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IFE: nº 4.395 - 29 de agosto de 2017
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 Aberta consulta pública que altera contratos de concessão de distribuidoras
2 Prejuízos causados por furto energia serão discutidos na Câmara nesta quinta (31/8)
3 Proposta altera regras para desligamento da iluminação no comércio durante a noite
4 Aneel analisa qualidade dos serviços das empresas
Empresas
1
Privatização da Eletrobras: Proposta será debatida por três comissões
2 Privatização da Eletrobras: Distribuidoras da Eletrobras podem ganhar tarifa maior
3 Privatização da Eletrobras: modelo sem cobraça de bônus de outorga
4 Privatização da Eletrobras: analistas preveem aumento de tarifa pós venda
5 Privatização da Eletrobras: proposta é ufanista e ineficaz, diz Ildo Sauer
6 Privatização da Eletrobras: Ildo Sauer relembra medidas tomas pelos governos anteriores
7 Privatização da Eletrobras: participação de investidores pode ser limitada a 5% do bloco de controle
8 AGU entra com pedido no STJ para derrubar decisão que suspende leilão de usinas da Cemig
9 Cemig: Chinesa Spic se prepara para disputar hidrelétricas da estatal em leilão, diz fonte
10 Cemig: empresa pode ter de aportar R$1,4 bi em distribuidora para cumprir meta, diz Aneel
11 Cemig: data room para venda do controle da Light é aberto
12 Fitch: Agência atribui Rating ‘AAA(bra)’ à RGE Sul com perspectiva estável
13 Fitch: Agência espera suportes adicionais das controladoras direta e indireta da CPFL Energia
14 Fitch: CPFL Paulista recebe Rating ‘AAA(bra)’ da agência
15 Fitch: perfil financeiro da CPFL deve melhorar no longo prazo
16 Fitch: retomada gradual no consumo de energia beneficiará CPFL
17 Light: captação de dívida com o Banco IBM aumenta para R$ 70,5 milhões
18 Eletropaulo: projeções para nível de sobrecontratação são reduzidas em 2017 e 2018
19 Taesa: transmissora anuncia emissão de pelo menos R$435 mi em debêntures
20 CPFL Paulista: investimentos de R$ 8,2 mi na ampliação da rede elétrica em São Pedro
21 Energisa: consumo nas distribuidoras aumenta 2,3% até julho
22 Copel: esforços são direcionados para conclusão de projetos e mira atuação no Paraná
23 EDP Open Innovation: inscrições prorrogadas
24 Morgan contrata Mattar
Leilões
1
Leilão de descontratação alcança 183 MW médios e arrecada quase R$ 106 mi
2 J&F, Furnas, Renova, Rio Energy descontratam em leilão
3 GESEL: Leilão de descontratação foi um eficaz instrumento de ajuste, avalia Nivalde de Castro
4 ABEEólica: Presidente da Associação elogia decreto que regulamenta leilão de energia nova
5 Abraceel: Leilão resolve problema de excesso de energia no mercado regulado
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 CCEE: impacto financeiro do GSF pode alcançar R$ 32 bi no ano
3 CCEE: Curva de deplecionamente segue em queda e vale é estimado para dezembro, com 24%
Meio
Ambiente
1
Novos equipamentos reduzem emissões de CO2 no setor de tecnologia
2 Consema: Remarcada Audiência Pública sobre térmica Peruíbe
Energias Renováveis
1
EPE disponibiliza “Estudo Prospectivo para Escoamento do Potencial Solar das Regiões Norte e Noroeste de Minas Gerais”
2 Setor de energia vive um momento de intensa transformação
3 Tomadas inteligentes podem permitir gestão eficiente de equipamentos e até criar parâmetros de consumo
4 Entidades falam sobre medidores inteligentes de energia
5 Microgeração distribuída solar também deverá ter forte expansão
6 Única: Etanol volta a mostrar atratividade na 1ª quinzena de agosto
7 Universidade de MG investe em energia fotovoltaica
8 Empresas buscam alternativas para economizar na conta de luz em MG
9 Cemig: Sistema de geração distribuída está em crescimento no Brasil
Gás e
Termelétricas
1 Bolívia estima demanda por gás além da capacidade do Gasbol após 2019
2 Superintendência do Cade recomenda reprovação de venda da Liquigás para Ultragaz
3 ABNT confirma certificação da Copergás no SGI
4 Brasil busca apoio de estatal chinesa para retomar obra de Angra 3
Economia Brasileira
1 Dívida Pública Federal total cai em julho, para R$ 3,341 tri
2 Situação da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna
3 Confiança do empresário do comércio recua em agosto, aponta CNC
4 Juros futuros ficam quase estáveis, com o menor volume em 3 semanas
5 Viana: Ritmo de corte da Selic depende de manutenção do cenário base
6 Se meta não mudar, Meirelles fala em restrições ‘severas de despesas’
7 Meirelles crê que país entrará 2018 crescendo até 3%
8 Em um de cada cinco lares do país ninguém tem renda do trabalho
9 Confiança da indústria cresce em agosto, aponta pesquisa da FGV
10 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Argentina: Governo aprova construção de 2 represas sobre o rio Santa Cruz e incorpora 1.310 MW
2 Tempestade reduz produção de petróleo e gás da Petrobras no Golfo do México
3 Portugal: Autorização para 14 centrais fotovoltaicas num total de 521 MW e 381 mi de euros
4 Portugal: ONU aprova US$ 2,5 milhões para amenizar crise de energia na Palestina
5 Versão própria de bitcoin estimula comércio de energia solar na Austrália
6 Fusão entre chinesas criará a maior elétrica do mundo, de 225 GW e por US$ 278.000 mi
Biblioteca Virtual do SEE
1 BRASIL. “Estudos Para a Expansão da Transmissão - análise técnico-econômica de alternativas - relatório R1: Estudo Prospectivo para Escoamento do Potencial Solar das Regiões Norte e Noroeste de Minas Gerais”. EPE. Brasília, 07 de junho de 2017
Regulação e Reestruturação do Setor
1 Aberta consulta pública que altera contratos de concessão de distribuidoras
O MME colocou em consulta pública propostas de mudanças na minuta do contrato de concessão de distribuição de energia elétrica, através de portaria (342), publicada nesta segunda-feira (28/8), no DOU. Essa abertura atende a um ofício encaminhado pela Aneel no qual o órgão regulador aponta desequilíbrios nas concessões de distribuição a serem licitadas. De acordo com a portaria, o período de contribuições será de 10 dias. Entre as mudanças, está a busca pela Aneel de dar clareza ao reconhecimento tarifário da receita necessária ao pagamento dos empréstimos da RGR, feitos para manter os serviços prestado por distribuidoras de energia durante o tempo de designação. Este é o caso das concessionárias que atendem aos estados Acre, Alagoas, Rondônia, Amazonas, Roraima e Amapá, atualmente sob controle da Eletrobras. (Brasil Energia – 28.08.2017)
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2 Prejuízos causados por furto energia serão discutidos na Câmara nesta quinta (31/8)
A Câmara dos Deputados discute nesta quinta-feira (31/8) os prejuízos causados aos consumidores e aos prestadores de serviços públicos e privados pelo roubo de fios de energia, de telefonia, de TV por assinatura e de outros equipamentos da infraestrutura de comunicações e de energia elétrica. O debate, que é promovido pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, foi proposto pelos deputados Vitor Lippi (PSDB-SP) e Walter Ihoshi (PSD-SP). Os deputados lembram que esses crimes tornam inoperantes, por períodos consideráveis, os serviços de distribuição de energia elétrica, de telecomunicações e de internet. Além disso, implicam custos não previstos para reposição de equipamentos e deslocamento de equipes normalmente dedicadas à manutenção básica da rede. Os parlamentares pretendem discutir as penas aplicáveis tanto para quem furta quanto para quem recebe esses equipamentos roubados. Foram convidados: o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho; o presidente da Aneel, Romeu Donizete Rufino; e o presidente da Abradee, Nelson Fonseca Leite. (Agência Câmara – 28.08.2017)
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3 Proposta altera regras para desligamento da iluminação no comércio durante a noite
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, da Câmara dos Deputados, aprovou proposta que regula o desligamento da iluminação no comércio durante a noite e prevê multa entre R$ 500,00 e R$ 5.000,00 (PL 3131/15). A proposta, do deputado Givaldo Vieira (PT-ES), altera a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia (Lei 10.295/01) e acrescenta a previsão na lei. De acordo com o texto, o desligamento da iluminação dos edifícios à noite se dará da seguinte maneira: no interior dos estabelecimentos comerciais, ocorrerá em até uma hora após o fim da jornada diária; nas fachadas e vitrines de edifícios comerciais, a iluminação deverá ser desligada até 1 hora da manhã ou em até uma hora após o fim do funcionamento diário desses edifícios; nas fachadas de tais edifícios, a iluminação não poderá ser acionada antes do anoitecer. O projeto já foi aprovado em caráter conclusivo pelas comissões de Desenvolvimento Urbano; e de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviço e seguirá para análise do Senado. Givaldo Vieira avalia que a medida combate o desperdício. "Nós estamos tendo não só um desperdício de energia, mas um desperdício de água. Esse projeto de lei visa economizar e evitar um desperdício inútil de energia elétrica que significa desperdício de água, principalmente para anos que vivemos uma crise hídrica sem precedentes”. (Agência Câmara – 28.08.2017)
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4 Aneel analisa qualidade dos serviços das empresas
A análise dos técnicos da Aneel apontou descumprimento dos níveis máximos definidos para duração e frequência de interrupções no serviço em 2016 em uma empresa da CPFL Energia, a CPFL Sul Paulista, que atende municípios no interior de São Paulo. O índice que mede duração das interrupções na CPFL Sul Paulista (DECi) foi de 15,20 no ano passado, contra limite de 10,47, enquanto a frequência dos problemas (FECi) teve índice 11,76, contra um teto de 8,63. Assim como nas regras para equilíbrio econômico-financeiro, o descumprimento dos indicadores por dois anos seguidos sujeita as empresas a punições que podem chegar à perda da concessão. "Esse fato coloca a distribuidora (CPFL Sul Paulista) em situação delicada, com a obrigação de cumprir os limites em 2017, sob pena de extinção da concessão", alertam os técnicos da Aneel. Mas o presidente da CPFL Sul Paulista, Marco Antonio Villela, disse à Reuters que o desempenho em 2016 foi "um ponto fora da curva" e que a elétrica mais que dobrou seu patamar de investimentos para cumprir os indicadores neste ano. "O que aconteceu efetivamente em 2016 foi uma mudança no perfil de chuvas na região (da distribuidora), com elevação na severidade e intensidade. Isso exigiu o aumento do patamar de investimentos, que era na faixa de 12 milhões de reais por ano. Em 2017, vamos investir mais de 30 milhões", disse. O executivo contou que já houve forte queda na duração e frequência de interrupções no serviço em 2017. "Nossa expectativa é cumprir os padrões regulatórios neste ano." (Reuters – 28.08.2017)
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Empresas
1 Privatização da Eletrobras: Proposta será debatida por três comissões
Três comissões da Câmara reúnem-se nesta quinta-feira (31/8) para discutir com entidades da sociedade civil, acadêmicos e governo um novo modelo para o setor energético. O debate, organizado pelas comissões de Desenvolvimento Urbano; de Legislação Participativa; e do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, foi pedido pelos deputados do PT Givaldo Vieira (ES), Erika Kokay (DF) João Daniel (SE), Nilto Tatto (SP), Patrus Ananias (MG) e Valmir Assunção (BA). Os parlamentares citam com preocupação o anúncio, pelo governo, da venda de ativos da Eletrobrás. Tal medida, segundo eles, poderá trazer grandes prejuízos para a população e para o País. “No Brasil, país de dimensões continentais, os desafios são imensos, e cada vez mais o setor tem um papel estratégico para o crescimento e a sustentabilidade econômica”, afirmam. Para os deputados, a tendência, com a privatização da Eletrobrás, “é de que o preço da energia para os pequenos consumidores dispare, além da possível redução ou extinção das tarifas sociais e de programas de universalização do fornecimento de energia, o que compromete o fornecimento”. (Agência Câmara – 28.08.2017)
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2 Privatização da Eletrobras: Distribuidoras da Eletrobras podem ganhar tarifa maior
Algumas das seis distribuidoras de eletricidade que a estatal Eletrobras pretende privatizar até o fim deste ano poderão ganhar um reajuste extraordinário das tarifas antes de serem vendidas ou logo após a venda, de forma a não inviabilizar a mudança de controle pretendida para as empresas, disse uma autoridade nesta segunda-feira (28/8). A ideia, em avaliação na cúpula do governo, poderia ser aplicada para as elétricas que estiverem com pior situação financeira, de acordo com o secretário de energia elétrica do MME, Fábio Lopes Alves. "Essa é uma possibilidade, porque essas empresas têm um desequilíbrio estrutural. Ou seja, a tarifa hoje não cobre os custos do serviço. Está se chegando à conclusão de que isso seria possível e indicado naquelas em que esse desequilíbrio é mais agudo", disse. A estatal tem prometido concluir até o fim deste ano a venda de todas essas subsidiárias, para sair em definitivo do setor de distribuição, mas a Aneel avalia que o processo pode ser frustrado sem uma mudança nas tarifas. "Independente de quem seja o vencedor da licitação, a perda de valor nos primeiros anos, decorrente da diferença entre o reconhecimento tarifário e os custos pode inviabilizar a licitação", disse a agência em um documento submetido a consulta pública pelo MME nesta segunda. Apesar da sugestão, a agência ressaltou que uma eventual decisão nesse sentido precisaria ser tomada pelo governo federal, responsável pelas concessões. (Folha de São Paulo – 28.08.2017)
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3 Privatização da Eletrobras: modelo sem cobraça de bônus de outorga
A Aneel defendeu também que, caso a proposta seja aceita e as tarifas elevadas "ainda durante o ano de 2017", a privatização das distribuidoras deveria acontecer em um modelo sem cobrança de bônus de outorga na licitação. "Em outras palavras, uma vez necessária a elevação das tarifas para equilíbrio da concessão, o critério da licitação deve ser a menor flexibilização tarifária possível, fazendo com que o processo competitivo revele o real nível de flexibilização das tarifas exigidos pelos potenciais investidores", aponta o regulador. Segundo Fábio Lopes, secretário de energia do MME, o governo avaliará essa possibilidade em meio à preparação da licitação das distribuidoras, mas ainda não existe decisão sobre o tema. Segundo a Aneel, a elevação vista como necessária nas tarifas poderia acontecer logo após a assinatura dos contratos e ser considerada "extraordinária", o que ainda daria aos novos donos da empresa a garantia de uma revisão de tarifas adicional após cinco anos, em caráter ordinário. (Folha de São Paulo – 28.08.2017)
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4 Privatização da Eletrobras: analistas preveem aumento de tarifa pós venda
O fim do sistema de cotas de um grupo de usinas hidrelétricas e a privatização da Eletrobras deve encarecer o preço da energia elétrica ao consumidor no curto prazo, avaliam especialistas. O tamanho desse impacto dependerá, porém, do valor de mercado praticado nos contratos de energia. Segundo João Carlos Mello, presidente da Thymos Energia, a proposta de permitir que a Eletrobras venda a preço de mercado a energia das usinas que operam no "regime de cotas" deve elevar de 2% a 5% a tarifa aos consumidores em 2018. A conta dele considera as cotas a R$ 105 e o valor da energia de mercado na faixa de R$ 150 a R$ 200. "Se o bônus recebido pelo governo por essa 'descotização' for realmente usado para redução de encargos, o impacto pode ser nulo ou ficar limitado a 3%", disse Mello. "Mas o próprio governo diz que o fim das cotas pode ser feita de forma gradual, o que pode permitir uma efeito pequeno ao longo do tempo." A diretora do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da FGV, Joisa Dutra, reforça que a queda de preços da energia com a medida seria uma "impossibilidade concreta". Ela lembra que a MP 579 previu o valor "mais baixo possível" para a contratação de energia. "Qualquer outro valor tem que ser maior do que isso", acrescenta a especialista da FGV. Lucas Rodrigues, analista da Safira Energia, concorda que o modelo vai encarecer o preço da energia, mas que no médio e longo prazos o preço tornaria "estável e condizente" com a lógica do mercado. (Valor Econômico – 29.08.2017)
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5 Privatização da Eletrobras: proposta é ufanista e ineficaz, diz Ildo Sauer
Vice-diretor do Instituto de Energia e Ambiente e professor da USP, o engenheiro Ildo Sauer, considera "ufanista e ineficaz" a justificativa do governo brasileiro para privatizar a Eletrobras. Para ele a privatização não é a melhor forma de desfazer os impactos da MP 579, que segundo ele serviu para destruir "de vez" a Eletrobras. "O problema não está na Eletrobras ou na Petrobras, mas na forma como essas empresas foram subordinadas a uma cleptocracia política", afirma. Ildo Sauer afirma que o discurso produzido até agora para justificar a transferência do controle da Eletrobras pode ser analisado por três vertentes. E contesta todas. "A primeira delas é que a privatização vai aumentar a eficiência do setor elétrico. A segunda é que vai diminuir tarifas. Aí vamos discutir, porque aumentar a eficiência é possível, mas baixar tarifa é impossível", afirma. "A segunda é só para quem acredita em conto da carochinha, é uma mentira deslavada", diz se referindo à promessa de redução de preços. "É mentira que vai baixar a tarifa. Elas podem até aumentar, vão dizer que é preciso restaurar a lógica econômica. O curioso é que os Estados Unidos, onde existe realmente um capitalismo atuante, não privatizaram as hidrelétricas. Lá muitas pertencem ao governo". "Aqui querem privatizar com o rio São Francisco destruído, quando os rios têm uma função muito importante que não é só a de gerar energia", diz. A terceira vertente do modelo de privatização da Eletrobras, na avaliação de Sauer, tem relação com o que ele identifica como uma necessidade de resolver pontos de conflito de interesses em torno do setor elétrico. Os primeiros envolvem o preço da energia, já que os acionistas querem que a empresa dê o máximo de lucro, enquanto os consumidores querem a menor tarifa. O outro conflito, enumera Sauer, se refere ao direito da população ser compensada pelo uso de uma riqueza hidrológica já amortizada, cuja renda deveria ser revertida para a saúde, educação, meio ambiente, entre outros. (Valor Econômico – 29.08.2017)
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6 Privatização da Eletrobras: Ildo Sauer relembra medidas tomas pelos governos anteriores
Em retrospecto, o professor da USP, Ildo Sauer, lembra que o governo Sarney "quase quebrou" a Eletrobras, e que nos governo dos ex-presidentes Collor e FHC o objetivo era privatizar, mas que foi Dilma, com quem sempre teve divergências, que fez uma reforma no setor elétrico durante o governo Lula que segundo ele atendeu ao lobby dos grandes consumidores de energia. A conta de Sauer é que mais de 600 empresas compraram energia barata produzida pelas estatais que estavam sem contratos de venda de energia após o racionamento. A projeção é de que houve uma transferência econômica de R$ 12 bi a R$ 15 bi, entre 2003 e 2010, das estatais para empresas privadas. Segundo Sauer as comercializadoras de energia pagaram preços mais em conta pela energia revendida mais caro. O professor da USP critica o modelo de precificação da energia implementado por Dilma, que embasa as decisões do ONS de acionar termelétricas. Ao planejar errado a oferta e a demanda de energia, Sauer calcula que foram gastos R$ 111 bi pela energia de usinas térmicas. As termelétricas consomem combustível mais caro (gás ou diesel) e precisam ser acionadas de forma ininterrupta, quando os modelos consideravam a entrada ocasional dessas usinas. "Pior que privatizar foi vender as empresas de graça. Elas ficaram com um preço da energia que não permite nem [uma receita] de operação e manutenção aceitável. O resultado é que Chesf e Furnas se tornaram escravas do sistema energético, obrigadas a trabalhar de graça. Mas um escravo que não ganha nem a comida", afirma Sauer. Ildo Sauer usa palavras fortes para comentar a proposta de privatização. "É uma tentativa de assalto final ao patrimônio público, baseado num recurso natural de uso múltiplo para garantir a vida, por uma cleptocracia e seus patrocinadores", afirma. O professor da USP também não tem expectativa de que uma "golden share" na privatização da Eletrobras possa melhorar o modelo em estudo pelo governo, pois acredita que o instrumento serve para depreciar o valor. (Valor Econômico – 29.08.2017)
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7 Privatização da Eletrobras: participação de investidores pode ser limitada a 5% do bloco de controle
O governo pode limitar em 5% a participação dos investidores no bloco de controle da Eletrobras, para ter mais competição e obter um bom preço na operação de aumento de capital que pretende diluir a participação da União na empresa. Isso não significa que os interessados não possam comprar um volume maior de papéis da estatal, mas a ideia é de que o controle fique pulverizado entre vários investidores, com a União agora como minoritária, mas detentora do poder de veto sobre decisões estratégicas. Internamente, há pressão para que a equipe responsável pelo detalhamento do modelo de privatização da estatal acelere o trabalho. Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, anunciou que a modelagem seria apresentada no inicio desta semana. As linhas gerais da proposta, que envolveu inicialmente um grupo restrito de pessoas, serão discutidas agora por um número maior de técnicos dos ministérios de Minas e Energia, da Fazenda e do Planejamento. Há decisões importantes a serem tomadas que não dependem apenas de atos administrativos, como alterações legais que podem vir por meio de medida provisória, para tornar mais rápido o processo de tramitação no Congresso Nacional. A inclusão da estatal no Programa Nacional de Desestatização pode ser feita por decreto, segundo autoridade do governo consultada pela Agência CanalEnergia. Mas será necessário alterar a Lei 12.783, resultante da MP 579, para retirar as 14 usinas hidrelétricas do grupo estatal que estão em sistema de cotas. A mudança é fundamental para aumentar o valor de venda da Eletrobras, já que essa energia poderá ser comercializada livremente, a preços de mercado e em regime de produção independente. Os recursos só deverão entrar no caixa do Tesouro no ano que vem, e existe a possibilidade de que o ganho com a descotização possa ser repassado ao longo do tempo. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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8 AGU entra com pedido no STJ para derrubar decisão que suspende leilão de usinas da Cemig
Em uma nova ofensiva jurídica, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou nesta segunda-feira, 28, com um pedido no STJ para que seja derrubada a decisão do TRF-1 que suspendeu o leilão das usinas de Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande, da Cemig. O leilão estava previsto para ocorrer no dia 27 de setembro. De acordo com a Advocacia-Geral da União, a indenização efetivamente devida à Cemig está na faixa de R$ 1 bilhão. “Os cálculos apresentados pelo autor não possuem nenhum amparo legal nem substrato documental que os acompanhem”, argumenta a AGU. Segundo o órgão, o autor substituiu toda a forma de cálculo das indenizações pela análise rasa dos balanços publicados pela Cemig, aplicando índices de correção monetária sobre os números publicados do ativo da companhia em seus balancetes. De acordo com a AGU, a decisão do desembargador do TRF-1 pode afastar investidores que já manifestaram interesse em participar do leilão das usinas, além de retirar da União a possibilidade de arrecadar pelo menos R$ 11 bilhões, o que levará à redução de despesas e investimentos, prejudicando a prestação de serviços públicos essenciais. Segundo a AGU, a Cemig preferiu judicializar a questão na expectativa de que pudesse seguir operando as usinas em bases contratuais antigas. A AGU alega que as quatro usinas devem ser licitadas, já que os contratos estão vencidos e o pleito da Cemig não foi acolhido definitivamente pela Justiça. (O Estado de São Paulo – 28.08.2017)
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9 Cemig: Chinesa Spic se prepara para disputar hidrelétricas da estatal em leilão, diz fonte
A chinesa State Power Investment Corp tem se preparado para disputar uma licitação em que o governo pretende oferecer a concessão de quatro hidrelétricas operadas pela mineira Cemig, cujos contratos venceram, disse à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto. A Spic, como é conhecida a elétrica chinesa, já contratou dois bancos de investimento para assessorá-la nos preparativos para o leilão, que o governo pretende realizar em 22 de setembro. A Pacific Hydro, que concentra as atividades da Spic no Brasil, após ter sido comprada pelos chineses em uma operação concluída em abril, disse que “não comenta rumores de mercado por questões estratégicas”. O leilão das hidrelétricas tem sido alvo de uma intensa disputa judicial entre a União e a Cemig, que pretende manter as usinas. A elétrica entende que tinha direito a renovar as concessões de ao menos três usinas, sem necessidade de leilão ou pagamento de bônus. Atualmente, a licitação está suspensa devido a uma ação judicial liminar. Apesar disso, algumas empresas têm demonstrado interesse em disputar os ativos da Cemig. (Reuters – 28.08.2017)
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10 Cemig: empresa pode ter de aportar R$1,4 bi em distribuidora para cumprir meta, diz Aneel
A elétrica mineira Cemig pode ter de realizar neste ano um aporte de quase R$ 1,4 bi em sua unidade de distribuição de eletricidade, Cemig-D, para cumprir com um índice sustentabilidade econômico-financeira exigido pela Aneel. Em documento visto pela Reuters, a área de fiscalização do órgão regulador aponta que 15 de 33 distribuidoras analisadas deixaram de cumprir em 2016 os níveis de sustentabilidade econômico-financeira mínimos definidos como saudáveis pelo regulador. A análise da Aneel busca verificar se a geração de caixa das empresas é suficiente para realizar investimentos na rede e pagar juros de dívidas. Pelas regras do setor elétrico, as distribuidoras que não cumprem essas exigências de equilíbrio econômico e financeiro da Aneel podem ter limitada a distribuição de dividendos a no máximo 25% do lucro líquido até que atinjam as metas. Se houver descumprimento dos índices mínimos por dois anos consecutivos, a Aneel pode abrir um processo punitivo que no limite pode levar à perda da concessão pelo investidor. De acordo com o levantamento dos técnicos da Aneel, o caso mais grave é o da Cemig, que precisaria aportar R$ 1,393 bi em sua distribuidora para cumprir as metas financeiras de 2016. Uma punição do gênero poderia agravar a situação da empresa, que tem um amplo plano de vendas de ativos para lidar com sua dívida. Em seguida aparece a gaúcha CEEE-D, com necessidade de aporte de R$ 865 mi, e a paranaense Copel-D, que exigiria cerca de R$ 603 mi. No caso da Celg-D, seriam necessários R$ 517,5 mi, e para a Celesc a exigência de aporte para cumprir a meta seria de R$ 394 mi. Além dessas, também foram apontadas descumprindo os limites empresas do grupo brasileiro Energisa, como Caiuá, CFLO, EEB e EMG, além das distribuidoras de pequeno porte Cooperaliança, Eletrocar, Iguaçu e João Cesa. Nesses casos, no entanto, os aportes exigidos seriam bem menores - no máximo R$ 27,5 mi, caso da Caiuá. (Reuters – 28.08.2017)
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11 Cemig: data room para venda do controle da Light é aberto
A Cemig anunciou nesta segunda-feira, 28 de agosto, que abriu o data room para venda do controle da Light. O ambiente para investidores interessados traz informações e dados sobre o Grupo Light, e visa subsidiária a preparação de propostas não-vinculantes. Para ter acesso à sala de informações, os investidores devem firmar, individualmente, acordos de confidencialidade. A Cemig estima que o data room fique disponível por um período de 30 dias. A Cemig, junto com Rio Minas Energia e Luce Empreendimentos e Participações, está vendo toda a participação na Light, equivalente a 52% do capital social. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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12 Fitch: Agência atribui Rating ‘AAA(bra)’ à RGE Sul com perspectiva estável
A agência de classificação de risco Fitch Ratings atribuiu na última sexta-feira, 25 de agosto, o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(bra)’ à RGE Sul, com perspectiva estável. A agência também atribuiu o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(bra)’ à proposta de quinta emissão de debêntures da companhia, no montante de R$ 300 milhões. A emissão proposta será realizada em três séries, com vencimentos finais em 2022 para a primeira, 2024 para a segunda e 2027 para a terceira, e contará com cláusulas de cross default entre a emissora e a CPFL Energia. Os recursos da emissão serão utilizados em projetos de investimento da companhia. A Fitch espera gradual redução da alavancagem líquida consolidada, que se encontra moderadamente elevada para os ratings do grupo. A avaliação contemplou também o moderado risco regulatório do setor elétrico brasileiro e o risco hidrológico atualmente acima da média histórica. Para a Fitch, a alavancagem financeira líquida da CPFL Energia está moderadamente elevada para a categoria de rating, mas deve diminuir gradualmente e atingir um patamar mais conservador em 2018. A expectativa da Agência é de que a empresa apresente alavancagem, medida por dívida líquida ajustada/EBITDA, de 3,6 vezes em 2017, com redução para 3,2 vezes em 2018. Estas projeções assumem EBITDA de R$ 4,5 bilhões e de R$ 4,9 bilhões, nos respectivos períodos. O robusto perfil de crédito da CPFL Energia e de suas subsidiárias reflete, ainda, sua forte posição de mercado como um dos maiores grupos privados do setor elétrico brasileiro. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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13 Fitch: Agência espera suportes adicionais das controladoras direta e indireta da CPFL Energia
A relevante base de ativos de distribuição e geração de energia elétrica da CPFL Energia contribui para a maior diversificação da adequada geração de caixa operacional e para a diluição de riscos operacionais, mais presentes no segmento de distribuição. A agência de classificação de risco Fitch Ratings espera suportes adicionais das controladoras direta e indireta do grupo, que podem se concretizar por meio de aportes de capital, mútuos, garantias de dívida e intermediação de empréstimos menos onerosos de instituições financeiras chinesas. As projeções indicam FCF positivo em cerca de R$ 100 milhões em 2017 e de R$ 200 milhões em 2018, com base em um fluxo de caixa das operações (CFFO) de R$ 2,9 bilhões e de R$ 2,6 bilhões, respectivamente. A Fitch acredita que a geração operacional de caixa consolidada se beneficiará de uma gradual retomada do consumo de energia em suas áreas de concessão no segmento de distribuição, com crescimento em torno de 1,1% em 2017. Somadas as áreas de concessão do grupo CPFL, a queda foi de 3,5%, desconsiderando a RGE Sul, incorporada pela companhia apenas em novembro de 2016. Pelo mesmo critério, a demanda mostrou leve recuperação no primeiro semestre de 2017, com aumento de 0,3% em relação a igual período do ano anterior. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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14 Fitch: CPFL Paulista recebe Rating ‘AAA(bra)’ da agência
A agência Fitch Ratings atribuiu na última sexta-feira, 25 de agosto, o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(bra)’ à proposta de oitava emissão de debêntures da CPFL Paulista, no montante de R$ 700 mi. A emissão proposta será realizada em três séries, com vencimentos finais em 2022 para a primeira, 2024 para a segunda e 2027 para a terceira, e contará com cláusulas de cross default entre a emissora e a CPFL Energia. Os recursos da emissão serão utilizados em projetos de investimento da companhia. O rating da proposta de emissão de debêntures da CPFL Paulista reflete a qualidade de crédito consolidada do grupo CPFL, com um robusto perfil de crédito que mostra sua forte posição de mercado como um dos maiores grupos privados do setor elétrico brasileiro. Sua relevante base de ativos de distribuição e geração de energia elétrica contribui para a maior diversificação da adequada geração de caixa operacional e para a diluição de riscos operacionais, mais presentes no segmento de distribuição. A avaliação também incorpora a expectativa de que o grupo conseguirá gerenciar seu fluxo de caixa livre (FCF) — que deve se manter positivo — e se beneficiar de sua adequada posição de liquidez e da satisfatória flexibilidade financeira. A Fitch espera gradual redução da alavancagem líquida consolidada, que se encontra moderadamente elevada para os ratings do grupo. A avaliação contemplou também o moderado risco regulatório do setor elétrico brasileiro e o risco hidrológico atualmente acima da média histórica. Os ratings das empresas do grupo incorporam os atuais e futuros benefícios do novo controle para os perfis de crédito das companhias. A Fitch entende que estes benefícios se materializam em cláusulas de cross default existentes em dívidas de subsidiárias da SGID no mercado internacional, com a empresa chinesa figurando como garantidora. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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15 Fitch: perfil financeiro da CPFL deve melhorar no longo prazo
A Fitch acredita que a flexibilidade financeira da CPFL aumentará ao longo do tempo, devido ao vínculo com o novo controlador. A agência também espera suportes adicionais das controladoras direta e indireta do grupo, que podem se concretizar por meio de aportes de capital, mútuos, garantias de dívida e intermediação de empréstimos menos onerosos de instituições financeiras chinesas. Em bases consolidadas, a alavancagem financeira líquida da CPFL Energia está moderadamente elevada para a categoria de rating, mas deve diminuir gradualmente e atingir um patamar mais conservador em 2018. A expectativa da Fitch é de que a empresa apresente alavancagem, medida por dívida líquida ajustada/EBITDA, de 3,6 vezes em 2017, com redução para 3,2 vezes em 2018. Estas projeções assumem EBITDA de R$ 4,5 bilhões e de R$ 4,9 bilhões, nos respectivos períodos. Em 30 de junho de 2017, a relação dívida total ajustada/EBITDA era de 4,8 vezes, com o índice de 3,9 vezes quando considerada a alavancagem financeira líquida — o que representa ligeira redução frente a anos anteriores. As projeções da Fitch indicam FCF positivo em cerca de R$ 100 milhões em 2017 e de R$ 200 milhões em 2018, com base em um fluxo de caixa das operações (CFFO) de R$ 2,9 bilhões e de R$ 2,6 bilhões, respectivamente, bastante inferior ao FCF de R$ 4,7 bilhões reportado em 2016. O FCF, por sua vez, deve ser impactado pelos elevados investimentos anuais, em torno de R$ 2,2 bilhões de 2017 a 2019. No entender da Fitch, o atual controlador pode introduzir uma nova política de dividendos. A Fitch considerou como premissa o pagamento de dividendos de 25% do lucro líquido do ano anterior. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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16 Fitch: retomada gradual no consumo de energia beneficiará CPFL
A Fitch acredita que a geração operacional de caixa consolidada do grupo se beneficiará de uma gradual retomada do consumo de energia em suas áreas de concessão no segmento de distribuição, com crescimento em torno de 1,1% em 2017. Em 2016, o consumo de eletricidade no país diminuiu 1,0%. Somadas as áreas de concessão da CPFL, a queda foi de 3,5%, desconsiderando a RGE Sul, incorporada pela companhia apenas em novembro de 2016. Pelo mesmo critério, a demanda mostrou leve recuperação no primeiro semestre de 2017, com aumento de 0,3% em relação a igual período do ano anterior. A Fitch considera positiva a expansão das atividades do grupo CPFL no segmento de geração de energia, que representou 50% do EBITDA consolidado no primeiro semestre de 2017. A CPFL Energia se beneficia da relevante capacidade instalada de 3.294 MW, proporcional à sua participação, proveniente de suas várias usinas de geração convencional (2.209 MW) e renováveis (1.085 MW). Mesmo com a expectativa de crescimento do consumo de energia nos próximos anos, o grupo CPFL terá que administrar seu volume de contratação de energia em suas distribuidoras na faixa de 100% a 105% da demanda prevista nos próximos anos, utilizando-se dos mecanismos disponibilizados pelo regulador, a fim de evitar impactos negativos no fluxo de caixa. A Fitch também continuará monitorando possíveis pressões nos índices de perda e de inadimplência no segmento de distribuição, tendo em vista o atual cenário macroeconômico, ainda desafiador. A maioria das distribuidoras do grupo CPFL tem apresentado perdas acima dos limites regulatórios reconhecidos em suas tarifas. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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17 Light: captação de dívida com o Banco IBM aumenta para R$ 70,5 milhões
A Light aprovou na última sexta-feira (25), durante reunião do seu Conselho de Administração, o aval corporativo para um aditivo na linha de crédito contratada junto ao Banco IBM, com o objetivo de aumentar o valor da operação de R$ 40,6 milhões para R$ 70,5 milhões. De acordo com comunicado divulgado hoje ao mercado, a elevação do valor da captação da dívida bancária foi recomendada pelo Comitê de Finanças da companhia. O conselheiro Ricardo Reisen de Pinho solicitou que a Light apresente ao seu Conselho de Administração, “com a maior brevidade possível”, uma proposta de plano de reestruturação dos passivos financeiros da companhia, tendo em vista o atual perfil de dívida – com prazo médio decrescente e alto custo de captação. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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18 Eletropaulo: projeções para nível de sobrecontratação são reduzidas em 2017 e 2018
A Eletropaulo revisou novamente suas projeções para o nível de sobrecontratação para 103,6 por cento em 2017 e 103,7 por cento em 2018, abaixo dos 104,2 por cento e 105,1 por cento, respectivamente, estimados em 7 de agosto, informou a empresa em fato relevante na noite de segunda-feira. A revisão está atrelada ao decreto 9.143 de 22 de agosto, que determinou redução do lastro de contratação de quotas de garantia física e potência de 95 para 90 por cento, resultando na diminuição do nível de contratação das distribuidoras, de acordo com o documento. (Reuters – 29.08.2017)
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19 Taesa: transmissora anuncia emissão de pelo menos R$435 mi em debêntures
A transmissora de energia elétrica Taesa, controlada pelas elétricas Cemig e Isa, anunciou uma emissão de debêntures no montante inicial de 435 milhões de reais, valor que poderá crescer com eventuais lotes adicionais e suplementares, segundo comunicado da companhia nesta terça-feira. A data de emissão das debêntures será 15 de setembro, e os recursos captados deverão ser utilizados no "Projeto Mariana", um conjunto de instalações de transmissão que será construído pela companhia em decorrência de concessão arrematada no leilão de transmissão 13/2013 realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). (Reuters – 29.08.2017)
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20 CPFL Paulista: investimentos de R$ 8,2 mi na ampliação da rede elétrica em São Pedro
A CPFL Paulista concluiu a ampliação da Subestação São Pedro 1, em São Pedro (SP). O investimento foi de R$ 8,2 mi e representou o aumento de capacidade da subestação e a construção de modernas linhas de distribuição. O objetivo das obras é garantir capacidade energética suficiente para acompanhar, por mais 15 anos, o crescimento das cidades de São Pedro e Águas de São Pedro, que contam hoje com uma população estimada de 37 mil habitantes, segundo o IBGE de 2016. Juntamente com a subestação, com custo estimado de R$ 7,1 mi, também foi construída uma linha de distribuição, de 11,9 kV, com 5,9 quilômetros, no valor total de R$ 1,1 mi, contemplada no montante de R$ 8,2 mi. Com um aumento de capacidade instalada da subestação em 50%, o sistema terá 37,5 MVA disponíveis, energia suficiente para atender a demanda dos municípios por mais quinze anos. A subestação vai atender mais de 22 mil clientes e a instalação do segundo transformador de 12,5 MVA, além da instalação de três alimentadores de 11,9 kV, permitirá melhorar qualidade no serviço e confiabilidade no fornecimento de energia, ampliando a flexibilidade na gestão da rede elétrica dos dois municípios. “Os investimentos da companhia na ampliação dessa subestação comprova que a distribuidora tem como compromisso apoiar o crescimento dos municípios onde atua. Essa obra reforça nossa missão de prover soluções energéticas sustentáveis, com excelência e competitividade, atuando de forma integrada às comunidades”, afirmou o presidente da CPFL Paulista, Carlos Zamboni Neto. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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21 Energisa: consumo nas distribuidoras aumenta 2,3% até julho
O consumo de energia elétrica nos primeiros sete meses de 2017 no mercado cativo e livre nas áreas de concessão do Grupo Energisa alcançou 16.998,9 GWh. Esse volume representa um aumento de 2,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo o boletim mensal de relações com investidores da empresa, considerando o fornecimento não faturado, o volume passa para 16.865,7 GWh, o que significa aumento de 2,7%. O mercado livre continua em seu processo de migração. No acumulado do ano houve um crescimento de 30,7% no consumo. Já no mercado cativo o volume ficou em 14.292,1 GWh, uma queda de 1,7% nos primeiros sete meses de 2017. Entre as nove distribuidoras do grupo (houve a junção de cinco outras em uma só chamada de Energisa Sul-Sudeste) houve crescimento em seis. O maior indicador ficou com a Borborema onde o aumento foi de 5,5%. Outro destaque ficou com o Centro Oeste onde as concessionárias Energisa Mato Grosso e Mato Grosso do Sul avançaram 4,2% e 3,9% respectivamente. Já o resultado do mês de julho apresentou crescimento de 1,8% no mercado total, com 2.274,3 GWh. Parte em decorrência das migrações de consumidores do mercado cativo, o mercado livre apresentou crescimento de 25,6% no consumo. O consumo no mercado cativo apresentou queda de 1,3%, com vendas de 1.907,7 GWh. Segundo relatório da Energisa, os principais responsáveis pelo desempenho no mês, em temos de volume de energia, foram a classe residencial com crescimento de 2,7% e que foi favorecido pela elevação das temperaturas. O consumo da classe rural teve aumento de 5,3%. Já a classe industrial recuou 23,4% e a comercial 2% no mês. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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22 Copel: esforços são direcionados para conclusão de projetos e mira atuação no Paraná
Tendo investido cerca de R$ 1,2 bi no primeiro semestre do ano, o foco da Copel nesse ano está na conclusão de projetos em construção, como as usinas de Colíder (MT – 300 MW) e Baixo Iguaçu (PR – 105 MW), que devem ficar prontas no ano que vem. A possibilidade de expansão na transmissão pode vir no leilão de LTs que ainda será realizado este ano. “O foco mesmo é dar uma certeza de que o cronograma restante dessas obras seja cumprido com rigor”, explica Antônio Guetter, presidente da Copel. Guetter conta que o foco de expansão da empresa vai estar mais voltado para o estado do Paraná, onde a Copel já tem o conhecimento ambiental da região. Segundo o executivo, a empresa observa o desenvolvimento de alguns potenciais hidrelétricos do rio Tibagi que podem ir a leilão nos próximos anos. “Se houver uma expansão da geração seria neste caminho”. Outro ponto poderia ser o cluster elétrico que ela tem no Rio Grande do Norte, com 385,6 MW implantados e outros 314,5 MW em construção. Uma fase do complexo eólico Cutia deve ser inaugurada em outubro deste ano e outra em 2019. Na distribuição de energia, onde a estatal paranaense deve concentrar os investimentos, ela está com projetos pilotos de ampliação do smart grid nas regiões metropolitana de Curitiba e Sul do estado. O alvo são self healing e religadores. Segundo Guetter, a forte atuação do estado na área do agronegócio faz com que o compromisso da concessionária de entregar uma energia de qualidade esteja sempre reforçado. A geração distribuída também não é menosprezada por ele, que acredita que mudanças no aspecto regulatório serão necessárias para equilibrar o sistema. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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23 EDP Open Innovation: inscrições prorrogadas
Empreendedores de todo país que ainda não se inscreveram no EDP Open Innovation 2017 terão uma nova oportunidade. O concurso global, que no ano passado premiou uma equipe brasileira, decidiu prorrogar o prazo de inscrição para 30 de agosto. A melhor startup será premiada com 50 mil euros e terá participação no WebSummit 2017, em Lisboa, Portugal. Os interessados podem se inscrever através do site da instituição. Os grupos serão avaliados por um júri formado por representantes da EDP e do Grupo Impresa, empresa de comunicação parceira da companhia na edição deste ano. Os 15 melhores projetos serão levados para um programa de aceleração em Portugal, no qual terão a chance de desenvolver e testar a solidez e a viabilidade dos seus negócios. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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24 Morgan contrata Mattar
O Morgan Stanley fechou a contratação de Felipe Mattar, ex- Citi, para as áreas de energia e infraestrutura. O executivo será "managing director" na instituição. O reforço se dá após o Morgan perder três executivos para o Citi, entre eles Eduardo Miras, que dividia o comando do banco de investimento com Alessandro Zema. A partir de agora, Zema se torna o único responsável pela área no Brasil. (Valor Econômico – 29.08.2017)
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Leilões
1 Leilão de descontratação alcança 183 MW médios e arrecada quase R$ 106 mi
Um total de 25 empreendimentos, sendo 16 de fonte eólica e nove de energia solar fotovoltaica, negociaram a descontratação de um volume de 183,2 MW médios no primeiro leilão de descontratação de energia do país. Realizado ontem (28/8) pela CCEE, o certame durou mais de oito horas. O valor de prêmio de descontratação pago pelos empreendedores donos dos projetos cuja construção não foi iniciada totalizou R$ 105,9 milhões. Esse montante será destinado ao ressarcimento da Conta de Energia de Reserva (Coner). O prêmio inicial do leilão foi de R$ 33,68 por MWh para todas as fontes. O valor teve ágio de 116% nos projetos eólicos (R$ 72,74 o MWh) e de 49% nos projetos solares fotovoltaicos (R$ 50,27 por MWh). Além do prêmio pago, os participantes que descontrataram energia ficam impedidos de participar dos dois próximos leilões de energia de reserva. Não houve descontratação de projetos de PCHs e CGHs. Um dos destaques do leilão foi a Renova Energia, que efetuou a descontratação de quatro parques de energia solar, que somavam 99,75 MW de capacidade e 21,8 MW médios de garantia física. A companhia pagou prêmio de R$ 7,9 milhões pela descontratação dos empreendimentos. (Valor Econômico – 29.08.2017)
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2 J&F, Furnas, Renova, Rio Energy descontratam em leilão
As empresas J&F Investimentos, Furnas, Renova Energia, Rio Energy, Lintran e Fotowatio obtiveram sucesso no leilão de descontratação de energia de reserva realizado nesta segunda-feira, 28 de agosto. A elétrica estatal Furnas, subsidiária do grupo Eletrobras, e a J&F Investimentos apresentaram o melhor desempenho. As empresas, que são parceiras nos projetos (Furnas com 49%), conseguiram descontratar 100,5 MW médios. Esses contratos estavam atrelados a construção de parques eólicas que totalizam 242,2 MW de capacidade instalada. Juntas elas terão que desembolsar R$ 63,73 milhões a título de prêmio. Furnas também conseguiu descontratar mais 27,5 MW médios. Esses projetos foram viabilizados em leilão em parceria com a PF Participações (51%), a qual a reportagem não conseguiu rastrear quem são os investidores. O prêmio neste caso totalizou R$ 18,08 milhões. As usinas eólicas descontratadas estavam previstas para serem instaladas no Rio Grande do Norte e no Ceará. A Renova descontratou o complexo solar Itapuã, na Bahia. Foram descontratados 21,8 MW médios, representando 99,75 MW de capacidade instalada em usinas fotovoltaicas que deixaram de ser construídas. Pelo perdão, a empresa terá que pagar ao governo R$ 7,89 milhões. Da mesma forma, a Rio Energy conseguiu devolver contratos que representavam 19,8 MW médios ou 89,9 MW de capacidade instalada em usinas fotovoltaicas. O prêmio total a ser pago soma R$ 9,8 milhões. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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3 GESEL: Leilão de descontratação foi um eficaz instrumento de ajuste, avalia Nivalde de Castro
Segundo uma fonte do setor, o resultado surpreendeu pelo número baixo de projetos que negociaram a descontratação. Ao todo 198 empreendimentos estavam autorizados a participar do leilão e apenas 25 fecharam negócio. Os outros 173 projetos que não tiveram as obras iniciadas estarão sujeitos às penalidades cobradas pela Aneel, comparativamente maiores do que o prêmio a ser pago por quem topou descontratar no leilão dessa segunda-ferira, 28/8. Com o leilão, a intenção do governo é melhorar a qualidade do balanço entre oferta e demanda de energia no futuro. Para o coordenador do Gesel, da UFRJ, professor Nivalde de Castro, o leilão foi um instrumento de ajuste eficaz. Segundo ele, o modelo livra o empreendedor de penalidades severas da Aneel de possíveis ações judiciais ao pagar uma pequena "multa" por descontratar o projeto. (Valor Econômico – 29.08.2017)
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4 ABEEólica: Presidente da Associação elogia decreto que regulamenta leilão de energia nova
O Decreto 9.143/2017, que regulamenta a realização dos Leilões de Energia Nova A-4, A-5, A-6 e A-7 e obriga o governo a publicar um cronograma anual de certames, materializou medidas já esperadas por representantes de diferentes segmentos do setor elétrico. “O planejamento dos leilões é pleito nosso antigo e esse decreto nos deixou animados porque finalmente o governo atendeu nosso pleito. Ele nos permite fazer um planejamento melhor, uma sinalização melhor nos investimentos. Isso foi um gol. O setor leu com muita alegria”, conta a presidente da ABEEólica, Élbia Gannoum. Para a executiva, as últimas decisões do governo, entre elas o PDE, têm deixado os investidores animados. “Essa coisa de você sinalizar que você vai ter pelo menos dois leilões de energia nova, o que mercado precisa é de alguma previsibilidade. E esse decreto trouxe justamente o que o mercado pedia”, afirma. Élbia elogia o dispositivo do decreto que trata da exposição involuntária das distribuidoras, e lembra que o fato de essas empresas oscilarem entre situações de déficit e de excesso de energia contratada, sem ter margem de manobra para gerenciar a situação, era um dos problemas que prejudicavam os geradores nos leilões. A sinalização do decreto, segundo ela, é muito boa, porque ele estabelece uma sincronização melhor entre o ACR e o ACL. “São medidas que reduzem o risco da distribuidora na comercialização de energia”, resume o presidente da Abradee, Nelson Leite. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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5 Abraceel: Leilão resolve problema de excesso de energia no mercado regulado
Para o presidente executivo da Abraceel, Reginaldo Medeiros, o mais importante para o segmento é a regulamentação da venda dos excedentes das distribuidoras, com a participação do comercializador como comprador dessa energia. “Isso aí resolve um problema importante para o mercado livre que é com o excesso de energia no mercado regulado flui para o mercado livre”, afirma Medeiros. O executivo avalia que os pontos do decreto que contribuem para equilibrar o nível de contratação das distribuidoras são positivos. No caso da venda de sobras no mercado livre, há uma contribuição para a modicidade tarifaria dos consumidores cativos. “Agora, isso depende de regulamentação da Aneel e seria importante que ela regulamentasse antes do ano que vem”, opina o dirigente da Abraceel, que vê na medida uma oportunidade para que mais consumidores possam migrar para o ACL. Outro ponto importante é a possibilidade de que as liquidações da CCEE sejam feitas em prazos menores, de uma semana e de até um dia. Para o dirigente da Abraceel, “isso já vai no sentido do destravamento do mercado de energia”. Importantes temas, segundo diretor-presidente da Anace, Carlos Faria, ainda precisam de melhor tratamento. Ele cita como exemplos a nova definição de consumidor especial incluída no decreto – que passa a ser o consumidor livre com demanda mínima de 500 kW, que adquiriu energia de fontes incentivadas – e a possibilidade de inclusão de energia existente em leilões de de energia com inicio de suprimento de até cinco anos. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
Os reservatórios do Nordeste caíram 0,1% para 12,9% da capacidade de armazenamento, segundo dados do ONS relativos ao último domingo, 27 de agosto. A energia armazenada ficou em 6.661 MW mês no dia e a energia afluente está em 27% da média de longo termo armazenável acumulada no mês. A hidrelétrica Sobradinho opera com 8,01% da capacidade. Já na região Sul registrou-se aumento de 0,2% nos níveis e os reservatórios operam 59,6% da capacidade. A energia armazenada no dia ficou em 11.981 MW mês e a energia afluente está em 51% da MLT. A usina de Passo Fundo opera com 97,03% da capacidade. No Norte do país os níveis recuaram em 0,3%, deixando os reservatórios com 53% da capacidade. A energia armazenada chegou a 7.974 MW mês e a ENA ficou em 57% da MLT. A hidrelétrica Tucuruí está com 84,4% da capacidade. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, os reservatórios baixaram 0,1% para 33,5% da capacidade. A energia armazenada está em 68.157 MW mês e a energia afluente em 84% da MLT. A usina de Furnas trabalha com 29,26% da capacidade e São Simão, com 33,49%. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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2 CCEE: impacto financeiro do GSF pode alcançar R$ 32 bi no ano
O déficit de geração hidráulica de 2017 voltou a aumentar na projeção para o encerramento do ano que é feita pela CCEE. O índice revelado nesta segunda-feira, 28 de agosto, no evento mensal InfoPLD aponta para um indicador do MRE de 81,3% na média do ano ante um valor de 81,5% projetado no mês passado. O impacto financeiro seguiu essa tendência e voltou a aumentar, passando de R$ 31,1 bilhões para R$ 32 bilhões, sendo dividido em R$ 22 bilhões para o ACR e R$ 10 bilhões para o ACL, mesmo com a queda de R$ 1/MWh no PLD médio do ano que agora é estimado em R$ 298/MWh. A CCEE ressaltou que esses valores de impacto financeiro referem-se à diferença entre a energia alocada do MRE, que equivale ao total de energia gerada do MRE, e o total de garantia física do MRE, valorada pelo PLD. E destacou que o impacto financeiro individual depende do montante contratado de cada agente do MRE. O ESS para o encerramento do ano está está estimado em R$ 1,182 bilhão, sendo que a maior parte desse valor já foi gerado. A tendência é de que em setembro esse encargo some R$ 7 milhões e fique zerado no último trimestre do ano. Já o custo de deslocamento entre o CMO e o PLD deverá ficar em R$ 32 milhões. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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3 CCEE: Curva de deplecionamente segue em queda e vale é estimado para dezembro, com 24%
As projeções de afluências no SIN deverão ficar abaixo de 80% da média histórica até pelo menos agosto de 2018. Mesmo assim, daqui a um ano, o nível apontado pelos modelos da CCEE ainda indicam que a ultrapassagem desse limite ficará em 1 ponto porcentual em agosto e em 2 p.p. em setembro de 2018. Em termos de energia armazenada no SIN, a perspectiva é de que no ano o pior nível das usinas fique em 22% no mês de novembro, final do período seco no país. A curva de deplecionamento continua a sua queda. Em setembro a perspectiva é de que o indicador alcance 27%. A inflexão positiva passa a ser vista em dezembro com 24% e o pico ficará em apenas 48% em maio de 2018. A perspectiva de afluências abaixo de 80% da MLT deverá ser vista na maior região do país em termos de armazenamento, o Sudeste/Centro-Oeste. O PLD médio deste ano deverá ficar em quase R$ 300/MWh. Já a perspectiva é de que no ano de 2018 caia para um patamar próximo a R$ 230/MWh. A curva do SE/CO é de queda dos atuais R$ 506/MWh projetados para setembro até chegar a R$ 250/MWh em dezembro. Daí a perspectiva é de uma variação que tem como pico R$ 292/MWh em janeiro e o patamar mais baixo em R$ 156/MWh em agosto de 2018. O sul acompanha essa curva. No Nordeste está similar com o descolamento em apenas três dos próximos 14 meses. No Norte o descolamento é maior, começa em janeiro quando recua a R$ 182/MWh e alcança R$ 34/MWh até maio. Em junho é que a projeção aponta nova equalização ao resto do país. (Agência CanalEnergia – 28.08.2017)
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Meio
Ambiente
1 Novos equipamentos reduzem emissões de CO2 no setor de tecnologia
A tecnologia em geral e os datacenters em particular são grandes consumidores de energia. Um estudo do Greenpeace realizado em 2008 estimou que essas instalações produziam cerca de 120 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) e que o setor de tecnologia da informação inteiro era responsável por 2% das emissões globais de gases do efeito-estufa. Equipamentos e servidores que reduzem o consumo de energia têm ganhado espaço nos novos datacenters para contenção de custos, mas a redução das emissões ainda é tímida frente à demanda crescente por processamento de dados. O grande vilão é o ar-condicionado, responsável por 50% do consumo de energia, fazendo com que as empresas adotem sistemas de gerenciamento térmico e equipamentos que dissipam o calor de forma mais eficiente. Para otimizar a refrigeração, a T-Systems implantou um sistema de "enclausuramento" do datacenter. "Com as filas de rack enclausuradas - fechadas em pequenas salas - conseguimos diminuir o uso de climatização e também o consumo de energia", afirma Guilherme Barreiro, líder de operações de infraestrutura de TI da T-Systems Brasil. "Com um bom projeto de sustentabilidade se consegue uma redução de energia na ordem de 50%, podendo chegar a 80% nos países com clima mais frio", afirma Antonio Lopes Bob, sócio presidente da Green4t Bob. (Valor Econômico – 29.08.2017)
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2 Consema: Remarcada Audiência Pública sobre térmica Peruíbe
O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) do governo de São Paulo remarcou para a próxima segunda-feira (4/9) a audiência pública sobre os estudos ambientais da termelétrica a gás natural Peruíbe, informou o órgão ambiental. A audiência pública havia sido programada para o último dia 17/8, mas protestos feitos por pessoas contrárias ao empreendimento impediram a realização do debate, que seria o quinto e último para debater os impactos ambientais da usina. A termelétrica será construída pela GasTrading e tem previsão de investimentos da ordem de R$ 5 bilhões. A usina terá capacidade instalada de 1,7 mil MW e a empresa planeja ainda construir um terminal de gás liquefeito (GNL) e gasodutos marítimos, além de uma linha de transmissão. Ambientalistas, parte dos moradores da Baixada Santista e índios são contra a construção da usina. Em paralelo, o Ministério Público Federal em São Paulo está investigando o licenciamento do Projeto Verde Atlântico Energias, sobre os riscos de impactos na região. (Brasil Energia – 28.08.2017)
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Energias Renováveis
1 EPE disponibiliza “Estudo Prospectivo para Escoamento do Potencial Solar das Regiões Norte e Noroeste de Minas Gerais”
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) disponibiliza o Estudo Prospectivo para Escoamento do Potencial Solar das Regiões Norte e Noroeste de Minas Gerais, que recomenda a expansão do sistema de transmissão para o escoamento de empreendimentos futuros de fonte solar nessas regiões do Estado, indicando, ainda, os barramentos preferenciais para conexão de novas usinas que garantem o menor custo global de investimento. Adicionalmente, a expansão recomendada fornecer um novo ponto de atendimento à distribuidora no Norte do Estado, aumentando a confiabilidade e qualidade de atendimento da população local. O estudo contempla aspectos técnicos e econômicos dos reforços propostos, além da avaliação preliminar das questões socioambientais associadas, contida na Nota Técnica DEA 07/17 anexa ao relatório. Dentre as áreas com notável potencial de evolução dessa fonte, estão as regiões Norte e Noroeste do Estado de Minas Gerais, cujos sistemas de transmissão e distribuição serão analisados nesse trabalho. Dada a baixa densidade demográfica e o nível de desenvolvimento inferior à média nacional, pretende-se, ainda, proporcionar reforços estruturantes para os frágeis sistemas de transmissão e distribuição que atualmente atendem essas localidades. Para ler o estudo na íntegra, clique aqui. (O Estado de São Paulo 28.08.2017)
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2 Setor de energia vive um momento de intensa transformação
O acordo climático de Paris, o veto à venda de carros movidos a combustíveis fósseis a partir de 2040 anunciado por alguns países, o avanço das fontes renováveis, a microgeração distribuída, as redes inteligentes e as novas tecnologias de armazenamento apontam para um futuro remodelado das concessionárias. Além de criar novos negócios e mudar o papel do consumidor, que ganhará um novo poder, as empresas terão de buscar receitas no ambiente não regulado. Um mercado de mais de US$ 30 bilhões deverá se abrir nos próximos anos diante da mudança da matriz elétrica nacional, em que a construção de usinas a fio d'água e o uso de fontes intermitentes, como eólica e solar, exigirão mais automação na operação do sistema e maior eficiência em todos os elos da cadeia. "As redes de energia brasileira ainda são muito defasadas, terão de ter mais inteligência distribuída nos próximos anos, com mais automação e mais serviços, que deverão destravar novos modelos de negócios e colocar um consumidor com mais poder nas mãos", observa Carlo Zorzoli, presidente da Enel, grupo da Itália, país que, depois de 15 anos da instalação dos primeiros medidores eletrônicos, agora trabalha na substituição por uma nova geração de equipamentos. (Valor Econômico – 28.08.2017)
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3 Tomadas inteligentes podem permitir gestão eficiente de equipamentos e até criar parâmetros de consumo
Sensores inteligentes em prédios conseguem analisar o consumo do ar condicionado em diversas condições climáticas, abrindo caminho para que as concessionárias também gerenciem as contas de luz de clientes. A internet das coisas (IoT) está chegando ao setor elétrico pelas redes inteligentes de energia, que poderão ter impacto sobre a microgeração distribuída, os carros elétricos e o armazenamento de energia. A velocidade de adoção depende de questões regulatórias. Parte mais visível da revolução, os medidores inteligentes são bidirecionais, ou seja, leem o consumo e indicam se o cliente gera energia com seu painel fotovoltaico. A CPFL estuda implementar medidores inteligentes entre consumidores residenciais, no maior projeto da área. Em um cenário conservador, seriam substituídos dois milhões de medidores; no agressivo, seriam oito milhões. O custo de um medidor novo está perto de US$ 100, outros US$ 50 seriam gastos em sistema de comunicação. O investimento seria superior a R$ 1 bilhão. "Para esse projeto, seria preciso resolver questões regulatórias, o reconhecimento na tarifa é dado apenas na revisão periódica, que ocorre a cada quatro a cinco anos, com uma tecnologia que demanda investimento intensivo em dez anos ou mais. É preciso reconhecer que elas podem acelerar a adoção de carros elétricos ou de microgeração distribuída", destaca o diretor de engenharia da CPFL, Caius Malagoli. (Valor Econômico – 28.08.2017)
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4 Entidades falam sobre medidores inteligentes de energia
O Brasil tem cerca de 70 milhões de medidores - menos de 5% inteligentes. Os investimentos apenas na troca desses equipamentos e de seus sistemas de comunicação poderia superar R$ 30 bilhões. "A transformação do setor será análoga à de telefonia, o que exigirá muito dos reguladores, e as novas tecnologias são mais caras, exigem altos investimentos e uma regulação que contribua para isso", aponta Joisa Dutra, coordenadora do Centro de Regulação e Infraestrutura da Fundação Getulio Vargas (FGV). Uma das saídas, para evitar alta nas contas, seria reduzir os encargos e os tributos, que chegam a 40% das contas, mas em momento de aperto fiscal a opção é impossível de ser aplicada. "Será preciso pensar em uma política pública com uma solução econômica viável para a adoção, mas na proposta de reforma do governo isso não fica claro", diz Charles Lenzi, presidente da AES Eletropaulo. Há outro ponto: a vida útil dos medidores é estimada em 13 anos pelo governo, mas as condições climáticas têm feito com que testes mostrem que a duração pode chegar a cinco anos em alguns locais do Nordeste. "A reposição dos equipamentos pode ser mais rápida", afirma o gerente de pesquisa e desenvolvimento da Neonergia, José Antonio de Souza Brito. Mesmo sem o avanço dos medidores, a rede das distribuidoras tem incorporado novas tecnologias. Uma tendência tem sido os sistemas automatizados de conserto da rede, o "self healing", no jargão do setor. A Energisa implementou em João Pessoa (PB) um sistema desse tipo que, em uma ocorrência de grande porte envolvendo cinco mil clientes, restabeleceu 88% em 13 segundos. (Valor Econômico – 28.08.2017)
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5 Microgeração distribuída solar também deverá ter forte expansão
Hoje o país tem pouco mais dez mil consumidores residenciais e pequenos comerciantes gerando sua energia a partir de painéis fotovoltaicos. Na metade da próxima década, o governo estima que esse número salte para 850 mil pontos, o que trará impactos para a rede e para o bolso das distribuidoras. Os fornecedores estão atentos a esses movimentos. "A digitalização e automação das concessionárias de energia elétrica será crescente, assim como a tendência dos carros elétricos nas ruas, o que também exigirá maior conexão de tecnologias", diz José Roberto Paiva, vice-presidente de marketing e vendas da ABB. As distribuidoras estão de olho na regulação. "A chave do sucesso das mudanças que estão vindo será a regulação, vemos com bons olhos a tarifa binômia para a microgeração distribuída, porque o modelo atual não é sustentável", diz Nelson Leite, presidente da Abradee. A tarifa binômia para consumidores residenciais, em discussão com o órgão regulador, prevê que o consumidor microgerador de energia elétrica pagaria pelo uso da estrutura da rede. (Valor Econômico – 28.08.2017)
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6 Única: Etanol volta a mostrar atratividade na 1ª quinzena de agosto
Os preços do etanol voltaram a mostrar certa atratividade para as usinas produtoras do centro-sul do Brasil na primeira quinzena de agosto, que destinaram no período o menor percentual de cana para a fabricação de açúcar em quatro quinzenas, segundo a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). “A queda da participação do açúcar no mix de produção desta quinzena se deve à arbitragem mais favorável ao etanol. Quando isso acontece é normal que as usinas anexas, aquelas que fabricam açúcar e etanol, optem pelo produto mais vantajoso”, explicou a entidade em nota enviada à Reuters. Nos primeiros quinze dias de agosto, as usinas do centro-sul direcionaram 50,04 % da oferta de cana para a produção de açúcar e 49,96 % para a de etanol. Embora ainda supere o mix de igual momento do ano passado (48,57 %), a redução na alocação de cana para a produção de açúcar vai em linha com as perspectivas de grupos sucroenergéticos apresentadas no início do mês, durante a temporada de balanços de resultados. Com esse mix, o centro-sul produziu 3,15 milhões de toneladas do adoçante nos primeiros 15 dias de agosto, 6 % acima do registrado há um ano, mas abaixo do recorde da segunda quinzena de julho, de 3,41 milhões de toneladas. Quanto ao etanol, as usinas da região fabricaram 1,94 bilhão de litros na quinzena, praticamente estável na comparação anual. A melhora nas vendas de etanol hidratado ocorrem após o governo favorecer o setor diante de um aumento no PIS/Cofins para a gasolina. A Unica não comentou este assunto. (Reuters – 28.08.2017)
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7 Universidade de MG investe em energia fotovoltaica
O custo cada vez mais alto na energia convencional tem feito consumidores industriais, do comércio, residenciais e até mesmo universidades a procurarem opções mais baratas para o consumo no dia a dia. Mais do que necessidade, a adoção de sistemas de geração de energia alternativos, como o uso de placas solares, é uma tendência que segundo especialistas, deve ganhar cada vez mais adeptos. Segundo dados da Aneel, Minas Gerais é o estado com maior número de ligações em sistema de geração distribuída: 2,4 mil. "Você vê as discussões sobre os processos de privatização. Se for privatizado, a questão do controle do governo vai ficar cada vez mais tênue. Isso significa que as tarifas vão crescer. Se você consegue investir em fotovoltaica, você consegue diminuir essa demanda, você vai produzir sua própria energia.", diz o professor do Departamento de Física e coordenador de energia da Universidade Federal de Lavras (Ufla), Joaquim Paulo da Silva. Segundo o professor, o investimento em um sistema de geração de energia com placas fotovoltaicas garante retorno em pouco tempo. A Ufla já conta com uma usina solar experimental que está em operação graças a um convênio assinado com a Cemig. Com 250 placas fotovoltaicas para a geração de energia, a usina tem geração de 12,5 kW de potência, suficiente para abastecer o consumo mensal de um departamento técnico científico da universidade. A universidade busca agora parceiros para um projeto de implantação de uma usina que tornaria a instituição auto sustentável em energia, o que geraria uma economia de pelo menos R$ 300 mil mensais em contas de luz. (G1 – 29.08.2017)
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8 Empresas buscam alternativas para economizar na conta de luz em MG
Em Lavras, uma empresa especializada em operações logísticas que integram ferrovias, portos e terminais, investiu R$ 230 mil na criação de uma usina fotovoltaica. Segundo a empresa, a usina faz parte do "Selo Verde". O objetivo é economizar recursos naturais e reduzir a poluição nas instalações da empresa. De acordo com a equipe responsável pelo projeto, em até 25 anos, a usina evitará a emissão de 102 toneladas de gás carbônico e o corte de 410 árvores. Além dos ganhos para o meio ambiente, a previsão é de que a tecnologia gere uma economia de R$ 36 mil /ano. "Além da energia solar, a empresa pretende a utilização de outras matrizes renováveis como as PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) e biomassa, através do mercado livre de energia, no qual já participamos", diz o analisa de meio ambiente, Itamar Magalhães. Em Machado, uma empresa trabalha no projeto e instalação de sistemas fotovoltaicos que possam trazer maior economia em grandes comércios ou indústrias. Segundo o diretor de tecnologia da empresa e engenheiro eletricista, Flávio Nogueira, desde que o primeiro sistema foi ativado em maio de 2016, o retorno financeiro já significou 27% do investimento. Através dele, a energia que é gerada durante o dia pelas placas solares é jogada na rede convencional da Cemig e "retorna" durante o consumo. No final, o balanço entre o que foi gerado e o que foi consumido gera créditos que serão abatidos na conta de energia. (G1 – 29.08.2017)
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9 Cemig: Sistema de geração distribuída está em crescimento no Brasil
Segundo a Cemig, o sistema de geração distribuída brasileiro está em crescimento e já possui 11.380 unidades geradoras, com potência instalada de 130.649 kW, conforme dados divulgados pela Aneel. Minas Gerais é o estado que mais tem produtores – são 2.409 ligações, sendo 2.329 na área de concessão da Cemig, com potência instalada de 26.210 kW. A partir de fontes renováveis, como sol, vento, rejeitos e resíduos, os clientes produzem energia para consumo próprio e, muitas vezes, injetam o excedente na rede de distribuição, aliviando a carga do sistema elétrico. Na área de concessão da Cemig, a Aneel registrou 2.281 unidades geradoras usando tecnologia fotovoltaica, que capta e converte energia solar em energia elétrica, e 47 plantas de cogeração, utilizando biogás de resíduos agroindustriais, florestais e gases de processos. (G1 – 29.08.2017)
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Gás
e Termelétricas
1 Bolívia estima demanda por gás além da capacidade do Gasbol após 2019
Petrobras, Shell Brasil e mais cinco estados brasileiros negociam a compra de volumes de gás natural com a YPFB, estatal responsável pela venda do insumo da Bolívia. Com isso, as autoridades bolivianas estimam que após 2019 a demanda de gás boliviano será de 39 milhões de m³/dia – superior aos 30 milhões de m³/dia que o país atualmente exporta do país vizinho, embora a capacidade do Gasbol seja do volume contratado atualmente. De acordo com matéria do jornal La Razón, o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Luis Alberto Sanchez, disse que as negociações com a Petrobras avançam e a petrolífera brasileira renovaria o contrato, mas com uma compra de 15 milhões de m³/dia. Já a Shell, estaria negociando a compra de até 12 milhões de m³/dia, enquanto cinco estados brasileiros – cujos nomes não foram divulgados – levariam o volume restante, chegando aos 39 milhões de m³/dia calculados pelo estado boliviano. O atual contrato de compra de gás da Bolívia termina em 2019, mas até 2021, a Petrobras está autorizada a retirar um volume residual de gás que já foi pago, porém não retirado, o chamado backup. A Petrobras tem sinalizado no mercado nacional que não pretende assumir o mesmo papel após 2021, abrindo espaço para que outros agentes de mercado negociem sua fatia com os bolivianos. (Brasil Energia – 28.08.2017)
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2 Superintendência do Cade recomenda reprovação de venda da Liquigás para Ultragaz
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) emitiu parecer pela reprovação da aquisição da Liquigás Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras, pela concorrente Ultragaz, da Ultrapar, de acordo com comunicado divulgado pelo órgão antitruste nesta segunda-feira. Segundo o órgão do Cade, a operação geraria sobreposições elevadas de mercado na maioria dos Estados analisados. No negócio, anunciado no ano passado, a Petrobras vendeu a Liquigás por 2,8 bilhões de reais, como parte de seu programa de desinvestimentos para reduzir o alto endividamento. O caso segue agora para análise do Tribunal do órgão, que decidirá sobre o caso ou determinará eventuais remédios que afastem os problemas identificados. Entretanto, a superintendência do Cade avalia que alienação de participações para minimizar os problemas identificados não seria o caminho adequado. De acordo com o parecer, um pacote de desinvestimentos que pudesse atender de forma adequada todas as preocupações concorrenciais identificadas seria de difícil implementação e monitoramento, com resultados incertos em termos de efetividade. A operação foi notificada ao Cade em 7 de abril de 2017, e o prazo legal para a decisão final do órgão é de 240 dias, prorrogáveis por mais 90. Segundo o parecer, a operação afeta os mercados de distribuição de Gás Liquefeito de Petróleo -GLP envasado, que inclui o vasilhame P13 (conhecido como botijão de gás); de distribuição de GLP a granel, que atende principalmente a clientes comerciais e industriais; e o mercado de distribuição de GLP propelente, insumo utilizado pela indústria de aerossóis. As determinações do tribunal podem ser aplicadas de forma unilateral ou mediante acordo com as partes. (Reuters – 28.08.2017)
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3 ABNT confirma certificação da Copergás no SGI
A Associação Brasileira de Normas Técnicas confirmou a certificação da Copergás no Sistema de Gestão Integrado (SGI). O auditor líder da ABNT, Eduardo Nunes, anunciou a confirmação na sexta-feira (25/8), durante encerramento das atividades de auditoria. O relatório final deve ser concluído nos próximos 15 dias. A auditoria teve início na segunda-feira (21/8) e incluiu ações na sede e na unidade operacional de Paratibe e em campo, como em gasodutos, estações e caixas de válvulas. A auditoria foi realizada pelo método de amostragem, checando se as práticas e padrões da Copergás continuam adequados ao proposto para a certificação. A próxima etapa, será a renovação da auditoria de conformidade, quando ocorrer mudança de sede. Neste caso, serão verificados fatores como segurança, por exemplo. A Copergás tem a tríplice certificação no SGI no inicio de 2012. O selo abrange as certificações ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001, qualidade, meio ambiente, saúde e segurança do trabalho. (Brasil Energia – 28.08.2017)
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4 Brasil busca apoio de estatal chinesa para retomar obra de Angra 3
A Eletrobras, sua subsidiária Eletronuclear e a China National Nuclear Corporation (CNNC) assinarão na sexta-feira, em Pequim, um memorando de entendimentos de cooperação do setor nuclear envolvendo Brasil e China, durante visita do presidente Michel Temer. O documento prevê a criação de oportunidades de aprofundamento da cooperação bilateral para uso da energia nuclear para fins pacíficos, com destaque para interesses comuns em estabelecer parceria para conclusão da usina nuclear de Angra 3. Pelo lado brasileiro participarão da cerimônia de assinatura o presidente Temer, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o presidente da Eletronuclear, Bruno Barretto, e o chefe da superintendência internacional da Eletrobras, Pedro Luiz Jatobá. Segundo um negociador envolvido no assunto, está em discussão a possibilidade de a China colocar recursos financeiros na conclusão de Angra 3. Estima-se que são necessários mais de R$ 16 bilhões para concluir o projeto. Com o novo memorando, a expectativa no mercado é que os chineses estão um passo à frente na disputa pela conclusão de Angra 3. O principal modelo em estudo pelo governo brasileiro e pela Eletronuclear é criar uma joint-venture, ou uma sociedade de propósito específico, com o novo sócio para concluir as obras de Angra 3. O modelo se assemelha ao previsto em memorando assinado pela Petrobras e a China National Petroleum Corporation (CNPC), em julho. Um dos pontos em aberto no documento é uma parceria para concluir a construção da refinaria do Comperj. No caso de Angra 3, a parceria, porém, seria apenas na construção. Pelo lado dos sócios, franceses, russos e chineses olham para além de Angra 3. No entendimento das empresas desses países, o Brasil necessitará de novas usinas nucleares no longo prazo. (Valor Econômico – 29.08.2017)
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Economia Brasileira
1 Dívida Pública Federal total cai em julho, para R$ 3,341 tri
A Dívida Pública Federal (DPF) caiu 0,48% em termos nominais na passagem de junho para julho, somando R$ 3,341 trilhões. O custo médio também cedeu, passando de 11,4% ao ano em junho para 10,89% no mês passado. Pelas metas estabelecidas no Plano Anual de Financiamento (PAF), a DPF deve oscilar entre R$ 3,45 trilhões e R$ 3,65 trilhões. Segundo nota divulgada pelo Tesouro Nacional, a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi), formada pelos títulos públicos emitidos no mercado doméstico, registrou uma queda de 0,27%, para R$ 3,224 trilhões em julho. Já a Dívida Federal Externa somou R$ 116,41 bilhões (US$ 37,18 bilhões), o que representa uma queda de 6,12% na comparação com os números de junho. No mês passado, as emissões da Dívida Pública Federal corresponderam a R$ 65,05 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 99 bilhões, o que resultou em resgate líquido de R$ 33,95 bilhões. Desse total líquido, R$ 31,41 bilhões referem-se a resgate líquido da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) e R$ 2,54 bilhões de resgate líquido de Dívida Pública Federal Externa. O percentual da dívida interna a vencer em 12 meses ficou em 14,96%, contra 15,25% em junho. O prazo médio da dívida interna fechou julho em 4,34 anos, ante 4,3 anos em junho. Considerando a metodologia "Average Term to Maturity", que permite melhor comparabilidade do Brasil com outros países, a vida média da dívida pública federal manteve-se em 6,19 anos em julho (mesmo número no mês anterior). (Valor Econômico – 28.08.2017)
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2 Situação da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna
A participação de investidores estrangeiros na Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) caiu em termos percentuais de 12,9% em junho para 12,83% em julho. Em valor absoluto, a fatia saiu de R$ 417,14 bilhões para R$ 413,87 bilhões. As instituições de previdência fecharam julho com 25,28% da dívida, ante 25,52% em junho. As instituições financeiras encerraram o mês respondendo por 22,3% da DPMFi, contra 22,97% em junho. Os fundos de investimento ampliaram participação para 24,37%, ante 23,59% em junho. O governo responde por 4,88%, ante 4,85% em junho. Já as seguradoras saíram de 4,55% em junho para 4,71% em julho. O custo médio do estoque da DPMFi caiu de 11,47% ao ano em junho para 11,17% em julho. A comparação, feita pelo Tesouro Nacional, considera o custo acumulado nos últimos 12 meses terminados em cada período. A participação de papéis pós-fixados subiu de 32,03% em junho para 33% em julho. A fatia de papéis prefixados passou de 36,1% da DPMFi em junho para 35,18% em julho. Os títulos indexados a índices de preços, por sua vez, terminaram julho em 31,37% da dívida interna ante 31,41% em junho. Os ativos corrigidos pelo câmbio fecharam em 0,45%, ante 0,46% em junho. Ativos corrigidos pelo câmbio fecharam em 0,45%, ante 0,46% em junho. Em julho, os prefixados representaram 34,27% da DPF, enquanto os índices preços 30,28%, e taxa de câmbio 3,6%, da DPF. (Valor Econômico – 28.08.2017)
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3 Confiança do empresário do comércio recua em agosto, aponta CNC
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) foi de 103,1 pontos em agosto, uma queda de 0,3% ante julho. Mesmo com o recuo, o indicador ainda ficou 14,6% acima do observado em agosto do ano passado. Para a entidade, a queda entre julho e agosto foi influenciada por incertezas geradas na área política, para o desempenho da atividade econômica nos meses à frente. Entretanto, apesar de ter cedido ante o mês imediatamente anterior, a confederação informou que o desempenho de agosto do Icec indica bons sinais no poder de compra das famílias no mês. “A avaliação das condições atuais impactou positivamente o indicador. A desaceleração da inflação e a redução do custo do crédito vêm preservando o poder de compra das famílias e impulsionando levemente as vendas do comércio no período”, avalia Bruno Fernandes, economista da CNC. Nos três tópicos usados para cálculo do indicador, a avaliação do empresário varejista sobre condições atuais subiu 1,1% entre julho e agosto, com aumento de 57,1% na comparação com agosto do ano passado, para 74,2 pontos. O tópico de investimentos subiu 0,4% em agosto ante julho, com alta de 9,2% em relação a igual mês de ano anterior, para 89 pontos. Já o indicador de expectativas caiu 3,1% em agosto ante julho, para 146,1 pontos - mas está 3,5% acima de agosto de 2016. A CNC comentou que os sinais de retomada gradual das vendas do varejo no curto prazo fortalecem o cenário de um desempenho mais favorável do comércio em 2017. A entidade reconhece que o efeito nas vendas do varejo dos recursos de saque do FGTS inativo é temporário – mas, ainda assim, isso não deve impedir recuperação de vendas em comparação com ano passado. No ano passado, as vendas do varejo ampliado caíram 8,7% em relação a 2015, segundo o IBGE. (Valor Econômico – 28.08.2017)
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4 Juros futuros ficam quase estáveis, com o menor volume em 3 semanas
Com o menor volume em três semanas, o mercado de DI chegou ao fim da tarde desta segunda-feira com taxas próximas do ajuste anterior. O mercado evitou grandes mudanças de posições antes de uma semana com eventos importantes do lado fiscal e também do macroeconômico. Hoje, porém, a pauta foi modesta, com destaque apenas para o relatório Focus do Banco Central. A atualização do documento mostrou que o mercado mudou as apostas para uma Selic de 7,25% ao fim deste ano, o que igualaria a mínima recorde que vigorou entre outubro de 2012 e abril de 2013.Uma semana antes, a mediana das estimativas indicava Selic de 7,50%. As projeções de inflação também melhoraram. O IPCA estimado para este ano recuou de 3,51% para 3,45%. Para 12 meses, a taxa prevista caiu de 4,43% para 4,30%. E os prognósticos para o índice de agosto e setembro também cederam. Se hoje os DIs ficaram perto da estabilidade, ao longo da semana as taxas podem mostrar volatilidade. O governo quer votar no Congresso Nacional na terça-feira a revisão das metas fiscais de 2017 e 2018. Na quarta, o foco se volta para a medida provisória que cria a TLP - com destaques que ainda precisam ser apreciados. Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro/2018 caía a 7,855% ao ano (7,880% no ajuste anterior). O DI janeiro/2019 operava estável, a 7,820%. O DI janeiro/2021 tinha taxa de 9,290% (9,300% no ajuste anterior). E o DI janeiro/2023 indicava 9,920% (9,930% no último ajuste). Até as 16h50, 844.825 contratos de DI haviam sido negociados. Com isso, o mercado caminhava para fechar o dia menos movimentado desde 7 de agosto, quando o giro não passou de 707.897 ativos. (Valor Econômico – 28.08.2017)
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5 Viana: Ritmo de corte da Selic depende de manutenção do cenário base
O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Viana de Carvalho, afirmou que a manutenção do atual ritmo de corte da Selic, de 1 ponto percentual, dependerá da permanência das condições descritas no cenário básico do Copom e das estimativas da extensão do ciclo. “O ritmo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação”, disse o diretor em evento na USP de Ribeirão Preto (SP). O discurso de Viana foi disponibilizado no site do BC. A parte da apresentação dedicada à política monetária reafirma o comunicado da última decisão, a ata do Copom e as recentes entrevistas do presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn. A próxima reunião do Copom acontece nos dias 5 e 6 de setembro e o consenso de mercado é novo corte de 1 ponto, levando a taxa dos atuais 9,25% para 8,25% ao ano. Em face das expectativas de inflação ancoradas em torno da meta, da inflação em queda e do alto grau de ociosidade na economia, a taxa Selic recuou 500 pontos-base desde outubro de 2016. O diretor também chamou atenção para a queda do juro real, que oscila entre 3% a 3,4% em diferentes medidas e afirmou que tal patamar é “baixo do ponto de vista histórico brasileiro e tende a estimular a economia”. Sobre a extensão do ciclo de redução, Viana disse que isso dependerá de fatores conjunturais e das estimativas da taxa de juros estrutural da economia brasileira. “A evolução do processo de reformas e ajustes necessários na economia, principalmente das fiscais e creditícias, é importante para a queda das estimativas da taxa de juros estrutural. Essas estimativas continuarão a ser reavaliadas pelo Copom ao longo do tempo”, afirmou. Segundo Viana, é necessário continuar os esforços de reduzir a taxa de juros estrutural. (Valor Econômico – 28.08.2017)
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6 Se meta não mudar, Meirelles fala em restrições ‘severas de despesas’
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que, se não for aprovada a proposta de revisão das metas fiscais de 2017 e 2018 pelo Congresso Nacional, a equipe econômica terá de trabalhar com restrições “muito severas de despesas” em relação ao Orçamento. Duas semanas atrás, o governo revisou de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões a previsão de déficit primário para 2017 e de R$ 129 bilhões para os mesmos R$ 159 bilhões em 2018. A equipe econômica trabalha para que a revisão seja aprovada no Congresso até esta quinta-feira, prazo para o envio da proposta de lei orçamentária anual de 2018 ao Congresso Nacional. “A proposta orçamentária será enviada na data prevista pela lei”, disse Meirelles. “A nova meta fiscal está sendo discutida no Congresso e esperamos que seja aprovada o mais rápido possível”, afirmou. “Se não for aprovada a revisão da meta, vamos ter de trabalhar com restrições muito severas de despesas e talvez com outras medidas na área da receita também”, afirmou o ministro. Meirelles ressaltou que a equipe econômica anunciou um Orçamento “realista e factível” e que será cumprido. “Propusemos um Orçamento que permitirá melhor funcionamento da máquina pública e evitando-se aumento de impostos”, disse, reiterando que o Congresso Nacional é soberano e que o governo cumprirá suas decisões. “O Orçamento será enviado este mês e estamos trabalhando para que a revisão da meta seja aprovada o mais rápido possível”, disse. (Valor Econômico – 28.08.2017)
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7 Meirelles crê que país entrará 2018 crescendo até 3%
O ministro Henrique Meirelles, disse que o governo considera que a economia brasileira encontra-se em trajetória de recuperação. Em sua avaliação, o país já está em trajetória de crescimento ao longo deste ano, o que leva o governo a esperar que a economia chegue em 2018 com um ritmo de crescimento acima de 2,5% possivelmente ao redor de 3%. “Esse é um quadro de previsão, sujeito a variáveis que estão em andamento”, disse. “O Brasil mostra evidências de crescimento concreto em diversos setores da economia”, completou Meirelles, após reunião ministerial convocada pelo presidente Michel Temer nesta segunda-feira, véspera de sua viagem à China. Meirelles lembrou que a proposta orçamentária apresentada pelo governo é conservadora ao explicar a projeção de crescimento acima de 2,5% para 2018. ”Para a nossa visão de hoje, é um crescimento de 2% com viés de alta”, disse. “A boa técnica indica que isso não deve estar incorporado ao crescimento. O que devemos é estar preparados para um crescimento maior do que isso”, completou. O ministro disse ainda que considera que deve prevalecer o “senso de realismo e responsabilidade” sobretudo para o governo conseguir aprovar a reforma da Previdência Social. Conforme destacou, o pacote de medidas para realização do cumprimento da meta fiscal de 2017 e 2018 está em processamento e será anunciado nas próximas semanas. O ministro destacou que a agricultura cresce menos no segundo trimestre ou tem desempenho negativo, mas que, sem esse efeito, o terceiro trimestre apresentará crescimento, assim como o seguinte. De acordo com o ministro, o governo espera um crescimento de 2% no quarto trimestre deste ano em relação a igual período de 2016. Em sua avaliação, essa apresentação deve-se ao resultado da austeridade fiscal, proposta pelo governo, e confiança que a economia passou a ter com a aprovação de todos os projetos em que o governo saiu vitorioso. “Temos medidas importantíssimas em discussão no Congresso e que serão discutidas”, disse. (Valor Econômico – 28.08.2017)
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8 Em um de cada cinco lares do país ninguém tem renda do trabalho
A maior crise econômica da história do país ainda pesa na estrutura de renda das famílias brasileiras. No segundo trimestre deste ano, o Brasil tinha 15,2 milhões de lares onde ninguém trabalhava, 2,8 milhões a mais do que no mesmo período de 2014 - um incremento de 22%. Isso significa que um em cada cinco domicílios (21,8% do total) não tinha renda fruto do trabalho (formal ou informal). O levantamento foi feito a pedido do Valor pelos pesquisadores Samuel Franco e Suiani Febroni, do Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade (Iets) e da Oportunidades, Pesquisa e Estudos Sociais (OPE Sociais), a partir dos microdados da Pnad Contínua, do IBGE. "A crise colocou muitos chefes de família para fora do mercado de trabalho. Em muitos lares, cônjuges e filhos também foram demitidos. Membros da família tiveram que buscar emprego para recompor a renda, mas poucos conseguiram. Esse é o motivo mais provável para o resultado da pesquisa. São lares que estão agora sem renda do trabalho e que passam por um momento difícil", diz Franco. De acordo com o IBGE, 2,6 milhões de pessoas perderam seus empregos entre o fim de 2014 e o segundo trimestre deste ano. Nesse período, a taxa de desemprego nacional passou de 6,5% para os atuais 13% da força de trabalho. O país tinha 13,5 milhões de pessoas desempregadas no segundo trimestre, mais do que o dobro apurado pelo instituto nos três últimos meses de 2014 (6,4 milhões). No entanto, o número total de pessoas sem renda do trabalho é maior, porque há aqueles que apesar de estarem sem emprego não estão sequer procurando e ainda aqueles que vivem de outras rendas, incluindo aí os aposentados e pensionistas; além daqueles que recebem benefícios de programas de transferência de renda. Segundo o IBGE, o país tinha 64 milhões de pessoas fora da força de trabalho no segundo trimestre. (Valor Econômico – 29.08.2017)
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9 Confiança da indústria cresce em agosto, aponta pesquisa da FGV
A avaliação dos empresários da indústria em relação ao momento presente subiu ao maior nível em mais de três anos e levou o Índice de Confiança da Indústria (ICI) a avançar 1,4 ponto em agosto. De acordo com a FGV, o ICI chegou aos 92,2 pontos, retornando praticamente ao que registrou em maio (92,3), antes do agravamento da crise política. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,6 ponto, para 90,0 pontos, o maior valor desde maio de 2014. “A boa notícia da Sondagem de agosto é que as avaliações das empresas sobre a situação atual começam a melhorar de forma consistente e atingem o melhor resultado desde o início da crise, em 2014”, afirma em nota a coordenadora do indicador, Tabi Thuler Santos. As expectativas também se recuperam do aprofundamento da crise política em maio, mas “calibradas para baixo”, segundo Tabi, ao subirem 1 ponto para 94,4 pontos. Somadas, as altas registradas pelo Índice de Expectativas (IE) em julho (1,3 ponto) e agosto ainda não foram suficientes para recuperar a perda registrada em junho, de 3,6 pontos. A alta da confiança alcançou 11 dos 19 segmentos industriais, segundo a FGV. E a principal influência para a alta do ISA em agosto veio da melhor percepção sobre o nível dos estoques. A parcela de empresas que avaliam os estoques como excessivos caiu de 12,1%, em julho, para 10,8% — a menor desde fevereiro de 2014 (9,1%). Houve aumento da parcela de empresas que consideram o nível de estoques insuficiente, de 3,3% para 3,6% do total entre julho e agosto. Apesar do avanço, a combinação das parcelas mostra, segundo a FGV, que após a piora consecutiva por quatro meses as empresas continuam com estoques industriais indesejados em agosto. Em relação às expectativas, as melhores projeções para a produção nos três meses seguintes tiveram a maior contribuição positiva de agosto. (Valor Econômico – 29.08.2017)
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10 Dólar ontem e hoje
O dólar fechou em alta moderada frente ao real nesta segunda-feira, a última de agosto. A moeda ganhou 0,27%, a R$ 3,1626. No mercado futuro, o dólar para setembro subia 0,11%, a R$ 3,1675. Hoje, pela manhã, o dólar subia 0,11% a R$ 3,1660. (Valor Econômico – 28.08.2017 e 28.08.2017)
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Internacional
1 Argentina: Governo aprova construção de 2 represas sobre o rio Santa Cruz e incorpora 1.310 MW
O governo argentino aprovou a construção das represas Presidente Nestor Kirchner e Governador Jorge Cepernic sobre o rio Santa Cruz, no sul do país, mediante uma resolução conjunta dos Ministérios de Minas e Energia, Ambiente e o Ministério de Desenvolvimento Sustentável, que também dispõe da adoção das recomendações de impacto ambiental aprovado em audiências públicas. A resolução publicada no Boletim Oficial diz que as organizações não governamentais ambientalistas e os cidadãos que participaram da audiência pública apontaram “elementos jurídicos relevantes”, em particular sobre os aspectos hídricos entre a represa Kirchner e o Lago Argentino; com o Sistema Argentino de Interconexão (SADI); a necessidade de diálogo com as comunidades afetadas, entre outros. Em um dos seus anexos, a resolução recorda que os aproveitamentos das represas implicam a incorporação no parque de geração elétrica do país 1.310 MW de capacidade hidrelétrica, que representam aproximadamente 5% da capacidade disponível de geração existente. A geração hidrelétrica média prevista é estimada em 5.1.71 GWh de energia, que também representa 5% da demanda elétrica do país, e é “de caráter eminentemente renovável que, por definição, resulta em energia produzida a partir de um recurso que não se esgota por sua utilização”. (Inversor Energético – Argentina – 28,08.2017)
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2 Tempestade reduz produção de petróleo e gás da Petrobras no Golfo do México
O fechamento preventivo dos campos de Lucius, Hadrian South e Cottonwood, em função da passagem da tempestade tropical Harvey, reduziu a produção de petróleo e gás da Petrobras no Golfo do México em 15 mil barris de óleo equivalente ao dia, informou a estatal nesta segunda-feira. Na véspera, a Petrobras havia informado que o processamento de petróleo na Refinaria de Pasadena também havia sido preventivamente interrompido no domingo, devido ao mau tempo na região. “As interrupções do processamento e da produção ocorreram de maneira segura e sem incidentes. Às operações serão retomadas também de maneira segura, à medida que as condições climáticas permitirem”, disse a Petrobras em nota. (Reuters – 28.08.2017)
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3 Portugal: Autorização para 14 centrais fotovoltaicas num total de 521 MW e 381 mi de euros
O Governo de Portugal autorizou a instalação de 14 novas centrais solares fotovoltaicas, as quais terão uma capacidade instalada de 521 megawatts e resultarão de um investimento estimado em 381 milhões de euros. Segundo informação divulgada pelo gabinete do secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, neste processo, incluído na promoção de energias renováveis, os adiantamentos pagos ao Estado pelos promotores totalizam seis milhões de euros. De acordo com a Agência Lusa, o Governo informou também que há 46 pedidos de licenciamento que se encontram em fase de instrução na Direção Geral de Energia e Geologia, o que equivale a 1.106 megawatts de capacidade instalada e um investimento potencial de 995 milhões de euros. Entre os dias 1 e 15 de setembro decorrerá um novo período de licenciamento para projetos de produção em regime especial na Direção Geral de Energia e Geologia. No total, Portugal conta com 20.758 megawatts de capacidade instalada de produção de eletricidade, dos quais 5.313 megawatts correspondem a energia eólica e 291 megawatts são de origem fotovoltaica. A parcela relativa à energia térmica e hídrica é de 8.287 megawatts e 7.108 megawatts, respectivamente. Os restantes 29 megawatts referem-se à geotermia. (Jornal Econômico – Portugal – 26.08.2017)
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4 Portugal: ONU aprova US$ 2,5 milhões para amenizar crise de energia na Palestina
A faixa de Gaza, na Palestina, tem passado por uma grave crise de eletricidade desde meados de abril, quando a usina elétrica local foi desligada devido a uma disputa entre a Autoridade Palestina e o grupo Hamas sobre impostos para o combustível necessário à instalação. O fornecimento de energia a domicílios e serviços cobriu apenas 25% das necessidades nas últimas seis semanas. Hospitais, por exemplo, estão a operar com geradores. A ONU liberou mais 2,5 milhões de dólares de um fundo humanitário para cobrir necessidades urgentes da população local. Os recursos do fundo humanitário vão fortalecer uma operação da ONU que fornece combustível a geradores que mantém o funcionamento de cerca de 190 instalações de saúde, água e saneamento. Praticamente todos os 2 milhões de palestinos a viver em Gaza beneficiarão da operação. O financiamento também fornecerá equipamento médico, painéis solares, assistência em dinheiro e suprimentos agrícolas, que serão incluídos para aumentar a segurança alimentar e reduzir os custos da produção de alimentos para 2,2 mil pequenos agricultores. (Jornal Econômico – Portugal – 25.08.2017)
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5 Versão própria de bitcoin estimula comércio de energia solar na Austrália
Uma empresa australiana está lançando uma versão própria do bitcoin que permitirá que proprietários de imóveis e empresas vendam energia excedente gerada a partir de painéis solares instalados em seus telhados a vizinhos sem destinar uma fatia a intermediários. Até esta segunda-feira, a Power Ledger, que tem sede em Perth, havia vendido cerca de 57% de um total de 100 milhões dos chamados “tokens de energia” oferecidos a 8,8 centavos de dólar americano cada desde domingo. Um limite de US$ 25.000 foi fixado para impedir que grandes entidades controlem o mercado. “Isso tornará os painéis solares mais viáveis financeiramente e melhorará a eficiência do mercado de energia”, disse Jemma Green, cofundadora e presidente da empresa, em entrevista. Cerca de 5,6 gigawatts da capacidade solar total do país, de 6 gigawatts, vêm de painéis de telhado, e o restante deriva de projetos de grande porte, segundo a RenewEconomy. Apesar de nesta fase atenderem a apenas cerca de 3,3% da demanda total de energia do país, os painéis estão em 21% dos telhados australianos adequados para eles, maior penetração de painéis solares do mundo, informou. Os tokens que estão sendo emitidos pela Power Ledger, criada em maio de 2016, também permitirão que parques solares vendam eletricidade a clientes individuais e que edifícios de apartamentos e escritórios comercializem energia de painéis solares instalados em seus telhados, disse Green. (O Globo – 28.08.2017)
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6 Fusão entre chinesas criará a maior elétrica do mundo, de 225 GW e por US$ 278.000 mi
A maior produtora de carvão da China, Shenhua Group Corp Ltd, vai adquirir a China Guodian Group Corp, uma das cinco maiores elétricas do país, em um acordo que criará a maior empresa geradora de eletricidade do mundo com um valor de 278.000 milhões de dólares. As companhias têm negociado a fusão por vários meses, em momentos em que Pekin busca melhorar sua dívida e ineficiência do setor estatal, otimizar a quantidade de empresas e criar firmas que sejam competitivas a nível global em setores como a geração elétrica, o transporte marítimo e os metais. O acordo entre Guodian e Shenhua foi anunciado segunda-feira pela Comissão de Administração e Supervisão de Ativos Estatais da China em um comunicado via internet e sem muitos detalhes. No documento apresentado posteriormente pelo regulador, China Shenhua Energia Co Lts – a unidade de Shenhua que cotiza na bolsa – disse que sua matriz assimilará Guodian como parte do acorde e que a nova empresa se chamará National Energy Group. Pekín já fusionou 15 empresas estatais desde 2015 e atualmente administra 103, um número que eventualmente poderia diminuir a 40, informaram os meios estatais. A firma combinada teria uma capacidade instalada de mais de 225 GW superando EDF e Enel para converter-se na maior elétrica do mundo em questão de capacidade, segundo Frank Yu, consultor de Energia e Renováveis da Ásia Pacífico em Wood Mackenzie. (El Pais – Uruguai – 29.08.2017)
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Biblioteca Virtual do
SEE
1 BRASIL. “Estudos Para a Expansão da Transmissão - análise técnico-econômica de alternativas - relatório R1: Estudo Prospectivo para Escoamento do Potencial Solar das Regiões Norte e Noroeste de Minas Gerais”. EPE. Brasília, 07 de junho de 2017
Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa:
Ana Vitória, Izadora Duarte, Juliana Lima, Paulo César do Nascimento, Sérgio Silva.
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que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
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