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IFE: nº 4.480 - 22 de janeiro de 2018
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL calcula perdas com redução da taxa de remuneração para o próximo ciclo de revisões
2 GESEL: Pesquisadores analisam proposta da Aneel de reduzir a taxa de remunerações das distribuidoras
3 Adesão do Brasil à IRENA é aprovada
4 EPE avalia importância da entrada do país na IRENA
5 Aneel: liberada a turbina da hidrelétrica São Manoel para operação comercial
6 MME: enquadrado o projeto de transmissão da Rialma no Reidi
7 Artigo de Claudio Bernardes (Secovi-SP): "Casas inteligentes trarão conveniência e reduzirão gasto de energia"

Empresas
1 Eletrobras: Temer assina projeto de lei para privatizar estatal
2 Eletrobras: Mudanças no projeto de privatização são assinadas por ministros
3 Eletrobras: Carta que acompanha PL fala sobre benefícios gerados pela privatização
4 Eletrobras: Outros detalhes da privatização
5 Eletrobras: Deputado do DEM será relator na Câmara do PL da estatal
6 EDP: Primeiros negócios com comercializador varejista em 2018 são projetados
7 EDP: 2018 deve apresentar uma elevação mais acentuada dos volumes negociados no segundo semestre
8 CEEE: Investimentos de R$ 20,6 mi em nova subestação em Pelotas

9 Duke Energy Brasil: Aquisição rende prêmio internacional à CTG Brasil

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 ONS eleva em 1,5% a projeção de carga de energia em janeiro
3 CCEE: MSCD Energia Nova A-1 descontrata 1.546 MW médios de distribuidoras

4
Disponibilidade de turbinas de Itaipu chegou a 97,10% em 2017
5
Jirau: Com La Niña, atinge potência máxima
6
PLD para o período entre 20/01 e 26/01 sobe em todos os submercados
7
Artigo de Abraham Curi: (Tecnogera Geradores): "A locação de insumos e as soluções energéticas para o Brasil"

Meio Ambiente
1 Revitalização do Rio São Francisco terá R$ 350 mi por ano pelos próximos 15 anos

Energias Renováveis
1 PHB Solar: Aposta em armazenamento de energia para microgeração

Gás e Termelétricas
1 CCEE: adimplência na liquidação de energia nuclear e cotas ficou acima de 99%

Grandes Consumidores
1 CCR estuda entrar em geração de energia

Economia Brasileira
1 Focus: Previsões apontam Selic maior pelos próximos 2 anos
2 Métricas fiscais brasileiras estão frágeis, dizem economistas

3 Gasto com juro real no ano passado atingiu R$ 203,1 bi
4 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: Província argentina de Jujuy assina pacto solar com Masdar
2 Argentina: Enel vai investir U$S 1,350 milhões em Edesur
3 Espanha: Impulsionando as renováveis

Biblioteca Virtual do SEE
1 BERNARDES, Claudio. "Casas inteligentes trarão conveniência e reduzirão gasto de energia". Folha de São Paulo. São Paulo, 22 de janeiro de 2018.
2
CURI, Abraham. "A locação de insumos e as soluções energéticas para o Brasil". Brasil Energia. Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2019.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL calcula perdas com redução da taxa de remuneração para o próximo ciclo de revisões

A proposta da área técnica da Aneel de redução da taxa de remuneração para o próximo ciclo de revisões tarifárias das distribuidoras, que se inicia em março deste ano e vai até 2020, de 8,09% para 7,71%, provocará a perda de 6% do Ebitda anual das distribuidoras, para R$ 6,2 bilhões, e uma redução de investimentos no setor de R$ 3 bilhões ao ano. A proposta da agência tem preocupado o setor de distribuição, segmento mais afetado do mercado elétrico desde a publicação da MP 579/2012, seguida por uma grave crise hídrica. As projeções são da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Instituto Acende Brasil e Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ (GESEL-UFRJ). (Valor Econômico - 22.01.2018)

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2 GESEL: Pesquisadores analisam proposta da Aneel de reduzir a taxa de remunerações das distribuidoras

De acordo com levantamento feito pelo Gesel/UFRJ, o setor de distribuição brasileiro deu prejuízo nos anos de 2015 e 2016. Nesse mesmo biênio, 27% das grandes empresas privadas do setor, que em geral são mais eficientes que as estatais, tiveram prejuízo. "Você imagina que um setor de infraestrutura monopolista regulado é de baixo risco e retorno moderado. Se a empresa for muito eficiente, ela terá um retorno um pouco maior, mas nada excepcional. E, se ela for mal, ela terá um lucro baixo, mas não um prejuízo", afirma Roberto Brandão, pesquisador do Gesel/UFRJ. Para o coordenador do Gesel/UFRJ, professor Nivalde de Castro, o ideal é que a Aneel tenha sensibilidade para tratar do assunto. "Não basta discutir um número. É importante discutir o cenário atual." A expectativa do setor é que a proposta da área técnica da Aneel possa ser colocada na pauta da reunião da diretoria da agência a partir de 30 de janeiro. A Aneel informou que a área técnica está analisando as contribuições recebidas na audiência pública e ainda não tem um "posicionamento técnico final" sobre o assunto. (Valor Econômico - 22.01.2018)

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3 Adesão do Brasil à IRENA é aprovada

A Comissão Interministerial de Participação em Organismos Internacionais do Governo Federal aprovou por unanimidade, o início do processo de adesão do Brasil à Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA). O Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, destacou a importância da iniciativa ao lado do Presidente da EPE, Luiz Barroso, que chegou hoje de Abu Dhabi da 8º Assembleia Geral da IRENA. "O Brasil é um dos melhores exemplos da substancial representatividade das energias renováveis na matriz, tanto elétrica quanto energética, e tenho convicção de que poderemos contribuir muito com a Agência e seus países membros. Como país membro, poderemos participar mais ativamente do debate sobre temas relevantes da agenda energética internacional, bem como nos beneficiar das ferramentas e iniciativas desenvolvidas pela IRENA", afirmou o ministro. O Ministro ainda lembrou que a IRENA vem realizando um importante trabalho desde sua fundação, há apenas 9 anos, período em que logrou estabelecer-se como autoridade global em energia renovável, e criou um relevante ambiente de debate das políticas de energias renováveis, incluindo os biocombustíveis, em nível mundial. O alto número de membros que aderiram à Agência nesse curto intervalo de tempo é bastante expressivo. São 152 países membros e cerca de 30 países em processo de adesão, como o Brasil. A 8º Assembleia Geral da IRENA teve como temas centrais a discussão de políticas públicas para integração de renováveis e eletrificação da mobilidade. (Ambiente Energia - 20.01.2018)

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4 EPE avalia importância da entrada do país na IRENA

O Presidente da EPE, Luiz Barroso, que representou o Brasil pelo segundo ano consecutivo no encontro da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), avaliou a importância da entrada do país na agência. "O Brasil é pioneiro em uma serie de políticas para inserção de energia renováveis que foram posteriormente referências para vários países. Sua participação na IRENA colocará o país na elite mundial da nova onda de discussões, exportando e importando o melhor do conhecimento sobre o tema". A participação brasileira na IRENA contribuirá para a Plataforma Biofuturo, iniciativa do Ministério das Relações Exteriores (MRE), que conta com a participação do MME. As ações do MRE no campo internacional estão compatíveis com o Programa RenovaBio, que foi sancionado pelo Presidente da República em dezembro do ano passado. O corpo técnico da IRENA poderá também proporcionar mais vantagens para o desenvolvimento da energia solar e eólica no Brasil. Além disso, poderá atrair investimentos, financiamentos e divulgação de processos licitatórios, beneficiando-se do apoio institucional da organização. (Ambiente Energia - 20.01.2018)

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5 Aneel: liberada a turbina da hidrelétrica São Manoel para operação comercial

A Aneel liberou para operação comercial a unidade geradora UG2, de 175 MW de capacidade instalada da usina de geração hidrelétrica denominada UHE São Manoel, segundo despacho publicado pela Aneel nesta sexta-feira, 19 de janeiro. O empreendimento está localizado nos municípios de Jacareacanga, no Pará, e Paranaíta, no Mato Grosso. Outra liberação emitida pelo órgão regulador é referente a usina de geração termelétrica chamada UTE Algar Agro, que poderá testar a unidade UG1, de 8.250 kW de capacidade instalada, localizada em Uberlândia, Minas Gerais. A Cemig também recebeu a aprovação da Aneel para testar a unidade UG2, de 810 kW de capacidade, que compõe a CGH Luiz Dias, situada no município de Itajubá, Minas Gerais. (Agência Canal Energia - 19.01.2018)

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6 MME: enquadrado o projeto de transmissão da Rialma no Reidi

O MME autorizou na última sexta-feira, 19 de janeiro, o enquadramento ao Reidi do projeto de Transmissão de Energia Elétrica relativo ao Lote 30 do Leilão nº 05/2016 da Aneel. A titularidade da obra é da Rialma Transmissora de Energia. (Agência Canal Energia - 22.01.2018)

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7 Artigo de Claudio Bernardes (Secovi-SP): "Casas inteligentes trarão conveniência e reduzirão gasto de energia"

Em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, Claudio Bernardes, engenheiro civil e presidente do Conselho Consultivo do Secovi-SP, trata da futura expansão das casas inteligentes no Brasil e de seus benefícios, com destaque para a economia de energia. Segundo ele, "a revolução digital fortalece as previsões que as casas ou lares inteligentes oferecerão mais conveniência e menos dispêndio de energia em um futuro próximo". Ele conclui que, "naturalmente, a tecnologia das casas inteligentes continuará a evoluir, tornando-se acessível e barata. Com isso, mais pessoas poderão utilizar-se dela, e novos padrões, modelos e estilos de vida devem se consolidar, principalmente nas áreas urbanas". Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 22.01.2018)

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Empresas

1 Eletrobras: Temer assina projeto de lei para privatizar estatal

O presidente Michel Temer assinou nesta sexta-feira o projeto de lei que trata do processo de privatização da Eletrobras. A proposta trouxe poucas mudanças em relação ao texto finalizado pelo MME em novembro do ano passado. A privatização será feita por meio de um aumento de capital, no qual a participação da União será diluída. De acordo com o governo, essa modelagem mantém o patrimônio da União preservado e valorizado na Eletrobras, sem a necessidade de venda de ações. A capitalização deverá ser atrelada à assinatura de novos contratos de concessão para usinas hidrelétricas do grupo. A estatal deixará de comercializar a energia com as distribuidoras pelo regime de cotas, com remuneração reduzida, para negociar os mesmos montantes livremente no mercado regulado ou no mercado livre, o que garante maior retorno financeiro. A "descotização" será feita mediante o pagamento de uma outorga pela companhia, em contrapartida ao aumento da remuneração. A exposição de motivos do projeto de lei prevê que esse aporte da Eletrobras para a União poderá chegar a dois terços do valor adicionado dos novos contratos de geração. O restante (um terço) deverá ir para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Com isso, os encargos cobrados dos consumidores serão reduzidos, possibilitando uma redução na tarifa de energia. O aumento de capital poderá ser acompanhado de uma oferta secundária de ações, segundo o projeto de lei. A União não poderá subscrever novas ações da Eletrobras no processo de aumento de capital da empresa, mas os empregados terão a oportunidade de adquirir uma parte das ações. A operação também só será possível mediante a aprovação, pelos acionistas, da celebração de aditivos nos contratos de transmissão de energia elétrica. (Valor Econômico - 19.01.2018)

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2 Eletrobras: Mudanças no projeto de privatização são assinadas por ministros

Com a privatização, a Eletrobras deve aceitar a atualização dos valores [referentes a cobrança de indenização bilionária em favor de transmissoras] pelo Custo Ponderado Médio do Capital. O recebimento também não se dará mais em oito anos acertados hoje, mas pelo restante do prazo da concessão, de acordo com a exposição de motivos do projeto de lei. Entre as alterações em relação ao texto anterior, chama a atenção o fato de que a União não terá mais a garantia de indicar o presidente do conselho da companhia depois da privatização. Agora, a União terá o direito de indicar um membro adicional ao conselho da companhia, além da indicação de membros em decorrência e na proporção da titularidade das ações ordinárias detidas por ela. Na prática, isso quer dizer que a União quer garantir que tenha assentos no conselho proporcionais à sua participação. Se forem 10 vagas e o governo ficar com 40% das ações depois da operação, serão quatro conselheiros. Ao mesmo tempo, no entanto, o projeto propõe que nenhum acionista ou grupo de acionistas poderá ter poder de voto superior a 10% das ações. Isso significa que os minoritários, mesmo que tenham uma fatia superior a 10% da companhia, só poderão votar dentro deste limite. Carta assinada pelos ministros Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), Henrique Meirelles (Fazenda), Dyogo de Oliveira (Planejamento), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência) explica que esse limite tem a finalidade de evitar a concentração de mercado e a tomada hostil de controle por outra companhia. (Valor Econômico - 19.01.2018)

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3 Eletrobras: Carta que acompanha PL fala sobre benefícios gerados pela privatização

Na carta que acompanha o projeto de lei assinado hoje pelo presidente Michel Temer, os ministros [de Minas e Energia, Fazenda, Planejamento e Casa Civil] dizem que a privatização da Eletrobras vai ajudar a sanear as contas públicas nacionais. "A operação contribuirá diretamente ao equilíbrio fiscal, pois a empresa deixará de competir com recursos públicos necessários à educação, saúde e segurança", diz o documento. Além disso, os ministros apontam que o governo vai receber um bônus da outorga pela descotização das usinas da Eletrobras, montante que será "de grande relevância ao equilíbrio fiscal". A União também sairá ganhando com a esperada melhora financeira da companhia, por meio do recebimento de dividendos proporcionais à sua participação e também pelo incremento da arrecadação tributária, decorrente da lucratividade esperada. O mercado de capitais brasileiro, por sua vez, deve sair fortalecido, pois a criação de uma corporação nacional de capital pulverizado atrai investimentos de longo prazo, "fundamentais para a expansão da infraestrutura de energia nacional", o que vai trazer benefícios para a sociedade por meio da segurança de abastecimento e redução de custos. "Além disso, a medida fortalece a imagem do Brasil no cenário econômico global, melhorando sua competitividade, reduzindo o custo de captação de recursos e criando mais oportunidades de geração de emprego e renda", diz a carta. A proposta, porém, não chegará nesta sexta à Câmara dos Deputados. A Secretaria-Geral da Mesa, que recebe esse tipo de protocolo, fechou às 18h30 sem receber o documento, segundo informações da assessoria. O departamento só retoma as atividades na segunda-feira. De qualquer forma, como o Legislativo está de recesso parlamentar, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), só poderá determinar em fevereiro a criação da comissão especial que analisará a proposta. (Valor Econômico - 19.01.2018)

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4 Eletrobras: Outros detalhes da privatização

A proposta de privatização da Eletrobras enviada à Câmara de Deputados exige, ainda, a reestruturação societária do controle da Eletronuclear e da Itaipu Binacional, de modo que o comando dessas empresas permaneça, de forma direta ou indireta, com a União. Essas empresas não podem ser controladas pela iniciativa privada. No caso da Eletronuclear, há vedação constitucional, que estabelece o monopólio da geração de energia como sendo da União. Já Itaipu está no centro de um tratado firmado entre o Brasil e o Paraguai, no qual a Eletrobras figura como braço do Estado. Pela proposta, a Eletrobras deve continuar gerindo contratos do Proinfa, até sua extinção. O mesmo vale para contratos de financiamento com recursos da Reserva Global de Reversão (RGR). A gestão do Luz Para Todos também deve continuar com a empresa, até o final de 2018, período que o governo terá para definir um novo gestor. O centro de pesquisas vinculado à Eletrobras deverá buscar novas fontes de financiamento, mas a ideia é que até que isso ocorra a Eletrobras mantenha o pagamento das suas contribuições. (Brasil Energia - 19.01.2018)

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5 Eletrobras: Deputado do DEM será relator na Câmara do PL da estatal

O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA) será o relator na Câmara do projeto de lei sobre a privatização da Eletrobrás, informou o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao Estadão/Broadcast. Ligado ao setor de energia e mineração, Aleluia é engenheiro elétrico de formação e chegou a ser conselheiro do Centro de Pesquisas da Eletrobrás entre os anos de 1985 e 1986. Segundo Maia, o presidente da comissão especial que analisará o mérito da proposta será o deputado Hugo Motta (MDB-PB). Em 2015, o emedebista foi presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás. O PL de privatização da estatal elétrica foi assinado pelo presidente Michel Temer e enviado ao Congresso Nacional nesta sexta-feira, 19. O projeto seguiu para a Câmara em regime de urgência, para que a tramitação ocorra em 45 dias e a sanção presidencial em 15 dias. A mensagem de envio da proposta deve ser publicada na edição de segunda-feira, 22, do Diário Oficial da União (DOU). (O Estado de São Paulo - 19.01.2018)

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6 EDP: Primeiros negócios com comercializador varejista em 2018 são projetados

A comercializadora do grupo EDP no Brasil encerrou o ano de 2017 com um crescimento de 28,6% no número de clientes em sua carteira, passou de 262 para 337 consumidores em um período de 12 meses. Em volume de energia, a empresa, que atua desde 2001, vem registrando os melhores volumes comercializados a cada mês desde o início do segundo semestre de 2017. A média aferida de janeiro a novembro alcançou 1.989,8 MW médios. Em 2018 o desafio será o de manter e aumentar o volume transacionado e uma das formas passa pelos primeiros negócios com o comercializador varejista. Segundo o novo diretor de comercialização e gestão de clientes da EDP, Pedro Kurbhi, esse movimento de crescimento tem uma participação importante de geradores que buscaram o mercado livre para fechar suas posições no mercado ante o déficit de geração hídrica. Outro fator apontado pelo executivo para o crescimento foram os novos parâmetros de risco aplicados ao CVaR. "A partir de maio do ano passado vimos o volume aumentar, estava em cerca de 1.500 MW médios e então começou a aumentar até o nosso maior volume comercializado em um só mês que foi em novembro com 2.732 MW médios", comentou o executivo. "Outros fatores que levaram a esse desempenho foram o GSF com geradores buscando energia no mercado de curto prazo para fechar suas posições, isso contribuiu bastante para o resultado, o crescimento do mercado livre com as migrações e ainda o MCSD que trouxe energia do ACR para o ACL ao longo do ano", acrescentou. (Agência Canal Energia - 19.01.2018)

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7 EDP: 2018 deve apresentar uma elevação mais acentuada dos volumes negociados no segundo semestre

Segundo o novo diretor de comercialização e gestão de clientes da EDP, Pedro Kurbhi, este ano deverá apresentar uma elevação mais acentuada dos volumes negociados no segundo semestre. Até porque as migrações ao longo de 2017 ficaram aquém do reportado em 2016 e que culminaram com maior demanda no ano passado. "O volume de energia no ano de 2017 no mercado livre é resultado das migrações de 2016. Esse ano pode ser que tenhamos uma retomada do ritmo no segundo semestre", afirmou. (Agência Canal Energia - 19.01.2018)

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8 CEEE: Investimentos de R$ 20,6 mi em nova subestação em Pelotas

A CEEE Distribuição assinou na última quarta-feira, 17 de janeiro, a autorização para início de obra da nova Subestação Pelotas 1, que conta com investimentos totais de R$ 20,6 milhões. O empreendimento irá beneficiar diretamente 51 mil clientes, promovendo a melhoria da qualidade da energia para 122 mil unidades consumidoras da região. Segundo a companhia gaúcha, os recursos foram obtidos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). Já o consórcio responsável pela obra é formado pelas empresas GI Energy Engenharia Ltda., Concert Technologie S.A. e Proel Engenharia Ltda. A estimativa para conclusão das obras é para o primeiro semestre de 2019. A nova subestação terá dois transformadores de 31,25 MVA, totalizando 62,5 MVA de potência. De lá, partem onze novos alimentadores (redes de média tensão que abastecem a rede de baixa tensão), oferecendo maior confiabilidade no fornecimento de energia para os clientes do município, em especial aos bairros Areal, Centro, São Gonçalo e Laranjal. A implantação da SE Pelotas 1 tem como principal objetivo garantir o atendimento de uma das áreas de maior criticidade na disponibilidade de carga da cidade de Pelotas, renovando completamente as instalações existentes e trazendo melhorias, tanto na qualidade como na confiabilidade da energia para Pelotas. (Agência Canal Energia - 19.01.2018)

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9 Duke Energy Brasil: Aquisição rende prêmio internacional à CTG Brasil

Entre a assinatura do acordo de confidencialidade com a CTG Brasil e o fechamento do negócio de compra dos ativos de geração de energia da Duke Energy no país, num total de 2.242 MW de capacidade instalada, se passaram apenas oito meses, prazo significativamente curto para uma operação desse porte. O suficiente para garantir ao grupo chinês o prêmio "Deal of Year", concedido pela revista americana Latin Finance. A entrega aconteceu na última terça-feira, 17/1, em evento realizado em Nova York, com a participação do vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios, Liu Yujun. A CTG adquiriu todo o parque hidrelétrico da Duke Energy no Brasil, incluindo oito usinas de grande porte e duas PCHs com 16 MW cada, situadas no Rio Sapucaí-Mirim (SP). O valor da transação totalizou US$ 1,2 bilhão. Segundo maior do país, o complexo de geração da empresa soma atualmente 8,27 GW de capacidade, totalizando 17 hidrelétricas e 11 parques eólicos. Realizado anualmente, o Deals of the Year Awards, da Latin Finance, reconhece as instituições e transações em circulação nos mercados de capitais da América Latina e do Caribe. (Brasil Energia - 19.01.2018)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste apresentaram elevação de 0,1% nos níveis em relação ao dia anterior e se encontram com 30% da capacidade, segundo dados do ONS relativos a última quinta-feira, 18 de janeiro. A energia armazenada está em 61.008 MW mês e a energia afluente em 97% da MLT. Furnas trabalha com 18,89% da capacidade e a usina Nova Ponte, com 17,52%. No Sul do país houve considerável alteração positiva de 1% nos níveis e o submercado se encontra com 67,1% da capacidade. A energia armazenada no dia ficou em 13.493 MW mês e a energia afluente está em 145% da MLT. A usina de Passo Fundo opera com 70,51% da capacidade. No submercado Nordeste houve crescimento de 0,1% nos níveis, com os reservatórios operando com 16,1% da capacidade. A energia armazenada ficou em 8.331 MW mês no dia e a energia afluente está em 37% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A hidrelétrica Sobradinho apresenta 11,75% da sua capacidade. Na região Norte os níveis seguiram com o aumento dos últimos dias, com um acréscimo de 0,2%, deixando os reservatórios com 27,8% da capacidade. A energia armazenada chegou a 4.186 MW mês e a ENA ficou em 59% da MLT. A hidrelétrica Tucuruí se encontra com 42,78% da capacidade. (Agência Canal Energia - 19.01.2018)

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2 ONS eleva em 1,5% a projeção de carga de energia em janeiro

O ONS elevou a projeção de carga de energia para o sistema interligado do Brasil em janeiro, e agora vê uma alta de 1,5 por cento frente ao mesmo mês do ano passado, ante previsão anterior de expansão de 0,6 por cento. Em relatório nesta sexta-feira, o órgão apontou ainda que as hidrelétricas do país devem receber menos chuva neste mês. As precipitações na região das usinas do Sudeste e do Nordeste, que concentram os maiores reservatórios, devem representar em janeiro 99 e 36 por cento da média histórica, contra expectativa anterior de 105 e 47 por cento. (Reuters - 19.01.2018)

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3 CCEE: MSCD Energia Nova A-1 descontrata 1.546 MW médios de distribuidoras

O MCSD de Energia Nova A-1, que descontrata energia das distribuidoras para este ano, registrou redução de 1.546,6 MW médios de sobras das distribuidoras, informou nesta sexta-feira (19/1) a CCEE, que gerenciou a operação. Na primeira fase do mecanismo, 152,7 MW médios foram cedidos para as distribuidoras que declararam déficit de energia. Na segunda fase, as reduções contratuais totalizaram 1.393,9 MW médios entre distribuidoras e geradores, que haviam ofertado 2.042,6 MW médios disponíveis. Por último, foram realizadas as cessões compulsórias entre as distribuidoras, no total de 920,9 MW médios, ainda de acordo com a câmara. (Brasil Energia - 19.01.2018)

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4 Disponibilidade de turbinas de Itaipu chegou a 97,10% em 2017

A disponibilidade operacional das unidades geradoras da hidrelétrica de Itaipu atingiu a marca de 97,10% em 2017. De acordo com o superintendente adjunto de Manutenção, Cléber Pimenta, o índice elevado da disponibilidade das unidades geradoras será fundamental para a atualização tecnológica da Itaipu. Enquanto acontecer este processo, explica Pimenta, pelo menos uma máquina deverá estar fora do sistema, para que seja feita a atualização tecnológica e o programa de manutenção. Com uma manutenção mais eficiente, o impacto na geração durante o período de atualização tecnológica será menor. Segundo Pimenta, a melhoria nos processos e o aumento da disponibilidade são as contribuições efetiva da manutenção, não só para atingir a produção atual, mas para a atualização tecnológica pela qual vai passar a usina. Ele explica que a disponibilidade operacional é um dos quatro fatores que interferem na produção da usina, ao lado de demanda de consumo, afluência da água e sistema de transmissão. O índice de disponibilidade é o único que depende exclusivamente de Itaipu e de uma boa gestão da área de manutenção. (Agência Canal Energia - 19.01.2018)

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5 Jirau: Com La Niña, atinge potência máxima

A hidrelétrica Jirau atingiu na manhã desta sexta-feira (19/1) a potência máxima de 3.763,24 MW, que é superior à sua potência nominal, de 3.750 MW. Naquele momento, a geração da usina representou 11,43% da energia hidrelétrica enviada ao Sudeste e ao Centro-Oeste do país. O anúncio ocorre após o governo do Acre anunciar que está monitorando o Rio Madeira em meio ao La Niña, que produz mais chuvas no Norte do país. Uma sala de crise foi instalada na Casa Civil, com participação da Agência Nacional de Águas (ANA) e de diversos órgãos federais, com o objetivo de acompanhar de forma aprofundada a geração das hidrelétricas. O Rio Madeira, onde estão localizadas as hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, tem nível de 20,19 metros, de acordo com o mais recente boletim divulgado pelo governo estadual. A preocupação do governo acreano é com o risco de alagamento da BR-364, que deixaria o estado isolado do restante do país. A usina de Jirau, localizada a 120 quilômetros de Porto Velho, fornece energia desde 2013, quando sua primeira unidade geradora entrou em operação. A hidrelétrica passou a ter capacidade de geração total em novembro de 2016, com a operação das 50 turbinas, tipo bulbo. Desde o início das operações atingiu disponibilidade 99,21%. (Brasil Energia - 19.01.2018)

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6 PLD para o período entre 20/01 e 26/01 sobe em todos os submercados

A CCEE informa que o PLD para o período entre 20 e 26 de janeiro subiu em todos os submercados. No Sudeste/Centro-Oeste, o aumento foi de 18% com o preço fixado em R$ 192,89/MWh. No Sul, o preço foi de R$ 165,82/MWh para R$ 191,89/MWh, elevação de 16%. O PLD no Nordeste elevou-se em 17% ao passar de R$ 162,06/MWh para R$ 190,37/MWh. Já o preço no Norte teve o menor aumento (+2%) com o PLD fixado em R$ 145,60/MWh. Os preços do submercado Norte apresentaram valores menores em relação aos demais submercados, pois este é um submercado exportador e os limites de envio de energia para o Sudeste foram atingidos, assim como os limites de recebimento de energia pelo Nordeste. O pequeno descolamento do preço entre os demais submercados se deve às perdas elétricas na interligação entre os submercados. A expectativa de afluências para o SIN, em janeiro, foi revista de 95% para 92% da MLT com ENAs esperadas em 99% da média no Sudeste, 165% no Sul, 36% no Nordeste e em 71% da MLT no Norte. A carga prevista para a próxima semana deve ficar 1.300 MWmédios maior na comparação com a carga esperada na semana anterior com elevação de aproximadamente 1.450 MWmédios no Sudeste/Centro-Oeste e redução em torno de -150 MWmédios no Norte. Não há alterações na carga prevista para os demais submercados. Os níveis dos reservatórios do SIN estão cerca de 1.350 MWmédios mais baixos que os estimados na última semana, com reduções de aproximadamente -1.850 MWmédios no Sudeste e -250 MWmédios no Nordeste. No Sul (+350 MWmédios) e no Norte (+400 MWmédios), os níveis previstos estão mais elevados. (CCEE - 19.01.2018)

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7 Artigo de Abraham Curi: (Tecnogera Geradores): "A locação de insumos e as soluções energéticas para o Brasil"

Em artigo publicado no jornal Brasil Energia, Abraham Curi, presidente da Tecnogera Geradores, alerta para o fato de que o setor industrial ainda corre riscos de sofrer com a escassez de energia. Segundo o autor, "embora uma crise energética de grandes dimensões seja improvável em curto prazo, mesmo que ainda exista grande carência e gargalos em muitos pontos do país, não significa que o setor industrial está livre dos riscos oriundos da falta de energia, muito pelo contrário". Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ - 22.01.2018)

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Meio Ambiente

1 Revitalização do Rio São Francisco terá R$ 350 mi por ano pelos próximos 15 anos

A revitalização da Bacia do Rio São Francisco deve contar com recursos das hidrelétricas relicitadas (descotizadas) localizadas na bacia, conforme previsto no Projeto de Lei que será encaminhado ao Congresso Nacional. Segundo o PL, encaminhado pelo presidente Michel Temer nesta sexta-feira (19/1), nos primeiros 15 anos das novas outorgas, a revitalização deverá contar com R$ 350 milhões por ano, reduzindo para R$ 250 milhões nos 15 anos seguintes. Ou seja, a bacia terá R$ 5,25 bilhões nos primeiros 15 anos, com valores anuais corrigidos pelo IPCA, caindo para R$ 3,75 bilhões a partir do 16° ano de concessão. "O arranjo de colocar este aporte de recursos e implementação dos projetos como obrigação da Chesf privatizada é para que esta execução seja feita por uma empresa privada, sem as amarras de contratação de um ente público nem a possibilidade de contingenciamento dos recursos quando tramitassem pelo Orçamento Geral da União", destaca o governo em sua exposição de motivos da PL. A definição para a aplicação dos recursos e os projetos que serão contemplados serão definidos por comitê gestor, que será criado a partir de regra posterior. As ações deverão ter foco na "recarga das vazões afluentes" e na ampliação da flexibilidade operativa dos reservatórios, sem prejudicar o uso prioritário e múltiplo dos recursos hídricos, segundo o PL. Os recursos serão aportados pela Eletrobras em conta específica a ser criada em instituição que tenha controle direto ou indireto da União - ou seja, pode ser BNDES, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil ou Banco do Nordeste (BNB). (Brasil Energia - 19.01.2018)

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Energias Renováveis

1 PHB Solar: Aposta em armazenamento de energia para microgeração

A PHB Solar vai apostar em sistemas de armazenamento de energia, integrados nos inversores fotovoltaicos que produz. A empresa começa a integrar, a partir deste ano, em seus inversores híbridos sistemas próprios de baterias íon-lítio, especialmente para a microgeração, que teriam vida útil da ordem de 12 anos. Segundo Ildo Bet, diretor da PHB, a ideia é ofertar a solução de olho na nova modalidade tarifa branca, que entrou em vigor no início do mês. A diferença de preços entre o horário de ponta e o de fora de ponta seria suficiente para remunerar o investimento no conjunto inversor-baterias, contou ele, em entrevista para a Solar TV, iniciativa da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), cujo vídeo foi divulgado na última terça-feira (16/1). Com isso, o consumidor poderia acumular a energia solar ao longo do dia, nos horários de menor custo, recorrendo às baterias nos horários de ponta, quando se desconectaria da rede. "Lá fora [esse comportamento] é chamado 'time shift'; aqui seria chamado de deslocamento de ponta", completa. O horário de ponta no Brasil vigora entre 18 horas e 21 horas, com variações em função da localidade geográfica. O modelo de negócio, salienta, é semelhante ao da Tesla, que possui um sistema de geração solar com armazenamento de energia, cuja tecnologia é fornecida pela Panasonic. Entre outros pontos sobre a formação do mercado fotovoltaico nacional, Bet ressalta que uma tendência global é o de cada país se especializar em atividades que possuam escala e volume. É nesse campo, avalia, que a China consegue apresentar produtos competitivos para a geração solar. (Brasil Energia - 19.01.2018)

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Gás e Termelétricas

1 CCEE: adimplência na liquidação de energia nuclear e cotas ficou acima de 99%

A CCEE informou que as liquidações financeiras de energia nuclear e das cotas de garantia física e potência, referentes a dezembro de 2017, movimentaram R$ 839,5 milhões, sendo registradas adimplências de 99,77% e 99,34%, respectivamente. A operação referente à energia nuclear liquidou R$ 258.738.514,99 dos R$ 259.342.715,17 contabilizados. Esta é a operação pela qual 47 distribuidoras de energia elétrica rateiam a produção das usinas de Angra I e II, que pertencem à estatal Eletronuclear e estão instaladas em Angra dos Reis (RJ). No caso da liquidação de cotas, a operação somou R$ 580.827.384,61 dos R$ 584.702.557,15 contabilizados. A liquidação de cotas é a operação na qual 46 distribuidoras de energia pagam para as geradoras envolvidas nesse regime uma receita de venda definida pelo governo - as hidrelétricas cuja concessão foi renovada ou expirada e que são alcançadas pela Lei 12.783/13. Os empreendimentos enquadrados no regime de cotas somam mais de 12 GW médios de garantia física. (Agência Canal Energia - 19.01.2018)

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Grandes Consumidores

1 CCR estuda entrar em geração de energia

A CCR estuda entrar em mais uma área: geração de energia. O grupo é hoje um grande consumidor de eletricidade, sobretudo seus ativos de mobilidade urbana. Trinta por cento do custo da linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo, da qual a empresa é sócia, é gasto com esse fim. "É um caminho natural começar a ser produtor independente, buscar um investimento em geração de energia. Estamos estudando", disse Renato Vale, presidente da CCR. Questionado, o executivo afirmou que há oportunidade "para todo lado" tanto no mercado primário como no secundário. O plano de investir em energia não se trata exatamente "do passo seguinte". O grupo estuda continuamente oportunidades em várias áreas de infraestrutura que possam gerar valor aos acionistas e sejam relevantes para a sociedade. Vale concedeu entrevista ao Valor no mesmo dia em que a companhia arrematou o direito de explorar as linhas 5-Lilás e 17-Ouro do Metrô de São Paulo por 20 anos. A CCR liderou o consórcio formado com o Ruas Invest, que já é sócio da empresa na Linha 4-Amarela. A segunda proposta foi do consórcio encabeçado pela CS Brasil, da JSL. A CS Brasil não tem operação metroferroviária, mas tem experiência com mobilidade urbana em transporte rodoviário. Em nota, a CCR informou que continuará analisando oportunidades "em quaisquer áreas de mobilidade urbana." Só houve duas propostas. (Valor Econômico - 22.01.2018)

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Economia Brasileira

1 Focus: Previsões apontam Selic maior pelos próximos 2 anos

Os economistas consultados pelo BC para elaboração da sua pesquisa semanal Focus aumentaram suas estimativas para o crescimento da economia em 2019, de 2,80% na semana passada para 2,99% no levantamento realizado até a última sexta-feira (19). Para 2018, a mediana das projeções se manteve em 2,70%. A meta para a Selic também sofreu ajustes para cima nos dois principais anos agora tabulados pelo BC entre os economistas que mais acertam as projeções, os chamados Top 5, de 6,50% para 6,63% no fim de 2018 e de 8,00% para 8,50% no encerramento de 2019, considerando as estimativas de médio prazo. Entre os economistas em geral, as medianas das projeções foram mantidas, em 6,75% e 8,00%, respectivamente. Já com relação à inflação medida pelo IPCA nos próximos 12 meses, os economistas do mercado em geral fizeram um leve ajuste para cima, de 3,98% para 4,00%. Para os anos de 2018 e 2019 fechados, as medianas das projeções para a inflação oficial foram mantidas em 3,95% e 4,25%, na mesma ordem. Entre os Top 5, as apostas de médio prazo para a inflação oficial também foram mantidas, em 3,80% para este ano e 4,00% para o próximo. (Valor Econômico - 22.01.2018)

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2 Métricas fiscais brasileiras estão frágeis, dizem economistas

A situação delicada das contas públicas brasileiras se torna evidente por qualquer indicador fiscal que se considere. Hoje, o que ainda chama mais a atenção dos analistas é a trajetória da dívida bruta como proporção do PIB, que saltou de 51,5% no fim de 2013 para 74,4% em novembro do ano passado. Uma outra medida, a que desconta as reservas internacionais do endividamento bruto, mostra um percentual de fato bem mais baixo, de 55,6% do PIB, mas a tendência também tem sido de alta forte - há quatro anos, a relação estava em 36,3% do PIB. O resultado primário e o nominal das contas públicas também retratam um quadro delicado. O primário só deve voltar ao azul no começo da próxima década, enquanto o está na casa de 8% do PIB. O diretor de pesquisa da América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, vê um quadro fiscal grave, evidenciado justamente pelo tamanho e a trajetória da dívida e a magnitude dos déficits brasileiros. Para ele, o endividamento bruto é o conceito mais relevante, por englobar o conjunto dos passivos governamentais. Ramos considera preocupante não apenas a tendência da dívida bruta, hoje em trajetória insustentável de crescimento, mas o próprio nível atual. A média desse indicador nos países emergentes ficou em 48,4% do PIB no ano passado, segundo estimativa do FMI, bem abaixo dos quase 75% do PIB do Brasil. "O Brasil precisaria baixar a dívida, mas elas está ficando cada vez maior", observa ele, que projeta um número de 77% do PIB neste ano e superior a 80% do PIB em 2020. (Valor Econômico - 22.01.2018)

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3 Gasto com juro real no ano passado atingiu R$ 203,1 bi

Os gastos com juros considerados para o cálculo da "regra de ouro" somaram R$ 203,11 bi em 2017, segundo dados do Tesouro Nacional. Houve ligeira queda em relação aos últimos dois anos, mas o montante ainda ficou bem acima dos níveis verificados de 2010 e 2014, cuja média foi de R$ 139,8 bi. Os juros são despesas correntes que em tese não podem ser cobertos por emissão da dívida, conforme norma constitucional. Para fins de cálculo da "regra de ouro", o Tesouro considera o gasto com o serviço da dívida descontando a inflação medida pelo IGP-M. A definição desse critério de uso do juro real para os cálculos da "regra de ouro", segundo o órgão informou, está prevista nos artigos 5º e 29º da LRF, que determinam a atualização do principal da dívida pública por algum índice de preços. "Isso implica que os juros registrados estão apartados da inflação, isto é, são juros reais", diz o Tesouro. Ao descontar a inflação, a conta de juros ficou nos últimos três anos mais de R$ 100 bilhões menor que a despesa nominal dessa rubrica divulgada pelo Banco Central. Em 2016, por exemplo, o governo central teve gastos de R$ 318,4 bilhões, enquanto, para efeito da "regra de ouro", a conta foi de R$ 204,9 bilhões. No acumulado em 12 meses até novembro deste ano, a conta de juros calculada pelo BC era de R$ 342,8 bilhões. (Valor Econômico - 22.01.2018)

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4 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 19 sendo negociado a R$3,2005, com variação de -0,22% em relação ao início do dia. Hoje (22) começou sendo negociado a R$3,1913 - com variação de -0,29% em relação ao fechamento do dia útil anterior - e segue estável, sendo negociado às 11h45 no valor de R$3,1916, variando +0,01% em relação ao início do dia. (Valor Econômico - 19.01.2018 e 22.01.2018)

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Internacional

1 Argentina: Província argentina de Jujuy assina pacto solar com Masdar

A província argentina de Jujuy assinou um memorando de entendimento com a Abu Dhabi Future Energy Company, mais conhecida como Masdar, estabelecendo uma "cooperação de energia solar mutuamente benéfica". De acordo com o documento, o governo local e a Masdar identificarão potenciais oportunidades de investimento dentro da província, com foco no desenvolvimento de projetos de energia solar ligados à rede de utilities, informou a empresa durante a semana de sustentabilidade de Abu Dhabi. O governador Gerardo Morales salientou que este acordo ajudará Jujuy a desenvolver o seu potencial renovável, aproveitando a tecnologia da Masdar e sua vasta experiência em abordar toda a cadeia de valor da indústria de energia renovável. "Entrar no mercado solar emergente da Argentina facilitará a diversificação contínua do nosso portfólio, criando tanto valor de longo prazo para a Masdar quanto ajudar a acelerar a transição da energia renovável da província", disse Mohamed Jameel Al Ramahi, presidente da Masdar. (Brasil Energia - 19.01.2018)

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2 Argentina: Enel vai investir U$S 1,350 milhões em Edesur

A multinacional de origem italiana, Enel, prometeu reduzir em 40% a duração dos cortes de energia nos próximos três anos na Argentina. Para isso, desembolsará 1,150 milhões de euros (equivalente a US$ 1,350 milhões) na distribuição e geração da Edesur. A nível local, o grupo também é responsável por El Chocón, Costanera, Central Dock Sud, Transmissão Mercosul (CTM), Transportadora de Energia (TESA), Yacylec, Enel Trading Argentina e Enel Green Power. (Inversor Energético - Argentina - 21.01.2018)

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3 Espanha: Impulsionando as renováveis

O Parlamento Europeu tenta elevar a ambição dos Estados na luta contra as alterações climáticas, exigindo que até o ano de 2030, 35% da energia consumida provenha de fontes renováveis, em vez dos 27% acordados pelos Estados membros. O acordo, aprovado por dois terços da Câmara, lembra que apenas desta forma podem ser alcançados os objetivos estabelecidos em Paris. Por mais que seja caro e complexo acelerar a transição de energia, é absolutamente essencial. Os líderes europeus devem saber que os custos de não fazê-lo serão muito maiores. Na UE como um todo, a energia proveniente de fontes renováveis representa agora 16,9% do total, com diferenças tão marcadas quanto a Suécia, onde atinge 54,2%, e o Reino Unido, onde atinge apenas a 8,9%. Na Espanha, representa 17,4%. Estima-se que a UE poderá alcançar o seu objetivo de atingir 20% até 2020, mas a batalha agora se concentra nos objetivos para a próxima década. A Espanha, que foi chamada pela UE para responder a altos níveis de poluição do ar, também deve repensar sua política em energia solar. O Parlamento Europeu aprovou uma moção para não permitir impostos sobre a energia proveniente de fontes renováveis de autoconsumo, como o chamado imposto solar que se aplica na Espanha. Deve-se ter em mente que a reativação econômica levará a um aumento da demanda por eletricidade que agravará as emissões se for obtido a partir de combustíveis fósseis. A Agência Internacional de Energia estima que, até 2040, a economia global crescerá em média 3,4% ao ano e a população mundial aumentará de 7.400 para 9.000 milhões, o que levará a demanda por energia aumentar em 30%. Isso nos obriga a analisar os objetivos de emissões estabelecidos até agora e a ser muito mais ambiciosos na luta contra as mudanças climáticas. (El País - Espanha - 22.01.2018)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 BERNARDES, Claudio. "Casas inteligentes trarão conveniência e reduzirão gasto de energia". Folha de São Paulo. São Paulo, 22 de janeiro de 2018.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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2 CURI, Abraham. "A locação de insumos e as soluções energéticas para o Brasil". Brasil Energia. Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2019.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Vitória, João Pedro Santos, Lucas Morais, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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