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IFE: nº 4.308 - 25 de Abril de 2017
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Projeto de lei permite grandes consumidores escolher fornecedor no mercado livre
2 Mudanças no edital dos leilões de LT’s pretende evitar que ocorra novo “efeito Abengoa”
3 Diretor da Aneel destaca algumas mudanças realizadas no edital de leilões
4 PCH Serra das Agulhas é liberada para operação comercial
5 GESEL: artigo sobre programas de incubação de fomento a startups
6 Artigo de Thais Prandini (Thymos Energia): “Os investidores estão voltando”

Empresas
1 Energisa: dois lotes são arrematados no leilão
2 EDP: investimentos de R$ 3 bi são previstos em linhas e subestações arrematadas no leilão
3 EDP: planos para os projetos arrematados
4 EDP São Paulo: multa de R$ 2,8 mi cai para R$ 741,9 mil
5 Otimização no capex levou a vitória da Alupar em leilão
6 ABB: lançamento de primeiro transformador de distribuição digital
7 Norte Energia: trabalhadores protestam em Altamira
8 Itaipu: plano de modernização

9 Investigação em obras de Belo Monte é arquivada

Leilões
1 GESEL: Nivalde de Castro comenta entrada do setor de construção civil no segmento de transmissão
2 GESEL: Licenciamento ambiental é o maior risco relativo ao leilão
3 Aneel: Novos entrantes são bem¬-vindos

4 Caso da Primus no Leilão de LTs ilustra entrada de empresas

5 GESEL: Nivalde de Castro comenta sucesso de leilão e avalia entrada de players

6 Governo comemora resultado do leilão de transmissão

7 “Estamos no caminho certo”, comenta Romeu Rufino do resultado de leilão de LT’s

8 Deságio indica interesse elevado de empresas em transmissão, afirma ministro
9 Diretor-relator da Aneel comenta lotes não leiloados
10 EPE sinaliza a realização de leilão para lotes não interessados e Abengoa
11 Presidente da Acende Brasil comenta entrada de players e o resultado positivo do leilão

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS: RS pode sofrer cortes no fornecimento de energia durante o verão

Energias Renováveis
1 BNDES: R$ 679 mi em financiamento para 12 parques eólicos no RS
2 RS: estrutura do Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar
3 Energia solar: módulos fotovoltaicos nacionais serão testados no exterior

Gás e Termelétricas
1 Mudança de lei proposta pela Petrobrás enfrenta resistências
2 Em nota, Petrobrás defende sua proposta e tem apoio de grandes consumidores

Grandes Consumidores
1 Grupo Rio Quente: redução de 47% gastos com energia
2 Justiça nega liminar a Nippon para anular eleição na Usiminas

Economia Brasileira
1 BNDES: acredita em “sinais consistentes” de retomada da economia
2 BNDES: sinaliza expansão de financiamento no 1º trimestre

3 Ibre eleva projeção para expansão da atividade no 1º trimestre
4 Leilão: 50% do portfólio do PPI foi cumprido, diz Moreira Franco
5 Pelo 3º mês seguido inflação prevista pelos consumidores fica estável
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Chile: Acciona produzirá 1106 GWh de energia solar e eólica
2 Argentina busca investimento norte americano
3 Portugal: central solar chinesa enfrenta resistência
4 GE: reduzir custos é meta com LM Windpower
5 WEG: mercado indiano de energia eólica é alvo em 2018

Biblioteca Virtual do SEE
1 PRANDINI, Thais. “Os investidores estão voltando”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 24 de abril de 2017.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Projeto de lei permite grandes consumidores escolher fornecedor no mercado livre

A Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) reúne-se no dia 25 de abril para analisar relatório do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) sobre o Projeto de Lei do Senado (PLS) 239/2014, que permite aos grandes consumidores de energia, atendidos antes de 1995, escolher seu fornecedor no mercado livre de eletricidade. O objetivo da proposta, do ex-senador Delcídio do Amaral, é evitar a interferência das concessionárias e permissionárias de serviços de distribuição. O voto do relator na Comissão de Infraestrutura é favorável ao projeto. O texto também já foi aprovado na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). Caso seja aprovado na Comissão de Infraestrutura e não houver recurso para votação pelo Plenário do Senado, o projeto seguirá direto para análise da Câmara dos Deputados. (Agência Senado – 24.04.2017)

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2 Mudanças no edital dos leilões de LT’s pretende evitar que ocorra novo “efeito Abengoa”

As recentes mudanças no edital dos leilões de transmissão devem agregar mais segurança jurídica e de execução de projetos para evitar um novo “efeito Abengoa” no setor de transmissão do país. O acompanhamento e a gestão de contratos da Aneel deverá assegurar que o projeto contratado seja efetivamente entregue e caso isso não ocorra, a agência reguladora dispõe dos mecanismos que podem ajudar a recolocar os projetos em andamento. “Nós aprendemos com a Abengoa”, definiu o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, após a realização do leilão de transmissão. “No caso da empresa espanhola há uma situação particular, pois está em recuperação judicial que estamos discutindo e entendemos que tem encaminhamentos que não são apropriados. Esse foi um aprendizado. Estamos com ações para evitar que a situação chegue a esse ponto, não temos controle de tudo, como por exemplo, quando vai para uma ação judicial, por isso não dá para garantir que não acontecerá, mas se repetir estaremos muito mais bem preparados para enfrentarmos”, ressaltou ele. (Agência CanalEnergia – 25.04.2017)

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3 Diretor da Aneel destaca algumas mudanças realizadas no edital de leilões

Romeu Rufino, diretor da Aneel, destaca como mecanismos para evitar a ocorrência de um novo “efeito Abengoa” a possibilidade de execução de aportes de garantias de fiel cumprimento, bem como, a declaração de caducidade desses lotes para que possa sinalizar que o setor de transmissão não deve ter a participação de empresas classificadas por ele como aventureiras. Esses aperfeiçoamentos foram implantados pela primeira vez nesta oportunidade. Segundo o executivo, a empresa deve apresentar a equação econômico-financeira do projeto e se este tem viabilidade. E ainda, deve demonstrar como a empresa implementará a sua proposta. “A gestão dos contratos ocorre já na assinatura, os investidores têm que apresentar o plano de negócios e demonstrar trimestralmente que está gerindo o negócio no prazo”, explicou. Isso, continuou ele, retira a Aneel de uma posição de apenas fiscalizadora para uma gestora desse contrato para evitar os atrasos que são comumente vistos no setor. Com isso, a meta é de não ser mais surpreendidos pelo atraso do contrato pelo empreendedor. Contudo, ressalta que a agência não pode criar barreiras intransponíveis à chegada de novas empresas no setor, pois esses investidores são bem vindos, apesar de admitir preocupação quando um entrante no mercado nacional já o faz por meio de grandes projetos, o que não ocorreu desta vez. (Agência CanalEnergia – 25.04.2017)

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4 PCH Serra das Agulhas é liberada para operação comercial

A Aneel autorizou no dia 24 de abril que as unidades geradoras UG1 e UG2 da PCH Serra das Agulhas comece a operação comercial. Cada unidade tem 15 MW de potência. A PCH fica nas cidades mineiras de Diamantina e Monjolos. A CGH Itapocuzinho II também já pode dar a largada na operação comercial da unidade geradora UG1, de 990 kW. A usina fica na cidade de Schoeder e Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. (Agência CanalEnergia – 25.04.2017)

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5 GESEL: artigo sobre programas de incubação de fomento a startups

O pesquisador do GESEL, Antonio Pedro Lima, escreveu artigo, em parceria com Guilherme de Oliveira Santos (doutorando do PPED-UFRJ), sobre os motivos pelos quais grandes empresas como Google e Facebook estão construindo programas de incubação de fomento a startups. O texto, intitulado “Incubação por Grandes Empresas: buscando talentos e ideias”, foi publicado pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS Rio). Segundo o autor, a aproximação com novas empresas baseadas em tecnologia deve gerar as inovações mais disruptivas dos próximos anos. “As empresas do setor elétrico também querem desenvolver produtos e serviços inovadores com startups em algumas áreas estratégicas, o que demonstra a visão futura que essas empresas têm sobre o setor elétrico. As áreas priorizadas nos programas de incubação são: internet das coisas, geração distribuída, energy storage, eficiência energética, serviços de apoio ao cliente e mobilidade elétrica. Quem estiver à frente nessas áreas, será um player mais eficiente no setor”, disse Antonio Pedro Lima. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 25.04.2017)

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6 Artigo de Thais Prandini (Thymos Energia): “Os investidores estão voltando”

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, Thais Prandini, diretora executiva da Consultoria Thymos Energia, trata da volta dos investimentos no setor elétrico brasileiro, principalmente através do leilão realizado pela Aneel no dia 24/04. Ela afirma que “... os recursos aprovados recentemente pela Aneel para remunerar investimentos anteriores a 2000 que ainda não haviam sido amortizados vão voltar a ser aplicados no setor elétrico brasileiro, o que é muito positivo para todos nós.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 25.04.2017)

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Empresas

1 Energisa: dois lotes são arrematados no leilão

Depois de analisar o mercado de transmissão de energia por um ano, a Energisa arrematou, individualmente, dois lotes no leilão realizado pela Aneel nesta segunda-feira (24/4) em São Paulo. A companhia levou o lote 3, em Goiás, por R$ 36,7 milhões de receita anual permitida (RAP) frente ao valor máximo estabelecido pela agência, de R$ 58,8 milhões , e o lote 26, no Pará, arrematado por R$ 46,3 milhões, ante o valor máximo inicial de R$ 65,7 milhões. O investimento total previsto pela ANEEL nos lotes arrematados será de, aproximadamente, R$ 625 milhões. O lote 3, com extensão de 272 quilômetros, é composto por instalações que ficam no estado de Goiás, incluindo a linha de transmissão de 230 kV Rio Verde Norte – Jataí e a subestação Rio Verde Norte. O início das operações está previsto para agosto de 2021. Já o lote 26, que fica em uma área quase na divisa com Mato Grosso e Tocantins, consiste em Linhas de Transmissão 230 kV Xinguara II – Santana do Araguaia e a subestação Santana do Araguaia, com extensão total de 592 quilômetros. O início das operações está previsto para fevereiro de 2022. (Brasil Energia – 24.04.2017)

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2 EDP: investimentos de R$ 3 bi são previstos em linhas e subestações arrematadas no leilão

O grupo EDP Energias do Brasil prevê investimentos de aproximadamente R$ 3 bi na construção das linhas de transmissão e das subestações arrematadas nesta segunda-feira (24) no leilão de concessão promovido pela Aneel, em São Paulo. A maior fatia do recurso será destinada ao projeto da LT 500 kV Estreito - Cachoeira Paulista, com 375 km, entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, que demandará um capex de R$ 1,290 bi, de acordo com apresentação em teleconferência destinada a analistas de mercado na noite de hoje pelo board da holding. Em um detalhamento das condições técnicas e financeiras que levaram a companhia a entrar na disputa de dez dos 35 lotes colocados em disputa no certame de hoje, o CEO do grupo no Brasil, Miguel Setas, explicou que apenas pelo critério de dimensão, excluindo projetos abaixo de R$ 200 mi de orçamento, 12 lotes foram rejeitados antecipadamente. Outros pontos de corte reduziram o escopo de interesse da empresa na licitação foram o acesso, segundo o qual foram eliminados empreendimentos na Região Amazônica; e ainda questões ambientais, fundiárias e logísticas associadas a outros projetos. (Agência CanalEnergia – 25.04.2017)

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3 EDP: planos para os projetos arrematados

No total, os quatro projetos nos quais a empresa [EDP] obteve sucesso na disputa [leilão das linhas de transmissão] somam 1.184 km de extensão, e terão prazos entre 48 e 60 meses para entrar em operação. A intenção da companhia é promover antecipações no início de funcionamento em todos os quatro lotes, variando de cinco até 19 meses de ganho de prazo. Todos os fornecedores e responsáveis pelas obras já estão contratados pela EDP: as linhas dos lotes 7 e 11 serão construídas pela Cesbe, enquanto os lotes 18 e 21 ficarão a cargo da Camargo Correa – ambas ainda viabilizarão duas das subestações, além de ABB e Weg. De acordo com a empresa, a alavancagem para viabilização dos projetos vai variar de 70% a 80%, e a previsão de retorno real estimada é de 12% a 14%. Animado com o resultado e o aumento da presença da companhia no segmento de transmissão, o CEO do grupo no Brasil, Miguel Setas, salientou que os estudos internos serviram de base para a entrada em projetos considerados atraentes. "Fizemos análises criteriosas, segmentadas, e com isso conseguimos montar um quadro de riscos muito controlado, preservando uma rentabilidade adequada. Foi uma aposta muito coerente com a estratégia do grupo", avaliou o executivo. (Agência CanalEnergia – 25.04.2017)

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4 EDP São Paulo: multa de R$ 2,8 mi cai para R$ 741,9 mil

A Aneel aceitou recurso interposto pela EDP São Paulo, antiga Bandeirante (SP) e reduziu para R$ 741.949,97 a multa de R$ 2.855.671,22 após fiscalização da Base de Remuneração Regulatória abrangendo a área econômico-financeira e contábil da concessionária realizada em agosto de 2011. A multa foi aplicada pela agência na distribuidora no ano de 2014. A distribuidora no seu recurso não impugnava diretamente as não conformidades registradas no auto de infração, mas tentava desconstituí-las, alegando que a punição deveria ser educativa e não pecuniária, que não havia esclarecimentos suficientes nos autos e que não havia segurança jurídica no AI, já que ele foi lavrado três anos depois da fiscalização. A Aneel entendeu que não havia motivos para que os fundamentos da notificação fossem alterados. Porém, as dosimetrias de algumas não conformidades foram mudadas e a não conformidade de depreciação entre ciclos para software não calculada foi convertida em advertência. Segundo a Aneel, a imperfeição contábil não lesou o consumidor nem trouxe dano indevido para a concessionária, uma vez que a conta softwares é informada separadamente, não compondo a Base de Remuneração. (Agência CanalEnergia – 25.04.2017)

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5 Otimização no capex levou a vitória da Alupar em leilão

Uma otimização no capex levou a Alupar a sair vencedora do lote 19 no leilão de LTs realizado no dia 24 de abril. De acordo com José Luiz Godoy, diretor da empresa, a Alupar vai fazer no lote um traçado, que fica localizado no interior de São Paulo, que embora maior que o original, foge de um problema fundiário que poderia ocorrer. "Conseguimos baixar em mais de 30% em relação à estimativa da Aneel", explica Godoy, que participou de teleconferência com analistas. A diferença nas estimativas de investimentos feitos pela Aneel é vista como natural por Godoy, uma vez que a agência não teria estrutura para fazer um levantamento profundo do lote. Considerando-se satisfeito com o que Alupar arrematou no certame, ele viu um leilão disputado. A Alupar deu lance em 19 dos 35 lotes. A expectativa de retorno é de 12 a 13% alavancados. A Alupar não pretende antecipar o início da operação da LT 500 kV Fernão Dias - Terminal Rio, com 330 km que liga os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo o executivo, o impacto não seria relevante. A licença de instalação deve demorar até 30 meses para ser emitida.(Agência CanalEnergia – 24.04.2017)

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6 ABB: lançamento de primeiro transformador de distribuição digital

A ABB anunciou o lançamento do primeiro transformador de distribuição digital do mundo no ABB Customer World, que aconteceu em Houston, no Texas. A tecnologia integrada de sensoriamento e monitoramento no novo transformador TXpert vai fornecer inteligência para maximizar a confiabilidade, otimizar os custos de operação e de manutenção e gerenciar os ativos de forma mais eficiente. A inovação baseia-se na oferta digital do ABB Ability, que usa a nuvem de computação e dispositivos conectados para gerar dados acionáveis para ampla gama de clientes. Os dados de desempenho coletados dos sensores são armazenados e analisados dentro do transformador, oferecendo insights sobre como ele está funcionando. Isso fornece às concessionárias de serviço, indústrias e data centers informações vitais para tomar decisões importantes sobre o funcionamento e a manutenção de seus transformadores, além do apoia à gestão do ativo ao longo de seu ciclo de vida. Os produtos inteligentes são um componente essencial na convergência das tecnologias da informação e operacionais. De acordo com Claudio Facchin, presidente da Divisão Power Grids da ABB, transformadores de distribuição são componentes vitais na cadeia de valor elétrico. Esta última inovação estende o portfólio digital e a oferta, além de reforçar a posição da ABB como principal fabricante de transformadores do mundo. (Agência CanalEnergia – 25.04.2017)

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7 Norte Energia: trabalhadores protestam em Altamira

Um grupo de trabalhadores de uma empresa prestadora de serviços à Norte Energia protestou nesta segunda-feira (24) em frente ao Escritório de Assuntos Indígenas da empresa, em Altamira, no sudoeste do Pará. Os manifestantes reivindicaram o pagamento de salários que estariam atrasados há cerca de um mês. Em reunião com uma comissão de manifestantes, a Norte energia informou que vai assumir os salários em atraso e os pagamentos serão feitos no dia 3 de maio, a título de excepcionalidade. Durante o protesto, os trabalhadores queimaram pedaços de madeira na rua que que dá acesso ao prédio e interditaram o portão principal do escritório. A via foi liberada após uma comissão de manifestantes e representantes do sindicato da categoria serem convocados para negociar com a empresa. Os manifestantes são vinculados à empresa Gomes e Sales, que realizou obras em aldeias no Xingu, mas a Norte Energia ainda não teria feito o pagamento dos serviços à empresa no valor de R$ 3 milhões de reais. A Norte Energia informou em nota que a retenção ao pagamento da empresa terceirizada vem do descumprimento contratual, neste caso, a não apresentação dos endossos de Seguro Garantia dos Contratos. (G1 – 24.04.2017)

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8 Itaipu: plano de modernização

A hidrelétrica binacional Itaipu tem previsto levar adiante um plano de modernização e atualização tecnológica de suas maquinas. Segunod informações do diretor brasileiro, Luiz Fernando Vianna, o investimento previsto é de US$ 500 mi sendo que ainda não se especificou o mecanismo a ser utilizado para o financiamento, se será com recursos próprios ou por empréstimos. O desafio deste plano é se comprometerá a oferta de energia, tendo em conta que durante o processo de modernização cada uma das unidades geradores ficaria parada por 4 meses. O projeto está no encargo do consorcio integrado das empresas Worley Parsons (Brasil) e Inconpar (Paraguai). (ABC Color – Paraguai – 25.04.2017)

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9 Investigação em obras de Belo Monte é arquivada

A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia arquivou, em 5 de abril, investigação em contrato entre o BNDES e o Consórcio Norte Energia S/A, responsável pela obra da Usina de Belo Monte, no Pará. A investigação estava prevista na Proposta de Fiscalização e Controle (PFC) 15/15, do deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA). O parlamentar propôs investigar se havia irregularidades no aditamento contratual que alterou datas do cronograma de entregas de obras da usina de Belo Monte, isentando o Consórcio Norte Energia S.A. de multas no montante aproximado de R$ 75 milhões. Em agosto de 2015, a comissão aprovou relatório prévio pela implementação da proposta, por meio de auditoria no contrato, que seria realizada pelo TCU. Após realização da auditoria, o relatório final da deputada Júlia Marinho (PSC-PA) concluiu pelo arquivamento da investigação. “Conclui-se que o TCU realizou exaustivas diligências junto à Norte Energia S.A., ao BNDES e à Aneel e não encontrou evidências nem indícios de que o citado termo aditivo tenha viabilizado ou dado causa a alterações nas datas do cronograma de entregas de obras do empreendimento, ou isentado a concessionária de multas por atraso de obras associadas à usina de Belo Monte”, disse Júlia Marinho. (Agência Câmara – 24.04.2017)

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Leilões

1 GESEL: Nivalde de Castro comenta entrada do setor de construção civil no segmento de transmissão

A crise no setor de construção civil abriu caminho para construtoras de pequeno e médio porte apostarem no segmento de transmissão de energia, seja como prestadoras de serviço ou até como investidoras nos empreendimentos. Esse fator explica a participação de construtoras relativamente desconhecidas no leilão de transmissão realizado ontem na B3, de acordo com avaliação do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ. "Com a crise na construção civil, as empresas estão ociosas e viram esse segmento [transmissão de energia] como uma alternativa", afirmou o coordenador do Gesel/UFRJ, professor Nivalde de Castro. Segundo ele, não existe risco de a contratação de construtoras ser um gargalo para a implantação das linhas cuja concessão foram negociadas ontem. Pelo menos cinco empresas de engenharia foram identificadas entre os vencedores do leilão: Fasttel Engenharia, Cesbe, FM Rodrigues & Cia, Hersa Engenharia e Serviços e Primus Incorporação e Construção. (Valor Econômico – 25.04.2017)

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2 GESEL: Licenciamento ambiental é o maior risco relativo ao leilão

O licenciamento ambiental, disse o coordenador do Gesel/UFRJ, professor Nivalde de Castro, é o maior risco relativo ao leilão. "Os empreendedores estão preocupados em como a Aneel analisará o atraso no licenciamento" disse o pesquisador, lembrando que o edital do leilão permite a prorrogação do prazo de implantação da linha, se for comprovado que o atraso ocorreu por demora na emissão da licença ambiental, mas esse tipo de atraso precisa ter o reconhecimento da agência. (Valor Econômico – 25.04.2017)

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3 Aneel: Novos entrantes são bem¬-vindos

Questionado sobre a presença de empresas pequenas e construtoras em alguns lotes do leilão, o diretor¬geral da Aneel, Romeu Rufino, explicou que o governo não pode criar barreiras. "Novos entrantes são bem-¬vindos", afirmou. "Lógico que ficamos um pouco preocupados quando entram pequenos nos lotes maiores, mas não foi esse o caso. Os novos entrantes foram nos lotes menores." De acordo com Rufino, a agência está tomando as precauções necessárias para garantir que os projetos de transmissão contratados nos leilões recentes não tenham problemas ou atrasos inesperados. "A gente evoluiu de uma posição de fiscalizar para gerir contratos. Participamos ativamente do desenvolvimento. Não seremos mais surpreendidos se o empreendedor não conseguir entregar". (Valor Econômico – 25.04.2017)

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4 Caso da Primus no Leilão de LTs ilustra entrada de empresas

O caso da Primus foi o mais curioso do leilão e o que melhor traduz o movimento de entrada de empresas no setor de transmissão. A Primus possui 40% do consórcio, em parceria com uma empresa genérica de participações (Malv Empreendimentos e Participações), com 30%, e uma distribuidora de bebidas (Disbenop), com os 30% restantes. O diretor do consórcio, Mauro Mendes Ferreira, que possui experiência na mato¬grossense Bimetal, especializada na fabricação de estruturas metálicas para transmissoras de energia e companhias de telecomunicação, disse ter reunido "novos investidores que acreditam no potencial do setor de transmissão e na diversificação de seus investimentos a nível futuro". Os investidores citados por Ferreira eram os mais entusiasmados ao fim do leilão, sorrindo, trocando abraços efusivos e tirando fotos no salão de leilão da antiga Bovespa. "Acreditam na retomada da economia, que o Brasil se descolou da crise política, apesar políticos e das besteiras que acontecem em Brasília", acrescentou Ferreira. Segundo ele, a principal estratégia do consórcio será acelerar na etapa do licenciamento ambiental, com o objetivo de entregar o projeto antes da data prevista pela Aneel, em 48 meses. "Queremos fazer o mais rapidamente possível o trabalho de licenciamento, que tem se mostrado, injustificadamente, um dos grandes gargalos do país. Todos sabem que grande parte desses empreendimentos são obras de baixíssimo impacto, mas infelizmente alguns órgãos ambientais têm se mostrado extremamente morosos para fazer aquilo que é o óbvio." (Valor Econômico – 25.04.2017)

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5 GESEL: Nivalde de Castro comenta sucesso de leilão e avalia entrada de players

Para o coordenador do Grupo de Estudo do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Nivalde de Castro, o leilão foi um sucesso total. Segundo Castro, o modelo de contratação conseguiu atingir a maturidade sem necessitar da presença das subsidiárias do Grupo Eletrobras como âncoras nos consórcios. A entrada de players como a EDP, Elektro e Energisa reflete o ápice dessa maturidade. "É uma vitória da política pública, que vem sendo aprimorada em função da qualidade do corpo técnico do setor elétrico, de uma agência reguladora que trabalha com independência e de um ministério que tem na secretaria-executiva uma pessoa que conhece muito do setor", revela. O professor também ressaltou que as novas condições apresentadas de aumento do prazo, lotes menores e prorrogações de contrato levaram ao bom resultado. Na opinião dele, a entrada de indianos no setor é um sinal que o setor se mostra atrativo, após a onda que já trouxe espanhóis, chineses para a transmissão. (Agência CanalEnergia – 25.04.2017)

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6 Governo comemora resultado do leilão de transmissão

O leilão de transmissão no. 5/2016, realizado pela Aneel e operacionalizado na sede da B3 (antiga BM&FBovespa), na cidade de São Paulo, foi classificado pelo governo como bem sucedido ao licitar 97% dos lotes em disputa. Os integrantes da cúpula do governo destacaram o deságio médio de 36,5%, obtido por meio de uma participação média de sete participações por lote, investimentos de R$ 12,7 bilhões de um total de R$ 13,1 bilhões projetados pela agência reguladora. A RAP somada é de R$ 1,6 bilhão com o desconto ofertado pelos empreendedores. Dos projetos que estavam no certame, foram negociados 7.068 quilômetros e linhas de transmissão, 96% do ofertado, e 100% dos 14.132 MVA de capacidade de transformação. De acordo com os números da Aneel, foram 50 agentes habilitados originados de 21 empresas que formaram consórcios ou que entraram na disputa de forma individual. Esses números foram citados pelas autoridades como o reflexo do posicionamento do governo que procurou trazer maior previsibilidade regulatória, respeito aos contratos e justa remuneração aos investidores. Tanto que desde o leilão de outubro do ano passado é possível se ter essa percepção com o retorno do interesse da iniciativa privada no segmento de transmissão. (Agência CanalEnergia – 24.04.2017)

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7 “Estamos no caminho certo”, comenta Romeu Rufino do resultado de leilão de LT’s

A presença dos deságios elevados indica que o governo acertou nas condições do leilão, ao promover competitividade. "O desafio é fazer as leituras corretas. Nesse leilão mesmo, fizemos aperfeiçoamentos em relação ao de outubro. Acho que o resultado de hoje [24/04] comprova que estamos no caminho certo", disse Romeu Rufino, diretor-geral da Aneel. Segundo Pablo Sorj, sócio do escritório Mattos Filho especialista em energia, a maior competição e deságios no leilão, em relação ao último certame, mostram que as empresas aceitaram taxa de retorno menor do que a oferecida em outubro, fator que pode explicar o número pequeno de fundos de investimentos entre os vencedores. "A competição e o deságio foram muito altos. Muitos lotes arrematados podem ser investimentos estratégicos de empresas de utilities com balanço para financiar projetos." "A economia vai se recuperar mais fortemente em minas e energia", disse Coelho Filho. O sucesso do leilão de outubro colocava um desafio de continuidade no último, mas, segundo ele, "o governo vai trabalhar para gerar mais disputa". (Valor Econômico – 25.04.2017)

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8 Deságio indica interesse elevado de empresas em transmissão, afirma ministro

O resultado da segunda licitação de empreendimentos de transmissão na atual gestão do MME, iniciada em meados do ano passado, surpreendeu o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho. Segundo ele, o deságio médio de 36,5% representou o elevado interesse do mercado em participar desse segmento. Para ele, a efetivação de 97% dos investimentos previstos significa na prática que o sinal econômico está correto e que os agentes reagiram positivamente ao estímulo do governo. “A recuperação da economia brasileira começa pelos investimentos em eletricidade, gás e mineração”, destacou durante entrevista coletiva realizada logo após o certame, mas que não contou com a participação de nenhum representante das empresas vencedoras. Maurício Allain, secretário de Articulação de Investimentos de Parcerias do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), disse que o governo alcançou quase a metade da meta da lista de 90 projetos disponíveis à iniciativa privada até o final de 2017. “No ano passado tivermos a privatização de concessões de quatro aeroportos e mais a Celg”, lembrou. O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, ressaltou que os procedimentos para a realização dos leilões agora incluem não só a fiscalização do andamento dos empreendimentos, mas também uma participação, junto com os investidores, da gestão propriamente dita das obras, tendo em vista um histórico marcado por muitos atrasos nos cronogramas. “Primeiro queremos conhecer o plano de negócios e os preparativos dos agentes. Fazemos também reuniões trimestrais sobre o andamento dos projetos”, explicou ao ser questionado sobre a falta de experiência de vários dos grupos que arremataram linhas e subestações, muitas vezes com deságios bastante elevados. (Brasil Energia – 24.04.2017)

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9 Diretor-relator da Aneel comenta lotes não leiloados

André Pepitone, diretor-relator do processo do leilão, comenta sobre os quatro lotes que não conseguiram despertar interesse dos investidores. Explicou que os lotes 12 e 16 – nas regiões Centro-Oeste e Norte/Nordeste, respectivamente – precisam de uma verificação da Aneel do que é preciso ajustar nesses empreendimentos para tornar essa classe de tensão mais atrativa ao mercado. Sobre o lote 17, que envolve linha de 38 km no Sul do país, ele explicou que trata-se de uma instalação que estará vinculada a ativos que estão ainda em fase de negociação de compra e venda entre a Eletrosul e a chinesa Shangai Electric, o que deve ter despertado alguma incerteza no mercado. Já quanto ao lote 24, que compreende uma LT de 440 kV entre duas subestações da Grande São Paulo, o diretor admitiu que há aí questões fundiárias mais complicadas a serem enfrentadas. “Três desses projetos se destinam a melhoria de confiabilidade e um para escoamento de geração, mas podem ser oferecidos em futuros certames, porque a falta deles não vai prejudicar em nada o sistema”, tranquilizou. (Brasil Energia – 24.04.2017)

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10 EPE sinaliza a realização de leilão para lotes não interessados e Abengoa

Há possibilidade de ainda este ano, com base em estudos da EPE, que a Aneel venha realizar mais um leilão, num total de cerca de R$ 4 bilhões em investimentos, que poderá incluir, os quatro lotes que acabaram refugados hoje. Também não se descarta a possibilidade de um outro certame, também em 2017, que reuniria R$ 8,8 bilhões em projetos da Abengoa, atualmente em processo de recuperação judicial, mas que ainda dependem de uma solução para o caso junto à Justiça. Já para 2018, também a partir de sinalização dada pela EPE, no primeiro semestre pode ser realizada uma licitação reunindo empreendimentos que somam R$ 5,3 bilhões. Ainda com relação às questões envolvendo a Abengoa, o diretor-geral da Aneel esclareceu que o que poderá ir a leilão são as obras em fase de construção, desde que a agência, revertido o processo judicial, consiga declarar a caducidade dos contratos de concessão. “Não entrarão os projetos que estão em operação, porque estes são de fácil solução”, diz André Pepitone, diretor-relator do processo do leilão. (Brasil Energia – 24.04.2017)

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11 Presidente da Acende Brasil comenta entrada de players e o resultado positivo do leilão

O aparecimento de empresas tradicionais no setor, mas não na atividade de transmissão, é visto como uma comprovação do caminho acertado no estabelecimento de regras por parte do governo federal, na avaliação do presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales. "O resultado positivo, tanto pelo grande deságio de 36,5% quanto pela RAP total de R$ 1,67 bilhão, mostra que não pode haver barreiras de entrada para competidores. Depois de anos, o governo cria leilões atraentes para o investimento", analisa Sales, que cita também a entrada do grupo indiano Sterlite Power Grid como uma das boas notícias trazidas com a leilão de hoje. O presidente da Acende Brasil observa que o setor de transmissão ainda representa um gargalo para setor elétrico, em razão do forte atraso na construção de conexões já contratadas, mas que ainda não podem escoar a produção de empreendimentos de geração já em operação - caso da hidrelétrica de Belo Monte. Apesar disso, segundo Sales, os resultados positivos dos últimos dois leilões comprovam o retorno da atratividade de projetos de transmissão, garantindo a viabilização de linhas importantes. (Agência CanalEnergia – 25.04.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS: RS pode sofrer cortes no fornecimento de energia durante o verão

O diretor geral do ONS, Luiz Eduardo Barata Ferreira, disse que o Rio Grande do Sul pode sofrer cortes no fornecimento de energia durante o verão 2017/18. De acordo com ele, se o complexo de Candiota ficar indisponível, poderá haver dificuldade de suprimento de energia. Segundo ele, isso não seria de modo permanente. Mas, no caso de outra ocorrência, como por exemplo, durante o verão por excesso de demanda ou com a perda de algum circuito de transmissão de energia. Para o gerente executivo do Núcleo Sul do ONS, Manoel de Jesus Botelho, a usina é fundamental para a região Sul do estado. De novembro a abril, a carga triplica, por causa dos levantes hidráulicos para a irrigação do arroz, o que faz Candiota importante para o período. Botelho ressalta que energeticamente ela também é necessária, por ser uma térmica, com energia firme. O Complexo Termoelétrico de Candiota possui uma capacidade instalada de 796 MW. No ano passado, foram utilizados 2,595 mi de ton de carvão em Candiota. (Agência CanalEnergia – 25.04.2017)

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Energias Renováveis

1 BNDES: R$ 679 mi em financiamento para 12 parques eólicos no RS

O BNDES aprovou a concessão de financiamento de R$ 679 mi à empresa Atlantic Energias Renováveis S/A para implantação do Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul. O empreendimento, orçado em R$ 1,2 bi, é formado por 12 parques geradores e sistema de transmissão associado, com potência instalada de 207 MW, suficiente para atender cerca de 400 mil residências ou 1,2 milhão de habitantes. O apoio financeiro do banco de fomento será concedido de forma mista, sendo R$ 449 mi diretamente pelo BNDES Finem e R$ 230 mi repassados pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). O projeto também poderá emitir R$ 109 mi em debêntures de infraestrutura. A assinatura do contrato de financiamento do BNDES e do BRDE com a Atlantic ocorre nesta segunda-feira em cerimônia no Palácio Piratini, do governo do Rio Grande do Sul, com a presença do governador José Ivo Sartori; do secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio Branco; do presidente do BRDE, Odacir Klein; da superintendente da área de Energia do BNDES, Carla Primavera, e do CEO da Atlantic, José Roberto de Moraes. (Valor Econômico- 24.04.2017)

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2 RS: estrutura do Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar

As obras do Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar, no RS, contarão com aerogeradores da empresa Acciona, da Espanha, instalados em torres com altura de 120 metros, e capacidade de geração de 3 MW cada um. No total, serão 69 aerogeradores conectados a três subestações que já se encontram em operação. Atualmente o Complexo possui 111 MW em operação comercial. Dos 12 parques previstos, cinco já estão concluídos, contando com 32 aerogeradores instalados. A previsão é de conclusão das obras ao longo de 2017. (Valor Econômico- 24.04.2017)

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3 Energia solar: módulos fotovoltaicos nacionais serão testados no exterior

Com uma norma de certificação mais branda no Brasil, algumas das companhias que fabricam módulos fotovoltaicos no país estão submetendo seus equipamentos à ensaios que não são realizados em laboratórios nacionais. A informação é do presidente-executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia. “[Acabam trazendo uma série de validações da qualidade dos equipamentos, o que facilita o acesso desses fabricantes às instituições financeiras que apoiem consumidores interessados em comprar seus equipamentos”, explica. Para o executivo, essa busca dos fabricantes está ligada justamente a uma postura mais conservadora de instituições financeiras, que podem pedir certificações dos equipamentos além daquelas exigidas atualmente pelo Inmetro. Os ensaios realizados hoje atestam a eficiência energética dos equipamentos mas não, por exemplo, sua durabilidade ou confiabilidade. A atualização da norma nacional – hoje, o país exige menos de um terço dos ensaios pedidos pela norma padrão internacional (IEC 61.215 e 61.646) – está na pauta da Absolar, mas Sauaia admite que seria necessário investimento importante para preparar os laboratórios brasileiros para realizar todos os ensaios. (Brasil Energia – 24.04.2017)

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Gás e Termelétricas

1 Mudança de lei proposta pela Petrobrás enfrenta resistências

Depois de vender sua participação em distribuidoras de gás canalizado, a Petrobras propôs ao governo mudança na lei que pode retirar dessas empresas uma fatia importante da receita de transporte do combustível. A proposta enfrenta resistência do Estado e gerou desconforto no grupo formado pelo MME para analisar mudanças na legislação do setor, levando à saída das distribuidoras da mesa de negociação. De acordo com as distribuidoras, a empresa propôs mudança na lei que permitiria o atendimento direto a grandes consumidores, como térmicas e indústrias, sem o pagamento de tarifa às concessionárias estaduais. Esses clientes foram responsáveis por 75% do consumo de gás no país em fevereiro e representam a maior parte da receita das distribuidoras de gás canalizado. O secretário-executivo do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul), Antônio Carlos Bettega enviou carta ao presidente Michel Temer e ao ministro Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), pedindo apoio contra a mudança. "As concessionárias de distribuição de gás canalizado são um ativo valioso para os Estados, atraem investimentos, arrecadação, empregos e renda", afirma o texto.A medida preocupa também os governos que pretendem privatizar as distribuidoras estaduais, diante do possível impacto no valor de venda dos ativos. (Folha de S.Paulo - 25.04.2017)

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2 Em nota, Petrobrás defende sua proposta e tem apoio de grandes consumidores

A Petrobras diz que "entende que a tarifa paga às distribuidoras deve ser proporcional aos serviços prestados, de acordo com a Lei do Gás". A estatal tem o apoio de entidades que representam térmicas e grandes consumidores de energia, além das empresas interessadas em produzir e vender gás no país. A proposta foi apresentada ao subcomitê de distribuição do Gás para Crescer, iniciativa do governo que analisa mudanças para adequar o setor a um cenário de menor presença estatal. Em dezembro de 2015, a Petrobras vendeu 49% da subsidiária Gaspetro, que tem participações em distribuidoras de gás canalizado, à japonesa Mitsui. Em setembro de 2016, transferiu 90% da Nova Transportadora do Sudeste, que opera a malha de gasodutos da região Sudeste, a consórcio liderado pela canadense Brookfield. A empresa planeja negociar também a malha do Nordeste e focar sua atuação na venda do combustível. "A proposta da Petrobras pode limitar as distribuidoras ao atendimento de clientes urbanos", reclama o presidente da Abegás (associação Brasileira das Distribuidoras de Gás Canalizado), Augusto Salomon. Segundo ele, a medida ainda aumentaria o custo para o consumidor comum, que teria de arcar a parcela da tarifa que deixará de ser paga pelas indústrias e térmicas. (Folha de S.Paulo - 25.04.2017)

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Grandes Consumidores

1 Grupo Rio Quente: redução de 47% gastos com energia

O grupo Rio Quente, que tem uma rede de hospedagem em Goiás, atingiu 47% de economia energética após migrar do mercado cativo para o mercado livre de energia. A medida, adotada em junho de 2016, garantiu, também, a redução no consumo de diesel dentro do complexo hoteleiro. Em 2016 o consumo do combustível foi 88% mais baixo que o observado no ano anterior. O consumo de gases também foi menor e apresentou redução de 492 tCO2 de gases de efeito estufa. A medida auxiliou ainda na redução do custo pago de aproximadamente R$ 1,7 milhão, em oito meses, além de uma redução no consumo de combustível dos geradores de dentro da área do complexo, que funcionavam de segunda a sexta-feira, em horário de ponta (das 18h às 21h) por conta dos custos do mercado cativo, e que, agora, funcionam apenas quando falta energia da distribuidora. (Brasil Energia – 24.04.2017)

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2 Justiça nega liminar a Nippon para anular eleição na Usiminas

A juíza Soraya Brasileiro Teixeira, negou nesta segunda-feira o pedido de liminar da Nippon Steel & Sumitomo Metal, que buscava anular decisões tomadas em reunião do conselho de administração que trocaram a presidência da Usiminas em 23 de março. A ação da siderúrgica japonesa tinha como objetivo também cancelar a destituição de Rômel de Souza, presidente anterior da companhia e nome de confiança da Nippon Steel, além da escolha de Sérgio Leite, preferido da sócia Ternium/Techint, para o cargo. A Nippon Steel já havia tentado uma liminar antecedente, mas obteve recusa da mesma juíza. O processo dos japoneses é baseado no fato de não ter havido consenso prévio entre os acionistas para a troca na presidência, algo que é exigido pelo acordo de acionistas. Procurado, o escritório de advocacia Sérgio Bermudes Advogados informou que a Nippon Steel vai recorrer da decisão. (Valor Econômico- 24.04.2017)

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Economia Brasileira

1 BNDES: acredita em “sinais consistentes” de retomada da economia

A presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos Marques, afirmou que a previsão de crescimento da atividade industrial de 1,36% em 2017, de acordo com dado divulgado hoje pelo boletim Focus, é “extremamente positiva”. Segundo ela, já há “sinais consistentes” de retomada da atividade econômica. “Em janeiro tivemos a primeira taxa positiva da produção industrial depois de muito tempo. A previsão de 1,36% de alta da atividade industrial em 2017é um número extremamente positivo, dado o nível de ociosidade da atividade industrial”, afirmou ela, durante seminário “O fim da Recessão”, promovido pela FGV, em parceria com a Firjan e o Valor, no Rio. Ela se referia à projeção de mercado para a indústria divulgada hoje no relatório Focus, do Banco Central. Em janeiro, a produção caiu 0,2% ante dezembro, mas cresceu 1,4% ante o mesmo período em 2016, interrompendo 34 meses consecutivos de resultados negativos nesse tipo de comparação. Ela disse que não seria tão otimista em dizer que a recessão acabou porque “no Brasil, olhamos muito no curto prazo”, destacando a necessidade de se implementar as reformas previstas pelo governo. Ela fez um resumo da crise econômica brasileira, lembrando que o PIB brasileiro voltou ao patamar de 2010. Ela lembrou ainda que o PIB per capta do país voltou ao patamar de 2008, enquanto o PIB da indústria recuou a números de 2009. (Valor Econômico – 24.04.2017)

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2 BNDES: sinaliza expansão de financiamento no 1º trimestre

A presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques, informou ontem que as aprovações de financiamentos para máquinas e equipamentos dentro da linha de crédito Finame cresceram 32% no primeiro trimestre de 2017 ante igual período do ano passado. Ainda nos três primeiros meses do ano, houve expansão de 25% nas consultas à instituição de fomento relacionadas ao setor de infraestrutura, na comparação anual. Já os desembolsos do Progeren [linha de financiamento com repasse do BNDES para capital de giro] aumentaram 345% entre janeiro e março, acrescentou a executiva, durante palestra no seminário "O Fim da Recessão", realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Maria Silvia destacou ainda o aumento da participação das micro, pequenas e médias empresas nos desembolsos do banco, de 39% no primeiro trimestre de 2016, para 41% no mesmo período deste ano. Em sua avaliação, os números indicam uma retomada da atividade econômica no país. (Valor Econômico – 25.04.2017)

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3 Ibre eleva projeção para expansão da atividade no 1º trimestre

O mês de janeiro mais forte no comércio e nos serviços levou a um desempenho melhor que o esperado da atividade no primeiro trimestre, avalia o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Na edição de abril do Boletim Macro, divulgada com exclusividade ao Valor, o Ibre reviu para cima a projeção para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiros três meses do ano, de 0,3% para 0,6%. Por outro lado, em consequência da expansão maior prevista entre janeiro e março, o segundo trimestre deve ser menos positivo. Após as mudanças metodológicas feitas na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) e Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS), ambas do IBGE, a equipe de conjuntura do Ibre passou a trabalhar com avanço de 0,2% da economia de abril a junho sobre os três meses anteriores, feitos os ajustes sazonais. O número anterior era 0,4%. Na média de 2017, a estimativa de crescimento permanece em 0,4%, em linha com o consenso de mercado. (Valor Econômico – 25.04.2017)

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4 Leilão: 50% do portfólio do PPI foi cumprido, diz Moreira Franco

O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, disse nesta segunda-feira que, com a realização do leilão de transmissão de energia, o governo cumpriu 50% do portfólio de Programas de Parcerias de Investimentos (PPI). Para ele, as expectativas do governo se voltam agora para o leilão de petróleo e gás programado para maio, ainda que não envolva valores “muito expressivos”. Outra área de projetos de infraestrutura que tem animado o governo é o setor de ferrovias. Para o ministro, o traçado das linhas férreas não servirá mais ao interesse da base eleitoral de governadores. Segundo ele, serão priorizadas as ligações dos principais centros de produção aos portos de escoamento de carga. Moreira disse, em entrevista concedida a jornalistas no Palácio do Planalto, que o governo anterior deixou de prestigiar o “agrobusiness”, que já poderia ter aumentado a produtividade com a construção e entrega de ferrovias que ligassem o Centro-Oeste aos principais portos do país. (Valor Econômico- 24.04.2017)

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5 Pelo 3º mês seguido inflação prevista pelos consumidores fica estável

A despeito da desaceleração dos preços nos últimos meses, a mediana das expectativas dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes manteve-se estável pelo terceiro mês consecutivo em abril, em 7,5%, informa a FGV. No mesmo período de 2016, a expectativa era de 10,7%. “O resultado de abril mostra que uma parcela importante da queda nas expectativas dos consumidores nos meses anteriores foi reflexo da surpresa com relação à inflação realizada e da repercussão dessa notícia na mídia. Assumindo que a inflação realizada continuará sua trajetória de queda, espera-se que ao longo dos próximos meses a expectativa de inflação dos consumidores volte a cair, mantendo-se um pouco acima da inflação medida pelo IPCA acumulado em 12 meses”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV-Ibre. A maior fatia - 20,2% - acredita que a inflação deve ficar entre 4,5% e 5,5% nos próximos 12 meses, mas cresceu de 11,2% para 16,3% a proporção daqueles que veem um IPCA abaixo de 4,5%, meta almejada pelo BC. A inflação prevista ficou relativamente estável nas diferentes faixas de renda, exceto pela faixa de renda familiar até R$ 2.100,00, em que a inflação prevista subiu 1,4 ponto em relação ao mês anterior, passando a 9,8%. Quem prevê a menor inflação - de 5,8% em 12 meses - é a faixa dos que têm renda acima de R$ 9.600 mensais. (Valor Econômico – 25.04.2017)

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6 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 10h15, o dólar comercial avançava 1,11%, cotado a R$ 3,16, após avançar até R$ 3,1630. Este é o maior nível desde a quinta-feira passada, quando tocou R$ 3,1700. Ontem, a moeda fechou a R$ 3,1252, ante R$ 3,1568 da quinta-feira - taxa mais alta em cinco semanas. (Valor Econômico – 24.04.2017 e 25.04.2017)

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Internacional

1 Chile: Acciona produzirá 1106 GWh de energia solar e eólica

A Acciona anunciou recentemente que receberá um empréstimo verde de € 100 mi para financiar os seus projetos de energia solar fotovoltaica e eólica no Chile. O empréstimo a longo prazo será concedido pela espanhola BBVA. Certificado para estar em conformidade com os Princípios dos Títulos Verdes (Green Bonds) por Vigeo Eiris, este é um dos primeiros empréstimos do tipo a ser adjudicado a uma empresa local, disse a Acciona em comunicado. A Acciona Energia Chile venceu em 2014 um contrato com a Comissão Nacional de Energia do Chile (CNE) para fornecer 600 GWh de energia renovável anuais durante 15 anos para distribuidores de eletricidade no Sistema Interligado Central (SIC). Em agosto de 2016, a Acciona fechou outro contrato com a CNE, desta vez pelo fornecimento de 506 GWh por 20 anos, aos distribuidores da SIC e do Sistema Interligado do Extremo Norte (SING). A Acciona estima que as usinas de energia solar e eólica que instalará para atender a esses contratos gerarão energia suficiente para cobrir o consumo anual de cerca de 550 mil casas. (Brasil Energia – 24.04.2017)

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2 Argentina busca investimento norte americano

Com a visita do presidente Mauricio Macri aos Estados Unidos espera-se que possa surgir uma relação mais fluida com os investidores estadunidenses na Argentina. Estes possuem o maior investimento em m gás e petróleo não convencional e em seguida os argentinos, que esperam que os EUA, com experiência, maquinário, empresas de ponta e capital, possam investir e trocar experiências em relação à Vaca Muerta. (El Inversor Energetico – Argentina – 24.04.2017)

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3 Portugal: central solar chinesa enfrenta resistência

Com um investimento de US$ 200 mi num parque solar com capacidade de 220 MW em Alcoutim, em Portugual, a empresa chinesa Solara 4 enfrenta um problema com os ambientalistas portugueses devido à sua área de instalação que fica na Via Algarviana, onde há um fluxo grande de turistas. Os ambientalistas e o mercado de turismo temem pela poluição visual e ambiental (que já foi minimizada e trabalhada pela empresa). (Publico – Portugal – 24.04.2017)

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4 GE: reduzir custos é meta com LM Windpower

Após finalizar na semana passada a aquisição da fabricante de pás eólicas LM Windpower, por US$ 1,65 bilhão, a GE pretende melhorar o desempenho de suas turbinas, reduzir o custo de energia e impulsionar seu negócio de energia renovável, de US$ 9 bilhões. Com a absorção do negócio, a gigante norte-americana busca cortar custos e ganhara competências. "Com a LM Wind Power, seremos locais em mais mercados, teremos maior flexibilidade na concepção e fornecimento de turbinas e aumentaremos a capacidade de reduzir os custos do produto, o que é bom para a concorrência no setor e o crescimento da energia eólica", disse o presidente e CEO da GE Renewable Energy, Jérôme Pécresse, em comunicado. De acordo com texto publicado pela empresa, a GE era a última grande fabricante de turbinas eólicas sem capacidade de produção de pás. A LM Windpower entrega as pás mais longas do mundo, chegando a 88 metros para turbinas de até 8 MW de capacidade, instaladas em projetos offshore. (Brasil Energia – 24.04.2017)

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5 WEG: mercado indiano de energia eólica é alvo em 2018

A fabricante de máquina e equipamentos WEG informou nesta terça-feira (25), em comunicado, que pretende entrar no mercado indiano de energia eólica. A empresa pretende fabricar aerogeradores na unidade fabril de Hosur, na Índia. A companhia deve adequar sua fábrica de motores e geradores, no Estado indiano de Tamil Nadu, para fabricar aerogeradores de 2,1 MW. Com capacidade de absorver a produção de até 250 MW por ano, a unidade indiana deverá entregar os primeiros equipamentos a partir de 2018. Ate lá, segundo a empresa, serão realizadas atividades comerciais de captura de contratos de fornecimento e de desenvolvimento dos parceiros locais. (Valor Econômico- 25.04.2017)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 PRANDINI, Thais. “Os investidores estão voltando”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 24 de abril de 2017.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Vitória, Hevelyn Braga, Izadora Duarte, Juliana Lima, Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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