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IFE: nº 4.489 - 02 de fevereiro de 2018
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Artigo GESEL: "Uma nova e estratégica função das usinas termoelétricas na matriz elétrica brasileira"
2 Artigo GESEL: "Usinas hidrelétricas reversíveis - um novo negócio?"
3 Bandeiras tarifárias podem ser proibidas por projeto
4 MME: espera por revogação de liminar contra MP 814 pelo STF
5 Aneel: liberada a turbina de Belo Monte para operação comercial
6 Decreto sobre governança do RenovaBio fica pronto até junho
7 USP: Novo modelo para economia de energia
8 USP: governo deveria definir meta de economia de energia a ser alcançada pelas distribuidoras
9 Unifei: mecanismos de comercialização de eficiência energética devem ser estudados mais a fundo
10 TR Soluções: Falta de chuvas deixou rombo de R$ 4,4 bi que irá para conta de luz

Empresas
1 Segundo ministro Coelho Filho, empresa criada a partir de ativos não privatizados investirá em binacionais
2 Itaipu e a imparcialidade na participação entre União e Eletrobras geram discussão
3 Eletrobrás quer se livrar de processos nos EUA antes de privatização
4 Privatização da Eletrobras sem as subsidiárias não faz um sentido, comenta Wilson Ferreira
5 Wilson Ferreira Jr.: governo espera derrubar decisão liminar que paralisou privatização da Eletrobras
6 EPE receberá projeto de eficiência energética da Light, visando economizar
7 Boven: promoção de leilão para compra de energia
8 Prêmio Iasc nacional: Muxfeldt, Copel e Cergal recebem o prestígio

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Itaipu bate recorde de produção em janeiro ao produzir aproximadamente 9,5 milhões de MWh

Energias Renováveis
1 Chinesa CED Prometheus tem intenção de investir US$ 330 mi no em solar no Mato Grosso
2 Blue Sol Energia Solar inaugura franquia em Vinhedo
3 MME: Eólicas da Enel são enquadradas como projetos prioritários

Gás e Termelétricas
1 MME: Anseio para que PL do Gás seja aprovado até maio
2 Se lei for aprovada, térmica da Gastrading pode ser inviabilizada

Economia Brasileira
1 Fazenda: Governo estuda transformar PIS/COFINS
2 CNI: Uso da capacidade industrial atinge 70% em dezembro

3 FGV: IPC-S avança em cinco de sete capitais
4 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: órgãos reguladores têm diretórios eleitos por concurso pela primeira vez em mais de 10 anos
2 Bolívia: empresas estrangeiras estão interessadas em gás não convencional
3 Espanha: Mais de 170 mil barceloneses são vítimas da pobreza energética
4 Portugal: Nem metade do consumo energético de janeiro veio de fontes renováveis

Biblioteca Virtual do SEE
1 CASTRO, Nivalde; BRANDÃO, Roberto; VARDIERO, Pedro. "Uma nova e estratégica função das usinas termoelétricas na matriz elétrica brasileira". Agência Canal Energia. Rio de Janeiro, 1º de Janeiro de 2018.
2
CASTRO, Nivalde; BRANDÃO, Roberto; CATOLICO, Ana Carolina. "Usinas hidrelétricas reversíveis - um novo negócio?". 'Broadcast' do jornal O Estado de São Paulo. São Paulo, 31 de Janeiro de 2018.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Artigo GESEL: "Uma nova e estratégica função das usinas termoelétricas na matriz elétrica brasileira"

Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Nivalde de Castro, Roberto Brandão e Pedro Vardiero, (respectivamente: coordenador, pesquisador sênior e pesquisador do GESEL-UFRJ) analisam as mudanças nas funções das usinas termoelétricas no Setor Elétrico Brasileiro (SEB) à luz da alteração do perfil da matriz brasileira. Segundo os autores, "a partir de 2004, o perfil da matriz elétrica brasileira começou a se alterar estruturalmente em função de dois drivers: o fim da construção de UHE com reservatórios e a expansão da capacidade de geração priorizar o aproveitamento do potencial das fontes solar e eólica". Eles concluem que "a tendência irreversível é que as termoelétricas passem a deter uma função cada vez mais importante, estratégica e determinante nesse novo paradigma". Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 02.02.2018)

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2 Artigo GESEL: "Usinas hidrelétricas reversíveis - um novo negócio?"

Em artigo publicado pelo serviço 'Broadcast' do jornal O Estado de São Paulo, Nivalde de Castro, Roberto Brandão e Ana Carolina Católico (respectivamente: coordenador, pesquisador sênior e pesquisadora do GESEL-UFRJ) tratam da possibilidade de utilização de hidrelétricas reversíveis (UHR) em um contexto de mudanças significativas no parque gerador brasileiro que "vêm transformando a estrutura da matriz energética nacional, impondo aprimoramentos do arcabouço regulatório, operacional e comercial do modelo atual do Setor Elétrico Brasileiro (SEB)". Segundo os autores, "análises preliminares de viabilidade da incorporação de UHRs no Sistema Interligado Nacional (SIN), desenvolvidas pelo Grupo de Estudo do Setor Elétrico da UFRJ, permitiram identificar algumas possibilidades de instalação deste modelo de hidrelétrica no país". Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 02.02.2018)

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3 Bandeiras tarifárias podem ser proibidas por projeto

Implementado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias permite o repasse ao consumidor final do custo extra das distribuidoras com a geração de energia. De acordo com a agência reguladora, esse sistema de tarifação objetiva sinalizar mensalmente aos consumidores quais são as reais condições de geração de energia elétrica, dando a eles a oportunidade de adaptar seu consumo. A ideia é de que a área energética passa por momento de dificuldade na produção e, portanto, precisa dividir os custos com os usuários. Porém, para o autor do projeto, o regime de bandeiras tarifárias é prejudicial ao consumidor. A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Defesa do Consumidor; de Minas e Energia; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Agência Câmara - 01.02.2018)

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4 MME: espera por revogação de liminar contra MP 814 pelo STF

O secretário de Energia Elétrica do MME, Fábio Alves, afirmou nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, que a expectativa no MME é de que a liminar que suspendeu os efeitos de parte de Medida Provisória 814 seja revista no STF. Tramitam no STF um recurso da União e outro da Câmara dos Deputados contra a decisão da Justiça Federal de Pernambuco, que podem ser julgados a qualquer momento. Alves reforçou que a decisão judicial foi induzida por uma interpretação equivocada da MP. Ele acredita, porém, que uma decisão favorável do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF, facilitaria o andamento do processo por "uma questão de timing." Alves representou o ministro Fernando Coelho Filho na cerimônia de entrega do Prêmio Iasc. A premiação é concedida anualmente pela Aneel às distribuidoras melhor avaliadas por seus consumidores. (Agência Canal Energia - 01.02.2018)

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5 Aneel: liberada a turbina de Belo Monte para operação comercial

A Aneel liberou o início da operação comercial da unidade geradora UG 8 da UHE Belo Monte. A decisão foi publicada no DOU desta quinta-feira, 1 de fevereiro. A unidade aprovada para operar comercialmente possui 611,11 MW e a usina está situada em Vitória do Xingu, no Pará. Outra usina aprovada pela Aneel é a CGH Liberdade, que poderá operar comercialmente as unidades UG1 de 676,8 kW e UG2 de 364,5 kW, somando 1.041,3 kW de capacidade no município de Benedito Novo, em Santa Catarina. (Agência Canal Energia - 01.02.2018)

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6 Decreto sobre governança do RenovaBio fica pronto até junho

Após aprovação e sanção pelo presidente Michel Temer, o RenovaBio agora entra na fase de regulamentação. O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Márcio Felix, adiantou que ao longo de fevereiro deve ser divulgada para discussão a minuta do decreto presidencial que irá definir a governança e diretrizes para as metas nacionais de emissões e as individuais para cada distribuidor de combustível, além da proporcionalidade da multa pelo descumprimento dessa meta. Após a discussão dessa minuta, o governo deverá publicar a versão final do decreto, até junho. A ANP vai publicar duas resoluções sobre o programa. Até o meio do ano, a agência vai definir o credenciamento das empresas que farão a inspeção das normas do programa. O diretor da ANP Aurélio Amaral disse que a definição é necessária para saber de maneira clara e transparente quais serão as metas individuais de cada empresa. No segundo semestre a agência deve publicar resolução sobre a comercialização dos créditos de descarbonização (Cbio). A resolução dependerá de participação de órgãos reguladores do mercado de capitais, uma vez que os papéis serão comercializados em bolsa de valores. Já a EPE cuidará da modelagem dos impactos das ações do programa, tais como os resultados socioambientais, econômicos e outros. As fórmulas matemáticas balizarão as metas estabelecidas pelo programa e devem ser concluídas até abril, segundo o diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis, José Mauro Ferreira Coelho. Ele deu como exemplo a modelagem a ser feita para a comercialização da Cbio. Serão inseridos no sistema dados como demanda e as metas de cada empresa e a partir deles serão estimados os preços de cada papel de descarbonização a ser negociado. (Agência Brasil Energia - 01.02.2018)

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7 USP: Novo modelo para economia de energia

O Brasil corre o risco de não alcançar a meta de economia de energia elétrica traçada para 2030 - redução de 10% do consumo projetado em 2010 para aquele ano, ou uma redução acumulada anualmente de 0,6% - e que compõe a meta de redução de emissões de gases de efeito estufa de 43% até 2030, apresentada na Conferência Mundial do Clima em Paris, em 2015 (COP-21). O diagnóstico faz parte de estudo feito no Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEE-USP) e que propõe um novo modelo para aumentar os níveis de eficiência energética do país, com potencial para o alcance do objetivo definido pelo governo. De acordo com cálculos do estudo, o programa de eficiência energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (PEE-Aneel), em que as distribuidoras aplicam compulsoriamente 0,5% da receita anual líquida em projetos de uso racional de energia, alcança apenas 0,08% de economia de energia ao ano. Considerando a média simples das 15 maiores distribuidoras do país, o resultado é de 0,11% ao ano, ainda longe dos 0,6% anuais definidos pelo governo "Se continuarmos com essas metas que estão sendo atingidas por esse programa, em média, não vamos chegar ao compromisso firmado", explica o pesquisador do IEE-USP Rinaldo Caldeira, autor de tese de doutorado concluída em 2017 e que sugere a adoção no Brasil de um modelo de títulos de eficiência energética, chamado de "White Certificates". O trabalho, entregue à Aneel, também foi transformado em livro: "White Certificates - Um mercado de títulos de eficiência energética para o Brasil". (Valor Econômico - 02.02.2018)

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8 USP: governo deveria definir meta de economia de energia a ser alcançada pelas distribuidoras

"Hoje, as distribuidoras são obrigadas a gastar 0,5% da receita com projetos de eficiência energética, o que não é exatamente uma meta de redução do consumo, é uma meta financeira", afirma o pesquisador do IEE-USP Rinaldo Caldeira. Segundo ele, se, ao invés de estipular um total financeiro a ser gasto pelas empresas, o governo definisse uma meta de economia de energia a ser alcançada por elas, o resultado do PEE-Aneel seria mais eficaz. A partir da definição de uma meta, as distribuidoras poderiam comprar títulos de eficiência energética gerados por projetos independentes, ou desenvolver seus próprios projetos, contabilizando a economia obtida, ou comercializando seus títulos. De acordo com o modelo dos "White Certificates", a taxa interna de retorno de projetos de eficiência energética pode dobrar ou até triplicar, em comparação com os projetos desenvolvidos no modelo atual, desenvolvendo um mercado potencial para as empresas de serviços de conservação de energia. "Não podemos dizer que existe um mercado de projetos de eficiência energética no Brasil hoje", afirma Caldeira. O pesquisador conta ainda que o governo ou a Aneel poderia definir uma multa, em reais por R$/MWh, para as empresas que não atingissem a meta. Essa multa funcionaria como um "preço-teto" para o valor de comercialização dos títulos de eficiência energética. E a metodologia de verificação da redução de consumo alcançada, sugere ele, pode seguir o protocolo internacional de medição e verificação do desempenho energético (PIMV). O modelo de títulos de eficiência energética já é aplicado em mais de 15 países, entre eles Estados Unidos, Itália, França e Austrália. (Valor Econômico - 02.02.2018)


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9 Unifei: mecanismos de comercialização de eficiência energética devem ser estudados mais a fundo

Para Jamil Haddad, professor da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e referência em eficiência energética do país, os mecanismos de comercialização de eficiência energética devem ser estudados mais a fundo pelo Brasil para permitir que o setor ande com "os próprios pés", sem depender apenas de ações e incentivos governamentais. "Seria interessante criar um mercado autossustentável." Ações de mercado, no entanto, não podem ser o único vetor de desenvolvimento da eficiência energética do país, diz. Também são importantes ações de desenvolvimento tecnológico, legislação que estimule o setor e medidas de comunicação, conscientização e marketing para divulgar os benefícios da eficiência energética. Haddad propõe o desenvolvimento de um projeto-piloto, envolvendo um ou mais setores industriais, para testar o mecanismo de "White Certificates" no país. (Valor Econômico - 02.02.2018)

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10 TR Soluções: Falta de chuvas deixou rombo de R$ 4,4 bi que irá para conta de luz

A falta de chuvas que fez baixar o nível dos reservatórios das hidrelétricas no ano passado provocou, em 2017, um rombo de R$ 4,4 bilhões na conta que concentra a arrecadação das bandeiras tarifárias (cobrança excedente quando os reservatórios estão baixos e é necessário ligar as térmicas). Esse déficit deve ser responsável, sozinho, por um aumento médio de oito pontos percentuais nos reajustes das contas de luz dos clientes de distribuidoras que passarão por revisões tarifárias no primeiro semestre. Os cálculos do impacto são da TR Soluções, empresa especializada em tarifas de energia. No ano passado, os consumidores pagaram R$ 6,14 bilhões a mais nas contas de luz, devido à cobrança da bandeira tarifária, segundo a Aneel. Mesmo assim, o valor arrecadado não foi suficiente para cobrir todo o custo extra decorrente da geração de energia por meio de usinas térmicas. Além de mais poluentes, são mais caras e precisam ser acionadas quando chove pouco. Com isso, o déficit na conta das bandeiras tarifárias chegou a R$ 4,4 bilhões em 2017. Esse valor também é incluído na conta de luz, o que ocorre por meio dos reajustes anuais das tarifas das concessionárias. (O Globo - 02.02.2018)

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Empresas

1 Segundo ministro Coelho Filho, empresa criada a partir de ativos não privatizados investirá em binacionais

A nova estatal que será criada com os ativos da Eletrobras que não podem ser privatizados - Itaipu e Eletronuclear - deve se transformar em uma empresa para desenvolver projetos de hidrelétricas binacionais, disse o ministro de Minas e Energia Fernando Coelho Filho. Ele citou como exemplos projetos já discutidos no passado, mas que não avançaram, como as usinas binacionais com a Bolívia e a Argentina. Para isso, porém, será necessário resolver como será feita a cisão dos ativos para formar a nova empresa. O projeto de privatização enviado pelo governo ao Congresso diz que a União ficará autorizada a criar uma nova empresa para administrar a Eletronuclear e manter o acordo de Itaipu com o Paraguai. Assim como a Eletrobras, a nova empresa deve ser uma sociedade de economia mista, com participação privada e ações negociadas na bolsa. Na exposição de motivos anexada ao projeto de lei, porém, o governo diz que a criação dessa estatal é uma "sugestão" ao Legislativo. Nesse cenário da criação da nova empresa foi apurado que uma das ideias é que, em um primeiro momento, a nova empresa estatal terá a mesma estrutura societária que a Eletrobras depois da cisão. Depois disso, existe a possibilidade de haver uma troca de ações, de forma que ela se torne 100% estatal. (Valor Econômico - 02.02.2018)

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2 Itaipu e a imparcialidade na participação entre União e Eletrobras geram discussão

Não há, no entanto, um consenso no governo sobre isso. Segundo o ministro de Minas e Energia Coelho Filho, existe uma discussão que questiona se Itaipu é um ativo da Eletrobras ou apenas da União. "Discute-se se Itaipu é da Eletrobras, ou se é administrada pela Eletrobras, pois todos os investimentos foram feitos pela União", explicou o ministro. Assim, precisará haver um acordo sobre quem ficará com os direitos de comercialização da energia gerada na usina no Brasil. A discussão ganha mais importância pelo fato de que a partir de 2023, a usina passará a ter um excedente de caixa de US$ 1 bilhão, devido ao fim do financiamento para construção, de acordo com Coelho Filho. Em um cenário em que Itaipu seja totalmente da União, a cisão da usina binacional e da Eletronuclear precisaria ser rearranjada, uma vez que os minoritários da Eletrobras não teriam direito a participação na hidrelétrica. De toda forma, a ideia é que a nova empresa seja, eventualmente, 100% estatal, e possa se dedicar aos projetos binacionais. Segundo o ministro, esse excedente de caixa de US$ 1 bilhão que Itaipu passará a ter poderá ajudar no financiamento desses projetos. Os estudos para a hidrelétrica binacional com a Bolívia são os mais avançados até o momento. Em 2016, foi assinado um acordo de cooperação entre Eletrobras, a estatal boliviana Ende e a Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária da usina de Jirau, no rio Madeira, para avançar nos estudos da hidrelétrica binacional. A usina, que vai se chamar Guajará-Mirim, também deve ficar no rio Madeira, mas na fronteira com a Bolívia, e deve ter 3 mil megawatts (MW) de capacidade. O empreendimento tem investimento estimado em R$ 15 bilhões. Além da geração de energia elétrica adicional aos dois países, a instalação da hidrelétrica vai permitir a criação de uma malha hidroviária de 4.200 km navegáveis. No caso da Argentina, o projeto está mais distante de sair do papel. (Valor Econômico - 02.02.2018)

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3 Eletrobrás quer se livrar de processos nos EUA antes de privatização

A estatal Eletrobrás tem conversado com autoridades nos Estados Unidos para tentar encerrar um processo contra a companhia na Justiça norte-americana antes de sua privatização, que o governo quer concluir no segundo semestre deste ano por meio de uma oferta de novas ações, afirmou o presidente da elétrica, Wilson Ferreira Jr. A companhia brasileira é alvo de ação coletiva de investidores dos EUA que alegam ter sofrido prejuízos devido ao envolvimento da empresa em casos de corrupção, descobertos em meio à Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Em entrevista, o executivo disse que a Eletrobrás tem conversado com o Departamento de Justiça dos EUA, a SEC (órgão regulador do mercado de ações norte-americano) e investidores, mas não quis comentar se a empresa aceitaria um acordo que envolvesse um pagamento para encerrar as ações, como um anunciado recentemente pela Petrobrás. Ele ressaltou, no entanto, que a Eletrobrás se auto-denunciou às autoridades após os achados da Lava Jato e tem atuado como assistente da acusação nos processos. (O Estado de São Paulo - 01.02.2018)

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4 Privatização da Eletrobras sem as subsidiárias não faz um sentido, comenta Wilson Ferreira

Wilson Ferreira Jr, atual presidente da Eletrobras, prevê que a oferta de ações que deve reduzir a fatia do governo federal na companhia a uma posição minoritária, efetivando a desestatização, deve acontecer no segundo semestre. Um projeto de lei com a modelagem da desestatização foi enviado neste mês pelo Planalto ao Congresso Federal, onde será relatado pelo deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA), que já foi presidente de uma subsidiária da Eletrobras no Nordeste, a Chesf. Críticas públicas de Aleluia ao projeto e sua ligação com a Chesf geraram expectativa entre especialistas de que o texto possa ser alterado, com mudanças como a exclusão da subsidiária do processo de desestatização, uma proposta que agradaria políticos da região. Questionado sobre se é viável um avanço da privatização sem a inclusão da Chesf ou outras subsidiárias, como Furnas, Ferreira foi enfático. "Não, não é... Não vejo sentido nisso, os ativos têm sinergias", afirmou, defendendo que a união de todas as subsidiárias da Eletrobrás é que possibilita à companhia ganhos de escala e eficiência. (O Estado de São Paulo - 01.02.2018)

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5 Wilson Ferreira Jr.: governo espera derrubar decisão liminar que paralisou privatização da Eletrobras

O presidente da Eletrobrás, Wilson Ferreira Jr., disse que o governo federal espera derrubar ainda nesta semana uma decisão liminar que, na prática, paralisou um avanço da privatização, ao travar a contratação de estudos necessários ao processo. A decisão, da Justiça Federal de Pernambuco, suspendeu trecho da medida provisória 814/17 que retirou vetos existentes na legislação à inclusão da Eletrobrás no Plano Nacional de Desestatização (PND). "Estamos aguardando o desfecho, imagino que seja nessa semana, da liminar, para que a gente possa fazer os contratos, contratar os assessores financeiros... É o que a gente tem sido informado... Deve se ter alguma coisa no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana", afirmou. Venda de ativos. Antes da desestatização, a Eletrobrás pretende vender seis distribuidoras de eletricidade que operam no Norte e Nordeste, em um leilão previsto para até abril. No mercado, há dúvidas sobre a viabilidade dos negócios, uma vez que a Aneel tem cobrado que essas distribuidoras devolvam cerca de 4 bilhões de reais a fundos do setor elétrico, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). Mas, segundo Ferreira, a MP 814, decisões judiciais e recursos à Aneel devem fazer com que em breve a companhia passe a ter créditos de 8,5 bilhões de reais a receber desses fundos, ao invés de débitos. Ferreira Jr. disse também que a empresa deverá concluir até abril a venda de participações minoritárias em linhas de transmissão e usinas eólicas. Ele afirmou que a modelagem desses negócios deve ser divulgada em fevereiro. (O Estado de São Paulo - 01.02.2018)

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6 EPE receberá projeto de eficiência energética da Light, visando economizar

A Light está prestes a dar início à implantação do projeto de eficiência energética na EPE do Rio de Janeiro. Entre as ações de modernização estão previstas a aplicação de película nas janelas, a segregação de circuitos e a substituição de lâmpadas. A expectativa é que a fase de execução comece em fevereiro, de acordo com a empresa contratada JCL Engenharia. As lâmpadas alógenas, fluorescentes tubulares e fluorescentes compactas serão substituídas por lâmpadas de tecnologia LED, que irá proporcionar maior vida útil nas instalações internas do prédio, localizado na Avenida Rio Branco. A aplicação da película nas janelas vai reduzir a carga térmica dos escritórios, exigindo menor consumo dos aparelhos de ar condicionado. A segregação dos circuitos vem como solução para minimizar o tempo de uso da iluminação. Hoje, um único disjuntor aciona diversos pontos de iluminação simultaneamente, o que é desnecessário quando, por exemplo, apenas uma pessoa está usando o ambiente ou há a possibilidade de aproveitar a luz natural proveniente das janelas. Os estudos técnicos estimam uma economia de 174,53 MWh/ano, além de uma redução de demanda no horário de ponta de 33,67 kW. (Agência Canal Energia - 01.02.2018)

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7 Boven: promoção de leilão para compra de energia

A comercializadora Boven, novo nome da Federal Energia, promove chamada pública para compra de energia elétrica convencional com entrega no submercado Norte. O leilão será realizado no dia 2 de fevereiro, às 17h. Os interessados podem enviar suas propostas até às 13h do dia do leilão. (Agência Canal Energia - 01.02.2018)

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8 Prêmio Iasc nacional: Muxfeldt, Copel e Cergal recebem o prestígio

As distribuidoras Mux Energia (RS) e Copel (PR) levaram a categoria mais importante da premiação do Índice Aneel de Satisfação do Consumidor de 2017 para concessionárias com até 400 mil e acima de 400 mil unidades consumidoras, respectivamente. Entre as permissionárias, a vencedora do prêmio nacional foi a Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi, de Santa Catarina. O Prêmio Iasc foi entregue nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, em cerimônia no auditório da ANEEL. Além de inovar com a divisão do prêmio Iasc Brasil entre distribuidoras de maior e de menor porte, o regulamento para a edição atual estabeleceu nota mínima de 60, em uma escala de 0 a 100 pontos, para que as empresas sejam incluídas na disputa. No ano passado, o levantamento foi feito de 19 de agosto a 1º de novembro de 2017 com 24.926 consumidores residenciais de 584 municípios atendidos por 58 concessionárias e 38 permissionárias (cooperativas) de distribuição. A nota média Brasil no ano passado ficou em 63,16 pontos para as concessionárias, com pequena queda de 2,62% em relação à avaliação de 2016 (64,83 pontos). A média das permissionárias teve uma leve oscilação de 0,63% em relação à pesquisa anterior e ficou em 71,34. (Agência Canal Energia - 01.02.2018)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do Norte apresentaram crescimento de 0,5% nos níveis em relação ao dia anterior e se encontram com 32,3% da capacidade, segundo dados do ONS relativos a última quarta-feira, 31 de janeiro. A energia armazenada chegou a 4.864 MW mês e a ENA ficou em 60% da MLT. A hidrelétrica Tucuruí se encontra com 50,83% da capacidade. No submercado Nordeste houve alteração positiva, com acréscimo de 0,2% nos níveis, e os reservatórios operam com 17,9% da capacidade. A energia armazenada ficou em 9.254 MW mês no dia e a energia afluente está em 36% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A hidrelétrica Sobradinho apresenta 13,84% da sua capacidade. O Sul do país registrou elevação de 0,6% nos níveis e os reservatórios se encontram com 81,9% da capacidade. A energia armazenada no dia ficou em 16.461 MW mês e a energia afluente está em 176% da MLT. A usina de Passo Fundo opera com 73,63% da capacidade. Na região Sudeste/Centro-Oeste os níveis aumentaram 0,3%, deixando os reservatórios com 31,3% da capacidade. A energia armazenada está em 63.557 MW mês e a energia afluente em 87% da MLT. Furnas trabalha com 21,06% da capacidade e a usina Nova Ponte, com 17,78%. (Agência Canal Energia - 01.02.2018)

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2 Itaipu bate recorde de produção em janeiro ao produzir aproximadamente 9,5 milhões de MWh

Itaipu atingiu, em janeiro, a melhor produção mensal de sua história. O recorde foi sucessivo ao de dezembro do ano passado, que era até então o melhor mês desde que a usina começou a gerar energia, em maio de 1984. A produção total de janeiro foi de aproximadamente 9,5 milhões de MWh, 2,9% superior à de dezembro, de 9,2 milhões de MWh. A energia produzida em janeiro seria suficiente para abastecer o estado de São Paulo por dois meses, a cidade de Curitiba por dois anos e Foz do Iguaçu, onde está a sede brasileira da hidrelétrica binacional, por 17 anos. Para atingir o recorde, a área técnica de Itaipu, que envolve equipes do Brasil e do Paraguai, precisou lidar com o excesso de chuvas. As chamadas "variáveis de produção" exigiram lidar com elevadas afluências de água a montante (acima) e a jusante (abaixo) da usina, quando a redução na queda d´água pode diminuir a geração. Além disso, em janeiro houve a necessidade de desligamento de unidades geradoras para manutenção corretiva e preventiva e também ocorreram indisponibilidades no sistema de transmissão de Furnas para a manutenção preventiva. (Agência Brasil Energia - 01.02.2018)

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Energias Renováveis

1 Chinesa CED Prometheus tem intenção de investir US$ 330 mi no em solar no Mato Grosso

A empresa chinesa CED Prometheus assinou protocolo de intenções para investir US$ 330 mi em usinas solar de 300 MWp no Mato Grosso, na região de Chapada dos Guimarães. O documento foi assinado na última terça-feira (30/1) pelo governador Pedro Taques, pela prefeita de Chapada dos Guimarães, Thelma de Oliveira, e por representantes das empresas que fazem parte do projeto. A intenção é que sejam investimento seja realizado com capital 100% privado e participação da empresa chinesa. O projeto está localizado na região do Manso, a 129 quilômetros de Cuiabá. O projeto, de acordo com o governo do estado, irá atender as indústrias do estado, nos moldes do condomínio fotovoltaico que está sendo desenvolvido em Palmira, em Paraná, onde mais de 150.000 m² em painéis solares atenderão exclusivamente as indústrias paranaenses. A previsão inicial é de gerar cerca de 300 empregos diretos e indiretos no período das obras. (Agência Brasil Energia - 01.02.2018)

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2 Blue Sol Energia Solar inaugura franquia em Vinhedo

A Blue Sol Energia Solar anunciou na última quinta-feira, 1º de fevereiro, a abertura de sua 10ª franquia, que terá atuação nas cidades de Jundiaí, Vinhedo, Louveira e Valinhos. A unidade iniciará as atividades em fevereiro, sob o comando do franqueado Mário Luiz de Abreu e Silva. Sua última ocupação foi como consultor na área de pedágios e meios de pagamento, e sempre teve atenção especial voltada à sustentabilidade e em como uni-la à tecnologia. "Tenho perfil inovador, gosto sempre de realizar atividades novas e não rotineiras. Há alguns anos as energias alternativas já chamavam minha atenção, em especial a fotovoltaica. Quando descobri a Blue Sol fiquei motivado a estudar e me capacitar na área e, conforme conhecia mais, maior era a vontade de atuar no setor", avaliou. O novo franqueado da Blue Sol, cuja unidade está instalada no Vinhedo Mall, conta que o caráter inovador e os desafios de um mercado incipiente despertaram o desejo de participar ativamente dessa nova revolução energética, onde a opção por energias alternativas e renováveis não para de crescer. Os recursos destinados a nova franquia foram de aproximadamente R$ 200 mil e a expectativa é de que o retorno do investimento ocorra em até dois anos. (Agência Canal Energia - 02.02.2018)

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3 MME: Eólicas da Enel são enquadradas como projetos prioritários

Ministério de Minas e Energia aprovou na última quarta-feira, 31 de janeiro, como prioritário, cinco projetos de centrais de geração eólica de titularidade da Enel Green Power. Entre as usinas enquadradas estão a EOL Delfina III, VI, VII, IV e a EOL Boa Vista de Lagoinha. Com a declaração, os parques eólicos poderão emitir debêntures de infraestrutura, que tem incentivos para os investidores. (Agência Canal Energia - 01.02.2018)

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Gás e Termelétricas

1 MME: Anseio para que PL do Gás seja aprovado até maio

O MME espera que até maio o Projeto de Lei do Gás seja aprovado no Congresso Nacional. De acordo com o secretário de Petróleo e Gás do MME, Márcio Félix, o momento agora é de esperar a volta do recesso parlamentar e a posterior composição da comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. O MME trabalha para que a partir de março ele já possa ser aprovado. Nessa nova rodada de discussão será necessário aparar algumas arestas que existem sobre o PL do Gás. Ainda de acordo com Félix, parte significativa do projeto foi objeto de concordância de todos os agentes, mas alguns pontos, considerados pelo secretário como 'cirúrgicos' sofreram resistência. Dentre eles, destacam-se o consumidor livre e a atuação dos estados, que a constituição de 1988 definiu como reguladores. A nova lei do gás natural, que veio a partir do programa 'Gás para crescer', foi uma iniciativa do governo para modernizar o setor. A expectativa era que no fim do ano passado, a lei fosse votada, mas a falta de consenso acabou com que ela não fosse votada no parlamento. (Agência Canal Energia - 01.02.2018)

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2 Se lei for aprovada, térmica da Gastrading pode ser inviabilizada

Os vereadores de Peruíbe (SP) aprovaram na última quarta-feira, 31 de janeiro, a emenda à lei orgânica do município, que impede a instalação de indústrias altamente poluentes na região. Com isso, ficaria impedida a construção do projeto Verde Atlântico, da Gastrading, que previa a instalação de uma termelétrica a gás no município de 1,7 GW e um terminal de regaseificação offshore. Em dezembro de 2017, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) já havia negado o pedido de licenciamento do projeto. (Agência Canal Energia - 01.02.2018)

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Economia Brasileira

1 Fazenda: Governo estuda transformar PIS/COFINS

Mesmo sem elevar a carga tributária, é preciso corrigir distorções do sistema tributário, afirmou nesta quinta-feira o secretário-executivo do MF, Eduardo Guardia. Nesse sentido, disse, a proposta do governo é transformar o PIS/Cofins em um imposto sobre o valor adicionado (IVA), reconhecendo os créditos pagos nas cadeias anteriores. Guardia participou de almoço promovido pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). No entanto, para a criação de uma alíquota única, "alguém precisa pagar mais e alguém pagar menos", disse. Para isso, o governo quer manter a possibilidade de alguns setores da economia permanecerem no sistema cumulativo. Segundo o secretário, "seria interessante" a criação de um Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) federal, que incluísse o PIS/Cofins e o ICMS, mas é difícil fazer uma mudança abrupta como essa sem antes corrigir as distorções no PIS/Cofins. De acordo com Guardia, o governo vai aguardar a discussão da Previdência em fevereiro para depois colocar a proposta de mudança do PIS/Cofins em análise no Congresso. (Valor Econômico - 01.02.2018)

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2 CNI: Uso da capacidade industrial atinge 70% em dezembro

O nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) da indústria brasileira subiu 0,1 ponto percentual entre novembro e dezembro, com ajuste sazonal, chegando a 78%. Os números são da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na comparação com dezembro de 2016, quando o uso da capacidade foi de 76,7%, na série com ajuste sazonal, o Nuci da indústria subiu 1,3 ponto percentual. "A recuperação da atividade industrial segue em curso, com variações positivas dos índices de atividade industrial", afirma a entidade. (Valor Econômico - 02.02.2018)

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3 FGV: IPC-S avança em cinco de sete capitais

A aceleração do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) para alta de 0,69% na última apuração de janeiro foi influenciada por cinco das sete capitais pesquisadas pela FGV. Brasília foi novamente exceção, como tem ocorrido nas últimas semanas, mas dessa vez acompanhada por Porto Alegre. Tiveram inflação mais marcada da terceira para a última leitura de janeiro Salvador (0,02% para 0,49%), Belo Horizonte (0,40% para 0,56%), Recife (0,44% para 0,45%), Rio de Janeiro (0,71% para 0,74%) e São Paulo (0,70% para 0,84%). Em Brasília, o IPC-S saiu de avanço de 0,08% para recuo de 0,01%, e em Porto Alegre, o índice de preços passou de alta de 1,04% para 0,98%. (Valor Econômico - 02.02.2018)

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4 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 01 sendo negociado a R$3,1687, com variação de -0,79% em relação ao início do dia. Hoje (02) começou sendo negociado a R$3,1913 - com variação de +0,71% em relação ao fechamento do dia útil anterior - e segue uma tendência de alta, sendo negociado às 11h00 no valor de R$3,2002, variando +0,28% em relação ao início do dia. (Valor Econômico - 01.02.2018 e 02.02.2018)

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Internacional

1 Argentina: órgãos reguladores têm diretórios eleitos por concurso pela primeira vez em mais de 10 anos

Desde que Eduardo Duhalde e depois Néstor Kirchner tomaram as rédeas do Poder Executivo, as entidades reguladoras da luz e do gás foram tratadas principalmente por políticos, sem formação técnica. O ministro da Energia, Juan José Aranguren, decidiu regularizar a situação e convocou competições de fundo para os conselhos de ambas as entidades. Através de decretos publicados nesta semana, foi oficializado que Mauricio Roitman será presidente da Enargas (gás) e Andrés Chambouleyrón liderará o Enre (luz). Ambos vieram para os postos após o concurso, conforme estabelecido pelo quadro regulamentar. Na sua avaliação, eles participaram de ex-secretários de energia para representantes acadêmicos, industriais e sindicatos. (Argentina - Clarín - 01.02.2018)

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2 Bolívia: empresas estrangeiras estão interessadas em gás não convencional

Várias empresas estrangeiras estão interessadas no gás boliviano não convencional, uma energia que o país sul-americano afirma em "volumes gigantescos". Nos próximos dias, o governo do presidente Evo Morales anunciará os acordos de estudo. A informação foi revelada pelo ministro dos Hidrocarbonetos, Luis Alberto Sanchez, nesta quinta-feira em uma entrevista com a estação de rádio estadual Patria Nueva. "Duas empresas do Canadá e da Inglaterra chegaram juntas com a equipe do YPFB em que trabalhamos por algum tempo. Hoje é o momento do gás convencional, mas a tendência no mundo não é convencional", disse ele. O assunto foi abordado em 2013, quando a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) anunciou, com base em estudos da Agência Internacional de Energia (AIE) divulgados em 2012, que a Bolívia possui potencial de gás não convencional de 48 trilhões de toneladas. Também conhecido como gás de xisto ou gás de ardósia, é encontrado na formação de Los Monos na bacia de Tarija, preso em rochas muito mais profundo que o gás natural, informou a companhia de petróleo na época. (Bolívia - La-Razon - 01.02.2018)

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3 Espanha: Mais de 170 mil barceloneses são vítimas da pobreza energética

Um relatório sobre a pobreza energética encomendado pela cidade de Barcelona conclui que cerca de 170 mil habitantes, mais de 10% dos habitantes da cidade, são vítimas da pobreza energética. O documento - feito pela equipe universitária RMIT Europe - garante que os afetados ou não podem pagar uma ou mais contas, ou não podem manter uma temperatura adequada em sua casa. O relatório complementa os dados fornecidos pelo saldo do primeiro ano de operação dos pontos de consulta de energia (PAE), que atendia 22.987 pessoas de 8.588 domicílios. O diretor do relatório, o pesquisador Sergio Tirado, conclui que a pobreza energética está intimamente ligada à pobreza no sentido amplo: "Os usuários de serviços sociais têm até cinco vezes mais risco de sofrer do que aqueles que não são. Também é mais comum em famílias que sofrem de insegurança residencial". O pesquisador argumenta que há mais casos de pouca energia entre aqueles que vivem de aluguel do que entre os proprietários e relata aumentos nas rendas e o fato de que os inquilinos da habitação arrendada não têm margem ou permissão para mudar as empresas de abastecimento, instalações de aquecedores de água ou aquecedores de aquecimento. O Consistório de Barcelona abriu no final de janeiro de 2017 até dez pontos de conselho energético (PAE) distribuídos por toda a cidade. A vice-prefeita Laia Ortiz disse que, embora o relatório aponte para 170 mil PAE afetados, apenas atendeu 23 mil pessoas. (El País - Espanha - 01.02.2018)

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4 Portugal: Nem metade do consumo energético de janeiro veio de fontes renováveis

A produção renovável de eletricidade abasteceu menos de metade do consumo nacional português, penalizada pela continuação de condições negativas à produção hídrica, devido à seca, e compensada por uma produção eólica acima da média. De acordo com dados da REN - Redes Energéticas Nacionais, em janeiro as condições hidrológicas permaneceram muito negativas, com o índice de produtibilidade hidroelétrica a situar-se em 0,40 (média histórica é 1). Pelo contrário, na produção eólica registraram-se condições mais favoráveis, com o índice de produtibilidade respectivo a situar-se em 1,07 (média histórica igual a 1). O conjunto da produção renovável abasteceu 46% do consumo de eletricidade (incluindo saldo exportador), com as hidroelétricas a representarem 12% do consumo, as eólicas 28%, a biomassa 5% e as fotovoltaicas 1%, enquanto a produção não renovável abasteceu os restantes 54% com o gás natural a representar 32% e o carvão 22%. O saldo de trocas com o estrangeiro foi ligeiramente exportador, equivalendo a 0,6% do consumo nacional. O consumo de energia elétrica recuou 0,6% em janeiro, face ao mês homólogo do ano anterior, penalizado pelas temperaturas acima dos valores normais para este mês, ao contrário do que se tinha verificado no ano anterior. Mas, corrigindo os efeitos de temperatura e número de dias úteis, o consumo registra uma evolução positiva de 1,2%, de acordo com dados da REN. Já no mercado de gás natural, registrou-se em janeiro uma quebra homóloga de 1,4%, apesar de um aumento de 5,6% no segmento do mercado elétrico, isto é, a utilização das centrais elétricas a gás natural. Mas, no segmento convencional registrou-se uma redução no consumo de gás natural de 5,2%. (Observador - Portugal - 01.02.2018)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 CASTRO, Nivalde; BRANDÃO, Roberto; VARDIERO, Pedro. "Uma nova e estratégica função das usinas termoelétricas na matriz elétrica brasileira". Agência Canal Energia. Rio de Janeiro, 1º de Janeiro de 2018.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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2 CASTRO, Nivalde; BRANDÃO, Roberto; CATOLICO, Ana Carolina. "Usinas hidrelétricas reversíveis - um novo negócio?". 'Broadcast' do jornal O Estado de São Paulo. São Paulo, 31 de Janeiro de 2018.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Vitória, João Pedro Santos, Lucas Morais, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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