos de vista da Eletrobrás e da UFRJ.

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