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IFE: nº 4.299 - 10 de Abril de 2017
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1 GESEL no Jornal O Globo: “tarifas hoje refletem o preço ao consumidor, variando todo mês”
2 Aneel abre intimações para 46 projetos de renováveis
3 Aneel: União deve R$1,13 bi a consumidores e ignora apelo há quatro anos
4 Governo do RS defende privatização das estatais CEEE, CRM e Sulgás
5 Aneel libera operação de eólica e termelétrica
6 Artigo de Adriano Pires: "O etanol não pode esperar"
7 Entrevista com Carlos Alberto Borges Trindade Santos (Potigás) “Subsídio do gás foi fundamental para fábrica de painéis solares no RN”
8 Artigo de Michelle Hallack e Beatriz Marcoje: “Pobreza, ineficiência energética e gato: três pilares de um desafio”

Empresas
1 Belo Monte: chinesa ZEPC negocia entrada na hidrelétrica
2 Belo Monte: acionistas insatisfeitos com empreendimento
3 Belo Monte: acúmulo de problemas
4 Santo Antônio: mais um alvo dos chineses
5 ESBR antecipará leilão de descontratação para UHE de Jirau
6 Prysmian – Grupo prepara investimento de R$ 150 mi novo centro de excelência no Brasil

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 ONS revisa previsão de queda no consumo de energia de 1,9% em abril
2 SE/CO mantém o nível de 41,4%
3 PLD cai cerca de 17% no Sudeste, Sul e Nordeste

4 PLD por regiões

5 BBCE: negociação recorde de 1.851 MW no mês de março

6 Queda de energia elétrica no DF e GO

Meio Ambiente
1 Ibama emite Licença de Operação para LT 230 kV Jardim/Penedo, da Chesf

Energias Renováveis
1 Banco do Brasil: linha de financiamento para renováveis no meio rural
2 Absolar: linha de financiamento para renováveis representa uma evolução
3 BYD: venda de soluções integradas de energia

4 BYD: Ônibus elétrico com conteúdo local

5 Furnas e Carbogás: Protótipo de usina utilizando resíduos sólidos urbanos será implantado em MG

6 Furnas: expansão da utilização de resíduos sólidos para geração de energia é possível

Gás e Termelétricas
1 Reserva de óleo e gás tem queda

Grandes Consumidores
1 Justiça livra CSN de pagar tarifa

Economia Brasileira
1 Governo piora projeção do déficit primário de 2018 para R$ 129 bi
2 Meirelles: Recessão ainda afeta a receita

3 Meirelles: não há previsão de correção da tabela do IR na LDO-2018
4 Temer: votar contra a reforma é votar contra o governo
5 Mercado reduz expectativa para inflação neste ano e em 2018
6 Na primeira leitura de abril IPC-S avança para 0,49%
7 Na primeira prévia de abril IGP-M tem deflação de 0,74%
8 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Paraguai enviou a Argentina 74% da sua energia este ano
2 Paraguai e Bolívia pretendem interconectar suas redes elétricas
3 Schneider está focada no crescimento orgânico na América do Sul
4 Recorde de adição de energias renováveis é apontado em relatório da ONU
5 Relatório da ONU: Energia Renovável é tendência

6 Iberdrola: parque solar de 100 MW será desenvolvido no México

Biblioteca Virtual do SEE
1 PIRES, Adriano. "O etanol não pode esperar". O Estado de São Paulo. São Paulo, 8 de abril de 2017.
2 MEDEIROS, Gabriela. “Entrevista com Carlos Alberto Borges Trindade Santos (Potigás) ‘Subsídio do gás foi fundamental para fábrica de painéis solares no RN’”. Brasil Energia. Rio de Janeiro, 06 de abril de 2017.

3 HALLACK, Michelle; MARCOJE, Beatriz. “Pobreza, ineficiência energética e gato: três pilares de um desafio”. Brasil Energia. Rio de Janeiro, 06 de abril de 2017.

4 Frankfurt School-UNEP Centre/BNEF. “Global trends in renewable energy investment 2017”. Frankfurt School-UNEP Centre/BNEF. Frankfurt (Alemanha), 2017.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL no Jornal O Globo: “tarifas hoje refletem o preço ao consumidor, variando todo mês”

Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL), do Instituto de Economia da UFRJ, ressalta que a conta de luz é formada por uma série de custos, como o valor definido de acordo com a fonte de geração de energia, as linhas de transmissão, os gastos com distribuidoras, encargos e impostos. “É como um supermercado, com produtos que sobem e descem. As tarifas hoje refletem o preço ao consumidor, variando todo mês. Não é como antes, que o consumidor tinha que esperar o ano seguinte. Então, você tem a bandeira, que é reflexo da pouca chuva”. (O Globo – 09.04.2017)

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2 Aneel abre intimações para 46 projetos de renováveis

A Aneel abriu processos com termos de intimação para 46 projetos de energia eólica e solar, para iniciar o processo de revogação da outorga destes. Segundo documentos ao qual o Valor teve acesso, os projetos, que somam 1,15 GW, estão com atrasos significativos na execução. Esses são os mesmos projetos que são candidatos ao leilão de descontratação que o MME planeja realizar. Há, por exemplo, projetos de energia eólica de Furnas, que o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., já declarou que pretende descontratar no leilão. O processo está sendo conduzido pela agência reguladora de forma paralela ao planejamento do leilão de descontratação de reserva, que é uma responsabilidade do poder concedente. Procurada, a Aneel esclareceu que faz parte das suas competências atuar na fiscalização e na gestão das outorgas. "Os referidos termos de intimação são parte natural desse processo, que em etapas posteriores pode resultar na revogação de outorgas", disse. Os termos de intimação se referem a 579 MW em projetos de eólicas, sendo 360 MW de Furnas, além de 219 MW da Energimp, da argentina Impsa, que está em recuperação judicial. Há ainda 559 MW em projetos de energia solar. Desse total, 150 MW são de projetos da Fotowatio, controlada pelo fundo de private equity internacional Denham Capital. Mais 100 MW se referem ao complexo solar de Caetité, da Renova Energia. Outra empresa intimada foi a Lintran do Brasil, do espanhol Grupo Cobra, com 270 MW em projetos. (Valor Econômico – 10.04.2017)

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3 Aneel: União deve R$1,13 bi a consumidores e ignora apelo há quatro anos

O governo se apropriou indevidamente de R$ 1,130 bilhão e se recusa a devolver o valor aos consumidores de energia elétrica. O valor se refere a uma arrecadação a maior, feita entre 2010 e 2012, realizada para compensar Estados que teriam prejuízo financeiro com a conclusão de obras de conexão ao SIN. Apesar dos benefícios ao País e à população das regiões isoladas haveria redução no uso de usinas termelétricas para suprir esses locais e, consequentemente, da arrecadação dos Estados do Norte com o ICMS sobre os combustíveis fósseis. Entre 2010 e 2012, o governo arrecadou R$ 747,8 milhões, que, corrigidos pela Selic, correspondem a R$ 1,130 bilhão, segundo a Aneel. A lei também estabeleceu que eventuais saldos positivos decorrentes dessa arrecadação deveriam ser devolvidos. A restituição resultaria num desconto médio de 0,8% nas contas de luz de clientes de todo o País. Apesar dos apelos da Aneel, a União ignora o pleito e descumpre uma lei há quatro anos. Um ofício obtido pelo Estado demonstra a cobrança, pela Aneel, aos ministros do Planejamento, Dyogo Oliveira, e de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. O documento, assinado pelo diretor-geral do órgão regulador, Romeu Rufino, diz que é obrigação legal da União devolver o dinheiro arrecadado a mais para os consumidores e incluir o valor no Orçamento. A Aneel, porém, não pode incluir o valor na tarifa sem que ele esteja no Orçamento. Neste ano, a agência se antecipou e enviou o ofício em 31 de março. O prazo final para apresentação da Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2018 termina em agosto. É a quinta vez que a Aneel cobra o governo sobre essa devolução. (O Estado de São Paulo – 07.04.2017)

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4 Governo do RS defende privatização das estatais CEEE, CRM e Sulgás

O governo do Estado do RS defendeu, em coletiva de imprensa do dia 5 de abril, a necessidade de privatizar ou federalizar a CEEE, a CRM e a Sulgás, medidas previstas no Plano de Modernização do estado. Em reunião com deputados da base aliada no dia 4 de abril, o governador José Ivo Sartori abordou aspectos que demonstram as dificuldades enfrentadas por estruturas ainda mantidas pelo estado. A Proposta de Emenda à Constituição que retira a necessidade de realização de plebiscito para alienação, transferência de controle, cisão, incorporação, fusão ou extinção relativas às estatais em questão foi um dos pontos tratados. Para o governo, diante do cenário fiscal do estado, a manutenção dessas empresas tem se mostrado insustentável ante as demandas que precisam ser atendidas pelo Tesouro, exigindo investimentos crescentes para a melhora dos serviços prestados. No caso da CRM, a companhia apresenta dependência de um único cliente público, a CGTEE, que vem reduzindo o volume do seu contrato, e análises indicam estruturas inadequadas e custos elevados, podendo ter dificuldades de caixa a partir de maio. No caso da Sulgás, embora apresente lucros para acionistas e a estrutura de pessoal esteja adequada, a companhia tem o fornecimento de gás restrito ao eixo Porto Alegre/Caxias do Sul, o que ocorre há 22 anos. Os investimentos na expansão da rede são restritos e a médio e longo prazo a companhia não terá capacidade de atender a demanda de gás no estado. Na CCEE, embora CEEE-GT seja superavitária, CEEE-D apresenta resultados negativos e índices de qualidade estancados em 2016. Mesmo com a atual gestão tendo revertido o déficit de R$ 725 milhões para cerca de R$ 520 milhões nos anos de 2015 e 2016, a estatal é deficitária. (Agência CanalEnergia – 07.03.2017)

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5 Aneel libera operação de eólica e termelétrica

A usina eólica Ouro Verde, 29,7 MW de capacidade instalada e situado no município de Trairi, no Ceará, está liberada para iniciar operação comercial a partir desta quinta-feira (6). A autorização foi concedida pela Aneel em despacho publicado no Diário Oficial da União de hoje. O empreendimento, pertencente à Usina Geradora Eólica Santa Mônica SPE II Ltda., conta com 11 unidades geradoras com potência de 2,7 MW cada. Também no DOU de hoje, a Aneel libera para operação em teste a usina termelétrica Mauá Parte III Bloco Iranduba, instalada em Manaus (AM). Com 25 MW de capacidade, o empreendimento está ligado à Amazonas Geração e Transmissão de Energia S.A.. (Agência CanalEnergia – 07.03.2017)

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6 Artigo de Adriano Pires: "O etanol não pode esperar"

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), trata da crise do setor sucroalcooleiro nacional. Ele questiona que “Estamos jogando fora a vantagem comparativa que o Brasil tem no campo da energia. É isso que o País precisa e deseja?”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 10.04.2017)

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7 Entrevista com Carlos Alberto Borges Trindade Santos (Potigás) “Subsídio do gás foi fundamental para fábrica de painéis solares no RN”

O programa de subsídio do gás RN Gás + foi fundamental na escolha do estado do Rio Grande do Norte pela chinesa Chint para abrigar uma nova fábrica de painéis fotovoltaicos. A opinião é do presidente da Potigás, Carlos Alberto Borges Trindade Santos, que participou da missão à Ásia para a assinatura do protocolo de intenções entre os chineses e o governo do estado. De acordo com Santos, a companhia chinesa deverá atrair outras empresas do segmento para o Rio Grande do Norte. “É um novo segmento que surge e que com certeza alavanca”, afirmou. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 10.04.2017)


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8 Artigo de Michelle Hallack e Beatriz Marcoje: “Pobreza, ineficiência energética e gato: três pilares de um desafio”

Em artigo publicado no jornal Brasil Energia, Michelle Hallack, pesquisadora do Grupo de Economia da Energia do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro-GEE/IE/UFRJ e professora da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense; e Beatriz Marcoje, graduanda da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense tratam de ineficiência energética e ligações clandestinas de energia. Segundo as autoras, “a ineficiência energética é uma das causas da pobreza energética. Por um lado, aparelhos ineficientes e casas em locais mais quentes (onde existem ilhas de calor, por exemplo) e/ou mal isoladas demandam mais energia para que os agentes obtenham serviços energéticos adequados. Logo, estes precisam pagar relativamente mais para obter os serviços de energia que geram o mesmo nível de bem-estar”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 10.04.2017)

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Empresas

1 Belo Monte: chinesa ZEPC negocia entrada na hidrelétrica

A chinesa Zhejiang Electric Power Construction (ZEPC) tem negociado a possibilidade de adquirir ao menos uma fatia na hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, que quando concluída será uma das maiores do mundo, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto. A usina do rio Xingu, que receberá cerca de 35 bilhões de reais em investimentos, tem como principais acionistas a estatal federal Eletrobras, as elétricas Neoenergia, Cemig, Light, além da mineradora Vale e os fundos de pensão Petros e Funcef. Na semana passada, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr., admitiu a jornalistas que sócios de Belo Monte têm buscado interessados em comprar suas fatias na usina. Na ocasião, ele disse que a Eletrobras irá aguardar essas tratativas para decidir se adere à transação. Se a empresa chinesa estiver disposta a comprar uma participação controladora, ela teria que oferecer a mesma oferta aos demais sócios, o que poderia elevar o valor do negócio. Isso explica também por que a Eletrobras está aguardando os desdobramentos das negociações. As fontes, que falaram sob a condição de anonimato porque as conversas são sigilosas, disseram que as negociações estão em andamento, mas não citaram valores. (Reuters – 07.04.2017)

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2 Belo Monte: acionistas insatisfeitos com empreendimento

Uma das fontes anônimas que conversou com a Reuters disse que os acionistas [de Belo Monte] estão insatisfeitos com as perspectivas do empreendimento, que ainda não gera lucro e ao mesmo tempo tem exigido constantes aportes de capital. Os planos de algumas empresas para sair de Belo Monte vêm também em um momento em que muitos dos acionistas passam por dificuldades financeiras ou movimentos de reestruturação. Cemig e Vale têm falado em realizar desinvestimentos para reduzir dívidas, assim como a Eletrobras, enquanto os fundos de pensão Petros e Funcef têm revisto o portfólio de ativos após perdas. Procurada, a Norte Energia, que reúne os sócios, disse que informações sobre eventual venda não passam pela companhia e devem ser tratadas junto aos acionistas. A Eletrobras disse que está preparada para exercer ou não seu direito de tag along no empreendimento, mas ressaltou que não comenta as negociações dos demais sócios. A Neoenergia afirmou que "não há nenhuma negociação em curso". Cemig, Light, Petros e Funcef não retornaram pedidos de comentário. A Vale não quis comentar. O site da ZEPC, que tem negócios em energia térmica e hidrelétrica na China e no exterior, afirma que o objetivo da empresa é "constituir-se em uma companhia de engenharia de primeira classe na China e ter certa influência internacional na engenharia elétrica e outros segmentos de infraestrutura". Não foi possível encontrar um porta-voz da ZEPC para comentar imediatamente. (Reuters – 07.04.2017)

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3 Belo Monte: acúmulo de problemas

A usina de Belo Monte tem acumulado problemas que ajudam a explicar o interesse de acionistas em deixar o negócio. O empreendimento é alvo de investigações da Operação Lava Jato, em que autoridades apuram um enorme escândalo de corrupção no Brasil. A usina também tem enfrentado diversas ações judiciais por impactos socioambientais. Nesta sexta-feira, a Reuters publicou que uma decisão judicial suspendeu a licença de operação da hidrelétrica. À parte essas disputas, a Norte Energia ainda viu o BNDES travar a liberação de R$ 2 bi que seriam utilizados para concluir a usina, o que tem obrigado os sócios a colocar mais dinheiro nas obras. O contrato entre Norte Energia e BNDES previa a liberação dos recursos apenas se Belo Monte conseguisse vender a um preço pré-determinado uma parte de sua energia que ainda está descontratada, o que ainda não ocorreu. Parte dos acionistas tenta obrigar a Eletrobras a comprar a energia para assim liberar os recursos do BNDES. O assunto atualmente é alvo de uma disputa em processo de arbitragem. Os chineses, por sua vez, têm demonstrado forte apetite para grandes projetos hidrelétricos e de infraestrutura pelo mundo, com os quais podem vender equipamentos e ampliar sua presença global. (Reuters – 07.04.2017)

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4 Santo Antônio: mais um alvo dos chineses

Outra importante usina do Brasil, a hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia, também está no alvo de uma empresa chinesa, a State Power Investment Corporation (SPIC), disse uma terceira fonte à Reuters, confirmando informações que circulam no mercado. O jornal O Estado de São Paulo publicou em fevereiro que a SPIC estaria próxima de fazer uma proposta pela usina. Na semana passada, Ferreira, da Eletrobras, disse que a usina em Rondônia, uma das maiores do Brasil, já recebeu uma oferta não vinculante e que uma proposta vinculante pode ser apresentada até abril. A SPIC entrou no Brasil em 2016, com a compra de ativos de energia eólica da australiana Pacific Hydro no país. Orçada em cerca de R$ 20 bi de reais, Santo Antônio tem como acionistas a Eletrobras, além de Cemig, Odebrecht e SAAG Investimentos. A Odebrecht Energia disse que "seguem as negociações para alienação de sua participação" na usina, "com o movimento natural de entrada e saída de alguns interessados na aquisição dos ativos". "No grupo de potenciais compradores, há, entre outros interessados, companhias chinesas", adicionou. A Eletrobras disse que não comenta movimentações dos sócios. A Cemig não respondeu imediatamente a pedidos de comentário. A SAAG disse que não vai comentar. Não foi possível contatar imediatamente representantes da SPIC. (Reuters – 07.04.2017)

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5 ESBR antecipará leilão de descontratação para UHE de Jirau

A Energia Sustentável do Brasil vai antecipar o processo de descontratação de energia elétrica formatado pelo governo com um leilão exclusivo voltado à negociação de sobras de contrato envolvendo a usina hidrelétrica de Jirau. O certame será realizado no próximo dia 13 de abril às 12 horas, exclusivamente em ambiente eletrônico. Os agentes compradores que oferecerem o maior preço pelo montante de energia elétrica colocado na negociação vão fechar com a ESBR contratos cujo período de fornecimento irá de 1º de abril a 31 de dezembro deste ano. Na avaliação do diretor-presidente da concessionária, Victor Paranhos, o leilão promovido pela empresa trará vantagens tanto para comercializadores quanto para clientes do mercado livre, diminuindo a exposição desses agentes à flutuação de preços no mercado de curto prazo. "Está na hora dessas empresas serem mais conservadoras, garantindo contratos de médio prazo ao invés dos de curto prazo. A instabilidade do PLD está muito alta", avalia o executivo. Segundo ele, a expectativa é que a curva de preços no mercado de curto prazo se acentue ainda mais, devendo bater, em breve, o teto regulatório. (Agência CanalEnergia – 07.03.2017)

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6 Prysmian – Grupo prepara investimento de R$ 150 mi novo centro de excelência no Brasil

O grupo Prysmian anunciou investimentos em torno de R$ 150 mi na instalação de um novo centro de excelência mundial no Brasil. Segundo o fabricante, o projeto é uma aposta da organização no crescimento e fortalecimento dos mercados brasileiro e sul-americano nas áreas de energia e telecomunicações. O centro será construído dentro da unidade da empresa em Sorocaba (SP) e vai abrigar a unidade que funciona em Santo André, com a unificação da operação das duas plantas. A previsão de entrada em operação é para o final de 2018. O projeto tem como objetivo ampliar a participação da companhia no mercado brasileiro de fio e cabos, e nos países do Cone Sul. "O investimento no Brasil é parte do plano estratégico da empresa para melhorar as nossas capacidades operacionais globais, tornando-se ainda mais eficiente e competitiva", afirmou o diretor de Operações da Prysmian, Andrea Pirondini, em nota divulgada pela assessoria do grupo. (Agência CanalEnergia – 07.03.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 ONS revisa previsão de queda no consumo de energia de 1,9% em abril

A carga nacional de energia elétrica deverá atingir 66.926 MWm em abril, o que representa um recuo de 1,9% em relação ao mesmo mês de 2016. Na semana passada, o ONS estimava um recuo de 1,4%. Segundo o ONS, apenas o Nordeste deve apresentar avanço positivo na carga (3%) em abril, com quedas de 2,6% no Sudeste/Centro-Oeste, de 4,4% no Sul e de 0,7% no Norte. A expectativa é que o Sudeste receba 70% da MLT, ante uma previsão de 68% para o mês. O Sudeste é o principal reservatório por representar 70% da capacidade de armazenamento de energia do país. Houve melhora no Sul, para 85% da MLT ante 75%; no Nordeste, para 26% da MLT ante 22%; e no Norte, para 76% da MLT ante 72%. Com uma previsão hidrológica mais positiva e um recuo da carga, o custo marginal de operação reduziu de R$ 420,28/MWh para R$ 351,28/MWh, em média, para os subsistemas Sudeste e Sul. O Nordeste passou de R$ 425,71/MWh para R$ 344,39/MWh. O Norte segue com CMO nulo. (Agência CanalEnergia – 07.03.2017)

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2 SE/CO mantém o nível de 41,4%

Dados do ONS referentes a esta sexta-feira (7) mostram que o submercado Sudeste/ Centro-Oeste manteve o nível de 41,4% do dia anterior. A energia armazenada é de 84.099 MWmês e a energia natural afluente é de 39.235 MWm, que é 68% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas está com 44,18% da sua capacidade. Na região Nordeste, os níveis por mais um dia continuam com 22%. A energia armazenada era de 11.400 MWmês e a ENA é de 3.523 MWm, que equivale a 26% da MLT. A usina de Sobradinho está com volume de 15,67%. No Sul do país, houve recuo de 0,2% nos níveis, que deixou os reservatórios com 41,7%. A energia armazenada é de 8.330 MWmês e a ENA é de 6.220 MWm, que equivale a 55% da MLT. A usina de Passo Real está com 63,8% da sua capacidade. Na região Norte, também foi registrado recuo de 0,2% e os níveis ficaram em 64,8%. A energia armazenada é de 9.754 MWmês e a ENA é de 14.452 MWm. Esse valor equivale a 34% da MLT. A hidrelétrica de Tucuruí está com volume de 99,54%. (Agência CanalEnergia – 07.03.2017)

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3 PLD cai cerca de 17% no Sudeste, Sul e Nordeste

A CCEE informa que o PLD para o período entre 8 e 14 de abril caiu 16% no Sudeste/Centro-Oeste e Sul e 17% no Nordeste, sendo fixado em R$ 356,68/MWh nos três submercados. No Norte, o PLD permanece no valor mínimo de R$ 33,68/MWh. A previsão de ENAs subiu em todos os submercados com índices em 70% da média no Sudeste, 85% no Sul, 26% no Nordeste e em 76% da MLT no Norte. Os níveis dos reservatórios do SIN caíram em torno de 530 MWm. Houve redução no Sudeste (-610 MWm) e Sul (-220 MWm), enquanto no Norte e Nordeste os níveis ficaram cerca de 40 MWm e 260 MWm mais altos, respectivamente. O fator de ajuste do MRE previsto para abril é de 98,5% e os ESS são esperados em R$ 18 mi para o mês, sendo R$ 8 mi referentes à segurança energética. (Agência CanalEnergia – 07.03.2017)

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4 PLD por regiões

Sudeste/Centro-Oeste: R$ 362,02/MWh (pesada); R$ 362,02/MWh (média); R$ 349,73/MWh (leve). Sul: R$ 362,02/MWh (pesada); R$ 362,02/MWh (média); R$ 349,73/MWh (leve). Nordeste: R$ 362,02/MWh (pesada); R$ 362,02/MWh (média); R$ 349,73/MWh (leve). Norte: R$ 33,68/MWh (pesada); R$ 33,68/MWh (média); R$ 33,68/MWh (leve). (Agência CanalEnergia – 07.03.2017)

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5 BBCE: negociação recorde de 1.851 MW no mês de março

As negociações de energia registradas na BBCE atingiram, no mês de março, um total de 1.851 MW, valor apontado como recorde na história da plataforma eletrônica. O resultado foi atribuído pela empresa à estratégia adotada no segundo semestre de 2016, de aumento da participação de geradores de energia. Em fevereiro foram negociados 772 MW, também recorde até então. O presidente da BBCE, Victor Kodja, afirma que a atração de geradores tem trazido maio liquidez aos negócios. A empresa fechou o primeiro trimestre do ano com 3.023 MW negociados em 1.004 contratos com valor superior a R$ 422 milhões. Para 2017, a expectativa é de que as transações superem os 4.500 MW estimados anteriormente. (Agência CanalEnergia – 07.03.2017)

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6 Queda de energia elétrica no DF e GO

Um desligamento automático numa subestação e em linhas de transmissão no Distrito Federal e em Goiás, ocorrido às 3h48 no último dia 6 de abril, levou a interrupção de 162 MW de carga nas áreas de concessão da CEB e da Celg. O problema afetou a transformação 345/138 kV e a barra “B” 138 kV da SE Brasília Sul, de propriedade de Furnas, e as LTs Brasília Sul/Taguatinga C2; Brasília Sul/Ceilândia Sul C1 e C2; Brasília Sul/Brasília Norte C1, C2 e C3, da CEB; e Brasília Sul/Santa Maria, da Celg. No Distrito Federal, o desligamento retirou 115 MW de carga das regiões de Taguatinga e Ceilândia. Já em Goiás, foram 47 MW em Valparaíso e Marajoara. De acordo com o ONS, a normalização dos equipamentos foi iniciada às 4h02, sendo finalizada às 4h12. Às 4h07 começou a recomposição das cargas, que terminando às 4h10. (Agência CanalEnergia – 07.03.2017)

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Meio Ambiente

1 Ibama emite Licença de Operação para LT 230 kV Jardim/Penedo, da Chesf

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf já colocou em funcionamento a LT 230 kV Jardim/Penedo, que interliga a subestação Jardim, em Nossa Senhora do Socorro (SE) à subestação de Penedo (AL). A Licença de Operação que liberou o empreendimento para atividade de operação foi emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis em 27 de março, com validade de quatro anos. A linha de transmissão possui aproximadamente 109 km de extensão. (Agência CanalEnergia – 10.03.2017)

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Energias Renováveis

1 Banco do Brasil: linha de financiamento para renováveis no meio rural

O Banco do Brasil lançou o BB Agro Energia, um novo programa de linhas de financiamento voltado para o uso de energia renováveis no meio rural, tanto para pessoas físicas, jurídicas e cooperativas. A estimativa é que ela libere R$ 2,5 bilhões em 2017. O programa vai possibilitar a instalação de placas fotovoltaicas, aerogeradores ou biodigestores nos terrenos de modo a reduzir os custos de produção, transformá-los em autoprodutores, transferência de tecnologia ao campo e ampliação dos negócios com o setor agropecuário. As linhas que englobam o programa são as seguintes: FCO Rural, Inovagro, Investe Agro e Pronamp, para a agricultura empresarial; Pronaf Eco, para a agricultura familiar; e Pronaf Agroindústria e Prodecoop, para cooperativas agropecuárias. As taxas variam de 2,5% até 12,75% ao ano e o prazo médio de 10 anos. O financiamento pode ir até 100% do projeto. (Agência CanalEnergia – 07.03.2017)

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2 Absolar: linha de financiamento para renováveis representa uma evolução

De acordo com o presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar e Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, o BB Agro Energia (programa de linhas de financiamento voltado para o uso de energia renováveis no meio rural) representa uma evolução para o financiamento da fonte, uma vez que o programa é completamente direcionado para o setor agrícola, além de ser uma ação coordenada. "O programa tem abrangência nacional, agora o foco é o agronegócio brasileiro. Isso é muito sinérgico", afirma. O aspecto da sustentabilidade no campo também foi elogiado pelo presidente da associação. Ele também lembrou que A Absolar vem há dois anos debatendo com banco a implantação de linhas de crédito para o setor. A associação também atua junto ao banco para a abertura de uma linha de financiamento para consumidores na área urbana. Áreas como suinocultura e avicultura, que tem consumo de energia bastante elevado poderão se beneficiar das linhas. Para obter o financiamento, é necessário que os projetos devam ter até 1 MW. O financiamento também poderá comtemplar equipamentos que vão atuar de forma isolada em uma propriedade, não precisando estar conectado à rede. (Agência CanalEnergia – 07.03.2017)

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3 BYD: venda de soluções integradas de energia

A BYD inaugurou nesta quinta-feira (6/4), em Campinas, a fábrica de painéis solares de 200 MWp ao ano. A unidade recebeu um investimento inicial de R$ 150 mi. Os painéis solares da companhia já estão credenciados pelo BNDES na linha de financiamento de máquinas e equipamentos (Finame). “A partir de agora podemos entregar a solução completa: sempre que vendermos veículos elétricos, colocaremos na modelagem o sistema de painel solar e armazenamento de energia”, explica Adalberto Maluf, diretor de Marketing, Novos Negócios e Sustentabilidade da multinacional chinesa. Os painéis solares produzidos no Brasil empregam uma tecnologia exclusiva, denominada Double Glass, que segundo a companhia permitem um aumento de 7% na produção de energia, em comparação com os módulos tradicionais. “Com a produção local, ajudaremos a consolidar o mercado de geração distribuída”, projeta Maluf. A oferta de uma solução completa de energia, com geração solar para abastecer veículos elétricos, está disponível inicialmente para frotas corporativas e táxis, que podem adquirir os veículos elétricos (importados) da companhia. (Brasil Energia – 07.04.2017)

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4 BYD: Ônibus elétrico com conteúdo local

A BYD inaugurou em 2015 uma fábrica de chassis de ônibus elétricos no Brasil, cujo conteúdo local planeja aumentar gradativamente. O gerente de Desenvolvimento Local, Marcos Caderllini, conta que entre 2018 e 2022 serão investidos mais de R$ 13 milhões somente em engenharia e ferramentais locais e R$ 50 milhões na infraestrutura e meios produtivos da fábrica. “São mais de 100 itens com estudos técnicos de aplicação local com análises das engenharias de Brasil, EUA e China e mais 200 fornecedores locais consultados e outras fontes estão em prospecção. Este ano temos 20% de conteúdo local, no próximo dobramos para 40%. Em 2019 vamos para 50%, em 2020 para 60% e em 2021 teremos 70% de conteúdo local de estrutura carroceria/chassis”, explica Caderllini. (Brasil Energia – 07.04.2017)

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5 Furnas e Carbogás: Protótipo de usina utilizando resíduos sólidos urbanos será implantado em MG

Um protótipo de uma usina de energia elétrica a partir do tratamento de resíduos sólidos urbanos será instalado este ano no município de Boa Esperança (MG), como parte de um projeto de inovação tecnológica desenvolvido por Furnas e pela Carbogás Energia. A geradora terá capacidade instalada de 1 MW e ficará localizada próximo ao reservatório da usina de Furnas, conectada à rede da Cemig. O empreendimento, cuja implantação exigirá investimento de R$ 32 mi, integra o programa de pesquisa e desenvolvimento a cargo das concessionárias do setor e regulado pela Aneel. Segundo Furnas, o empreendimento utilizará a gaseificação a leito fluidizado, processo com tecnologia desenvolvida nacionalmente e escolhido a partir de um trabalho de prospecção de alternativas nos mercados brasileiro e estrangeiro. A viabilidade do processo, incluindo taxas de emissões dentro dos padrões internacionais, foi verificada a partir de testes realizados em uma planta experimental da Carbogás na cidade de Mauá (SP). A iniciativa utilizou processo termoquímico para produzir gases combustíveis utilizados em caldeiras e turbinas a vapor. Daí gera-se energia elétrica sem emissões ao meio ambiente. (Agência CanalEnergia – 07.03.2017)

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6 Furnas: expansão da utilização de resíduos sólidos para geração de energia é possível

O gerente da área de Pesquisa, Serviços e Inovação Tecnológica de Furnas, Nelson dos Santos, esclarece que, apesar de a usina [energia elétrica a partir do tratamento de resíduos sólidos urbanos será instalado este ano no município de Boa Esperança (MG)] ser dimensionada para atender cidades de 40 mil habitantes, nada impede que a iniciativa seja implantada em regiões mais populosas, na medida em que o projeto proporciona domínio da tecnologia e permite a utilização da usina de forma flexível. De acordo com o gerente, estimativas iniciais mostram que até 25% da energia elétrica para a faixa de consumidores da classe residencial no Brasil pode ser atendida pela produção oriunda de resíduos sólidos urbanos. (Agência CanalEnergia – 07.03.2017)

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Gás e Termelétricas

1 Reserva de óleo e gás tem queda

A redução do volume de reservas de petróleo e gás natural da Petrobras em 2016, ante o ano anterior, não é algo específico da estatal brasileira. Levantamento feito pelo Valor indica que praticamente todas as grandes empresas do setor tiveram redução do número de reservas no ano passado, em comparação com 2015. A exceção foi a petroleira anglo-holandesa Shell, que adquiriu no ano passado a britânica BG e registrou aumento de 12,7% do volume de reservas em 2016, para 13,2 bilhões de barris de óleo equivalente de petróleo e gás. Em janeiro, a Petrobras reportou o total de suas reservas em 31 de dezembro de 2016, de 12,5 bilhões de boe, pelo critério da Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Society of Petroleum Engineers (SPE), e de 9,6 bilhões de boe, pelo critério da Securities and Exchange Commission (SEC). Os números representaram quedas, em relação a 2015, de 5,7% e 8%, nos dois critérios, respectivamente. Entre as grandes petroleiras mundiais, o destaque em termos de queda foi a gigante americana ExxonMobil, cujas reservas em 2016 recuaram expressivos 19,3%, para 19,974 bilhões de boe. Já a também americana Chevron, a francesa Total e a norueguesa Statoil, sofreram reduções mais leves de suas reservas de 0,4%, 0,5% e 0,9%, respectivamente. Segundo especialistas, o principal motivo para a redução do volume de reservas das petroleiras foi a queda do nível de investimentos em exploração de petróleo e gás, que resulta em menos descobertas. (Valor Econômico – 10.04.2017)

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Grandes Consumidores

1 Justiça livra CSN de pagar tarifa

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) conseguiu uma liminar para não pagar, por meio da tarifa de energia, o que lhe seria cobrado nas indenizações bilionárias das transmissoras de energia referentes a ativos antigos ainda não amortizados. A decisão da Justiça do Distrito Federal pode ser uma má notícia para as transmissoras e para a União, uma vez que já havia um processo movido por grandes consumidores questionando o pagamento de indenização via tarifa. O montante questionado, que chega a R$ 62 bilhões, refere-se aos ativos de transmissão anteriores a maio de 2000, os quais tiveram as concessões renovadas antecipadamente nos termos da Medida Provisória 579, convertida na Lei 12.783, de 2013. A lei, que ocasionou uma redução de cerca de 70% na receita anual das transmissoras, previa uma remuneração desses bens ainda não depreciados, mas não deixou claro como. A resposta veio em abril de 2016, com a publicação da Portaria 120 do Ministério de Minas e Energia (MME), que determinou que o pagamento seria feio por meio da tarifa ao longo de oito anos. O argumento da CSN no processo, apurou o Valor, é que a lei criou uma obrigação a União remunerar as transmissoras. Por isso, segundo a decisão do juiz Anderson Santos da Silva, uma portaria do Ministério "não poderia repassar o ônus dessa obrigação aos consumidores". (Valor Econômico – 10.04.2017)

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Economia Brasileira

1 Governo piora projeção do déficit primário de 2018 para R$ 129 bi

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou que a meta de resultado primário para o governo central para 2018 é déficit de R$ 129 bilhões. Antes, esse compromisso era de um rombo de R$ 79 bilhões. Para este ano, a meta de déficit do governo central é de R$ 139 bilhões. Para o setor público consolidado, a meta é de déficit de R$ 131,3 bilhões em 2018. Para 2019, segundo Meirelles, a meta é de déficit do governo central é de R$ 65 bilhões . Para 2020, a meta é de superávit de R$ 10 bilhões. O anúncio da meta de primário para 2018 teve participação do ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. O ministro da Fazenda disse ainda que para chegar a esses valores foi considerado um crescimento de 0,5% do PIB para este ano. Ele lembrou que a queda pronunciada do PIB de 2016 trouxe carregamento estatístico negativo “muito grande” para 2017. Meirelles repetiu que o crescimento no último trimestre de 2017 ante último trimestre de 2016 está previsto em 2,7. A projeção de crescimento econômico considerado para o período de 2018 e 2019 é de 2,5% ao ano. Para 2020, a estimativa de expansão do PIB é de 2,6%. (Valor Econômico – 07.04.2017)

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2 Meirelles: Recessão ainda afeta a receita

O governo trabalha com a previsão de que a receita da União em 2018 será menor do que a deste ano, em proporção do PIB, mesmo com o crescimento maior da economia. No próximo ano, a expansão econômica foi estimada pelo governo em 2,5%, mas a arrecadação total ficará em 20,5% do PIB. Neste ano, com crescimento de apenas 0,5%, a previsão é que a receita ficará em 20,6% do PIB. Duas variáveis explicam esse comportamento, de acordo com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Segundo o ministro, a recuperação da receita tem uma defasagem em relação ao crescimento da economia. Como a recessão econômica foi a pior registrada no na história do Brasil, as empresas acumularam muitos créditos contra o fisco e, no primeiro momento, deverão usá-los para reduzir os pagamentos de tributos. Além disso, explicou Meirelles, a arrecadação deste ano está sendo elevada por conta das receitas extraordinárias, como os leilões das hidrelétricas e pela regularização dos ativos mantidos por brasileiros no exterior, a chamada repatriação. O ministro destacou o fato de que a despesa primária da União continuará em uma trajetória de queda, em proporção do PIB, nos próximos anos. (Valor Econômico – 10.04.2017)

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3 Meirelles: não há previsão de correção da tabela do IR na LDO-2018

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que não há previsão de correção da tabela do Imposto de Renda (IR) na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2018. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, explicou que, neste momento, o governo não precisa fazer um detalhamento sobre o que estará previsto no orçamento do próximo ano. Meirelles ressaltou que não houve antecipação do anúncio do detalhamento da LDO de 2018. "Houve questionamentos de que estaríamos antecipando isso, mas na realidade, não há antecipação", disse o ministro. Meirelles esclareceu que o prazo legal para essa divulgação é 15 de abril, que cairá no feriado da Semana Santa, o que anteciparia o prazo para 13 de abril, quinta-feira. No entanto, ele ressaltou que são necessários alguns dias úteis antes dessa apresentação, porque os números têm de passar por outros órgãos como o Banco Central. (Valor Econômico – 07.04.2017)

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4 Temer: votar contra a reforma é votar contra o governo

Em reunião ontem na residência oficial da Câmara dos Deputados, o presidente Michel Temer afirmou que já cedeu o suficiente na reforma da Previdência e disse que cobrará de aliados um voto favorável ao projeto, que tramita atualmente em uma comissão especial na Câmara. Participaram do encontro, além de Temer, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, do Senado, Eunício Oliveira, o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro e os ministros Raul Jungmann , Mendonça Filho, Bruno Araújo e Antonio Imbassahy. Nas palavras de um dos participantes, Temer afirmou que "quem votar contra a reforma está votando contra o governo”. Com as concessões já feitas, o governo deixará de economizar entre R$ 112 bilhões e R$ 160 bilhões nos próximos dez anos, segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Inicialmente, a expectativa era economizar entre R$ 750 bilhões e R$ 800 bilhões com a reforma. "O governo realmente ajustou a reforma da Previdência, agora não temos dúvidas de que ela será aprovada", disse a fonte. Segundo essa fonte, haverá uma reunião na próxima terça-feira em Brasília entre todos os líderes partidários e ministros ligados a partidos. O governo quer ter certeza de que tem os votos suficientes quando a PEC chegar ao plenário da Câmara. A previsão é que o relatório seja votado na comissão especial até o fim de abril. (Valor Econômico – 10.04.2017)

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5 Mercado reduz expectativa para inflação neste ano e em 2018

Os agentes do mercado financeiro continuaram a reduzir a expectativa para a inflação e para taxa de juros neste ano e, desta vez, cortaram também a previsão para o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2018, após 36 semanas com a estimativa estacionada em 4,50%. De acordo com o boletim Focus, do Banco Central, a projeção para a alta do IPC-A em 2017 saiu de 4,10% para 4,09%, quinto recuo consecutivo. Para 2018, a estimativa passou de 4,50% para 4,46% de aumento. A previsão para o IPCA de abril foi de 0,40% para 0,31% de elevação. Destoando das demais projeções, o prognóstico de 12 meses subiu de 4,57% para 4,60% de elevação. A nova revisão nas estimativas ocorre após o bom resultado do IPCA de março, que desacelerou a alta para 0,25%, e no momento em que o BC se prepara para decidir sobre a taxa de juros, na quarta-feira. No Focus, a projeção para a Selic no fim deste ano caiu de 8,75% para 8,50%. Alcançado esse nível, a taxa permanece assim até o fim de 2018, esperam os analistas. (Valor Econômico – 10.04.2017)

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6 Na primeira leitura de abril IPC-S avança para 0,49%

A inflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) passou de 0,47% no fechamento de março para 0,49% na primeira medição de abril, influenciada pelo aumento dos preços dos alimentos, informa a FGV. Das oito classes de despesas avaliadas, o destaque ficou com Alimentação (0,71% para 1,03%), em que as hortaliças e legumes saíram de alta de 5,45% para elevação de 11,44%. (Valor Econômico – 10.04.2017)

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7 Na primeira prévia de abril IGP-M tem deflação de 0,74%

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,74% na primeira prévia de abril, após alta de 0,25% em igual medição do mês anterior, informou a FGV. A taxa do indicador - que serve de referência para o reajuste de contratos, como os de aluguel - foi influenciada por uma forte queda dos produtos agropecuários no atacado, e também por um recuo nos itens industriais. Para o consumidor, a inflação subiu no período. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) diminuiu 1,21% na primeira prévia de abril, ante alta de 0,23% no mesmo período em março. Os itens agropecuários saíram de queda de 0,21% para recuo de 3,11% no período, enquanto os itens industriais foram de aumento de 0,39% para baixa de 0,52%. Na separação por estágios de produção, os bens finais aceleraram de 0,03% para 0,27% de aumento, por causa de combustíveis (de -2,81% para 0,33%). Os bens intermediários foram de queda de 0,02% para recuo de 0,79%, devido aos materiais e componentes para a manufatura (de 0,24% para -0,90%). As matériasprimas passaram de elevação de 0,71% para decréscimo de 3,32%, por causa do minério de ferro (5,84% para -1,60%), milho (-2,62% para -11,04%) e mandioca (aipim) (-2,61% para -13,74%). (Valor Econômico – 10.04.2017)


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8 Dólar ontem e hoje

O dólar comercial abriu em alta e mantinha essa trajetória ao fim da primeira hora de negócios. Perto das 10 horas, a moeda americana estava cotada a R$ 3,1317, queda de 0,58%. O dólar subiu 0,61% nesta semana, menos que na semana anterior, quando avançou 0,75%. O patamar do câmbio, porém, serve de lembrete de que investidores passaram a ver um cenário mais tortuoso. A cotação fechou esta sexta-feira a R$ 3,1499, maior nível desde 14 de março (R$ 3,1716). (Valor Econômico – 07.04.2017 e 10.04.2017)

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Internacional

1 Paraguai enviou a Argentina 74% da sua energia este ano

Paraguai consome cerca de um quarto do total do seu total (26%) [produzido em Yacyretá] e três quartos cedem à Argentina. De acordo com o Departamento Técnico da Entidad Binacional Yacyretá (EBY), nos primeiros três meses do ano, a usina produziu 5,413,286 MWh e o sistema paraguaio ficou com 703.299 MWh e a Argentina 4.709.987 MWh. O mês que teve maior produção no primeiro trimestre do ano foi janeiro, com 1.874.300 MWh, mês em que o mercado nacional paraguaio utilizou 14% e a Argentina 86%. Em fevereiro, o consumo paraguaio caiu para 13,5% e em Março caiu para 11,5% da produção da usina de Yacyretá. Em 2016 o total produzido pela usina aumento em 64.938 MWh, enquanto o consumo paraguaio caiu 126.467 MWh e o consumo argentino aumentou 191.399 MWh. (ABC Color – Paraguai – 10.04.2017)

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2 Paraguai e Bolívia pretendem interconectar suas redes elétricas

Tendo em vista a consolidação da integração elétrica entre Paraguai e Bolívia, realizou-se uma reunião em que se discutiu a planificação das tarefas a serem realizadas por trabalhadores de ambos os países. Segundo o documento, o objetivo das atividades de planificação, a ser elaborada pelas equipes de trabalho, é determinar a viabilidade de uma interconexão elétrica dos sistemas elétricos dos dois países, com a Estação de Loma Plata como ponto final no lado do Paraguai. Com isso, a Administração Nacional de Eletricidade (ANDE) poderia dispor e uma potencia adicional de 120 MW a partir da Argentina. Além disso, a ocasião era propícia para agendar treinamento sobre a geração de eletricidade a partir de fontes renováveis. (Ultima Hora – Paraguai – 09.04.2017)

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3 Schneider está focada no crescimento orgânico na América do Sul

A Schneider Electric, multinacional de origem francesa, está com uma atuação focada no crescimento orgânico na América do Sul. A empresa estima cerca de € 1 bi em termos de receitas no consolidado de 2016. O Brasil, maior mercado na região, responde por cerca de 60% dos negócios na porção meridional do continente americano. De acordo com o CFO da Schneider Electric, Emmanuel Babeau, dentre os quatro principais segmentos de negócios nos quais a empresa divide seu ramo de atuação (edificações, Indústria, Infraestrutura e Tecnologia da Informação) o executivo indica que o maior potencial pode ser alcançado no primeiro, justamente pelo fato de ainda haver um grande potencial de implementação de ações de eficiência energética. Segundo presidente da Schneider para América do Sul, Tania Consentino, a estimativa é de que há potencial de 82% de redução de consumo por meio dessas medidas. Na indústria esse indicador é menor, mas mesmo assim está na casa de 50%. (Agência CanalEnergia – 07.03.2017)

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4 Recorde de adição de energias renováveis é apontado em relatório da ONU

O mundo registrou um aumento recorde de 138,5 GW de capacidade de geração de energias renováveis em 2016, apesar de uma queda de 23% do investimento no setor, refletindo a redução dos custos das energias limpas, anunciou a ONU na quinta-feira. As novas energias — principalmente de instalações eólicas e solares e excluindo grande projetos hidroelétricos — cresceram 8% em relação ao ano anterior, com um investimento global de US$ 242 bi. O investimento em energias baseadas em combustíveis fósseis foi aproximadamente metade dessa quantidade em 2016, de acordo com um relatório publicado conjuntamente pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e a Bloomberg New Energy Finance. A tecnologia limpa cada vez mais barata oferece uma oportunidade real para que os investidores obtenham mais por menos — disse Erik Solheim, diretor-executivo do Pnuma. Os novos números chegam um dia depois das empresas de energia da Europa prometerem que nenhuma nova usina a carvão será construída depois de 2020. As empresas nacionais de energia de 26 dos 28 países da União Europeia — com exceção da Polônia e da Grécia — aderiram à iniciativa, anunciada em Bruxelas. Para ler o Relatório na íntegra, clique aqui. (O Globo – 07.04.2017)

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5 Relatório da ONU: Energia Renovável é tendência

Com as fontes de energia se tornando cada vez mais limpas, as tecnologias elétricas são uma escolha óbvia para a substituição de sistemas baseados em combustíveis fósseis (...) para reduzir os gases de efeito estufa — disse Antonio Mexia, presidente da Eurelectric, associação de 3.500 empresas de geração, distribuição e comercialização de eletricidade. O relatório da ONU, "Tendências Globais em Investimentos em Energias Renováveis", aponta que a energia limpa adicionada em 2016 representou 55% de toda a nova capacidade do ano passado - a maior porção até hoje. A proporção de eletricidade proveniente de fontes renováveis no mundo, excluindo grandes hidroelétricas, subiu de 10,3% em 2015 para 11,3%, segundo o relatório. A rápida queda do custo das energias eólica e solar fotovoltaica está impulsionando uma mudança global de energias sujas para energias limpas. A despesa média por megawatt para ambos os tipos de renováveis caiu cerca de 10% em relação ao ano anterior. Para ler o Relatório na íntegra, clique aqui. (O Globo – 07.04.2017)

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6 Iberdrola: parque solar de 100 MW será desenvolvido no México

O grupo espanhol Iberdrola iniciou a construção de uma usina fotovoltaica de 100 MW no estado mexicano de Sonora, no noroeste do país. O grupo espera investir um total de US$ 135 mi no projeto, que envolve a instalação de cerca de 400 mil painéis solares em um terreno de 300 hectares no município de Hermosillo. A eletricidade gerada será vendida a clientes particulares. O projeto criará 500 empregos diretos, segundo comunicado de imprensa do governo estadual. A instalação dos módulos solares deve ocorrer em agosto, com previsão para início dos testes em dezembro. Toda a fábrica deve iniciar operações comerciais no próximo ano. A mídia local informou na semana passada que a Iberdrola desenvolverá um parque eólico de 220 MW no estado de Puebla para ajudar a atender as necessidades energéticas da cervejeira mexicana Grupo Modelo. As empresas assinaram um contrato de 15 anos para o fornecimento de energia renovável. (Brasil Energia – 07.04.2017)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 PIRES, Adriano. "O etanol não pode esperar". O Estado de São Paulo. São Paulo, 8 de abril de 2017.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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2 MEDEIROS, Gabriela. “Entrevista com Carlos Alberto Borges Trindade Santos (Potigás) ‘Subsídio do gás foi fundamental para fábrica de painéis solares no RN’”. Brasil Energia. Rio de Janeiro, 06 de abril de 2017.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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3 HALLACK, Michelle; MARCOJE, Beatriz. “Pobreza, ineficiência energética e gato: três pilares de um desafio”. Brasil Energia. Rio de Janeiro, 06 de abril de 2017.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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4 Frankfurt School-UNEP Centre/BNEF. “Global trends in renewable energy investment 2017”. Frankfurt School-UNEP Centre/BNEF. Frankfurt (Alemanha), 2017.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Ana Vitória, Hevelyn Braga, Izadora Duarte, Juliana Lima, Sérgio Silva.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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