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IFE: nº 4.477 - 17 de janeiro de 2018
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL: Workshop sobre Experiências Internacionais de Desenhos de Mercado de Energia Atacadista em Portugal
2 Justiça nega recurso da União contra liminar que põe em risco prazo de privatização
3 MP 814 não impede projeto de lei sobre privatização da Eletrobras, diz ministro
4 MME: Tarifa deve se manter estável pelo menos no primeiro trimestre de 2018
5 Abradee: Atendimento da demanda está garantida no ACR em 2018
6 Abradee: Últimos leilões A-1 e A-2 contrataram o suficiente para o mercado nacional
7 ONS: Vagas abertas para jovens profissionais
8 ANA: Christianne Ferreira é a nova diretora-presidente da agência

Empresas
1 Engie: Para criar alternativas de receita, empresa aposta em diversificação
2 Engie: Empresa quer deixar carvão pra trás e focar em gás
3 Engie: Painéis solares e mobilidade urbana seguem na mira do grupo
4 TSLE: Fitch afirma rating da companhia com perspectiva estável
5 CEB: Edital de chamada pública para eficiência energética é publicado
6 Energisa: R$442,9 mi serão pagos para aumentar fatia em distribuidora no MT após OPA
7 Enel Distribuição Rio: proposto o reajuste da tarifa de energia residencial no Rio em 18,11%

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 CCEE: Hidrelétricas podem ter em 2018 o melhor período úmido em anos
3 CCEE: SEB deve produzir acima da garantia física no primeiro trimestre de 2018

4 CCEE: Migração para mercado livre de energia caiu 45% em 2017 devido a alta nos preços de contratos

Energias Renováveis
1 BNEF: Investimento brasileiro em renováveis cresce 10% e atinge marca de US$ 6,2 bi em 2017
2 Atlantic obtém certificados de energia renovável

Gás e Termelétricas
1 Governo estuda flexibilizar pesquisa e exploração de minérios nucleares
2 23 consumidores industriais devem ser conectados à rede pela SCGás em 2018
3 New Holland é nova associada da ABiogás

Economia Brasileira
1 Cenário global positivo reforça projeções de retomada
2 Goldman Sachs: Consumo e política monetária amparam retomada

3 IPC-Fipe desacelera na 2ª prévia de janeiro
4 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: Uma privatização que põe pressão sobre Cambiemos
2 Espanha: O IDAE tem dez milhões de euros para defender a Espanha de arbitragem contra retroatividade fotovoltaica
3 BNEF: Previsão de US$ 330 bi investidos em 2018 para energia limpa
4 BNEF: Previsão de energia solar acima de 100 GW em 2018
5 BNEF: Previsões para geração eólica em 2018

6 BNEF: Previsão de venda de veículos elétricos para 2018 é de 1,5 milhões de unidades

7 BNEF: Previsões para a transição energética na Índia e na China em 2018


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL: Workshop sobre Experiências Internacionais de Desenhos de Mercado de Energia Atacadista em Portugal

Dentro dos marcos do Acordo de Cooperação Acadêmica firmado entre o Gesel-UFRJ e português ISEG (Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa), será realizado no dia 9 de fevereiro, na capital portuguesa, um workshop sobre Experiências Internacionais de Desenhos de Mercado de Energia Atacadista. A justificativa central do evento está relacionada ao fato de que, na União Europeia, o crescimento da geração de fontes renováveis não controláveis introduziu uma série de problemas na formação de preços, tais como: má sinalização econômica dos preços de curto prazo, necessidade de remuneração da capacidade de centrais com geração controlável e necessidade de intensificação das trocas de energia a grandes distâncias. No caso específico do mercado atacadista brasileiro há necessidade imperiosa de aperfeiçoar o modelo de comercialização face aos problemas de liquidação e de garantias financeiras. Estes problemas indicam a necessidade de tornar a infraestrutura da comercialização de energia financeiramente robusta e os fluxos de caixa dos agentes mais previsíveis. (GESEL-IE-UFRJ – 17.01.2018)

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2 Justiça nega recurso da União contra liminar que põe em risco prazo de privatização

A Justiça Federal em segunda instância indeferiu pedido do governo do presidente Michel Temer para derrubar a liminar que pode inviabilizar a privatização da Eletrobras no prazo previsto pelo governo, informou em nota o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5). A Justiça Federal em Pernambuco decidiu na semana passada suspender um mecanismo da Medida Provisória 814 de 2017 que cancelava vetos à desestatização da Eletrobras e suas subsidiárias. Publicada no fim do ano passado, a medida tinha como objetivo permitir ao governo a contratação de estudos necessários ao negócio. O Juízo de primeiro grau deferiu o pedido, afirmando que haveria risco iminente de alienação à iniciativa privada das estatais do setor elétrico, sem o devido respeito às regras constitucionais de edição de leis ordinárias, segundo o TRF5. Autoridades afirmaram anteriormente que o governo iria recorrer e que a contratação dos estudos é fundamental para evitar riscos de o plano de privatização da elétrica não ser concluído ainda em 2018, como planeja o governo. Ao indeferir o recurso, o presidente do TRF5, desembargador federal Manoel Erhardt, afirmou que “não se visualiza, ao menos por ora, risco iminente ao insucesso do programa, dado que o próprio cronograma é algo indefinido”. (Reuters – 17.01.2018)

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3 MP 814 não impede projeto de lei sobre privatização da Eletrobras, diz ministro

A publicação da MP 814 não vai impedir que o projeto de lei sobre o tema seja enviado pelo governo à Câmara de Deputados até o fim de janeiro. De acordo com o Ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o projeto de lei é que vai determinar como será a concepção do modelo de privatização, o que não está determinado na MP. “Toda a modelagem se dará via projeto de lei. Na MP não tem descotização, Golden Share nem revitalização do rio São Francisco, porque isso estará no projeto de lei”, explicou, na inauguração do Centro de Inovação em Mobilidade Elétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), nesta terça-feira, 16 de janeiro. Coelho Filho explicou que o objetivo da MP 814 era apenas o de viabilizar a venda das distribuidoras em poder da Eletrobras. Ele negou que a privatização da estatal tenha sido inserida na MP, mas que a inclusão das subsidiárias da holding no Programa Nacional de Desestatização foi necessária para que ela pudesse contratar os estudos necessários à sua privatização. O ministro disse ainda que vai seguir o que foi combinado com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e com o presidente do Senado, Eunício Oliveira. Segundo ele, Maia já teria inclusive visto o projeto. Quando a MP foi publicada, houve forte reação, que foi do próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia aos deputados da base, alegando que isso fugia ao combinado, que era a apresentação de um PL. A aposta do ministro é que haja um grande debate no parlamento, por conta da importância da empresa e para sanar as dúvidas existentes no processo. “Quando ele chegar à Câmara, a expectativa é que a gente possa esclarecer os pontos, para defender o projeto”, revelou. (Agência Canal Energia – 16.01.2018)

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4 MME: Tarifa deve se manter estável pelo menos no primeiro trimestre de 2018

O volume de chuvas acima da média desde o fim do ano passado deve fazer com que as tarifas de energia elétrica não subam para o consumidor brasileiro, pelo menos até o fim do primeiro trimestre de 2018. Quem afirma isso é o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, segundo informou por comunicado nesta terça-feira, 16, a Itaipu, mesmo dia em que o titular da pasta visitou a usina hidrelétrica em Foz do Iguaçu (PR). Segundo o ministro, as precipitações têm permitido a recuperação dos reservatórios das principais usinas hidrelétricas, o que levou a Aneel sinalizar que o regime de bandeiras tarifárias permanecerá verde nos três primeiros meses do ano. "O sistema (elétrico nacional) é interligado e a gente veio de cinco ou seis anos de chuvas abaixo da média nos maiores reservatórios. Mas os resultados de novembro, dezembro e dos primeiros dias de janeiro (de 2018) têm sido muito animadores", avaliou. Coelho Filho esteve na Itaipu para uma série de compromissos, entre eles, a inauguração oficial do Centro de Inovação em Mobilidade Elétrica (CI-MES) e a assinatura de um acordo de cooperação, entre Itaipu e MMA, para a implantação do Programa de Mobilidade Sustentável nos Ministérios. (O Estado de São Paulo – 16.01.2018)

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5 Abradee: Atendimento da demanda está garantida no ACR em 2018

O atendimento da demanda por parte das distribuidoras está assegurado em 2018. De acordo com cálculos da Abradee, as concessionárias ainda operam em um ambiente de sobrecontratação, mas esse patamar está mais baixo do que no ano passado. A entidade apontou que as empresas estão, na média, com 102,5% de sua necessidade contratada. Com isso, qualquer crescimento da economia que for verificado em 2018 encontrará lastro no mercado regulado. “O ambiente ainda é de sobrecontratação. Após a mais recente rodada do MCSD para contratos deste ano e de 2019 tivemos 100% da descontratação pretendida pelas distribuidoras atendida pelos geradores”, relatou o presidente executivo da Abradee, Nelson Fonseca Leite. “Com essa sobra de energia as concessionárias já possuem a elasticidade suficiente para atender e absorver um crescimento da economia”, acrescentou ele à Agência CanalEnergia. O representante das distribuidoras relatou que as empresas ainda apresentavam excesso de contratos. Segundo ele, a maioria das concessionárias declarou volume de energia adicional para participar do mecanismo operacionalizado pela CCEE. Esse volume foi de 1.500 MW médios. Mas, houve três empresas que declararam necessidade de 150 MW médios, ou seja, ainda foi necessário reduzir contratos ao montante de 1.350 MW médios com os geradores, que por sua vez colocaram mais de 2 mil MW médios em contratos no MCSD. “Por isso, o atendimento está garantido no ambiente regulado, há lastro de contratos para o fornecimento de energia”, ressaltou ele. (Agência Canal Energia – 16.01.2018)

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6 Abradee: Últimos leilões A-1 e A-2 contrataram o suficiente para o mercado nacional

O atendimento da demanda por parte das distribuidoras está assegurado em 2018. De acordo com cálculos da Abradee, as concessionárias ainda operam em um ambiente de sobrecontratação, mas esse patamar está mais baixo do que no ano passado. Em sua avaliação, os leilões de energia existente do final do ano passado, o A-1 e A-2 representaram uma contratação pontual para o tamanho do mercado nacional. No início da crise de sobrecontratação eram justamente 2018 e 2019 que apresentavam os maiores volumes de sobra de energia no horizonte até 2021 e esse excesso foi mitigado pelas ações que o governo colocou em prática nesses anos até chegar ao atual estágio. Os 288 MW médios para 2018 representam, segundo a Abradee, menos de 1% da demanda total das distribuidoras no Brasil que está em algo próximo 47 e 48 mil MW médios. Essa mesma avaliação, continuou ele, vale para o resultado do A-2 que levou à contratação de 423 MW médios a serem fornecidos em 2019. No dia 22 de dezembro o governo promoveu os dois certames que resultaram na contratação de energia elétrica de oito vendedores no leilão A-1 e treze no A-2, para atender a demanda de dez agentes de distribuição para 2018 e doze agentes de distribuição para 2019, nos quatro submercados, Nordeste, Norte, Sudeste/Centro-Oeste e Sul. O preço médio da energia negociada foi de R$ 177,46/MWh, deságio médio de 18,22%, e de R$ 174,52/MWh, deságio médio de 9,58%, respectivamente. (Agência Canal Energia – 16.01.2018)

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7 ONS: Vagas abertas para jovens profissionais

O ONS abriu inscrições para o Programa Construir 2018. Através do programa, jovens profissionais podem disputar vagas para trainee em nível técnico e superior. O processo seletivo envolve a triagem de currículos, testes online, dinâmica de grupo, provas técnicas e entrevistas individuais. “O Programa é uma grande oportunidade de desenvolvimento profissional, com duração máxima de 24 meses”, explicou o ONS. Cada trainee terá um tutor na sua área de destino, que será o responsável pelo seu acompanhamento durante o programa. (Agência Canal Energia – 17.01.2018)

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8 ANA: Christianne Ferreira é a nova diretora-presidente da agência

Foi oficializada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira, 16 de janeiro, a nomeação de Cristianne Dias Ferreira como nova diretora-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), com mandato de quatro anos, em vaga decorrente do término do mandato de Vicente Andreu Guillo. Christianne atua como subchefe adjunta para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República desde maio de 2016. A nova presidente da ANA também é integrante do Conselho Fiscal do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desde setembro do ano passado. Entre 2007 e 2016 atuou como assessora jurídica da Procuradoria Parlamentar da Câmara dos Deputados. No meio acadêmico, Christianne é professora de Direito Privado e professora assistente do Núcleo de Prática Jurídica do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) deste 2010. Mineira de Belo Horizonte, Christianne se graduou em Direito em 2002 na Universidade Católica de Brasília (UCB). Também possui especialização em Processo Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e mestrado em Direito e Políticas Públicas pelo UniCEUB. Além de Christianne, foram nomeados para exercer cargos de diretores da ANA, Marcelo Cruz, com mandato de quatro anos, em vaga decorrente do término do mandato de Gisela Damm Forattini, ficando exonerado do que atualmente ocupa; e Oscar de Moraes Cordeiro Netto, em vaga decorrente do término do mandato de João Gilberto Lotufo Conejo. (Agência Canal Energia – 16.01.2018)


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Empresas

1 Engie: Para criar alternativas de receita, empresa aposta em diversificação

A geradora franco-belga Engie deu início a uma ampla estratégia de diversificação dos negócios. A nova rota traçada pela companhia tem como foco a área de serviços, transmissão de energia e gás natural. Um dos objetivos é se preparar para o fim de contratos de concessão de hidrelétricas nos próximos dez anos, como os das usinas da Gerasul, empresa privatizada em 1998 e arrematada pelo grupo. A Engie quer, aos poucos, criar condições para substituir receitas caso seja necessário. “É claro que se houver uma ‘relicitação’ das usinas nós vamos disputar. Mas, nesse processo, podemos ganhar ou perder”, afirma o presidente do grupo, Maurício Bähr. As três primeiras usinas a vencer têm capacidade de 2.724 MW, o que representava 27% da capacidade total de geração da empresa no ano passado. Esse porcentual, no entanto, caiu para 24% com a incorporação de duas usinas da Cemig. Hoje a capacidade instalada do grupo está em 11.059 MW. Na busca para criar novas alternativas de receita, a empresa também decidiu entrar no segmento de transmissão de energia. Logo na estreia, no mês passado, a Engie venceu a licitação de 1.100 quilômetros (km) de linhas no Paraná. Só nessa obra, a companhia vai investir R$ 2 bilhões. Os negócios fechados no ano passado pela Engie somam algo em torno de R$ 8,3 bilhões em compras e investimentos para os próximos anos. Além das hidrelétricas da Cemig e das linhas de transmissão, a companhia comprou o complexo eólico Umburanas, da Renova, que exigirá investimentos de R$ 1,8 bilhão. “Queremos ter 100% da carteira em energia renovável até o fim deste ano”, diz Bähr. (O Estado de São Paulo – 17.01.2018)

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2 Engie: Empresa quer deixar carvão pra trás e focar em gás

Para limpar o portfólio, a geradora Engie colocou à venda dois complexos termoelétricos a carvão, que agora estão em processo de due diligence (auditoria de risco dos ativos) por uma empresa americana. O negócio pode ser fechado ainda este mês, segundo fontes ouvidas pelo Estado. Ao mesmo tempo em que tenta se livrar de uma fonte poluente, a Engie quer apostar na expansão do gás natural, considerado por Maurício Bähr, presidente do grupo, o combustível do futuro. “Além disso, é uma fonte que ajuda na intermitência das usinas eólicas e solares (que geram mais ou menos de acordo com condições climáticas)”, afirma o executivo. O apetite da companhia por negócios nessa área é ambicioso. Fontes de mercado afirmam que a empresa é uma das interessadas em comprar a Transportadora Associada de Gás (TAG), da Petrobrás, que tem 4.500 km de gasodutos no Nordeste do Brasil. Na segunda-feira, a presidente global da Engie, Isabelle Kocher, confirmou em evento em Paris o interesse pelo ativo. Maurício Bähr prefere não falar sobre o assunto, mas destaca que a empresa está de olho na compra de ativos em várias áreas eleitas pela companhia para serem ampliadas nos próximos anos. Isso inclui o segmento de eficiência energética, mobilidade urbana, painéis solares e iluminação pública – todas áreas que tem tido grande avanço nos últimos anos no Brasil.“O crescimento nessas áreas também faz parte de uma estratégia global da Engie. Na Europa, a ênfase da empresa é em serviços”, afirma o presidente da consultoria Thymos Energia, João Carlos Mello. “É uma mudança de rota”, diz ele. (O Estado de São Paulo – 17.01.2018)

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3 Engie: Painéis solares e mobilidade urbana seguem na mira do grupo

Na área de painéis solares, a geradora Engie teve um crescimento de 80% no ano passado e deve manter esse ritmo em 2018, já que esse setor tem um potencial enorme para avançar no País. “Fizemos mais de dez mil instalações em 2017”, afirma Bähr. Em iluminação pública, ele destaca que está avaliando alguns modelos de negócios em Brasília, Rio de Janeiro, Niterói e Salvador. O executivo destaca ainda outra aposta da companhia: o setor de mobilidade urbana. Nesse caso, um dos focos da Engie é o serviço de monitoramento de cidades. No Rio, por exemplo, foram instaladas 800 câmeras que enviam imagens diretas para um centro de operações, que monitora o tráfego e a segurança da cidade. Em Niterói, a empresa instalou um sistema de monitoramento de tráfego e controle remoto de sinais de trânsito de acordo com o fluxo de veículos. Para fazer frente a todos os investimentos, Bähr afirma que, em termos de capacidade financeira, a empresa está em boa situação. “Temos muito espaço para elevar o endividamento, hoje em torno de 1 a 1,5 vezes o Ebtida ( lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Podemos chegar a 2,5 vezes”, diz. (O Estado de São Paulo – 17.01.2018)

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4 TSLE: Fitch afirma rating da companhia com perspectiva estável

A Fitch afirmou o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA+(bra)’ (AA mais (bra)) da primeira emissão de debêntures da Transmissora Sul Litorânea de Energia S.A. (TSLE), no montante de R$ 151,3 mi, com vencimento em 2030 e perspectiva estável. O rating reflete a relativamente baixa complexidade da operação, da manutenção e dos investimentos ao longo da vida do ativo, aliada à natureza estável e previsível das receitas, baseadas em disponibilidade, bem como as elevadas margens de EBITDA do projeto, de acordo com a metodologia da Fitch. O rating reflete, ainda, o estágio operacional da linha de transmissão, cuja disponibilidade está em torno de 99,6% desde 2016, excluindo eventos relacionados à operação de um síncrono durante a fase de ramp-up do projeto e a um acidente com uma aeronave de pequeno porte. As premissas dos cenários-base e de rating da Fitch refletem as projeções macroeconômicas do IPCA e do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), atualizadas conforme o relatório Global Economic Outlook, publicado pela agência em dezembro de 2017. A premissa de TJLP considera a margem de 150 pontos-base acima do IPCA a partir de 2018. O cenário-base da Fitch considera disponibilidade de 98,5% ao longo do ciclo do projeto e custos e despesas administrativas de BRL15,880/km/ano. Os DSCRs mínimo e médio neste cenário são de 1,31 vez e 1,39 vez, respectivamente. Ainda neste cenário, o Loan to Life Coverage Ratio (LLCR) é de 1,44 vez. O cenário de rating da Fitch assume as mesmas premissas de inflação do cenário-base, porém com disponibilidade de 97,5% ao longo do ciclo do projeto. (Agência Canal Energia – 16.01.2018)

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5 CEB: Edital de chamada pública para eficiência energética é publicado

A CEB, concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica em Brasília, publicou um edital de chamada pública de projetos de eficiência energética para selecionar aqueles que irão fazer parte de seu programa anual. Essa medida atende à exigência do item 3.4.1 da Seção 3.2 (Chamada Pública de Projetos) do Módulo 3 (Seleção e Implantação de Projetos) dos Procedimentos do Programa de Eficiência Energética da Aneel (aprovados pela Resolução Normativa nº 556, de 02/07/2013). Os projetos selecionados são financiados pela CEB em duas modalidades possíveis, a primeira é a fundo perdido para clientes sem fins lucrativos e a segunda com contrato de desempenho para clientes com fins lucrativos. Serão destinados R$ 10 milhões para o programa. O prazo para submissão das propostas vai até o dia 18 de fevereiro para clientes do setor privado e 17 de março para clientes do setor público. Os projetos podem incluir além das ações de eficiência energética a instalação de fontes alternativas de energia. De acordo com a concessionária, os clientes com fins lucrativos devem, ao final da implantação do projeto, restituir os recursos para a distribuidora no prazo estipulado no contrato de desempenho reajustados pelo IPCA. O prazo máximo é limitado pela média das vidas úteis das ações ponderadas pela economia de energia. O valor máximo da prestação é limitado pela economia mensal de energia. (Agência Canal Energia – 16.01.2018)

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6 Energisa: R$442,9 mi serão pagos para aumentar fatia em distribuidora no MT após OPA

A elétrica Energisa, que controla 13 distribuidoras de energia, vai desembolsar 442,9 milhões de reais para comprar ações de minoritários em sua controlada Energisa Mato Grosso, após um leilão de oferta pública de aquisição dos papéis realizado nesta terça-feira. Em fato relevante, a companhia disse que sua oferta foi aceita por titulares de cerca de 12 milhões de ações ordinárias e quase 39,5 milhões de ações preferenciais. Após a oferta, a Energisa ampliará a fatia na distribuidora do Mato Grosso de 11 para 39,34 por cento. Outros 49,9 por cento da Energisa Mato Grosso pertencem à Rede Energia Participações, que foi adquirida pela Energisa em 2014, após uma crise financeira. (Reuters – 16.01.2018)

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7 Enel Distribuição Rio: proposto o reajuste da tarifa de energia residencial no Rio em 18,11%

A Aneel propõe reajuste da tarifa de energia de 18,11% para consumidores residenciais e de 17,28% para clientes industriais da Enel Distribuição Rio. A proposta faz parte do processo de audiência pública sobre a quarta revisão tarifária da companhia — e os novos valores deverão ser aplicados em março. Na próxima quinta-feira (18), a autarquia fará audiência pública presencial, em Niterói, para discutir com consumidores da Enel Rio temas da quarta revisão tarifária e a qualidade do serviço fornecido pela distribuidora. A Enel Rio atende cerca de 3 milhões de unidades consumidoras, tanto na região metropolitana do Rio de Janeiro quanto no interior do Estado. (Valor Econômico – 16.01.2018)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do Norte apresentaram elevação de 0,6% nos níveis em relação ao dia anterior e se encontram com 26,4% da capacidade, segundo dados do ONS relativos a última segunda-feira, 15 de janeiro. A energia armazenada chegou a 3.967 MW mês e a ENA ficou em 57% da MLT. A hidrelétrica Tucuruí se encontra com 40,25% da capacidade. No submercado Sul houve crescimento de 0,5% nos níveis, com os reservatórios operando com 64,6% da capacidade. A energia armazenada no dia ficou em 12.984 MW mês e a energia afluente está em 135% da MLT. A usina de Passo Fundo opera com 71,52% da capacidade. Na região Nordeste os níveis seguiram com o aumento dos últimos dias, com um acréscimo de 0,2%, deixando os reservatórios com 15,7% da capacidade. A energia armazenada ficou em 8.185 MW mês no dia e a energia afluente está em 39% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A hidrelétrica Sobradinho apresenta 11,59% da sua capacidade. No Sudeste/Centro-Oeste do país houve alteração positiva de 0,3% nos níveis e o submercado se encontra com 29,5% da capacidade. A energia armazenada está em 59.896 MW mês e a energia afluente em 97% da MLT. Furnas trabalha com 17,85% da capacidade e a usina Serra da Mesa, com 9,79%. (Agência Canal Energia – 16.01.2018)

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2 CCEE: Hidrelétricas podem ter em 2018 o melhor período úmido em anos

Chuvas favoráveis vistas desde dezembro na região das hidrelétricas brasileiras devem continuar até abril, o que pode levar o país a ter em 2018 o melhor período úmido em termos de recuperação dos reservatórios hídricos em anos, disse à Reuters um especialista da CCCE nesta terça-feira. Se confirmada a projeção mais otimista, as contas de luz podem atravessar ao menos o primeiro trimestre sem cobranças adicionais das chamadas bandeiras tarifárias, que geram custos extras para os consumidores quando a oferta de energia é mais restrita devido à falta de água nas hidrelétricas. O gerente de Preços da CCEE, Rodrigo Sacchi, disse que nesse ritmo os reservatórios do país podem fechar abril com cerca de 60% da capacidade, um nível considerado “confortável”, mesmo após tocarem em novembro do ano passado o menor nível em 20 anos. “A tendência é que, dada essa melhora hidrológica, a gente consiga atingir ao final do período úmido níveis médios de armazenamento satisfatórios... melhores que nos últimos anos”, afirmou Sacchi. A região Sudeste, que concentra a maior parte dos reservatórios, deve receber em janeiro chuvas em 105% da média histórica, que cairiam levemente em fevereiro e março para 96 por cento da média, segundo projeções da CCEE. Em abril as precipitações devem ser de 95 por cento da média. “Isso realmente configura um período úmido bastante favorável, próximo da média histórica na região Sudeste, diferente do que vinha acontecendo nos últimos anos”, adicionou Sacchi. A última vez em que as chuvas na região das hidrelétricas do Sudeste ficaram nesse nível foi em 2013, quando alcançaram 96 por cento da média histórica entre janeiro e abril, segundo dados do ONS. (Reuters – 16.01.2018)

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3 CCEE: SEB deve produzir acima da garantia física no primeiro trimestre de 2018

Chuvas favoráveis vistas desde dezembro na região das hidrelétricas brasileiras devem continuar até abril, o que pode levar o país a ter em 2018 o melhor período úmido em termos de recuperação dos reservatórios hídricos em anos, disse à Reuters um especialista da CCCE nesta terça-feira. A hidrologia favorável ainda deve fazer com que as hidrelétricas produzam no primeiro trimestre acima de suas garantias físicas, que é o montante de eletricidade que elas podem vender no mercado, disse o gerente de Preços da CCEE, Rodrigo Sacchi. Com isso, não haveria o chamado déficit de geração hidrelétrica no período, um problema que vem sendo registrado no país desde 2014 devido às baixas precipitações na região das usinas. Isso porque uma metodologia aprovada pela Aneel no final do ano passado prevê bandeira verde nas tarifas sempre que não houver déficit hidrelétrico, uma situação conhecida no setor como produção de “energia secundária”. “A tendência é termos secundária nos primeiros meses do ano (1° trimestre), mas ainda não temos esses números fechados”, disse Sacchi. A CCEE terá projeções concretas sobre o déficit hídrico dos próximos meses até o início de fevereiro, quando os operadores de hidrelétricas saberão os resultados da chamada “sazonalização”-- processo em que eles distribuem a garantia física de suas usinas ao longo dos meses do ano. As hidrelétricas respondem por cerca de 60 por cento da capacidade de geração do Brasil, segundo dados da Aneel. (Reuters – 16.01.2018)

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4 CCEE: Migração para mercado livre de energia caiu 45% em 2017 devido a alta nos preços de contratos

A adesão de consumidores de energia ao mercado livre, em que grandes clientes escolhem de quem comprar, caiu 45% em 2017, aponta a CCEE. O valor de referência para contratos, que flutua de acordo com o nível dos reservatórios, subiu, diz Rui Altieri, presidente do conselho da CCEE. "Ficou claro, a partir de maio, que os preços seriam altos, o que reduz a atratividade da migração. Além disso, a tarifa das distribuidoras está bem comportada." A oferta de energia renovável está menor, afirma Ricardo Daelil, diretor da comercializadora Electra. Parte dos consumidores livres só pode comprar de solar, biomassa ou pequenas hidrelétricas. "Estamos perto do limite dessas fontes, e o prêmio por elas aumentou em 2017." A solução será alterar a demanda, diz Sami Grynwald, gerente da consultoria Thymos. "Uma mudança regulatória pode tirar a pressão da procura por essas geradoras." Para aliviar a busca por renováveis e reduzir seu valor no mercado, o governo abriu consulta pública de uma lei que permite que mais clientes contratem a fonte que quiserem. A mudança teria o potencial para fazer a migração superar o patamar recorde de 2016, diz Reginaldo Medeiros, da associação de comercializadores. As propostas, no entanto, são tímidas, afirma ele. "Com o texto do projeto, 30 mil novos consumidores poderão acessar o mercado livre daqui a 10 anos. A nossa ideia é permitir que todos participem dele a partir de 2024." (Folha de São Paulo – 17.01.2018)

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Energias Renováveis

1 BNEF: Investimento brasileiro em renováveis cresce 10% e atinge marca de US$ 6,2 bi em 2017

Em 2017, os investimentos em energias renováveis no Brasil cresceram 10%, para US$ 6,2 bi, de acordo com relatório divulgado pela Bloomberg New Energy Finance nesta terça-feira (16/1). Globalmente, os investimentos em energia renovável e tecnologias inteligentes de energia somaram US$ 333,5 bi no ano passado, aumento de 3% em comparação com números revisados de 2016, quando foram investidos US$ 324,6 bi. Quase metade do investimento global em renováveis em 2017 foi para a fonte solar, que recebeu US$ 160,8 bi. Foram adicionados 53 GW da fonte em 2017, contra os 30 GW em 2016. Mesmo com as reduções de custos da fonte, esse montante representa um aumento de 18% nos investimentos em geração solar, na comparação com 2016. Pouco mais da metade desse total, US$ 86,5 ni, foi gasto na China. “O total de 2017 é ainda mais notável se considerarmos que os custos de capital da tecnologia líder, a solar, continuam em queda acentuada. No ano passado, os custos por megawatt dos sistemas fotovoltaicos de grande escala foram 25% menores em relação aos de dois anos atrás”, diz o diretor executivo da BNEF, Jon Moore. (Brasil Energia – 16.01.2018)

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2 Atlantic obtém certificados de energia renovável

A Atlantic Energias Renováveis obteve a Certificação Internacional de Energia Renovável para o complexo eólico Santa Vitória do Palmar (207 MW, RS). Os 12 parques do projeto, inaugurado em outubro de 2017, estão habilitados para emissão de 581.400 certificados. Cada certificado equivale a um MWh de energia gerada. Outros três empreendimentos eólicos da companhia, parques eólicos Eurus II (30 MW) e Renascença V (30 MW), no Rio Grande do Norte, e complexo eólico Morrinhos (180 MW), na Bahia − o que representa mais de 1,5 milhão de MWh de energia certificada e o mesmo volume de certificados passíveis de comercialização. A partir da certificação, a Atlantic criou o projeto Ciclo AmbientAR, que repassa a receita de venda dos certificados para beneficiar as comunidades que vivem ao redor dos seus empreendimentos. O Programa de Certificação Internacional de Energia Renovável é uma iniciativa do I-REC Services. No Brasil, o emissor local é o Instituto Totum, em parceria com a Abragel e Abeeólica. (Brasil Energia – 16.01.2018)

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Gás e Termelétricas

1 Governo estuda flexibilizar pesquisa e exploração de minérios nucleares

O Governo Federal publicou nesta terça-feira, 16 de janeiro, duas resoluções no DOU criando grupos de trabalho relacionados à área nuclear. Um dos grupos visa analisar “a conveniência da flexibilização” do monopólio da União na pesquisa e na lavra de minérios nucleares. Esse grupo será coordenado por representantes do MME e terá duração de 120 dias corridos, podendo ser prorrogado por mais 60 dias. O outro grupo técnico visa elaborar uma proposta de Política Nuclear Brasileira e será coordenado por representantes do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. O grupo terá duração de 150 dias corridos, podendo ser prorrogado por mais 90 dias. O produto final do grupo técnico será a minuta de proposta da Política Nuclear Brasileira, acompanhada da correspondente exposição de motivos, conclusas ao Coordenador do Comitê de Desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro. (Agência Canal Energia – 16.01.2018)

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2 23 consumidores industriais devem ser conectados à rede pela SCGás em 2018

A SCGás deve conectar ao longo deste ano, 23 novos consumidores industriais de gás natural, de acordo com previsão da empresa divulgada nesta terça-feira (16/1). No fim do ano passado, foram interligadas quatro novas indústrias, totalizando agora 260 clientes do segmento atendidos pela distribuidora catarinense. Em todo o ano passado, 38 novas fábricas catarinenses foram interligadas em 2017. Com sede em São Bento do Sul, a Metalúrgica RS foi interligada no último dia 30/11 e atua no ramo de fundição de metais não ferrosos, forjaria e usinagem. A empresa, que iniciou sua operação em 2001, passou a usar gás natural no seu refeitório, forjaria e fornos de fundição, substituindo o GLP e o óleo de xisto. O contrato assinado entre a SCGÁS e a Metalúrgica RS prevê que o novo cliente consuma por volta de 15 mil m³/mês. Interligada no último dia 4/12, a Altenburg Indústria Têxtil tem sede em Blumenau e fabrica artigos de cama, mesa, banho e decoração. A companhia utiliza o gás natural em aquecedores e em uma rama, em substituição ao GLP e cavacos de madeira, e deve consumir aproximadamente 28 mil m³/mês do insumo. Outro cliente com sede em Içara, interligado no último dia 14/12, é a Oregon Química do Brasil, que produz cerca de 900 toneladas mensais de produtos químicos para diversos mercados, como cerâmico, tintas, têxtil, papel e celulose, adesivos, mineração e sabão, a Oregon iniciou sua atividade em 2012 e utiliza o gás natural em seus fornos de fabricação de silicato de sódio, em substituição ao óleo combustível. A indústria do Sul catarinense deve consumir uma quantidade média diária de 2,3 mil m³/dia do insumo, o que dá aproximadamente 20 mil m³/mês. (Brasil Energia – 16.01.2018)

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3 New Holland é nova associada da ABiogás

A fabricante norte-americana de implementos agrícolas, New Holland, é a nova associada da ABiogás. A empresa atua na venda de produtos como tratores e colheitadeiras e retroescavadeiras. Na área de biometano, a empresa trouxe ao Brasil o primeiro trator movido a biometano, que é um protótipo feito a partir do modelo T6.140, da New Holland Agriculture. Com uma autonomia de aproximadamente seis horas de trabalho. Com a entrada da empresa, passam a ser agora 38 associadas à entidade. (Brasil Energia – 16.01.2018)

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Economia Brasileira

1 Cenário global positivo reforça projeções de retomada

O otimismo generalizado com a economia global vai ajudar a atividade no Brasil e reforça as projeções de recuperação para este ano. Segundo economistas, o cenário externo positivo e a onda de euforia nas bolsas mundiais são um impulso não só às exportações, que vão se beneficiar dos preços maiores de commodities, mas principalmente às condições financeiras, que, em nível expansionista, permitem desempenho mais forte do consumo. Calculado pelo UBS, o Índice de Condições Financeiras (ICF) agrega nove índices: bolsa em termos reais, câmbio real, índice de volatilidade (VIX), juros longos e curtos (de cinco anos e um ano), expectativas de inflação, agregados monetários, empréstimos do sistema financeiro e investimentos estrangeiros diretos no país (IDP). O indicador entrou em terreno neutro em dezembro do ano passado e passou para 0,1 em janeiro. Segundo o economista Fabio Ramos, o ICF está refletindo o momento positivo da economia global e costuma antecipar a tendência dos indicadores reais de atividade em cerca de dois a quatro meses. Em seus cálculos, nos níveis atuais, o ICF aponta para expansão de 4% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), na comparação com igual período do ano anterior, no segundo trimestre de 2018. Assim, a onda de euforia nas bolsas mundiais, ancorada nas expectativas de que o crescimento global será maior do que o previsto atualmente, reforça a projeção de que a economia brasileira vai avançar 3,1% este ano, diz Ramos. "E começa a sugerir que o crescimento pode ser um pouco maior do que isso." (Valor Econômico – 17.01.2018)

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2 Goldman Sachs: Consumo e política monetária amparam retomada

O aumento do consumo e a política monetária acomodatícia no Brasil devem amparar a recuperação da economia em 2018, na avaliação da equipe de gestão de investimentos do Goldman Sachs. A expectativa da instituição é de crescimento do PIB entre 1,75% a 2,75% neste ano. Em relatório, o grupo aponta que a crescente demanda doméstica deve impulsionar o consumo. O quadro é beneficiado pelo aumento do emprego e dos salários reais, além de condições financeiras mais flexíveis. O banco central, dizem os especialistas, parece determinado a manter esse ambiente, tendo reduzido a taxa básica de juros em mais de sete pontos percentuais desde outubro de 2016. Com a inflação baixa, o Goldman Sachs vê espaço para queda de 0,25 a 0,50 ponto percentual da Selic no início deste ano, a despeito de uma eleição presidencial incerta no final do ano. “Apesar de a perspectiva brasileira permanecer desafiadora, nós esperamos que a recuperação continue com melhora do consumo e política monetária acomodatícia”, aponta a divisão de gestão de investimentos do Goldman Sachs. Por outro lado, é pouco provável que o crescimento tenha estímulo fiscal, dados os elevados níveis de endividamento. “Além disso, é incerto se a administração liderada pelo presidente Michel Temer tem a disposição ou a capacidade de reduzir a dívida pública por meio de reformas estruturais”, diz a equipe. O governo já enfrenta dificuldades para aprovar a legislação crucial que representa a reforma da Previdência, que seria “um primeiro passo importante na estabilização da relação dívida pública/PIB”. “Infelizmente, a janela para a aprovação de reformas significativas pode estar se encerrando com as próximas eleições presidenciais, que serão realizadas em outubro de 2018”, acrescenta. (Valor Econômico – 16.01.2018)

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3 IPC-Fipe desacelera na 2ª prévia de janeiro

A inflação na cidade de São Paulo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe, ficou em 0,49% na segunda quadrissemana de 2018, vindo de 0,55% no período concluído uma semana antes. Na segunda quadrissemana de 2017, o indicador de preços das famílias paulistanas havia avançado 0,69%. Na de dezembro, a inflação apontada era de 0,46%. A tomada de preços para esse levantamento foi realizada entre os dias 16 de dezembro e 15 de janeiro, tendo como base de comparação o período de 16 de novembro a 15 de dezembro. A próxima divulgação do IPC da Fipe, relativa ao período de 24 de dezembro a 23 de janeiro, ocorrerá no dia 29 de janeiro. (Valor Econômico – 17.01.2018)

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4 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 16 sendo negociado a R$3,2287, com variação de +0,4% em relação ao início do dia. Hoje (17) começou sendo negociado a R$3,2294 – com variação de +0,02% em relação ao fechamento do dia útil anterior – e segue estável, sendo negociado às 10h15 no valor de R$3,2302, variando +0,02% em relação ao início do dia. (Valor Econômico - 16.01.2018 e 17.01.2018)

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Internacional

1 Argentina: Uma privatização que põe pressão sobre Cambiemos

O debate que abriu no governo argentino a reclamação radical sobre a venda de ações da Transener reativou a tensão dentro da Coligação Cambiemos. Foi a primeira vez que todos os caciques do partido argentino se juntaram atrás de um propósito. E foi a estreia do governador argentino Alfredo Cornejo como presidente do partido. Ele mostrou estilo ao assinar essa agressão à resolução do ministro de energia argentino Juan José Aranguren, mas apelou a Cumelén nas horas anteriores à viagem de Maurício Macri na terça-feira passada para Mendoza. (Clarín – Argentina – 14.01.2018)

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2 Espanha: O IDAE tem dez milhões de euros para defender a Espanha de arbitragem contra retroatividade fotovoltaica

O ataque às energias renováveis tem um preço precursor que assusta os produtores estrangeiros de energia fotovoltaica na Espanha. Perder essas arbitragens supõe a falência de muitos investimentos. O Real Decreto-Lei espanhol 20/2012, de 13 de julho, sobre medidas para garantir a estabilidade orçamentária e promover a competitividade, estabelece novos "propósitos e funções do Instituto de Diversificação e Economia de Energia (IDAE)", dentre os que é "prestar assistência técnica e econômica ao Ministério da Energia, Turismo e Agenda Digital, quando exigido expressamente, em processos administrativos, judiciais ou de arbitragem em que a Administração Geral do Estado seja parte". Em relação ao processo de arbitragem arquivado no Reino de Espanha, o IDAE foi expressamente solicitado pelo Secretário de Estado da Energia, Ministério da Energia, Turismo e Agenda Digital, para colaborar com a Barra do Estado em todos os processos de arbitragem , uma vez que exigem uma alta especialização em termos de complexidade técnica especial. Lei 3/2017, de 27 de junho, de Orçamentos Gerais do Estado para 2017, consagra o item 18.425A 443 ao IDAE para financiar as ações de assistência técnica e econômica ao Ministério da Energia, Turismo e Agenda Digital, em procedimentos administrativos , judicial ou arbitral dotado de um empréstimo inicial de dez milhões de euros. (Suelo Solar – Espanha – 15.01.2018)

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3 BNEF: Previsão de US$ 330 bi investidos em 2018 para energia limpa

Os números de investimento em energia limpa da BNEF para 2017, mostram que no ano passado entrou com bastante força – em US $ 333,5 bilhões, um aumento de 3% em um total revisado do ano anterior e dentro de 7% do recorde histórico, estabelecido em 2015. Eu penso em um número muito similar em 2018, porque os fatores que pressionam por uma maior figura este ano parecem ser bem parecidos com aqueles que defendem um menor. Primeiro, no lado de baixa, as reduções sem remorso nos custos de capital do projeto solar (e até certo ponto, eólico) significam que a mesma quantia de bilhões de dólares irá comprar mais gigawatts do que no ano anterior. E o investimento eólico offshore pode ficar abaixo dos US $ 20,8 bi do ano passado, a menos que os projetos franceses saem da faixa lenta e sejam financiados em 2018. Do lado otimista, o investimento em mercados públicos poderia muito bem ser superior ao modesto US$ 8,7 bi de 2017, o menor por cinco anos. Uma empresa, fabricante de baterias de veículos elétricos, Amperex, arquivou uma oferta pública inicial de US$ 2 bi em Shenzhen. Além disso, nossa equipe solar prevê um maior crescimento em adições em 2018, assim como seus colegas no armazenamento de energia (veja as previsões específicas dos dois abaixo). Isso pode ser suficiente para cancelar as reduções de custos de capital. (Angus McCrone, editor chefe do BNEF). (Ambiente Energia – 17.01.2018)

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4 BNEF: Previsão de energia solar acima de 100 GW em 2018

As instalações solares globais serão de pelo menos 107GW em 2018, acima dos esperados 98GW no ano passado, e os novos países se tornarão estabelecidos como mercados significativos. Na previsão global para PV este ano, a China ainda domina, com 47-65GW. No entanto, este é o ano em que a América Latina, o Sudeste Asiático, o Oriente Médio e a África constituirão uma fatia mensurável do total. Por exemplo, o México provavelmente será um mercado com mais de 3GW em 2018, e o Egito, os Emirados Árabes Unidos e a Jordânia entre eles em 1.7 - 2.1GW. O boom da China, que viu um extraordinário 53GW de energia instalada em 2017, ainda é fundamentalmente irracional – o mecanismo para cobrar os subsídios a serem pagos não foi determinado e muitos desses projetos estão sendo construídos antes de garantirem “cota” do governo para ter acesso ao pool de subsídios. No entanto, parece que os investidores estatais chineses os construíram de qualquer maneira, sob o pressuposto de que o governo vai encontrar um caminho e, se não, a compensação pelo próprio poder evitará uma perda total. Um crédito obrigatório de energia renovável pode ser introduzido em 2018 na China, e pode responder parte da pergunta “de onde é que o subsídio vem”. Cerca de metade das novas construções na China serão distribuídas em rede, ou seja, projetos menores com a capacidade de vender para consumidores de energia locais. Estes não estão sujeitos a cota, mas são limitados pela capacidade de grandes desenvolvedores locais reunirem volumes de pequenos negócios. (Jenny Chase, chefe de energia solar). (Ambiente Energia – 17.01.2018)

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5 BNEF: Previsões para geração eólica em 2018

As instalações eólicas globais – onshore e offshore – geraram cerca de 56GW em 2017, um pouco acima dos 54GW de 2016, mas bem abaixo do registro de 63GW atingido no ano anterior. Esperamos que a lenta recuperação continue em 2018, com adições chegando a cerca de 59GW, antes que um novo recorde seja estabelecido em 2019 em torno de 67GW, já que o Crédito Fiscal de Produção dos EUA se aproxima do prazo de validade. A China e a América Latina provavelmente serão as duas regiões a ver crescimento entre 2017 e 2018. No mar, os principais mercados continuarão a ser o Reino Unido, a Alemanha, a Holanda e a China, mas com mais sinais neste ano que os EUA e Taiwan estão preparando o terreno para uma série de projetos nos anos 2020. Um dos destaques em 2018 será o resultado do leilão de subsídio zero da Holanda para os sites Hollandse Kust I e II, totalizando cerca de 700MW. Dois concorrentes (Vattenfall e Statoil) confirmaram sua participação, e esperamos que outros surjam. A concorrência entre uma forte seleção de desenvolvedores seria outro sinal da melhoria da eficiência econômica da eólica offshore. (Tom Harries, analista sênior, eólica). (Ambiente Energia – 17.01.2018)

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6 BNEF: Previsão de venda de veículos elétricos para 2018 é de 1,5 milhões de unidades

As vendas globais de VEs serão próximas de 1,5 milhões em 2018, sendo a China representando mais da metade do mercado global. Isso representará um aumento de cerca de 40% a partir de 2017, uma ligeira desaceleração na taxa de crescimento, uma vez que a China diminui o apoio direto aos subsídios em preparação para a introdução de sua cota VE em 2019. As vendas lá provavelmente cairão no primeiro trimestre e depois se recuperarão durante o resto do ano. A Europa manterá o seu lugar como o número dois do mercado de VE a nível mundial. As preocupações com a qualidade do ar urbano estão aumentando nas capitais europeias, e a queda da graça do diesel beneficiará o mercado de VE. Veja a Alemanha em particular, uma vez que as vendas de VEs duplicaram em 2017 e poderiam duplicar novamente em 2018. A América do Norte deveria terminar em 2018 com vendas de VEs de cerca de 300 mil, mas a Tesla é o curinga. Se puder cumprir os seus objetivos de produção, as vendas dos EUA poderiam ser muito maiores. (Colin McKerracher, chefe de veículos elétricos). (Ambiente Energia – 17.01.2018)

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7 BNEF: Previsões para a transição energética na Índia e na China em 2018

A transição energética continuará em alta nos dois maiores sistemas de energia da Ásia: Índia e China, embora os dois países enfrentem oportunidades e desafios muito diferentes. A Índia tinha uma mistura em 2017. Enquanto 12 GW de energia renovável foram gerados, o novo investimento em energia limpa diminuiu 20%, como resultado de uma série de leilões cancelados e renegociações de contratos de energia. Por outro lado, a Índia também teve um ano ruim sobre as adições de combustíveis fósseis em 2017, com um número significativo de projetos escorregando nos prazos de comissionamento. A defasagem entre financiamento e construção significa que a terceira maior economia da Ásia provavelmente verá apenas cerca de 10 GW de capacidade renovável construída em 2018, enquanto até 13 GW de usinas de combustíveis fósseis são encomendados, muitos deles os projetos incompletos do ano passado. No entanto, 2018 será o último ano em que os combustíveis fósseis superam as energias renováveis na Índia. A partir de 2019, uma maior segurança política para as energias renováveis e um encolhimento das políticas do carvão significará mais renováveis construídas do que combustíveis fósseis a cada ano. Este será um marco importante para um país que vê como o principal campo na luta para estabilizar o crescimento global das emissões de gases de efeito estufa. A febre da energia solar na China continuará em 2018. Em 2018, a China também alcançará um ponto de inflexão onde construirá mais projetos solares “relacionados à rede de distribuição” do que os projetos maiores de “transmissão-rede-conectada” e também duplicará o volume de projetos solares atrasados construído. A diferença entre os dois, distribuição versus transmissão, é mais do que apenas o tamanho. Como os termos implicam, os projetos da rede de distribuição estão conectados a redes de tensão mais baixas, o que lhes permite fisicamente mais perto dos usuários finais, o que significa que eles estão sujeitos a menos cortes. Eles são menores, e cerca de 70% deles estão instalados em telhados. Mais importante ainda, o segmento de mais rápido crescimento dos projetos de rede de distribuição são os sistemas de telhado atrás do metro, que prevemos duplicarão para 14GW na China em 2018. (Justin Wu, chefe Ásia-Pacífico) (Ambiente Energia – 17.01.2018)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Vitória, João Pedro Santos, Lucas Morais, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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