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IFE: nº 4.633 - 10 de setembro de 2018
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
CMSE autoriza que térmicas de até R$ 766 mantenham operação
2 Thymos Energia: ONS tem grande responsabilidade ao autorizar acionamento de térmicas mais caras
3 CCEE: Definidos os valores do MCP, com recorde de valor não pago
4 CCEE: Repassados R$ 707 mi em recursos da CONER para o mês de julho
5 Artigo de Adriano Pires (CBIE): “Metamorfose ambulante”
6 Artigo de Marcelo Branquinho (TI Safe): “Não subestime o risco”

Empresas
1 Taesa convoca assembleia para votar participação em leilão das SPEs da Eletrobras
2 Energisa prepara captação de R$ 790 mi com debêntures
3 Engie aposta na diversificação de mercados para crescer no Brasil
4 Engie: Apostando em diversificação, PPPs de iluminação pública entram no foco da empresa
5 Engie planeja trazer programa de compartilhamento de veículos elétricos para o Brasil
6 Cemig: Indenização bilionária eleva ratings da estatal e subsidiárias para ‘B2/Ba1.br’, aponta Moody’s
7 Cemig: venda de ativos e indenização aliviarão “gap” de fluxo de caixa temporário, avalia Moody’s
8 Cemig: Perfil de alavancagem geral da estatal é moderado, diz Moody’s

9 Cemig: Ratings da estatal podem ser elevados

10 Eneva volta aos leilões e planeja investir em geração renovável

11 EDP conclui venda de maioria do controle da Costa Rica Energética

12 Eletropaulo removerá fios de telefonia em situação irregular em 2.100 postes de SP

13 Alubar anuncia três novos diretores: Giuseppe Bellezza assumirá diretoria comercial da empresa

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 PLD sobe novamente
2 ONS reduz previsão de chuva na área de hidrelétricas do Sudeste e aumenta no Sul
3 CCEE: Consumo de energia cresce 1,3% em agosto

4 Índice Comerc indica que oito segmentos aumentaram consumo de energia em julho

5 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Inovação
1 BYD entrega ônibus elétricos para transporte coletivo de Bauru
2 Patinetes elétricos invadem as ruas dos Estados Unidos

Meio Ambiente
1 Climate Strategies: Alternativas à energia gerada pelo carvão podem ser benéficas também do ponto de vista econômico, além do socioambiental

Energias Renováveis
1 Engie iniciará vendas de projeto “comunidade solar” em MG
2 Maior usina solar da Bolívia é inaugurada em Uyuni

Gás e Termelétricas
1 Governo fará leilão de térmicas a gás para substituir usinas a óleo
2 Unica reclama da baixa contratação da biomassa nos últimos leilões regulados
3 EPE: Térmicas a gás habilitaram 30% da capacidade cadastrada em leilão
4 Codesul pressiona Petrobras por negociação de gás com Bolívia

Economia Brasileira
1 Focus: Projeções têm nova revisão para baixo e estimam expansão de 1,40%
2 Focus: Estimativas para o IPCA se aproximam de 4%

3 FGV: IPC-S registra alta de 0,13% na primeira leitura de setembro
4 Receita previdenciária projetada para 2019 tem maior alta desde 2014
5 Poupança tem captação de R$ 5,8 bi, número recorde para agosto
6 BNDES prevê crescimento de 1,9% ao ano do investimento entre 2018 e 2021
7 Megaplano chinês de investimento pode ser chance para o Brasil
8 Dólar ontem e hoje

Biblioteca Virtual do SEE
1 PIRES, Adriano. “Metamorfose ambulante”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 08 de setembro de 2018.
2 BRANQUINHO, Marcelo: “Não subestime o risco”. Brasil Energia. Rio de Janeiro, 09 de setembro de 2018.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 CMSE autoriza que térmicas de até R$ 766 mantenham operação

O descasamento entre a leitura feita pelo modelo computacional Newave, que roda a operação do sistema, e a situação real dos reservatórios nas principais bacias do SIN, levou o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) a autorizar desde 1º de setembro a operação de termelétricas fora da ordem de mérito. A solução proposta contraria a recomendação do modelo de desligamento dessas usinas, para preservar a água das hidrelétricas. A previsão do ONS é de que na semana 8 a 14 de setembro sejam despachados no Sistema Interligado 3.268 MW médios de térmicas por garantia energética. Essa geração virá de térmicas a gás, a óleo combustível e a óleo diesel com CVU acima de R$ 482, que é o Custo Marginal de Operação (CMO) estabelecido para a próxima semana, até R$ 766,28/MWh, que corresponde ao CMO vigente na semana passada. Barata explica que o Custo Marginal de Operação caiu em relação à ultima semana basicamente por duas razões. A primeira é a redução na previsão de carga para os próximos quatro anos, em consequência da desaceleração econômica. A segunda, as fortes chuvas que caíram em parte do Rio Grande do Sul em agosto e levaram o modelo computacional de operação do sistema a concluir que as precipitações iriam continuar. Essa sinalização influenciou, inclusive, uma nova queda do CMO para a próxima semana, embora a região não tenha capacidade de acumulação de água. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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2 Thymos Energia: ONS tem grande responsabilidade ao autorizar acionamento de térmicas mais caras

A primeira revisão do Programa Mensal de Operação do mês de setembro, feito pelo ONS apresentou uma elevação da ordem de R$ 10/MWh no Custo Marginal de Operação médio para a semana operativa que se inicia no próximo sábado 8 de setembro. Apesar desse leve aumento, o CMSE decidiu manter o despacho de usinas termelétricas fora da ordem de mérito até o limite de CVU de R$ 766,28/MWh. São 3.268 MW médios nesse momento, correspondendo a 22,7% de toda a geração térmica estabelecida para esse período. Daniela Souza, da Thymos Energia, afirma que o operador do sistema tem uma responsabilidade muito grande ao recomendar o acionamento de usinas mais caras e, por isso, precisa de autorização do comitê de monitoramento. Ela explica que essa decisão não é para ser tomada todo ano, mas o mercado sempre espera geração fora da ordem de mérito, porque sabe da limitação do modelo. “Você não sabe quando vai ser a geração fora da ordem de mérito, mas sabe que vai ter um pouquinho”, afirma Daniela. Estudos da Thymos avaliam que ao término do período seco os níveis de armazenamento vão estar tão ruins quanto no ano passado. Em 2017, a discussão com o CMSE aconteceu eu outubro, enquanto esse ano a medida acontece já em setembro, o que é preocupante. Para a consultora, é possível incorporar ao programa Newave a restrição em relação ao nível dos reservatórios, mas essa é uma tarefa que a CPamp, a comissão encarregada de revisar o modelo computacional, deve consolidar somente no ano que vem. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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3 CCEE: Definidos os valores do MCP, com recorde de valor não pago

A liquidação das operações do mercado de curto prazo (MCP) de eletricidade, um acerto de contas mensal entre empresas do setor, movimentou 11,58 bilhões de reais em julho, mas arrecadou apenas 2,38 bilhões junto aos agentes devedores na operação, informou a CCEE nesta quinta-feira. No total, ficaram em aberto cerca de 9,2 bilhões de reais, dos quais 7,84 bilhões devem-se a uma briga judicial liderada por empresas que conseguiram liminares para evitar custos com o chamado “risco hidrológico”. O valor não pago é um recorde, e representa um avanço de 1 bilhão de reais frente à liquidação financeira de junho, concluída em agosto com 8,2 bilhões de reais em aberto. Houve, ainda, 1,36 bilhão de reais não pagos no processamento das operações de julho e não relacionados à disputa jurídica, segundo a CCEE. (Reuters –06.09.2018)

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4 CCEE: Repassados R$ 707 mi em recursos da CONER para o mês de julho

Na contabilização de julho/18 foram repassados R$ 707 milhões de recursos financeiros da Conta de Energia de Reserva (CONER), rateado aos agentes de acordo com seu consumo nos últimos 12 meses. A maior parte deste montante foi absorvido na contabilização dos demais agentes, reduzindo seus débitos. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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5 Artigo de Adriano Pires (CBIE): “Metamorfose ambulante”

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) trata das diferenças entre as gestões dos governos Dilma e Temer no setor da economia de energia. Segundo o autor, “o governo Dilma impôs ao País várias medidas que nos levaram à beira do precipício. Já o governo Temer nos deixa um legado positivo.” Ele conclui que “é preciso dar continuidade a este processo de transformação [realizada no governo Temer]. Temos de avançar com mais privatizações, incentivar a produção de energia de forma descentralizada, incorporar inovações tecnológicas, buscar o fim dos subsídios e a redução de carga tributária”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 10.09.2018)

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6 Artigo de Marcelo Branquinho (TI Safe): “Não subestime o risco”

Em artigo publicado no portal Brasil Energia, Marcelo Branquinho, CEO da TI safe e membro da International Society of Automation (ISA) afirma que a eminente modernização do setor elétrico brasileiro expõe o segmento a ataques cibernéticos, conhecidos como invasões hackers. No Brasil, as empresas não são obrigadas a informar tentativas de ataques cibernéticos, sejam elas sucedidas ou não. Branquinho conclui que é preciso mudar a cultura da não prevenção aos riscos no Brasil. Obter uma maior resiliência a esse risco, adotando requisitos mínimos de segurança, modelos de padronização de procedimentos e certificação é fundamental não só para a sustentabilidade dos negócios como para a segurança do sistema elétrico, da sociedade e da economia de um país. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 10.09.2018)

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Empresas

1 Taesa convoca assembleia para votar participação em leilão das SPEs da Eletrobras

A Taesa convocou assembleia geral extraordinária (AGE) para 21 de setembro, às 10h30, para votar a participação no leilão da Eletrobras de venda em sociedades de propósito específico (SPEs). Conforme o edital do leilão, divulgado pela Eletrobras em 21 de agosto, serão 71 SPEs, reunidas em 18 lotes. O certame deve acontecer no dia 27 de setembro, às 10h, na B3. Na proposta de administração, a Taesa menciona 12 ativos da Eletrobras: ETAU, Brasnorte, Transleste, Transudeste, Transirapé, AETE, Centro-Oeste, Luziania, Manaus, Uirapuru, TME e Intesa. Na assembleia da Taesa, também serão submetidas à aprovação dos acionistas alterações no estatuto social e mudança no regime interno do conselho de administração. (Valor Econômico –06.09.2018)

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2 Energisa prepara captação de R$ 790 mi com debêntures

O grupo Energisa prepara cinco operações de emissão de debêntures simples para captar um total de R$ 790 milhões no mercado de captais. O Conselho de Administração da companhia autorizou nesta semana que as diretorias tomem as medidas necessárias para a realização das captações. Segundo as atas disponibilizadas na Comissão de Valores Mobiliários na última quarta-feira, 5 de setembro, a Energisa Sergipe pretende captar R$ 65 milhões; a Energisa Paraíba R$ 135 milhões; a Energisa Minas Gerais R$ 50 milhões; a Energisa Mato Grosso R$ 385 milhões; e a Energia Mato Grosso do Sul R$ 155 milhões. As datas das operações não foram definidas. De acordo com a Energisa, a totalidade dos recursos captados pelas companhias serão destinados para investimentos, pagamento futuro ou reembolso de gastos, despesas ou dívidas relacionadas aos projetos de expansão, renovação ou melhoria da infraestrutura de distribuição de energia elétrica, não incluídos os investimentos em obras do programa “Luz para Todos” ou com participação financeira de terceiros, constantes do Plano de Desenvolvimento da Distribuição (PDD), apresentado à Aneel nos anos base de 2017 e 2018. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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3 Engie aposta na diversificação de mercados para crescer no Brasil

A Engie, controladora da Engie Brasil Energia, está de olho na diversificação de seu perfil de atuação no Brasil. A companhia, que desde 2015 adotou um posicionamento estratégico global chamado de 3Ds – de descarbonização de sua matriz, digitalização e descentralização da geração – passou a procurar por oportunidades de negócios em infraestrutura de cidades ao passo em que avançam projetos com mais inteligência e gestão nas cidades brasileiras. A ideia é de alcançar maior equilíbrio entre o segmento de energia e soluções em uma proporção na casa de 70% e 30% de seu resultado ebitda entre 2025 e 2028. O diretor comercial da empresa, Gabriel Mann, disse que esses novos serviços possuem participação inexpressiva nos resultados e que a companhia quer aproveitar suas competências em infraestrutura para crescer nesse nicho que já existe fora do país. “Entendemos que é necessário estar cada vez mais perto do cliente, um movimento que já estava sendo realizado no exterior e ao qual não estávamos alinhados ainda”, explicou ele. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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4 Engie: Apostando em diversificação, PPPs de iluminação pública entram no foco da empresa

Apostando na diversificação, no foco Engie estão PPPs de iluminação pública, atuar com infraestrutura em aeroportos e sistemas de monitoramento em cidades. O diretor comercial da empresa, Gabriel Mann, lembrou que a Engie já possui algumas iniciativas por aqui, mas ainda em menor escala como sistema de monitoramento de tráfego e controle semafórico, este último realizado em Niterói (RJ) e que é considerado internamente um sucesso e passível de ser replicado em outras localidades. “Esse é um negócio que queremos fortalecer e levar para outras cidades”, acrescentou. Em termos de PPPs, disse ele, no foco da empresa estão os projetos mais bem estruturados por instituições como o BNDES e o IFC. Essa preocupação, explicou Gabriel Mann, diretor comercial da empresa, deriva do fato de que esses projetos de infraestrutura como em iluminação pública são de capital intensivo e qualquer mudança em seu escopo no meio do processo pode levar a perdas. Projetos que atraem são os que atribuem, além da infraestrutura, inteligência e isso está atrelado diretamente ao conceito de cidades inteligentes, abrindo espaço para outros tipos de serviços conectados a uma mesma rede de fibra óptica. “Não queremos projetos para trocar lâmpadas e sim aqueles que têm o conceito de smart city”, pontuou. “Todo esse escopo mais amplo de serviços fez parte de nossa estratégia em crescer em soluções e serviços baseado nas nossas competências no Brasil. Somos grandes investidores em infraestrutura”, reforçou. “O mercado está em mutação e vemos a possibilidade de abertura de mercado, isso reforça a nossa visão de que precisamos nos estruturar para essa abertura”, finalizou Mann. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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5 Engie planeja trazer programa de compartilhamento de veículos elétricos para o Brasil

O interesse da Engie no sistema de infraestrutura inteligente também inclui questões como o controle de mobilidade pelas grandes cidades e ainda o carregamento de carros elétricos. Tanto que a empresa já possui conversas iniciais para trazer um programa de sua empresa nesse segmento a EVBox, que segundo cálculos do diretor comercial da empresa, Gabriel Mann, tem cerca de 70 mil pontos já instalados no mundo. Por aqui, revelou ele, há três diferentes iniciativas para este segmento de serviços e soluções Um deles é para um programa de compartilhamento de veículos com 150 unidades. O segundo refere-se ao anúncio da Ambev para ter uma frota de caminhões elétricos e, o terceiro, segue a tendência de formar um corredor elétrico a exemplo do que já fizeram a Copel no Paraná e a EDP no eixo São Paulo-Rio. Todas ainda em um patamar inicial de tratativas, assegurou ele. Ele reconhece que a penetração de veículos elétricos no país ainda encontra-se em estágios iniciais de amadurecimento quando comparado com outras regiões que têm já um avanço já muito mais expressivo, como na Europa, Ásia e Estados Unidos. “Apesar disso, já vemos algumas montadoras olhando para o Brasil, ainda não temos muita oferta desses veículos, mas ano que vem poderemos ver o começo de uma mudança nesse cenário”, destacou o executivo. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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6 Cemig: Indenização bilionária eleva ratings da estatal e subsidiárias para ‘B2/Ba1.br’, aponta Moody’s

A agência de classificação de risco Moody’s elevou os ratings corporativos da Cemig de ‘B3’ e ’B2.br’ para ‘B2’ e ‘Ba1.br’, na escala global e brasileira, respectivamente. A elevação reflete a visão atualizada da agência sobre o perfil de risco de crédito e o aumento do mesmo de ‘caa1’. para ‘b2’. A ação de rating segue o anúncio da concessionária, em 31 de agosto de 2018, referente ao recebimento de um pagamento R$ 1,1 bilhão do governo relacionado a indenização por investimentos não amortizados das concessões das hidrelétricas de São Simão e Miranda, que expiraram e foram relicitadas para outras empresas em 2017. Na visão da Moody’s, o pagamento melhora significativamente o perfil de liquidez da companhia e, dependendo da estratégia de médio prazo da empresa, pode também levar a uma moderada melhora das métricas de alavancagem bruta. O recebimento da indenização adiciona pressão positiva sobre os ratings após a venda dos ativos de telecomunicações no valor de R$ 649 milhões, anunciada em 8 de agosto de 2018, ainda sujeita a aprovação regulatória, e a reabertura bem-sucedida da emissão de US$ 500 milhões em eurobônus em julho. A elevação reflete liquidez mais forte e uma estratégia de gestão de passivos mais prudente. Os recursos mencionados anteriormente atendem vencimentos imediatos de dívida e mitigam outros riscos de liquidez. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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7 Cemig: venda de ativos e indenização aliviarão “gap” de fluxo de caixa temporário, avalia Moody’s

Para a Moody’s, além de mitigarem riscos de refinanciamento, a venda de ativos e a indenização ajudarão a suportar o descasamento de fluxo de caixa temporário que a Cemig D enfrenta devido a maiores custos de compra de energia em meio às condições hidrológicas desfavoráveis no Brasil. Estes custos deverão ser repassados de acordo com a próxima revisão tarifária anual da companhia em 2019. Com os riscos de liquidez endereçados, as operações da empresa de distribuição deverão melhorar o perfil de crédito consolidado, tendo em vista que em maio houve seu processo de revisão tarifária para o ciclo 2018-2023 e obteve um aumento médio de 23,2% das tarifas. O aumento reconhece o custo médio ponderado do capital maior e o investimento de capital significativo. De acordo com as demonstrações financeiras do segundo trimestre de 2018, a Cemig possui R$ 1,2 bilhão em caixa e R$ 2,7 bilhões em dívida a vencer nos próximos 12 meses, dos quais R$ 1,7 bilhão tem vencimento em dezembro de 2018. Outro pagamento de R$ 570 milhões relacionado a uma opção de venda sobre ações da Light vence em novembro. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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8 Cemig: Perfil de alavancagem geral da estatal é moderado, diz Moody’s

O perfil de alavancagem geral da Cemig, incorporando os ajustes-padrão da Moody’s, é moderado, especialmente após os ajustes que compensam o descasamento do fluxo de caixa mencionado acima, com o CFO antes de capital de giro sobre Dívida registrando 19,4% em junho de 2018, e [CFO pre WC + despesas de juros] / despesas de juros de 3,2x. A dívida sobre EBITDA foi de 3,8x no mesmo período e espera-se que pelo menos uma melhora moderada das métricas de alavancagem sob a premissa de que uma parte das entradas de caixa relacionadas à venda de ativos e à indenização será utilizada para pagar dívidas. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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9 Cemig: Ratings da estatal podem ser elevados

Os ratings da Cemig podem ser elevados caso se confirme a percepção de que métricas de crédito de médio e longo prazo se manterão sustentavelmente dentro dos níveis atuais, com CFO pre WC / Dívida acima de 15%, com riscos de refinanciamento imediatos endereçados. Um rebaixamento dos ratings, ainda que improvável nesse momento, poderia acontecer sobre a percepção de aumento sustentável de alavancagem de forma que CFO pre WC / Dívida diminua para abaixo de 10%. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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10 Eneva volta aos leilões e planeja investir em geração renovável

Maior geradora termelétrica privada do país, a Eneva planeja investir no segmento de energias renováveis. A companhia inscreveu no último leilão de energia nova, há duas semanas, 230 MW de potência de projetos eólicos no RN, de um total de 900 MW que possui em carteira. Com relação à energia solar, a empresa estuda possibilidades de ampliar a usina atual que possui no CE, de 1 MW. No leilão A-6, a companhia comercializou 326,4 MW médios da termelétrica Parnaíba V, de 386 MW de potência. A usina, na prática, vai produzir energia a partir do vapor obtido da geração de Parnaíba I, movida a gás natural. Foi a primeira vitória do grupo em leilões desde 2011 e após um processo de recuperação judicial e reestruturação do controle acionário, que culminou com a saída do seu fundador, o empresário Eike Batista, em 2016, e de um "re-IPO", em 2017. Além de Parnaíba V e das eólicas, a companhia também inscreveu no certame a térmica a gás de Azulão, no Amazonas, mas não fechou contratos para esses projetos. (Valor Econômico – 10.09.2018)

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11 EDP conclui venda de maioria do controle da Costa Rica Energética

A EDP comunicou o mercado que concluiu nesta quinta-feira, 6 de setembro, a venda de 16 MW de capacidade instalada referente à alienação dos 51% do capital social detidos pela empresa portuguesa na Costa Rica Energética. O valor total da transação foi de R$ 43,5 milhões. “Com a conclusão da transação finaliza-se o processo de alienação de pequenas centrais hidrelétricas no estado do Mato Grosso do Sul, iniciado com a venda da Pantanal Energética Ltda., com capacidade instalada de 51,1 MW, que foi concluída em 29 de janeiro de 2016”, diz o comunicado. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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12 Eletropaulo removerá fios de telefonia em situação irregular em 2.100 postes de SP

A Eletropaulo começou nesta semana a vistoriar e cortar cabos que estiverem irregulares em 2.100 postes localizados na capital paulista e nas cidades de Osasco e Barueri, R.M de São Paulo. A ação da concessionária acontece após o prazo, estipulado até 31 de agosto, que as empresas de telecomunicações tinham para adequar suas fiações nestes postes. Em abril deste ano, uma comissão da Aneel e da Anatel determinou que as que as operadoras Claro, Telefônica, TIM e Oi adequassem seus cabos às normas técnicas — devem estar etiquetados e ordenados. Segundo as agências reguladoras, qualquer fiação que não estiver de acordo com as regras pode ser removida após o esgotamento do prazo. A decisão da comissão tem origem em um processo de 2016, quando a Eletropaulo recorreu às agências exigindo a manutenção dos equipamentos pelas operadoras. (Folha de São Paulo – 08.09.2018)

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13 Alubar anuncia três novos diretores: Giuseppe Bellezza assumirá diretoria comercial da empresa

A Alubar confirmou a nomeação de três novos diretores ligados diretamente à Diretoria Executiva da empresa, cujo cargo é ocupado pelo engenheiro Maurício Gouvêa desde junho de 2016. André Oliveira Kishi e Giuseppe Eduardo Bellezza assumem a Diretoria Industrial e Diretoria Comercial, respectivamente. Já o contador Rubens César Gomes Ferreira é o novo Diretor Administrativo. As mudanças na estrutura organizacional já se encontram em vigor, tendo sido acatadas pelo Conselho Administrativo da fabricante após sugestão da Diretoria Executiva, que procura acompanhar as novas demandas e dinâmicas de mercado e da empresa, que passa por uma ampla obra de expansão que duplicará sua capacidade produtiva na fabricação de cabos elétricos de alumínio. Maurício Gouvêa, diretor executivo da empresa, ressaltou que os cargos foram ocupados por profissionais reconhecidos pelo mercado e pelos colaboradores da Alubar, que desenvolvem e conhecem o negócio da empresa. “Esta nova estrutura organizacional, aliada à competência dos novos diretores, fortalece ainda mais a Alubar, principalmente neste momento em que a empresa se prepara para aumentar sua capacidade produtiva”, declarou. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 PLD sobe novamente

Após registrar queda na última semana, o PLD voltou a subir, sem, contudo, voltar ao preço máximo. Com isso, o preço fixado para o período entre 8/9 e 14/9 ficou em R$ 496,28 por MWh, em todos os submercados, alta de 2% no Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Nordeste. No Norte, o aumento foi de 1%, com o preço ficando equalizado com os demais submercados, informou a CCEE. A redução das afluências no Sudeste (73% ante os 79% da média) foi a principal responsável pela elevação do PLD. Em termos percentuais, porém, as afluências previstas para a segunda semana do mês no sistema estão 10% mais altas, com variação de 3.500 MW médios em energia. Esta elevação, segundo a CCEE, foi totalmente influenciada pelo aumento previsto no Sul, cuja expectativa passou de 90% para 129% da média histórica. Já nos demais submercados, a expectativa é de afluências mais baixas, com queda de 1% no Norte e de 2% no Nordeste. Outro fator que contribuiu para o aumento dos preços foi a redução da disponibilidade de geração hidráulica, que está cerca de 2.700 MW médios mais baixa que a esperada anteriormente. Os níveis dos reservatórios ficaram cerca de 2.650 MW médios acima do esperado com elevação em todos os submercados, principalmente no Sul, com elevação de 2.150 MW médios. As demais altas foram de 205 MW médios no Sudeste, 155 MW médios no Nordeste e de 140 MW médios no Norte. Para a próxima semana, a previsão é de que a carga fique em torno de 285 MW médios inferior ao esperado com redução apenas no Sudeste, de 395 MW médios. (Brasil Energia – 06.09.2018)

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2 ONS reduz previsão de chuva na área de hidrelétricas do Sudeste e aumenta no Sul

O ONS revisou as projeções de chuva em setembro na região das hidrelétricas do Sudeste, que concentram os maiores reservatórios, e agora espera precipitações em 73 por cento da média histórica, contra 79% na semana anterior, segundo relatório nesta sexta-feira. O órgão do setor de energia, no entanto, aumentou significativamente as previsões para as chuvas nas usinas hídricas do Sul, para 129%, contra 90% anteriormente. As expectativas de desempenho da carga de energia foram mantidas, com projeção de alta de 1,6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. (Reuters –06.09.2018)

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3 CCEE: Consumo de energia cresce 1,3% em agosto

Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 31 de agosto apontam aumento de 1,3% no consumo de energia elétrica no país, quando comparados ao mesmo período do ano passado. As informações são do boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da CCEE, que traz dados prévios de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais. Ao longo de agosto, o consumo de energia no SIN foi de 60.248 MW médios, montante de energia superior aos 59.502 MW médios consumidos em agosto de 2017. No ACR (cativo), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, o consumo ficou praticamente estável (+0,1%), número que incorpora na análise a migração de consumidores para o ACL. Haveria aumento de 1,1% no consumo, caso esse movimento fosse desconsiderado. Já no ACL, no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, o aumento foi de 4% no consumo de energia, índice que inclui as cargas oriundas do ACR na análise. O incremento seria menor, cerca de 1,5%, caso o movimento dos agentes fosse descartado. (CCEE – 06.09.2018)

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4 Índice Comerc indica que oito segmentos aumentaram consumo de energia em julho

Oito das onze categorias do Índice Comerc Energia registraram expansão do consumo de energia durante julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, que resultou em um índice consolidado de 3,04% sobre 2017. Os destaques ficaram para as categorias de Veículos e Autopeças – que lidera o índice na comparação anual, com um acréscimo de 13,99% no consumo – e Embalagens, que teve aumento de 9,32% na mesma comparação. Veículos e Autopeças também tem um histórico de ampliação do consumo de energia desde maio do ano passado. O mesmo ocorre com a indústria de Materiais de Construção, cujos resultados apontam para o crescimento de consumo a partir de agosto do ano passado. “São sinais importantes que reforçam a percepção de retomada consistente da economia, apesar das incertezas do cenário político”, comentou Vlavianos. Apenas três categorias registraram um recuo no consumo de energia em relação a 2017: Alimentos, com uma pequena variação de menos 0,17%; Comércio Varejista, com menos 0,21% e Têxtil, Couro e Vestuário, que retraiu o seu consumo sobre julho de 2017 em 1,01%. Na variação mensal, apenas Alimentos e Comércio Varejista apresentaram um consumo menor em julho sobre junho de 2018, com 2,16% 0,86% respectivamente. Todas as demais categorias expandiram o consumo, o que resultou, no mês, uma expansão de 1,29%. O Índice Comerc Energia, publicado mensalmente, leva em conta o consumo das cerca de 1.600 unidades na sua carteira, pertencentes a mais de 820 grupos industriais e comerciais que compram energia elétrica no mercado livre. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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5 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do Nordeste não apresentaram alterações nos níveis em relação ao dia anterior, ficando com 31,6% da capacidade, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico relativos à última quarta-feira, 5 de setembro. A energia armazenada se encontra em 16.353 MW mês no dia e a ENA segue em 41% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A usina Sobradinho opera com 28,38% de sua capacidade. Na região Sudeste/Centro-Oeste houve recuo de 0,3% e o subsistema apresenta 27%. A energia armazenada aponta 54.959 MW mês e a energia afluente permanece em 75% da MLT. Furnas funciona com 21,73% e a UHE Nova Ponte registra 17,65%. O Norte do país contou com redução de 0,1% no volume, que se encontra com 52,6%. A energia armazenada aponta 7.916 MW mês e a energia consta em 82% da MLT. A usina Tucuruí opera com capacidade de armazenamento de 73,01%. Já no Sul a capacidade de armazenamento cresceu 1,2%, deixando os reservatórios com 51,7%. A energia armazenada está em 10.391 MW mês e a ENA segue em 164% da MLT. A hidrelétrica G.B Munhoz trabalha com 28,17% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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Inovação

1 BYD entrega ônibus elétricos para transporte coletivo de Bauru

A BYD forneceu dois ônibus 100% elétricos BYD D9W com carroceria Marcopolo à cidade de Bauru (SP). Os veículos foram adquiridos pelas empresas concessionárias locais, Cidade Sem Limites e Grande Bauru, integrantes do Grupo Constantino. O primeiro veículo chegou no dia 31 de agosto à cidade, e a previsão é que comece a circular no dia 10 de setembro, fazendo a linha “Nobuji Nagasawa-Centro”, diariamente, das 6h às 19h. Dentro de 15 dias, o segundo veículo deverá desembarcar em Bauru para iniciar suas atividades entre o fim de setembro e início de outubro, ainda com itinerário indefinido. Com capacidade para transportar 32 pessoas sentadas e 38 em pé, incluindo espaço para cadeirante, os ônibus são movidos a bateria de ferro-lítio, com autonomia de 250 quilômetros. Segundo o prefeito de Bauru, Sr. Clodoaldo Gazzetta, os dois veículos são dotados de tecnologia avançada, com motores que não emitem poluentes e são mais silenciosos. Ônibus elétricos representam um grande instrumento para a redução de poluentes locais e de gases causadores do efeito estufa. Na média, cada veículo em operação urbana reduz cerca de 1,8 toneladas de CO2 equivalentes, o que representa o plantio de mais de 11 árvores ao ano, além de evitar a emissão local de 118,814 kg de NOx e 1,152 kg de material particulado, os dois maiores vilões para a saúde pública. Esses valores se referem a comparação aos ônibus diesel novos, Euro 5, com rodagem média de 6.000 km/mês. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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2 Patinetes elétricos invadem as ruas dos Estados Unidos

A novidade chegou à capital americana no início do ano, poucos meses depois de o departamento de trânsito da cidade dar início a um projeto piloto para testar a eficácia de sistemas "dockless" de bicicletas e patinetes, ou seja, sem estações. A fase de testes terminaria no fim do mês, mas a prefeitura anunciou na última quinta (30) que vai estendê-la até dezembro. É por meio de aplicativos que o usuário encontra o equipamento mais próximo, geralmente estacionado em calçadas. O negócio tem atraído a atenção de investidores. Em julho, a Lime anunciou que recebeu um investimento de US$ 335 milhões (mais de R$ 1 bilhão) de um grupo de empresas, entre elas Uber e Alphabet, para expandir suas operações. Na época, foi avaliada em US$ 1,1 bilhão (R$ 4,5 bilhões). Enquanto uma viagem de carro saía a, no mínimo, US$ 7 (em torno de R$ 28), agora não gasta mais do que US$ 2 (cerca de R$ 8) por dia com o patinete. O sistema também é uma boa opção para conectar o usuário a transportes públicos e liberar espaço em estradas e estacionamentos, observa Susan Shaheen, do centro de pesquisas de sustentabilidade em transportes da Universidade da Califórnia em Berkeley. Outra vantagem é o fato de gastar pouca energia, menos do que um carro elétrico. (Folha de São Paulo – 09.09.2018)

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Meio Ambiente

1 Climate Strategies: Alternativas à energia gerada pelo carvão podem ser benéficas também do ponto de vista econômico, além do socioambiental

O uso do carvão para geração de energia está em declínio no mundo todo e sua substituição total pode ocorrer antes de 2025, de acordo com relatório lançado nesta semana pela rede britânica Climate Strategies e o centro de pesquisa francês IDDRI. Mesmo considerando economias intensivas no consumo de carvão para gerar energia, a transição pode ser benéfica também do ponto de vista econômico, além do socioambiental. O relatório “Implementando transições de carvão: insights de estudos de caso de grandes economias consumidoras de carvão” concluiu que as principais economias que usam carvão podem praticamente eliminá-lo, sem aumentar significativamente os custos de energia para os consumidores. Segundo o estudo, desenvolver estratégias de transição é mais urgente do que nunca, porque a economia subjacente e as preferências sociais estão se voltando contra o carvão. De acordo com o relatório, o carvão térmico poderia ser substituído por um portfólio de outras opções, dependendo do país, incluindo energia mais limpa, eficiência energética e, em alguns casos, quantidades residuais de carvão com captura e armazenamento de carbono. As autoridades nacionais e locais também poderiam explorar a possibilidade de implementar novas atividades econômicas baseadas em setores inovadores. Esse cenário representa uma ameaça aos principais países exportadores de carvão, como Austrália e África do Sul, que parecem estar despreparados mesmo para uma pequena queda, de 5% a 10%, no uso doméstico de carvão térmico somente na China. O relatório resumido, os seis relatórios referentes à China, Índia, Austrália, África do Sul, Alemanha e Polônia e o relatório sobre o mercado mundial de exportação de carvão a vapor podem ser encontrados aqui: https://coaltransitions.org/reports/. (Brasil Energia – 06.09.2018)

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Energias Renováveis

1 Engie iniciará vendas de projeto “comunidade solar” em MG

A francesa Engie pretende lançar até o final do ano o início das vendas de um projeto que intitulou comunidade solar para explorar a GD solar fotovoltaica. Esse será o primeiro projeto da empresa dedicado a auto consumo remoto tanto para o segmento B2B quanto para o consumidor final. A ideia é fornecer parcelas de um projeto solar de 2 MW de capacidade instalada que deverá ficar pronto até meados de 2019. De acordo com o diretor comercial da Engie, Gabriel Mann, esse modelo comercial difere dos que a empresa está acostumada a ter em seu portfólio. Por isso, servirá como um piloto para testar a atratividade desse produto ao mercado. Por enquanto, disse o executivo, as vendas estão restritas à área de concessão da Cemig, até porque o modelo regulatório ainda não permite a compensação entre diferentes distribuidoras. O projeto estará localizado na cidade de Pompéu que fica na região central de MG. A geradora quer avaliar a aceitação desse modelo para lançar mão de novos projetos que já estão em seu pipeline de projetos. Essa modalidade de negócio, avaliou ele, ainda poderá ganhar um importante incentivo caso a revisão da RN 482/2012 da Aneel realmente aprove a compensação de energia entre as distribuidoras, como está previsto para ser debatido no ano que vem por meio de uma audiência pública a ser aberta pela agência reguladora e entre em vigor no segundo semestre de 2019. A geradora, lembrou ele, está com um projeto em parceria com as federações de indústrias dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e do Mato Grosso para fornecer sistemas às pequenas e micro indústrias nesses três estados, em parceria com a Weg. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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2 Maior usina solar da Bolívia é inaugurada em Uyuni

Usina Solar Fotovoltaica, localizada na cidade de Uyuni, Potosi, foi inaugurada neste sábado pelo presidente Evo Morales. Com capacidade para gerar 60 megawatts, já é considerada a maior da Bolívia. Com um investimento de US $ 73,6 milhões por meio de um empréstimo do Banco Central da Bolívia (BCB), o projeto foi realizado pela Empresa Nacional de Electricidade (ENDE) Guaracachi, subsidiária da ENDE Corporation, e executado pelo Consórcio EMÍAS-ELECNOR. A central solar de 60 MW pode abranger 50% da demanda de energia atual, segundo o departamento de Potosi e a produção anual estimada é de 123.000 megawatts por hora. Este projeto está localizado a 3.700 metros acima do nível do mar e a 15 quilômetros a sudeste da cidade de Uyuni, na província de San Antonio de Quijarro, Potosí. A estrutura consiste de 196,952 módulos fotovoltaicos fixado em 7.034 mesas, situado num espaço de 105 hectares. Os benefícios da implementação da usina são variados; incluindo movimentos de consumo de gás por uma fonte de energia que não emite gases de efeito estufa, o poder acesso universal é reforçada, aumentando a geração de energia excedente para exportação; além de desenvolver a atração turística em Uyuni. (La Razón - Bolívia - 08.09.2018)

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Gás e Termelétricas

1 Governo fará leilão de térmicas a gás para substituir usinas a óleo

O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, afirmou que o governo fará um leilão de contratação de energia de térmicas a gás para substituir usinas a óleo. Oddone falou com a imprensa depois de participar de reunião, na sede da ANP, com o ministro do MME, Moreira Franco, o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, e o presidente da EPE, Reive Barros. No encontro foram discutidas medidas para reduzir o custo da energia para o consumidor, como a realização de leilões regionais de energia térmica a gás natural na base. Oddone disse ainda que o leilão para substituição de térmicas a óleo por usinas a gás também deve permitir que as termelétricas a gás natural liquefeito (GNL) mudem seu fornecimento para gás nacional ao longo do contrato. A ideia do governo é contratar as térmicas a GNL no leilão, uma vez que, atualmente, não há oferta suficiente de gás natural para garantir esses contratos. O presidente da EPE, Reive Barros, afirmou que as usinas a óleo somam atualmente 5.163 MW e serão descontratadas entre 2022 e 2024. Segundo ele, o governo estuda a realização de leilões regionais. Em nota distribuída depois da reunião, o MME informou que o primeiro leilão poderá ocorrer no Nordeste. O Ministério informou ainda que foi criado um fórum permanente, com reuniões periódicas entre EPE, ANP e Aneel, para garantir a integração do setor de gás e energia elétrica, preços justos e abundância no fornecimento de energia. (Valor Econômico – 06.09.2018)

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2 Unica reclama da baixa contratação da biomassa nos últimos leilões regulados

Durante o III Congresso Internacional de Biomassa (CIBIO), evento internacional realizado esta semana em Curitiba (PR), o gerente em Bioeletricidade da União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica), Zilmar de Souza, falou sobre a baixa comercialização da bioeletricidade nos últimos leilões regulados e a falta de diferenciação entre energias limpas e poluentes nos critérios de contratação. No último dia 31 de agosto, a Aneel promoveu o leilão A-6/2018, para atendimento ao mercado das distribuidoras a partir de 2024. Ao fim da disputa, o setor sucroenergético, que havia cadastrado 25 projetos, totalizando 1.040 MW, vendeu apenas dois, o que representará o incremento de 28,5 MW. Para o especialista, esta baixa comercialização pode colocar em xeque o alcance das metas indicadas para a bioeletricidade canavieira no PDE 2026. O documento elaborado pela EPE prevê que contratação da capacidade instalada por esta biomassa deverá ser de 1.868 MW entre 2021 a 2024. Zilmar espera que os próximos leilões regulados consigam evoluir para, no mínimo, a criação de um produto específico para a bioeletricidade produzida da cana, ou mesmo leilões regionais e específicos para esta fonte e o biogás. (Agência CanalEnergia – 06.09.2018)

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3 EPE: Térmicas a gás habilitaram 30% da capacidade cadastrada em leilão

As térmicas a gás natural cadastradas para o leilão A-6 tiveram a menor proporção de habilitação, de acordo com dados divulgados pela EPE. Dos 28,6 GW cadastrados da fonte, apenas 8,8 GW, ou 30,7% foram habilitados. A não habilitação de uma térmica a gás foi, inclusive, a causa de uma disputa judicial que atrasou a realização do leilão por quase sete horas. A Evolution Power Partners ganhou, no dia anterior à concorrência, o direito de incluir informações sobre a inflexibilidade da usina térmica GPE Bahia 1 – a companhia chegou a entrar na disputa, mas desistiu durante o processo. (Brasil Energia – 06.09.2018)

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4 Codesul pressiona Petrobras por negociação de gás com Bolívia

As distribuidoras de gás natural do sul do país e do Mato Grosso do Sul estão impedidas de avançar nas negociações de compra de gás direto da Bolívia por carência de informações que deveriam ser enviadas pela Petrobras. Segundo o Codesul – Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul, que reúne os estados da região Sul e o Mato Grosso do Sul -, isso ocorre porque a estatal boliviana YPFB pede informações como o volume de gás que a Petrobras trará a partir de 2020, após o término do acordo atual, em 2019. Esses dados são considerados fundamentais pelos bolivianos para dar prosseguimento às negociações. A compra direta do gás boliviano é considerada uma das principais possibilidades de suprimento para as distribuidoras da região a partir de 2020. O grupo informou que encaminhou um ofício à Petrobras na semana passada solicitando as informações necessárias. Procurada pela reportagem da Brasil Energia, a petroleira informou que não vai comentar o assunto. (Brasil Energia – 06.09.2018)

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Economia Brasileira

1 Focus: Projeções têm nova revisão para baixo e estimam expansão de 1,40%

A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia em 2018 voltou a mostrar recuo, agora de 1,44% para 1,40%, segundo a pesquisa semanal Focus, do BC, divulgada nesta segunda-feira com estimativas coletadas até o fim da semana passada. Trata-se da terceira queda semanal consecutiva. As estimativas para a economia brasileira neste ano estão em trajetória quase ininterrupta de queda desde o fim de fevereiro, quando a mediana do mercado atingiu um auge de 2,92% no Sistema de Expectativas de Mercado do BC, que dá origem ao boletim Focus. Para 2019, a estimativa dos analistas consultados pela autoridade monetária continua em 2,50% de crescimento, percentual em que está há 11 pesquisas agora. No fim de agosto, o IBGE divulgou o desempenho do PIB do 2º trimestre, de 0,2% de avanço em comparação aos três primeiros meses do ano, feitos os ajustes sazonais. O dado que chamou mais atenção, no entanto, foi a revisão do dado do 1º trimestre, de alta de 0,4% para 0,1%. A projeção atual do governo federal para a economia brasileira em 2018 é de um crescimento de 1,6%, após o corte publicado no relatório de receitas e despesas referente ao terceiro bimestre, divulgado em 20 de julho. Antes disso, a previsão era de expansão de 2,5%. Também no fim de agosto, os ministérios da Fazenda e do Planejamento publicaram o Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) do governo federal para 2019 mantendo como premissa o crescimento de 2,50% para aquele período. (Valor Econômico – 10.09.2018)

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2 Focus: Estimativas para o IPCA se aproximam de 4%

A mediana das projeções dos economistas consultados para a pesquisa semanal Focus, do Banco Central, para a inflação oficial em 2018 caiu de 4,16% para 4,05%. No caso de 2019, o IPCA deve ter alta de 4,11%, sem mudança. Para os próximos 12 meses, a previsão para o aumento do IPCA saiu de 3,75% para 3,89%. Entre os economistas que mais acertam as previsões, os chamados Top 5, de médio prazo, a mediana para a inflação de 2018 também recuou, de 4,14% para 4,06%. Quanto a 2019, a expectativa foi de 4,17% para 4,10% de elevação. Na quinta-feira passada, o IBGE mostrou que o IPCA de agosto registrou deflação de 0,09%, menor resultado para o mês desde 1998. No último dia 31, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) do governo federal para 2019 trouxe a perspectiva de inflação de 4,25%. (Valor Econômico – 10.09.2018)

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3 FGV: IPC-S registra alta de 0,13% na primeira leitura de setembro

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) ficou em 0,13% na primeira medição de setembro, informou a FGV nesta segunda-feira. No fim de agosto, o indicador subiu 0,07%. Entre as classes de despesas avaliadas na pesquisa, a maior contribuição partiu de Alimentação, que saiu de elevação de 0,06% no fechamento de agosto para 0,18% na leitura inicial de setembro. ubiram mais entre um levantamento e outro Educação, Leitura e Recreação (0,15% para 0,45%) e Despesas Diversas (0,68% para 0,75%). Com queda menos acentuada, ficaram Transportes (-0,35% para -0,23%) e Vestuário (-0,47% para -0,35%). Em contrapartida, abrandaram o ritmo de alta Saúde e Cuidados Pessoais (0,39% para 0,28%) e Habitação (0,25% para 0,23%). Comunicação, por sua vez, deixou decréscimo de 0,13% para queda de 0,25%. (Valor Econômico – 10.09.2018)

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4 Receita previdenciária projetada para 2019 tem maior alta desde 2014

A proposta de Orçamento para 2019 prevê o maior crescimento da receita previdenciária desde 2014. A expectativa da equipe econômica é que os recursos da contribuição à Previdência Social tenham expansão nominal de 6,95%, quase o dobro da média de alta dos quatro anos anteriores. Apesar disso, o ritmo é abaixo do esperado para a despesa de Previdência, que deve crescer 7,35%, ainda que as duas estejam bem próximas de um alinhamento que há tempos não se via ocorrer. Com o aumento forte do desemprego, gerado pela recessão econômica verificada entre 2014 e 2016 e pela lenta recuperação a partir de 2017, a arrecadação da Previdência tem apresentado desempenho ruim. Combinado ao crescimento acentuado da despesa com aposentadorias e pensões, o déficit dessa conta aumentou substancialmente e já deve fechar neste ano, segundo o governo, em R$ 201,6 bi. O diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI) Gabriel Leal de Barros aponta que o crescimento real da receita previdenciária que o governo espera é uma notícia boa e está em linha com um nível de elasticidade histórico próximo de 1, embora nos anos mais recentes, pós-crise de 2008, esse indicador tenha ficado abaixo disso, refletindo desonerações e o desemprego. Ele aponta que a recuperação da arrecadação da Previdência de forma mais intensa dependerá também de uma melhor performance do mercado de trabalho, sobretudo do segmento formal, cujos dados têm sido aquém do esperado. (Valor Econômico – 10.09.2018)

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5 Poupança tem captação de R$ 5,8 bi, número recorde para agosto

A caderneta de poupança teve captação líquida de R$ 5,863 bi em agosto, segundo dados divulgados pelo BC. Foi o maior saldo positivo para agosto, em termos nominais, da série histórica do BC, com início em 1995. No mesmo período do ano passado, os depósitos superaram as retiradas em R$ 2,144 bi. Neste ano, a poupança acumula uma captação líquida de R$ 16,960 bi. A poupança tem recuperado terreno desde o ano passado, favorecida pela redução da taxa Selic, que reduziu a competitividade de outras aplicações conservadoras. Em 2017, a poupança, que é isenta do Imposto de Renda, fechou o ano com ingresso líquido de R$ 17,126 bi, após registrar um saque de R$ 40,701 bi em 2016. O ingresso líquido em agosto se soma ao rendimento de R$ 2,863 bi verificado no mês, ampliando o patrimônio total da poupança de R$ 755,7 bi em julho para R$ 764,4 bi. Em 2017, a poupança registrou aumento de patrimônio de R$ 59,611 bi, vindo de crescimento de R$ 8,4 bi em 2016. Em agosto, os bancos que aplicam recursos da caderneta em crédito imobiliário (SBPE) mostraram entrada líquida de R$ 4,405 bi. E as instituições que destinam os recursos para o crédito rural (SBPR) captaram R$ 1,458 bi. (Valor Econômico – 10.09.2018)

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6 BNDES prevê crescimento de 1,9% ao ano do investimento entre 2018 e 2021

O investimento em setores de infraestrutura e indústria no Brasil deve crescer 1,9% ao ano no período de 2018 a 2021, segundo estudo do BNDES. A perspectiva do banco é que os investimentos cheguem a R$ 1,03 tri no período, o que corresponde a uma média de R$ 257,5 bi por ano. Em 2017, os investimentos realizados atingiram R$ 245,7 bi. No estudo, o BNDES compara as perspectivas para 2018 a 2021 com os valores dos quatro anos anteriores. O estudo é realizado anualmente pelo Comitê de Assuntos Setorias do BNDES e foi divulgado nesta quinta-feira, 6, em Washington pelo presidente do banco, Dyogo Oliveira. O estudo mais recente até o de hoje, feito no segundo semestre de 2017, previa queda nos investimentos de 3,7% ao ano em média entre 2017 e 2020. Segundo a instituição, o levantamento atual mostra uma “mudança na trajetória e um sinal de retomada do investimento", que poderá ser potencializada na medida em que haja redução das incertezas relacionadas à economia e ao calendário político. (O Estado de São Paulo – 06.09.2018)

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7 Megaplano chinês de investimento pode ser chance para o Brasil

Especialistas concordam: o Brasil precisa aprender como atrair mais investimentos chineses na área de infraestrutura logística para se tornar mais competitivo no mercado mundial e firmar parcerias comerciais frutíferas com o gigante asiático.bLarissa Wachholz, sócia do grupo de consultoria Vallya, participou de debate nesta quinta-feira (6) durante o seminário Brasil-China, realizado pela Folha, com patrocínio da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), do Banco Modal e da distribuidora Caoa Chery, com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI). As grandes necessidades do Brasil ainda são infraestrutura e cadeia logística, áreas em que a organização nacional deixa muito a desejar e nas quais a China tem know how, afirmou a palestrante. Nesse sentido, uma grande oportunidade é a iniciativa “Belt and Road”, megaplano de investimentos do governo chinês para injetar bilhões de dólares em projetos de infraestrutura na Ásia, África, América Latina, Oriente Médio e Europa. Mas isso, afirmou a consultora, requer coordenação de uma estratégia interna e definir posições concretas sobre o que o Brasil pretende alcançar. Roberto Jaguaribe, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), apontou como essencial para o crescimento econômico nacional o investimento chinês em áreas como ferrovias, bens de consumo e produção de energia. (Folha de São Paulo – 06.09.2018)


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8 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 06 sendo negociado a R$ 4,0966, com variação de -0,83% em relação ao início do dia. Hoje (10) começou sendo negociado a R$4,0618 - com variação de -0,85% em relação ao fechamento do dia útil anterior - e segue uma tendência de alta, sendo negociado às 11h30 no valor de R$4,0943 variando +0,8% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 06.09.2018 e 10.09.2018)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 PIRES, Adriano. “Metamorfose ambulante”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 08 de setembro de 2018.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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2 BRANQUINHO, Marcelo: “Não subestime o risco”. Brasil Energia. Rio de Janeiro, 09 de setembro de 2018.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: João Pedro Gomes, Lucas Morais, Paulo César do Nascimento, Sérgio Lins, Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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