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IFE: nº 4.436 - 31 de outubro de 2017
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL na assinatura de acordo de cooperação para hidroelétrica binacional no rio Madeira
2 GESEL no Workshop “Aspectos Regulatórios em Áreas com Severas Restrições Operativas”
3 GESEL: Nível dos reservatórios justifica o acionamento de térmicas
4 Aneel analisa novo socorro de R$ 1 bi a distribuidoras
5 Energia pode ficar ainda mais cara com usinas térmicas, diz governo
6 MME: Decisão sobre ordem de despacho de térmicas ainda é incerta
7 Com impostos, bandeira 2 sobe de R$ 5 para R$ 6,42 na conta de luz
8 Consultoria Thymos Energia: O uso de usinas a óleo refletirá em reajusta na conta em 2018
9 Agentes defendem estabilidade de regras do setor
10 Aneel libera turbina de Belo Monte para operação comercial
11 Contratos de iluminação renderão R$ 9,2 bi no país

Empresas
1 Eletrobras: Ministro quer falar com Temer ainda nesta semana sobre estatal
2 Furnas: Nova frente parlamentar defenderá ações para fortalecer empresa
3 Ampla: prejuízo cresce 21,9% no 3º trimestre, para R$ 88,2 milhões
4 Cteep: Lucro registrado é de R$ 454,3 milhões no terceiro trimestre
5 Cteep: Aneel autoriza saída de transmissora no Nordeste
6 BTG Pactual: Comercializadora é incorporada mirando redução de custos
7 Abraceel: Quatro comercializadoras viram associadas
8 Projetos da EDP Transmissão enquadrados junto ao Reidi

9 RGE Distribuição: Gramado terá novo sistema de distribuição por de R$ 11,5 mi

10 EDP Open Innovation 2017: Startup brasileira é vencedora

11 Voith: Empresa aposta em expansão de área digital

12 AES Eletropaulo completa 120 mil horas de capacitação para atendentes

13 Energia, serviços e indústria chegam aos marketplaces

Leilões
1 Estatais são inabilitadas pela Aneel para o leilão de LTs

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 CCEE: Brasil deve terminar 2017 com o pior nível de armazenamento de energia da história
3 CCEE terá orçamento 5% maior em 2018, aprovado no valor de R$ 157,8 mi

4 CCEE: PLD deve ter queda a partir de janeiro

Energias Renováveis
1 BNDES: investimentos ampliados para energia solar e eólica em 2017
2 FGV: Adoção da TLP pode prejudicar investimentos sustentáveis

Gás e Termelétricas
1 Awite Bioenergia se associa a ABiogás

Economia Brasileira
1 Governo acelera privatizações em 2018 para elevar arrecadação
2 Governo confirma meta de déficit de R$ 159 bi para 2018

3 IBGE: Brasil perdeu 3,4 mi de empregos com carteira em 3 anos
4 Codace: Recessão mais profunda já vista acabou no fim de 2016
5 Projeto proíbe Tesouro de usar lucro do BC
6 FGV: IGP-M deve fechar o ano com deflação
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: Autorizada a exportação de gás natural para o Chile com o compromisso de reimportação
2 Peru: Isa vai superar 82% do mercado graças à nova licitação
3 Paraguai: Alegre afirma que vai suspender a venda de energia para a Argentina
4 Peru: FBI investiga contrato para devolver energia a Porto Rico
5 Portugal: Lucro da EDP Renováveis multiplica quase seis vezes em nove meses

6 Espanha: Cepsa investe 35 milhões de euros para entrada em renováveis

7 Egito prevê construir o maior complexo de energia solar do mundo

8 ONU aponta riscos para efetivação do Acordo de Paris

9 OMM: Concentração de CO2 atingiu 403.3 ppm em 2016, nível recorde


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL na assinatura de acordo de cooperação para hidroelétrica binacional no rio Madeira

O coordenador do GESEL, Nivalde de Castro, esteve presente na histórica assinatura do acordo de cooperação para analisar os aspectos técnicos, sociais e ambientais para construção de usina hidroelétrica binacional no rio Madeira, na divisa entre Brasil e Bolívia. O documento foi firmado nesta segunda-feira (30/10) pelo presidente executivo interino da Empresa Nacional de Electricidad Bolivia (ENDE Corporación), Joaquín Rodríguez Gutiérrez, e pelo presidente da Energia Sustentável do Brasil (ESBR), Victor Paranhos. (GESEL-IE-UFRJ – 31.10.2017)

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2 GESEL no Workshop “Aspectos Regulatórios em Áreas com Severas Restrições Operativas”

Na próxima terça-feira, dia 31 de outubro, o GESEL participará do Workshop “Aspectos Regulatórios em Áreas com Severas Restrições Operativas”. O evento objetivará apresentar a metodologia e os resultados preliminares do projeto de P&D da ANEEL que o GESEL está desenvolvendo junto com a Light, intitulado "Aspectos regulatórios relacionados a perdas não técnicas em Áreas com Severas Restrições Operativas". A pesquisa busca analisar os impactos econômicos e financeiros relacionados às Perdas Não Técnicas no segmento de distribuição de energia elétrica em áreas com severas restrições operativas (ASROs). O workshop será realizado no período das 13h às 17h na sede da CPFL, em Campinas. (GESEL-IE-UFRJ – 31.10.2017)

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3 GESEL: Nível dos reservatórios justifica o acionamento de térmicas

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse nesta segunda-feira que o governo avalia acionar as térmicas sem respeitar a ordem de menor custo da energia. Assim, preserva-se o nível dos reservatórios das hidrelétricas, que estão muito baixos. O efeito dessa medida para os consumidores, segundo especialistas, será um provável aumento na conta de luz no ano que vem, uma vez que a energia térmica, além de mais poluente, é mais cara. Atualmente, o ONS aciona as térmicas baseando-se na chamada ordem do mérito. Para Nivalde de Castro, coordenador do GESEL, do Instituto de Economia da UFRJ, o acionamento das térmicas mais caras será preciso para que a água dos reservatórios seja poupada e, assim, as hidrelétricas cheguem, em maio de 2018, quando começa o período seco, com reservatórios com níveis sustentáveis, justamente para atravessar o período seco. “É uma medida de precaução, não por risco de desabastecimento”, disse Castro. (O Globo – 31.10.17)

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4 Aneel analisa novo socorro de R$ 1 bi a distribuidoras

Uma semana após aprovar mudanças na metodologia e nos valores dos patamares das bandeiras tarifárias, a diretoria da Aneel vai analisar, em reunião hoje, novo pedido de socorro às distribuidoras. Na pauta, estão a liberação de recursos da ordem de R$ 1 bilhão da CONER, encargo criado para remunerar projetos contratados em leilões de energia de reserva e que está superavitário, e o adiamento, do início para o fim do mês, da liquidação mensal do mercado de curto prazo. Caso a Aneel acate o pedido das distribuidoras, o depósito das garantias financeiras das empresas relativas à liquidação das operações do mercado de curto prazo de setembro, prevista para esta semana, ficará para o fim de novembro. Em carta entregue à agência em meados de outubro, na qual incluiu os pedidos, a ABRADEE destacou que "o agravamento dos custos com o risco hidrológico poderá resultar em R$ 6 bilhões de déficit na conta bandeira até dezembro desse ano e, assim, inviabilizar a adimplência do segmento de distribuição no mercado de curto prazo". O pleito das distribuidoras, contudo, não é consenso no setor. Em carta enviada à Aneel na última semana, a ABRACEEL disse ser contrária à alteração das datas de liquidação do mercado de curto prazo. A entidade lembrou que qualquer mudança tem que ser discutida previamente em audiência pública. Ao Valor, o presidente da ABRACEEL, Reginaldo Medeiros, disse também ser contrário ao uso dos recursos da CONER para aliviar a pressão no caixa das distribuidoras. Procurada, a CCEE disse ser contrária a postergação das liquidações de novembro e de dezembro, pelo motivo de que o adiamento afetaria outros agentes não envolvidos com o pedido da ABRADEE. (Valor Econômico – 31.10.2017)

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5 Energia pode ficar ainda mais cara com usinas térmicas, diz governo

Em período de seca nos reservatórios hidrelétricos, os sinais são de que o consumidor vai pagar ainda mais pela eletricidade no curto prazo. Nesta segunda-feira, 30, o ONS já aciona usinas térmicas, mais caras e poluentes, para poupar a água dos reservatórios. Em breve, porém, a situação deve ficar ainda mais crítica. Segundo o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o governo admite contrariar o critério 'preço' na hora de definir a usina a ser acionada e passar a contratar térmicas que hoje estão paradas por terem preços muito superiores ao da média das usinas. A decisão de acessar essas usinas é do CMSE, que, nesse período de crise, passou a se reunir semanalmente. Nesta segunda-feira, 30, a térmica mais cara que está sendo acionada é a UTE Flores, localizada na região Norte do País. O custo do megawatt-hora (MWh) dessa usina hoje é de R$ 808,99, inferior à média do sistema, de R$ 823,16, de acordo com o ONS. Isso acontece porque, com a escassez de água, algumas hidrelétricas estão gerando energia a um custo ainda maior que algumas usinas térmicas. Existe, no entanto, um grupo de térmicas que operam a valores muito superiores ao da UTE Flores e por isso, por enquanto, não estão sendo acionadas. (O Estado de São Paulo – 30.10.2017)

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6 MME: Decisão sobre ordem de despacho de térmicas ainda é incerta

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, admitiu nesta segunda (30) que o uso de térmicas mais caras para poupar água nos reservatórios das hidrelétricas "está sendo cogitado". O governo vem relutando em adotar o modelo de despacho fora da ordem de mérito – o que permite ao ONS mandar ligar térmicas do topo da lista de preços – para evitar novos aumentos na conta de luz. A situação dos reservatórios, porém, é considerada preocupante, diante da falta de chuvas. Para monitorar mais de perto a questão, o CMSE está realizando reuniões semanais. "Está sendo cogitado, mas ainda não está decidido", disse Coelho Filho. Ele disse, porém, que "tem sinais de que alguma chuva pode vir", o que pode influir na decisão. Devido ao baixo nível dos reservatórios, o governo já vem acionando térmicas a gás natural, com reflexos nas tarifas. O ministro disse ainda que o governo negocia para encontrar gás para três térmicas que estão paradas por falta de combustível. Uma delas é do grupo J&F e teve o fornecimento cortado pela Petrobras após a delação premiada dos controladores da JBS. Segundo ele, há discussões entre as partes envolvidas para a busca de uma solução. "Essas térmicas são muito importantes para o sistema", afirmou Coelho Filho. (Folha de São Paulo – 30.10.2017)

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7 Com impostos, bandeira 2 sobe de R$ 5 para R$ 6,42 na conta de luz

A conta de luz dos brasileiros vai ficar ainda mais cara que o previsto com a mudança na bandeira tarifária anunciada na semana passada. O valor da taxa extra no segundo patamar da bandeira vermelha para cada 100 quilowatt-hora consumidos (KWh) subiu de R$ 3,50 para R$ 5,00, mas na prática vai chegar a R$ 6,42 no bolso do consumidor do Rio de Janeiro e a R$ 5,96 em São Paulo em razão dos impostos cobrados (PIS, Cofins e ICMS) sobre a conta. Em uma simulação realizada pelo Proteste, uma família que consumir 500 KWh vai pagar de bandeira 2 no Rio R$ 38,50, sendo R$ 13,50 apenas em impostos. Em São Paulo, vai se pagar R$ 34,45 pela mesma faixa de consumor, R$ 9,45 em tributos. Mesmo com o reajuste da bandeira tarifária, os representantes do setor já se manifestaram que o preço da conta de luz deve subir para o ano que vem. Isso porque, atualmente, as distribuidores dizem que estão pagando mais pela energia do que o que cobram dos consumidores. Segundo o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, a conta de luz deve ficar, em média, 3% mais cara em todo país no ano que vem. Antes da mudança nas bandeiras, o déficit estimado para as distribuidoras até o final deste ano era de R$ 6 bilhões. Com o recém-anunciado aumento de 43% da bandeira vermelha 2, que passará a valer já a partir de novembro, as perdas serão reduzidas e devem fechar em R$ 5 bilhões. Segundo ele, o setor estuda alternativas para amenizar o impacto no bolso dos usuários. Uma das saídas cogitadas para abater o déficit, de acordo com Sales, seria a utilização do saldo da CONER. Ainda assim, as perdas não seriam cobertas. (O Estado de São Paulo – 30.10.2017)

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8 Consultoria Thymos Energia: O uso de usinas a óleo refletirá em reajusta na conta em 2018

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse nesta segunda-feira que o governo avalia acionar as térmicas sem respeitar a ordem de menor custo da energia. Assim, preserva-se o nível dos reservatórios das hidrelétricas, que estão muito baixos. O efeito dessa medida para os consumidores, segundo especialistas, será um provável aumento na conta de luz no ano que vem, uma vez que a energia térmica, além de mais poluente, é mais cara. Atualmente, o ONS aciona as térmicas baseando-se na chamada ordem do mérito. Segundo João Carlos Mello, presidente da consultoria Thymos, existem cerca de 2.000 MW de térmicas cujo custo fica entre R$ 850 e R$ 1.200 o MWh. Essas usinas, que são movidas a óleo combustível ou óleo diesel, representam 4% da potência instalada das térmicas. Por isso, Mello avalia que haverá algum reajuste na conta de luz em 2018 devido a seu uso. “Este ano não haverá impacto. Pode ser que os efeitos aconteçam no ano que vem. Vai depender de quanto tempo essas térmicas serão usadas”, disse Mello. (O Globo – 31.10.17)


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9 Agentes defendem estabilidade de regras do setor

A necessidade de regras que tragam estabilidade e segurança jurídica foi o principal ponto destacado por profissionais que discutiram na semana passada a reestruturação do modelo do setor elétrico, durante um dos painéis do Simpósio Jurídico da ABCE. Em um evento tradicionalmente direcionado a advogados, juízes, promotores, executivos de empresas públicas e privadas e representantes do meio acadêmico, o tema gerou debate e deixou clara a preocupação dos participantes com uma solução para os problemas do setor, que hoje enfrenta um impasse com a enxurrada de ações no Judiciário. A discussão sobre a questão do risco hidrológico, que responde por parte das ações judiciais do setor, foi retomada no painel que tratou da adaptação do Mecanismo de Realocação de Energia. O MRE, destacou Vivan, foi criado em um momento de absoluta predominância hidráulica na matriz elétrica brasileira. O simpósio também discutiu aspectos legais relacionados ao tratamento dos ativos indenizados, revertidos para a União e licitados após a Lei 12.783, resultante da MP 579. O ponto alto do debate foi a indenização de instalações antigas das transmissoras com concessões renovadas – a chamada RBSE -, que chegou a um valor superior a R$ 60 bilhões. O custo elevado e o prazo de substituição dos transformadores que usam Ascarel também entraram na pauta de debate. O evento tratou ainda da avaliação ambiental estratégica, um tema novo, mas importante, na visão do setor, pois trata dos impactos de novos projetos dentro do processo de planejamento. Na área tributária, foram debatidos os reflexos para o setor elétrico do novo padrão contábil do IFRS (International Financial Reporting Standards); além da discussão sobre uma eventual compensação às empresas, por causa da incidência do PIS e da Cofins, do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido sobre valores da energia não faturados, em razão de perdas técnicas e comerciais. (Agência CanalEnergia – 30.10.2017)

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10 Aneel libera turbina de Belo Monte para operação comercial

A Aneel liberou para operação comercial uma das turbinas da usina de geração hidrelétrica denominada Belo Monte, segundo despacho publicado pela Aneel nesta segunda-feira, 30 de outubro. A usina vai operar a a unidade geradora UG de 611,1 MW de capacidade instalada, localizada em Vitória do Xingu (PA). Outra usina a receber a autorização junto a Aneel é a UTE Fibria MS-II, que poderá operar comercialmente as unidades UG3 e UG4, de 141.601 e 127.979 kW respectivamente, totalizando 269,58 MW de capacidade instalada em Três Lagoas (MS). (Agência CanalEnergia – 30.10.2017)

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11 Contratos de iluminação renderão R$ 9,2 bi no país

As PPPs (parcerias público-privadas) de iluminação em cidades brasileiras devem movimentar R$ 9,2 bilhões ao ano, segundo o Radar PPP. Cerca de R$ 200 milhões desse total já foram negociados. O número foi auferido com base na arrecadação da Cosip (contribuição social para o custeio da iluminação pública) que vem nas faturas de energia elétrica e que passou a vigorar em 2015. O estudo foi desenvolvido pela primeira vez em abril e depois revisto em outubro, porque os valores da Cosip têm sofrido alterações. "Passamos por um momento de ajustes dessa contribuição, e poderemos rever novamente o tamanho do mercado", diz Guilherme Naves, sócio da consultoria. A taxa, no entanto, foi só uma referência, pois o modelo de PPPs não será adotado por todas as cidades -nas pequenas, por exemplo, dificilmente haverá empresas que se interessarão por um contrato como esse. Foram publicados 106 projetos de iluminação pública por PPPs até 2016, dos mais de 5,5 mil municípios. As empresas que já trabalham com energia e distribuição são candidatas a ficar com parte dos contratos a serem lançados, mas novos concorrentes devem disputar espaço, segundo Naves. "Entre os competidores que entrarão neste mercado estão as construtoras, que até agora estavam longe." A consultoria fez o estudo por encomenda da multinacional de energia Engie, que pretende atuar nesse nicho. (Folha de São Paulo – 31.10.2017)

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Empresas

1 Eletrobras: Ministro quer falar com Temer ainda nesta semana sobre estatal

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou que espera a melhora das condições de saúde do presidente Michel Temer para dar continuidade ao processo de privatização do controle da Eletrobras. O objetivo é apresentar a Temer o texto da modelagem da desestatização do controle da companhia para, em seguida, encaminhá-lo à Casa Civil, que ficará encarregada de destinar o documento via projeto de lei em regime de urgência ou medida provisória. “O texto já está bastante adiantado entre as equipes técnicas de Fazenda, do Planejamento de Minas e Energia. A ideia era ter um despacho com o presidente nesta semana, mas, com essa vinda dele a Brasília só na quartafeira, não sei como ficará esta agenda. A gente quer apresentar a ele algumas definições finais, mas a ideia de fato, se nós conseguirmos conversar com ele nesta semana, ainda é enviar para a Casa Civil esta semana a questão da modelagem da [privatização] da Eletrobras”, disse o ministro a jornalistas, antes de participar de almoço com executivos e representantes do setor energético, na Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio. “Na Casa Civil, junto com a articulação política do governo é que vai se fazer a discussão se será por projeto de lei com regime de urgência urgentíssima, se é uma medida provisória, porque nossa ideia é que seja o mais rápido possível”, completou ele. Segundo Coelho Filho, quando a modelagem de privatização da Eletrobras já estiver encaminhada à Casa Civil, o ministério voltará a tratar da reforma do setor elétrico. “E esse aí a gente deve encaminhar para o Congresso em projeto de lei”, completou. (Valor Econômico – 31.10.2017)

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2 Furnas: Nova frente parlamentar defenderá ações para fortalecer empresa

Será lançada hoje a Frente Parlamentar Mista em Defesa de Furnas. Controlada pela Eletrobras, Furnas é uma das maiores empresas do setor elétrico brasileiro. Presente em 15 estados e no Distrito Federal, opera e mantém um sistema por onde passam cerca de 40% da energia que move o Brasil. Em agosto, o governo anunciou a inclusão de 57 novos projetos no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), no âmbito do qual são feitas as privatizações. Do pacote, constam estradas, portos, aeroportos, e empresas públicas como a Eletrobras. A criação da frente parlamentar foi sugerida pelo coordenador do novo grupo, deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), e já conta com a adesão e 260 parlamentares. A solenidade de lançamento está marcada para as 13h30, no auditório Freitas Nobre. (Agência Câmara – 31.10.2017)

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3 Ampla: prejuízo cresce 21,9% no 3º trimestre, para R$ 88,2 milhões

A Ampla Energia e Serviços, distribuidora de energia no Rio de Janeiro registrou prejuízo líquido de R$ 88,2 milhões no terceiro trimestre de 2017, em alta de 21,9% sobre o prejuízo líquido de R$ 72,3 milhões no mesmo período de 2016, conforme demonstração de resultados consolidados divulgada nesta terça-feira. A empresa atribui parte do resultado negativo ao aumento de custos e despesas operacionais, principalmente por alta na energia elétrica comprada para revenda, custo com desativação de bens, maior volume de investimentos e incremento em depreciação e amortização. De acordo com a demonstração, disponível no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a receita líquida da Ampla no terceiro trimestre de 2017 alcançou R$ 1,425 bilhão, em alta de 30,0% sobre o R$ 1,096 bilhão do terceiro trimestre de 2016. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da empresa cresceu 60,8% no terceiro trimestre deste ano, para R$ 86,3 milhões, ante R$ 53,6 milhões no mesmo período do ano passado. O lucro operacional no terceiro trimestre deste ano foi de R$ 9,2 milhões, revertendo o prejuízo operacional de R$ 10,1 milhões registrado um ano antes. O volume de energia vendida e transportada pela companhia recuou 2,6% na comparação entre o terceiro trimestre de 2017 e o do ano passado, para 2.589 GWh. Já a base de consumidores recuou 0,6%, para 3,031 milhões. (Valor Econômico – 31.10.2017)

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4 Cteep: Lucro registrado é de R$ 454,3 milhões no terceiro trimestre

A transmissora de energia Cteep registrou lucro líquido de R$ 454,3 milhões no terceiro trimestre de 2017, decorrente do impacto de R$ 250,2 milhões da remuneração do ativo de concessão do RBSE. Excluindo esse efeito, o lucro líquido seria de R$ 204,1 milhões, queda de 44,5% na comparação com o terceiro trimestre de 2016. De janeiro a setembro, a Cteep acumula lucro de R$ 1,22 bilhão, sendo R$765,6 milhões provenientes de indenização da RBSE. Os dados foram divulgados pela companhia nesta segunda-feira, 30 de outubro. A receita operacional líquida da companhia no terceiro trimestre atingiu R$ 744,2 milhões, impactada, principalmente pela remuneração do ativo de concessão do RBSE de R$ 379,1 milhões no período. No ano, a empresa acumula receita de R$ 2,17 bilhão, sendo R$ 1,16 bilhão proveniente de indenização da RBSE. O Ebtida consolidado totalizou R$ 620 milhões no trimestre. Excluindo o efeito da remuneração do ativo de concessão do RBSE, o Ebtida foi de R$ 241,7 milhões e a margem Ebitda foi de 66,2%. (Agência CanalEnergia – 30.10.2017)

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5 Cteep: Aneel autoriza saída de transmissora no Nordeste

A Cteep decidiu, ainda em 2011, se retirar do consórcio Extremoz Transmissora do Nordeste (ETN), empresa constituída em sociedade com Chesf com o objetivo de construir e operar instalações de transmissão de energia elétrica de interesse exclusivo de parques eólicos no Nordeste. O aval para a saída da Cteep do negócio foi concedido pela Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira (SFF) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), conforme despacho nº 3.599 publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 30 de outubro. O consórcio Extremoz foi vencedor do lote A do leilão Aneel promovido em 10 de junho de 2011. Logo após vencer o leilão, a Cteep, por decisão da diretoria, comunicou o mercado que não continuaria no projeto e anunciou publicamente sua saída. Em março de 2015, a ETN já havia recebido o aval da Aneel para a saída da Cteep. Porém, em decorrência de atraso no andamento do processo de autorização junto à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, o prazo concedido pela Aneel para a conclusão da operação expirou. Os ativos operados pela ETN são formados pelas LT Ceará-Mirim – João Câmara II, em 500 kV com 64 km; LT Ceará- Mirim – Campina Grande III, em 500 kV com 201 km; LT Ceará-Mirim – Extremoz II, em 230 kV com 26 km; LT Campina Grande III – Campina Grande II, com 8,5 km; SE João Câmara II 500 kV, SE Campina Grande III 500/230 kV e SE Ceará-Mirim 500/230 kV. As instalações, localizadas nos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, entraram em operação completa em maio de 2015, contribuindo para o escoamento de energia proveniente de diversas usinas eólicas, reforçando o atendimento ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O projeto tem investimento estimado em R$622 milhões e receita anual de R$ 31,9 milhões (base junho de 2011). (Agência CanalEnergia – 30.10.2017)

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6 BTG Pactual: Comercializadora é incorporada mirando redução de custos

O banco BTG Pactual aprovou em assembleia de acionistas, sem ressalvas, a incorporação da Thor Comercializadora de Energia e da BTG Pactual Serviços Energéticos, conforme fato relevante divulgado para o mercado na última sexta-feira, 27 de outubro. Segundo o comunicado, a eficácia das incorporações ainda depende da aprovação do Banco Central. “O intuito da incorporação é simplificar ainda mais a atual estrutura organizacional do grupo BTG Pactual através da consolidação de certas atividades, com a consequente redução de custos financeiros e operacionais através também da redução e otimização das atividades desenvolvidas por suas subsidiárias ora incorporadas”, diz o banco em nota publicada no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A Thor é uma sociedade cujo objeto é a comercialização de energia, enquanto a BTG Pactual Serviços Energéticos é uma sociedade que atua com a realização de serviços administrativos financeiros envolvendo a comercialização de energia. Por se tratar de sociedades integralmente pertencentes ao grupo BTG Pactual, a incorporação e assunção, pelo BTG Pactual, de todos os direitos e obrigações da Thor e da Serviços Energéticos não acarretará impactos materiais ao BTG Pactual ou aos seus acionistas, diz o comunicado. (Agência CanalEnergia – 30.10.2017)

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7 Abraceel: Quatro comercializadoras viram associadas

A Associação Brasileira de Comercializadores de Energia anunciou que acaba de aprovar a entrada de mais quatro empresas em seu quadro de associados. São elas a Beta, Total, Esfera e Rio Alto. As companhias foram aprovadas por unanimidade em reunião do conselho da entidade, realizada no dia 19 de outubro deste ano. A Abraceel passa a contar com 88 empresas que representam cerca de 94% da energia disponibilizada entre agentes no Brasil. A Beta Comercializadora de Energia S.A. obteve um aporte inicial do Delta Energia – Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, único acionista da empresa, feito em setembro de 2017. O aporte possibilitará o crescimento robusto e sustentável da empresa, que almeja ser um dos principais agentes do setor. Fundada em 2015 a Total Energia S/A é uma empresa criada para gerar energia por fontes hidráulica, eólica e solar. Possui em seu portfólio mais de 2 GW de projetos/usinas de geração por fontes renováveis. Seus acionistas, diretores e colaboradores possuem elevada experiência no setor, com trabalhos em diversos projetos de geração tanto no Brasil quanto no Exterior. O grupo empresarial é uma subsidiária da Holding Rodrigo Pedroso Investimentos e Participações S/A, a qual, além de atuar no setor de geração de energia, também possui negócios nas áreas de engenharia, incorporação e agropecuária. Já a Esfera é uma empresa que tem como principal atividade a prestação de serviços para consumidores e geradores de energia elétrica. A comercialização de energia é o próximo negócio a ser desenvolvido e, atualmente, se resume em operações de crédito e operações estruturadas de curto prazo. E por fim temos Rio Alto, fundada em 2009 pelos sócios Edmond Farhat, Sérgio Reinas e Rafael Brandão, todos com grande expertise no mercado financeiro e estruturação de projetos de infraestrutura. A empresa conta hoje com vários projetos em desenvolvimento de fontes renováveis, incluindo o Complexo Solar de Coremas, o primeiro complexo de energia solar licenciado no Brasil. (Agência CanalEnergia – 30.10.2017)

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8 Projetos da EDP Transmissão enquadrados junto ao Reidi

O MME autorizou na última segunda-feira, 30 de outubro, o enquadramento ao REIDI de quatro projetos de transmissão de energia elétrica de titularidade da EDP Transmissão em quatro estados. O primeiro projeto é da EDP Transmissão Aliança SC e corresponde ao Lote 21 do Leilão nº 05/2016 da Aneel. As obras acontecerão em Santa Catarina e o período de cumprimento é de agosto deste ano até o mesmo período de 2022, demandando investimentos na ordem de R$ 1,2 bilhão, sem a incidência de impostos. Outra obra enquadrada pelo ministério é relativa as LTs do Lote 11 do Leilão nº 05/2016 da ANEEL, de titularidade da empresa EDP Transmissão MA II, com prazo de execução de agosto deste ano até o mesmo mês de 2021. O aporte requerido é de R$ 182,4 milhões e as obras irão perpassar municípios do Estado do Maranhão. Também no Maranhão a EDP Transmissão MA I teve aprovado junto ao REIDI o projeto de transmissão de energia elétrica do Lote 7 do Leilão nº 05/2016 da Aneel. As obras tem prazo de cumprimento de agosto deste ano até o mesmo período de 2022, e irá demandar recursos na ordem de R$ 495,2 milhões, sem a incidência de impostos. Já a EDP Transmissão SP-MG teve enquadrado pelo MME o projeto correspondente ao Lote 18 do Leilão nº 05/2016 da ANEEL, que terá prazo de execução de agosto de 2017 até agosto de 2022, demandando investimentos de R$ 1,7 bilhão, sem a incidência de impostos. As obras perpassam municípios de São Paulo e Minas Gerais. (Agência CanalEnergia – 31.10.2017)

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9 RGE Distribuição: Gramado terá novo sistema de distribuição por de R$ 11,5 mi

Os municípios de Gramado e Canela, que integram o principal polo turístico do Rio Grande do Sul, passam a contar, a partir de agora, com um sistema de distribuição de energia elétrica ainda mais robusto e que garantirá, por muitos anos, a demanda existente na Região das Hortênsias, segundo a RGE. Com investimento de R$ 11,5 milhões, a distribuidora entregou oficialmente à comunidade dos dois municípios à nova linha de subtransmissão 69 kV Nova Petrópolis 2 – Gramado, que beneficiará diretamente 45 mil Unidades Consumidoras. A linha de 69 kV, que já está operando desde o final do mês passado, tem capacidade de transporte de 82,2 MVA. No total, esta energia seria suficiente para abastecer 400 mil casas, com o consumo médio de 200 kWh, durante um mês. A nova fonte de alimentação atende uma demanda histórica da região das Hortênsias. Ela interliga os sistemas de transmissão de energia das regiões de Farroupilha, Feliz, Nova Petrópolis e Canela aos consumidores ligados à Subestação de Gramado. “O mais importante é que estamos entregando uma obra de R$ 11,5 milhões e beneficiando diretamente 45 mil consumidores. Nossa intenção era fazer essa entrega ainda em 2012, porém, por motivos fundiários, não foi possível cumprir o nosso cronograma. Agora, temos energia para as próximas décadas”, assinalou José Carlos Saciloto Tadiello, presidente da companhia. (Agência CanalEnergia – 30.10.2017)

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10 EDP Open Innovation 2017: Startup brasileira é vencedora

A brasileira COSOL Condomínio Solar foi selecionada, pelo Prêmio EDP Open Innovation, como uma das melhores startups do mundo do setor de energia. A equipe de São Paulo ganhou notoriedade na segunda edição do concurso com a criação de um mercado online que possibilita transações de energia a partir da geração distribuída solar fotovoltaica. Após a recepção de mais de 363 candidaturas vindas do Brasil, Espanha, França e Portugal, as 14 startups finalistas apresentaram-se na última quinta-feira, 26 de outubro. Fundada por Csaba Sulyok e Paloma Silva, a startup vencedora se destacou com uma proposta de marketplace que conecta os produtores e consumidores de energia que desejam adquirir lotes em fazendas de geração distribuída solar de forma remota. Os usuários podem alugar cotas para receber o fornecimento de energia limpa e mais barata utilizando a tecnologia de blockchain. O time ganhará seis meses de incubação na EDP Starter e será levado para expor sua proposta no stand da EDP no Web Summit, maior evento de startups em tecnologia da Europa, que acontecerá entre 6 e 9 de novembro. Junto a eles estarão os dois outros grupos que tiveram o melhor desempenho ao longo de toda a competição, originários da Espanha e de Portugal. “Mais uma vez, os brasileiros aparecem como protagonistas no ecossistema global de empreendedorismo. A COSOL, startup brasileira selecionada entre as vencedoras, apresenta uma solução voltada para a geração solar distribuída atrelada à tecnologia de blockchain, que são temas foco da EDP Brasil”, avaliou a gestora da área de inovação da EDP Brasil, Livia Brando. (Agência CanalEnergia – 30.10.2017)

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11 Voith: Empresa aposta em expansão de área digital

Em um momento em que as maiores companhias da "velha economia" buscam se reinventar e se adaptar às inovações tecnológicas, a alemã Voith se concentra nos segmentos em que se fez grande. O diferencial da área de soluções digitais, prestes a completar um ano, é utilizar a expertise acumulada nos setores em que já é forte - papel e celulose, hidroeletricidade e mobilidade - e trazer a digitalização voltada especificamente para esses setores. A competição na área digital é muito grande, mas a Voith aposta na sua experiência na atuação nos setores "tradicionais" para se destacar. "Hoje estão todos indo para o digital. Nesse conceito, temos os gigantes, e aqueles que entram em determinados nichos. A Voith entra ao trazer a digitalização para os setores em que já é forte", disse Marcos Blumer, atualmente conselheiro da Digital Solutions, responsável por toda a área de sistemas e produtos. "Onde a Voith pode agregar valor? Naqueles setores em que já tem conhecimento", disse. A companhia aposta que seus clientes vão preferir confiar em alguém que conhece o produto e tenha conhecimento expressivo das novas tecnologias. Um dos focos é no uso do chamado "digital twin", uma máquina gêmea à aquele em uso físico, mas totalmente na nuvem. "A máquina vai operando e automaticamente conversa com a gêmea na nuvem, e vai chegando os parâmetros. Isso é muito útil em máquinas utilizadas sem descanso", explicou. Com isso, é possível aprimorar a manutenção preditiva - aquela feita no momento limite em que é necessária, o que é importante no caso de máquinas utilizadas de forma contínua. Outro foco é na cibersegurança. (Valor Econômico – 31.10.2017)

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12 AES Eletropaulo completa 120 mil horas de capacitação para atendentes

Todos os meses a AES Eletropaulo oferece treinamento aos seus profissionais de atendimento. A companhia divulgou nesta segunda-feira, 30 de outubro, que mais de 120 mil horas de capacitação já foram ministradas em 2017 para os atendentes da companhia. A estimativa é de que até setembro, 487 novos colaboradores foram contratados e treinados. A gerente dos Canais de Relacionamento da AES Eletropaulo, Danusa Correia, afirmou que a evolução no atendimento, cada dia mais, é percebida pelos clientes e se traduz, por exemplo, nos elogios recebidos pelo canal presencial. “O resultado da pesquisa de satisfação está acima da meta e há a melhora na avaliação dos clientes”, comentou. Há também, regularmente, troca de feedback entre o gestor e o funcionário, além de mini treinamentos que capacitam o atendente e o deixa apto para dialogar com o cliente sobre dicas de segurança, faturamento, defeito em equipamentos, entre outras situações. Neste ano já foram contabilizados mais de 36 mil feedbacks. A duração e os formatos de capacitação variam de acordo com a necessidade de cada área. Em média, um treinamento obrigatório é realizado por mês e há outros online, que envolvem técnicas comportamentais, reciclagem entre outros temas. (Agência CanalEnergia – 30.10.2017)

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13 Energia, serviços e indústria chegam aos marketplaces

Visto como a terceira onda do comércio eletrônico, o marketplace especializado veio para ficar. E deve ajudar no salto que o comércio eletrônico espera dar este ano. Antes completamente desconhecido do grande público, esse canal de comercialização de produtos e serviços que abriga diferentes fornecedores em uma mesma plataforma se impôs por uma dinâmica de mercado. O que mais chama atenção de especialistas é que o modelo se mostrou com potencial de crescimento não só para nichos específicos do varejo, mas também em outros casos, como o de energia alternativa. No campo da diversificação e especialização dessa intermediação de compras, a Enercred é um bom exemplo. Depois de receber vários prêmios internacionais de inovação, o engenheiro José Otávio Carneiro Bustamante queria mais do que um novo negócio. Queria algo que fosse não só financeiramente sustentável, mas um projeto que interferisse sócio e ambientalmente. Depois de anos de especialização e melhorias, no final do ano passado conseguiu os R$ 150 mil que precisava para investir em uma usina de geração de energia solar de um lado e em uma plataforma on-line de outro. "Somos uma espécie de imobiliária de energia. A partir de agora vamos comercializar também energia de outras usinas de geração renovável", indica Bustamante, sócio- fundador e CEO da Enercred, que possui 23 clientes residenciais. Sua usina fica em Pedralva, no Estado de Minas Gerais. Hoje, o marketplace cobra uma taxa que varia entre 10% a 15% sobre a energia transacionada. "E oferecemos 15% de desconto para o consumidor final sobre a energia que ele já paga tradicionalmente em casa para que ele consuma a energia solar que vendemos", diz o empreendedor. A sua capacidade atual de geração e comercialização está em 15 kW, mas a meta é chegar ao final do ano com geração de 75 kW e atender a cem clientes. (Valor Econômico – 31.10.2017)

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Leilões

1 Estatais são inabilitadas pela Aneel para o leilão de LTs

Copel GT, Furnas, Chesf e Eletronorte não foram habilitadas tecnicamente para o leilão de linhas de transmissão, marcado para o dia 15 de dezembro, em São Paulo. De acordo com a Comissão Especial de Licitação da Aneel, as estatais estão com obras em atraso. Segundo o edital da licitação, empresas com empreendimentos em atraso nos 36 meses antes da publicação do documento de habilitação estarão impedidas de participar do leilão. Ainda de acordo com o edital, nenhuma empresa pode ter sofrido, no mesmo período, três ou mais penalidades relacionadas a atraso na execução de obras em regime de concessão. A Chesf recebeu 10 autos de infração e o tempo médio de atraso é de 2018,57 dias. A Copel GT recebeu três autos de infração e o tempo médio de atraso das obras é de 602,25 dias. Já a Eletronorte recebeu quatro autos de infração sendo que o tempo médio de atraso é de 868,66 dias, enquanto que Furnas também recebeu quatro autos de infração e o tempo médio de atraso dos empreendimentos é de 1723,8 dias. Há duas semanas, o presidente da Copel, Antonio Sérgio Guetter, chegou a afirmar que a empresa estava se preparando para participar do leilão de olho em linhas complementares ao seu negócio de distribuição, no Paraná. (Brasil Energia – 30.10.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do Sul tiveram elevação em 0,8% nos níveis em relação ao dia anterior e se encontram com 45,7% da capacidade, segundo dados do ONS relativos ao último domingo, 29 de outubro. A energia armazenada no dia ficou em 9.184 MW mês e a energia afluente está em 72% da MLT. A usina de Passo Fundo opera com 82,94% da capacidade. No Sudeste/Centro-Oeste do país os reservatórios apresentaram alteração positiva de 0,1% para 17,8% da capacidade. A energia armazenada está em 36.115 MW mês e a energia afluente em 62% da MLT. A usina de Furnas trabalha com 11,84 % da capacidade e Nova Ponte, com 14,90%. Na região Nordeste os níveis sofreram diminuição de 0,1%, deixando os reservatórios com 6,3% da capacidade. A energia armazenada ficou em 3.263 MW mês no dia e a energia afluente está em 17% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A hidrelétrica Sobradinho apresenta 2,97% da sua capacidade. Já no submercado Norte houve diminuição de 0,3% e os reservatórios operam com 21,6% da capacidade. A energia armazenada chegou a 3.255 MW mês e a ENA ficou em 49% da MLT. A hidrelétrica Tucuruí se encontra com 33% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 30.10.2017)

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2 CCEE: Brasil deve terminar 2017 com o pior nível de armazenamento de energia da história

O ano de 2017 está para entrar para a história do setor elétrico, porém, pelo aspecto negativo. O Brasil deve terminar o ano com apenas 16% de energia armazenada no SIN, isso considerando a água existente e a que chegará nos reservatórios das hidrelétricas de todo país até 31 de dezembro. Caso esse cenário se concretize, o nível de armazenamento do SIN ficará 7,2 pontos percentuais abaixo do projetado pela CCEE no início do ano. Em dezembro de 2016, o pior da história até o momento, o nível de armazenamento do SIN bateu 23,2%. A irregularidade do volume de chuvas explica a atual situação do sistema elétrico nacional, com hidrologias abaixo da média história em vários meses. Com o atraso do período úmido, a expectativa é que os reservatórios comecem a se recuperar a partir de janeiro. A CCEE projeta que energia armazenada no SIN deverá atingir o máximo de 48% em maio de 2018, terminando o ano em 24%, isso considerando a manutenção do despacho térmico por ordem de mérito. A situação mais crítica continua sendo o Nordeste, que só não enfrenta um racionamento de energia em razão da boa produção das usinas eólicas. A CCEE estima que o Nordeste atingirá um armazenamento máximo de 21% em abril 2018, com previsão de terminar o ano em 2%. O Sudeste deve começar o ano em 19%, subindo para 52% em junho e terminando em 28% em dezembro. O Sul deve atingir o máximo de 80% em maio, chegando em dezembro com 50% de armazenamento. Já o Norte deve alcançar 70% de EARmáxima, terminando o ano em 14%. As informações da CCEE foram divulgadas nesta segunda-feira, 30 de outubro, pela equipe gestão de preços, durante transmissão ao vivo do InfoPLD mensal. (Agência CanalEnergia – 30.10.2017)

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3 CCEE terá orçamento 5% maior em 2018, aprovado no valor de R$ 157,8 mi

Os agentes associados à CCEE aprovaram por unanimidade, na última quinta-feira (26/10), o orçamento para o exercício de 2018, no valor de R$ 157,8 milhões, 5% superior ao registrado em 2017. A deliberação foi realizada na 63ª Assembleia Geral Extraordinária, em São Paulo, que reuniu representantes de 1.772 agentes, o correspondente a 61,79% dos votos válidos. Para 2018, os agentes também aprovaram a realização da primeira fase do projeto de implementação da Liquidação Centralizada do ACR, que consiste no parecer jurídico e no termo de especificações do sistema. O custo desta etapa será arcado pelos agentes de distribuição em até R$ 2 milhões. Em setembro, a Câmara de Comercialização ultrapassou a marca de 6.758 agentes, um aumento de mais de 100% desde o final de 2015. (Brasil Energia – 30.10.2017)

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4 CCEE: PLD deve ter queda a partir de janeiro

O PLD terá uma redução gradual a partir de janeiro de 2018, segundo projeções da CCEE para os próximos 14 meses. Apesar da previsão para o início do próximo ano, o preço de liquidação deve permanecer em R$ 533,82/MWh, teto estabelecido pela Aneel, ao longo de novembro e dezembro, por conta da falta de chuva nas principais bacias do sistema e a consequente queda no armazenamento dos reservatórios. As afluências previstas para novembro seguem abaixo da média para o período em todos os submercados, exceto no Sul, onde as ENAs devem atingir 112% da média. No Sudeste/Centro-Oeste, principal submercado do SIN, as afluências devem ficar em 72% da média histórica, tendência acompanhada pelos índices no Nordeste (22%) e Norte (40%). O fator de ajuste do MRE esperado para o ano deve ficar em 79%, considerando o perfil de sazonalização de garantia física declarado pelos agentes, com índices em 62,3% em outubro e 64,9% em novembro. A projeção do MRE relacionada à repactuação do risco hidrológico deve ficar em 68,4% em outubro e em 69,1% para novembro. A análise do MRE implica no impacto financeiro, em um cenário hipotético de 100% de contratação, na ordem de R$ 44 bilhões para 2017, sendo R$ 30 bilhões referentes ao mercado regulado e R$ 14 bilhões ao mercado livre. (Brasil Energia – 30.10.2017)

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Energias Renováveis

1 BNDES: investimentos ampliados para energia solar e eólica em 2017

As fontes de energia solar e eólica ganharam espaço nos desembolsos do BNDES neste ano, enquanto os aportes em áreas tradicionais recuaram no confronto com 2016. Entre janeiro e setembro de 2017, R$ 5,851 bi dos “empréstimos verdes” foram destinados à rubrica de energias renováveis e eficiência energética, um incremento de 66% na comparação com iguais meses do ano passado. Com isso, o setor disparou na liderança entre os principais destinos dos recursos sustentáveis do banco, representando 60,8% dos aportes. As hidrelétricas com mais de 30 MW de potência instalada também receberam um incentivo menor do órgão público em 2017. Durante este ano, R$ 181 mi foram emprestados para essa área, contra R$ 997 mi em igual período do ano passado. Para especialista consultado pelo DCI, a mudança dos desembolsos é positiva. “As hidrelétricas, apesar de serem fontes renováveis, trazem um risco maior para impactos sociais e ambientais, o que não ocorre com a energia solar”, afirma Guilherme Teixeira, analista da Sitawi, organização do âmbito de finanças sociais. A quantia total dos desembolsos “verdes” permaneceu praticamente estável entre 2016 e 2017. Em nove meses do ano passado, R$ 9,88 bi foram destinados ao setor, um pouco mais que os R$ 9,62 bi usados neste ano. Por outro lado, o empréstimo para a preservação florestal cresceu 3,4%, para R$ 359 mi. (Ambiente Energia – 30.10.2017)

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2 FGV: Adoção da TLP pode prejudicar investimentos sustentáveis

A adoção da Taxa de Longo Prazo (TLP) pelo BNDES, que substituirá gradualmente a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), vai aproximar a tarifa utilizada pelo banco às empregadas pelo mercado. Na visão de Mauro Rochlin, professor de MBAs da FGV, essa mudança pode prejudicar a preservação do meio ambiente no País. “Essa área de sustentabilidade traz externalidades positivas que muitas vezes não podem ser precificadas. Vai ser muito mais caro cuidar do meio ambiente no futuro se não fizermos isso agora”, diz. Em evento realizado no mês passado, a diretora de energia, transporte socioambiental e saneamento do BNDES, Marilene Ramos, apresentou preocupação semelhante. Segundo ela, o incentivo do banco aos projetos sustentáveis tende a desaparecer com a entrada em vigor da TLP, dificultando a diferenciação entre projetos “verdes” e projetos “marrons”. Já Guilherme Teixeira, analista da Sitawi, defende que seja criada uma alternativa para financiar os projetos sustentáveis durante a fase de transição para a TLP, que vai durar cinco anos. Segundo ele, uma mudança interna no BNDES, como a redução do spread, poderia abrir espaço para esses empréstimos. Outra possibilidade, segue o entrevistado, é o uso de subsídio público, que precisaria ser aprovado pelo Congresso. Professora da faculdade de economia da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Josilene Ferrer sugere outras opções. “Temos agências públicas estaduais, como a Investe SP, que também poderiam ampliar o fomento de projetos sustentáveis”, disse. (Ambiente Energia – 30.10.2017)

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Gás e Termelétricas

1 Awite Bioenergia se associa a ABiogás

A alemã Awite Bioenergia é a mais nova integrante do time empresas associadas da ABiogás. A companhia é uma subsidiária da Awite Bioenergie GmbH da Alemanha e especialista em desenvolver e fabricar sistemas de análises de gases concebidos individualmente de alta qualidade para plantas de biogás, plantas de tratamento de águas residuais e plantas de escala de laboratório. Segundo Christian Etzkorn, diretor executivo da empresa, a atuação no Brasil acontece há mais de três anos, preparando a entrada no mercado nacional. O Fórum do Biogás, que aconteceu em outubro São Paulo, é o maior evento da América Latina destinado ao setor, um momento de atualização e aprendizagem, troca de cases importantes que viabilizam o setor energético voltados para o biogás, um encontro onde empresas privadas e governo podem discutir o futuro do setor no Brasil. Com a entrada da empresa em seu quadro de associados, a Associação ganha mais uma companhia do setor ao rol de importantes agentes do Brasil e do mundo que se dedicam ao desenvolvimento, produção, comercialização e consumo do biogás. Para o presidente da ABiogás, Alessandro Gardermann, a iniciativa da companhia em se vincular à Associação vai trazer ainda mais apoio e estímulo ao setor junto ao governo. (Agência CanalEnergia – 30.10.2017)

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Economia Brasileira

1 Governo acelera privatizações em 2018 para elevar arrecadação

Fragilizado politicamente no Congresso e a pouco mais de um ano do fim do mandato, o governo vai concentrar esforços na agenda de infraestrutura para elevar a arrecadação e atrair novos investimentos. Para a empreitada, técnicos que trabalham com a carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) reelegeram os projetos prioritários para assegurar pelo menos R$ 30 bilhões de receitas em 2018. O carro-chefe é a privatização da Eletrobras, mas cresceram as apostas nos leilões de óleo e gás, sobretudo com a possibilidade do fim do regime de partilha. Também ganhou relevância a prorrogação de concessões de ferrovias existentes, além do leilão de um trecho da Norte-Sul. O governo manteve na lista de prioridades as concessões das rodovias de Integração do Sul e das BR-364 e BR-365, em Minas Gerais. Também está decidido a licitar, em 2018, a Nova Dutra. Neste caso, vai abandonar o sistema de Proposta de Manifestação de Interesse, em que os interessados fazem os estudos iniciais do leilão. O governo está finalizando a contratação do Banco Mundial para este propósito. Além da menor tarifa de pedágio, será avaliado como critério para definir o vencedor a maior outorga para a União. A ideia é iniciar uma fase de transição para que o vencedor assuma a via em 2021, quando termina o contrato atual. (O Globo – 31.10.17)

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2 Governo confirma meta de déficit de R$ 159 bi para 2018

A mensagem modificativa do orçamento de 2018 considera a nova de meta de déficit primário do governo central que subiu de R$ 129 bi para R$ 159 bi no próximo ano. A meta para o setor público consolidado saiu de rombo de R$ 131,3 bi para R$ 161,3 bi. Com a mensagem modificativa, o governo altera a previsão dos números contidos no projeto de lei orçamentário anual do próximo ano, que foi encaminhado no fim de agosto. Na ocasião, não havia sido aprovada a nova meta de primário (R$ 159 bi), ou seja, o governo ainda trabalhava com a meta antiga de R$ 129 bi. O governo prevê agora déficit primário do governo central de R$ 139 bi para 2019 e de R$ 65 bi para 2020. Com isso, o déficit do setor público é estimado em R$ 137,8 bi para 2019 e R$ 51,9 bi em 2020. De acordo com a mensagem modificativa, a estimativa de receita líquida para 2018 passou R$ 1,198 tri para R$ 1,212 tri. Já a previsão de despesas saltou de R$ 1,327 tri para R$ 1,371 tri no próximo ano. A mensagem estima ainda o déficit da Previdência Social para o próximo ano, que cairá de R$ 204,4 bi para R$ 192,8 bi. Sobre receitas com concessões e permissões, a estimativa passou de R$ 19,5 bi na PLOA de 2018 para R$ 18,9 bi na mensagem modificativa. Na mensagem modificativa, o governo manteve a previsão do teto de gasto para 2018 em R$ 1,347 tri. O número considera a atualização do teto de gasto de 2017 de R$ 1,308 tri com ajuste feito pelo IPCA de 3% (acumulado de julho de 2016 a junho de 2017). Os dados foram divulgados pelo Ministério do Planejamento. (Valor Econômico – 31.10.2017)

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3 IBGE: Brasil perdeu 3,4 mi de empregos com carteira em 3 anos

O Brasil perdeu 3,4 milhões de empregos com carteira assinada em três anos, disse nesta terça-feira o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo. Segundo ele, o aumento da população ocupada no país tem sido puxado pelo crescimento dos empregos informais. “Isso [crescimento do trabalho informal] desconfigura um processo de trabalho decente”, disse Azeredo. “O ponto positivo [do crescimento do trabalho informal] é que menos pessoas estão desocupadas”, complementou o pesquisador, durante apresentação dos dados da Pnad Contínua. Segundo os dados do IBGE, enquanto o número de empregados com carteira de trabalho assinada caiu 2,4%, ou 810 mil pessoas a menos, no terceiro trimestre de 2017, ante igual período do ano passado, o número de empregados sem carteira assinada no setor privado cresceu 6,2% ante o terceiro trimestre de 2016 (um adicional estimado em 641 mil pessoas). Já a categoria dos trabalhadores por conta própria cresceu 4,8% na mesma base de comparação (mais 1,1 milhão de pessoas). Azeredo destacou, ainda, que a expectativa para o quarto trimestre de 2017 é de redução na taxa de desemprego, em função da contratação de temporários, mas que não é possível fazer uma previsão do número de empregados para o fim do ano. (Valor Econômico – 31.10.2017)

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4 Codace: Recessão mais profunda já vista acabou no fim de 2016

A disseminação de taxas positivas entre os vários segmentos que compõem a economia determinou o fim da recessão, afirmou o economista Paulo Picchetti, membro do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), colegiado que indica o início e o fim dos ciclos de crescimento e queda da atividade no Brasil. Segundo o Codace, que se reuniu na sexta-feira, a recessão começou no segundo trimestre de 2014 e terminou nos últimos três meses de 2016, avaliação unânime entre os sete membros do grupo. Pichetti observa que, no primeiro trimestre deste ano, a retomada não estava clara por causa da concentração do crescimento na agropecuária. O PIB de então subiu 1% sobre o último trimestre de 2016, feito o ajuste sazonal. Depois veio o aumento tímido do segundo trimestre (0,2% sobre o primeiro), quando parte dos economistas previa um resultado negativo. Além disso, a expansão foi bem mais disseminada entre os setores. Segundo o Codace, a recessão de 2014 - 2016 foi a mais longa - 11 trimestres - entre as nove datadas pelo comitê a partir de 1980, empatada com a de 1989 - 1992, durante o governo de Fernando Collor de Mello, quando a queda acumulada do PIB foi de 7,7%. Agora, a perda acumulada em 11 trimestres foi de 8,6%, maior tombo desde o período 1981- 1983, quando o PIB recuou 8,5%, números que têm como base as Contas Nacionais do IBGE. Além de a recessão terminada no quarto trimestre de 2016 ter sido longa e intensa, o colegiado avaliou que a recuperação tem sido mais lenta que nas quedas anteriores. (Valor Econômico – 31.10.2017)

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5 Projeto proíbe Tesouro de usar lucro do BC

O resultado positivo das operações do Banco Central com reservas cambiais e das operações com derivativos cambiais por ele realizadas no mercado interno não poderá mais ser transferido à conta única do Tesouro Nacional, de acordo com o projeto de lei 314, que tem parecer favorável e deverá ser votado na próxima semana na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado. O projeto estabelece que o resultado positivo será destinado a uma "reserva de resultado" e os recursos somente poderão ser utilizados para cobrir os prejuízos do BC e, excepcionalmente, para pagar a dívida mobiliária federal, "quando severas restrições nas condições de liquidez afetarem de forma significativa o seu refinanciamento". O resultado negativo contábil do BC, por sua vez, não será mais coberto, de imediato, por títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional. Ele terá que ser compensado pelos recursos existentes na "reserva de resultado" e pela redução do patrimônio institucional do Banco Central, até que o patrimônio líquido do BC atinja o limite mínimo de 1,5% do ativo total existente na data do balanço. Caso essas duas medidas não sejam suficientes para cobrir o resultado negativo, a União poderá pagar o saldo remanescente com a emissão de títulos públicos. Para garantir a preservação do patrimônio líquido do BC, o projeto cria regra automática que exige o aporte de títulos da União sempre que, no dia vinte de cada mês, o patrimônio líquido da autoridade monetária chegue ao nível mínimo de 0,25% de seus ativos totais. Segundo o projeto, o aporte da União deverá garantir a recomposição do patrimônio líquido ao nível de 0,5% do ativo total do Banco Central. (Valor Econômico – 31.10.2017)

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6 FGV: IGP-M deve fechar o ano com deflação

A desaceleração do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) em outubro reforça a perspectiva de que o indicador fechará o ano em campo negativo pela primeira vez desde a crise financeira de 2009, avalia a FGV. Importante indexador de contratos, o IGP-M deve contribuir para a continuidade do cenário inflacionário benigno em 2018. O IGP-M variou 0,20% em outubro, ante avanço de 0,47% registrado em setembro. Em outubro de 2016, a variação foi de 0,16%. De janeiro a outubro deste ano, o indicador ainda acumula queda de 1,91%. Em 12 meses, a taxa é negativa em 1,41%. O principal componente a influenciar na desaceleração foi o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), com variação de 0,16% em outubro, abaixo dos 0,74% do mês anterior. (Valor Econômico – 31.10.2017)

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7 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial fechou o pregão do dia 30 sendo negociado a R$3,2828, com alta de +1,32% em relação ao início do dia. Hoje (31), começou sendo negociado a R$3,2884 — variação de +0,17% em relação ao fechamento do dia útil anterior — e segue uma leve tendência de baixa, sendo negociado às 11h15 no valor de R$3,2691, variando -0,59% em relação ao início do dia. (Valor Econômico – 30.10.2017 e 31.10.2017)


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Internacional

1 Argentina: Autorizada a exportação de gás natural para o Chile com o compromisso de reimportação

O Ministério da Energia e Mineração argentino concedeu à Enarsa uma autorização para exportar gás natural para o Chile para "assistência em situações de emergência", por um valor máximo diário de 3,5 milhões de m3 / dia a 9 300 quilocalorias / m3. A transação, formalizada através da resolução 407 da carteira e assinada pelo ministro Juan José Aranguren, estabelece a contrapartida da empresa chilena Enap. A medida destaca que os compromissos assumidos para a venda de gás natural e posterior reimportação entrarão em vigor até 31 de dezembro, ou até que seja atingido um máximo máximo de 6 milhões de m3 no mesmo nível de quilocalorias, o que ocorrer primeiro. A reimportação da Enarsa deve ser completada no prazo de 30 dias a contar da data de entrega ao comprador e, no caso de não enviar o hidrocarboneto, a autorização expirará em 60 dias, a resolução publicada no Diário Oficial requer. Em janeiro passado, o Ministério aprovou o procedimento para autorizar as exportações de gás com o compromisso de reimportação, o qual, para essa ocasião, foi "substancialmente cumprido" pela Enarsa. A oferta criou mecanismos incorporados para garantir a prioridade do fornecimento para a demanda nacional, no caso de situações em que é necessário interromper o serviço. A operação "não compromete as reservas nacionais de gás natural e garante a segurança do abastecimento da demanda prioritária local", ratifica a resolução. (El Inversor Energético - Argentina - 30.10.2017)

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2 Peru: Isa vai superar 82% do mercado graças à nova licitação

Depois de um concurso difícil, a Isa (Electrical Interconnection S.A. E.S.P) ganhou a licitação para o projeto de transmissão de energia elétrica do rio Mantaro, oferecendo US $ 272 milhões como custo total da operação e US $ 6,8 milhões para manutenção anual. A empresa de capital colombiana se impôs oferecendo o menor custo. "Havia cinco licitantes interessados que preenchiam todos os requisitos. Esta é uma demonstração de como o Peru continua a atrair o investimento privado e que é um país com indicadores macroeconômicos sólidos", disse o Ministro das Energias e Minas, Cayetana Aljovín. A concessão será por um período de 30 anos, além do período de construção de 48 meses, que começará em 2018 e incluirá a colocação e manutenção de 570 km de rede em duas seções. Uma parte de Mantaro em direção a Yanamango e a outra conecta esta última com Nueva Huánuco. No total, as comunidades de Lima, Ancash, Junín, Huancavelica, Pasco e Huánuco estarão conectadas. A Isa estimou que até agora investiu US $ 2.100 milhões no Peru. Isso lhe permitiu construir uma rede de mais de 10.000 km, o que lhe dá cerca de 78% do mercado. "Estamos em muito mais de 70% e vamos aumentar mais de 82% graças a este concurso, continuaremos a ser o maior transmissor de energia do país, o que nos permite sinergias e melhores custos", disse Carlos Mario Caro Sánchez, gerente Geral de Isa no país. (El Comércio - Peru - 30.10.2017)

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3 Paraguai: Alegre afirma que vai suspender a venda de energia para a Argentina

Em um ato realizado nesse domingo de manhã, o candidato presidencial da República Ephraim Alegre (PLRA) prometeu aos presentes que "o primeiro dia" de seu governo "informará o país vizinho Argentina a suspensão de cem por cento de venda de energia elétrica "de Yacyretá. Ele acrescentou que "as indústrias que querem usar a energia paraguaia devem investir no país", a fim de gerar mais empregos para a população. O precandidato ao chefe de Estado acrescentou que a criação de um Ministério da Energia, para o controle de seu uso, seria essencial. Ele também disse que, no dia 17 de dezembro, eles tiveram um grande desafio, apesar de ter conseguido a aliança da oposição com o Partido Colorado, formando uma única equipe dentro do Partido Liberal, para conquistar "o poder da República". Efraín Alegre também indicou que, ao contrário de Horacio Cartes, as pessoas não terão que solicitar uma audiência para serem atendidas, mas, por si só, "sempre" participarão de reuniões semelhantes às que eles costumam participar, nesta fase da campanha eleitoral. (ABC Color - Paraguai - 31.10.2017)

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4 Peru: FBI investiga contrato para devolver energia a Porto Rico

O Escritório Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) tem em vista um contrato para a reconstrução da rede elétrica em Porto Rico, cujas condições de adjudicação levantam questões, informou nesta segunda-feira oThe Wall Street Journal. A nova investigação recái sobre a pequena empresa estadounidense, Whitefish Energy Holdings, com sede em Montana (noroeste dos Estados Unidos), fundada há dois anos. A empresa em questão obteve esse contrato no valor de 300 milhões de dólares após a passagem do furacão Maria, que devastou essa ilha e o território dos EUA. Perguntas surgiram rapidamente sobre a capacidade da empresa de realizar o trabalho exigido e sobre as condições em que o concurso foi atribuído. A Comissão Eleitoral Federal (FEC), a agência dos EUA responsável por supervisionar as eleições, menciona em particular o investidor Joe Colonnetta e sua empresa HBC Investimentos, membro do Whitefish, como um dos principais doadores para a campanha presidencial de Donald Trump em 2016. O chefe da empresa de eletricidade de Porto Rico (PREPA), Ricardo Ramos, denunciou esse contrato no domingo depois que o governador da ilha, Ricardo Rossello, expressou dúvidas sobre o prêmio e cancelou o contrato. Cerca de 80% dos 3,4 milhões de habitantes de Porto Rico permanecem sem eletricidade desde o furacão em 20 de setembro. (El Comércio - Peru - 30.10.2017)

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5 Portugal: Lucro da EDP Renováveis multiplica quase seis vezes em nove meses

O lucro líquido da EDP Renováveis disparou 468%, em termos homólogos, para 165 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, beneficiando de a venda de um parque no Reino Unido, mas também do aumento da produção, das adições de capacidade e de menores custos financeiros. O EBITDA – resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações – totalizou 991 milhões de euros, mais 17% do que nos primeiros nove meses do ano passado. Em comunicado divulgado no site da CMVM, a EDPR explicou que beneficiou da “evolução positiva das receitas e do aumento dos proveitos operacionais, os quais incluem um ganho (29 milhões) derivado da venda de uma participação e perda de controlo num projecto de offshore no Reino Unido”. O Caixa BI previa um lucro líquido de 153 milhões de euros e EBITDA de 978 milhões. As receitas cresceram 11% para 1.346 milhões de euros, enquanto o preço médio de venda totalizou 61 euros por MWh, espelhando o superior preço de venda na Europa (+4%) e Brasil (+19%) juntamente com um preço estável na América do Norte. A 10 de outubro, a subsidiária da EDP para as energias ‘limpas’ anunciou que produziu 19,8 TWh de energia renovável nos primeiros nove meses de 2017, um incremento anual de 10%, beneficiando das adições de capacidade durante os últimos 12 meses juntamente com o maior recurso eólico. (O Jornal Económico – Portugal - 31.10.2017)

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6 Espanha: Cepsa investe 35 milhões de euros para entrada em renováveis

A empresa petrolífera Cepsa adquiriu o direito de desenvolver um parque eólico, o que significará um investimento total de 35 milhões de euros, conforme anunciou a empresa nesta segunda-feira (30/10). O parque, localizado em Jerez (Cádiz), é o primeiro passo para desenvolver seus negócios no campo das energias renováveis e para "diversificar o negócio de energia". O parque terá uma capacidade instalada de 28,8 MW, dividida em 11 turbinas de 2.625 MW. A empresa assegura que isso servirá para "mitigar o efeito da volatilidade de alguns dos mercados em que opera, como o petróleo bruto". Nas projeções da Cepsa, os combustíveis fósseis continuarão a dominar o mercado, mas a empresa diz que a energia solar e o vento representam o crescimento mais rápido para os próximos anos. "Esta circunstância afeta a necessidade de diversificar progressivamente a atividade e atender a demanda de outras energias cujo desenvolvimento é esperado especialmente forte em regiões como América Latina, África ou Oriente Médio", acrescentaram. Durante os próximos meses, a Cepsa completará os procedimentos administrativos pendentes e prosseguirá com a engenharia detalhada e construção e desenvolvimento do parque. A empresa anunciou que espera que o novo parque eólico seja iniciado até o final de 2018. (El País - Espanha - 30.10.2017)

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7 Egito prevê construir o maior complexo de energia solar do mundo

O Reino Unido anunciou um investimento de 97 milhões de dólares (83 milhões de euros) no parque solar de Benban, no sul do Egito, que será o maior complexo de energia solar do mundo. A construção do complexo de Benban faz parte de um plano do governo egípcio para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, que agora representam cerca de 90% da geração de eletricidade do país. O investimento britânico, que será feito através da empresa estatal CDC Group, fornecerá um poder de 400 MW, o que corresponde a 20% da capacidade total de geração de energia do projeto, que atingirá 1,8 GW, de acordo com uma declaração da embaixada britânica no Cairo. Este plano de investimento faz parte de um acordo de financiamento assinado ontem pelo Governo egípcio junto da Corporação Financeira Internacional (IFC, sigla em inglês), anexado ao Banco Mundial, por 653 milhões de dólares, com o qual serão financiadas treze plantas solares dentro de Benban. O complexo Benban será construído na cidade de Assuão, no sul do Egito, que também incluirá empresas como a Acciona, que anunciou um investimento de 180 milhões de dólares há duas semanas para construir instalações com uma capacidade total de 150 megawatts. (O Jornal Económico – Portugal - 30.10.2017)

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8 ONU aponta riscos para efetivação do Acordo de Paris

Um estudo divulgado hoje (31/10), pela ONU Meio Ambiente afirma que mesmo se fossem cumpridos todos os compromissos assumidos no Acordo de Paris, isso representaria apenas um terço do que é necessário alcançar até 2030 para que os piores impactos das mudanças climáticas sejam evitados. Divulgada a uma semana do início da COP 23, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que ocorre em Bonn, na Alemanha, entre 6 e 17 de novembro, a oitava edição do Relatório da ONU Meio Ambiente sobre a lacuna das emissões, intitulada Emissions Gap Report, alerta que são necessárias medidas urgentes para que o acordo possa entrar em vigor em 2020, conforme previsto na COP 21. A principal meta em questão é limitar o aquecimento máximo do planeta a uma temperatura média “bem abaixo de 2 graus Célsius (°C) acima dos níveis pré-revolução industrial”, com esforços para limitar o aumento de temperatura a 1,5°C, nos termos fixados em 2015. O coordenador de emissões do Observatório do Clima, Tasso Azevedo, detalha que as propostas atuais fazem com que as emissões de 2030 provavelmente alcancem 11 a 13,5 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente (GtCO2e) acima do nível necessário à adoção de uma trajetória condizente com o objetivo de evitar o aquecimento de 2ºC. Nesse rumo, de acordo com as Nações Unidas, é “muito provável” que haja aumento da temperatura de pelo menos 3°C até 2100.O cenário pode se tornar ainda mais grave caso os Estados Unidos sustentem a intenção declarada de deixar o Acordo de Paris em 2020, alerta o estudo. (Agência Brasil – 31.10.2017)

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9 OMM: Concentração de CO2 atingiu 403.3 ppm em 2016, nível recorde

A concentração de CO2 na atmosfera, responsável pelo aquecimento global, alcançou um nível recorde em 2016, anunciou nesta segunda-feira, 30, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), que adverte sobre um "aumento perigoso da temperatura". "A última vez que a Terra conheceu uma quantidade de CO2 comparável aconteceu há entre três e cinco milhões de anos: a temperatura era entre 2 e 3 °C maior e o nível do mar era 10 ou 20 metros mais elevado que o nível atual", informou a agência em seu boletim mundial sobre os gases que provocam o efeito estufa. O relatório aponta que a concentração de dióxido de carbono, o principal do efeito estufa, alcançou 403.3 ppm em 2016. No ano passado, foi a primeira vez que a medição, relativa ao ano de 2015, ultrapassou 400 ppm. A ação humana e o El Niño seriam os responsáveis, segundo a agência. Segundo a organização, a taxa de crescimento na última década foi 50% mais rápida que a média. "Hoje, a concentração de mais de 400 ppm excede a variação natural vista em milhares de anos", ressaltou a OMM no boletim. Desde 1990, o efeito de aquecimento global do CO2 e outros gases cresceu 40%. Os dois outros principais gases — metano e óxido nitroso — também tiveram concentração recorde no ano passado, mas em taxa de crescimento menor que a do dióxido de carbono. (O Estado de São Paulo – 30.10.2017)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Vitória, Izadora Duarte, João Pedro Santos, Lucas Morais, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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