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IFE: nº 4.284 - 20 de março de 2017
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL: reunião interna com os pesquisadores mestrandos e doutorandos
2 GESEL: reunião técnica na CTTEP com Diretor da ERSE
3 Consumo em alta pode elevar preços de energia em maio
4 Crise Hídrica: Thymos Energia avalia situação como crítica
5 Crise Hídrica: consultoria Engenho afirma que problema não é conjuntural
6 Crise Hídrica: Pedro Verdelho sugere criação de um mecanismo de fundo
7 Qualidade do fornecimento de energia elétrica melhora em 2016
8 Ação de grandes consumidores pede suspensão imediata de indenizações de transmissão

Empresas
1 Nova onda de investimentos chineses deve trazer US$ 20 bi para o Brasil
2 União não quer negociar hidrelétricas com Cemig
3 Governo e STF discutem destino da Cemig
4 Adversidades na Amazônia surpreendem grupo chinês
5 Problemas além da logística nas obras de Belo Monte
6 Rio Energy planeja emitir debentures de R$ 186 mi
7 Com alta de 17%, resultado líquido da Enel chega a 2,57 bi de euros em 2016
8 Eletrobras confirma que indicou quatro de seis nomes para a diretoria de Itaipu

9 Raízen Energia: perspectiva elevada pela Moody’s

Leilões
1 Abraget vê oportunidade de leilões específicos para térmicas no Brasil
2 Consultor da Abraget, Edmundo Silva, destaca a viabilidade da introdução de usinas a gás natural em meio a cidades
3 Panorama para usinas a gás natural é positivo

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Demanda no mercado livre avança 18,8% na primeira metade de março

Energias Renováveis
1 Fonte solar mantém dianteira na geração distribuída
2 Capacidade instalada total de usinas a biogás cresce 30% em um ano
3 Brasil se aproxima de 500 eólicas instaladas

4 Quatro centrais eólicas no RN são aprovadas como prioritárias

Gás e Termelétricas
1 Condomínio para GNL pode ajudar na expansão de usinas

Grandes Consumidores
1 Fibria anuncia novo aumento em preço de celulose na Europa, América do Norte e Ásia

Economia Brasileira
1 Leilões de petróleo e gás devem destravar US$ 6 bilhões em investimentos até 2019
2 Recessão e crise fiscal reduzem repasses de BNDES e Caixa para saneamento básico

3 Núcleos e serviços do IPCA despencam
4 Mercado reduz projeção de inflação de 2017 para 4,15%
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Santos falou com Rajoy para que o caso da Electricaribe não afete a relação entre a Espanha e a Colômbia
2 Grenergy consegue financiamento para 13 MWp de projetos solares no Chile
3 Baidu lidera investimento em startup de carros elétricos NextEV


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL: Reunião interna com os pesquisadores mestrandos e doutorandos

Aconteceu nesta segunda-feira, 20 de março, uma reunião com toda a equipe de pesquisadores mestrandos e doutorandos do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL) do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ), em meio às comemorações de 20 anos do Grupo. Tendo em vista o aumento da capacidade de produção acadêmica do GESEL por meio dos diversos P&Ds hoje realizados, o coordenador do Grupo, Nivalde de Castro, falou sobre a importância do empenho e da responsabilidade de cada pesquisador. A reunião também serviu para analisar a produção do Grupo, seja em artigos acadêmicos, livros, workshops, seminários ou cursos. (GESEL-IE-UFRJ – 20.03.2017)

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2 GESEL: reunião técnica na CTTEP com Diretor da ERSE

O Prof. Pedro Verdelho, diretor de tarifas e preços da agência portuguesa de regulação de energia elétrica (ERSE) e pesquisador associado do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL), participou de reunião com Carlos Ribeiro, diretor de regulação da CTEEP acompanhado do Prof. Nivalde de Castro, coordenador do GESEL, e da também pesquisadora do Grupo, Paola Dorado. O objetivo do encontro foi centrado na exposição do diretor da CTEEP sobre as características do sistema de transmissão do Brasil e de São Paulo, destacando os desafios na expansão das redes de transmissão. A dinâmica dos leilões com contratos de longo prazo foi também abordada dado o interesse que esta especificidade do modelo do Setor Elétrico Brasileiro desperta no âmbito da União Europeia. A reunião ocorreu dia 16 na sede da CTEEP em São Paulo. (GESEL-IE-UFRJ – 20.03.2017)

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3 Consumo em alta pode elevar preços de energia em maio

Dois fatores relativos ao setor elétrico têm potencial para formar uma "combinação explosiva" para a elevação dos preços de energia no mercado de curto prazo e dos contratos no mercado livre a partir de maio. Além deles, o cenário hidrológico desfavorável pode levar o preço à vista a atingir o teto regulatório, de R$ 533 por MWh, e consequentemente a bandeira tarifária vermelha, no segundo semestre, de acordo com especialistas ouvidos pelo Valor, configurando o primeiro momento de estresse na operação do sistema do governo Temer. O aspecto positivo é que todos os fatores descritos contribuem para transparência do funcionamento do setor. O primeiro fator é a revisão periódica da previsão de consumo de energia para os próximos anos, pelo ONS e a EPE, prevista para abril e que terá efeito a partir de maio. No embalo do início de retomada do crescimento da demanda nos primeiros meses do ano, a tendência é que as instituições revisem para cima a previsão de consumo nos próximos quatro anos, o que vai gerar aumento na formação do PLD, que baliza o preço no mercado de curto prazo. O segundo fator, mais técnico, é uma modificação nos mecanismos de aversão ao risco na operação do sistema, que serão mais rigorosos e realistas, e que também entrará em vigor a partir de maio, conforme determinação do Ministério de Minas e Energia ainda em 2016. Os dois fatores, somados ao cenário fraco de chuvas, vão provocar forte elevação dos preços de energia, na avaliação de especialistas. O PLD da segunda semana de março alcançou R$ 240/MWh, com crescimento da ordem de 30%, em relação à semana anterior, fruto do cenário de escassez de chuvas e acionamento de termelétricas. Para esta semana, o indicador caiu 8%, para R$ 219,10/MWh. Segundo Marcelo Parodi, diretor da comercializadora Compass, porém, se o novo mecanismo de aversão a risco já estivesse em vigor hoje, o PLD estaria entre R$ 300/MWh e R$ 340/MWh. (Valor Econômico – 20.03.2017)

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4 Crise Hídrica: Thymos Energia avalia situação como crítica

"A situação é realmente crítica. É preciso acionar térmicas", afirmou João Carlos Mello, diretor da consultoria Thymos Energia. Segundo ele, se o cenário hidrológico continuar fraco, a estimativa é que o PLD alcance o teto regulatório e acione a bandeira tarifária vermelha no segundo semestre. A visão de Mello é compartilhada por Marcelo Parodi, diretor da comercializadora Compass. "Com o novo CVaR [mecanismo de aversão ao risco], a operação fica mais pessimista em relação à chuva futura. Ele potencializa o efeito de aversão a risco", disse. "Se a hidrologia não melhorar, o PLD pode chegar ao teto regulatório em junho ou julho." O quadro delicado, ainda que não indique risco de racionamento, também se reflete nos contratos de energia de prazos maiores. Segundo a BBCE, plataforma eletrônica de leilão contínuo para comercialização de energia, os preços de contratos de fornecimento de energia no mercado livre em 2017 saltaram da casa dos R$ 130/MWh, em janeiro, para mais de R$ 190/MWh, hoje. Na mesma comparação, os preços de contratos para entrega em 2018, passaram de cerca de R$ 140/MWh para algo em torno de R$ 180/MWh. Mello, da Thymos, explicou que, o sistema elétrico caminha para terminar o período chuvoso com uma recuperação de apenas 1,3 ponto percentual do nível médio de armazenamento dos reservatórios do país, para 39,4%. Apenas esse fator já compromete a possibilidade de recuperação dos lagos das hidrelétricas em 2018, já que elas partirão de um patamar muito baixo no próximo período chuvoso (que começa em dezembro), pois, a partir de abril, a tendência é o nível dos reservatórios recuar. Com isso, o setor elétrico entra no seu quinto ano seguido de estresse na operação do sistema. Em abril de 2012, último ano antes da crise hidrológica, os reservatórios hidrelétricos estavam com armazenamento médio de 75,4%. Especificamente sobre o Sudeste/Centro¬Oeste, o principal subsistema do país, o nível de armazenamento naquela data alcançou 77%, o segundo melhor nível dos últimos 20 anos, e atingiu 19%, em dezembro de 2014, o pior nível das últimas duas décadas. (Valor Econômico – 20.03.2017)

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5 Crise Hídrica: consultoria Engenho afirma que problema não é conjuntural

Para Leontina Pinto, diretora da consultoria Engenho, o quadro mostra que o problema não é conjuntural, como era defendido pela gestão energética do governo Dilma Rousseff, mas estrutural. "A chance de chegarmos a 2018 com risco [no abastecimento] é real", afirmou. Segundo ela, é preciso ser feito um estudo da capacidade real de produção de energia das hidrelétricas brasileiras, que estão gerando menos do que a garantia física ¬ espécie de selo que determina o volume de energia que pode ser comercializado por cada usina ¬ e fazer um planejamento da expansão e operação do sistema, em linha com as novas condições do setor, em que os reservatórios não garantem armazenamento para períodos superiores a um ano. (Valor Econômico – 20.03.2017)

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6 Crise Hídrica: Pedro Verdelho sugere criação de um mecanismo de fundo

A perda da característica plurianual de armazenamento dos reservatórios, nome técnico para o problema, reacende os debates sobre a operação das termelétricas na "base", jargão do setor que prevê o acionamento contínuo dessas usinas. Hoje, algumas térmicas já estão operando na base, porém sob um modelo comercial de custo mais alto, pois prevê uma operação pontual dessas usinas Segundo Pedro Verdelho, diretor da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), [que esteve no Brasil a convite do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL) do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ)], uma possível solução a ser estudada seria a criação de um mecanismo de fundo, para aliviar os custos do sistema no momento de grandes oscilações dos preços spot. "No Brasil armazenar água no ano para utilizar daqui a dois anos, é impensável. É difícil resolver esse problema. Do ponto de vista econômico poderia se criar "buffers econômicos" para lidar com essa diferença de preço, e criar mecanismos de partilha entre clientes e geradores", afirmou Verdelho, que, no Brasil, esteve [junto ao GESEL] em encontros com representantes de ONS, EPE, Aneel e Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). (Valor Econômico – 20.03.2017)

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7 Qualidade do fornecimento de energia elétrica melhora em 2016

Em 2016 o sistema de distribuição de energia elétrica ficou disponível 99,82%. Isso significa que, das 8.760 horas do ano, os consumidores ficaram 15,82 horas em média sem energia, uma redução de 15% ao valor registrado em 2015. É o melhor desempenho das distribuidoras desde 2008, saindo em 2015 de 18,60 horas, em média, de duração de interrupção de energia (DEC) para 15,82 horas ao ano. O avanço é resultado de ações da ANEEL como as novas regras de qualidade nos contratos de concessão, a adoção de planos de resultados para as distribuidoras que apresentavam pior desempenho e a compensação financeira ao consumidor. A recuperação das distribuidoras com número de unidades consumidoras acima de 400 mil foi o que mais contribuiu para a redução do DEC Brasil. A frequência (FEC) no número de interrupções se manteve em trajetória decrescente, com queda média de 9,86 vezes em 2015, para 8,87 vezes em 2016. O valor de compensações pagas ao consumidor, em consonância com a melhoria no serviço, caiu de R$ 656,89 mi, em 2015, para R$ 568,33 mi em 2016. . (Aneel – 17.03.2017)

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8 Ação de grandes consumidores pede suspensão imediata de indenizações de transmissão

Uma ação judicial com pedido de suspensão do pagamento das indenizações por instalações de transmissão existentes em maio de 2000 foi protocolada no último dia 13 de março na Justiça Federal por grandes consumidores industriais de energia elétrica. Na ação contra a União e a Aneel, a Abrace, a Abividro (indústria de vidro) e a Abrafe (produtores de ferroligas e de silício metálico) questionam a inclusão nas tarifas de energia de R$ 59,6 bi nos próximos oito anos. Desse total, R$ 24,4 bi correspondem ao custo das indenizações às concessionárias de transmissão previstas na Lei 12.783, resultante da Medida Provisória 579. Outros R$ 35,2 bi são referentes aos juros gerados pela demora no pagamento dessas indenizações, que o deveria ter sido feito em 2013. O valor total calculado pela Aneel ao aprovar em fevereiro as condições de pagamento às transmissoras era de R$ 62,2 bi. O custo será pago em oito anos a partir de 2017 por consumidores livre e cativos. Na ação com pedido de antecipação de tutela, as associações pedem a suspensão imediata a favor de seus associados do pagamento da parcela da Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão relativa à indenização, até o julgamento final da ação. Elas também solicitam que a Aneel deixe de considerar os efeitos das indenizações nos reajustes tarifários das distribuidoras aplicados aos associados do mercado cativo e faça o recálculo das tarifas em dez dias, considerando a decisão judicial, com compensação de valores que eventualmente já tenham sido pagos. As entidades reforçam que no julgamento do mérito da decisão seja confirmada a antecipação de tutela, com a retirada em definitivo da cobrança da indenização e do componente financeiro referente à cobrança dos juros. (Agência CanalEnergia – 17.03.2017)


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Empresas

1 Nova onda de investimentos chineses deve trazer US$ 20 bi para o Brasil

O Brasil em crise virou a grande oportunidade para os chineses ampliarem seus negócios no País. Sem medo de gastar e com forte apetite para o risco, eles planejam desembolsar neste ano mais US$ 20 bil na compra de ativos brasileiros – volume 68% superior ao de 2016, segundo a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China. O movimento tem sido tão forte que o País se transformou no segundo destino de investimentos chinês na área de infraestrutura no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Na lista de companhias que planejam desembarcar no País, de olho especialmente nos setores de energia, transportes e agronegócio. Nos próximos meses, vários negócios em andamento poderão ser concluídos. É o caso da Shanghai Electric, que estuda assumir projetos de transmissão da Eletrosul, cujos investimentos somam R$ 3,3 bi; a SPIC está na disputa pela compra da Hidrelétrica Santo Antônio; e a CCCC tem vários ativos na mira, de construtoras a ferrovias. (O Estado de São Paulo – 19.03.2017)

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2 União não quer negociar hidrelétricas com Cemig

O governo federal não tem interesse em negociar com a Cemig uma nova proposta da empresa para tentar resolver uma disputa em torno do controle sobre três hidrelétricas no Estado. A afirmação é de uma autoridade do governo que acompanha o caso. As usinas de Jaguara, Miranda e São Simão respondem por 40% da capacidade de geração da Cemig, sem contar o potencial das empresas coligadas a ela. A estatal tenta obter renovação das concessões dessas hidrelétricas enquanto a União quer relicitá-las. A briga se arrasta desde fins de 2012, quando foram anunciadas novas regras para o setor elétrico. A disputa foi parar nas mãos do ministro Dias Toffoli, do STF. Nos últimos meses, a empresa passou a defender a ideia de atrair sócios privados para as usinas. O argumento é que isso se enquadraria no que diz uma legislação recente (13.360) e que possibilitaria renovação dos contratos. "Podem ser [sócios] estrangeiros, podem ser nacionais, nós temos condição de conseguir viabilizar essa alternativa", disse na sexta-feira ao ValorPRO, o presidente da Cemig, Bernardo Salomão. A proposta já foi levada a integrantes da União. Se prosperar, encerra o litígio no STF. Mas uma autoridade do governo que acompanha de perto a disputa disse à reportagem que a posição do governo Michel Temer está tomada: relicitar as usinas. (Valor Econômico – 20.03.2017)

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3 Governo e STF discutem destino da Cemig

Um ponto chave nesse momento de ajuste nas contas [dos governos estaduais] é a arrecadação de recursos que viriam com os leilões. Descartar os leilões significaria simplesmente abrir mão de recursos já previstos em orçamento, algo fora de cogitação para o governo, segundo uma fonte. Na quarta-feira, representantes do governo federal, liderados pela advogada-geral da União, Grace Mendonça, se reuniram com o ministro Dias Toffoli, do STF. O objetivo era tentar convencer o ministro a rever uma liminar favorável à Cemig que ele concedeu em dezembro de 2015. Pela decisão, a empresa continua operando a usina de Jaguara. O argumento, na época, foi que as partes estavam negociando uma solução consensual e que enquanto isso ocorria seria melhor manter a Cemig com a usina. Depois, outra liminar baseada na decisão de Toffoli também beneficiou a estatal. Para o governo, isso virou um obstáculo. A liminar de Toffoli compromete o plano de licitação das usinas. Na reunião de quarta, a mensagem que o governo levou a foi que a União não está negociando e não tem interesse numa negociação com a Cemig, disse a fonte. Para o governo, a derrubada da liminar abre caminho para a relicitação das três e também Volta Grande, cuja concessão venceu recentemente. Sem negociação, restara à Cemig insistir na disputa judicial. (Valor Econômico – 20.03.2017)

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4 Adversidades na Amazônia surpreendem grupo chinês

O trabalho em locais adversos e condições precárias nunca assustou a engenharia civil chinesa, mas a empreiteira Sepco dá sinais de que não fazia ideia do que enfrentaria ao assumir a responsabilidade de construir 780 km do linhão de Belo Monte. Desde o fim de 2016, a empreiteira está com as operações praticamente paralisadas em parte do trecho das obras no Pará, em razão das chuvas torrenciais. Contratada pela também chinesa State Grid, a Sepco tem de entregar um traçado equivalente a 38% da malha que vai ligar a hidrelétrica construída no Rio Xingu até o interior de Minas Gerais, uma rede de 2,1 mil km. A Sepco admite que, quando assinou o contrato não esperava lidar com a realidade que encontrou. Em razão das dificuldades de construção no solo encharcado da floresta, o volume de torres do primeiro lote da linha, de 260 km, teve alta de 64% em relação ao que se previa, obrigando a empresa a levar 7.298 toneladas a mais de aço para o meio da mata. “Consequentemente, o volume de concreto também aumentou. A supressão vegetal (desmatamento) exuberante da floresta amazônica da região praticamente duplicou em termos de escopo de trabalho, com relação ao orçamento original”, declarou a Sepco, em nota. A logística é outra complicação, por causa das dificuldades de acesso ao local previsto para as torres e cabos de alta tensão. “Não existem rodovias, apenas trilhas para pequenos veículos”, afirmou a empresa. “No período das chuvas, de dezembro a abril, torna-se praticamente impossível manter ritmo mínimo e aceitável na produção. Após o período chuvoso, torna-se necessário recuperar todos os acessos e muitas pontes que foram danificadas”, afirmou o engenheiro e diretor técnico da Sepco no Brasil, Norberto Letti. (O Estado de São Paulo – 19.03.2017)

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5 Problemas além da logística nas obras de Belo Monte

A empresa [Sepco] também enfrenta dificuldades com as comunidades locais atingidas pelo empreendimento. “Se não bastassem tantas adversidades, estamos sofrendo constante hostilidade dos habitantes, os quais sequestram equipamentos, bloqueiam estradas, proíbem a entrada e saída de funcionários e desestruturam a logística operacional de construção.” Sobram acusações também contra prefeituras e governo estadual. “A Sepco foi obrigada a construir estradas de acesso que seriam, normalmente, obrigação do governo, pois são estradas públicas que permitem o acesso às populações locais.” Alvo de multas e de reclamações pela concessionária Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), dona do linhão, a Sepco prometeu acelerar contratações de pessoal e fazer novos investimentos para não comprometer a entrega da linha, que precisa entrar em operação em fevereiro de 2018. (Estadão, 19.03.2017)

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6 Rio Energy planeja emitir debentures de R$ 186 mi

A Rio Energy planeja realizar uma emissão de debêntures de aproximadamente R$ 186 mi para complementar o financiamento do complexo eólico Serra da Babilônia, de 223,5 MW. A emissão deve ser realizada na fase final do projeto, de acordo com o CEO da companhia, Marcos Meireles, prevista para o segundo semestre de 2018. O complexo receberá aportes de R$ 848 mi do BNDES e o investimento total, incluindo as debêntures, deve ser de R$ 1,5 bi. “Esse é o primeiro projeto que tivemos uma contratação direta com o BNDES, a gente conseguiu agilizar bastante o projeto para chegar a fechar os contratos de financiamento e não precisamos de empréstimos-ponte”, detalha Meireles. De acordo com o executivo, essa agilidade na assinatura do contrato gerou economias importantes para o projeto, porque os custos dos empréstimos-ponte foram evitados. Atualmente, a companhia opera 261 MW de projetos eólicos na Bahia, com uma carteira quase 2 GW de eólica e solar, em diversos estágios. Segundo Meireles, todos os projetos de energia solar (260 MW em estágio mais desenvolvido) da companhia estão localizados em áreas próximas aos parques eólicos, podendo usar a mesma infraestrutura, o que deve dar competitividade para participar dos leilões que, acredita, serão realizados no segundo semestre. (Brasil Energia – 17.03.2017)

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7 Com alta de 17%, resultado líquido da Enel chega a 2,57 bi de euros em 2016

O grupo Enel apresentou, em 2016, um crescimento de 17% no seu resultado líquido, alcançando 2,57 bi de euros. Segundo a holding, o número reflete o aumento de 16,1% do EBIT no período, compensando o impacto do aumento dos encargos financeiros líquidos não ligados à dívida, o ajustamento ao justo valor de uma série de rubricas relacionadas com a alienação da Slovenské elektrárne e também o aumento dos impostos sobre o rendimento. Entre os pontos positivos alcançados no desempenho operacional e financeiro do ano passado está a redução dos custos líquidos em cerca de 8%, com economias de aproximadamente de 1 bi de euros. Contudo, as receitas do Grupo caíram 6,7% em 2016, totalizando cerca de 70,5 bi de euros, resultado da variação cambial e do encolhimento das vendas de energia elétrica. Na América Latina, as receitas chegaram a 10,7 bi de euros no ano passado. A holding atua num mercado [setor elétrico] que acabou impactado negativamente pelo enfraquecimento do real frente ao euro – fator parcialmente compensado pelo aumento nos preços médios após as revisões tarifárias ocorridas em dezembro de 2015 no Ceará e março de 2016 no Rio de Janeiro. Com um crescimento de 272 mi de euros frente a 2015, o mercado latino-americano contribuiu com pouco mais de 20% para o EBITDA total do grupo, que alcançou 15,276 bi de euros no ano passado. Os negócios no Brasil refletiram, neste caso, em um aumento da margem de receita, "devido sobretudo às mudanças regulatórias ocorridas no ano, que mais do que compensaram os efeitos cambiais", afirma o comunicado da Enel. Os investimentos do Grupo em 2016 chegaram a 8,55 bi de euros, um aumento de 20% em relação a 2015 – a América Latina recebeu pouco mais de 3 bi de euros. (Agência CanalEnergia – 17.03.2017)

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8 Eletrobras confirma que indicou quatro de seis nomes para a diretoria de Itaipu

A Eletrobras informou nesta sexta-feira, 17 de março, por meio de comunicado ao mercado, que indicou quatro nomes para a composição da Diretoria Executiva de Itaipu Binacional. Segundo a nota, o Conselho de Administração da empresa propôs, dentre seis candidatos, os nomes de Luiz Fernando Vianna, Marcos Antônio Baumgartner, Ramiro Wahrhafting e Cesar Eduardo Ziliotto para ocupar, respectivamente, os cargos de diretor-geral brasileiro, diretor Administrativo, diretor de Coordenação e diretor Jurídico. De acordo com a nota, "os demais candidatos não foram recomendados pelo Conselho de Administração, por não comprovação de qualificação técnica, segundo avaliação do referido colegiado". Na última terça-feira, o governo brasileiro confirmou os nomes de Vianna, Baumgartner e Wahrhafting nos cargos para os quais foram indicados pela Eletrobras. Entretanto, Ziliotto acabou não tendo a confirmação do Planalto, que oficializou os nomes de Marcos Vitório Stamm para a Diretoria Financeira e de Rubens de Camargo Penteado para a Diretoria Técnica. A Eletrobras reforçou que, de acordo com as cláusulas vigentes no Tratado de Itaipu, os membros da Diretoria Executiva são nomeados pelos respectivos Governos brasileiro e paraguaio, por propostas da Eletrobras ou da ANDE, conforme o caso. O regramento especial para indicação da Diretoria da usina é previsto no Tratado da Itaipu Binacional e está aderente às regras de governança às quais a Eletrobras têm vinculação, cujos parâmetros a nova Lei das Estatais e o decreto que a regulamentou. (Agência CanalEnergia – 17.03.2017)

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9 Raízen Energia: perspectiva elevada pela Moody’s

A Moody’s elevou de negativa para estável a perspectiva de 13 companhias brasileiras e de suas emissões. A Raízen Energia, teve a perspectiva elevada, com rating da companhia e de emissões reafirmado em “Ba1” na escala global e “Aaa.br” na escala nacional (Valor Econômico – 17.03.2017)

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Leilões

1 Abraget vê oportunidade de leilões específicos para térmicas no Brasil

Apesar de não haver demanda por conta da sobre-contratação das distribuidoras, a Abraget apontou que há espaço para a realização de leilões específicos para UTEs. A perspectiva de fornecer serviços ancilares é apontada como um fator que promove equilíbrio do sistema interligado, até porque não há potência suficiente para atender a picos de demanda caso a economia apresente reação. No escopo desses serviços estão, por exemplo, o controle de tensão e atendimento da necessidade de ponta que já vêm ocorrendo há algum tempo no início da tarde no verão e o controle de tensão. Esses leilões seriam mais necessários nas regiões Sudeste e Nordeste. E para dar a resposta adequada a entidade aponta as usinas a gás natural. Como falta disponibilidade desse combustível no país e há abundância de GNL no mundo, muito em decorrência do shale gas nos Estados Unidos, essa alternativa é a que mais faz sentido na atualidade do setor. Justamente pela oferta do energético os preços estão favorecendo os geradores e hoje há uma boa oportunidade de se fechar contratos de longo prazo para o fornecimento do insumo. (Agência CanalEnergia – 17.03.2017)

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2 Consultor da Abraget, Edmundo Silva, destaca a viabilidade da introdução de usinas a gás natural em meio a cidades

Segundo o consultor Edmundo Silva, da Abraget, há térmicas mais modernas que, com filtragem, acabam apresentando um menor nível de emissões. Dessa forma é possível proporcionar uma resposta mais adequada aos questionamentos ambientais acerca dos impactos de usinas a gás natural em pleno momento de busca pela redução da pegada de carbono do setor elétrico onde as renováveis são colocadas como prioridade. Ele lembra que a intermitência e as dificuldades em se colocar novas linhas de transmissão em grandes centros urbanos são fatores que podem viabilizar a introdução de turbinas em meio a cidades. Exemplos não faltam, segundo representantes da GE Power, há casos em Nova Iorque, Los Angeles e cidade do México em que se recorreu a esse expediente para dar conta da demanda. No primeiro e último casos a questão foi reforçar o sistema com a adoção de turbinas. Já na cidade californiana a questão é atender a redução diária de cerca de 15 GW em energia por conta da intermitência das renováveis que saem do grid em questão de quatro a cinco horas. “O próprio LADWP [órgão que controla a geração e a rede] explica que ter uma capacidade térmica bem no centro de Los Angeles é necessário para que se possa promover a expansão das renováveis em uma larga escala”, comentou John Ingham, diretor técnico de Gas Power Systems da GE. (Agência CanalEnergia – 17.03.2017)

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3 Panorama para usinas a gás natural é positivo

O panorama para usinas a gás natural segue positivo, apesar de questionamentos ambientais. O segmento parece estar se reinventando em outras regiões. Daniel Meniuk, líder de Gas Power Systems para o Cone Sul da GE, lembrou que em várias regiões do mundo estão sendo implantados projetos híbridos entre as fontes solar fotovoltaica e térmica a gás para atender a variação de geração. Além disso, destaca que, ao passo que a tecnologia avança, vai alcançando maiores índices de eficiência. Hoje, o recorde de eficiência de uma usina é de 62,2% na França. Aqui no Brasil a UTE Porto de Sergipe, usina contratada no sistema Turn Key junto à GE terá mais de 60%. Para a multinacional norte-americana o sistema de baterias para atender a necessidade de ponta em escala doméstica pode ser viável. Contudo, para a estabilização da rede de uma região é insuficiente, pois a escala é crucial para atendimento dessas necessidades. (Agência CanalEnergia – 17.03.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Demanda no mercado livre avança 18,8% na primeira metade de março

O mercado livre consumiu 18,8% mais energia nas duas primeiras semanas de março, ao verificar 17.476 MW médios, na comparação com período semelhante no ano passado, quando apurou 14.712 MW médios, segundo prévia da CCEE. O dado continua influenciado pela migração de clientes cativos para o ambiente de comercialização. Sem esse impacto, o mercado verificou queda de 1,5% na demanda no período entre 1/3 e 14/3, na comparação com o mesmo período no ano passado (faixa entre 2/3 e 15/3), segundo o boletim InfoMercado. Os setores com maior alta no consumo foram os de comércio (124,9%), serviços (85,6%) e telecomunicações (79,1%). Segundo a CCEE, os percentuais também foram influenciados pela migração dos consumidores para o mercado livre. (Brasil Energia – 17.03.2017)

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Energias Renováveis

1 Fonte solar mantém dianteira na geração distribuída

A geração distribuída a partir de fontes renováveis no Brasil, chamada de microgeração e minigeração distribuída, acaba de ultrapassar a marca histórica de 100 MW instalados. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, com base em dados oficiais da Aneel, os sistemas solares fotovoltaicos instalados em residências, comércios, indústrias, prédios públicos e na zona rural já representam mais de 99% destas instalações de microgeração e minigeração distribuída no país. O Brasil possui atualmente 8.931 sistemas conectados à rede, que proporcionam economia na conta de luz dos consumidores e beneficiam um total de 9.919 unidades consumidoras espalhadas pelo território nacional. Dos 100 MW instalados, 67,7 MW são provenientes da fonte solar fotovoltaica, totalizando 8.832 sistemas, que representam mais de R$ 540 mi em investimentos no país. Segundo o presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, o potencial técnico da geração distribuída solar fotovoltaica, já parcialmente mapeado pela Empresa de Pesquisa Energética, representa mais de 164 GW, considerando apenas os telhados de residências. De acordo com ele, isso significa que, se aproveitarem os telhados de residências brasileiras com geração distribuída solar fotovoltaica, a energia elétrica gerada seria capaz de abastecer 2,3 vezes toda a demanda residencial do país. Dentre as unidades consumidoras beneficiadas por sistemas solares fotovoltaicos a maior parcela é de residências, que representam 77,5% do total, seguida de comércios, com 17%; indústrias, com 2,2%; consumidores rurais, com 1,8% e consumidores do poder público, incluindo iluminação e serviço público, somando 1,5% no total. (Agência CanalEnergia – 17.03.217)

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2 Capacidade instalada total de usinas a biogás cresce 30% em um ano

A capacidade instalada de usinas de geração movidas à biogás apresentou alta de 30%, com 118,6 MW implementados em fevereiro deste ano, segundo informações da Abiogás, com base em dados da Aneel. Atualmente, o país possui 15 usinas em operação a partir de resíduos sólidos urbanos, 11 a partir de resíduos animais e três usinas que usam fontes agroindustriais. Com isso, a participação na matriz energética é de 0,0741%, contra 0,0572% verificados no início do ano passado. O total em operação teve aumento mais expressivo por causa da entrada em operação de projetos de maior potência no período, como a térmica Caieiras (SP, 29,55MW). (Brasil Energia – 17.03.2017)

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3 Brasil se aproxima de 500 eólicas instaladas

O Brasil já se aproxima de um total de 500 usinas eólicas em operação, aponta o MME em documento divulgado nesta sexta-feira (17/3). O total de usinas passou de 86 em janeiro de 2013 para 459 em janeiro deste ano, segundo o Boletim Mensal de Monitoramento do Sistema Elétrico Brasileiro, da secretaria de Energia Elétrica do MME. A capacidade instalada em janeiro é de 10.444 MW. A capacidade instalada total do país em janeiro, alcançou 151.890 MW, com acréscimo de 10.206 MW em um ano, segundo o MME, com 5.962 MW de fonte hidráulica, 2.476 MW de fonte eólica, 1.706 MW de fontes térmicas e 62 MW de fonte solar. (Brasil Energia – 17.03.2017)

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4 Quatro centrais eólicas no RN são aprovadas como prioritárias

O Ministério de Minas e Energia aprovou na última sexta-feira, 17 de março, em despachos publicados no Diário Oficial da União, quatro centrais eólicas como prioritárias: EOL Pedra Rajada II (RN - 20 MW), da Gestamp Eólica Pedra Rajada II S.A.; EOL Jericó (RN - 32,9 MW), da Central Eólica JAU S.A.; EOL Umbuzeiros (RN - 32,9 MW), da Central Eólica JAU S.A.; e a EOL Aroeira (RN - 32,9 MW), da Central Eólica JAU S.A. De acordo com os despachos, as empresas responsáveis pelos empreendimentos terão agora uma série de compromissos, entre os quais informar à Aneel sobre as composições societárias e prover informações quando da emissão de debêntures. O MME vai acompanhar casos em que a implantação dos projetos sofra atrasos maiores que um ano, ou que as outorgas de geração sejam extintas. (Agência CanalEnergia – 20.03.2017)

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Gás e Termelétricas

1 Condomínio para GNL pode ajudar na expansão de usinas

A Abraget vem trabalhando em uma proposta de criar um condomínio de usinas térmicas que se utilizam de um terminal de regaseificação. A ideia é a de reduzir o risco do negócio e evitar o ocorrido recentemente com dois projetos da Bolognesi, um no Rio Grande do Sul e outro em Pernambuco, que estão atrasados por conta da explosão cambial logo após o leilão dessas centrais. O custo dessa implantação seria dividido e cada usina teria acesso ao GNL tendo ao máximo quatro centrais de até 500 MW de capacidade instalada. De acordo com Edmundo Silva, consultor da Abraget, com esse volume de potência é possível viabilizar o terminal. Contudo, ressalta que ainda há questões que precisam ser alteradas na regulação do setor que ainda atrapalham a viabilidade dessa modalidade de geração e a principal delas é a figura da distribuidora da molécula, regida pela legislação estadual e que impõe a incidência de ICMS sobre o produto. (Agência CanalEnergia – 17.03.2017)

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Grandes Consumidores

1 Fibria anuncia novo aumento em preço de celulose na Europa, América do Norte e Ásia

A Fibria, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, anunciou nesta sexta-feira o último de uma série de reajustes de preços, conforme a demanda cíclica se recupera nos mercados globais. A empresa elevará a partir de 1º de abril o valor da tonelada de celulose em 40 dólares na Europa e na América do Norte, e em 20 dólares na Ásia. (Reuters – 17.03.2017)

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Economia Brasileira

1 Leilões de petróleo e gás devem destravar US$ 6 bilhões em investimentos até 2019

O sucesso das próximas rodadas de licitação de óleo e gás pode destravar investimentos de cerca de US$ 6 bilhões (R$ 18,6 bilhões) até 2019. Um estudo da ABESPetro, em parceria com a consultoria Accenture, mostra que o aumento das atividades, sobretudo em exploração, pode ajudar a indústria petrolífera a recuperar, nos próximos três anos, os empregos perdidos no setor nos últimos anos. Os investimentos em exploração e produção no Brasil estão há anos em declínio e a concentração da Petrobras vem aumentando significativamente. Segundo a Accenture, desde 2013, quando as petroleiras investiram um pico de US$ 33 bilhões no país, as atividades caíram pela metade no mercado brasileiro, para patamares próximos a US$ 15 bilhões. E a estatal, que chegou a responder por 70% dos investimentos, em 2010, teve sua participação ampliada para 93% no ano passado. A queda no ritmo da atividade da indústria petrolífera foi responsável por eliminar cerca de 440 mil postos de trabalho diretos e indiretos desde o pico, em 2013, para 397 mil postos em 2016. (Valor Econômico – 20.03.2017)

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2 Recessão e crise fiscal reduzem repasses de BNDES e Caixa para saneamento básico

As duas instituições financeiras federais que mais fomentam investimentos públicos e privados em saneamento básico no país, o BNDES e a Caixa, tiveram um ano de 2016 bastante ruim nesse segmento por causa da recessão, da crise fiscal de Estados e municípios, de problemas técnicos de projetos e até devido à Operação Lava-Jato. Os desembolsos do BNDES para projetos relacionados a abastecimento e tratamento de água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos registraram retração de 22% no ano passado, na comparação com 2015, com uma queda de R$ 1,223 bilhão para R$ 952,1 milhões. Antes disso, na passagem de 2014 para 2015, o recuo na liberação de recursos para o segmento foi ainda mais forte, de 43%. Na Caixa, que é o maior agente financiador do saneamento básico do Brasil por repassar recursos OGU para obras e projetos do setor, a baixa anual dos desembolsos foi de 23,5% em 2016, quando atingiu R$ 2,473 bilhões ante R$ 3,237 bilhões liberados em financiamentos de 2015. Na comparação entre 2014 e 2015, o banco federal conseguiu registrar crescimento de 40%, apesar de o país já estar vivendo o começo da recessão econômica. (Valor Econômico – 20.03.2017)

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3 Núcleos e serviços do IPCA despencam

O comportamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tem sido extremamente benigno nos últimos meses, mostrando inflação em forte queda, num movimento que não se restringe a alimentos. Medidas que buscam retratar a tendência de curto prazo exibem números surpreendentes, na casa de 3%, como o da média anualizada de três meses dos núcleos e dos serviços do IPCA, feito o ajuste sazonal. O recuo da inflação tem sido bastante disseminado, abrindo espaço para o Banco Central promover quedas expressivas dos juros, num ambiente em que o mercado de trabalho continua em deterioração. (Valor Econômico – 20.03.2017)

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4 Mercado reduz projeção de inflação de 2017 para 4,15%

Continuam a melhorar as expectativas dos analistas do mercado financeiro para a inflação deste ano, de acordo com o boletim Focus, do BC. Eles também cortaram a estimativa para o juro básico da economia no próximo ano. A mediana das projeções para o avanço do IPCA deste ano saiu de 4,19% para 4,15%. Para 2018, a expectativa continuou em 4,5% pela 34ª semana consecutiva. Em 12 meses, houve ligeira alta, de 4,54% para 4,56%. Quanto ao juro, a expectativa para a Selic ao fim deste ano seguiu em 9%, mas a taxa para o fim de 2018 foi revisada de 8,75% para 8,50%. Os analistas Top 5 que mais acertam as projeções - revisaram a previsão de médio prazo para o aumento do IPCA de 2017 de 4,21% para 4,20%, mas mantiveram a de 2018 em 4,30%. A projeção para a Selic foi alterada de 9% para 8,50% no encerramento deste ano e também de 9% para 8,50% ao fim de 2018. Sobre a atividade, a estimativa para o crescimento do PIB deste ano permaneceu em 0,48%. Para 2018, aumentou pela quarta semana consecutiva, de 2,40% para 2,50% de expansão. (Valor Econômico – 20.03.2017)

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5 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h54, a moeda americana estava cotada a R$ 3,11, elevação de 0,33%. No fechamento de sexta, o dólar comercial caiu 0,49%, a R$ 3,0997, menor patamar desde 1º de março (R$ 3,0931). (Valor Econômico – 17.03.2017 e 20.03.2017)

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Internacional

1 Santos falou com Rajoy para que o caso da Electricaribe não afete a relação entre a Espanha e a Colômbia

O presidente Juan Manuel Santos afirmou neste domingo que falou com o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy, para que o conflito da liquidação da empresa Electricaribe, filial da Gás Natural Fenosa, não afete a relação bilateral. A Superintendência de Serviços Públicos Colômbia ordenou último 14 de março a liquidação da Electricaribe, que tinha sido assumido pelo governo colombiano em 15 de novembro de 2016 por motivos de repetidas falhas na prestação de serviços nos sete departamentos que opera na costa atlantica. De acordo com o superintendente de Serviços Públicos, José Miguel Mendoza, a empresa "não está em condições de prestar serviços de enrgia com qualidade e continuidade que se é necessário", na costa do caribe colombiano. Nessa região, formada pelos departamentos de Atlantico, Bolivar, Cesar, Cordoba, La Guajira, Magdalena e Sucre, Electricaribe serve 2,5 mi de clientes. Por outro lado, a multinacional espanhola disse que vai recorrer à arbitragem internacional para defender os seus interesses por danos causados pela intervenção e posterior liquidação da Electricaribe, de 85% da Gas Natural Fenosa e 15% do Governo da Colômbia. Gas Natural Fenosa pretende apresentar no início desta semana uma ação contra a Colômbia no Centro Internacional de Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (ICSID). A empresa pediu USD 1.074 mi de indenização. No entanto, fontes da Gás Natural consultadas por Efe esclareceram que a arbitragem internacional não impede que se possa chegar a um acordo com a Colombia fora desse processo. (Portafolio – Colômbia – 19.03.2017)

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2 Grenergy consegue financiamento para 13 MWp de projetos solares no Chile

O desenvolvedor espanhol de energias renováveis Grenergy Renovables anunciou na última segunda-feira (13/3) que obteve apoio financeiro para 13,17 MWp de projetos de energia solar no Chile. A empresa receberá US$ 9,81 mi da instituição multilateral de fomento Corporação Interamericana de Financiamento de Infraestrutura (CIFI). O empréstimo será usado para três usinas solares atualmente em construção e programadas para iniciar as operações no primeiro semestre deste ano. Quando concluídas, as plantas fotovoltaicas se somaram a carteira chilena da empresa, deixando a Grenergy com um total de 40 MWp de capacidade total, dividida em oito usinas fotovoltaicas. Com este acordo, a Grenergy inicia a sua primeira colaboração com a CIFI e completa com êxito o seu terceiro esquema de financiamento no Chile. (Brasil Energia – 17.03.2017)

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3 Baidu lidera investimento em startup de carros elétricos NextEV

A gigante chinesa de buscas Baidu informou nesta sexta-feira que liderou uma rodada de investimentos na startup de carros ecologicamente amigáveis NextEV, à medida que busca novas fontes de crescimento num momento em que a disputa se acirra no mercado de veículos elétricos. A empresa está expandindo os negócios para áreas fora do segmento de buscas e publicidade para compensar o impacto nas vendas de uma regulação mais rigorosa e da guerra de subsídios em diferentes setores com rivais como a Alibaba. "Podemos confirmar que a Baidu liderou os investimentos nessa rodada de financiamento", disse a porta-voz em comentário enviado à Reuters. Ela se recusou a revelar o montante investido ou o nome dos co-investidores, mas a mídia local informou que foram levantados até 600 mi de dólares. A China distribuiu bilhões de dólares em subsídios para promover carros ecologicamente amigáveis, criando uma corrida entre startups desconhecidas, mas agora está apertando o controle sobre o mercado de veículos elétricos para eliminar empresas domésticas mais fracas. O investimento é o primeiro feito pela Baidu Capital, um fundo de 20 bi de iuanes (3 bi de dólares) da Baidu estabelecido no ano passado para focar em acordos em estágio avançado no setor de internet. A NextEV já tem o apoio das gigantes de tecnologia Tencent Holdings e Hillhouse Capital, tendo como alvo a captação de 20 bi de iuanes na China e no exterior até o fim do ano passado. (Reuters – 17.03.2017)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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