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IFE: nº 4.479 - 19
de janeiro de 2018
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 Artigo
GESEL: "Novo papel das termoelétricas na matriz elétrica brasileira"
2 Brasil inicia adesão à Irena
3 Participação na Irena poderá impulsionar a cooperação
e a troca de informações com outros países
4 Nova secretaria do Ministério da Fazenda focará
em políticas públicas do setor de energia
5 Estímulo à microgeração de energia está na pauta
da CAE
6 Substitutivo adéqua proposta de estímulo à microgeração
às normas recentes
7 GSF: Investidores em pequenas usinas pagam dívidas
após suspensão de liminar
8 Aneel: prazo de 30 dias para enviar informações
ao TCU sobre Jirau e Santo Antônio
9 Quantidade de migrações para o mercado livre de
energia cai em 2017
10 Prazo para envio do Formulário
de Segurança de Barragens referente a 2017 encerra em 31/1/18
11 Artigo de Abel Holtz: "Estertores
do Atual Modelo do Setor Elétrico"
Empresas
1
Eletrobras: Privatização é positiva para o crédito da companhia,
diz Moody's
2 Eletrobras: Moody's avalia impacto da CDE na empresa
3 Eletrobras: Moody's avalia a situação de Angra
3
4 Eletropaulo contrata bancos para follow on
5 Copel: Fitch atribui rating 'AA- (bra) ' para
emissão de R$ 600 mi
6 RGE: R$ 1,8 mi destinados para ações de eficiência
energética no Vale do Paranhana
7 Cteep: Nova gerente de Relações com Investidores
é anunciada
8 Cade: consórcio da Enel Soluções aprovado sem
restrições
Leilões
1
Abragel defende mais PCHs em leilão 'A6'
2 Abrage discute estratégias para os leilões de
energia com principais fabricantes do setor
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 ANA determina vazão mínima para a UHE Foz do Chapecó
em período de baixa de afluentes
3 Consultoria Dcide: Preço de referência é medido
a R$ 132,35/MWh, queda de 19,82% na semana
Energias
Renováveis
1
Hidrelétricas irão crescer em 2018, mas energia solar fotovoltaica
irá dobrar
2 Cade: aprovada a compra de eólica do Santander
pela Ferbasa
3 Liberada a eólica do RN para operação em teste
Gás
e Termelétricas
1 SIN tem usina de Angra 2 reconectada
Economia Brasileira
1 Confiança da indústria em janeiro é a maior desde abril de 2011
2 Movimento do comércio sobe 1,5% em 2017, diz Boa Vista SCPC
3 Brasil está fora da lista de países que mais crescerão em
2018
4 Mesmo com queda da Selic, FGTS tem lucro próximo a R$ 12
bilhões em 2017
5 Analistas mantêm projeções de aumento de 6% no preço ao consumidor
neste ano
6 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Bolívia: Hidrelétrica San José I sobe potência energética do país
2 Espanha: O CNMC solicita alterações em banco de dados utilizado
pelas empresas de energia
3 Espanha: luz cairá em 55% em 2050 se os objetivos de descarbonização
forem atingidos, afirma Deloitte
Biblioteca Virtual do SEE
1 HOLTZ,
Abel. "Estertores do Atual Modelo do Setor Elétrico". Agência CanalEnergia.
Rio de Janeiro, 17 de Janeiro de 2018.
2 DELOITTE.
"Un modelo energético sostenible para España en 2050 Recomendaciones
de política energética para la transición". Madrid (Espanha), março
de 2016.
Regulação e Reestruturação do Setor
1
Artigo GESEL: "Novo papel das termoelétricas na matriz elétrica
brasileira"
Em artigo
publicado pelo serviço 'Broadcast' do jornal O Estado de São Paulo,
Nivalde de Castro, Roberto Brandão e Pedro Vardiero (respectivamente:
coordenador, pesquisador sênior e pesquisador do GESEL-UFRJ) tratam
do perfil da matriz elétrica brasileira hoje, com destaque para
as termoelétricas e problemas regulatórios implicados. Segundo os
autores, "o atual arcabouço regulatório de contratação e operação
das UTE não é adequado e aderente à operação em regime de acompanhamento
de carga". Para os pesquisadores do GESEL, a Audiência Pública nº
071/2017 da Aneel, cujo objetivo é obter subsídios para inovações
regulatórias a fim de adequar as UTE ao novo paradigma e realidade
do SEB, é "uma iniciativa importante da Agência, que irá viabilizar
novas oportunidades de negócios e aumentar a atratividade de investimentos
para ampliação do parque térmico, decisivos para se enfrentar a
realidade do novo paradigma da matriz elétrica brasileira". Para
ler o texto na íntegra, clique aqui.
(GESEL-IE-UFRJ - 19.01.2018)
<topo>
2
Brasil inicia adesão à Irena
O Brasil
decidiu ingressar na Agência Internacional de Energias Renováveis
(Irena, na sigla em inglês), algo que já era discutido há anos.
A Comissão Interministerial de Participação em Organismos Internacionais
do Governo Federal aprovou na última quarta-feira (17/1), por unanimidade,
o início do processo de adesão. A agência conta com 152 países membros
e cerca de 30 países em processo de integração, como o Brasil. A
iniciativa acontece no momento em que a geração eólica já contabiliza
12 GW de capacidade instalada, ao mesmo tempo que a geração solar
ultrapassou a marca do primeiro GW, e que o RenovaBio, programa
de fomento aos biocombustíveis, entra em vigor. O país ainda tenta
aderir à Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).
A Irena é uma organização intergovernamental que apoia o desenvolvimento
de energias renováveis nos países membros, bem como a redução de
emissões de gases de efeito estufa. "Como país membro, poderemos
participar mais ativamente do debate sobre temas relevantes da agenda
energética internacional", afirmou o ministro de Minas e Energia,
Fernando Bezerra Coelho Filho, em comunicado. O Brasil possui participação
de 20% de energias renováveis na matriz energética, excluindo a
geração hidrelétrica. (Brasil Energia - 19.01.2018)
<topo>
3
Participação na Irena poderá impulsionar a cooperação e a troca
de informações com outros países
A avaliação
é de que a participação brasileira poderá impulsionar a cooperação
e a troca de informações entre os países principalmente em bioenergia.
O Brasil poderá acompanhar as evoluções tecnológicas em bioenergia
desenvolvidas por outros países, além de influenciar, como país
líder nessa área, a pauta da agência no tema. A participação brasileira
na Irena deve trazer impulso para a Plataforma Biofuturo, iniciativa
do Ministério das Relações Exteriores, que conta com a participação
do MME, compatível com o Programa RenovaBio, que foi sancionado
pelo presidente Michel Temer em dezembro. As associações do setor
eólico e solar no Brasil, Abeeólica e Absolar, manifestaram apoio
à decisão. "Fazer parte da Irena certamente nos coloca num novo
patamar de maturidade perante a comunidade internacional", afirmou
a presidente executiva da Abeeólica, Elbia Gannoum". Para o presidente
da Absolar, Rodrigo Sauaia, a adesão à entidade " é uma oportunidade
ímpar de posicionar o setor solar fotovoltaico brasileiro como protagonista
nas iniciativas desenvolvidas pela agência". (Brasil Energia - 19.01.2018)
<topo>
4
Nova secretaria do Ministério da Fazenda focará em políticas públicas
do setor de energia
Pressionado
pelo desafio de garantir novas receitas para fechar as contas em
2018, o governo mexeu na estrutura do Ministério da Fazenda, com
a extinção da Secretaria de Acompanhamento Econômico e a criação
de duas novas secretarias. Uma delas é a de Promoção da Produtividade
e Advocacia da Concorrência e a outra a de Acompanhamento Fiscal,
Energia e Loteria, que terá, entre suas atribuições, a de "formular
e acompanhar, com outros órgãos setoriais, políticas públicas relativas
ao setor de energia." As ações da secretaria responsável pela área
energética estarão a cargo da Subsecretaria de Energia e Estudos
Quantitativos, que vai trabalhar na promoção e defesa da concorrência
e elaborar estudos para subsidiar a formulação de políticas públicas
para setores regulados como os de energia elétrica e de petróleo
e gás. Esses estudos incluem modelos de avaliação de ativos e modelagem
econômica e financeira de concessões e de privatizações. O decreto
lista entre as funções da subsecretaria de energia acompanhar a
implementação de modelos de regulação e gestão. O órgão vai se manifestar
em processos de privatização de estatais controladas pela União,
na desestatização de serviços públicos e na concessão, permissão
ou autorização de uso de bens públicos. O orçamento geral da União
para esse ano inclui R$ 18,9 bilhões somente em receitas do setor
elétrico, dos quais R$ 12,2 bilhões viriam com a privatização da
Eletrobras. A pasta poderá ainda propor políticas regulatórias para
o desenvolvimento e o financiamento da infraestrutura nos setores
elétrico, de petróleo e gás e de biocombustíveis; formular políticas
públicas para o desenvolvimento, o aperfeiçoamento e o fortalecimento
do mercado de capitais no que diz respeito aos projetos de energia;
além de monitorar e avaliar os investimentos realizados em empreendimentos
em regime de concessão. (Agência Canal Energia - 18.01.2018)
<topo>
5
Estímulo à microgeração de energia está na pauta da CAE
Projeto que
tem como objetivo estimular a geração de energia elétrica pelos
consumidores encontra-se em análise na Comissão de Assuntos Econômicos
(CAE), onde receberá a decisão final do Senado. A proposta (PLS
204/2014), de Wilder Morais (PP-GO), obriga as concessionárias de
energia elétrica a investirem em projetos de microgeração distribuída.
O objetivo do senador é aprimorar a Lei 9.991/2000, que determinou
a realização de investimentos em pesquisa e desenvolvimento em eficiência
energética por parte das empresas concessionárias do setor de energia
elétrica. A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação
e Informática (CCT) já aprovou o projeto em dezembro de 2015. O
texto de Wilder prevê que a maior parte dos projetos microgeração
distribuída seja voltada para os consumidores favorecidos pela Tarifa
Social de Energia Elétrica (TSEE), famílias com renda mensal per
capita menor ou igual a meio salário mínimo. O senador considera
a geração distribuída uma oportunidade para reduzir a exigência
de construção de linhas de transmissão a partir das hidrelétricas
- geralmente localizadas longe dos centros consumidores - e, consequentemente,
as perdas nesse processo. (Agência Senado - 18.01.2018)
<topo>
6
Substitutivo adéqua proposta de estímulo à microgeração às normas
recentes
Na Comissão
de Assuntos Econômicos (CAE), o relator Fernando Bezerra Coelho
(PMDB-PE) apresentou substitutivo, considerando que, após a apresentação
do projeto, foram publicadas novas leis sobre o assunto, como a
Lei 13.203/2015 e a Lei 13.280/2016. Adequando a proposta às normas
recentes, o substitutivo propõe que, em vez de as concessionárias
de energia aplicarem no mínimo 60% dos recursos nos projetos de
microgeração distribuída, como consta do projeto de Wilder, seja
mantida a fórmula atual, de que as concessionárias poderão aplicar
nesses projetos até 80% dos recursos de seus programas de eficiência
energética. O relator da proposta na CCT, Flexa Ribeiro (PSDB-PA),
afirmou que a medida é oportuna pois incentiva o aumento de produção
de energia baseada em fontes renováveis e vai ao encontro da meta
do país de alcançar o percentual de 45% de fontes renováveis no
total da matriz energética até 2030. (Agência Senado - 18.01.2018)
<topo>
7
GSF: Investidores em pequenas usinas pagam dívidas após suspensão
de liminar
Com a suspensão
da liminar que limitava a 5% o pagamento do risco hidrológico de
pequenas centrais hidrelétricas, a maior parte dos geradores filiados
à Associação Brasileira de Energia Limpa (Abragel) que eram beneficiados
pela decisão judicial já pagou seus débitos no mercado de curto
prazo. O valor somado de todos os associados da Abragel na Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica era, no entanto, de R$ 140
mi, de um total de R$ 5,6 bi em dívidas resultantes do déficit de
geração de usinas com contratos no ambiente livre. O maior devedor,
segundo a CCEE, é a Norte Energia, responsável pela usina de Belo
Monte. A empresa responde por pouco mais da metade das dívidas relacionadas
ao déficit de geração das hidrelétricas. Três empreendedores com
usinas menores, ligados à Abragel, pediram autorização da Aneel
para parcelamento de valores não quitados. A solicitação da Central
Elétrica Anhanguera S.A., Hidrelétrica Malagone S.A. e Santa Helena
Energia S.A. foi incluída na pauta da primeira reunião semanal da
Aneel de 2018, marcada para a próxima terça-feira, 23 de janeiro.
O presidente do Conselho de Administração da associação, Luiz Otávio
Koblitz, afirma que a maioria dos empreendedores quitou os valores
em aberto com a queda da liminar, mas o assunto ainda deve ser julgado
no mérito pelo Superior Tribunal de Justiça. (Agência Canal Energia
- 19.01.2018)
<topo>
8
Aneel: prazo de 30 dias para enviar informações ao TCU sobre Jirau
e Santo Antônio
O TCU estabeleceu prazo de 30 dias para que a Aneel envie informações
detalhadas sobre as decisões e as providências que pretende tomar
em relação ao atraso na entrada em operação das usinas de Santo
Antônio e Jirau. A determinação também vale para o pedido da Santo
Antônio Energia de compensação pelo pagamento de R$ 68 milhões em
Encargo de Uso do Sistema de Transmissão, assim como de adiamento
dos contratos regulados até a entrada em operação comercial do sistema
de transmissão definitivo, retroativos a dezembro de 2012. Para
os ministros do TCU, a autarquia cumpriu parcialmente determinações
feitas em 2014 pelo tribunal em relação às hidrelétricas do rio
Madeira. Os atrasos provocados por greves, atos de vandalismo e
problemas na entrada do linhão de transmissão levaram a Santo Antonio
Energia e a Energia Sustentável do Brasil, controladora de Jirau,
a entrarem com pedidos de exclusão de responsabilidade na Aneel.
Decisões já foram tomadas pela diretoria colegiada, mas os processos
ainda se arrastam na agência reguladora. O comprometimento de cronograma
das usinas, no caso de algumas unidades geradoras, foi superior
a um ano, destaca relatório do TCU. O tribunal lembra que em dezembro
de 2013 deixaram de entrar em operação 854,4 MW médios de Santo
Antônio e 1.641,2 MW médios de Jirau, o que obrigou as distribuidoras
que compraram energia das hidrelétricas a recorrer ao mercado de
curto prazo para atender seus clientes. No caso da devolução dos
R$ 68 milhões pedidos pela Saesa, a Aneel estabeleceu que o valor
compensado seria de R$ 37,9 milhões. (Agência Canal Energia - 18.01.2018)
<topo>
9
Quantidade de migrações para o mercado livre de energia cai em 2017
A CCEE reportou
uma queda de 45% no volume de migrações para o mercado livre de
energia. Foram registradas a adesão de 1.267 empresas para o ambiente
de contratação livre, uma média de 105 por mês. No ano anterior
foram 2.303 consumidores novos no ACL, média de quase 200 adesões
mensais. Somente em janeiro de 2018, de acordo com levantamento
da Agência CanalEnergia, foram autorizadas as migrações de 61 consumidores
especiais em duas reuniões do conselho de administração da câmara.
Ainda há 286 pedidos de adesão, divididos em 274 vindos de consumidores
especiais e 12 de consumidores livres. Mesmo com a queda no número
de migrações ao longo de 2017 quando comparada ao ritmo ainda de
2015, apontou a CCEE, as adesões mantiveram número expressivo. Os
consumidores especiais, aqueles cuja demanda está entre 500 KW e
3MW, representaram 92% de toda a migração em 2017, totalizando 1.164
adesões. Esta classe de agentes já representa 63% dos associados
da CCEE com 6.865 agentes. Além do crescimento do número de agentes,
o mercado livre também tem ampliado sua representatividade no consumo
de energia do SIN, pontuou a CCEE. Segundo dados do boletim InfoMercado,
o consumo no ACL significou 28,5% em dezembro de 2017, ou 17.507
MW médios de um total de 61.533 MW médios. Em dezembro de 2016,
o mercado livre representava 26% do consumo, ou 15.792 MW médios
de um total de 60.790 MW médios. (Agência Canal Energia - 18.01.2018)
<topo>
10
Prazo para envio do Formulário de Segurança de Barragens referente
a 2017 encerra em 31/1/18
Termina no próximo dia 31/1/2018 o prazo para envio do Formulário
de Segurança de Barragens (FSB) relativo ao ciclo avaliativo de
2017. O documento serve para preenchimento pelos agentes das informações
de segurança das barragens do setor elétrico fiscalizadas pela Agência.
Além de dados sobre a classificação das barragens quanto ao Dano
Potencial Associado e Categoria de Risco, a nova versão do formulário
contempla informações sobre a elaboração do Plano de Segurança,
Plano de Ação de Emergência, Inspeções Regulares e Nível de Segurança
das barragens. A Campanha de Fiscalização de Segurança de Barragens
2018 verificará o cumprimento dos prazos de elaboração dos respectivos
Planos pelos agentes, além da observância do prazo de envio do FSB
e da realização das inspeções regulares. (Aneel - 18.01.2018)
<topo>
11
Artigo de Abel Holtz: "Estertores do Atual Modelo do Setor Elétrico"
Em artigo
publicado no jornal CanalEnergia, Abel Holtz, consultor da Abel
Holtz e Associados, trata do Modelo de projeção da geração de energia
elétrica e seus reflexos sobre os preços de energia, além de sustentar
o esgotamento do Modelo por meio de dados da produção e diversificação
da matriz nos últimos anos. Segundo ele, "a aposta nas chuvas nas
últimas semanas, segue de forma desenfreada, e todos nós tomamos
conhecimento de notícias alvissareiras para a economia e para o
setor produtivo, gerando uma base de informações onde o Brasil terá
um fantástico período úmido para o setor elétrico em 2018, e que
possivelmente teremos uma recuperação dos reservatórios do sudeste
ao patamar de 50%. Para assegurar esta afirmativa as perspectivas
de chuvas foram de imediato lançadas nos atuais modelos matemáticos
levando a um resultado alvissareiro de uma tendência de baixa dos
preços para o ano de 2018". Ele conclui que "as saídas deste círculo
vicioso do anabolizante da energia de papel somente poderá ser superado
se a formulação da política setorial, pelo governo e posteriormente
pelo mercado, levar em conta em suas estratégias a real necessidade
do sistema com uma política de preços realista e que a operação
esteja convergente a real capacidade de entrega do parque gerador
nacional". Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
(GESEL-IE-UFRJ - 19.01.2018)
<topo>
Empresas
1 Eletrobras: Privatização
é positiva para o crédito da companhia, diz Moody's
A intenção do
governo de privatizar a Eletrobras é positiva para o crédito da
companhia, mas a execução do plano pode ser difícil neste ano, devido
ao cenário político do país, disse a agência de classificação de
riscos Moody's, em relatório enviado a clientes. Segundo a agência,
a ideia do governo de privatizar a estatal por meio de um aumento
de capital poderia ajudar a melhorar a estrutura da companhia, que
está muito alavancada, em um momento em que o governo não consegue
injetar recursos na empresa devido aos problemas fiscais. Isso ganha
mais importância quando se considera que a Eletrobras tem R$ 20
bi em investimentos e R$ 33 bi em dívidas vencendo até 2022. Segundo
a Moody's, a relação entre dívida líquida e resultado Ebitda ficará
próxima de 5 vezes quando a estatal conseguir vender as distribuidoras
de energia. Se a privatização acontecer como esperado, a oferta
de capital iria ajudar a reduzir o endividamento para um nível próximo
de 3 vezes em 2021, diz a agência de classificação de riscos. Além
disso, a proposta de privatização vai permitir que a Eletrobras
consiga ganhos de eficiência, por meio da descotização dos quase
14 GW de potência que a companhia tem contratados nesse regime.
Considerando a possibilidade de que a energia hoje em cotas seja
recontratada em preços próximos de R$ 175 por MWh, a Moody's acredita
que a receita da companhia poderá subir 23% em 2021. Os preços médios
da energia vendida pela companhia, por sua vez, podem quase dobrar.
No lado negativo, essa energia hoje cotizada não está exposta ao
risco hidrológico (medido pelo fator GSF), que custou quase R$ 40
bi ao setor elétrico ano passado. Com a descotização, essa energia
passará a ter exposição ao GSF. (Valor Econômico - 19.01.2018)
<topo>
2 Eletrobras:
Moody's avalia impacto da CDE na empresa
Em relatório
enviado a clientes, a agência de classificação de riscos Moody's
avalia a necessidade de que a Eletrobras faça aportes anuais ao
fundo setorial Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Como resultado,
diz a Moody's, uma melhora efetiva da geração de caixa da Eletrobras
depende de mudanças regulatórias, e se elas vão ajudar a estabelecer
preços mais favoráveis para a energia para lidar com a volatilidade
da hidrologia. As mudanças também precisarão ajudar na criação de
um modelo de geração mais eficiente, que sustente um retorno adequado
dos investimentos feitos pela estatal. Ainda segundo a Moody's,
o plano do governo de estender o prazo de pagamento das indenizações
por ativos antigos de transmissão, de 8 para 30 anos, pode ser negativo
para o crédito da Eletrobras. Em 2016, o governo definiu que essas
indenizações - que se referem aos ativos antigos de transmissão
não amortizados e que foram renovados nos termos da Medida Provisória
(MP) 579 em 2012 - seriam pagas em oito anos, a partir das revisões
tarifárias de 2017. Apenas a Eletrobras teria R$ 38,8 bilhões a
receber nessas indenizações, montante que, de acordo com a Moody's,
representa cerca de 48% das receitas esperadas pela companhia em
transmissão até 2021. No entanto, o pagamento das indenizações foi
questionado na Justiça, e uma liminar bloqueou parte do total a
ser pago. Para mitigar os efeitos tarifários, o governo planeja
aumentar o prazo de pagamento para 30 anos. Enquanto a Moody's considera
isso um evento negativo para a Eletrobras, o lado positivo pode
ser a certeza do recebimento de todos os créditos aos quais a companhia
tem direito, pelo fim das disputas judiciais. Com isso, o impacto
negativo do prazo mais longo seria mitigado. (Valor Econômico -
19.01.2018)
<topo>
3 Eletrobras: Moody's avalia a situação de Angra 3
A agência de
classificação de riscos Moody's pontua que um eventual cancelamento
definitivo das obras da usina de Angra 3, da Eletronuclear, poderia
obrigar a Eletrobras a fazer uma baixa contábil por 'impairment'
de R$ 5 bilhões. A construção da usina está paralisada desde 2015,
quando vieram à tona denúncias de corrupção na Eletronuclear. Segundo
a agência, a Eletrobras precisa de R$ 17 bilhões para concluir o
projeto, o que depende, por sua vez, de uma decisão regulatória
que suba o preço da energia - determinando se ele será viável ou
não. (Valor Econômico - 19.01.2018)
<topo>
4 Eletropaulo contrata bancos para follow on
A Eletropaulo já contratou os bancos de investimento que trabalharão
em sua oferta subsequente de ações (follow on). O sindicato é formado
por JPMorgan, Bank of America Merril Lynch, Itaú BBA e Bradesco
BBI. Desde que concluiu a migração para o Novo Mercado da B3, a
distribuidora de energia trabalha na estruturação da operação. Procurada,
a companhia reiterou que avalia a possibilidade de realização de
uma oferta, "dentre outras alternativas disponíveis para o financiamento
de suas atividades". (O Estado de São Paulo - 19.01.2018)
<topo>
5 Copel: Fitch atribui rating 'AA- (bra) ' para
emissão de R$ 600 mi
A agência de
classificação de risco Fitch Ratings atribuiu na última quarta-feira,
17 de janeiro, o Rating Nacional de Longo Prazo 'AA- (bra) ' à proposta
de sétima emissão de debêntures da Copel, no valor de R$ 600 mi
e prazo de três anos. Os recursos da emissão, de espécie quirografária
e que será realizada em série única, serão destinados para capital
de giro da emissora. De acordo com a Fitch, os ratings da Copel
e de suas subsidiárias se apoiam na forte geração de fluxo de caixa
das operações e na adequada flexibilidade financeira do grupo. No
entanto, a alavancagem financeira ajustada do grupo tem aumentado
gradualmente, em consequência de um programa de investimentos mais
intenso e da maior distribuição de dividendos. O grupo tem apresentado
piora no perfil de liquidez em relação ao seu histórico, com baixa
cobertura de dívida de curto prazo pelo caixa e aplicações financeiras.
A proposta de emissão de debêntures, bem como as duas debêntures
emitidas pelo grupo no quarto trimestre de 2017, tendem a melhorar
este cenário. Segundo a agência, uma ação de rating positiva poderá
vir em decorrência da manutenção do indicador de cobertura da dívida
em patamar inferior a 0,5 vez e da alavancagem líquida ajustada
consolidada limitada a três vezes de forma contínua. Já uma ação
negativa poderá vir em caso de novos projetos ou aquisições envolvendo
montantes significativos, financiados principalmente por dívida;
da manutenção do índice de cobertura da dívida, medido por caixa
e aplicações financeiras ou dívida de curto prazo, em patamar inferior
a 0,5 vez, em bases recorrentes ou se alavancagem líquida ajustada
consolidada ficar acima de quatro vezes após 2018 e de forma sustentada.
(Agência Canal Energia - 18.01.2018)
<topo>
6 RGE: R$ 1,8
mi destinados para ações de eficiência energética no Vale do Paranhana
Quatro municípios
do Vale do Paranhana (RS) receberam, em 2017, ações do Programa
de Eficiência Energética (PEE) da RGE. Segundo informações da companhia,
foram investidos R$ 1,8 mi, que beneficiaram diretamente clientes
de Taquara, Parobé, Igrejinha e Três Coroas, através de diversas
realizações que visaram a diminuição da conta de luz, sobretudo
de famílias de baixa renda, assim como o consumo mais consciente
de energia. Em Taquara, a distribuidora concluiu, no ano passado,
um importante e grande plano de modernização da iluminação pública
das principais ruas do município. Foi aplicado R$ 1,6 mi ao projeto
que substituiu 521 lâmpadas antigas, de vapor metálico, por novas
unidades de LED. Com a ação, a expectativa é de que R$ 425 mil sejam
economizados pela prefeitura municipal em um ano com tarifa de energia
elétrica. Com a finalização da substituição dessas lâmpadas, há
uma estimativa de redução no consumo de energia de 431,37 MWh/ano
e uma redução de 99,65 kW na demanda de ponta. Ainda em Taquara,
foram realizados 12 processos de regularização da ligação de energia,
com custo de R$ 27,6 mil. Nesses casos, a concessionária faz um
mapeamento sobre clientes que estejam em áreas regulares e de vulnerabilidade
social perante a prefeitura e apresentem problemas na ligação de
energia, como os populares gatos. A partir disso, a empresa oferece
ao morador a possibilidade de se regularizar perante a companhia.
Já em Parobé, Igrejinha e Três Coroas, foram distribuídas 4.720
lâmpadas de LED. O investimento nesta ação chegou a R$ 149 mil e
serviu para substituir lâmpadas menos eficientes, como a fluorescentes,
pelas de LED, que possuem vida útil próxima das 25 mil horas e são
cerca de 90% mais econômicas que as antigas. (Agência Canal Energia
- 18.01.2018)
<topo>
7 Cteep: Nova
gerente de Relações com Investidores é anunciada
A Cteep anunciou
nesta quinta-feira (18/1) que Michelle Lourenço Corda irá assumir
a gerência de Relações com Investidores da companhia. A executiva
responderá para Rinaldo Pecchio, diretor Financeiro e de Relações
com Investidores da empresa. Michelle Lourenço liderou nos últimos
sete anos a área de Relações com Investidores da Suzano Papel e
Celulose. Também atuou na área na EDP Energias do Brasil, na consultoria
de Relações com Investidores FIRB, e no Investment Banking do Banco
Santander. (Brasil Energia - 19.01.2018)
<topo>
8 Cade: consórcio da Enel Soluções aprovado sem restrições
O Cade decidiu
aprovar sem restrições a união entre a Enel Soluções, CEL Engenharia
e Engelmig Elétrica. As três empresas formarão consórcio para atuar
em obras no estado de Goiás para a execução de serviços de montagem
eletromecânica e de engenharia civil em subestações da distribuidora
local a Celg-D, que foi adquirida pela Enel em 2016. A decisão consta
do despacho no. 47 do Cade e publicada na edição desta quinta-feira,
18 de janeiro, do DOU. (Agência Canal Energia - 18.01.2018)
<topo>
Leilões
1 Abragel defende
mais PCHs em leilão 'A6'
O segmento de
pequenas centrais hidrelétricas - usinas com até 30 MW de capacidade
instalada - articula uma recuperação no mercado de energia elétrica.
De acordo com a Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa
(Abragel), uma das principais entidades que representa o segmento,
a expectativa é aumentar em 50%, para 1.500 MW, a capacidade de
projetos do tipo cadastrados no próximo leilão de energia do tipo
"A-6", que negociará contratos de energia de empreendimentos futuros
com início de suprimento em 2024 e que o governo pretende realizar
em junho. No último leilão "A-6", realizado no fim de dezembro,
foram inscritas 66 pequenas hidrelétricas, totalizando uma capacidade
instalada de 1.044 MW, o equivalente a 2% da potência total cadastrada
para o certame. Desse total, 43 projetos (732 MW) foram habilitados
para a concorrência, dos quais apenas seis (139 MW) arremataram
contratos. A PCH respondeu por apenas 3% da capacidade instalada
contratada no leilão. Já o leilão A-4, que negociou contratos de
energia de empreendimentos futuros com início de fornecimento em
2021, também em dezembro, apenas uma PCH (de 10 MW) arrematou contrato.
Ao todo, 25 projetos venceram contratos naquele certame. "A expectativa
é que o leilão para 2024 tenha uma demanda grande", afirmou Ricardo
Pigatto, presidente interino da Abragel. "Precisamos retomar a importância
das PCHs para o sistema nacional. Aparentemente esqueceram da importância
dessa fonte de energia", completou. (Valor Econômico - 19.01.2018)
<topo>
2 Abrage discute
estratégias para os leilões de energia com principais fabricantes
do setor
Um dos objetivos
da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa (Abragel) neste
ano é fazer reuniões com os principais fabricantes do setor (entre
eles, WEG, GE e Andritz) para discutir estratégias para os leilões
de energia. Na opinião de Ricardo Pigatto, presidente interino da
Abragel, essa negociação prévia com fornecedores tem contribuído
para o sucesso de outras fontes de energia nos leilões, principalmente
eólica e solar. "Vamos entrar em contato com os fabricantes", explicou
o executivo. Outro ponto fundamental, destacou, é o preço-teto a
ser estipulado pelo governo nos leilões. Para a Abragel, um preço
viável para o desenvolvimento dos projetos seria da ordem de R$
290 por MWh. No último leilão A-6, o preço-teto para a fonte hídrica
foi de R$ 281/MWh. De acordo com a Abragel, existem em operação
no Brasil hoje 1.054 hidrelétricas com capacidade instalada inferior
a 50 MW cada, incluindo as de pequeno porte. Juntas, elas somam
potência de geração de 5,6 mil MW. (Valor Econômico - 19.01.2018)
<topo>
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Níveis dos reservatórios pelo Brasil
Os reservatórios
do Sul apresentaram elevação de 0,1% nos níveis em relação ao dia
anterior e se encontram com 15,9% da capacidade, segundo dados do
ONS relativos a última terça-feira, 16 de janeiro. A energia armazenada
no dia ficou em 13.289 MW mês e a energia afluente está em 141%
da MLT. A usina de Passo Fundo opera com 70,88% da capacidade. No
submercado Nordeste houve crescimento de 0,1% nos níveis, com os
reservatórios operando com 16% da capacidade. A energia armazenada
ficou em 8.282 MW mês no dia e a energia afluente está em 38% da
média de longo termo armazenável acumulada no mês. A hidrelétrica
Sobradinho apresenta 11,70% da sua capacidade. Na região Norte os
níveis seguiram com o aumento dos últimos dias, com um acréscimo
de 0,6%, deixando os reservatórios com 27,6% da capacidade. A energia
armazenada chegou a 4.146 MW mês e a ENA ficou em 58% da MLT. A
hidrelétrica Tucuruí se encontra com 42,29% da capacidade. No Sudeste/Centro-Oeste
do país houve alteração positiva de 0,2% nos níveis e o submercado
se encontra com 29,9% da capacidade. A energia armazenada está em
60.744 MW mês e a energia afluente em 97% da MLT. Furnas trabalha
com 18,53% da capacidade e a usina Nova Ponte, com 17,48%. (Agência
Canal Energia - 18.01.2018)
<topo>
2
ANA determina vazão mínima para a UHE Foz do Chapecó em período
de baixa de afluentes
A ANA estabeleceu
que, em períodos de baixas vazões de afluentes ao reservatório da
UHE Foz do Chapecó, a descarga do mesmo deverá ser mantida igual
ou inferior a 1.000 metros cúbicos por segundo das 12h de sexta-feira
até às 12h do domingo de cada semana. De acordo com a resolução
no. 4 da ANA, publicada na edição desta quinta-feira, 18 de janeiro,
do Diário Oficial da União, períodos de baixa vazão são aqueles
em que as afluências médias diárias previstas para a usina em questão,
para o período de sexta-feira a domingo, obtidas pelo ONS sempre
às quintas-feiras, forem iguais ou inferiores a 1.000 m³/s. A resolução
tem validade por 180 dias. A resolução determina que o agente responsável
pela operação da UHE Foz do Chapecó informará à Secretaria de Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável do Estado do Rio Grande do Sul a programação
de defluências da usina no período no qual é indicada a descarga
mínima. A ANA determinou ainda que durante o período caracterizado
de baixas vazões afluentes ao reservatório da UHE Foz do Chapecó,
caso seja necessário operá-lo para controle de cheias, elevando
a vazão defluente acima da vazão máxima prevista para o período,
o concessionário deverá informar imediatamente a secretaria estadual
e a ANA. Assim como se necessária a operação elevando a vazão com
a finalidade de garantir o suprimento de energia no SIN ante a ocorrência
de evento no sistema. (Agência Canal Energia - 18.01.2018)
<topo>
3
Consultoria Dcide: Preço de referência é medido a R$ 132,35/MWh,
queda de 19,82% na semana
O preço
de referência para contratos de energia elétrica, referente ao trimestre
de fevereiro a abril de 2018, foi medido a R$ 132,35/MWh, com queda
de 19,82% na semana, segundo o Boletim Semanal da Curva Foward,
elaborado pela consultoria Dcide. Houve queda também na comparação
com o mês anterior: 27,48%. Já na comparação anual, houve crescimento
de 10,20%. O preço da energia convencional de longo prazo, referente
ao período de 2019 a 2022, apresentou variação negativa de 0,38%
na semana para R$ 157,54/MWh. Na comparação mensal, a queda foi
de 0,64%, enquanto que na comparação com o mesmo período do ano
passado, houve aumento de 10,41%. O documento é elaborado a partir
de dados de 48 agentes do mercado livre, entre os mais comercialmente
ativos, apurados semanalmente pela consultoria. As curvas de preço
são validadas por modelo matemático, que elimina distorções, e por
comitê. (Brasil Energia - 19.01.2018)
<topo>
Energias Renováveis
1
Hidrelétricas irão crescer em 2018, mas energia solar fotovoltaica
irá dobrar
A produção
de energia solar no Brasil pode dobrar em 2018, ano que concentra
a maioria das entradas em operação das 67 usinas solares previstas
pela Aneel para iniciar geração até 2021, fruto de leilões realizados
em 2014 e 2015. De acordo a agência, em 2018 está prevista a entrada
garantida (viabilidade alta) de 28 usinas, totalizando 781 MW, e
mais 35 usinas com viabilidade média, somando 231 megawatts de capacidade
instalada. No total, a energia solar deve acrescentar este ano ao
sistema 1 012 MW, dobrando a capacidade de 1 mil MW atingida pelo
Brasil no final de 2017. Em 2019, a previsão da Aneel é de entrada
de mais 356 MW em energia solar. A agência estima ainda para 2018
a entrada em operação de sete usinas hidrelétricas, com potência
instalada de 3.097 MW, com contribuição de mais turbinas em Belo
Monte (PA), e mais 1.569 MW em 2019. A produção de energia eólica
em operação comercial no Sistema Interligado Nacional (SIN), entre
janeiro e novembro do ano passado, foi 27% maior do que a geração
de igual período de 2016, segundo dados consolidados pela CCEE.
As usinas movidas pela força do vento somaram 4.594 MW médios entregues
ao longo do ano passado frente aos 3.622 MW médios gerados no mesmo
intervalo de 2016. A representatividade da fonte eólica em relação
a toda energia gerada no período pelas usinas do sistema alcançou
7,4% em 2017. A fonte hidráulica (incluindo as Pequenas Centrais
Hidrelétricas - PCHs) foi responsável por 70,6% do total e as usinas
térmicas responderam por 22%. No final de novembro, havia, segundo
a CCEE, 489 eólicas em operação comercial no Brasil que somavam
12.470 MW de capacidade instalada, aumento de 24% em um ano. (Ambiente
Energia - 18.01.2018)
<topo>
2
Cade: aprovada a compra de eólica do Santander pela Ferbasa
O Cade aprovou
a compra pela Ferbasa da BW Guirapá S.A., que é dona do Complexo
Eólico Guirapá e tinha como controlador principal a Santander Participantes.
O empreendimento é composto por sete eólicas e fica localizado nas
cidades de Pindaí e Caetité. O complexo foi comercializado no Leilão
de Reserva de 2011 e entrou em operação em fevereiro de 2016. O
aval foi publicado no DOU desta quinta-feira, 18 de janeiro. A Ferbasa
também fica localizada na Bahia e atua no setor de ferroligas, exercendo
atividades nas áreas de mineração, metalurgia e de recursos florestais.
É uma das dez maiores empresas do estado, com faturamento superior
a US$ 500 milhões. (Agência Canal Energia - 18.01.2018)
<topo>
3
Liberada a eólica do RN para operação em teste
A Aneel
liberou para operação em teste as unidades geradoras UG1 a UG6,
de 2.100 kW cada, totalizando 12.600 kW de capacidade instalada
da usina de geração eólica denominada EOL União dos Ventos 12, a
partir desta quinta-feira, 18 de janeiro, segundo despacho publicado
pela Aneel. O empreendimento está localizado em Pedra Grande, no
estado do Rio Grande do Norte. Outra a receber o provimento da Aneel
foi a CGH Dourados, que poderá testar a unidade UG1, de 990 kW,
localizada no município de Abadia dos Dourados, em Minas Gerais.
(Agência Canal Energia - 18.01.2018)
<topo>
Gás
e Termelétricas
1 SIN tem usina de Angra 2 reconectada
A usina de Angra
2 foi reconectada ao SIN na última terça-feira,16 de janeiro, às
22h17min. A usina havia sido desligada por conta da atuação indevida
do sistema de proteção contra sobrepressurização dos transformadores
principais, na parte não nuclear. De acordo com a Eletronuclear,
às 15h59 min do último dia 16 a usina foi desligada automaticamente
e houve rejeição de 1.267 MW. Desde então, os técnicos da Eletronuclear
atuaram para evitar a repetição do evento similar. A geradora também
fez uma verificação geral dos sistemas da usina para que o retorno
da operação fosse efetuado no mesmo dia. (Agência Canal Energia
- 18.01.2018)
<topo>
Economia Brasileira
1 Confiança da indústria em janeiro
é a maior desde abril de 2011
O Índice de
Confiança do Empresário Industrial (Icei) subiu 0,7 ponto na passagem
de dezembro do ano passado para janeiro de 2018 e chegou a 59 pontos,
divulgou nesta sexta-feira a Confederação Nacional da Indústria
(CNI). Na pesquisa, resultados acima da linha divisória dos 50 pontos
indicam otimismo. Com a alta, o Icei deste mês é 8,9 pontos maior
do que o observado no início de 2017, já que naquele mês foi de
50,1 pontos. "A confiança do empresário é a maior desde abril de
2011, quando o índice registrou 59,5 pontos", destacou a entidade
patronal. Na separação por setor, a indústria extrativa é a mais
otimista. O ramo tem um Icei de 60,5 pontos, seguidos pela indústria
de transformação, com 59,3 pontos e a indústria de construção, com
57,2 pontos. Na segmentação por porte, as grandes empresas são as
com melhores expectativas. O Icei das grandes companhias foi de
61,1 pontos neste mês, enquanto as médias indicaram um Icei de 57,6
pontos e as pequenas tiveram um resultado de 55,9 pontos. Foi a
expectativa para o futuro que puxou o Icei para cima, já que o indicador
que mede as condições atuais foi de 53,1 pontos frente aos 62 pontos
do componente do Icei que trata das projeções para os próximos seis
meses. (Valor Econômico - 19.01.2018)
<topo>
2 Movimento do comércio sobe 1,5% em
2017, diz Boa Vista SCPC
O Indicador
Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no
varejo em todo o Brasil, subiu 1,5% em 2017, de acordo com os dados
apurados pela Boa Vista SCPC e divulgados nesta sexta-feira (18).
Na comparação mensal com ajuste sazonal, foi observado crescimento
de 1,1% em dezembro frente a novembro. Já na avaliação contra dezembro
do ano anterior, houve aumento de 6,3%. Na análise mensal, dentre
os principais setores, o setor de Móveis e Eletrodomésticos apresentou
crescimento de 2,2% em dezembro, descontados os efeitos sazonais.
Nos dados sem ajuste sazonal, a variação acumulada em 12 meses foi
também de 2,2%. A categoria Tecidos, Vestuários e Calçados cresceu
0,1% no mês expurgados os efeitos sazonais. Na comparação da série
sazonal, nos dados acumulados em 12 meses houve avanço de 1,2%.
(Valor Econômico - 19.01.2018)
<topo>
3 Brasil está fora da lista de países que mais crescerão em 2018
Se houvesse uma corrida entre os países para saber quem vai conseguir
o maior crescimento da economia em 2018, o Brasil estaria distante
das primeiras posições. Apesar da expectativa de uma expansão maior
que em 2017 - a estimativa do Banco Mundial para este ano é de 2%
-, o país fica longe do pódio mundial. A liderança da corrida não
é uma surpresa: a China, segunda maior economia do mundo, deve crescer
6,4% e mais uma vez será destaque. Em 2017, o desempenho do país
asiático acelerou pela primeira vez desde 2010 e cresceu 6,9%. O
cenário do Banco Mundial prevê uma expansão de 3,1% da economia
global em 2018, maior que os 3% de 2017. Nessa média, no entanto,
alguns países se destacam. (O Globo - 19.01.2018)
<topo>
4 Mesmo com queda da Selic, FGTS tem lucro próximo
a R$ 12 bilhões em 2017
Dados preliminares
mostram que o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve
ter fechado 2017 com um lucro líquido de aproximadamente R$ 12 bilhões.
Até setembro, segundo fonte ouvida pelo Valor, esse resultado era
de algo próximo de R$ 10 bilhões. O desempenho do fundo o ano passado
é considerado elevado mas foi prejudicado pela queda da taxa básica
de juros (Selic), que atualmente é de 7% ao ano. Em 2016, o lucro
do FGTS foi de R$ 14,5 bilhões puxado justamente pelos juros mais
altos, que melhoraram a rentabilidade do fundo com títulos públicos.
De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa de juros ficou estagnada
em 14,25%. Em dezembro de 2016, estava em 13,75% ao ano. (Valor
Econômico - 19.01.2018)
<topo>
5 Analistas mantêm projeções de aumento de 6% no
preço ao consumidor neste ano
A nova política
de preços para o gás de cozinha, anunciada ontem pela Petrobras,
vai reduzir a grande volatilidade dos reajustes vista nos últimos
meses, mas não altera a perspectiva para os preços do produto ao
consumidor ao longo do ano, segundo economistas. Após a alta de
16% em 2017, as estimativas giram em torno de um aumento de 6% para
o botijão de 13 quilos neste ano. "Os reajustes serão mais espaçados
e graduais ao longo do ano, mas o resultado final será ser o mesmo",
afirma o economista André Muller, da AZ Quest. A gestora calcula
aumento de 6% para o gás de cozinha em 2016 e alta de 3,8% no Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo a Petrobras,
os preços do GLP de uso residencial passarão a ser reajustados a
cada três meses a partir de uma média móvel de 12 meses do preço
internacional e da cotação do câmbio. O cálculo leva ainda em conta
a margem de lucro da empresa. Reajustes acima de 10% terão que ser
autorizadas pelo grupo executivo de mercado e preços da petroleira.
(Valor Econômico - 19.01.2018)
<topo>
6 Dólar ontem e hoje
Ontem, no fechamento,
o dólar recuou 0,21%, a R$ 3,2088. Hoje, por volta das 13h20, o
dólar comercial recuava 0,02%, cotado a R$ 3,2083. (Valor Econômico
- 18.01.2018 e 19.01.2018)
<topo>
Internacional
1 Bolívia: Hidrelétrica
San José I sobe potência energética do país
A Usina Hidrelétrica
boliviana de San José I gerou 55 MW desde ontem e permitiu que o
suprimento de energia nacional aumentasse de 2.100 para 2.155 MW
com uma reserva de 700 MW. O projeto que integra San José I e San
José II, este último ainda em construção, fica a 95 quilômetros
da cidade de Cochabamba, na província de Chapare. Na primeira fase,
foram investidos US$ 139 mi, mas o trabalho completo custará US$
278 mi para gerar 124 MW, de acordo com dados da National Electricity
Company (ENDE). "Neste momento, geramos 2.100 MW e agora incorporaremos
55 MW, geraremos 2.155 MW, (temos) quase 700 MW de reservas (eletricidade,
porque a demanda é de cerca de 1.500 MW)", afirmou o presidente
boliviano Evo Morales. Cerimônia de abertura da nova usina hidrelétrica.
O Chefe de Estado afirmou que a Bolívia tem energia excedente para
exportar e anunciou que, em 2019, serão adicionados 1.000 MW à expansão
de usinas termelétricas, como Warnes e Entre Ríos, com as quais
o poder do Sistema Interligado Nacional (SIN) aumentará para mais
de 3.000 MW. (Cambio - Bolívia - 17.01.2018)
<topo>
2 Espanha: O CNMC
solicita alterações em banco de dados utilizado pelas empresas de
energia
A CNMC (Comissão
Nacional de Mercados e Concorrência) publicou o Relatório (INF /
DE / 190/17) no qual solicita ao Ministério da Energia da Espanha
mudanças quanto à base de dados comum utilizada pelas empresas de
energia elétrica. Especificamente, é uma informação comercialmente
sensível para comerciantes alternativos que podem condicionar a
dinâmica competitiva do mercado. As empresas de comércio de eletricidade
usam uma base de dados comum que é conhecida como SIPS (Sistema
de Informação de Ponto de Abastecimento de Gás Natural e Eletricidade).
Através dele, eles podem acessar informações sobre os clientes do
mercado de eletricidade para desenvolver suas ofertas e atrair clientes
através de condições mais vantajosas. Na verdade, esta base de dados
tem desempenhado um papel muito importante na introdução da concorrência
no mercado de eletricidade de varejo em Espanha. As características
desta base de dados (SIPS) foram estabelecidas através do Real Decreto
espanhol 1074/2015, em que certas disposições do setor elétrico
elaboradas pelo Ministério da Energia espanhol já foram modificadas.
No rascunho final deste padrão e subsequente ao relatório obrigatório
da CNMC, foi decidido não incluir no SIPS (banco de dados) a informação
que identifica diretamente o consumidor (nome e endereço do proprietário
do ponto de fornecimento e localização do referido ponto). (Suelo
Solar - Espanha - 18.01.2018)
<topo>
3 Espanha: luz cairá em 55% em 2050 se os objetivos
de descarbonização forem atingidos, afirma Deloitte
A conta de luz
cairá 55% em 2050 se os objetivos de redução de emissões de CO2
estabelecidos pela União Europeia forem cumpridos, de acordo com
o relatório "Uma transição inteligente para um modelo energia sustentável
para a Espanha em 2050", realizada pela Deloitte. Além disso, o
relatório enfatiza que é necessário manter plantas de geração de
energia convencionais a médio prazo para assegurar uma transição
de energia eficiente; seu encerramento antecipado exigiria investimentos
de 6.800 milhões. A consultoria recomenda ao Governo que estabeleça
um quadro claro e de longo prazo para a descarbonização da economia
espanhola e solicite modificação dos padrões de consumo final de
energia, aproveite a transição de energia para criar atividade econômica
e adapte o mix de geração de eletricidade de forma que seja descarbonizado
ao menor custo possível, mantendo a continuidade do fornecimento.
De acordo com o relatório do Monitor Deloitte, "a extensão do uso
de eletricidade para todas as áreas e setores onde possível é, juntamente
com muito eficiência energética determinada em todos os setores,
a única maneira possível de atingir os objetivos de descarbonização
". Para ler o relatório na íntegra, clique aqui.
(Agência Canal Energia - 19.01.2018)
<topo>
Biblioteca Virtual do SEE
1
HOLTZ, Abel. "Estertores do Atual Modelo do Setor Elétrico". Agência
CanalEnergia. Rio de Janeiro, 17 de Janeiro de 2018.
Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
<topo>
2
DELOITTE. "Un modelo energético sostenible para España en 2050 Recomendaciones
de política energética para la transición". Madrid (Espanha), março
de 2016.
Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
<topo>
Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa:
Ana Vitória, João Pedro Santos, Lucas Morais, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva.
As notícias divulgadas no IFE não refletem
necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
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