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IFE: nº 4.306 - 20 de Abril de 2017
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 Judialização: Diretor da Aneel aponta como o maior desafio do setor atualmente
2 Aneel e CCEE buscam alternativas para aplicação ao ACL
3 Aneel: déficit de geração preocupa mais no mercado livre
4 Aneel: expectativa é de encontrar solução de curto prazo para a a judicialização
5 Ressarcimento às hidrelétricas pode custar até R$ 1 bi, diz estimativa da Abrace
6 Aneel: operação comercial de 1,4 MW na PCH Buricá é liberada
7 Lei de Responsabilidade das Estatais em debate
8 Artigo de Franklin Moreira Gonçalves (Cemig): “Do que o setor elétrico brasileiro precisa?”
Empresas
1
STJ julga se a Petrobras Distribuidora deve responder a uma dívida de ICMS por venda à Eletronorte
2 EDP: Migração de clientes para mercado livre faz vendas de energia caírem 9,6%
3 EDP: Queda nas vendas faz sistema de atendimento ao mercado livre crescer
4 AES Eletropaulo: R$ 4 mi na expansão de subestação no interior de São Paulo
5 Cemig: relicitação de hidrelétricas é "postura inconsequente"
6 Cemig: diretoria publica carta contestando a decisão da União
7 Cemig: combate às ligações irregulares na zona sul de Belo Horizonte
8 ABB: transformador digital é lançado
Leilões
1
MME publica diretrizes para leilão de descontratação
2 Aneel rejeita pedido que contesta edital do próximo leilão de LT’s
3 Leilão de transmissão não será adiado, afirma Reive Barros
4 Diretor da Aneel comenta que questão fundiária é preocupação da agência
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Índices dos reservatórios pelo Brasil
2 Sobradinho pode atingir o volume morto em outubro
3 Hidrelétricas do rio São Francisco estão com níveis de armazenamento delicado
4 Consumo de energia do país cresce 2,5% em março, na comparação anual
Meio
Ambiente
1
Wilson Ferreira: A importância de Itaipu na pesquisa de veículos elétricos
2 Itaipu: Programa VE ajudou na redução da emissão de CO2
Energias Renováveis
1
Abrasol: programa para incentivar o uso da energia solar térmica é lançado
2 Atlas do estado do Rio: Irradiação solar equivale à média alemã
3 Atlas do estado do Rio: estudo aponta áreas mais promissoras para a produção fotovoltaica
4 Alto Sertão II: Como tem sido o desempenho do complexo
5 Unica: Disputa judicial no mercado de curto prazo inibe geração a biomassa
6 Biomassa: capacidade instalada é maior que a da Itaipu
7 Injeção de biometano na rede de gás canalizado pode aumentar preço final do insumo
Gás e
Termelétricas
1 Petrobras auxiliará Ceará em busca de parceiros para Pecém
2 Térmica no Mato Grosso entra no Reidi
3 O custo variável de operação da termelétrica Norte Fluminense mudará
Grandes
Consumidores
1 Vale: aumento de 11% na produção de minério de ferro no 1º tri
2 Cade indefere pedido da CSN por maior papel como acionista da Usiminas
Economia Brasileira
1 Desoneração à exportação gera perda de R$ 718 bi em dez anos
2 Suspensão de dívida dos Estados terá impacto de R$ 37,3 bi, estima relator
3 Juros futuros longos fecham em alta com exterior e incertezas locais
4 Monitor do PIB aponta avanço de 0,78% na economia em fevereiro
5 CNI: Após queda em março, expectativa do consumidor melhora em abril
6 IPC-Fipe acelera a 0,43% na segunda medição de abril
7 IPCA-15 sobe para 0,21% em abril e acumula alta de 4,41% em 12 meses
8 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Chile: poderá produzir 18.430 GWh de energia renovável em 2025
2 Gás Natural Fenosa: quer crescer sua participação nos países latinoamericanos
3 Energia verde: fonte acelera fim do carvão na Europa
4 Usinas de carvão são fechadas na Europa
5 Danfoss e GE: módulos de potência para eólicas e solares
Biblioteca Virtual do SEE
1 GONÇALVES, Franklin. “Do que o setor elétrico brasileiro precisa?”. Agência Canal Energia. Rio de Janeiro, dia 19 de abril de 2017.
Regulação e Reestruturação do Setor
1 Judialização: Diretor da Aneel aponta como o maior desafio do setor atualmente
Com a aprovação das regras de cálculo e as condições de pagamentos aos geradores do custo do deslocamento das UHEs afetadas pela geração térmica fora da ordem de mérito, a Aneel deverá se debruçar sobre o que é apontado como o maior problema atual do setor: a judicialização do MCP. A meta é a de encontrar uma solução para essa questão que já acumula mais de R$ 1,6 bilhão em aberto por conta de liminares judiciais obtidas por agentes do mercado livre. A expectativa é de que essa solução possa ser implementada ainda no segundo semestre do ano, mas ainda sem data específica. Segundo o diretor relator do tema, Reive Barros, o que foi colocado nessa nova regra é uma forma de compensar o gerador e com isso a expectativa é de reduzir as demanda judiciais. “Esse custo do deslocamento da geração hidrelétrica era um problema que existia e tinha sido levantado pelas associações. Outro tema resolvido foi o GSF para o mercado cativo e as próprias associações gostariam que tivéssemos resolvido tudo. Agora temos a questão do mercado de deslocamento hidráulico com relação aos R$ 1,6 bilhão no mercado da CCEE sem liquidação, estamos analisando uma forma de resolver essa questão por meio de uma avaliação em conjunto com a CCEE”, revela. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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2 Aneel e CCEE buscam alternativas para aplicação ao ACL
Reive Barros, diretor da Aneel e relator [das regras de cálculo e as condições de pagamentos aos geradores do custo do deslocamento das UHEs afetadas pela geração térmica fora da ordem de mérito], detalha que as duas instituições – Aneel e CCEE – estão buscando alternativas que sejam viáveis para aplicação ao ACL e atender a um pleito dos geradores. Entre esses pedidos está a de aplicar a mesma metodologia feita ao ACR onde houve a determinação de um pagamento de prêmio e a limitação de risco. Contudo, lembra que a falta de informações do ACL foi um dos motivos que impediu essa aplicação da regra. “No mercado livre não tínhamos conhecimento de prazo dos contratos, montante de energia negociado, estratégia de comercialização e se o agente precificou ou não o GSF em seus contratos de venda. Pelo fato de desconhecermos esses dados, não daria para aplicar a mesma regra do ACR, um ambiente no qual tínhamos todos os dados”, argumenta o diretor da Aneel. Com isso, continua ele, a Aneel estabeleceu uma regra para o mercado livre que levou à não adesão dos agentes. “Agora, nossa expectativa é de que daqui para frente possamos ter um novo regulamento, e assim, destravar a liquidação financeira do MCP”, destaca. Essa regra, acrescenta, deverá somente olhar para o futuro já que há uma perspectiva de que o GSF volte a pressionar os geradores hidráulicos participantes do MRE, mas não descartou que esse trabalho possa retroagir, desde que haja o comando legal que permita à Aneel atuar no passivo acumulado até o momento. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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3 Aneel: déficit de geração preocupa mais no mercado livre
Com a iminência de um GSF mais pressionado, Reive Barros, diretor da Aneel e relator [das regras de cálculo e as condições de pagamentos aos geradores do custo do deslocamento das UHEs afetadas pela geração térmica fora da ordem de mérito], lembra que esse déficit de geração preocupa mais no mercado livre pelo fato de não haver regra de mitigação de impacto. Quanto ao mercado regulado, esses agentes já se posicionaram de acordo com seu perfil, seja ele mais conservador ou mais arrojado. Isso porque o regulamento foi desenvolvido em torno de uma perspectiva permanente e não para mudar com frequência. “É no livre que precisamos de solução, ainda não temos a decisão, mas já avaliamos as alternativas de solução para resolver também o passado de R$ 1,6 bi”, comenta o executivo. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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4 Aneel: expectativa é de encontrar solução de curto prazo para a a judicialização
Segundo Reive Barros, diretor da Aneel e relator [das regras de cálculo e as condições de pagamentos aos geradores do custo do deslocamento das UHEs afetadas pela geração térmica fora da ordem de mérito], “tudo isso nos dá expertise e nossa expectativa é de encontrar solução de curto prazo para [a judicialização], ainda no segundo semestre deste ano até porque há os prazos legais que devem ser cumpridos”, diz. Em sua avaliação, essa solução é necessária até mesmo para mostrar aos investidores externos que há estabilidade de regras, um fator importante no momento que o país busca interessados em aportar recursos. Outro fator destacado é ao evitar a judicialização, o país mostra que há a preocupação em deixar o setor elétrico sadio e equilibrado, pois o atual patamar de ações judiciais não é bom para nenhum lado. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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5 Ressarcimento às hidrelétricas pode custar até R$ 1 bi, diz estimativa da Abrace
O cálculo aprovado pela Aneel para o ressarcimento às hidrelétricas pela energia que deixarem de gerar para dar espaço ao acionamento de termelétricas em períodos de crise energética, terá impacto de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão por ano para o consumidor, de acordo com estimativa da Abrace. A associação concorda com a compensação às hidrelétricas, mas discorda do cálculo feito pela Aneel. "A norma aprovada ontem está na direção correta, mas o cálculo é de difícil reprodução pelo consumidor e deixou de ser transparente", disse o presidente da Abrace, Edvaldo Santana. Segundo ele, no início do processo na agência, a proposta previa que fosse estipulado um valor de corte, a partir do qual o consumidor pagaria a diferença entre o valor e o PLD médio do mês. Esse valor de corte seria calculado pela média de preços dos leilões de energia entre 2001 e 2016 e não pela mediana do PLD nesse período, que resultaria em R$ 152/MWh ao invés de R$ 108/ MWh. Apesar da crítica, a Abrace não deve recorrer da decisão da Aneel. (Valor Econômico – 20.04.2017)
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6 Aneel: operação comercial de 1,4 MW na PCH Buricá é liberada
A PCH Buricá, localizada nas cidades de Independência e Inhacorá, no Rio Grande do Sul, conseguiu nesta quarta-feira, 19 de abril, o aval da Agência Nacional de Energia Elétrica para começar a operar as unidades geradoras UG1 e UG2. Cada unidade tem potência de 700kW, totalizando 1,4 MW. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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7 Lei de Responsabilidade das Estatais em debate
A Assunção Consultoria realizará seminário sobre a Lei de Responsabilidade das Estatais, nos dias 9 e 10 de maio em São Paulo. O evento será dirigido a profissionais de empresas públicas, de sociedades de economia mista e agentes privados que participam de licitações e firmam contratos com essas empresas. O seminário será ministrado pela advogada Maria D’Assunção Costa, colunista da Brasil Energia. Durante o seminário, será feita uma análise dos dispositivos mais relevantes da lei para essas organizações, com o objetivo de orientar os participantes em relação à elaboração de editais e contratos. Link para inscrições: goo.gl/87MYOV (Brasil Energia – 19.04.2017)
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8 Artigo de Franklin Moreira Gonçalves (Cemig): “Do que o setor elétrico brasileiro precisa?”
Em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, Franklin Moreira Gonçalves, diretor de Geração e Transmissão da Cemig, trata do caminho pelo qual o interesse governamental levou o setor elétrico brasileiro. Segundo o autor, da política pública original de serem veículos de desenvolvimento socioeconômico, esses setores se transformaram, aos olhos de sucessivos governos, em marionetes cujos cordões são puxados de um lado para outro, sem necessariamente haver uma coordenação com o resultado final do espetáculo. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ 20.04.2017)
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Empresas
1 STJ julga se a Petrobras Distribuidora deve responder a uma dívida de ICMS por venda à Eletronorte
A 1ª Turma STJ vai julgar se a Petrobras Distribuidora deve responder a uma dívida de ICMS de R$ 350 mi com o Estado do Amapá. O montante deixou de ser recolhido entre 2003 e 2005 na venda de óleo diesel para a Eletronorte, por causa de uma liminar obtida pela companhia de energia elétrica. Por um voto, os ministros aceitaram o recurso da Petrobras e agora irão analisar o mérito (REsp 1017 880). A empresa alega no STJ que não deveria ser o alvo da ação de execução, pois seria apenas a substituta tributária da Eletronorte na operação. Já o Estado defende a cobrança, tendo em vista legislação local e o controlador comum das companhias, a União, que também participa da ação. A Petrobras Distribuidora se baseou em uma liminar obtida pela Eletronorte em 2001 para não pagar o ICMS na substituição tributária. Na liminar, a Eletronorte alegou que o combustível era subsídio para a geração de energia no Estado. Em 2010, a liminar foi cassada pelo STF, que entendeu pela incidência de ICMS nas operações de venda de óleo diesel mesmo quando adquirido para fins de transmissão e geração de energia elétrica. O valor da autuação fiscal representa 8% do PIB anual do Amapá, segundo a Procuradoria-Geral do Estado. (Valor Econômico – 20.04.2017)
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2 EDP: Migração de clientes para mercado livre faz vendas de energia caírem 9,6%
A crescente migração de consumidores do mercado cativo para o mercado livre provocou, no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 9,6% nas vendas de energia elétrica do Grupo EDP aos clientes finais das distribuidoras de São Paulo e Espírito Santo, na comparação com o mesmo trimestre de 2016. Dados divulgados pela holding mostram que, no período entre janeiro e março de 2017, as vendas chegaram a pouco mais de 3,56 milhões de MWh, dos quais 1,57 milhão de MWh foram demandados pela classe residencial – 0,9% acima do verificado no mesmo trimestre do ano passado. A queda abrupta de mercado da EDP se deu no segmento industrial, cuja fatia caiu 34,6% em um ano e alcançou 479 mil MWh em 2017 – no primeiro trimestre de 2016 ficou em 733 mil MWh. Apenas na EDP São Paulo, onde a redução nas vendas para indústria foi de 33,9%, migraram do mercado da empresa para o ambiente livre um total de 127 clientes. Na EDP Espírito Santo, a retração chegou a 36%, sob o impacto da saída de 76 clientes para o mercado livre. Também devido à saída de consumidores do ambiente cativo, a classe comercial registrou queda de 14,2% neste trimestre. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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3 EDP: Queda nas vendas faz sistema de atendimento ao mercado livre crescer
Com a queda nas vendas [da EDP] para o mercado cativo, cresceu o uso do sistema de distribuição das concessionárias para atendimento aos clientes livre. A energia transitada na rede da EDP SP e da EDP ES para esses consumidores aumentou, em média, 19,6% no primeiro trimestre. No tocante à geração, o volume de energia vendida pelo Grupo alcançou 3,4 mil GWh, uma redução de 3,2% em relação às vendas no período de comparação. A geração hídrica caiu 12,4%, chegando a 1,7 mil GWh, enquanto a energia vendida da UTE Pecém I reduziu 1,1%, alcançado 1.329 GWh no trimestre. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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4 AES Eletropaulo: R$ 4 mi na expansão de subestação no interior de São Paulo
A AES Eletropaulo está investindo R$ 4 milhões na expansão da subestação Bom Jesus, com conclusão prevista para dezembro de 2017. A obra, que está 35% realizada, tem como objetivo a melhoria na confiabilidade e na continuidade do fornecimento de energia elétrica da região, beneficiando mais de 10 mil pessoas dos municípios de Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba, no interior de São Paulo. No projeto estão contempladas a instalação de dois novos transformadores de 10 MVA e a instalação de disjuntores e chaves 138/88 kV. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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5 Cemig: relicitação de hidrelétricas é "postura inconsequente"
A Cemig criticou a manutenção dos planos do governo de licitar três usinas que estão com a concessão sob debate judicial. Em carta publicada no site da companhia, o diretor de Geração e Transmissão, Franklin Moreira Gonçalves, usa o caso da renovação de concessões como exemplo de que o governo não pretende solucionar problemas do setor, mas os de curto prazo. O executivo acusa o MME de suspender o diálogo sobre a situação das usinas. Recentemente, a Cemig cogitou abrir mão do controle das usinas Miranda, Jaguara e São Simão, sinalizando possível venda de mais de 50% de participação em cada uma delas, a fim de viabilizar a prorrogação dos contratos. O executivo classifica como "postura inconsequente" a relicitação das usinas, com leilão agendado para o próximo dia 30/9, que tiveram revogadas no STF e STJ liminares que mantinham a estatal no controle das concessões das hidrelétricas que totalizam cerca de 2.500 MW de capacidade instalada e que no entendimento da Cemig as usinas ainda poderiam ter prorrogação de outorgas por mais 20 anos, com base em cláusulas dos respectivos contratos de concessão. Já a visão do governo é de que a MP 579, emitida em 2012 e transformada na lei 12.783, alterava o marco legal e acabava com a prorrogação das concessões por 20 anos ao definir as regras para a renovação antecipada. (Brasil Energia – 19.04.2017)
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6 Cemig: diretoria publica carta contestando a decisão da União
Em carta publicada no site da companhia, o diretor de Geração e Transmissão, Franklin Moreira Gonçalves, ressalta que as usinas correspondem a 87% do leilão e que as concessões estão sob debate judicial desde 2013, "sem que se tenha chegado a um termo satisfatório para as partes". Além disso, de acordo com ele, a companhia entende que "esse direito [à prorrogação por mais 20 anos] é líquido e certo e que a Justiça vai chegar à mesma conclusão, depois de o MME negar todos os requerimentos apresentados para que as concessões das três usinas fossem renovadas". Foram empenhados todos os esforços necessários para chegar a um entendimento conciliatório no âmbito do STF, cujas audiências de conciliação foram abruptamente interrompidas por decisão da AGU. Continuamos, porém, abertos a sentar novamente com o Governo Federal para negociar a prorrogação dos prazos de concessão das usinas, à luz, inclusive, da Lei 13.360/2016 [lei resultante da MP 735, que ajustou diversas regras do setor]". O executivo salienta ainda que a relicitação das usinas vai de encontro ao atual contexto de sobrecontratação das distribuidoras, uma vez que o governo autorizou a realização de outro leilão, para descontratação de energia de reserva, "e agora, quer contratar ainda mais energia para o mercado cativo por meio do leilão dessas usinas". Gonçalves pontua enfaticamente, classificando a licitação como "absurdo ainda maior" por retirar energia do mercado livre, elevando custo para as indústrias. "A sociedade não aguenta mais esses casuísmos e, muito menos, os aumentos nas tarifas de energia", diz o diretor. (Brasil Energia – 19.04.2017)
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7 Cemig: combate às ligações irregulares na zona sul de Belo Horizonte
Visando intensificar as ações de combate às perdas comerciais e inadimplência, a Cemig realizou mais um mutirão de inspeções em unidades consumidoras com suspeita de fraudes e suspensões no fornecimento de energia de clientes com débitos pendentes com a companhia. O alvo das operações foi o bairro Belvedere, na região Centro-Sul da capital mineira, onde foram realizadas cerca de 40 inspeções e 100 cortes por inadimplência, desde a última terça-feira, 18 de abril. O gerente de Gestão e Controle da Medição e das Perdas Comerciais da Distribuição da Cemig, Marco Antônio de Almeida, destaca que a realização dos mutirões tem se intensificado desde o segundo semestre do ano passado em Minas Gerais, sendo esse tipo de ação complementar às inspeções de rotina feitas semanalmente em todas as localidades do estado. Segundo ele, a tarifa dos consumidores mineiros poderia ser até 5% menor se não houvesse ligações irregulares e clandestinas na área de concessão da Cemig. Segundo a Cemig, em oito meses, já foram realizadas mais de 300 inspeções em unidades consumidoras suspeitas de fraude e mais de mil cortes em unidades com débitos pendentes na capital mineira bem como no interior do estado. (Agência CanalEnergia – 20.04.2017)
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8 ABB: transformador digital é lançado
A ABB anunciou o lançamento do que é considerado o primeiro transformador de distribuição digital do mundo. A tecnologia digital facilita a gestão de ativos e otimiza custos de operação de manutenção, segundo a companhia. Os dados de desempenho coletados dos sensores são armazenados e analisados dentro do transformador, oferecendo dados sobre como ele está funcionando. Com essas informações, as concessionárias podem se orientar em relação à manutenção e o funcionamento dos transformadores. (Brasil Energia – 19.04.2017)
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Leilões
1 MME publica diretrizes para leilão de descontratação
O MME publicou nesta quinta-feira diretrizes para o inédito leilão de descontratação de projetos de energia elétrica, que tem como objetivo permitir o cancelamento sem a aplicação de multa rescisória de projetos de geração que enfrentaram problemas nos últimos anos e não saíram do papel. Portaria publicada no Diário Oficial da União define que o leilão deverá ser realizado até 31 de agosto de 2017. Em entrevista à Reuters na terça-feira, no entanto, o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Azevedo, disse que a expectativa do governo é realizar o leilão até julho. A portaria determina que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) elabore o edital do leilão e os termos de distrato dos contratos. Os vencedores do leilão terão que pagar um prêmio para o governo. O ministério definiu que o valor do prêmio, em reais, será pago em parcela única. A Aneel irá definir, no edital, um valor mínimo de lance por megawatt-hora. O valor total do prêmio corresponderá ao lance oferecido pela empresa, multiplicado pelo montante da energia contratada de um ano, não bissexto, expresso em megawatt-hora. (Reuters – 20.04.2017)
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2 Aneel rejeita pedido que contesta edital do próximo leilão de LT’s
A diretoria da Aneel rejeitou pedido de impugnação do edital do leilão de LT’s marcado para o próximo dia 24. A contestação foi apresentada pela Upside Finanças Corporativas, que questionou a exigência de patrimônio líquido mínimo R$ 400 milhões para as instituições ou entidades financeiras que emitirem atestado de viabilidade e de exequibilidade do plano de negócios de empresas vencedoras do certame. A Upside argumentou que o atestado deveria ser emitido por qualquer pessoa jurídica de direito público ou privado que comprovasse capacidade técnica para isso no segmento de transmissão. Pelas regras do edital, a certificação do plano de negócios terá de ser feita por instituições ou entidades financeiras credenciadas pelo Banco Central ou por órgão equivalente no exterior, que atendam a exigência de patrimônio líquido. Para a comissão de licitação da Aneel esse é um “critério robusto e idôneo” para atestar a viabilidade da proposta financeira vencedora de cada lote, usado com sucesso pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em leilões de concessões nos últimos cinco anos. No caso da ANTT, há, segundo a Aneel, uma proposta de elevar a exigência de patrimônio líquido das instituições financeiras para R$ 540 milhões. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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3 Leilão de transmissão não será adiado, afirma Reive Barros
Apesar de pedidos para que a Aneel adie a realização do leilão de transmissão nº 5/2016, agendado para o dia 24 de abril, a chance dessa medida ser tomada é nula. De acordo com o diretor Reive Barros, a realização do certame está confirmada, tanto que, lembra ele, as garantias já foram até aportadas pelos investidores interessados em se habilitar à disputa que terá 35 lotes espalhados por 20 estados do Brasil. A perspectiva da agência reguladora, inclusive, é de que esta disputa seja tão bem sucedida quanto a última, que teve 21 dos 24 lotes colocados no leilão, arrematados. “Estamos otimistas, o volume de consultas e esclarecimentos solicitados por parte dos investidores sobre o edital nos dá a sinalização do interesse das empresas, temos convicção de que esse leilão será um sucesso”, argumenta. O executivo destacou como hoje vale a pena investir no segmento de LT’s, tomando como base a rentabilidade oferecida ao projetos e a estabilidade de receitas que o empreendedor tem ao longo do contrato de concessão. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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4 Diretor da Aneel comenta que questão fundiária é preocupação da agência
Reive Barros, diretor da Aneel, que esteve no Seminário Técnico sobre Geração Distribuída, no dia 19 de abril, comentou que, apesar do otimismo com o próximo leilão de LT’s e da rentabilidade do segmento, a questão fundiária preocupa a agência. Contudo, destaca que o regulador tem mantido contato e interagido com órgãos responsáveis pelo licenciamento no sentido de mostrar a importância desses empreendimentos e o baixo impacto ambiental que podem causar. E disse ainda que o MME, na figura do ministro de Minas e Energia, Coelho Filho, tem se empenhado em articular com esses órgãos para que os processos passem por uma análise criteriosa, mas com maior celeridade por serem vitais para o desenvolvimento do país. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Índices dos reservatórios pelo Brasil
Os reservatórios do Sudeste/ Centro-Oeste registraram queda de 0,1% nos níveis e estão operando com volume de 41,4%. De acordo com dados do ONS referentes ao último dia 18 de abril, a energia armazenada é de 84.234 MWmês e a ENA é de 37.709 MWm, que equivale a 66% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas está com 42,92% da capacidade e a de Itumbiara, com 23,88%. Na região Nordeste permanece com o volume de 22,3%. A energia armazenada é de 11.548 MWmês e a ENA é de 3.072 MWm, que é o mesmo que 28% da MLT. A usina de Sobradinho opera com 16,17%. No Norte aumentou 0,3%, com nível de 65,3%. A energia armazenada é de 9.825 MWmês e a ENA é de 12.368 MWm, que corresponde a 36% da MLT. A usina de Tucuruí registra volume de 99,61%. No Sul do país, o recuo de 0,5% deixou os níveis em 39,6%. A energia armazenada é de 7.914 MWmês e a ENA é de 4.251 MWm, que é o mesmo que 67% da MLT. A usina de Passo Fundo opera com 74,28% da sua capacidade. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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2 Sobradinho pode atingir o volume morto em outubro
Autoridades admitem que o reservatório de Sobradinho deve atingir o volume morto durante o período seco. A avaliação feita pelo ONS aponta para a urgência na redução da vazão da usina dos atuais 700 m³/s para 600 m³/s já a partir de maio, para não apenas retardar esse momento como também limitar o uso da água que está abaixo do chamado volume útil do reservatório a 4% do total disponível até o inicio das chuvas em novembro. O volume morto pode ser atingindo no fim de outubro, no melhor cenário. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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3 Hidrelétricas do rio São Francisco estão com níveis de armazenamento delicado
Com chuvas abaixo da média, os reservatórios das hidrelétricas do rio São Francisco chegam ao fim do período úmido com níveis nada confortáveis de armazenamento. Três Marias (MG) com 32%, Itaparica com 19,6% e Sobradinho, o maior deles, com 16%. A previsão do ONS é de que se for mantida a defluência de 700 m³/s o volume útil da hidrelétrica estará esgotado no fim de setembro, e em novembro, no início do período chuvoso, já terão sido utilizados 9,7% do volume morto. O limite máximo calculado pela Chesf para uso da água nessas circunstâncias é de 12,5%. Para não atingir o volume morto este ano, a vazão do reservatório teria que ficar abaixo de 600m³/s. No ano passado Sobradinho já havia atingido o menor nível de armazenamento de sua historia, com 1% do volume útil no fim do período seco. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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4 Consumo de energia do país cresce 2,5% em março, na comparação anual
A carga de energia no SIN em março totalizou 68.918 MWm, volume 2,5% superior em relação a igual período do ano passado. Na comparação com fevereiro deste ano, o consumo recuou 1,2%. E nos últimos 12 meses até março, o consumo foi 1,5% superior ante igual período anterior. “Pelo terceiro mês consecutivo a carga do SIN apresenta taxa de crescimento positiva em relação ao mesmo período do ano anterior. A melhoria da confiança da indústria, que segundo a FGV atingiu em março o maior nível em quase três anos, apontando uma tendência de recuperação do setor, explica parte do desempenho da carga”, informou o ONS. Com relação ao subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o principal do país, o consumo de energia em março cresceu 2,1% ante igual período do ano anterior. Na mesma comparação, o consumo da região Sul aumentou 5,5%. No Norte, o consumo de energia em março foi 3,4% superior em relação a igual mês de 2016. Na mesma comparação, o consumo do Nordeste apresentou crescimento de 0,3%. (Valor Econômico – 19.04.2017)
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Meio
Ambiente
1 Wilson Ferreira: A importância de Itaipu na pesquisa de veículos elétricos
A Itaipu Binacional entregou na última terça-feira, 18 de abril, dois veículos elétricos à Eletrobras, em comodato. A entrega do Renault Zoe e do Renault Fluence aconteceu na sede da holding, em Brasília, e reuniu o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior; o diretor-geral brasileiro da Itaipu, Luiz Fernando Vianna; o coordenador brasileiro do Programa Veículo Elétrico (VE) da Itaipu, Celso Novais, e outras autoridades. Ferreira Júnior ressaltou a importância da Itaipu na pesquisa e desenvolvimento de veículos elétricos e, também, o fomento da indústria brasileira para a criação de novos modelos de negócios baseados nesta tecnologia. “Nenhuma outra empresa investiu tanto em conhecer e divulgar a tecnologia do veículo elétrico como a Itaipu”, afirmou. “Hoje, eu sinto orgulho ter a empresa no grupo Eletrobras.” O presidente da Eletrobras é um grande entusiasta da mobilidade elétrica, que, segundo ele, será o “futuro inevitável” do transporte no mundo todo. Antes de assumir o cargo, em julho do ano passado, ele presidiu a CPFL Energia por 12 anos, período em que criou o Programa de Mobilidade Elétrica - Emotive. Mais tarde, a CPFL tornou-se uma das parceiras do Programa Veículo Elétrico, da Itaipu. “O Brasil tem um potencial muito grande pela frente e não há dúvidas de que este será o mercado do futuro”, completou Ferreira Júnior. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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2 Itaipu: Programa VE ajudou na redução da emissão de CO2
Com os dois carros cedidos à Eletrobras, a Itaipu soma, atualmente, dez veículos elétricos entregues em regime de comodato a entidades como Copel, Exército, ONU Mulher, Universidade Federal de Santa Catarina e governo do Paraguai. Na frota própria, Itaipu mantém 100 veículos elétricos, de carros de passeio até avião. Os modelos entregues à Eletrobras são veículos de passeio para uso urbano. Segundo levantamento do Programa VE, em dez anos os veículos elétricos de Itaipu rodaram 836 mil km e evitaram a emissão de 87 toneladas de CO2. Para neutralizar estas emissões seria necessário o plantio de 498 árvores. Ampliando o cálculo à frota brasileira, que roda em média 670 bilhões de km por ano, as emissões evitadas seriam de 69,7 milhões de toneladas de CO2, que, para serem neutralizadas, exigiriam 400 milhões de árvores plantadas. Outro aspecto positivo é a eficiência energética, que é de 90% pra carro elétrico, contra 37% dos movidos a gasolina. O custo da energia é de 1/5 em comparação ao combustível. Na Itaipu, os dez anos do Programa VE resultaram em uma economia de R$ 240 mil – considerando que a própria empresa produz a energia que abastece os carros (se a energia fosse comprada, a economia seria de R$ 110 mil). Em todo o Brasil, a economia seria da ordem de R$ 100 bi ao ano. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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Energias Renováveis
1 Abrasol: programa para incentivar o uso da energia solar térmica é lançado
A recém-criada Associação Brasileira de Energia Solar Térmica (Abrasol) anunciou uma parceria com o governo da Alemanha cujo objetivo é incentivar o uso da energia solar térmica em processos industriais. O Solar Payback é parte do International Climate Initiative (IKI) e conta com o financiamento do Ministro Federal do Meio-Ambiente da Alemanha. O uso da energia solar para a produção de vapor, calor de processo, por exemplo para a lavagem e o tratamento de superfícies em processos industriais, é ainda um nicho de mercado no Brasil e em todo o mundo. Segundo Jörg Mayer, gerente executivo do BSW-Solar, o Solar Payback busca aumentar a consciência sobre o enorme potencial do mercado de energia solar por três motivos: para reduzir as emissões CO2, para reduzir os gastos de energia para investidores e para aumentar a vantagem competitiva da indústria local. “Preços aumentando para energia elétrica no Brasil e discussões da COP 21, apontaram a necessidade da eficiência energética nos setores da indústria e do comércio, mas a consciência para o uso de energia solar ainda é muito baixa. Solar Payback pode ter um papel importante para o aumento do conhecimento e a confiança de produtores para essa energia renovável promissora”, descreveu Philipp Hahn, diretor adjunto e responsável para Energias Renováveis na Câmara de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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2 Atlas do estado do Rio: Irradiação solar equivale à média alemã
Com níveis de insolação variando de 1.460 a 2.010 kWh/m² ao longo do ano, o estado do Rio de Janeiro apresenta um potencial de produção de energia elétrica por fonte solar equivalente ao Alemanha, líder mundial na instalação de sistemas fotovoltaicos e cujo nível de irradiação é de 1.700 kWh/m², em média. Os números constam do Atlas Solar do Estado do Rio de Janeiro, lançado nesta quarta-feira, 19 de abril, pelo governo fluminense com o objetivo de promover o investimento em energia solar fotovoltaica e heliotérmica, desenvolvendo a indústria fotovoltaica local. No site www.atlasriosolar.com.br, há a possibilidade de fazer o download do Atlas e, através de um simulador, gerar dados sobre tamanho do painel fotovoltaico para um determinado empreendimento, a capacidade de geração e o prazo de retorno do investimento. A simulação está disponível para todos os municípios do estado do Rio, e é voltada para os segmentos residencial, comercial e industrial. A ideia é possibilitar uma avaliação rápida da viabilidade econômica de um investimento em energia solar. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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3 Atlas do estado do Rio: estudo aponta áreas mais promissoras para a produção fotovoltaica
O Atlas Solar [lançado pelo governo fluminense sobre o potencial de produção de energia solar no estado] aponta que a região do Norte Fluminense, parte da Região dos Lagos e o litoral Sul do estado são as áreas com o maior potencial para produção de energia solar fotovoltaica. Mesmo na Região Serrana, área do estado com a menor capacidade de geração solar, a implantação de um sistema fotovoltaico apresenta viabilidade econômica. O Atlas permite calcular a economia nas tarifas de luz com a instalação de sistemas fotovoltaicos conectados à rede de distribuição, considerando a possibilidade de recebimento de créditos com a venda da produção excedente. Segundo o Banco de Informações de Geração da Aneel, o estado do Rio é o quarto maior em número de instalações fotovoltaicas, ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. São 842 empreendimentos em operação somando capacidade total instalada soma 5.322 quilowatts pico (kWp). O maior projeto fotovoltaico do estado é o Maracanã Solar, de 360 kW, instalado pela Light no estádio do Maracanã. O Atlas Solar foi elaborado pelo governo do Rio em parceria com a EDF Norte Fluminense, a PUC-Rio e a EGPEnergia. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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4 Alto Sertão II: Como tem sido o desempenho do complexo
A AES Tietê assinou ontem o contrato de compra do complexo Eólico Alto Sertão II (386 MW, BA), da Renova. O valor da transação é de R$ 600 mi, podendo chegar a R$ 700 mi, segundo informaram as empresas, caso o desempenho do Complexo Alto Sertão II durante os próximos cinco anos exceda a referência mínima assumida. Desse valor adicional, R$ 50 mi ficarão retidos em escrow account. Além disso, a AES assumirá uma dívida de R$ 1,150 bi do projeto. Os parâmetros de desempenho assumidos para o complexo como condição para o pagamento adicional não foram divulgados. Entretanto, de acordo com dados do ONS, os conjuntos de parques que compõe o complexo apresentaram fatores de capacidade pelo menos 5% menores do que o previsto inicialmente, nos últimos 12 meses. Alto Sertão II entrega energia para o sistema através de quatro conjuntos de usinas: Morrão, Pelourinho, Araçás e Caetité. De acordo com o ONS, esses conjuntos apresentaram, nos últimos 12 meses, fatores de capacidade de 33,9%, 44,4%, 34,5% e 45,1%, respectivamente. Conforme relatório do operador, esses valores estão pelo menos 5% abaixo do inicialmente previsto. Apesar disso, não ficam muito distantes do fator de capacidade médio das usinas eólicas no Brasil, que foi de 42% entre março de 2016 e fevereiro deste ano, segundo a Abeeólica. (Brasil Energia – 19.04.2017)
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5 Unica: Disputa judicial no mercado de curto prazo inibe geração a biomassa
A disputa judicial entorno do risco hidrológico está desencorajando as usinas a biomassa a aumentarem sua produção de energia elétrica neste ano. Os agentes não querem se expor ao risco de produzir acima da garantia física e depois ficar sem receber. De acordo com o gerente de bioeletricidade da Unica, Zilmar Souza, caso a liquidação do mercado de curto prazo estivesse ocorrendo dentro da normalidade, as térmicas a biomassa poderiam aumentar a produção de energia entre 15% e 20%, aproveitando o cenário de PLD alto. A Unica levará uma proposta ao MME na tentativa de sensibilizar o governo sobre o benefício que esse aumento de produção traria para o sistema, com o argumento que isso contribuiria para deslocar o uso de térmicas mais caras, reduzindo o custo marginal do sistema e, consequentemente, o acionamento das bandeiras tarifárias. "Como foi em 2014/2015, temos a possibilidade de comprar biomassa por conta do sinal de preço. Com PLD a R$ 350/MWh, R$ 400/MWh há uma possibilidade de estimular essa oferta extra de biomassa.... Mas quem é que vai trazer cavaco de madeira a 150 km da usina para gerar energia se não tem a perspectiva de recebimento", questiona Souza, que concedeu entrevista após evento realizado nesta quarta-feira, 19 de abril, na sede da União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica). (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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6 Biomassa: capacidade instalada é maior que a da Itaipu
A capacidade instalada atualmente pela biomassa (14.670 MW) supera a capacidade instalada pela usina Itaipu (14.000 MW). Dados do último boletim de bioeletricidade da Unica mostram que o total de geração pela biomassa em 2016 foi de 54 TWh, incluindo a autoprodução, representando 8,8% de toda a oferta interna de energia elétrica, enquanto o gás natural representou 8,1% no mesmo período, algo que não ocorria desde 2011. Quando se exclui a geração destinada ao autoconsumo, em 2016, o montante de geração de energia entregue para o SIN pela biomassa foi de aproximadamente 24 TWh, representando um crescimento superior a 6% em relação ao ano de 2015. Em 2016, mais de 90% da bioeletricidade para a rede esteve concentrada em apenas cinco estados da Federação: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Paraná. O Estado que mais gerou bioeletricidade foi São Paulo, responsável por 50% do total no período. No primeiro trimestre de 2017, em relação à igual trimestre no ano anterior, a geração de bioeletricidade em geral para a rede aumentou em 8%. O total estimado de 1.706 GWh produzido entre janeiro e março de 2017 foi equivalente a atender 5% do consumo residencial de energia elétrica no país, considerando o mesmo período acumulado de janeiro a março de 2017. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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7 Injeção de biometano na rede de gás canalizado pode aumentar preço final do insumo
A indústria paulista e demais grandes consumidores de energia temem que a programada obrigatoriedade de injeção de biometano na rede de gás canalizado do estado aumente o preço final do insumo. A tese, defendida pela Abrace, Abividro e Abiquim, baseia-se na avaliação de que o preço teto do biometano é mais alto do que o do gás natural e sua mistura na rede de gás canalizado afetaria para cima o preço pago pelos consumidores. A posição das entidades foi oficialmente enviada à agência reguladora de saneamento e energia do Estado de São Paulo (Arsesp), que abriu consulta pública de dezembro de 2016 a fevereiro de 2017 para receber contribuições à proposta de regulamentação para a distribuição de biometano na rede de gás canalizado no estado. A sugestão da Abrace é a de que o estado assuma para si todos os custos decorrentes da introdução do biometano à rede e não os consumidores, por se tratar de uma política pública. Segundo a Arsesp, até o final do primeiro semestre a deliberação que disciplina as condições de distribuição de biometano será publicada. Ao passar a valer, a regulamentação favorecerá as usinas sucroenergéticas, que poderão gerar biometano a partir da digestão da vinhaça, resíduo da produção e que hoje é usado principalmente como fertilizante na lavoura de cana. A publicação da regulamentação será acompanhada de relatório com a análise de todas as contribuições recebidas pela Arsesp. (Brasil Energia – 19.04.2017)
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Gás
e Termelétricas
1 Petrobras auxiliará Ceará em busca de parceiros para Pecém
O presidente da Petrobras, Pedro Parente, pretende reunir investidores interessados em adquirir participação no terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) de Pecém, no Ceará. A companhia iniciou no ano passado o processo competitivo para a venda do terminal cearense. A intenção do executivo é apresentar aos investidores o programa de parcerias e desinvestimentos da estatal no Estado, segundo informação da Agência Petrobras. Parente tratou do assunto em reunião com o governador do Ceará, Camilo Santana, na terça-feira, na sede da petroleira, no Rio. Na ocasião, o Santana informou ao presidente da Petrobras que várias empresas entraram em contato com o governo estadual manifestando interesse em analisar o potencial dos ativos. Segundo a empresa, também participaram do encontro o diretor de abastecimento da companhia, Jorge Celestino, o secretário de desenvolvimento econômico do Ceará, César Ribeiro, o secretário de relações internacionais do Estado, Antônio Bahlmann, e o presidente da Cearáportos, Danilo Serpa. O terminal de Pecém tem capacidade para regaseificar até sete milhões de metros cúbicos diários de gás natural. (Valor Econômico – 19.04.2017)
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2 Térmica no Mato Grosso entra no Reidi
O Ministério de Minas e Energia autorizou na última quarta-feira, 19 de abril, o enquadramento ao Regime Especial de Incentivos ao Desenvolvimento da Infraestrutura da UTE F&S Agri Solutions. A usina fica localizada na cidade de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. Com 18 MW de capacidade, ela será implantada de 2 de janeiro de 2016 até 10 de junho de 2017 e vai demandar investimentos de R$ 64,2 milhões sem a incidência de impostos. O MME também enquadrou ao Reidi a PCH Foz da Estrela. A usina da Brookfield fica na cidade de Coronel Domingos Soares e vai ter duas turbinas de 14,75 MW, totalizando 29,5 MW de capacidade. Com investimentos de R$ 277,6 milhões, sem impostos, seu período de implantação vai de agosto de 2016 até 30 de junho de 2019. (Agência CanalEnergia – 20.04.2017)
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3 O custo variável de operação da termelétrica Norte Fluminense mudará
A Aneel deu provimento à solicitação feita pela Usina Termelétrica Norte Fluminense para revisão do CVU da usina de mesmo nome, relativo ao mês de março de 2017. Os valores praticados serão R$ 50,13/MWh, R$ 59,13/MWh e R$ 112,38/MWh. A Aneel determinou que o ONS aplique os valos já na primeira revisão do Programa Mensal de Operação após a publicação do despacho nº 1.053, como consta no Diário Oficial da União da última terça-feira, 18 de abril. A Aneel ainda determinou que a CCEE utilize os valores dos CVUs atualizados para fins de contabilização da geração verificada na usina no mês de março de 2017; e que a CCEE efetue o ajuste no valor de R$ 25,9 mil, por meio de débito da UTE Norte Fluminense e crédito aos pagadores do ESS por razões energéticas referente ao mês de agosto de 2016, no próximo processo de contabilização e liquidação financeira. (Agência CanalEnergia – 19.04.2017)
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Grandes Consumidores
1 Vale: aumento de 11% na produção de minério de ferro no 1º tri
A Vale informou produção de minério de ferro de 86,2 milhões de toneladas no primeiro trimestre, alta de 11,2% na comparação anual. Segundo a companhia, o resultado é recorde para o período. O Sistema Norte, que inclui as operações de Carajás, Serra Leste e S11D, registrou aumento de 11,1% na produção de minério de ferro para 36 milhões de toneladas. O resultado também é recorde para um primeiro trimestre. A companhia atribuiu o crescimento ao avanço do desenvolvimento dos projetos de S11D e de Itabirito, no Sistema Sudeste. No relatório, a mineradora afirmou que volumes “blendados” na Ásia totalizaram 12,4 milhões de toneladas no período, avanço de 90,7% em relação ao ano passado. A atividade de “blendagem” no exterior, mistura de minério de ferro de diferentes teores de pureza, permite, segundo a empresa, trazer mais flexibilidade a cadeia integrada. A empresa manteve a projeção de produção da commodity para 2017 entre 360 milhões e 380 milhões de toneladas. (Valor Econômico – 20.04.2017)
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2 Cade indefere pedido da CSN por maior papel como acionista da Usiminas
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) indeferiu pedido da CSN para desempenhar maior papel como acionista da Usiminas, de acordo com fato relevante divulgado na noite de quarta-feira pela siderúrgica mineira. A CSN havia pedido ao Cade que flexibilizasse o Termo de Compromisso de Desempenho, segundo o qual a empresa ficava impedida de participar, indicar candidatos aos conselhos de administração e fiscal da Usiminas, além de votar em assembleia geral ordinária convocada para 27 de abril. A CSN detém 15% das ações ordinárias e 19% das preferenciais da Usiminas. Os papéis PNA da Usiminas recuaram 38% em dois meses, enquanto as ações ordinárias da CSN despencaram 76%. (Reuters – 20.04.2017)
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Economia Brasileira
1 Desoneração à exportação gera perda de R$ 718 bi em dez anos
Ao longo de dez anos, prefeituras e governos estaduais deixaram de receber R$ 718 bilhões como consequência de desonerações nas exportações, aponta estudo da Confederação Nacional de Municípios (CNM). O levantamento indica que as desonerações decorrentes de legislações de estímulo às exportações - especialmente a Lei Complementar nº 87, conhecida como Lei Kandir - resultou numa perda de receita estimada em R$ 539 bilhões para os Estados e R$ 179 bilhões para os municípios entre 2006 e 2015. No período, o país exportou mais de R$ 4,22 trilhões, montante que serviu de base para os cálculos da CMN. O estudo ignora possíveis alterações que as desonerações pudessem causar nas exportações. "A desoneração pode ter incentivado as exportações? Sim, mas isso não é mensurável. Não posso dizer que não houve aumento", reconhece o presidente da confederação, Paulo Ziulkoski. Em vigor desde 1996, a Lei Kandir desonerou do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) exportações de produtos primários e industrializados semielaborados. O objetivo era ampliar a competitividade dos produtos brasileiros no exterior. Como a arrecadação e o poder de legislar sobre o ICMS é responsabilidade dos Estados, há diferentes legislações e alíquotas em todo o país, o que levou a CMN a considerar em seu levantamento uma alíquota média nacional de 17% para o período pesquisado. (Valor Econômico – 20.04.2017)
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2 Suspensão de dívida dos Estados terá impacto de R$ 37,3 bi, estima relator
Depois de aprovar o texto-base do projeto de recuperação fiscal dos Estados, o governo conseguiu avançar na derrubada de dois destaques, mas não concluiu a votação da matéria. Com isso, o programa de socorro fiscal para os Estados à beira da falência fica pendente por mais uma semana. O texto-base aprovado na noite de terça-feira prevê a suspensão do pagamento de dívidas dos Estados com a União e também com bancos e organismos (que serão pagos pelo Tesouro Nacional) por pelo menos três anos, podendo chegar a seis. A interrupção do pagamento de dívida, segundo apresentação do relator, deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ), terá impacto de R$ 37,3 bilhões em três anos. O projeto prevê uma série de contrapartidas que o governo tem lutado para manter, como a necessidade de privatização de empresas estaduais, redução de incentivos fiscais, elevação de alíquota da Previdência dos servidores estaduais para 14% (incluindo taxa extra temporária), além da proibição de contratação de novos servidores e da concessão de reajustes e vantagens para os funcionários. (Valor Econômico – 20.04.2017)
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3 Juros futuros longos fecham em alta com exterior e incertezas locais
Os juros futuros de prazos mais longos subiram nesta quarta-feira, mais do que devolvendo as quedas da véspera. Segundo profissionais, uma combinação de fatores puxou as taxas para cima. Do lado doméstico, as preocupações com a reforma da Previdência, as “ondas de choque” da “Lista de Fachin” sobre o governo e a esticada do dólar colaboraram para o aumento dos prêmios de risco. O movimento teve suporte também com o ambiente externo mais arisco, com firme alta dos “yields” (retorno ao investidor) dos Treasuries - títulos do Tesouro americano - mais longos. Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro de 2021 - mais suscetível a incertezas de ordem estrutural - subia a 9,920% (9,880% no último ajuste). (Valor Econômico – 19.04.2017)
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4 Monitor do PIB aponta avanço de 0,78% na economia em fevereiro
O Produto Interno Bruto brasileiro cresceu 0,78% em fevereiro, em relação ao mês anterior, feito o ajuste sazonal, informa o Monitor do PIB, da FGV. No trimestre encerrado em fevereiro, perante aquele terminado em novembro de 2016, o PIB avançou 0,15%, a primeira taxa positiva após oito trimestres consecutivos de queda. A taxa trimestral móvel do PIB no trimestre findo em fevereiro, comparada com o mesmo período do ano anterior, apresentou queda de 0,9%, mostrou a pesquisa. (Valor Econômico – 20.04.2017)
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5 CNI: Após queda em março, expectativa do consumidor melhora em abril
Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quarta-feira mostra que os brasileiros ficaram mais confiantes em relação à economia em abril. Depois da queda de 2,3% registrada no terceiro mês de 2017, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) aumentou 1,4% e atingiu 103,4 pontos. Com isso, destacou a CNI, o índice ficou 6,1% acima do verificado em abril de 2016, quando se situou em 97,5 pontos. "Mesmo assim, o indicador continua abaixo da média histórica, iniciada em março de 2001, que é de 108,6 pontos", disse a instituição. Na avaliação dos economistas da CNI, a recuperação no desempenho do Inec é resultado da melhora das perspectivas dos brasileiros em relação à inflação, ao emprego, à renda pessoal, ao endividamento e à situação financeira para os próximos seis meses. "Melhoraram, especialmente, as perspectivas sobre a evolução dos preços. O indicador de expectativas para a inflação subiu 5,8% em relação a março e está 9,3% acima do registrado em abril do ano passado. Quanto maior o índice, maior é o número de pessoas que espera a queda da inflação", explicou a confederação. (Valor Econômico – 19.04.2017)
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6 IPC-Fipe acelera a 0,43% na segunda medição de abril
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) acelerou de 0,31% para 0,43% da primeira para a segunda prévia de abril, influenciada pela alta no grupo Alimentação, que saiu de 0,84% para 1,07% no período. (Valor Econômico – 20.04.2017)
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7 IPCA-15 sobe para 0,21% em abril e acumula alta de 4,41% em 12 meses
A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), acelerou para 0,21% em abril, após ter ficado em 0,15% um mês antes, de acordo com o IBGE. Apesar da aceleração, taxa de abril é a mais baixa para o mês desde 2006, quando o indicador subiu 0,17%. (Valor Econômico – 20.04.2017)
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8 Dólar ontem e hoje
Hoje, o dólar comercial caía 0,28%, a R$ 3,1389. Já o contrato futuro para maio recuava 0,51%, a R$ 3,1410. Ontem, o dólar comercial subiu 1,11%, a R$ 3,1477. É a alta mais forte desde 23 de março (1,34%). O patamar é o mais alto desde 7 de abril (R$ 3,1499). (Valor Econômico – 19.04.2017 e 20.04.2017)
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Internacional
1 Chile: poderá produzir 18.430 GWh de energia renovável em 2025
O parque de energias renováveis não conversacionais no Chile gerou durante o primeiro trimestre deste ano 58,1% da produção do projeto da hidrelétrica HidroAysén na mesma época. Em março deste ano este tipo de energia já representa 14,7% da geração chinela. Segundo a Associação Chilena de Energia Renovável em 2024 a geração das renováveis se igualaria a produção estimada pelo complexo hidroelétrico da Patagônia. E em 2025, o sistema superaria os 18.430 GWh estimados para a HidroAysén. Dentro das renováveis destaca-se a solar com 43% e em seguida a eólica (28%), bioenergia (13%), hidroelétrica de passagem (10%), termosolar (5%) e geotérmica (2%). (Economía y Negócios – Chile – 20.04.2017)
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2 Gás Natural Fenosa: quer crescer sua participação nos países latinoamericanos
Segundo Rafael Villaseca, CEO da Gás Natural Fenosa, a empres etsá baseando sua estratégia em crescer, tanto em redes elétricas como gasistas, na América Latina e nos mercados emergentes. Assim, atenderá o mix de geração de renováveis e gás, investindo em novos negócios no setor energético. Durante o ano passado, os principais marcos destacam o grupo foram a adjudicação de dois contratos na Austrália e Chile de gerações eólica e solar, a aquisição do projeto de energia solar no Brasil, a compra da empresa irlandesa de gás Vayu, o primeiro repotenciação na Galiza no parque eólico em Cabo Vilano e o início da construção de parques eólicos nas ilhas Canárias. (El País – Espanha – 20.04.2017)
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3 Energia verde: fonte acelera fim do carvão na Europa
A longa despedida do carvão na Europa está sendo acelerada pela queda nos custos da transição para a energia verde. Empresas como Drax Group, Steag e Uniper estão fechando ou convertendo geradoras que queimam carvão a um ritmo recorde, da Áustria ao Reino Unido, porque elas se tornaram obsoletas pela concorrência das energias eólica e solar, mais baratas. Após mais de 500 anos usando o carvão mineral - combustível que impulsionou a Revolução Industrial e, ao mesmo tempo, as emissões que aquecem a atmosfera - o continente simplesmente o está relegando ao passado por uma questão de custo. "É um mundo completamente diferente em termos de preços dos combustíveis", disse Johannes Truby, da Agência Internacional de Energia (AIE). Desde 2012, a agência reduziu sua projeção para o uso de carvão na União Europeia (UE) em 2030 em 12% e atualmente estima que apenas 114 gigawatts de capacidade serão mantidos até lá, contra uma projeção de 177 GW feita em 2014, segundo os últimos dados anuais disponíveis. Países como Reino Unido, França, Portugal, Áustria e Finlândia estão substituindo o carvão com políticas para eliminar seu uso na geração de energia. Em outras partes do mundo, o combustível fóssil trava uma batalha de vida ou morte porque a energia verde produz uma eletricidade mais barata e emprega mais pessoas. Mesmo nos EUA, onde o presidente Donald Trump prometeu reduzir os padrões ambientais para recuperar empregos no setor de carvão, muitas geradoras são incapazes de competir com o gás natural, abundante e de baixo custo. (Valor Econômico – 20.04.2017)
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4 Usinas de carvão são fechadas na Europa
Na maior usina a carvão da Europa, na cidade alemã de Voerde, três chaminés de até 250 metros de altura estão inativas após expelirem vapor e fumaça por mais de meio século. A planta gerava 2,2 GW de energia para 4,5 milhões de residências antes de a proprietária Steag desligar o interruptor nas últimas semanas. A política governamental de transição energética - Energiewende - está levando a Alemanha a um uso maior de energias solar e eólica, o que criou uma abundância de energia renovável e derrubou os preços da eletricidade. Apenas neste mês, o órgão regulador da rede de eletricidade entregou contratos de construção de parques eólicos na costa que, pela primeira vez, deverão ser rentáveis sem subsídios. Tudo isso minou a viabilidade da usina de Voerde, que chegou a empregar 550 trabalhadores. "Nós desativamos essa usina de energia porque a Energiewende já não permite que ela opere de forma rentável", disse Joachim Rumstadt, presidente do conselho da Steag. A geradora não é competitiva, apesar de ter a "melhor tecnologia disponível" para a queima de carvão, disse. Cerca de metade dos fechamentos recorde de 10 GW em usinas de carvão europeias de 2016 ocorreram no Reino Unido depois que o governo duplicou o preço do carvão e que empresas como a Drax começaram a converter ou desativar instalações. As emissões de gases causadores do efeito estufa geradas pela energia no Reino Unido caíram em quase um quinto, segundo o governo. (Valor Econômico – 20.04.2017)
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5 Danfoss e GE: módulos de potência para eólicas e solares
A Danfoss Silicon Power começará a produzir módulos de potência de carboneto de silício (SiC) nos Estados Unidos após fechar parceria com a General Electric (GE). No início de 2018, a Danfoss iniciará as operações de embalagem de módulos de potência SiC no estado americano. A GE fornecerá os chips SiC para os módulos. Os módulos de potência SiC criarão dispositivos eletrônicos menores, mais rápidos e mais eficazes para o mercado de tecnologia em energia solar e eólica, bem como as futuras gerações de carros híbridos e elétricos, reduzindo o consumo de energia em 10%. A colaboração entre a Danfoss e a GE fará parte do consórcio de fabricação de eletrônicos de potência de Nova York. O consórcio público-privado e outros programas similares foram criados em 2014 pelo estado de com um investimento total de mais de US$ 20 bilhões. Os módulos também podem reduzir o consumo de energia em datacenters em 5%, assim como podem reduzir o peso de um avião em 500 quilos, informa a Danfoss. (Brasil Energia – 19.04.2017)
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Biblioteca Virtual do
SEE
1 GONÇALVES, Franklin. “Do que o setor elétrico brasileiro precisa?”. Agência Canal Energia. Rio de Janeiro, dia 19 de abril de 2017.
Para ler o texto na íntegra, clique aqui.
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa:
Ana Vitória, Hevelyn Braga, Izadora Duarte, Juliana Lima, Sérgio Silva.
As notícias divulgadas no IFE não refletem
necessariamente os pontos da UFRJ. As informações
que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe
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de Economia da UFRJ.
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