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IFE: nº 4.651 - 04 de outubro de 2018
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Representantes de candidatos à Presidência discutem planos para a Eletrobras
2 CPFL articula com representantes dos presidenciáveis sobre continuação da reestruturação do setor
3 Prioridades do setor elétrico devem ficar para novo governo, em 2019
4 Governo propõe liquidação da energia de quatro térmicas
5 Despacho 'excepcional' de térmica da Enel em Fortaleza custaria R$ 220 mi
6 CCEE: Privilegiar térmicas do PPT acaba com isonomia para agentes na liquidação do MCP
7 CMSE decide desligar UTEs fora da ordem de mérito a partir de sábado
8 Aneel: Suspenso repasse de recursos de fundo (Coner) para distribuidoras
9 Aneel: Obras em Rondônia possibilitarão desligamento de térmicas na região
10 Projeto de lei prevê aumento do uso de energia renovável no país
11 Governo cancela reunião do CNPE por falta de consenso sobre tarifa de Angra 3

Empresas
1 CPFL Energia cria subsidiária, a CPFL Soluções, focada em soluções de eficiência
2 CPFL Energia avaliará compra de ativos em leilão da CEEE
3 State Grid deve fazer nova oferta por ações da CPFL em 2019, aponta Itaú BBA
4 RGE: Conselho da empresa aprova compra de até 122,2 MW médios no leilão A-2
5 Energisa recebe licença de instalação para construção de LT no Pará
6 Ceron receberá R$ 428,7 mi da CCC, possibilitando o desligamento futuro de UTE isoladas
7 Eletronorte: Conselho aprova nome de Luiz Henrique Hamann para presidência da distribuidora

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Eleito deve enfrentar crise energética e pressão tarifária
2 CCEE consumo de eletricidade no Brasil cai 0,6% em setembro
3 CCEE: PLD médio para 2018 sofre redução em função de previsão de chuvas

4 Aneel: Balanço preliminar aponta expansão da geração de 3,3 GW em 2018

5 MME: energia durante as eleições e o Enem será garantida por medidas especiais

6 Governo adia horário de verão para 18 de novembro por causa do Enem

7 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Inovação
1 OMC: Brasil é um dos que mais ganha com inovação
2 Recursos energéticos distribuídos crescem no país

Energias Renováveis
1 Aneel: Autorizada operação comercial de PCH em MG

Gás e Termelétricas
1 GE entrega 4 transformadores para UTE em Sergipe
2 Mais chances para supridores de gás para o Centro-Sul

Economia Brasileira
1 Guardia: Reformas e teto precisam continuar
2 Títulos atrelados à Selic devem crescer e dívida bruta pode superar 84% do PIB

3 CNC: Parcela de endividados fica estável em setembro
4 Dólar ontem e hoje


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Representantes de candidatos à Presidência discutem planos para a Eletrobras

Representantes de candidatos à Presidência da República estiveram reunidos na última semana com o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, para discutir os planos dos presenciáveis para a estatal e ouvir do executivo os projetos em andamento na empresa, segundo fontes com conhecimento do assunto. N na última semana, Ferreira Jr. se reuniu com Luciano de Castro, que integra a equipe de energia de Jair Bolsonaro (PSL), Maurício Tolmasquim, ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e que auxilia no programa de Fernando Haddad (PT) na área de energia, e com um representante de Geraldo Alckmin (PSDB). Nesta semana, o presidente da Eletrobras esteve reunido com representantes da candidatura de Henrique Meirelles (MDB). Nos encontros, Ferreira Júnior também apresentou detalhes do projeto de lei em trâmite no Congresso sobre a venda do controle da empresa. (Valor Econômico – 03.10.2018)

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2 CPFL articula com representantes dos presidenciáveis sobre continuação da reestruturação do setor

O presidente da CPFL disse que a companhia tem interagido com representantes das campanhas dos principais candidatos à Presidência da República e que espera que o próximo governo possa dar continuidade a um movimento de reforma da regulamentação do setor de energia iniciado pela gestão de Michel Temer. “A questão agora é o marco regulatório, que precisa ser endereçado pelo próximo presidente”, afirmou Dorf, para quem o projeto em andamento reúne pontos de convergência entre as empresas e especialistas. “Acho pouco provável, quem quer que seja o eleito, que a gente tenha um redirecionamento completo (da política energética), um cavalo de pau”, adicionou ele. O executivo ainda defendeu que a prioridade para o próximo presidente no setor de energia deve ser a condução de um acordo para encerrar uma longa disputa judicial entre elétricas e governo em torno das regras do chamado “risco hidrológico” na operação de hidrelétricas. (Reuters – 03.10.2018)

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3 Prioridades do setor elétrico devem ficar para novo governo, em 2019

A perspectiva para o avanço da pauta com os temas que interessam ao setor elétrico corre o risco de ficar de lado diante da necessidade do próximo governo em atuar sobre temas mais urgentes. Entre estes estão reforma da Previdência, ajuste fiscal, alterações na reforma trabalhista, questões referentes à segurança pública. Por isso, há uma janela de oportunidade agora no início de outubro, logo depois do primeiro turno das eleições que ocorrem no próximo domingo, 7. Dentre todas as matérias que estão no legislativo brasileiro ligadas ao setor elétrico, a que parece estar mais próxima de ser aprovada é o PLC 77/2018 que trata do PL 10.332. O texto contém a solução para o risco hidrológico. A expectativa é de que na próxima terça-feira, a sessão do Senado Federal possa deliberar sobre o tema e finalmente aprová-lo. (Agência CanalEnergia – 03.10.2018)

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4 Governo propõe liquidação da energia de quatro térmicas

MME surpreendeu ao abrir nesta semana duas polêmicas consultas públicas para viabilizar o funcionamento de termelétricas a gás natural sem contrato, com potencial de repasse de custos milionários aos consumidores. As consultas foram abertas com prazo de apenas quatro dias para contribuições, diante da alegada urgência de uma solução para o problema. As consultas envolvem propostas de repasse ao consumidor dos custos necessários para viabilizar a operação de quatro térmicas a gás que estão com problemas na oferta do combustível: Termofortaleza (da Enel), Araucária (da Copel, com participação da Petrobras), Uruguaiana (AES Tietê) e Cuiabá (JBS). As propostas, que implicam aumento de tarifa viam encargos, surgem justamente no momento em que o ministro Moreira Franco defende a redução tarifária e a adoção de um modelo mais simples para a cobrança da energia, para que o consumidor entenda mais facilmente o que está pagando. (Valor Econômico – 04.10.2018)

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5 Despacho 'excepcional' de térmica da Enel em Fortaleza custaria R$ 220 mi

O despacho "excepcional" da Termelétrica Fortaleza, operada pela italiana Enel, pode custar cerca de R$ 220 mi a mais aos consumidores nos próximos 3 meses, de acordo com cálculos de Sandro Saggiorato, gerente de risco de mercado da Electra Energy. O MME abriu na segunda-feira uma consulta pública para discutir a retomada da operação da UTE, por 90 dias, para reforçar o suprimento de energia no país, especialmente no NE. O empreendimento, que está atrelado a um contrato de longo prazo de venda de energia, está com o funcionamento suspenso devido a um impasse entre a Enel e a Petrobras sobre o fornecimento de GNL. A proposta do MME visa retomar o funcionamento da usina sem resolver, de fato, o conflito sobre o fornecimento de gás. O custo adicional seria arcado pelos consumidores, por meio de ESS. (Valor Econômico – 04.10.2018)

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6 CCEE: Privilegiar térmicas do PPT acaba com isonomia para agentes na liquidação do MCP

A CCEE é contrária à ideia do governo federal de privilegiar as térmicas do PPT para que estas possam operar sem participar do rateio da inadimplência do Mercado de Curto Prazo (MCP). A entidade ainda está se posicionando para participar das consultas públicas que o MME abriu esta semana, mas a ideia é de que o mercado deve atuar de forma isonômica e não privilegiando usinas de forma pontual. “Nós na CCEE somos contra não participarem do rateio da inadimplência porque é uma questão de isonomia”, resumiu executiva da CCEE. (Agência CanalEnergia – 03.10.2018)

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7 CMSE decide desligar UTEs fora da ordem de mérito a partir de sábado

O CMSE decidiu durante reunião nesta quarta-feira desligar as usinas termelétricas fora da ordem de mérito a partir de sábado, informou o MME em comunicado. A decisão foi tomada depois de observada melhora nas condições hidrológicas da região Sul e ofertas competitivas de importação de energia da Argentina e do Uruguai. Formado por membros do governo e técnicos da área de energia, o CMSE garantiu a suficiência do SIN, inclusive durante as eleições e a aplicação do ENEM que acontecem neste mês, e disse que continuará acompanhando as condições de suprimento do sistema em reuniões semanais. (Reuters – 03.10.2018)

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8 Aneel: Suspenso repasse de recursos de fundo (Coner) para distribuidoras

A Aneel decidiu suspender repasses milionários de um fundo para as distribuidoras de energia. A próxima transferência seria realizada nesta semana, um total de R$ 420 milhões, mas a diretoria julgou que não havia respaldo no regulamento para a medida. O órgão regulador também vai instaurar um processo de fiscalização para apurar a conduta da CCEE, entidade sem fins lucrativos que é responsável por viabilizar e gerenciar a comercialização de energia elétrica no País. O dinheiro em discussão está na Conta de Energia de Reserva (Coner), fundo para onde são arrecadados recursos para pagar usinas contratadas em leilões de energia de reserva. (O Estado de São Paulo – 03.10.2018)


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9 Aneel: Obras em Rondônia possibilitarão desligamento de térmicas na região

A Aneel aprovou o enquadramento da Ceron (RO) na sub-rogação dos benefícios do rateio da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). Com a decisão, serão repassados R$ 428,7 milhões para obras em subestações e linhas de distribuição que irão melhorar o fornecimento de energia elétrica nos sistemas isolados e possibilitar o desligamento de até 15 térmicas em Rondônia. A sub-rogação é um incentivo financeiro concedido para estimular a substituição da geração termelétrica com combustíveis derivados de petróleo por outras fontes ou para tornar as usinas térmicas mais eficientes. As obras já foram iniciadas pela região da BR-429. (Agência CanalEnergia – 03.10.2018)

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10 Projeto de lei prevê aumento do uso de energia renovável no país

Projeto de lei em exame na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) aumenta a participação da energia de fontes renováveis na matriz energética brasileira (PLS 712/2015). A proposta inicial do senador Cristovam Buarque (PPS-DF), aprovada na Comissão de Meio Ambiente (CMA), previa a participação destas fontes limpas em, pelo menos, 60% da matriz energética do país até 2040. O relator na CI, senador Lasier Martins (PSD-RS), deixou para o Plano Nacional de Energia a definição do percentual e incluiu na Política Nacional sobre Mudança do Clima o objetivo permanente de aumentar cada vez mais as fontes renováveis na oferta de energia no Brasil. (Agência Senado – 03.10.2018)

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11 Governo cancela reunião do CNPE por falta de consenso sobre tarifa de Angra 3

O governo cancelou a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), marcada para esta semana, e que iria tratar da retomada das obras de Angra 3, diante da falta de consenso sobre o tratamento a ser dado à tarifa. Dada como certo, a reinício das obras da usina nuclear enfrenta um impasse dentro do governo. O MME quer remarcar a reunião para a próxima semana, de forma a viabilizar o leilão para a escolha do parceiro privado em 2019. Segundo fontes, há pelo menos cinco grupos estrangeiros interessados. (O Estado de São Paulo – 03.10.2018)

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Empresas

1 CPFL Energia cria subsidiária, a CPFL Soluções, focada em soluções de eficiência

A CPFL Energia decidiu reunir sob um único braço todas suas atividades não reguladas de serviços e soluções do grupo, como comercialização, eficiência energética, inovação e geração distribuída. Ao lançar a CPFL Soluções, o grupo tem como objetivo aumentar a captura de oportunidades por meio de uma equipe comercial única, que vai identificar e dar o diagnóstico para a necessidade de cada consumidor, explicou André Dorf, presidente do grupo, em evento para apresentar a companhia para a imprensa. Essas atividades somam um faturamento próximo de R$ 4,5 bilhões por ano, disse Karin Luchesi, vice-presidente de operações comerciais da CPFL Energia. A companhia integrou, desde o começo do ano, as áreas comerciais e técnicas das empresas de prestação de serviços, e lançou agora a nova marca que vai incluir as atividades da CPFL Brasil, CPFL Eficiência e CPFL Serviços. (Valor Econômico – 04.10.2018)

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2 CPFL Energia avaliará compra de ativos em leilão da CEEE

A CPFL Energia, controlada pela chinesa State Grid, vai avaliar ativos que deverão ser colocados à venda brevemente pela CEEE, disse o presidente da empresa, André Dorf, nesta quarta-feira, 4 de outubro. A CEEE comunicou na véspera que prepara um leilão para negociar participações minoritárias em empreendimentos de geração e transmissão de energia, avaliadas em quase R$ 1 bilhão. “Vamos avaliar seriamente”, disse Dorf, ao ser questionado sobre eventual interesse na aquisição dos ativos. A CPFL é sócia majoritária em alguns dos negócios em que a CEEE pretende vender suas fatias, como as hidrelétricas Foz do Chapecó e Campos Novos, em Santa Catarina, com 855 MW e 880 MW em capacidade, respectivamente, e a Ceran, que opera três usinas hídricas no Rio Grande do Sul num total de 360 MW. O processo de desinvestimento da CEEE, que acontecerá por meio de um leilão sem data definida, observará o direito de preferência dos atuais sócios, segundo informado anteriormente pela companhia. Questionado sobre a possibilidade de a CPFL exercer o direito de preferência nos ativos em que tem participação, Dorf não quis entrar em detalhes. “É muito cedo, mas temos interesse em avaliar (os ativos)”, afirmou André Dorf. A CPFL possui uma capacidade instalada de geração de 3,28 GW, dos quais 61% provenientes de hidrelétricas. (Reuters – 03.10.2018)

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3 State Grid deve fazer nova oferta por ações da CPFL em 2019, aponta Itaú BBA

A chinesa State Grid, maior elétrica do mundo, deverá realizar no primeiro semestre de 2019 uma nova oferta pública pela aquisição de ações de minoritários em sua controlada CPFL Energia, apontaram analistas do banco de investimento Itaú BBA em relatório nesta quarta-feira. O negócio, afirmam, seria guiado por regras do segmento Novo Mercado da bolsa paulista B3, onde a CPFL está listada, que exigem das empresas um nível mínimo de 25% das ações em circulação, contra apenas 5,25% das ações da CPFL no mercado atualmente. Pela regulamentação, a State Grid teria que fazer uma nova oferta pela fatia dos minoritários e deslistar a companhia, tirar a CPFL do Novo Mercado ou colocar mais ações da empresa em circulação para alcançar os 25% exigidos. “Entre as três opções que a State Grid tem, nós acreditamos que a mais provável é um leilão para comprar os minoritários em junho de 2019”, escreveram os analistas. (Reuters – 03.10.2018)

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4 RGE: Conselho da empresa aprova compra de até 122,2 MW médios no leilão A-2

A RGE aprovou em reunião do seu conselho de administração a participação da concessionária no leilão A-2 de 2018. A distribuidora foi autorizada a comprar até 122,2 MW med no certame. O leilão A-2 será realizado no próximo dia 7 de dezembro e já teve sua portaria publicado pelo MME. O edital encontra-se em audiência pública na Aneel. (Agência CanalEnergia – 03.10.2018)

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5 Energisa recebe licença de instalação para construção de LT no Pará

A Energisa informou em comunicado ao mercado que no último dia 1º de outubro ela obteve da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará a Licença de Instalação (LI) para construção do empreendimento do lote 26 do Leilão de Transmissão realizado em abril de 2017. De acordo com a empresa, a LI foi obtida em processo concomitante a emissão da Licença Prévia, expedida na mesma data mencionada acima, com o órgão emissor classificando o empreendimento como não significativo em termos de impactos ambientais. O projeto da Energisa vai ter Receita Anual Permitida de R$ 46 milhões. (Agência CanalEnergia – 03.10.2018)

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6 Ceron receberá R$ 428,7 mi da CCC, possibilitando o desligamento futuro de UTE isoladas

A Aneel aprovou o enquadramento da Ceron na sub-rogação dos benefícios do rateio da CCC. Com isso, a distribuidora, recém-adquirida pela Energisa, terá direito a receber recursos de R$ 428,7 milhões que serão destinados para obras de melhorias em subestações e linhas de distribuição nos sistemas isolados, possibilitando o desligamento de até 15 térmicas, que somam 102 MW. Esse tipo de incentivo é concedido para o estímulo da substituição da geração térmica movidas a combustíveis fósseis por outras fontes cujo preço é mais competitivo. De acordo com os cálculos da agência reguladora, a desativação das térmicas reduzirá os custos anuais da CCC e, consequentemente, da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Além disso, o custo médio da compra de energia por parte da distribuidora de Rondônia sairia de R$ 1.500 por MWh para algo em torno de R$ 210/MWh, sendo mais compatível com a realidade do mercado regulado. As obras já foram iniciadas pela região da rodovia BR-429. (Brasil Energia – 03.10.2018)

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7 Eletronorte: Conselho aprova nome de Luiz Henrique Hamann para presidência da distribuidora

O Conselho de Administração da Eletronorte aprovou Luiz Henrique Hamann para a presidência da estatal, para o período remanescente do biênio 2017/2019. Hamann assume o lugar de Vilmos da Silva Grunvald. Na última sexta-feira, 28 de setembro, a controladora da Eletronorte, Eletrobras, vendeu três ativos de transmissão da companhia, em leilão de alienação de SPEs: a Amazônia Eletronorte Transmissora de Energia S.A. – Aete, Integração Transmissora de Energia S.A. – Intesa e a Brasnorte. (Brasil Energia – 03.10.2018)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Eleito deve enfrentar crise energética e pressão tarifária

O próximo presidente da República deve se deparar com uma crise energética já em seu início de mandato, em janeiro de 2019. O baixo nível previsto para os reservatórios das hidrelétricas do país, devido ao cenário ruim para as chuvas, indica que será necessário o acionamento de térmicas mais caras para poupar água. Por enquanto, o quadro, dizem especialistas, não mostra riscos de desabastecimento de energia em 2019, mas o acionamento das térmicas só agrava o cenário de um "tarifaço". Ou seja, repasse para o consumidor de vários custos que se acumulam por pendências do setor. É consenso que a situação hídrica é grave e exigirá despacho de termelétricas mais caras para evitar um esvaziamento dos reservatórios. (Valor Econômico – 04.10.2018)

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2 CCEE consumo de eletricidade no Brasil cai 0,6% em setembro

O consumo de eletricidade no Brasil registrou uma queda de 0,6% no mês de setembro na comparação com mesmo período do ano passado, de acordo com relatório da CCEE nesta quarta-feira. O consumo no mercado regulado, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, recuou 2,2%, enquanto no mercado livre de energia, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, houve um crescimento de 3%. (Reuters – 03.10.2018)

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3 CCEE: PLD médio para 2018 sofre redução em função de previsão de chuvas

O PLD médio previsto para 2018, no submercado Sudeste/Centro-Oeste, passou de R$ 316/MWh para R$ 310/MWh. De acordo com a CCEE, a queda está diretamente relacionada com a expectativa de afluências mais otimistas para os próximos meses. Ao longo de setembro, os submercados Sul e Sudeste/Centro-Oeste registraram melhora no cenário hidrológico, com aumento de chuvas nas principais bacias dessas regiões. Na quarta semana, porém, as chuvas ficaram concentradas apenas no Sul. Para outubro, as projeções indicam ENAs que tendem a permanecer abaixo da média de longo termo. No Sul, o previsto é 64% da MLT; no Sudeste, as afluências devem ficar em 78%, mesma situação do Norte com ENAs em 69% da MLT. Já no Nordeste, o cenário é mais pessimista, com afluências projetadas de apenas 43% da média histórica em outubro. A expectativa para o fator de ajuste do MRE, em 2018, foi revisada para 80,1%, com índices em 56,7% para setembro e em 64% para o mês de outubro. (Brasil Energia – 03.10.2018)

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4 Aneel: Balanço preliminar aponta expansão da geração de 3,3 GW em 2018

O Brasil teve o acréscimo de 123,60 MW de capacidade nova instalada de acordo com o relatório de acompanhamento mensal da Aneel. Os dados referem-se até o dia 15 de setembro e apresentaram uma atualização para agosto que anteriormente estava em 42,18 MW e somou ao final do período 139,20 MW em novas usinas. No acumulado do ano o país já apresenta o acréscimo de 3,3 GW em nova capacidade instalada. Em setembro foram registrados 116,6 MW em novas usinas por meio da fonte eólica e 7 MW em nova capacidade de térmica a biomassa. Não houve acréscimo das demais fontes. Em agosto o total reportado pela agência reguladora somou 14,3 MW da fonte solar fotovoltaica, 59,4 MW da eólica, 14 MW de UHEs, 28,18 MW de PCHs e 9,02 MW de biomassa. (Agência CanalEnergia – 03.10.2018)

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5 MME: energia durante as eleições e o Enem será garantida por medidas especiais

O CMSE determinou nesta quarta-feira (4) que o ONS apresente medidas especiais para garantir o fornecimento de energia durante o processo eleitoral deste ano. A estratégia, adotada em “eventos de grande relevância”, deve assegurar um “grau adicional de segurança” à entrega da energia. Em nota divulgada pelo MME, o CMSE ressaltou que serão adotadas “medidas complementares” para garantir também o fornecimento de energia durante a realização do Enem. (Valor Econômico – 03.10.2018)

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6 Governo adia horário de verão para 18 de novembro por causa do Enem

O governo federal decidiu acatar o pedido do MEC para adiar o início do horário de verão do dia 4 para 18 de novembro. A troca na data se deu para evitar que a alteração dos relógios coincida com o primeiro dia da realização da prova do Enem, o que poderia confundir os candidatos. O presidente Michel Temer havia recebido, no mês passado, um pedido de mudança feito pelo ministro da Educação, Rossielli Soares. O pedido foi atendido por Temer esta semana, após conversas com o ministro do MME, Moreira Franco, cuja pasta é responsável pelos cálculos do programa. A mudança deve ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias. Com a modificação, o horário de verão começará à meia noite do dia 18 de novembro e terminará em 16 de fevereiro de 2019. (Valor Econômico – 04.10.2018)

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7 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste registraram redução de 0,1% no volume em relação ao dia anterior, ficando com 22,6% da capacidade, segundo dados do ONS relativos à última terça-feira, 2 de outubro. A energia armazenada afere 45.865 MW mês e a energia afluente está em 79% da MLT. Furnas funciona com 16,84% e a UHE Nova Ponte registra 16,20%. No submercado Nordeste a capacidade de armazenamento também caiu 0,1%, e apresenta-se em 28,5%. A energia armazenada apresenta 14.765 MW mês no dia e a ENA foi para 30% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A usina Sobradinho opera com 25,15% de sua capacidade. No Sul os níveis caíram 0,2% e os reservatórios operam com 47,8%. A energia armazenada registra 9.608 MW mês e a ENA registra 54% da MLT. A hidrelétrica Passo Fundo trabalha com 52,08% da capacidade. Já a região Norte, como vem acontecendo nas últimas semanas, registrou o maior recuo do dia, de 0,6% no subsistema, que se encontra com 38,9%. A energia armazenada aponta 5.857 MW mês e a energia está em 52% da MLT. A usina Tucuruí opera com capacidade de armazenamento de 52,92%. (Agência CanalEnergia – 03.10.2018)

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Inovação

1 OMC: Brasil é um dos que mais ganha com inovação

O comércio exterior do Brasil poderá ter crescimento adicional de cerca de 3 pontos percentuais por ano até 2030 no rastro de inovação tecnológica, bem superior à expansão média global, aponta a OMC. Relatório da entidade lançado ontem destaca que novas tecnologias digitais já estão transformando o comércio internacional. Foca em quatro delas: internet das coisas, inteligência artificial, impressão 3D e blockchain. No caso do Brasil, num cenário normal, mas já com mais tecnologia, o avanço do comércio exterior seria de 1,69% por ano. (Valor Econômico – 04.10.2018)

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2 Recursos energéticos distribuídos crescem no país

Segundo a Aneel, existem atualmente 39,5 mil unidades consumidoras que produzem sua própria energia, representando uma capacidade instalada de 478 MW, o equivalente a uma hidrelétrica de médio porte. Limp informou que isso significa que para cada 2 mil unidades consumidoras brasileiras, pelo menos uma tem um sistema de produção de energia individual. A Aneel vem adaptando suas regras para permitir a penetração dessas novas tecnologias, sempre com o cuidado de preservar o equilíbrio entre os diversos negócios existentes. Estão regulamentados temas como geração distribuída, recarga de veículos elétricos, pré-pagamento de energia, o uso de medidos eletrônicos, sendo que outras ações estão em andamento. (Agência CanalEnergia – 03.10.2018)

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Energias Renováveis

1 Aneel: Autorizada operação comercial de PCH em MG

A Aneel aprovou a operação comercial de uma turbina de 7 MW da pequena central hidrelétrica Dores de Guanhães, segundo despacho publicado nessa quarta-feira, 3 de outubro, no Diário Oficial da União. A PCH está situada em Dores de Guanhães, Minas Gerais. (Agência CanalEnergia – 03.10.2018)

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Gás e Termelétricas

1 GE entrega 4 transformadores para UTE em Sergipe

A GE concluiu a entrega de quatro transformadores para o Complexo Termoelétrico Porto de Sergipe I, um projeto da Celse na cidade de Barra dos Coqueiros. Segundo a multinacional, os equipamentos são o de maior potência fabricados no Brasil, com 736 MVA. Os transformadores elevarão a tensão da energia produzida pelas turbinas para 500 kV. Três equipamentos ficarão na geração de ciclo combinado, o outro será responsável por transmitir a energia gerada a vapor. A GE foi contratada pela Celse para construir, operar e fazer a manutenção da UTE, além de aplicar soluções digitais para potencial otimização operacional e segurança cibernética. Outro passo para seguir com a construção da térmica é a linha de transmissão, também é de responsabilidade da fabricante. (Agência CanalEnergia – 03.10.2018)

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2 Mais chances para supridores de gás para o Centro-Sul

A postergação da chamada pública de contratação de gás por parte das distribuidoras do Centro-Sul do país pode representar um incremento no número de propostas a serem enviadas pelos supridores. A avaliação é do diretor para América Latina de Gás e GNL da Wood Mackenzie, Mauro Chavez. Ele acredita que a contratação de gás por parte das distribuidoras deve envolver montantes que podem chegar a até US$ 6 bi na comercialização, incluídos nesse valor, além da compra da molécula, os custos relativos ao transporte do combustível. As 5 distribuidoras do Centro-Sul que coordenam a chamada pública anunciaram a postergação do prazo para envio de propostas de oferta de gás para 2019. (Brasil Energia – 03.10.2018)

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Economia Brasileira

1 Guardia: Reformas e teto precisam continuar

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, destacou a importância da continuidade do processo de reformas, com destaque para a previdenciária, para que possa continuar a trajetória do crescimento. O ministro aproveitou ainda para defender a manutenção do teto de gastos, ao responder sobre o reajuste dos servidores. "Não cabe ao Poder Executivo entrar no mérito da locação do recurso no âmbito do Poder Judiciário", ressaltou Guardia. Ele ressaltou que a manutenção do teto deixa claro os limites de cada um dos Poderes e ainda preserva a independência entre eles. De acordo com o ministro, o problema do ajuste fiscal não é do próximo governo, mas sim do país, e é um tema que precisa de solução e exige mudanças legislativas e continuidade do processo de reformas. "É um problema do país. Não é um problema do próximo governo. O país tem um problema fiscal grave que precisa ser resolvido, começando pela questão da Previdência Social. Quando há um problema, a coisa mais importante é entender a natureza dele - não negar que o problema existe - e buscar solução adequada", disse. "Nosso problema é fiscal, e a questão central é desequilíbrio da Previdência. Esse é o primeiro passo necessário para que a gente possa ter um ajuste consistente das finanças públicas e assegurar a manutenção do crescimento econômico e acelerá-lo", afirmou o ministro. (Valor Econômico – 04.10.2018)

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2 Títulos atrelados à Selic devem crescer e dívida bruta pode superar 84% do PIB

A fatia dos títulos atrelados à Selic, deve aumentar de 31,5% para 38,2% da dívida pública federal de dezembro de 2017 até o fim de 2021 e ficar acima dos 37% até 2024, segundo projeções da IFI. Essa evolução dos títulos pós-fixados contribuirá para pressionar a dívida bruta do governo geral, que deverá avançar dos atuais 77% do PIB para 84,1% em 2023 e 2024. A partir daí a dívida bruta do governo geral deve cair lentamente e convergir para 72,6% do PIB em 2030. Essa é a trajetória traçada pela IFI no cenário base. Entre outras variáveis, esse cenário leva em consideração crescimento médio real do PIB de 2,2% ao ano entre 2020 e 2030, com taxa média de juros reais de 4,3%. O cenário-base, salienta Felipe Salto, diretor-executivo da instituição, depende de um quadro de ajuste que permita ampliar os resultados fiscais e gerar superávit primário a partir de 2023. Isso, diz ele, dependerá de melhora expressiva do resultado primário. (Valor Econômico – 04.10.2018)

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3 CNC: Parcela de endividados fica estável em setembro

A cautela das famílias na contratação de novos empréstimos levou a uma estabilidade no percentual de endividados em setembro, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No levantamento, 60,7% declararam-se endividados em setembro, percentual igual ao de agosto e inferior ao de setembro do ano passado (61,7%). Na prática, mesmo com cenário favorável às compras (como juros baixos e inflação controlada), a ausência de sinais mais robustos de recuperação do mercado de trabalho inibe novas compras por parte do consumidor, afirmou Marianne Hanson, economista da CNC. (Valor Econômico – 04.10.2018)

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4 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 03 sendo negociado a R$ 3,8876, variando -1,20% em relação ao início do dia. Hoje (04) começou sendo negociado a R$3,9116 - variando +0,62% em relação ao fechamento do dia útil anterior - e segue uma tendência de baixa, sendo negociado às 11h00 no valor de R$3,9098 variando -0,05% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 03.10.2018 e 04.10.2018)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: João Pedro Gomes, Lucas Morais, Sérgio Lins, Sérgio Silva, Thiago Campos.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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