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IFE: nº 4.282 - 16 de março de 2017
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL na Reunião do Conselho Empresarial de Energia Elétrica da FIRJAN
2 ONS vê geração de Belo Monte limitada por breve período devido a atraso em linha
3 ONS: projeções são de que o Nordeste do Brasil siga sob forte seca neste ano
4 Novos parâmetros de CVaR trarão bandeira amarela em 2017
5 EPE: novos parâmetros de CVaR objetivam custo mais real ao dia a dia da operação do sistema
6 Adesão ao mercado livre deve crescer com novas regras de medição e faturamento
7 CGHs em Minas Gerais e Rio Grande do Sul têm unidades liberadas para operação
8 Artigo de Carlos Sanseverino: “Infraestrutura energética no Brasil pode ficar mais sustentável”
9 Artigo de Dalmir Capetta (CCEE): “Mais um passo na simplificação da medição dos consumidores do mercado livre”

Empresas
1 Temer nomeia diretoria brasileira da Itaipu Binacional
2 Itaipu quer iniciar discussões sobre operação após 2023
3 Vianna fala sobre demais diretores da Itaipu
4 Vianna comenta sobre Copel
5 Eletrobras e Oi lideram ranking das mais reclamadas no Piauí
6 Reforços em SE da Cteep em Guarulhos conseguem enquadramento ao Reidi
7 Copel leva pleito da UHE Colíder para justiça
8 Hidrelétrica de Santo Antônio na mira da Lava Jato

9 CEEE-D começa a modernizar quatro subestações

10 Revisão da Uhenpal prevê redução de 9,61% para consumidores residenciais

11 Mudanças na EDP

12 Intercement mira comercialização

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
2 SE/CO tem alta de quase 70% no preço de referência
3 Consumo de energia elétrica cresce 5,9% em janeiro, aponta CCEE

4 ONS: Brasil importa 184 MW médios da Argentina

Energias Renováveis
1 Geração eólica cresce 110% em janeiro
2 Fabricantes de turbinas eólicas dão descontos para fechar contratos em meio à crise
3 Renováveis – setor enfrenta sobreoferta
4 BÜFAtec Spain busca oportunidades no mercado eólico brasileiro

Gás e Termelétricas
1 Aneel autoriza ONS a reclassificar indisponibilidade de Maranhão III
2 Produção de gás da Petrobras recua 1% em fevereiro
3 GE e dona da UTE Porto do Sergipe assinam contrato de serviços

Grandes Consumidores
1 Vale prevê receber US$733 mi da Mitsui ainda em março por ativos de carvão na África

Economia Brasileira
1 Meirelles minimiza perda de arrecadação no caso do ICMS
2 Governo poderá aumentar impostos para reduzir contingenciamento, diz Meirelles

3 Situação tributária é séria e ajuste é necessário, nota Meirelles
4 Ainda há espaço para o juro cair no Brasil, afirma Meirelles
5 Juros futuros têm forte baixa após Fed indicar aperto monetário menor
6 Consumo aparente de bens industriais sobe 2,6% em janeiro, diz Ipea
7 Consumidor brasileiro segue pessimista, indica pesquisa
8 Movimento do comércio cai em fevereiro, apura Boa Vista SCPC
9 IPC-S tem ligeiro avanço na segunda leitura de março
10 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Diretor da empresa XDT questiona o governo uruguaio sobre a direção da política energética
2 Uruguai está pagando mais caro que a Argentina por energias renováveis

Biblioteca Virtual do SEE
1 SANSEVERINO, Carlos. “Infraestrutura energética no Brasil pode ficar mais sustentável”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 16 de março de 2017.
2 CAPETTA, Dalmir. “Mais um passo na simplificação da medição dos consumidores do mercado livre”. Agência CanalEnergia. Rio de Janeiro, 15 de março de 2017.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL na Reunião do Conselho Empresarial de Energia Elétrica da FIRJAN

Representando o professor Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL) do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ), dois pesquisadores do Grupo – Roberto Brandão e Rubens Rosental – estiveram, nesta quarta-feira, dia 15 de março, na reunião do Conselho Empresarial de Energia Elétrica da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN). No encontro, dentre outros assuntos, Edvaldo Santana, presidente da ABRACE, abordou as implicações tarifárias e regulatórias da indenização das transmissoras. O Conselho, presidido por Sergio Gomes Malta, acompanha e estuda a conjuntura do setor elétrico, bem como encaminha sugestões de atuação para os órgãos competentes. (GESEL-IE-UFRJ – 16.03.2017)

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2 ONS vê geração de Belo Monte limitada por breve período devido a atraso em linha

A hidrelétrica de Belo Monte deverá ter a geração limitada por um breve período entre o final de 2017 e fevereiro de 2018, até que esteja concluído um enorme linhão que conectará a usina ao Sudeste, disse à Reuters nesta quarta-feira o diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata. O problema deve acontecer porque uma primeira linha para ligar a usina do Rio Xingu ao sistema foi abandonada antes do início das obras pela espanhola Abengoa, que passa por crise financeira, e um segundo linhão a cargo da chinesa State Grid e da Eletrobras só deverá estar pronto no ano que vem. Belo Monte já iniciou as operações, com a energia sendo enviada para a rede por meio de uma conexão elétrica existente, mas conforme mais máquinas forem acionadas a usina precisaria de novas estruturas de transmissão. "Continua entrando máquinas e não tem o sistema da Abengoa... durante o período seco, a vazão no Xingu é bem baixa mesmo, então nós só devemos ter restrição no escoamento quando começar a estação chuvosa, no final deste ano, e se o linhão não tiver entrado, o que é previsto para fevereiro. É um período curto em que poderá haver restrição de escoamento", disse Barata. Ele também afirmou que uma antecipação das obras do linhão para evitar essa restrição está praticamente descartada, apesar de apelos do governo feitos à State Grid e à Eletrobras. "Essa intenção continua, e temos dito a eles que qualquer dia que você antecipar é bom, porque estará aproveitando o período úmido do Xingu... mas a chance é pequena", disse. O linhão, em ultra-alta tensão, tem sofrido problemas em alguns trechos por problemas de desempenho da empreiteira chinesa SEPCO1, mas o ONS acredita que é possível recuperar o tempo perdido. "A impressão é que as coisas estão caminhando bem, não temos ainda no radar possibilidade de atraso desse linhão previsto para fevereiro... a bandeira está verde ainda", disse Barata. Um terceiro linhão para ligar Belo Monte à rede tem a operação prevista para 2019 e está sob responsabilidade também da State Grid. (Reuters – 15.03.2017)

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3 ONS: projeções são de que o Nordeste do Brasil siga sob forte seca neste ano

O diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, disse que as projeções são de que o Nordeste do Brasil siga sob forte seca neste ano, o que deverá exigir uma redução adicional na vazão das hidrelétricas do Rio São Francisco para poupar água nos reservatórios. A medida visa preservar a água para diversos usos, como o abastecimento humano, e reduz a geração hídrica de energia na região. Atualmente, as hidrelétricas do São Francisco têm operado com uma vazão de 700 (m³/s), ante 1.300 m³/s em condições normais. "Vamos fazer agora o teste com vazão de 650 m³/s... vamos fazer primeiro um teste, na semana que vem, para ver como fica e depois tomar a decisão", adiantou Barata. Ele disse que a mudança pode ser implementada e passar a se refletir no preço spot da eletricidade, ou PLD, a partir de abril ou maio. "Se reduzirmos, temos que aumentar a geração térmica. Pode ser que isso implique num preço maior no Nordeste", explicou. Ele comentou ainda que o ONS avalia uma outra mudança na região com impacto nos preços, que seria a consideração no cálculo do PLD de um nível de geração mínimo a ser mantido no São Francisco para não desequilibrar o sistema. Como essa questão não é considerada atualmente nos preços, o PLD está hoje em cerca de 246 reais por megawatt-hora no Nordeste, inferior ao custo marginal de operação (CMO) de cerca de 315 reais -o CMO é igual ao custo da última térmica ligada para atender a demanda. "O efeito é que o PLD vai subir e ficar próximo do CMO, e não tão distante como está hoje", disse Barata. Segundo ele o assunto deve ser alvo de audiência pública da Aneel brevemente. Apesar dos problemas no Nordeste e de um período de chuvas visto como fraco no Sudeste, onde está a maior parte dos reservatórios hídricos, o ONS não trabalha com cenário de risco no suprimento energético. "Estamos convencidos de que o suprimento está assegurado... mesmo com a retomada da economia, temos recursos suficientes", disse. (Reuters – 15.03.2017)

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4 Novos parâmetros de CVaR trarão bandeira amarela em 2017

A alteração dos parâmetros de aversão ao risco do modelo CVaR, cujos novos índices serão utilizados a partir de maio, deverá levar a uma antecipação do despacho térmico e, consequentemente, ao acionamento da bandeira amarela pelo restante do ano. A estimativa é corroborada pela perspectiva de elevação do PLD entre R$ 50/MWh a R$ 100/MWh feita pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. E, a depender da hidrologia, a vermelha poderá ser adotada. O superintendente de Regulação dos Serviços de Geração da Aneel, Christiano Vieira da Silva, acredita na manutenção dessa sinalização tarifária pelo restante do ano. Contudo, ele disse que ainda não é possível afirmar se será necessário chegar à bandeira vermelha em 2017. “Continuando com os parâmetros que temos hoje, a sinalização é de bandeira amarela e isso é importante porque o sistema antecipa o sinal de energia mais cara e permite que o consumidor adote conduta mais racional por conta dos preços”, comentou ele em evento realizado pela Thomson Reuters. O gerente de preços da CCEE, Rodrigo Sacchi acrescentou ainda que a elevação prevista com os novos parâmetros é o resultado da busca pela redução do distanciamento entre o preço versus a operação real do sistema. A perspectiva de preços mais altos do PLD com a sinalização de mais despacho térmico, contudo, deverá trazer ao sistemas as térmicas de CVU mais baixo. “Consequentemente, teremos uma trajetória de armazenamentos mais elevados e mais segurança de fornecimento”, disse o executivo da CCEE. “Com a antecipação térmica mais barata podemos reduzir a participação das mais caras, e apesar do preço mais elevado no inicio, teremos menor variação de valores”, acrescentou ele. Esse posicionamento surge como uma resposta à afirmação do assessor da presidência da Tradener, José Siqueira, que lembrou durante debate que o importante para o setor é o preço da energia e que há um erro que classificou como inadmissível no país. Ele destacou que a operação do ONS está aderente às necessidades do setor o que significa levar ao despacho fora da ordem de mérito. Mas que os preços não refletem essa necessidade, o que acaba gerando “bilhões em ESS”. Ele afirmou que “o encargo ESS é necessário sim, mas para restrições elétricas, erros de percepção de risco e de modelagem e mesmo de dados... e isso gerar ESS é inadmissível”. Para ele, a correta previsão de vazões é fundamental e que isso está em segundo plano atualmente, pois há desvios entre o projetado e o realizado que batem a casa de 30% de diferença. Segundo ele, mudança da calibragem e repercussão no preço é consequência. Para o executivo da Tradener, o que não pode ocorrer é a não percepção de risco e que volatilidade de preços deve ser natural e não originada por erros. (Agência CanalEnergia – 15.03.2017)

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5 EPE: novos parâmetros de CVaR objetivam custo mais real ao dia a dia da operação do sistema

De acordo com a assessora da diretoria da EPE, Angela Livino, a revisão dos parâmetros do CVaR e a própria futura adoção da SAR tem como objetivo trazer um custo mais real ao dia a dia da operação do sistema. As mudanças visam capturar esse perfil de risco do operador. Essas perspectivas de evolução de modelos de risco tendem, de fato, a levar a preços mais altos. Agora, acrescentou é importante que o país caminhe para um modelo que capture adequadamente a operação futura, com a maior presença de fontes intermitentes. (Agência CanalEnergia – 15.03.2017)

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6 Adesão ao mercado livre deve crescer com novas regras de medição e faturamento

O surgimento de novos consumidores livres deve ganhar um novo impulso a partir de desta quarta-feira, 15 de março, quando entra em vigor uma série de medidas visando facilitar o tratamento dado a clientes que desejam sair do mercado cativo das distribuidoras. Esse é o espírito da resolução normativa 759/2017 da Agência Nacional de Energia Elétrica, que aprimora e, principalmente, simplifica os procedimentos relativos ao Sistema de Medição e Faturamento (SMF) para instalações conectadas ao sistema de distribuição. A ideia da norma é desburocratizar os requisitos do SMF, eliminando redundâncias para quem migra de ambiente. Entre as melhorias com a nova legislação está a dispensa de aprovação dos projetos de SMF por parte do Operador Nacional do Sistema Elétrico, a dispensa do medidor de retaguarda para consumidores livres e, especialmente, a adoção de tratamento isonômico entre consumidores livres e cativos por parte das distribuidoras, no tocante à padronização técnica. Sem a série de exigências técnicas que encareciam e davam morosidade à migração para o ambiente de livre contratação, a expectativa é pelo crescimento do interesse na migração de mercado – atualmente há em torno de 180 mil empresas do grupo A cativas. "A redução de custo no procedimento burocrático é o maior incentivo que um cliente livre em potencial pode ter para optar por essa migração. Acreditamos que, com a norma em vigor a partir de hoje, haja uma redução de pelo menos 25% em média do custo de adequação física para a migração", avalia o gerente de Inteligência de Mercado e Gestão de Energia da Thymos Energia, Sami Grynwald, para quem o processo se tornou muito melhor para as empresas se comparado às regras antigas, cujas exigências passavam pela especificação dos medidores para cliente saídos do mercado cativo das distribuidoras. A resolução 759/2017 normatiza ainda uma série de prazos para as concessionárias de distribuição operacionalizarem a desvinculação com os consumidores que optarem pelo ambiente livre. No geral, as distribuidoras passam a ter, no máximo, 180 dias para concluir todos esses procedimentos, incluindo a instalação de equipamentos e a elaboração de relatórios técnicos. Para Grynwald, se for levada em conta a estrutura das empresas e as suas capacidades de atendimento, o prazo é adequado, embora possa vir a ser reduzido com o passar do tempo à medida em que diminuir a complexidade para as distribuidoras. (Agência CanalEnergia – 15.03.2017)

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7 CGHs em Minas Gerais e Rio Grande do Sul têm unidades liberadas para operação

A Agência Nacional de Energia Elétrica liberou para operação comercial as duas unidades geradoras de 500 kW cada da CGH Bom Jesus, localizada no município de Bom Jesus do Galho, em Minas Gerais. Já a CGH Palmeira, situada entre os municípios de Condor e Panambi, no Rio Grande do Sul, teve liberadas para operação comercial pela Aneel duas unidades geradoras, sendo uma de 340 kW e outra de 400 kW. Os despachos com as liberações foram publicados na edição da última terça-feira, 14 de março, do Diário Oficial da União. (Agência CanalEnergia – 15.03.2017)

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8 Artigo de Carlos Sanseverino: “Infraestrutura energética no Brasil pode ficar mais sustentável”

Em artigo publicado no jornal Estado de São Paulo, Carlos Sanseverino, advogado, professor de Direito, conselheiro efetivo da OAB-SP trata do novo governo e seu caminho por uma infraestrutura energética mais sustentável no país. Segundo o autor, “o atual governo sinaliza positivamente de que trabalhará com metas sustentáveis, ao voltar seus financiamentos para infraestruturas de baixo carbono, caminha nesse sentido a decisão do BNDES de cortar o financiamento para usinas térmicas movidas a carvão e óleo combustível, abrindo a possibilidade para outras fontes limpas de energia, como as usinas solares.” Ele conclui que “a nova posição socioambiental de financiamento adotada pelo BNDES pode tornar nossa infraestrutura energética mais verde e renovável e isso assume uma importância vital diante dos dados de que até 2030, 60% da infraestrutura urbana terá de ser ampliada para acomodar 6,3 bilhões de pessoas que habitarão as cidades do mundo. Infraestrutura energética no Brasil pode ficar mais sustentável”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 16.03.2017)


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9 Artigo de Dalmir Capetta (CCEE): “Mais um passo na simplificação da medição dos consumidores do mercado livre”

Dalmir Capetta, gerente de Engenharia e Operação da Medição da CCEE, afirma, em artigo publicado pela Agência CanalEnergia, que a CCEE busca flexibilizar requisitos técnicos do sistema de medição dos consumidores no mercado livre. Com isso, espera-se que o mercado livre se torne mais competitivo e possa gerar maiores benefícios aos seus consumidores. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 16.03.2017)

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Empresas

1 Temer nomeia diretoria brasileira da Itaipu Binacional

O presidente Michel Temer nomeou a diretoria brasileira da usina hidrelétrica de Itaipu Binacional. O diretor-geral será Luiz Fernando Vianna, ex-diretor da Companhia Paranaense de Energia, que assume no lugar de Jorge Miguel Samek, que ocupou o cargo por 14 anos. O único diretor que será mantido no cargo é Cezar Eduardo Ziliotto, da Diretoria Jurídica. A Diretoria Financeira será ocupada por Marcos Vitório Stamm; e a Diretoria Técnica ficará sob responsabilidade de Rubens de Camargo Penteado. O diretor Administrativo será Marcos Antonio Baumgartner; e o diretor de Coordenação, Ramiro Wahrhaftig. As nomeações foram publicadas no Diário Oficial da União de terça-feira (14). A Itaipu é uma empresa binacional administrada pelo Brasil e Paraguai. Ela possui um Conselho de Administração composto por 12 conselheiros – seis indicados por cada país – e dois representantes dos ministérios das Relações Exteriores de cada país. (EBC Agência Brasil – 16.03.2017)

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2 Itaipu quer iniciar discussões sobre operação após 2023

O novo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Luiz Fernando Vianna, quer iniciar as discussões sobre os modelos de comercialização de energia e operação da usina após 2023. Naquele ano está previsto o término do Tratado de Itaipu. A definição do modelo comercial é fundamental para o Brasil, que utiliza hoje o volume de energia produzido e não consumido pela parte paraguaia da usina. "Pelo Tratado, hoje, o excedente da energia [da parte paraguaia] de Itaipu é consumido pelo Brasil. Ele é importante para suprir o sistema elétrico nacional. Como fica isso para depois de 2023, é uma coisa que tem que se preocupar agora, não em 2022. Temos que verificar como fica a comercialização dessa energia", afirmou o executivo, em entrevista exclusiva ao Valor. Segundo Vianna, outro aspecto com relação ao tratado diz respeito à operação da usina. "Temos uma usina única. Na sala de comando [da hidrelétrica] tem operadores paraguaios e operadores brasileiros. A manutenção é feita por operadores dos dois países. E não está dito, escrito em lugar nenhum, como fica a operação e manutenção da usina após o tratado". O executivo destacou ainda que o pagamento do serviço da dívida de construção de Itaipu também terminará em 2023, o que deverá reduzir o custo da energia produzida pela usina para os dois países a partir dessa data. Isso porque a usina não tem finalidade de obter lucro. "Evidentemente depois que terminar o tratado e terminar o serviço da dívida, a tendência é uma redução do custo de Itaipu". (Valor Econômico – 16.03.2017)

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3 Vianna fala sobre demais diretores da Itaipu

Luiz Fernando Vianna, novo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, questionado sobre as nomeações dos demais diretores brasileiros de Itaipu, que correm o risco de não assumirem os respectivos cargos, se ficar caracterizado que suas indicações infringem a Lei das Estatais, disse não ter informações sobre o assunto. "Não estou acompanhando muito. O que existe hoje é o decreto com [a nomeação de] todos os diretores. Se vai haver alteração, realmente não sei dizer se haverá ou não", explicou. Além de Vianna, foram nomeados Rubens Penteado para a diretoria Técnica Executiva, Marcos Antônio Baumgärtner para a diretoria Administrativa, Ramiro Wahrhaftig para a diretoria de Coordenação, e Marcos Vitório Stamm para a diretoria Financeira executiva. Cezar Eduardo Ziliotto, atual diretor Jurídico, é o único que permaneceu no cargo. Vianna, que se reuniu na segunda-feira por duas horas com o seu antecessor no comando de Itaipu, Jorge Samek, acrescentou que a empresa tentará em 2017 igualar, ou superar, o recorde de produção de energia obtido em 2016, de 103 mi de MWh, mesmo com o início este ano do processo de modernização da usina, que prevê a parada para manutenção de uma das 20 turbinas de Itaipu a cada ano. A companhia investirá US$ 500 mi no processo. (Valor Econômico – 16.03.2017)

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4 Vianna comenta sobre Copel

Com relação à Copel (empresa da qual Vianna acaba de deixa a diretoria), Luiz Fernando Vianna, novo diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, disse que a companhia está analisando com "muitos bons olhos" a participação no próximo leilão de linhas de transmissão da Aneel, marcada para 24 de abril e que ofertará 7,4 mil km de linhas em 20 Estados, inclusive o Paraná, com investimento total previsto nos projetos de R$ 13,1 bi. Ele contou ainda que, durante cerca de dois anos e meio que esteve à frente da Copel, a empresa investiu aproximadamente R$ 5 bi. Além dos negócios em geração, transmissão e distribuição de energia, Vianna destacou, durante sua gestão, a criação da Copel Comercialização e da diretoria de governança, risco e compliance. (Valor Econômico – 16.03.2017)

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5 Eletrobras e Oi lideram ranking das mais reclamadas no Piauí

A Eletrobrás Distribuição Piauí e as empresas de telefonia OI e Claro lideram o ranking das empresas mais reclamadas em 2016. Os dados foram divulgados pelo Procon do Piauí nesta quarta-feira (15) por ocasião do Dia Mundial do Consumidor. Em 2016, a campeã em reclamações foi a Eletrobrás Piauí, com 349 ocorrências, sendo a maioria por registro de TOI (Termo de Ocorrência de irregularidade), cobrança indevidas/abusivas e dano material/pessoal decorrente do serviço. Em segundo lugar, ficou o grupo Oi Fixo, com 157 reclamações. Em terceiro lugar está a empresa Oi Móvel, com 142 ocorrências. Em seguida, vem a empresa Claro. Segundo o Procon, o Cadastro de Reclamações Fundamentadas contempla os registros de reclamações de consumidores que tiveram seus direitos violados, objetivando a educação de fornecedores e consumidores e a prevenção de relações de consumo frustradas. O cadastro inclui reclamações atendidas e não atendidas, ou seja, em que pode ter havido ou não acordo entre o consumidor e o fornecedor. Segundo o Coordenador do órgão, Nivaldo Ribeiro, o cadastro de reclamações contra fornecedores constitui instrumento essencial de defesa e orientação dos consumidores. Para o Procon, a ampla publicidade dada ao documento visa auxiliar os consumidores no momento da aquisição de um produto ou contratação de um serviço, permitindo que saibam qual a situação dos fornecedores nos órgãos de defesa do consumidor, bem como a postura deles perante as reclamações formuladas junto aos Procons. (G1 – 15.03.2017)

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6 Reforços em SE da Cteep em Guarulhos conseguem enquadramento ao Reidi

O MME aprovou na última terça-feira, 14 de março, o enquadramento de reforços na Subestação Norte ao Regime Especial de Incentivos ao Desenvolvimento da Infraestrutura. A Subestação é de propriedade da Cteep e fica localizada na cidade de Guarulhos (SP). Os reforços vão compreender instalações de módulos de conexão, proteções de barra e substituições de transformador de aterramento. As obras vão de novembro de 2016 a janeiro de 2018 e vão custar R$ 52,9 mi, sem a incidência de impostos. Outro empreendimento de transmissão que conseguiu enquadramento ao Reidi foi o lote F do Leilão nº 013/2015 da Aneel. O lote compreende a LT Bandeirante - Piratininga II, em 345 kV, subterrâneas, primeiro e segundo circuitos, com origem na SE Bandeirantes e término na SE Piratininga II; ale de entradas de Linha, Interligações de Barramentos e barramentos. O período de obra vai de 21 de novembro de 2016 até 27 de junho de 2020. A execução do projeto vau custar R$ 715,7 mi, sem impostos. Quem também teve o pedido aceito para entrar no Reidi foi a usina Solar Sertão 1. Localizada na cidade de João Costa (PI), a usina vai ter 30 MW de potência, espalhada em trinta unidades geradoras de 1 MW cada. As obras serão realizadas entre junho de 2016 até dezembro de 2017. A usina vai custar R$ 170,1 mi, sem a cobrança de impostos. (Agência CanalEnergia – 15.03.2017)

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7 Copel leva pleito da UHE Colíder para justiça

A Copel informou nesta quarta-feira, 15 de março, que levará para a justiça a questão do atraso da UHE Colíder, após a diretoria da Aneel negar recurso da companhia contra multa aplicada de mais de R$ 1 milhão. A penalidade é resultante do descumprimento do cronograma de implantação da usina hidrelétrica, em Mato Grosso. A empresa disse que encaminha a questão "com a convicção" de que a decisão da Aneel será revertida, considerando que o cronograma de entrada em operação da usina foi impactado por atos do poder público e de casos fortuitos e de força maior ocorridos ao logo da implantação do empreendimento. A companhia informou que participou da oferta de redução dos Contratos de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado - CCEARs referente ao processamento anual do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits de Energia Nova para o produto de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2017, com isso a UHE Colíder obteve a redução dos seus contratos em sua totalidade (125 MW médios) para 2017. A UHE Colíder tem 300 MW de potência instalada, dividida em três unidades geradoras de 100 MW cada. Os contratos negociados em 2010 com as distribuidoras somam 125 MW médios de garantia física. O início da operação comercial estava previsto para 30 de dezembro de 2014 e a energia começaria a ser entregue em 15 de janeiro de 2015. Agora, a entrada em operação da primeira unidade geradora está prevista para dezembro de 2017, enquanto que a terceira e última unidade geradora está prevista para entrar em operação em abril de 2018. (Agência CanalEnergia – 15.03.2017)

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8 Hidrelétrica de Santo Antônio na mira da Lava Jato

Saio na coluna de Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo: “Uma nova obra deve surgir nas delações da Operação Lava Jato, no capítulo em que Aécio Neves (PSDB-MG) é citado como possível beneficiário de vantagens de empreiteiras: a usina hidrelétrica de Santo Antônio, da qual a Odebrecht Energia é acionista, junto com a Cemig, empresa controlada pelo governo de Minas Gerais. O PSDB de Minas Gerais diz, em nota, que desconhece o teor das delações. E que reafirma a correção de todas as obras e ações realizadas enquanto o partido comandou o governo do Estado”. (GESEL-IE-UFRJ – 13.03.2017)

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9 CEEE-D começa a modernizar quatro subestações

A CEEE-D iniciou na última terça-feira, 14 de março, a modernização de quatro subestações de energia elétrica, localizadas em Porto Alegre, Viamão Pelotas e Rio Grande. Segundo o diretor de Distribuição do Grupo CEEE, Julio Hofer, esse projeto, realizado em conjunto com a empresa STD integra um programa mais amplo da empresa. O objetivo é agregar mais tecnologia aos processos da empresa, visando qualificar o fornecimento de energia ao mercado de 1,6 mi de clientes da distribuidora. A Autorização de Início de Obra do contrato envolve os serviços de instalação do sistema de automação, proteção e telecomando para digitalização e modernização das subestações Porto Alegre 1, Viamão 1, Pelotas 2 e Rio Grande 1. Hofer destaca que os investimentos estão sendo feitos também em toda a infraestrutura do sistema de distribuição, no combate às perdas e nas áreas corporativas da companhia. O resultado esperado é que a CEEE-D tenha condições de monitorar melhor a rede, prevenir e reduzir as interrupções e, por consequência, melhorar a satisfação do cliente. O trabalho tem prazo de conclusão para dezembro deste ano e prevê, além da substituição de equipamentos, outros ajustes que irão agregar maior confiabilidade no sistema de proteção, telecomando e supervisão dessas subestações. As quatro unidades, juntas, atendem diretamente 196,5 mil unidades consumidoras, o equivalente a uma população de aproximadamente 700 mil pessoas. (Agência CanalEnergia – 15.03.2017)

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10 Revisão da Uhenpal prevê redução de 9,61% para consumidores residenciais

A proposta da Aneel para a quarta revisão tarifária da Usina Hidroelétrica Nova Palma prevê reduções de 9,61% para os consumidores residenciais e de 9,23% para consumidores industriais. Os índices ficarão em audiência pública entre 17 e março e 17 de abril, com reunião pública em 23 de março na cidade de Faxinal do Soturno (RS). O resultado final da revisão será aplicado a partir de 22 de maio. A Uhenpal atende 15, 5 mil consumidores no interior do Rio Grande do Sul. (Agência CanalEnergia – 15.03.2017)

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11 Mudanças na EDP

Na EDP, as mudanças aconteceram na Diretoria Executiva da holding e na EDP Espírito Santo, antiga Escelsa. Para ocupar o cargo de diretor de Finanças, foi escolhido o nome de Eduardo Masson, executivo com atuação em empresas dos setores de telecomunicações, aviação, serviços ambientais e energia elétrica. Já João Brito Martins será o novo diretor geral da EDP Espírito Santo, no lugar de Michel Nunes Itkes. O economista ocupava o cargo de Diretor de Estratégia, Inovação e Organização da Companhia e está na empresa há 12 anos. (Brasil Energia – 15.03.2017)

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12 Intercement mira comercialização

A Intercement abriu consulta na Aneel para passar a atuar como comercializadora de energia. A companhia, atualmente registrada na CCEE como autoprodutora de energia, quer abrir uma filial para atuar como comercializadora. O processo foi aberto nesta quarta-feira (15/3) pela Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração (SCG) da Aneel. A Intercement é uma cimenteira do grupo Camargo Corrêa que tem participações nas usinas hidrelétricas Estreito (1,087 GW), Barra Grande (690 MW) e Machadinho (1,140 GW). Com uma comercializadora na CCEE, a companhia poderia tanto vender sobras de energia das usinas nas quais tem participação quanto adquirir o insumo para o seu principal negócio, eletrointensivo. Exemplo de empresa que atua como comercializadora é a Votorantim Energia. (Brasil Energia – 15.03.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do submercado Sudeste/ Centro-Oeste estão operando com volume de 41,4%, recuando 0,1% na comparação com o dia anterior. De acordo com os dados do ONS relativos ao último dia 14 de março. A energia armazenada é de 84.169 MW mês e a energia natural afluente é de 46.945 MWm, que equivale a 64% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas está com 45,96% e a de Itumbiara, com 24,04%. Na região Nordeste, perdura o nível de 21,4% nos reservatórios. A energia armazenada é de 11.088 MW mês e a ENA é de 3.089 MWm, o mesmo que 28% da MLT. A usina de Sobradinho opera com 14,82% da sua capacidade. No Norte, houve aumento de 0,2% na comparação com o dia anterior, que deixou os níveis em 61,9%. A energia armazenada é de 9.313 MW mês e a ENA, de 14.301 MWm, valor igual a 63% da MLT. A hidrelétrica de Tucuruí está com volume de 98,92%. Na região Sul, houve recuo nos níveis de 0,3% e os reservatórios tem volume de 49,2%. A energia armazenada é de 9.829 MW mês e a ENA é de 7.856 MWm, que corresponde a 104% da MLT. A usina de Passo Real opera com 66,42% da sua capacidade. (Agência CanalEnergia – 15.03.2017)

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2 SE/CO tem alta de quase 70% no preço de referência

O preço de referência para contratos de energia elétrica, referente ao trimestre de abril a junho de 2017, teve nova alta na semana. O valor para o submercado Sudeste/Centro-Oeste subiu acentuadamente 34,05%, para R$ 263,16/MWh, na comparação com a semana anterior, de acordo com o Boletim Semanal da Curva Forward, elaborado pela consultoria Dcide. Em relação ao mês anterior, a elevação chegou a 69,88%, enquanto que na comparação anual, a variação ficou em 314,43%. Para o preço da energia convencional de longo prazo, referente ao intervalo de 2018 a 2021, o crescimento foi mais moderado em relação a semana anterior, de 3,01%, passando para R$ 163,70/MWh, segundo a consultoria. Já nas outras bases de comparação, o valor também subiu. A alta foi de 9,40%, na mensal, e 34,27%, na anual. O documento é elaborado a partir de dados de 48 agentes do mercado livre, entre os mais comercialmente ativos, apurados semanalmente pela consultoria. (Brasil Energia – 15.03.2017)

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3 Consumo de energia elétrica cresce 5,9% em janeiro, aponta CCEE

O consumo nacional de energia elétrica alcançou 64.746 MW médios em janeiro, montante 5,9% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram consumidos 61.124 MW médios, informou a CCEE em boletim divulgado na terça-feira, 14 de março. A edição de janeiro do InfoMercado Mensal mostra que o consumo no mercado regulado ficou estável, enquanto foi registrado aumento de 26% no mercado livre, índices influenciados diretamente pelo movimento de migração dos consumidores para o ACL. Dentre os ramos da indústria monitorados, os maiores índices de consumo foram os registrados nos setores de comércio (+128,8%), serviços (+84,6%) e saneamento (+83,4%). Tais variações estão vinculadas à migração dos consumidores para o mercado livre. Expurgando esse efeito de mercado, os segmentos de saneamento (+32,7%), comércio (+20,4%), alimentício (+16,7%), têxtil (+9,3%), serviços (+8%), metalurgia e produtos de metal (+7%) e telecomunicações (+6,7%) registraram os aumentos mais significativos no período, evidenciando leve recuperação econômica. Apenas os setores de minerais não-metálicos (-0,9%) e extração de minerais metálicos (-1,4%) registraram queda neste cenário. (Agência CanalEnergia – 15.03.2017)

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4 ONS: Brasil importa 184 MW médios da Argentina

O Brasil importou 184 MWmed ou 501 MW da Argentina na última quarta-feira, 14 de março. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, a operação foi feita via conversora de Garabi II. Ainda de acordo com o operador, a importação não representou desvio significativo em relação ao programado, de 188 MW médios. No dia anterior, já havia ocorrido uma importação de 186 MW médios, também realizada via Garabi. Os intercâmbios entre Brasil e Argentina existem desde 2006, por meio de um acordo entre os dois países. Em 2015, eles ficaram em evidência devido ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas e a intensa atividade do sistema. (Agência CanalEnergia – 15.03.2017)

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Energias Renováveis

1 Geração eólica cresce 110% em janeiro

A geração de energia eólica no SIN cresceu 109,7% em janeiro. Os parques eólicos produziram 3.800 MW médios no mês, contra 1.812 MW em janeiro de 2016, de acordo com dados da CCEE. Não só a capacidade da fonte aumentou no período - foram instalados mais de 2 GW ao longo de 2016 -, como também houve um efeito climático em janeiro do ano passado que aumentou as chuvas na região nordeste e inibiu as condições de ventos, provocando uma geração abaixo da capacidade (Zona de convergência do Atlântico Sul). Já neste ano, as condições climáticas foram favoráveis à geração eólica. A representatividade da fonte eólica em relação a toda energia gerada no período por todas as usinas do Sistema alcançou 6%. A fonte hidráulica (incluindo as PCHs) foi responsável por 81% do total e as usinas térmicas responderam por 13% da geração no país. (Brasil Energia – 15.03.2017)

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2 Fabricantes de turbinas eólicas dão descontos para fechar contratos em meio à crise

Fabricantes de equipamentos para energia eólica têm concedido generosos descontos para conseguir fechar contratos de fornecimento no Brasil após dois anos de queda no consumo de energia e baixo volume de contratação de novas usinas da fonte, afirmaram executivos de grandes companhias. Em meio à maior recessão em décadas, o país ainda não tem perspectivas de contratar mais parques eólicos, o que gera pressão sobre diversos fabricantes, incluindo grandes players globais, que nos últimos anos investiram em fábricas no Brasil para atender um mercado que parecia fortemente promissor. Assim, como a maior parte dos projetos fecha pré-acordos com fabricantes, existem atualmente poucos negócios para vendas de turbinas a serem disputados pela indústria. Para conseguir baixar preços, as fabricantes de turbinas eólicas têm renegociado contratos com subfornecedores. "Minha cadeia de fornecedores está desesperada, e eles estão praticando descontos muito fortes. Essa agressividade da indústria, aliada à queda do dólar e à evolução da tecnologia, levou a reduções de 15 a 20% no capex comparado a alguns anos atrás", disse o diretor de vendas de renováveis para América Latina da GE, Sérgio de Souza. Ele afirmou que o cenário possibilita a construção de eólicas a um custo de menos de 5 mi de reais por megawatt. Um movimento semelhante acontece na WEG e também reduziu significativamente os preços em seu último negócio, uma licitação da estatal Furnas, embora o processo ainda não tenha sido encerrado. "Com o mercado apertado, a WEG optou por participar com margens um pouco mais apertadas, mas ainda satisfatórias... contamos com ganhos de produtividade e renegociações com fornecedores. Como estamos no topo da cadeia e fomos achatados, vamos ter que participar desse esforço junto com nossa cadeia de fornecedores", disse o diretor da empresa para o segmento eólico, João Paulo Gualberto. Ele disse que o negócio envolve 132 turbinas de 2,2 MW cada, mas não citou valores. Outras fabricantes procuradas pela Reuters não responderam pedidos de comentários sobre a situação do mercado eólico brasileiro. (Reuters – 15.03.2017)

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3 Renováveis – setor enfrenta sobreoferta

O diretor da consultoria Aezea Energias Renováveis, Marcio Elizeu Machado, avalia que os fabricantes possuem capacidade produtiva bem maior que a atual demanda, uma vez que existem hoje poucos empreendimentos ainda em busca por equipamentos no Brasil. "Desconto é um sinal de que a indústria não está vendo possibilidade de ter demanda suficiente para fechar a capacidade fabril deles nos próximos anos", afirmou. "O mercado de energia eólica a partir de 2014, com a crise, e mais acentuadamente a partir do início de 2016, praticamente parou... a perdurar uma situação dessa, só os mais fortes vão ficar", complementou o consultor. Segundo dados da Aneel, o Brasil tem 7,7 GW em eólicas contratadas a serem construídas até 2021, mas os especialistas avaliam que há poucos empreendimentos que ainda não fecharam a compra de máquinas com fornecedores. Para Gualberto, da WEG, outro problema é que boa parte das poucas usinas que ainda não fecharam contratos de fornecimento possivelmente nunca o farão devido a problemas como atrasos ou falta de viabilidade econômica dos empreendimentos. "Tem alguns projetos 'na rua' com aerogeradores não contratados que estamos buscando (negociar). Alguns projetos são relativamente interessantes, e outros possivelmente nunca sairão do papel", disse. A situação, inclusive, levou o governo brasileiro a avaliar a realização de uma licitação inédita, que possibilitaria aos investidores desistir de projetos de usinas que enfrentam problemas de viabilidade. (Reuters – 15.03.2017)

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4 BÜFAtec Spain busca oportunidades no mercado eólico brasileiro

Em 2017, a BÜFAtec Spain, membro do grupo alemão BÜFA e uma das maiores fabricantes de máquinas para moldagem de compósitos do mundo, pretende expandir a sua atuação no Brasil por meio de negócios firmados com empresas do setor eólico. "Desejamos repetir no Brasil a nossa bem-sucedida experiência de fornecimento aos fabricantes globais. Muito deles, inclusive, já atuam no país, o que simplificará as homologações dos nossos equipamentos", afirma Rafael Recio, diretor da BÜFAtec Spain. Do portfólio da empresa para a infusão, por exemplo, de spinners e nacelles, Recio indica a UNI 125. O equipamento tem capacidade para injetar 6 litros de resina por minuto além de poliéster, pode trabalhar com epóxi, desde que seja trocada a bomba de catalisador. "É a máquina mais segura do mercado, pois todo o seu sistema é pneumático, e não elétrico, o que é fundamental para a operação em ambientes onde são manipulados produtos inflamáveis". Para a infusão das pás eólicas, a BÜFAtec Spain acena com a recém-homologada na Europa UNI 250. Com capacidade para injetar 12 litros de resina por minuto em diversos pontos do molde, o equipamento conta com um sistema que impede a infusão da pá sem catalisador, problema que costuma resultar na perda total da peça. "O valor de uma pá descartada é equivalente ao da UNI 250. Ou seja, a recuperação do investimento é muito rápida", comenta. De acordo com Marcos Pannellini, gerente comercial da Dilutec, a atuação da BÜFAtec no Brasil é suportada por assistência técnica local e estoque de peças para manutenção situado em Piracicaba (SP), em uma das plantas da Dilutec a empresa também opera uma unidade em Senador Canedo (GO). "Estamos bastante otimistas com a entrada da BÜFAtec Spain no mercado brasileiro de energia eólica. No momento, é difícil dar uma estimativa de quantas máquinas conseguiremos fornecer, mas a ideia é estar presente em todos os fabricantes locais de pás e demais componentes até o final do ano", detalha (O Estado de São Paulo – 15.03.2017)

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Gás e Termelétricas

1 Aneel autoriza ONS a reclassificar indisponibilidade de Maranhão III

A Aneel vai orientar o ONS a não considerar as indisponibilidades verificadas na termelétrica Maranhão III entre dezembro de 2014 e outubro de 2015 como resultantes da falta de combustível. Elas serão classificadas como consequência da restrição temporária de água usada no resfriamento da usina. O pedido de enquadramento foi feito pelas empresas Parnaíba I e II Geração de Energia, subsidiárias da Eneva. As geradoras solicitaram também o expurgo de indisponibilidades referentes ao início de operação em teste da UTE Maranhão III. A Aneel definiu que o ONS poderá desconsiderar a indisponibilidade dessas unidades, durante a vigência do Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta assinado em 2014 pela empresa. Para isso, será necessário que o ONS “associe a quantidade de horas passíveis de expurgo das unidades geradoras da UTE Maranhão III às indisponibilidades das UTEs Maranhão IV e V, descontando essa quantidade da franquia de horas da UTE Maranhão III, quando de sua entrada em operação comercial.” Em março do ano passado, a Aneel suspendeu as penalidades aplicadas ao grupo Eneva por falta de combustível para as termelétricas Maranhão III, IV e V, até decisão final da diretoria do órgão. Cálculos da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica a partir de informações do ONS mostram que as punições por falta de combustível para o complexo Parnaíba de dezembro de 2014 a outubro de 2015 somavam R$ 183,3 milhões. No TAC assinado em 2014, a empresa assumiu o compromisso de usar a energia gerada pela UTE Maranhão III para garantir o cumprimento dos contratos de comercialização de Maranhão IV e V. Na medida cautelar, ela solicitou que a agência não considerasse a situação da usina como restrição por falta de combustível, para não afetar o compromisso assumido. Segundo a Aneel, a fiscalização comprovou que não havia problemas em relação à disponibilidade de gás, e, sim, com o abastecimento de água. Ele foi afetado pela redução significativa da vazão de poços artesianos usados pela empresa, o que impediu a geração a plena carga durante nove meses. A captação passou de 930 metros cúbicos por hora para 280 metros cúbicos, quando seriam necessários 600 metros cúbicos/hora. Em consequência, houve um déficit nominal de geração das usinas do Parnaíba de 90,6 MW, em relação ao compromisso assumido pela Eneva no termo de ajuste de conduta. (Agência CanalEnergia – 15.03.2017)

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2 Produção de gás da Petrobras recua 1% em fevereiro

A produção de gás natural da Petrobras no Brasil em fevereiro, excluído o volume liquefeito, ficou 1% abaixo do mês anterior, ficando em 80,2 milhões de m³/d. De acordo com a empresa, o resultado veio principalmente em função da parada programada da FPSO Cidade de Paraty. No exterior, a produção chegou a de 8,4 milhões de m³/d, 3% abaixo do volume produzido no mês anterior. Neste caso, o resultado foi impactado pela parada operacional dos campos de Lucius e Hadrian South, nos EUA, em função da limitação de escoamento da produção, que é realizada através de facilidades de terceiros. A produção total de petróleo e gás natural, em fevereiro, foi de 2,82 milhões de barris de óleo equivalente por dia, sendo 2,703 milhões boed produzidos no Brasil e 113 mil boed no exterior. A produção de petróleo e gás natural operada pela Petrobras na camada pré-sal, foi de 1,53 milhão de boed. Esse volume representa um aumento de 41% em relação à produção de fevereiro de 2016. Em comparação a janeiro deste ano, no entanto, esse volume registrou uma redução de 3%, devido à parada programada do FPSO Cidade de Paraty, no campo de Lula Nordeste, e ao fim da fase de testes do SPA, no campo de Búzios. (Agência CanalEnergia – 15.03.2017)

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3 GE e dona da UTE Porto do Sergipe assinam contrato de serviços

A GE Power assinou contrato de serviço plurianual com a Celse (Centrais Elétricas de Sergipe) para a termelétrica Porto do Sergipe, com a qual a fabricante de turbinas já possui contrato de fornecimento, no valor de US$ 900 mi, informou a multinacional nesta quarta-feira (15/3). Segundo a GE, o acordo inclui soluções digitais, de operação, manutenção, reparo e a primeira encomenda da solução de segurança cibernética da empresa na América Latina, denominada OpShield. O contrato prevê serviços de operação e manutenção de instalações a longo prazo, incluindo manutenção programada nas turbinas a gás e a vapor, componentes auxiliares, geradores e sistemas de controle, entre outras ações. (Brasil Energia – 15.03.2017)

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Grandes Consumidores

1 Vale prevê receber US$733 mi da Mitsui ainda em março por ativos de carvão na África

A mineradora Vale espera receber até o fim de março 733 milhões de dólares da japonesa Mitsui pela venda de participação na mina de carvão de Moatize e no Corredor Logístico de Nacala, em Moçambique, segundo fato relevante divulgado nesta quarta-feira. O valor integra cifra de cerca de 770 milhões de dólares que a Vale espera receber após a conclusão a venda da fatia para a Mitsui. A mineradora informou ainda que espera receber até 2,7 bilhões de dólares após a conclusão do "project finance" do empreendimento. O negócio havia sido anunciado no fim de 2014, com detalhes financeiros divulgados em setembro de 2016, mas a mineradora ainda não havia informado um cronograma para a conclusão do acordo e seus desembolsos. (Reuters – 15.03.2017)

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Economia Brasileira

1 Meirelles minimiza perda de arrecadação no caso do ICMS

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, acredita que a perda de arrecadação da União por causa de derrota sobre a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins será sensivelmente menor do que as cifras publicadas hoje. Meirelles participou de uma conferência em Frankfurt nesta quinta-feira e logo fez uma reunião por telefone com os principais secretários do Ministério da Fazenda para discutir o tema. Primeiro, Meirelles tratou de minimizar a perda. Disse que a AGU vai pedir embargo, o que significa tentar revisão da decisão que o próprio STF tomou. Indagado sobre a perda de arrecadação a partir da decisão, estimada em R$ 20 bilhões por ano, o ministro retrucou que, mesmo se a decisão for mantida, o impacto será bem menor. Segundo ele, os números divulgados de perdas retroativas - sem esclarecer exatamente quais eram, apesar das perguntas - só valeriam se todos os contribuintes do país tivessem entrado com uma ação em 2008, o que não aconteceu. Eles teriam direito a cinco anos retroativos à data de entrada da ação, segundo o ministro. Mas, conforme Meirelles, o número de ações que entrou em 2008 foi relativamente pequeno. “Não temos estimativa precisa, mas podemos afirmar que a perda de arrecadação será sensivelmente menor do que tem sido publicado.” Ele explicou que não tem estimativa precisa porque não há dados nem da Justiça sobre o números de ações que existem hoje protocolados no Brasil. (Valor Econômico – 16.03.2017)

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2 Governo poderá aumentar impostos para reduzir contingenciamento, diz Meirelles

O governo poderá usar a elevação de impostos para reduzir o tamanho do corte de gastos ao longo do ano, conforme apontou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. O ministro evitou antecipar números, mas disse que o governo fará um corte e, se julgar que é o caso, anunciará que pretende encaminhar algumas propostas de elevação de carga tributária como forma de reduzir o bloqueio ao longo do ano. Vamos supor que a necessidade fosse de R$ 10 bilhões. Então, o anúncio seria: o contingenciamento será de R$ 10 bilhões. No entanto, espera-se que esse contingenciamento possa ser menor devido a propostas de aumento de tributos, o que deve ser discutido no Congresso. É um anúncio por transparência", disse Meirelles, destacando que ainda não há definição de valores de corte de gastos ou elevação de tributos. Segundo Meirelles, um dos itens a serem definidos até dia 22 é se haverá correção da tabela do Imposto de Renda Pessoa Física, medida que pode reduzir ainda mais as receitas do governo. Ele explicou que uma correção da tabela de IR não afetaria as declarações deste ano, apenas o recolhimento na fonte a partir de uma eventual alteração. O governo enfrenta problemas sérios do lado da receita, porque terá que reduzir a projeção de arrecadação fortemente. Pelo Orçamento aprovado, a expectativa é de crescimento de 1,6% do PIB, estimativa abandonada pelo governo desde o fim de 2016. A projeção oficial hoje é de crescimento de 1%, mas deverá ser reduzida para em torno de 0,5%, em alinhamento com a expectativa do mercado financeiro. (Valor Econômico – 16.03.2017)

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3 Situação tributária é séria e ajuste é necessário, nota Meirelles

Os Estados "não podem passar a conta para o governo federal", afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. "Estamos fazendo um ajuste fiscal sério e os Estados não podem simplesmente passar a conta para o governo federal", sustentou. Ele acrescentou que o mais importante é retomar o crescimento da economia e que isso depende do ajuste fiscal federal. Durante a abertura do Confaz, o ministro mostrou aos secretários estaduais de Fazenda a situação tributária e fiscal do governo federal, destacando que o quadro é sério e ressaltando a necessidade de se realizar a reforma da Previdência. "O que eu mostrei hoje para os secretários da Fazenda estaduais é que a situação tributária e fiscal do governo federal é séria. Por isso, estamos fazendo essa reforma da Previdência hoje com tanto barulho", disse. "Portanto, o governo federal não tem recursos que estão sobrando e condições de aliviar a dívida [dos Estados] que não estão em situação de dificuldade financeira séria como o Rio de Janeiro", emendou. "É importante que todos tenham em mente exatamente a situação fiscal federal e as reformas duríssimas que o governo federal está fazendo exatamente para equilibrar as receitas e as despesas federais. Estamos falando do que pode vir de ajuste, de contingenciamento ou não e depois estamos falando também de coisas como a reforma da Previdência", disse, complementando que há outras reformas em andamento e citou a instituição de um teto para o crescimento dos gastos públicos no país. (Valor Econômico – 15.03.2017)

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4 Ainda há espaço para o juro cair no Brasil, afirma Meirelles

Ainda há espaço para o juro cair no Brasil, observou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em Frankfurt, depois de falar a uma plateia de representantes do mercado financeiro. Segundo o ministro, a flexibilização da política monetária deve ajudar o crédito. Ele também disse não ver risco no endividamento de corporações brasileiras. Em entrevista à rede de televisão americana CNBC, ele disse que inflação vem caindo de forma bastante pronunciada no Brasil. Indagado se o real está valorizado demais, Meirelles respondeu apenas que a taxa de câmbio reflete a queda do risco-país, no rastro da melhora política e econômica observada no Brasil. O ministro também disse esperar aceleração do crescimento ao longo do ano. Na sua expectativa, as reformas básicas, incluindo a da Previdência Social, deverão ser aprovadas todas até o segundo semestre. Ele notou que, mesmo durante o auge da recessão, os bancos se mantiveram sólidos e que a expectativa agora de expansão do mercado de crédito no Brasil. Meirelles declarou que o crédito é um elemento -chave da recuperação e está em boa direção, indicando que isso reflete também a solidez dos bancos no país. O ministro da Fazenda ainda sinalizou não ver impacto substancial para o Brasil com o aumento de juro pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), anunciado ontem. Ele observou que o fluxo de capital para o Brasil ficou relativamente estável no momento de alta liquidez internacional e estima que, agora, quando a situação tende a reverter, com liquidez um pouco mais apertada, particularmente nos EUA, o dinamismo da economia brasileira compensa um potencial menor fluxo de capital. Além disso, ele disse que a diferença entre os juros internacionais e do Brasil ainda é grande, o que teoricamente atrai capitais para o país. (Valor Econômico – 16.03.2017)

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5 Juros futuros têm forte baixa após Fed indicar aperto monetário menor

Os juros futuros chegaram ao fim do dia em firme baixa nesta quarta-feira, puxados pela forte queda do dólar e das taxas dos Treasuries (títulos do Tesouro americano) após o banco central dos EUA frustrar expectativa de um tom mais "hawkish", voltado ao aperto da política monetária. A redução dos temores de condições financeiras mais apertadas deu respaldo para o mercado voltar a elevar a expectativa de corte de 1 ponto percentual da Selic em abril. A curva de DI embutia probabilidade de 75% para redução de 1 ponto no próximo mês, contra 63% pouco antes da decisão do Fed. O Federal Reserve (Fed, BC americano) elevou a taxa básica de juros dos EUA em 0,25 ponto percentual, para uma faixa entre 0,75% e 1%, e sinalizou duas altas adicionais neste ano. Os mercados chegaram a cogitar a possibilidade de quatro altas no total deste ano. Além disso, um dos membros do Fomc - o presidente do Fed de Mineápolis, Neel Kashkari - votou contra aumento de juros, indicando que mais apertos monetários são menos consensuais do que o imaginado. Foi o suficiente para fazer as taxas de DI reverterem as altas de mais cedo, ditadas por persistentes ruídos em torno do encaminhamento do ajuste fiscal no Brasil. (Valor Econômico – 15.03.2017)

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6 Consumo aparente de bens industriais sobe 2,6% em janeiro, diz Ipea

O Indicador de Consumo Aparente de Bens Industriais teve alta de 2,6% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi o segundo resultado positivo seguido nesse tipo de comparação. Integram o índice toda a produção industrial doméstica e as importações, enquanto as exportações são abatidas. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira pelo Ipea. Com o resultado de janeiro, a queda no acumulado de 12 meses diminuiu, passando de 8,5% para 7% entre dezembro e o primeiro mês do ano. Já o volume de bens industriais importados recuou 8,7% e as exportações tiveram alta de 5,4% no acumulado de 12 meses. (Valor Econômico – 15.03.2017)

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7 Consumidor brasileiro segue pessimista, indica pesquisa

Os consumidores brasileiros continuam pessimistas, segundo o Indicador de ICC, medido pelo SPC Brasil e pela CNDL. O cálculo mensal é baseado em avaliações da economia e da própria vida financeira quanto ao momento atual e expectativas para os próximos seis meses. Numa escala de zero a cem, foram registrados 41,4 pontos em fevereiro, índice abaixo do nível neutro de 50 pontos, refletindo a má avaliação da economia. O resultado é pouco diferente dos 41,9 pontos de janeiro. O subindicador de Percepção do Cenário Atual, que compõe o Indicador de Confiança, acusou 29,7 pontos em fevereiro de 2017, sendo que a avaliação da vida financeira ficou em 39,8 pontos. Já a avaliação da situação econômica atual obteve 19,5 pontos. Em termos percentuais, quatro em cada dez consumidores (42%) classificam a própria vida financeira como ruim ou muito ruim. Os que a classificam como regular somaram 41%, enquanto 15% a consideram boa ou muito boa. Os principais motivos para a avaliação negativa são o orçamento apertado e dificuldades para pagar as contas (33%), desemprego (31%) e atraso no pagamento de dívidas (15%). Com relação à economia, 82% dos entrevistados acreditam que a situação está ruim ou muito ruim, contra somente 3% que consideram a situação boa ou muito boa. Para 14%, o quadro econômico atual é regular. Entre os que fazem uma avaliação negativa, a maioria relativa (49%) atribui o resultado à corrupção e ao mau uso dos recursos públicos. Outros 27% creditam ao alto desemprego e 15% disseram que os preços dos produtos aumentaram. (Valor Econômico – 16.03.2017)


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8 Movimento do comércio cai em fevereiro, apura Boa Vista SCPC

O movimento do comércio no país caiu 1% em fevereiro, ante janeiro, feitos os ajustes sazonais, de acordo com estimativa da Boa Vista SCPC. Em janeiro, o movimento havia subido 0,90%, ante dezembro. Na comparação com fevereiro do ano passado, houve recuo de 6,2%. Em 12 meses, o movimento cai 3,8%. Nessa comparação, há uma desaceleração da queda desde novembro, quando atingiu 5,51%. Com a perspectiva de melhoria do cenário econômico, entre elas a diminuição de preços e juros, aumento do consumo das famílias e investimentos, entre outras, mantém-se a expectativa de que o varejo atinja um patamar positivo até o término do primeiro semestre de 2017, afirma a Boa Vista. (Valor Econômico – 16.03.2017)

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9 IPC-S tem ligeiro avanço na segunda leitura de março

O IPC-S acelerou em 0,01 ponto percentual, de 0,34% para 0,35%, da primeira para a segunda quadrissemana de março, informou nesta quinta-feira a FGV. Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa do índice subiram. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (0,11% para 0,25%), puxada pelo item restaurantes, cuja taxa passou de 0,29% para 0,40%. (Valor Econômico – 16.03.2017)

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10 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h38, o dólar comercial operava estável a R$ 3,1098, tendo recuado até R$ 3,1058. Ontem, 17h43, o dólar para abril recuava 1,95%, a R$ 3,1230, depois de ter ido a uma mínima de R$ 3,1130. As operações no mercado futuro vão até as 18h15. (Valor Econômico – 16.03 e 15.03.2017)

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Internacional

1 Diretor da empresa XDT questiona o governo uruguaio sobre a direção da política energética

O Uruguai está experimentando um boom no desenvolvimento de projetos de geração de energia com fontes renováveis não tradicionais (energia eólica e biomassa). No entanto, para o engenheiro José Luis Pou, diretor da empresa XDT e reconhecido consultor de projetos de energia, o governo adotou "uma série de medidas imprudentes" por causa dos seus efeitos no futuro. Além da complexa situação de afrontar a Ancap, o especialista destacou o desenvolvimento de infra-estrutura inutilizadas para a interconexão elétrica entre Uruguai e no Brasil. "Na verdade, realizou-se um investimento de cerca de US$ 350 milhões para desenvolver um conversor que se mantem ‘virgem’, porque eu ainda não vi um eletron ser anunciado para a comercialização de energia entre Uruguai e Brasil", disse o especialista. Além das próprias questões de governança, Pou expressou sua preocupação sobre a direção da política energética, em especial a sua estrutura de custos. (El Pais – Uruguai – 16.03.2017)

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2 Uruguai está pagando mais caro que a Argentina por energias renováveis

Para os próximos anos, o engenheiro José Luis Pou, diretor da empresa XDT estimou que o preço internacional de gerar energia "vai continuar com uma tendência de queda acentuada." Porque, explicou, "a revolução que a energia solar fotovoltaica que está causando" de inovação e tecnologia influência no preço. No deserto do Atacama (Chile), por exemplo, nos dias de hoje, fecha-se um contrato de US$ 28,9 por MWh. "Isso significa quase um terço do que o Ururguai paga com a geração de energia eólica", disse Pou. Ele também alertou que o Uruguai está pagando 40% a mais pela geração de energia do setor eólico em relação à Argentina. Entre todos os fatores que têm impatam sobre a redução dos custos de geração de energia, Pou destacou o uso de fracking e xisto na obtenção de petróleo e gás, bem como a incorporação de novos jogadores competitivos para o cenário global de energia, como o Irã e o Iraque. Ele observou que "a presença de uma energia solar cada vez mais competitiva, o que também empurrou para baixo os preços internacionais." Entre 2001 e 2016 houve um crescimento exponencial na produção fotovoltaica, dobrando aproximadamente a cada dois anos, disse ele. (El Pais – Uruguai – 16.03.2017)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 SANSEVERINO, Carlos. “Infraestrutura energética no Brasil pode ficar mais sustentável”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 16 de março de 2017.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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2 CAPETTA, Dalmir. “Mais um passo na simplificação da medição dos consumidores do mercado livre”. Agência CanalEnergia. Rio de Janeiro, 15 de março de 2017.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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