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IFE: nº 4.476 - 16 de janeiro de 2018
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 GESEL:
TDSE 79 - Impactos Sistêmicos da Micro e Minigeração Distribuída
2 Aneel: sucessor deve ter compromisso de entender
que Aneel é séria, diz Reive Barros
3 Câmara pede liminar no STF contra decisão que
suspende efeitos da MP do setor elétrico
4 AGU também recorre e tenta destravar privatização
da Eletrobras
5 Furnas disponibiliza publicações técnicas em seu
portal
6 MME define nova garantia física para hidrelétrica
na região Norte
7 MME reconhece projeto de transmissão da Energisa
Pará como prioritário
8 MME enquadra projeto de transmissão junto ao Reidi
9 Editorial da Folha de São Paulo: "Renovação energética"
Empresas
1
Eletrobras: Nova ação contra privatização é movida
2 Eletrobras: Ações da Energisa Mato Grosso serão
vendidas em OPA
3 Engie: Empresa divulga plano de investimentos
e quer acelerar crescimento em 2018
4 Cemig: Estatal vai propor aos acionistas a incorporação
da subsidiária Cemig Telecom
5 Cesp: Queda em rating do Brasil leva S&P a rebaixar
nota da estatal
6 CPFL Energia: Ouvidoria recebe certificação ISO
9001
Leilões
1
MME publica sistemática do leilão A-4, que será realizado no próximo
4/4
2 Leilão A4, do próximo abril, será realizado em
2 etapas via internet
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 CCEE disponibiliza ferramenta para gestão de risco
no mercado de curto prazo
3 Com excesso de chuva, Itaipu abre as três calhas
da usina
Energias
Renováveis
1
Teresina e Manaus apresentam payback mais rápido na área solar fotovoltaica
2 Tereos Brasil: Ampliação de exportação de energia
cogerada em 2018
Gás
e Termelétricas
1 Eneva tem 18,8 bilhões de metros cúbicos em reservas de gás natural
2 Catena se associa a ABiogás
3 Empecilhos à venda da Eletrobras dificultam retomada de Angra
3
4 Aneel aprova CVU para UTE Araguaia
Grandes
Consumidores
1 Eldorado aumenta venda de excedentes de biomassa
Economia Brasileira
1 União gastou R$ 4 bi para honrar dívidas de Estados em 2017
2 Déficit do governo pode ter ficado abaixo de R$ 120 bi
3 IFI: Déficit recorrente do setor público pode atingir 2,8%
do PIB
4 FGV: IGP-10 cai em janeiro
5 FGV: Inflação medida pelo IPC-S sobe a 0,47% na 2ª prévia
do mês
6 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Argentina: empresas chinesas ativam seus projetos de energia renovável
2 Metrô chileno agora funciona principalmente com energia limpa
3 Espanha: A CEOE exige um preço competitivo de energia para
a indústria
4 Chernobyl: produção energética é retomada na forma de usina
solar
5 Shell compra fatia de operadora de energia solar nos EUA
6 Irena: Migração energética para renováveis terá impactos geopolíticos
Biblioteca Virtual do SEE
1 EDITORIAL.
"Renovação energética". Folha de São Paulo. São Paulo, 16 de janeiro
de 2018.
Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL: TDSE 79 - Impactos Sistêmicos da Micro e Minigeração Distribuída
Em maio
de 2016, dando início ao projeto de pesquisa vinculado ao Programa
de P&D da ANEEL, o GESEL promoveu na FIRJAN o Seminário
Internacional "Impacto dos Recursos Energéticos Distribuídos sobre
o Setor de Distribuição". Com base na massa crítica de conhecimento
gerada neste evento, foi elaborado estudo com um primeiro enquadramento
analítico sobre o tema, já se identificando alguns possíveis impactos
da geração fotovoltaica distribuída no país. Entretanto, uma análise
mais abrangente se faz necessária. Assim, o "TDSE 79 - Impactos
Sistêmicos da Micro e Minigeração Distribuída" apresenta uma descrição
dos potenciais impactos a serem observados pelo Brasil, devido à
expansão em larga escala da geração fotovoltaica distribuída. Estes
impactos são de naturezas mais diversas, como econômicas, ambientais,
elétricas, entre outras. Como escopo deste estudo, são examinados
e detalhados os seguintes impactos: i. Custos evitados (deslocamento)
da geração de energia elétrica; ii. Postergação de investimento
em novas usinas; iii. Postergação de investimentos na rede de transmissão
e de distribuição; iv. Necessidade de investimentos na rede de distribuição;
v. Subsídios cruzados e perdas não técnicas; vi. Impactos nos contratos
de comercialização de energia; vii. Impactos ambientais da difusão
da geração fotovoltaica distribuída; viii. Diversificação da matriz
elétrica brasileira; ix. Curva do pato; e x. Serviços ancilares.
Para ler o TDSE 79 na íntegra, clique aqui.
(GESEL-IE-UFRJ - 16.01.2018)
<topo>
2
Aneel: sucessor deve ter compromisso de entender que Aneel é séria,
diz Reive Barros
O agora
ex-diretor da Aneel Reive Barros, disse que seu sucessor deve ter
o compromisso de entender que a Aneel é uma instituição séria, além
de possuir a responsabilidade de manter a condição de "melhor agência
reguladora do país". Segundo ele, investidores estrangeiros possuem
uma visão muito positiva do trabalho da Aneel e que indicadores
do TCU classificam a agência como a melhor reguladora do Brasil.
Para ele, o sucessor terá o desafio de manter "ou mesmo melhorar
essa posição". Ele elogiou o quadro de servidores da Aneel, classificando-os
como qualificados e comprometidos, e apontou como desafio da agência
a manutenção da autonomia. Em vídeo de pouco mais de quatro minutos,
o executivo disse não ter nada em vista após sair da Aneel e destacou
que um dos destaques de sua gestão foi ter conseguido implementar
tudo o que foi planejado. Ele contou que não tinha muito conhecimento
de regulação, mas procurou aplicar a experiência acumulada em gestão
na diretoria. Barros poderia ter sido reconduzido, mas o governo
já trabalha em nomes para sucedê-lo. Entre os cotados está o do
diretor da Abradee, Marco Delgado. Os demais diretores têm mandato
encerrado neste ano. Romeu Rufino, o diretor-geral, encerra mandato
ainda no primeiro semestre e não pode mais ser reconduzido. Pepitone
também tem mandato encerrando-se este ano e não pode mais ser reconduzido,
exceto em caso de indicação para a diretoria-geral. O quinto diretor
com mandato próximo do fim é Tiago de Barros Correia, que também
poderia ser reconduzido ao cargo. (Brasil Energia - 15.01.2018)
<topo>
3
Câmara pede liminar no STF contra decisão que suspende efeitos da
MP do setor elétrico
A Câmara
dos Deputados entrou hoje (15) no Supremo Tribunal Federal (STF)
com uma reclamação contra a decisão da Justiça Federal de Pernambuco,
que suspendeu os efeitos da Medida Provisória (MP) 814/17, proibindo
medidas que visem a privatização da Eletrobras e de suas subsidiárias.
O setor jurídico da Câmara considera que houve uma intervenção indevida
nas funções tanto do Executivo quanto do Legislativo, assim como
uma decisão que só poderia ser tomada pelo Supremo. "O magistrado
culminou por deferir provimento jurisdicional da estreita competência
do STF, isto é, medida típica das ações de controle de constitucionalidade,
mais precisamente da ação direta de inconstitucionalidade", diz
o documento. Além da Câmara, o governo também enviou reclamação
ao STF, com argumento semelhante assinado pela advogada-geral da
União, Grace Mendonça. A decisão sobre os dois pedidos deve ser
da ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, que despacha em regime
de plantão. A ministra pode ainda deixar que qualquer decisão seja
tomada pelo relator, Alexandre de Moraes, no retorno do recesso
da Corte, em fevereiro. (Agência Câmara Notícias - 15.01.2018)
<topo>
4
AGU também recorre e tenta destravar privatização da Eletrobras
A Advocacia-Geral
da União (AGU) recorreu ontem à segunda instância contra liminar
expedida pela Justiça Federal de Pernambuco que suspendeu a realização
de estudos para a privatização da Eletrobras. O recurso foi interposto
no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), que abrange Alagoas,
Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Para
a ministra da AGU Grace Mendonça, a liminar concedida "colide com
o interesse público de minimizar as contas públicas" e representa
risco para a ordem econômica. "O Orçamento de 2018 prevê R$ 18,9
bi de receitas do setor elétrico, sendo R$ 12,2 bi relacionados
às concessões de usinas da Eletrobras, que dependem da privatização
da empresa", informou a assessoria de imprensa do órgão. A AGU também
afirma que a decisão do juiz federal foi baseada em "suposições"
e que a medida provisória autorizou apenas estudos sobre a privatização
da empresa, "deixando claro" que o mérito da questão será discutido
em projeto de lei a ser encaminhado ao Congresso Nacional. (Valor
Econômico - 16.01.2018)
<topo>
5
Furnas disponibiliza publicações técnicas em seu portal
Profissionais
da área de energia, estudantes e acadêmicos agora passam a contar
com mais uma importante ferramenta de pesquisa e consulta sobre
inovação. Furnas acaba de lançar em seu site um ambiente exclusivo
para o compartilhamento das publicações técnicas produzidas a partir
de sua experiência de décadas na construção e instrumentação de
grandes empreendimentos de geração de energia. Além de divulgar
o conhecimento dos técnicos da empresa, a companhia pretende atender
a uma expectativa do mercado por informações inéditas sobre processos
de normalização técnica, estudos de caso e projetos de pesquisa.
A empresa definiu que serão compartilhadas instruções técnicas,
práticas recomendadas, manuais, livros e cartilhas. Todos os trabalhos
são de aplicação no setor de construção e de segurança em barragens
de usinas hidroelétricas, além de importante aporte de conhecimento
técnico em áreas acadêmicas afins ao setor elétrico. Para acessar
a página do site de Furnas que disponibiliza as publicações tecnológicas,
clique aqui.
(Agência Canal Energia - 15.01.2018)
<topo>
6
MME define nova garantia física para hidrelétrica na região Norte
A Secretaria
de Planejamento e Desenvolvimento Energético do MME definiu o novo
montante de garantia física de energia da UHE Santo Antônio do Jari,
em 222 MW médios, dividida em duas casas de forças, sendo a principal,
com três máquinas e 218,8 MWmed; a casa secundária tem uma turbina
com 3,2 MWmed. A revisão foi publicada na edição da última segunda-feira,
16 de janeiro, do DOU. (Agência Canal Energia - 15.01.2018)
<topo>
7
MME reconhece projeto de transmissão da Energisa Pará como prioritário
O MME aprovou
na última sexta-feira, 12 de janeiro, como prioritário, o projeto
de titularidade da Energisa Pará Transmissora de Energia I S.A,
correspondente ao lote 26 do leilão nº5 de 2016 da Aneel. (Agência
Canal Energia - 15.01.2018)
<topo>
8
MME enquadra projeto de transmissão junto ao Reidi
O MME autorizou na última segunda-feira, 15 de janeiro, o enquadramento
ao Reidi de dois projetos de Transmissão de Energia Elétrica relativos
ao Lote 27 do Leilão nº 05/2016 da Aneel. A titularidade da obra
é da EKTT 15. (Agência Canal Energia - 16.01.2018)
<topo>
9
Editorial da Folha de São Paulo: "Renovação energética"
Em editorial,
o jornal Folha de São Paulo trata da atual trajetória de queda nos
custos das energias renováveis no Brasil e no mundo, relacionando
esse fato com os acordos assumidos diante das mudanças climáticas.
Segundo o jornal, "o ritmo de crescimento das energias renováveis
não cessa de surpreender. Seu avanço já se alimenta de forças de
mercado, e elas não dependerão mais de subsídios para sustentar
a transição prevista no Acordo de Paris para mitigar a mudança do
clima global". O texto destaca que "não faltam sol e vento no Brasil,
que encontra obstáculos crescentes para instalar novas barragens
onde ainda há grande potencial hidrelétrico, a Amazônia". Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
(GESEL-IE-UFRJ - 16.01.2018)
<topo>
Empresas
1 Eletrobras: Nova
ação contra privatização é movida
Uma nova ação
contra a realização dos estudos para a privatização da Eletrobras
foi ingressada na última sexta-feira, pela Federação Nacional dos
Urbanitários (FNU) e o Coletivo Nacional de Energia (CNE). A ação
popular preventiva foi apresentada na Justiça Federal no DF. A intenção
do governo era contratar os estudos, sob o amparo legal de um artigo
na Medida Provisória 814/2017, que permite a inclusão da Eletrobras
e controladas no Plano Nacional de Desestatização (PND). O artigo,
porém, está com efeito suspenso pela liminar concedida na última
semana. "A preocupação preventiva da ação se mostra pertinente e
factível, uma vez que o governo federal tem indicado manifestação
de imediata contratação, por meio do BNDES, de empresas para a realização
dos estudos da modelagem da privatização do sistema Eletrobras e
esses estudos, via de regra, são realizados com custos milionários,
a exemplo das contratações já realizadas pelo BNDES, para avaliação
e modelagem da privatização das distribuidoras de energia da região
norte e nordeste, que tiveram custo total de R$ 19 milhões", afirma
a FNU, em nota. A entidade também negocia com partidos políticos
a apresentação de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)
no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a MP 814. Entidades lideradas
pelo Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco e a Federação Regional
dos Urbanitários do Nordeste também estão organizando uma manifestação
na próxima sexta-feira, em Recife, quando está prevista para ser
realizada assembleia de acionistas da Chesf, para deliberar sobre
itens que viabilizam a desestatização da estatal nordestina. (Valor
Econômico - 16.01.2018)
<topo>
2 Eletrobras:
Ações da Energisa Mato Grosso serão vendidas em OPA
A estatal federal
de energia Eletrobras ELET3.SA afirmou que seu conselho de administração
aprovou nesta segunda-feira a venda de parte das ações na Energisa
Mato Grosso, no âmbito da Oferta Pública de Aquisição (OPA) de ações
da empresa feita pela controladora Energisa SA. Atualmente, a Eletrobras
detém 46,87 milhões de ações da Energisa MT, sendo 2,1 milhões de
ações ordinárias e 44,76 milhões de preferenciais. Na OPA, a Eletrobras
vai vender o equivalente a cerca de 55,42 por cento das ações ordinárias
e 69,14 das preferenciais que detém da Energisa MT. O preço de venda
da OPA é de 8,60 reais, permitindo que a Eletrobras receba 276,18
milhões de reais com a operação. (Reuters - 15.01.2018)
<topo>
3 Engie: Empresa divulga plano de investimentos e quer acelerar
crescimento em 2018
A elétrica francesa
Engie espera acelerar o crescimento de seus lucros e de parcerias
nos setores de energias renováveis, redes de energia e serviços
neste ano, após uma alta de 5 por cento nos ganhos de seus principais
negócios em 2017, disse a principal executiva da companhia. A CEO
da Engie, Isabelle Kocher, disse que 2018 será "decisivo em termos
de acelerar e aprofundar parcerias" em setores como mobilidade sustentável
e energia solar, especialmente na África. "Nossas metas para 2017
estavam baseadas em uma taxa de crescimento de cerca de 5 por cento
em nossas atividades principais, o que é muito no mundo de hoje
em dia. Para 2018, nossa ambição é continuar avançando em ritmo
muito rápido", disse ela. Em novembro, a Engie confirmou projeções
de lucro de entre 10,7 bilhões e 11,3 bilhões de euros em seus principais
negócios, ante 10,7 bilhões em 2016. Além de apresentar uma perspectiva
positiva para os lucros, a CEO da Engie ainda disse, sem detalhar,
que um plano para investimentos de 15 bilhões de euros em novos
ativos está quase completo. A Engie tem expectativas de levantar
15 bilhões de euros com desinvestimentos de ativos em combustíveis
fósseis. Kocher disse que a companhia já obteve dois terços do valor,
enquanto cerca de 90 por cento dos negócios já estão assinados ou
assegurados. Ela afirmou ainda que uma nova estratégia da companhia
para até 2030 deverá ser divulgada no segundo semestre de 2018.
(Reuters - 15.01.2018)
<topo>
4 Cemig: Estatal vai propor aos acionistas a incorporação
da subsidiária Cemig Telecom
O Conselho de Administração da Cemig propôs, em reunião realizada
na última sexta-feira (12), a incorporação da subsidiária Cemig
Telecom. A pauta será levada para deliberação dos acionistas da
estatal mineira em Assembleia Geral Extraordinária, cuja data ainda
não foi marcada. Se aprovado, o tema será submetido posteriormente
ao Conselho Fiscal da Cemig. A estatal afirma que o processo de
incorporação não acarretará em aumento de capital nem em emissão
de novas ações. "A incorporação proporcionará ganhos com otimização
de ativos e aproveitamento de sinergias e reduzirá custos financeiros,
operacionais e administrativos através da concentração das estruturas
atualmente existentes, o que aumentará os meios para o aproveitamento
dos recursos disponíveis pela companhia", explicou a Cemig, em fato
relevante divulgado hoje ao mercado. (Agência Canal Energia - 15.01.2018)
<topo>
5 Cesp: Queda em rating do Brasil leva S&P a rebaixar
nota da estatal
A Agência de
classificação de risco Standard & Poor's rebaixou no último dia
12 de janeiro os ratings na escala global da Cesp de 'BB' para 'BB-'.
A agência também reafirmou os ratings 'brAA-' na Escala Nacional
Brasil atribuídos a empresa. A perspectiva foi alterada de negativa
para estável. De acordo com a S&P, as ações de ratings são consequência
de ação de rebaixamento para 'BB-' dos ratings em moeda estrangeira
e em moeda local da República Federativa do Brasil no último dia
11 de janeiro e da reafirmação do rating 'brAA-' do país na Escala
Nacional Brasil. Em seguida, a mesma ação foi realizada nos ratings
do estado de São Paulo. Ainda segundo a agência, os ratings dos
estados brasileiros em geral limitam os das empresas que eles controlam,
já que eles podem intervir nelas redirecionando seus recursos para
o governo. Isso enfraquece a qualidade de crédito dessas empresas,
sobretudo diante de condições fiscais desafiadoras. A S&P fez a
mesma ação de rating na Sabesp, outra estatal controlada pelo estado
de São Paulo. (Agência Canal Energia - 15.01.2018)
<topo>
6 CPFL Energia:
Ouvidoria recebe certificação ISO 9001
A CPFL Energia
conquistou a certificação ISO 9001 para a área de Ouvidoria. A norma
internacional assegura a gestão da qualidade de produtos e/ou serviços,
sendo a obtenção da certificação o reconhecimento dos avanços implementados
nos processos internos da Ouvidoria no correr dos últimos dois anos,
com destaque para a agilidade e qualidade do atendimento aos 9,3
milhões de clientes do grupo. Ao seguir os requisitos estabelecidos
pela certificação, as empresas passam a atuar com um instrumento
que fomenta a melhoria dos processos internos, a capacitação contínua
de seus colaboradores e o monitoramento do ambiente de trabalho,
resultando na manutenção da satisfação dos consumidores. O por vezes
chamado "Fale Conosco", desse modo, consegue atuar para preservar
a qualidade do serviço prestado e cumprir os regulamentos, legislações
e qualquer outra exigência de caráter normativo. Além disso, também
possibilita uma visão de prevenção de não conformidade, com um olhar
diferenciado para a qualidade. "Estamos muito orgulhosos de termos
recebido a certificação ISO 9001, resultado dos constantes esforços
que a CPFL Energia vem executando para melhorar cada vez mais a
sua relação com os clientes e para ampliar os seus canais de atendimento",
afirmou o diretor de Comunicação Empresarial e Relações Institucionais
da companhia, Fabio Caldas, área em que a estrutura da Ouvidoria
está alocada. Para recebimento dessa certificação, a distribuidora
foi avaliada nos quesitos de cumprimento da regulamentação das Ouvidorias
do setor elétrico, conforme determina a Resolução 470/2011, da Aneel.
O relatório de indicadores disponibilizado mensalmente para os executivos
da empresa para gestão das áreas internas também foi avaliado no
processo de certificação. (Agência Canal Energia - 16.01.2018)
<topo>
Leilões
1 MME publica
sistemática do leilão A-4, que será realizado no próximo 4/4
O governo estabeleceu
nesta segunda-feira (15/1) a sistemática do leilão A-4, que será
realizado no próximo dia 4/4. Participarão da concorrência usinas
eólicas, solares, térmicas a biomassa, PCHs, CGHs e hidrelétricas
de até 50 MW, além de ampliações de usinas existentes. Térmicas
a gás ficaram fora da disputa. O próximo passo agora é a publicação
do edital pela Aneel. O início de suprimento será a partir de janeiro
de 2022 e os contratos possuem duração entre 20 e 30 anos, dependendo
da modalidade. No último dia 11/12, a EPE publicou a lista dos empreendimentos
que não serão habilitados para participação no A-4, como térmicas
cujo custo variável unitário seja maior que R$ 280/MWh, o que acabou
por excluir as usinas a gás do certame. No mínimo 30% da energia
habilitada dos empreendimentos deverá ser comercializado no leilão.
No último A-4, realizado em dezembro do ano passado, movimentou
R$ 5,652 bilhões, assegurando uma garantia física de 228,7 MW médios
e investimentos de R$ 4,287 bilhões. O produto termelétrico começou
com preço de R$ 329,00/MWh, encerrando com preço médio de R$ 234,92/MWh
- deságio médio de 28,60%. (Brasil Energia - 15.01.2018)
<topo>
2 Leilão A4, do
próximo abril, será realizado em 2 etapas via internet
A portaria publicada
no Diário Oficial da União define que o leilão A-4 será realizado
via internet e dividido em duas etapas. Na primeira, os empreendedores
poderão enviar um único lance para cada empreendimento. O preço
do lance deverá ser menor ou igual ao preço inicial e o preço de
referência do projeto, para classificação à segunda etapa. Os projetos
que não receberem propostas ficam de fora. Na fase seguinte, os
proponentes poderão submeter lances para os projetos ainda em negociação.
O sistema aceitará propostas para os produtos disponibilidade e
para quantidade aos empreendimentos classificados da primeira etapa.
(Brasil Energia - 15.01.2018)
<topo>
Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1
Níveis dos reservatórios pelo Brasil
Os reservatórios
do Sudeste/Centro-Oeste apresentaram elevação de 0,3% nos níveis
em relação ao dia anterior e se encontram com 29,2% da capacidade,
segundo dados do ONS relativos ao último domingo, 14 de janeiro.
A energia armazenada está em 59.383 MW mês e a energia afluente
em 98% da MLT. Furnas trabalha com 17,60% da capacidade e a usina
Serra da Mesa, com 9,76%. Na região Nordeste os níveis seguiram
com o aumento dos últimos dias, com um acréscimo de 0,2%, deixando
os reservatórios com 15,7% da capacidade. A energia armazenada ficou
em 8.114 MW mês no dia e a energia afluente está em 40% da média
de longo termo armazenável acumulada no mês. A hidrelétrica Sobradinho
apresenta 11,54% da sua capacidade. No submercado Sul houve crescimento
de 0,6% nos níveis, com os reservatórios operando com 64,1% da capacidade.
A energia armazenada no dia ficou em 12.891 MW mês e a energia afluente
está em 134% da MLT. A usina de Passo Real opera com 73,20% da capacidade.
No Norte do país houve alteração positiva de 0,8% nos níveis e o
submercado se encontra com 25,8% da capacidade. A energia armazenada
chegou a 3.884 MW mês e a ENA ficou em 56% da MLT. A hidrelétrica
Tucuruí se encontra com 39,20% da capacidade. (Agência Canal Energia
- 15.01.2018)
<topo>
2
CCEE disponibiliza ferramenta para gestão de risco no mercado de
curto prazo
A CCEE disponibilizou
aos agentes do setor elétrico uma nova ferramenta para melhor gestão
e mensuração dos riscos aos quais eles estão expostos no mercado
de curto prazo. A Calculadora de Risco CVaR (Conditional Value-at-Risk)
permite a todos verificarem os seus riscos de exposição, de acordo
com os contratos de compra e venda registrados e validados na câmara
de comercialização. As simulações podem ser feitas para períodos
de projeção de três até 60 meses. As informações de entrada são
dados de consumo; geração fora do MRE; garantia física no MRE; e
compra e venda de contratos registrados. É possível ainda fazer
um comparativo das simulações e exportar o resultado em formato
de arquivo em Excel. Segundo o gerente-executivo do Monitoramento,
Gestão de Penalidades & Informações da CCEE, Carlos Dornellas, a
calculadora de auxiliará os agentes em sua gestão de risco de exposição
no mercado de curto prazo. Além do risco calculado pela CCEE, por
meio dos contratos registrados e validados na instituição, o agente
poderá realizar simulações com novos volumes de energia e verificar
a evolução do seu risco. "A Calculadora CVaR era utilizada como
uma ferramenta pela Gerência de Monitoramento dos Agentes para acompanhar
o comportamento do mercado. A disponibilização da calculadora tem
o propósito de ampliar a transparência do método aplicado pelo monitoramento,
proporcionando assim, uma maior simetria de conhecimento", apontou
Dornellas.O CVaR é uma metodologia de cálculo de risco, que será
utilizada pela calculadora para fornecer informações sobre a exposição
do agente no mercado de energia. (Brasil Energia - 15.01.2018)
<topo>
3
Com excesso de chuva, Itaipu abre as três calhas da usina
A usina
de Itaipu abriu simultaneamente neste domingo, 14, as três calhas
do vertedouro para escoar o excedente de água não utilizada na geração
de energia. Há mais de um ano, as 14 comportas da usina não eram
abertas ao mesmo tempo. A última vez havia sido em junho de 2016.
O escoamento atingiu mais de 5,8 mil metros cúbicos de água por
segundo, quase quatro vezes mais do que a vazão normal das Cataratas
do Iguaçu. A medida operacional para equilibrar a vazão decorre
sobretudo do excesso de chuvas na Bacia do Rio Paraná, acima da
hidrelétrica, e também na área do reservatório. Por enquanto, não
há previsão de alagamentos nas áreas ribeirinhas, segundo a operadora.
Nos 14 dias do mês, Itaipu produziu 4.181.704 MWh ante 3.862.829
MWh no mesmo período do ano passado. Comparado a 2016, quando a
produção foi recorde, o volume gerado no mesmo período deste ano
já é quase 9% maior, de acordo com a operadora. A usina fechou 2017
com a quarta maior marca em 33 anos de operação e registrou 96.387.357
de MWh de produção. A abertura das calhas também é um atrativo à
parte para quem visita Itaipu. Levantamento feito pelos gestores
nas margens brasileira e paraguaia da usina mostrou número recorde
de visitantes. No ano passado, 979.946 visitantes estiveram na hidrelétrica,
número 2,6% maior em relação à maior marca anterior, de 955.397,
registrada em 2016. (O Estado de São Paulo - 15.01.2018)
<topo>
Energias Renováveis
1
Teresina e Manaus apresentam payback mais rápido na área solar fotovoltaica
As cidades
de Teresina, Belém, Manaus, Recife e Rio de Janeiro são as capitais
onde o retorno de investimentos feitos em projetos de geração solar
fotovoltaica em redes de baixa tensão (residências, comércio e condomínios)
se dão de maneira mais rápida, de acordo com levantamento da comercializadora
Comerc. O Índice Comerc Solar relativo ao mês de novembro mostra
que, na capital do Piauí, uma instalação solar se paga, em média,
após três anos, contra um retorno de sete anos e meio desse mesmo
investimento feito em Macapá. Das 25 capitais pesquisadas (exceção
para Boa Vista e Palmas), 12 apresentaram um payback de investimentos
em geração distribuída fotovoltaica abaixo dos quatro anos, no caso
de unidades atendidas em baixa tensão. Nas unidades consumidoras
em alta tensão, as cinco capitais mais atraentes para os projetos
de energia solar são Manaus, Rio de Janeiro, Cuiabá, Goiânia, e
Brasília. No caso da capital amazonense, o retorno médio estimado
do investimentos em uma instalação solar fotovoltaica é de quatro
anos e nove meses. Segundo a comercializadora, o Índice Comer Solar
vai sendo alterado à medida em que são autorizados novos reajustes
nas tarifas de eletricidade. O ranking leva em conta a irradiação
solar de cada região, a tarifa de energia convencional cobrada no
local e a taxa de ICMS em vigor no estado. Dados da Agência Nacional
de Energia Elétrica indicam que a geração de eletricidade a partir
da captação em painéis instalados nos telhados das casas ou no terreno
do estacionamento das empresas chega a 136 MW, em 16,4 mil unidades
no Brasil. (Agência Canal Energia - 15.01.2018)
<topo>
2
Tereos Brasil: Ampliação de exportação de energia cogerada em 2018
Maior sobra
de biomassa nas usinas produtoras de açúcar e etanol do grupo Tereos
Brasil vem permitindo obter um desempenho melhor na geração de energia
elétrica, ampliando gradualmente os excedentes para exportação ao
Sistema Interligado Nacional (SIN). Na atual safra - 2017/2018 -
a injeção de eletricidade ficou em 1.044 GWh, ante 1.030 GWh registrados
no período 2016/2017. O aumento foi discreto devido a uma parada
não programada na usina Cruz Alta. Para a próxima safra, a previsão
é chegar a 1.080 GWh. "Temos investido em projetos de eficiência
energética a fim de disponibilizar mais bagaço para cogeração. Assim
a energia exportada subiu de 50% para 70% do total produzido", disse
Jacyr da Silva, diretor da Região Brasil do Grupo Tereos Brasil.
No ranking local de grupos sucroenergéticos que atuam na cogeração
de energia, a Tereos, segundo o executivo, passou a ocupar, em 2017,
o terceiro lugar, com participação ainda não muito expressiva quanto
a vendas ao mercado livre. "Vendemos (
), mas uma fração pequena",
assinala. Silva faz questão de lembrar que a cogeração com bagaço
de cana tem importância estratégica para o país no atual cenário
do setor elétrico, tendo em vista que é ofertada justamente no período
seco, possibilitando preservação de água nos reservatórios das hidroelétricas.
(Brasil Energia - 15.01.2018)
<topo>
Gás
e Termelétricas
1 Eneva tem 18,8 bilhões de metros cúbicos
em reservas de gás natural
A Eneva encerrou
o ano de 2017 com reservas certificadas de 18,8 bilhões de m³ de
gás natural na Bacia do Parnaíba, região na qual possui cinco usinas
no complexo de mesmo nome. De acordo com relatório publicado no
site da CVM, a incorporação de novas reservas no decorrer do ano
somou 2,7 bilhões de m³. Descontando a produção anual de 1,6 bilhão
de m³ o saldo aumentou em 1,1 bilhão de m³. A auditoria das Reservas
de GN dos campos nos quais a Parnaíba Gás Natural detém participação
foi elaborado pela consultoria independente Gaffney, Cline & Associates,
segundo os critérios do Petroleum Resources Management System. As
maiores variações de reservas foram em Gavião Caboclo, neste ativo
foram perfurados e completados os 6 poços de desenvolvimento do
campo com resultados melhores do que os esperados. Já Gavião Branco
e Gavião Branco Sudeste vêm apresentando uma performance classificada
pela empresa como bem superior ao inicialmente estimado. E finalizou
o Fato Relevante ao mercado que em 2017 o Índice de Reposição de
Reservas foi de 170%, e a relação entre o volume de reservas e o
volume produzido em 2017 é de 12 anos. (Agência Canal Energia -
15.01.2018)
<topo>
2 Catena
se associa a ABiogás
A ABiogás recebeu
mais uma nova associada. Trata-se da Catena Planejamento Territorial,
uma importante empresa que oferece produtos ligados à agroenergia
e gestão territorial para a produção agropecuária e a fim de contribuir
com o crescimento da produção rural nacional. Na área de biogás,
a Catena atua na identificação do potencial gerador de energia,
redução de custos de obtenção de energia, aumentando a eficiência
energética e comercialização excedente, além de assessoria ambiental.
O sócio-administrador da companhia, Pedro Höfig, lembrou que a uma
das missões da empresa é potencializar o uso do espaço de forma
intensa e racional. Neste sentido, desenvolver a geração de energia
elétrica a partir de fontes renováveis comuns no meio rural é fundamental.
Segundo o presidente da Associação, Alessandro Gardermann, a iniciativa
de associação da companhia evidencia o crescente interesse da iniciativa
privada no grande potencial brasileiro de biogás para a economia.
Gardermann acrescentou também que a entrada da Catena mostra como
o biogás no Brasil possui uma completa cadeia produtiva em todos
os setores de geração do insumo e se consolida como uma commodity
ambiental. (Agência Canal Energia - 15.01.2018)
<topo>
3 Empecilhos
à venda da Eletrobras dificultam retomada de Angra 3
As dificuldades
no Congresso e na Justiça para o avanço do plano do governo de privatização
do controle da Eletrobras afetam a retomada da construção da usina
nuclear de Angra 3, segundo uma fonte ligada à estatal. Sem a desestatização
da elétrica, tudo indica que a decisão relativa à conclusão da terceira
usina nuclear brasileira, cujas obras estão interrompidas desde
setembro de 2015, demore ainda mais. O projeto de lei sobre a privatização
do controle da Eletrobras, que encontrase na Casa Civil, prevê a
segregação da Eletronuclear, braço de geração de energia nuclear,
e da hidrelétrica binacional de Itaipu da holding, ante do processo
de venda do controle da elétrica. A ideia principal é deixar Eletronuclear
e Itaipu sob o comando de uma nova estatal. Em novembro, o secretário-executivo
do ministério de Minas e Energia, Paulo Pedrosa, havia dito que
a modelagem de privatização da Eletrobras conteria uma solução para
a retomada das obras de Angra 3. O problema é que o Congresso tem
dado sinais contrários à aprovação da privatização da Eletrobras.
O primeiro sinal foi a forte reação negativa à MP 814/2017, que
inclui um artigo que permite a inclusão da Eletrobras e suas controladas
no PND. Além disso, este artigo teve o efeito suspenso na última
semana, por meio de liminar concedida pela Justiça Federal em Pernambuco.
Além da necessidade de definição sobre governança da Eletronuclear,
também é necessária para a retomada das obras de Angra 3 a revisão
do contrato de venda de energia da usina, elevando seu preço dos
atuais R$ 240 por MWh para algo em torno de R$ 400/MWh. Segundo
a fonte, a correção tornaria o projeto novamente viável do ponto
de vista econômico, possibilitando a parceria com uma empresa privada
para a conclusão das obras. Estima-se que são necessários R$ 13
bilhões para concluir o empreendimento, que tem índice de conclusão
das obras de 65%. De acordo com o PDE 2026, EPE, Angra 3 está prevista
para entrar em operação apenas em 2026. (Valor Econômico - 16.01.2018)
<topo>
4 Aneel
aprova CVU para UTE Araguaia
A Aneel aprovou
o CVU, visando o ressarcimento da UTE Araguaia. Os valores de CVU
foram fixados em R$ 935,08/MWh e serão aplicados no processo de
contabilização a partir do mês de dezembro de 2017. A decisão foi
publicada no despacho Nº 4.163, na edição da última sexta-feira,
12 de janeiro, do DOU. (Agência Canal Energia - 15.01.2018)
<topo>
Grandes Consumidores
1 Eldorado aumenta venda de excedentes de biomassa
A produtora
de celulose Eldorado Brasil ampliou o limite de venda de energia
de biomassa de eucalipto para o sistema elétrico nacional, reflexo
do aumento da produção de celulose. Desde novembro, a fabricante
tem autorização para exportar até 40 MWh, um acréscimo de 10 MWh
com relação ao limite anterior. A produção de celulose superou 1,7
milhão de toneladas em 2017 e a empresa gera energia para sua própria
produção. Em novembro, a Eldorado gerou 178 MWh médios. Deste total,
87,6 MWh foram usados para produção de celulose e 35,5 MWh exportados
para o sistema. O restante foi para os parceiros instalados na mesma
unidade industrial. "A nossa expectativa é a de que a receita com
a exportação de energia seja duas vezes maior que em relação ao
ano anterior", adiantou o gerente de Utilidades, Recuperação e Energia
da Eldorado, Murilo Sanches. (Brasil Energia - 15.01.2018)
<topo>
Economia Brasileira
1 União gastou R$ 4 bi para honrar dívidas
de Estados em 2017
A União honrou
o pagamento de R$ 780,72 mi em dívidas não pagas por Estados e municípios
no mês de dezembro. Quase todo o valor, R$ 770,9 mi, é referente
a atrasos de pagamento do RJ. Também foram honrados R$ 5,45 mi do
Estado de Roraima e R$ 4,37 mi do município de Natal (RN). Considerando
o ano de 2017, a União cobriu R$ 4,06 bi em dívidas dos governos
regionais. Em 2016 foram R$ 2,38 bi. Os dados estão no relatório
de garantias honradas pela União em operações de crédito divulgado
ontem pelo Tesouro Nacional. Do total que o governo federal teve
que cobrir no ano passado, R$ 4,03 bi foram dívidas de Estados,
sendo R$ 3,99 bi do Rio de Janeiro e 41,89 mi de Roraima. Os restantes
R$ 28,49 mi foram da Prefeitura de Natal. Do total que honrou no
ano passado, a União conseguiu recuperar R$ 1 bi. Ou seja, 24,7%
do montante coberto. Em 2016, a União recuperou 84,7%. Atualmente,
restam a recuperar R$ 3,43 bi, relativos a honras de garantia realizadas
desde 2016. Essa dívida é atualizada pela Selic até o ressarcimento
dos valores. Do total de R$ 6,44 bi em dívidas de governos regionais
honradas pela União desde o início de 2016, foram recuperados R$
3,02 bi, o que corresponde a 46,9% do valor coberto. Segundo o Tesouro,
do total pago pela União em dezembro, foram recuperados apenas R$
5,01 mi (0,6%) por meio da execução das contragarantias previstas
nos contratos. (Valor Econômico - 16.01.2018)
<topo>
2 Déficit do governo pode ter ficado
abaixo de R$ 120 bi
O governo está
sendo positivamente surpreendido com os números fiscais de 2017,
que estão sendo apurados pelo Tesouro Nacional. Existe a possibilidade
concreta de que o déficit primário do governo central fique abaixo
de R$ 120 bi, ante uma meta de R$ 159 bi prevista para o ano passado.
O melhor resultado decorre do forte ingresso de receitas em dezembro
e de uma despesa inferior à previsão. "O gasto ficou abaixo do que
estava programado", disse uma fonte. Se essa possibilidade se concretizar,
o déficit primário de todo o setor público poderá ser ainda mais
baixo, pois a projeção é de que os Estados e municípios terminaram
2017 com saldo positivo em suas contas. A meta prevista para o setor
público consolidado era de R$ 163,1 bi. No período de 12 meses até
novembro, os governos regionais registraram superávit primário de
R$ 11,1 bi, sem considerar as empresas estatais estaduais e municipais.
Ainda não estão disponíveis avaliações sobre o resultado das empresas
estatais federais. A previsão era de uma meta de déficit primário
de R$ 3 bi. Na área técnica fora do governo, economistas também
estimam que o resultado fiscal do governo central ficará bem abaixo
do previsto na LDO. De acordo com o modelo de apuração dos economistas
Sérgio Gobetti e Carlos Vernieri, o déficit primário do governo
central ficou em torno de R$ 114 bi em 2017, com receitas primárias
totais somando R$ 1,391 tri. Com a transferência de R$ 228 bi para
Estados, municípios e fundos constitucionais, a receita líquida
ficou em R$ 1,163 bi. As despesas primárias somaram R$ 1,277 tri.
Comparando 2016 com 2017, o crescimento das despesas primárias em
valores nominais teria sido de apenas 2,2%, bem abaixo da inflação
média entre 2016 e 2017 (3,4%) e do teto constitucional baseado
na inflação do ano anterior. (Valor Econômico - 16.01.2018)
<topo>
3 IFI: Déficit recorrente do setor público pode atingir 2,8% do PIB
A Instituição Fiscal Independente (IFI) estimou em 2,8% do PIB o
déficit primário recorrente do setor público, considerando os dados
acumulados em 12 meses até novembro. Essa conta exclui receitas
e despesas extraordinárias da conta do resultado fiscal, como as
originárias do Refis e também de concessões. Pelos dados oficiais,
o setor público teve em 12 meses até novembro déficit de 2,3% do
PIB. O desempenho recorrente apresentado no Relatório de Acompanhamento
Fiscal (RAF) mostra que o esforço necessário para estabilizar a
situação fiscal é maior do que os números efetivos divulgados pelo
governo apontariam. Mesmo, assim, há que se ressaltar que houve
alguma evolução, dado que em outubro o desempenho recorrente em
12 meses era de 3% do PIB e em 2016 o déficit sem os efeitos atípicos
foi de 3,4% do PIB. Ou seja, houve um ganho de 0,6 ponto porcentual
do PIB no desempenho fiscal. Para Gabriel Leal de Barros, que é
diretor da IFI, mesmo com a melhora verificada, o nível de déficit
primário recorrente é "muito alto" e evidencia o a dimensão problema
fiscal brasileiro que precisa ser endereçado, sobretudo pelo lado
das despesas. Vale lembrar ainda que o resultado efetivo de 2017
deve ser bem melhor do que vinha sendo apontado nos números até
novembro, dado que o déficit pode ficar muito melhor que a meta
de déficit de R$ 163,1 bilhões do setor público. (Valor Econômico
- 16.01.2018)
<topo>
4 FGV: IGP-10 cai em janeiro
A inflação medida
pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP10) registrou variação de 0,79%
na medição de janeiro, vindo de 0,90% em dezembro, informou a FGV
nesta terça-feira (16). Calculado com base nos preços coletados
entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência, em janeiro
de 2017 a variação havia sido de 0,88%. Em 12 meses, o IGP-10 acumula
queda de 0,51%. (Valor Econômico - 16.01.2018)
<topo>
5 FGV: Inflação medida pelo IPC-S sobe a 0,47% na
2ª prévia do mês
O Índice de
Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), calculado pela FGV, registrou
inflação de 0,47% nos 30 dias encerrados em 15 de janeiro, ou 0,16
ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada na divulgação anterior.
Na segundo prévia do mês, seis das oito classes de despesa componentes
do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior
contribuição partiu do grupo Alimentação (0,60% para 0,93%). Nessa
classe, destaque para o comportamento do item hortaliças e legumes,
cuja taxa passou de 3,25%, no período anterior, para 10,18%. (Valor
Econômico - 16.01.2018)
<topo>
6 Dólar ontem e hoje
O dólar comercial
fechou o pregão do dia 15 sendo negociado a R$3,2101, com variação
de +0,4% em relação ao início do dia. Hoje (16) começou sendo negociado
a R$3,2158 - com variação de +0,18% em relação ao fechamento do
dia útil anterior - e segue uma leve tendência de baixa, sendo negociado
às 10h15 no valor de R$3,2143, variando -0,05% em relação ao início
do dia. (Valor Econômico - 15.01.2018 e 16.01.2018)
<topo>
Internacional
1 Argentina: empresas
chinesas ativam seus projetos de energia renovável
Após um período
de incerteza sobre o futuro de seus projetos, as empresas chinesas
Envision Energy e Goldwind estão prestes a iniciar a construção
dos parques eólicos que lhes foram concedidos nas rodadas do programa
argentino RenovAr na Argentina. Um grupo de executivos alemães contatou
diferentes fornecedores em nome da Envision e este 18 de janeiro
realizará uma licitação privada, enquanto o fabricante de turbinas
eólicas Goldwind contratou a consultoria espanhola Typsa para avançar
com planejamento, projeto de engenharia básico e de gestão da construção
de seus parques. 21 de janeiro é a data em que convocou os fornecedores
a licitar. Em julho de 2016, o ministro da Energia, Juan José Aranguren,
convocou para apresentar lances para a geração de 1 GW de energia
renovável. Os primeiros projetos foram concedidos em outubro e os
primeiros contratos foram assinados em novembro desse ano. (EconoJournal
- Argentina - 15.01.2018)
<topo>
2 Metrô chileno
agora funciona principalmente com energia limpa
O metrô de Santiago
agora funciona principalmente com sol e vento, graças a uma das
maiores petroleiras do mundo. A Total e a desenvolvedora solar SunPower
concluíram um parque solar de 100 MW na região de Coquimbo, no Chile,
que possibilitará que o sistema de metrô da capital receba 60% de
sua eletricidade de fontes limpas, disse a presidente do país, Michelle
Bachelet, em comunicado. O metrô, usado diariamente por 2,2 milhões
de pessoas, também recebe energia de um parque eólico. A SunPower,
de propriedade majoritária da Total e com sede em San José, na Califórnia,
iniciou o trabalho na usina solar El Pelicano em 2016. O Chile triplicou
a geração de energia renovável nos últimos quatro anos e atualmente
recebe 19% de sua energia de fontes limpas, segundo Bachelet. (Valor
Econômico - 15.01.2018)
<topo>
3 Espanha: A CEOE exige um preço competitivo de
energia para a indústria
O presidente
da Comissão da Indústria e Energia da CEOE, Guillermo Ulacia, pediu
hoje um Pacto nacional para resolver os desafios enfrentados pela
indústria da Espanha, e assegurar as políticas apropriadas para
aumentar a competitividade e peso na PIB nacional. Nestes desafios,
ele indicou como preferível o de "alcançar um preço competitivo
de energia para as atividades industriais da indústria, levando
em conta os países europeus". Ulacia apresentou hoje o relatório
"La Indústria", um motor de crescimento em um evento organizado
pela Associação de Jornalistas de Informação Econômica (APIE). O
relatório inclui uma série de recomendações e pedidos para garantir
a competitividade do setor industrial. Além das mencionadas, as
recomendações incluídas no relatório destacam o desenvolvimento
de infra-estruturas que melhoram a capacidade de transporte e aceleram
o acesso aos mercados, maiores investimentos em inovação, desenvolvimento
tecnológico e digitalização de empresas, além de promover sua internacionalização.
No campo da energia, a CEOE exige compromisso com a energia renovável,
promoção da eficiência energética, estabilidade regulatória e fortalecimento
das interconexões fronteiriças eléctricas e gasísticas. (El País
- Espanha - 15.01.2018)
<topo>
4 Chernobyl: produção energética é retomada na forma
de usina solar
Abandonada desde o acidente de 1986,
a área no entorno da usina de Chernobyl está prestes a reiniciar
a produção energética. A cerca de cem metros do "sarcófago", um
imenso domo de metal que sela a antiga estrutura radioativa, centenas
de painéis solares estão sendo instalados e entrarão em funcionamento
nas próximas semanas. Após o início da operação, a planta deve gerar
1 MW de energia, o suficiente para abastecer uma pequena cidade
com cerca de duas mil residências. O projeto está sendo conduzido
pela Solar Chernobyl, formada por capital ucraniano e alemão. Foram
investidos 1 mi na construção da estrutura que possui cerca de
3,8 mil painéis fotovoltaicos, que ocupam uma área de 1,6 ha. Segundo
Yevgen Varyagin, presidente da companhia, a quantidade de sol na
região é o "mesmo do sul da Alemanha". A previsão é que o investimento
seja recuperado em sete anos. A retomada da produção energética
em Chernobyl é uma estratégia do governo ucraniano para aproveitar
a zona de exclusão criada após o pior acidente nuclear da história
e, ao mesmo tempo, suprir a necessidade energética do país, abalada
desde o fim das importações de gás natural da Rússia, há dois anos.
Segundo autoridades ucranianas, Chernobyl não poderá ser habitada
por "mais de 24 mil anos", mas a produção industrial é possível.
"Esse território obviamente não pode ser usado para a agricultura,
mas é formidável para projetos científicos e de inovação", disse
o Ministro do Meio Ambiente ucraniano, Ostap Semerak, à AFP. (Valor
Econômico - 15.01.2018)
<topo>
5 Shell compra fatia de operadora de energia solar
nos EUA
A petroleira
anglo-holandesa Royal Dutch Shell anunciou nesta segunda-feira (15)
que fechou um acordo para adquirir uma participação de 43,8% no
capital social da Silicon Ranch Corporation, operadora americana
de usinas de energia solar. O acordo prevê o pagamento de até US$
217 milhões pela participação, adquirida de fundos de investimentos
administrados pelo Partners Group, a depender do cumprimento de
algumas metas, que não foram detalhadas pela Shell. Um outro acordo,
fechado diretamente com a Silicon Ranch, dará à Shell a possibilidade
de aumentar sua participação na companhia após 2021. Segundo a petroleira,
o investimento faz parte de um portfólio voltado para novas fontes
energéticas, que prioriza matrizes de baixa geração de gás carbônico.
"A parceria com a Silicon Ranch avança nossa estratégia de novas
energias e provê aos nossos clientes nos Estados Unidos mais opções
na parte de energia solar", afirmou, em nota, o vice-presidente
da Shell para energia solar, Marc van Gerven. O acordo ainda precisa
ser aprovado pelas autoridades regulatórias. A expectativa é de
que ele seja finalizado ao final do primeiro trimestre. (Valor Econômico
- 15.01.2018)
<topo>
6 Irena:
Migração energética para renováveis terá impactos geopolíticos
A transformação
energética que as energias renováveis estão promovendo no mundo
terá implicações geopolíticas. A queda de custos, o aumento nos
investimentos e a expansão da capacidade instalada colocam essas
fontes no centro do sistema energético global, mas a mudança tem
potencial de criar novas tensões. Nas últimas décadas, as análises
de assuntos energéticos tiveram como foco os combustíveis convencionais,
basicamente petróleo e gás. O que é novo são os efeitos positivos
e negativos da transição energética, isto é, avaliar quais serão
os impactos e as regiões vulneráveis, o potencial de riscos, as
forças de mercado que podem causar instabilidades, a mudança nos
padrões de consumo e as ameaças cibernéticas. Na outra ponta, os
benefícios podem ser a redução das emissões de gases estufa, o acesso
a energia para comunidades pobres e a cooperação transfonteiriça,
entre outros pontos. "Estamos vindo de um mundo de oleodutos em
que a energia está concentrada num pequeno grupo de fornecedores
e com as tensões econômicas que surgem desse quadro", diz Adnan
Amin, diretor-geral da Irena. "Mas vemos o sistema energético do
passado sendo rapidamente transportado para um cenário novo, com
um modelo descentralizado impulsionado pela tecnologia e redução
de custos. A evolução desse processo criará oportunidades e desafios
que temos de observar com atenção, além de refletir sobre suas implicações
geopolíticas e antecipar o que virá", segue Amin. Partiu da direção
da Irena a iniciativa de criar uma comissão global, lançada em Abu
Dhabi, durante a 8ª assembleia dos países-membros da entidade, para
avaliar a geopolítica da transformação energética. O grupo, presidido
por Ólafur Grímsson, ex-presidente da Islândia, é apoiado pelos
governos da Alemanha, Noruega e Emirados Árabes Unidos (EAU). A
intenção é apresentar um relatório em 2019. (Valor Econômico - 16.01.2018)
<topo>
Biblioteca Virtual do
SEE
1
EDITORIAL. "Renovação energética". Folha de São Paulo. São Paulo,
16 de janeiro de 2018.
Para ler
o texto na íntegra, clique aqui.
<topo>
Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa:
Ana Vitória, João Pedro Santos, Lucas Morais, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva.
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de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
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