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IFE: nº 4.281 - 15 de março de 2016
www.nuca.ie.ufrj.br/gesel/
ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL no 3º Encontro de P&D dos Agentes do Setor Elétrico
2 GESEL: retração do mercado e migração de consumidores para o mercado livre levam a uma sobre-contratação de energia
3 Aneel vai devolver imediatamente valores cobrados a mais na conta de luz
4 Distribuidoras querem discutir o formato de devolução de recursos de Angra 3
5 MME: biomassa é segunda fonte mais importante para movimentar economia
6 Aneel corrige resolução com valor único do Custo do Déficit do Energia
7 SAR deverá ficar para 2019
8 Inflação da energia acumulou quase 50% entre 2013 e 2015
9 Artigo de Cláudio Considera: “Humorismo sem graça da Aneel”
10 Artigo de José Casado: “Luz vai subir por 8 anos”

Empresas
1 Possível atraso em linhas de Belo Monte preocupa geradores, que temem pagar conta
2 Belo Monte tem escoado a produção pela rede elétrica local
3 Fusões e aquisições no setor elétrico brasileiro movimentaram US$ 7,7 bi
4 Vestas está otimista com retomada dos leilões de reserva ainda este ano
5 Vestas inaugura centro de serviços em Natal
6 Tarifas da Light terão aumento médio de 10,45%
7 Tarifas da Enel Distribuição Rio serão reduzidas em 6,51% na média
8 Aneel acata pleito e flexibiliza índices de qualidade da Enel

9 5 tendências para o setor elétrico apontadas pela GE

10 Cemig aposta em nova legislação para lucrar com UHEs com contratos vencidos

11 Aneel mantém multa de R$ 1 mi por atraso na UHE Colíder

12 Vianna: atualização tecnológica de Itaipu não vai impactar na produção da usina

13 Boletim de desempenho da Risen Energy para 2016: lucro operacional cresceu 63,99% em comparação com ano anterior

14 EDP Brasil anuncia novos diretores

Leilões
1 Leilão do dia 23 de março é adiado
2 BNDES divulga condições para vencedoras de leilão no sistema isolado

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil
2 ONS estuda pagar para indústria reduzir consumo em momentos de pico de carga
3 ONS: expectativa é que em 2018 regulamente-se o pagamento de indústrias com redução do consumo em momentos de pico de carga

4 Consumo cresce 6% em janeiro

5 Revisão da republicação do PLD deverá entrar em vigor neste semestre

6 Mudança mais profunda no cálculo do preço spot da energia deve ser adiada para 2019

7 Mudança na PLD poderá atrair novo investidores

Energias Renováveis
1 Energia eólica acumula 486 GW globalmente
2 Busca por ativos renováveis no Brasil se intensifica
3 Clean Energy Latin America: existência de contratos de longo prazo é diferencial do Brasil

4 Geração de energia renovável para a região Norte terá financiamento do BNDES

Economia Brasileira
1 Empresas podem questionar ICMS na Cofins até fim do julgamento do STF
2 BB anuncia nova redução nos juros das linhas do cartão de crédito

3 Juros futuros têm dia de alta na BM&F antes de decisão do Fed
4 Maioria dos brasileiros tem dificuldade em quitar contas, diz pesquisa
5 Alta do IGP-10 desacelera para 0,05% em março
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Superior Essex e Furukawa completam o estabelecimento da joint venture europeia

Biblioteca Virtual do SEE
1 CASADO, José. “Luz vai subir por 8 anos”. O Globo. Rio de Janeiro, 14 de março de 2017.
2 CONSIDERA, Cláudio. “Humorismo sem graça da Aneel”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 13 de março de 2017.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL no 3º Encontro de P&D dos Agentes do Setor Elétrico

No dia 22 de março de 2017, o professor Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL) do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ), participará do 3º Epase - Encontro de P&D dos Agentes do Setor Elétrico. O evento, que acontecerá no auditório da Cemig, em Belo Horizonte, é liderado pela Apine e tem como objetivo promover a melhoria da gestão de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) do setor elétrico. Castro participará do "Talk Show Procedimentos do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (PROP&D) e Tendências". Para acessar a programação completa, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 15.03.2017)

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2 GESEL: retração do mercado e migração de consumidores para o mercado livre levam a uma sobre-contratação de energia

A retração na demanda por energia no mercado cativo, em parte por causa da migração de consumidores para o ambiente de contratação livre, pressionou os resultados das distribuidoras em 2016 e deve continuar sendo fonte de preocupação neste ano. Um levantamento com os dados operacionais da- Light, Copel, Neoenergia, Energisa, Eletropaulo, EDP Energias do Brasil e Equatorial - mostra que o consumo de energia no mercado cativo caiu, em média, 3,6% no ano passado. No mercado faturado total das distribuidoras, que considera também a receita de distribuição (chamada "receita fio") e os clientes livres, a queda no consumo foi menos acentuada, de 2%. Segundo o professor Nivalde de Castro, coordenador do Gesel, da UFRJ, o crescimento do consumo no mercado livre reflete a migração de consumidores do mercado cativo para o livre, em função dos preços mais atrativos. "As distribuidoras vêm sofrendo o efeito da retração do mercado devido à crise econômica e também pela migração de consumidores para o mercado livre. Os dois fatores levam a uma sobre-contratação de energia que pode afetar substancialmente o resultado de algumas distribuidoras", afirmou o professor. Ainda falta a divulgação de dados operacionais de grandes distribuidoras, como CPFL, Cemig e Eletrobras, mas os números que saíram até agora confirmam a tendência apontada pelos dados da EPE do ano passado. Em 2016, o consumo total de energia caiu 0,9% na comparação com 2015. Considerando apenas o mercado cativo, a queda foi de 3,5%, ao mesmo tempo em que o mercado livre teve expansão de 6,8%. Os resultados preliminares da Energisa de janeiro deste ano também indicam esse cenário. As vendas de energia da companhia no mercado cativo tiveram baixa de 0,7% no mês. Considerando o mercado total faturado, incluindo os consumidores livres, porém, houve alta de 4,1% na demanda no primeiro mês do ano. (Valor Econômico – 15.03.2017)

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3 Aneel vai devolver imediatamente valores cobrados a mais na conta de luz

A Aneel vai devolver imediatamente os valores cobrados a mais dos consumidores para o pagamento da usina de Angra 3 - ao todo, foi recolhido de maneira indevida R$ 1,8 bilhão a mais de todos os clientes pelo País. O anúncio foi feito pelo diretor-geral da agência, Romeu Rufino. De acordo com ele, o processo será julgado no dia 28 de março e deve reduzir as tarifas de clientes de todo o País. "Foi um equívoco", afirmou Rufino, ressaltando que os valores já foram devolvidos para os consumidores cujas distribuidoras já passaram por reajuste tarifário, caso da Energisa Borborema e da Light. O processo da Aneel previa que a cobrança seria devolvida na data de aniversário do reajuste de cada empresa. Para os clientes da Eletropaulo, por exemplo, seria apenas em julho. Mas a diretoria da Aneel decidiu mudar o procedimento e corrigi-lo o mais rapidamente possível. "Em vez de aguardar, faremos de uma vez só", disse Rufino. "É um processo bastante trabalhoso, mas, excepcionalmente, vamos instruir o processo para retificar a tarifa de todas as concessionárias e orientar a pronta devolução daquilo que foi arrecadado com base em uma previsão errada." A devolução vai contribuir com um impacto médio de queda de 1,2 ponto porcentual nas tarifas. (O Estado de São Paulo – 14.03.2017)

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4 Distribuidoras querem discutir o formato de devolução de recursos de Angra 3

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica pretende discutir a devolução dos recursos da energia de reserva de Angra 3 com a diretoria da Aneel nos próximos dias, antes da reunião que a agência reguladora fará no próximo dia 28 para deliberar sobre a devolução imediata do dinheiro pago a mais pela população no ano passado. O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, anunciou a medida nesta terça-feira, 14 de março. "Do ponto de vista da opinião pública, a devolução imediata é uma medida sensata para resolver essa situação que ela mesmo (Aneel) criou, mas é preciso frisar que haverá, posteriormente, um impacto através de um percentual maior no reajuste tarifário", afirma o presidente da associação, Nelson Leite. O referido impacto, segundo ele explica, decorrerá do aumento no déficit da Conta de Variação da Parcela A (CVA), na qual o encargo de Angra 3 foi armazenado pelas empresas juntamente com diversas outras rubricas que representam custos variáveis para as distribuidoras. A cobrança incorreta pela geração de Angra 3, de acordo com a Abradee, aliviou o buraco da CVA de R$ 2,3 bilhões para R$ 500 milhões, valor este que equivale a 3% do Ebitda das concessionárias de distribuição. Mesmo com o recurso a mais, a conta fechou no vermelho. "Não tem dinheiro sobrando. Na realidade, as distribuidoras usaram esse recurso para pagar outros itens da CVA que puxaram seu saldo para baixo", explica. Entre esses itens está a variação do preço da energia no mercado de curto prazo e a variação cambial que incorre no custo da energia de Itaipu. Se em um primeiro momento a devolução dos R$ 1,8 bilhão deve aliviar as contas de energia, o presidente da Abradee estima que, posteriormente, haverá um peso maior do aumento do déficit da CVA nos reajustes tarifários a que as empresas terão direito. A entidade tem marcada para esta quarta-feira, 15, em Brasília, uma reunião do seu Conselho Deliberativo. No encontro serão discutidos detalhes em torno do ressarcimento a ser feito aos consumidores em virtude do erro de cálculo tarifário por parte da Aneel. (Agência CanalEnergia – 14.03.2017)

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5 MME: biomassa é segunda fonte mais importante para movimentar economia

A biomassa voltou a ser a segunda fonte de geração mais importante do Brasil na Oferta Interna de Energia Elétrica - toda a energia necessária para movimentar a economia – com o registro de 8,8% em 2016, superando os 8,1% de participação do gás natural. As informações são do Boletim Mensal de Energia de dezembro de 2016 elaborado pelo MME. De um total de geração de 54 TWh por biomassa em 2016, o bagaço e a palha da cana contribuíram com 36 TWh, ou 67%. Compõem a biomassa o bagaço e a palha da cana, os resíduos de madeira da produção de celulose, o biogás, a casca de arroz, dentre outros pouco significativos. O bom desempenho da bioeletricidade e de outras fontes como hidráulica e eólica, continuam impulsionando o crescimento da participação de renováveis no País. Segundo o boletim, o Brasil fechou o ano de 2016 com o total de 82,7% de fontes renováveis na oferta interna de energia elétrica, contra o indicador de 75,5% verificado em 2015. (Agência CanalEnergia – 14.03.2017)

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6 Aneel corrige resolução com valor único do Custo do Déficit do Energia

A Aneel vai republicar a Resolução Homologatória 2.190, de 2016, com o valor único de R$ 4.650,00/MWh estabelecido pelo Conselho Nacional de Política Energética para o Custo do Déficit de Energia Elétrica em 2017. A retificação pela Aneel dependia da publicação da Resolução nº 07 do CNPE pelo Ministério de Minas e Energia, ocorrida no último dia 15 de fevereiro. Em dezembro do ano passado a agência reguladora atualizou os valores da Curva do Custo do Déficit, considerada na definição dos preços do mercado de curto prazo entre a primeira e a última semana operativa de preços de 2017. Os quatro patamares de redução de carga existentes até então foram corrigidos em 6,71%, valor equivalente à variação do IGP-DI de novembro de 2015 a novembro de 2016. A resolução aprovada em seguida pelo CNPE instituiu, porém, um patamar único de preços. A decisão tomada pela Aneel nesta terça-feira, 14 de março, apenas oficializa a mudança. (Agência CanalEnergia – 14.03.2017)

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7 SAR deverá ficar para 2019

O mecanismo de Superfície de Aversão ao Risco (SAR), previsto para entrar em vigor em 2018 deverá ficar para 2019. O grupo que conduz os estudos sobre esse novo modelo de risco, a Comissão Permanente Para Análise de Metodologias e Programas Computacionais do Setor Elétrico (CPAMP), indicou em sua última reunião, realizada em 19 de janeiro, que não terá condições de cumprir o cronograma para que o modelo possa ser colocado em vigor no inicio do ano que vem. O MME deverá publicar até o final de março um novo cronograma para a sua implantação. Provavelmente essa nova data será a de janeiro de 2019, de acordo com as regras estabelecidas pela resolução de governança. De acordo com a assessora da Presidência da Empresa de Pesquisa Energética, Ângela Livino, a dificuldade de calibração dos parâmetros associados, principalmente relacionados à garantia física, está maior do que a prevista inicialmente. E, com isto, o grupo dificilmente concluiria os estudos até 31 de julho para a discussão com o mercado. “O planejamento não é somente para a operação, tem toda a calibração para atender de forma simultânea tanto o planejamento quanto a operação e isso está demorando mais tempo para atender a todas essas necessidades”, comentou a executiva após participar de seminário sobre a formação de preços de energia promovido pela Thomson Reuters, em São Paulo. (Agência CanalEnergia – 14.03.2017)

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8 Inflação da energia acumulou quase 50% entre 2013 e 2015

O alívio na conta de luz em 2016 não foi suficiente para devolver o aumento de tarifas nos anos anteriores. Segundo cálculo do economista André Braz, da FGV, a inflação da energia elétrica acumulou alta de 49% entre os anos de 2013 e 2015. O período termina justamente em 2015, ano que ficou marcado pelo chamado “tarifaço”: só naquele ano, a alta foi de 51%. Segundo especialistas, 2017 deve ser de nova alta, porém menor que a registrada há dois anos. A expectativa é que a inflação da energia termine na casa de 8%. Até fevereiro, segundo os dados mais recentes do IPCA, o item - que pesa mais de 3% para a composição do indicador - registra deflação de 0,29%. Parte da alta de 2015 é atribuída aos efeitos da MP 579, que tentou baixar à força as tarifas de energia. A estratégia acabou provocando desequilíbrios no setor, que, em dificuldades, reajustou fortemente os preços nos dois anos seguintes. Os dois últimos anos foram anormais. Em 2015, 51% de aumento derivado dos erros passados. No ano passado, houve um certo acerto de contas, retirada de bandeira, dólar em queda. Esse ano, as coisas estão dentro de uma normalidade, afirma o economista Paulo Brück, que espera inflação de 8% para este ano. André Braz, da FGV, calcula que a inflação da energia encerrará 2017 em 9%: A mudança para bandeira amarela também contribuirá para um avanço da tarifa elétrica em todo Brasil. Esse ano, a energia deve subir em média 9%. (O Globo – 15.03.2017)


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9 Artigo de Cláudio Considera: “Humorismo sem graça da Aneel”

Em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, Cláudio Considera, presidente do conselho da Proteste Associação de Consumidores e professor de Economia da Universidade Federal Fluminense, trata sobre o erro de cálculo nas contas da Aneel. Segundo o autor, “a equipe da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) precisa redobrar sua atenção. Ou melhor, direcioná-la também para os interesses dos consumidores. Entre 2002 e 2009, os brasileiros pagaram R$ 7 bilhões a mais por erro de cálculo dos reajustes tarifários.” Ele conclui que “essa sucessão de trapalhadas lembra os filmes de Monty Python, trupe inglesa que fez muito sucesso nas décadas de 1970 e 80. A diferença é que não há nada de engraçado nas trapalhadas da Aneel, porque são sempre contra o consumidor.”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 15.03.2017)

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10 Artigo de José Casado: “Luz vai subir por 8 anos”

Em artigo publicado no jornal O Globo, José Casado, jornalista, trata dos aumentos das tarifas de luz. Ele argumenta que “o custo total da festa eleitoral de Dilma, do PT e do PMDB no setor elétrico já beira os R$ 200 bilhões. Por causa dela, a conta de luz dos brasileiros vai ter um grande aumento durante os próximos oito anos.” Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 15.03.2017)

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Empresas

1 Possível atraso em linhas de Belo Monte preocupa geradores, que temem pagar conta

Um possível atraso em linhas de transmissão que ligarão a hidrelétrica de Belo Monte ao sistema tem gerado tensão no mercado de energia, uma vez que muitas empresas temem ser oneradas caso a usina no Norte do país não possa produzir a toda carga, disseram à Reuters um especialista e um representante da Aneel. Isso porque as regras do setor elétrico do Brasil preveem um mecanismo para reduzir o risco de investimentos em hidrelétricas que funciona como um condomínio: usinas que não conseguem gerar tudo o que deveriam podem ter a geração compensada por outras, desde que o conjunto dos empreendimentos produza o necessário. Prevista para ser uma das maiores hidrelétricas do mundo quando concluída, com 11,2 mil megawatts em capacidade, Belo Monte poderia desequilibrar fortemente esse sistema de mitigação de riscos, chamado Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), caso a falta de linhas comprometesse a entrega de sua geração. Associações que representam geradores já procuraram a Aneel para mostrar a preocupação com o tema, disse à Reuters nesta terça-feira o superintendente de regulação de geração na agência, Christiano Vieira. "Hoje a regra prevê que quando usinas começam a motorizar as máquinas, caso de Belo Monte, ainda que haja uma limitação de transmissão, ela não é um impeditivo para liberação da operação comercial... ao conseguir a liberação, elas conseguem o direito de 'puxar' energia do MRE, e é isso que alguns agentes reclamam", explicou Vieira à Reuters. Ele disse que os geradores alegam que as turbinas só deveriam ser liberadas para operação até o limite de capacidade de escoamento das linhas de transmissão. Mas, segundo Vieira, a regra é antiga e amplamente conhecida pelo mercado. E a própria Norte Energia, responsável por Belo Monte, já calculava que não estaria exposta a um risco de perdas financeiras por atraso na linha ao participar do leilão no qual arrematou a concessão da usina. "É uma discussão que está posta para o regulador... a regra foi colocada antes do empreendimento ser construído. No momento em que há uma ocorrência em que ele pode se beneficiar da regra, você vai e muda a regra?", questionou Vieira. (Reuters – 14.03.2017)

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2 Belo Monte tem escoado a produção pela rede elétrica local

Por enquanto, Belo Monte tem escoado a produção pela rede elétrica local, mas quando mais máquinas entrarem em operação a usina precisará de novas linhas cuja conclusão no prazo está em xeque. A primeira dessas linhas foi abandonada nos passos iniciais pela espanhola Abengoa, em meio a uma crise financeira. Outra está a cargo da chinesa State Grid e da Eletrobras, que lutam contra o atraso em alguns trechos da obra, que precisa estar pronta em fevereiro de 2018. Recentemente, as companhias envolvidas na construção admitiram problemas em alguns trechos, mas disseram que mantêm a expectativa de entregar as linhas no prazo combinado. Um terceiro linhão, também da State Grid, está programado para o final de 2019. O diretor da consultoria PSR, Bernardo Bezerra, avalia que o problema é que o MRE foi criado para suportar riscos hidrológicos, mas cada vez mais assume a conta de outros problemas, como o risco de atrasos em linhas que ligariam as usinas à rede. Ele lembrou que o problema de Belo Monte assusta porque a usina tem uma garantia física de cerca de 4,5 mil megawatts médios, ante uma capacidade da rede existente para menos de mil megawatts médios. Essa diferença pesaria sobre os outros geradores hídricos no MRE. "O MRE vai pagar essa conta? Eu duvido... ano que vem o MRE vai se juntar e (vai dizer) 'eu não vou pagar a conta do atraso da transmissão, isso não é risco hidrológico', e eles estão certos", disse Bezerra, ao participar de evento da Thomson Reuters em São Paulo. O risco, nessa conjuntura, seria o custo do problema cair para os consumidores, ressaltou o consultor. O superintendente da Aneel disse que a agência tem estudado alternativas sobre como resolver a questão de Belo Monte caso o atraso nas linhas se confirme. "Tem que ser avaliadas alternativas. A gente ainda não terminou esse estudo. Nossa expectativa é este ano ter alguma resposta", disse Vieira. (Reuters – 14.03.2017)

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3 Fusões e aquisições no setor elétrico brasileiro movimentaram US$ 7,7 bi

No ano passado, as operações de fusões e aquisições no setor elétrico e de serviços de utilidade pública nas Américas movimentaram US$ 99 bi, de acordo com relatório da E&Y. Para a consultoria, o Brasil e a Argentina despontaram como mercados aquecidos para receber os investimentos. Só o Brasil movimentou US$ 7,7 bi, em 18 operações. O nível das atividades só aumentou ao longo do ano: de US$ 809 mi (duas operações) no primeiro trimestre, para US$ 954 mi (duas operações) no segundo, US$ 1,935 bi (três operações) no terceiro e, finalmente, US$ 4,062 mi no último trimestre do ano (de dez operações). Entre os negócios fechados estão, por exemplo, a venda de ativos hidrelétricos da Duke Energy para a China Three Gorges e de participação na CPFL para a State Grid, além da compra da Celg D pela Enel. Para a E&Y, algumas das tendências de fusões e aquisições para o setor de energia elétrica e prestação de serviços públicos (como a distribuição) são: a maior atividade envolvendo ativos renováveis, o ingresso de empresas e fundos de investimento chineses, que continuam buscando diversificar seus portfólios, e a saída de companhias para seus mercados domésticos, como ocorreu com a Duke. Além disso, a consultoria avaliou, em relatório sobre o terceiro trimestre, que “a instabilidade política, as flutuações cambiais, a seca e baixa demanda de energia tornam os negócios no Brasil desafiadores”. Mais uma vez, a saída da Duke é citada como exemplo. Por outro lado, avalia a consultoria, as empresas de serviços públicos chinesas, com uma dívida barata dos bancos domésticos e uma clara intenção de expansão para mercados emergentes, estão agressivas no mercado brasileiro. (Brasil Energia – 14.03.2017)

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4 Vestas está otimista com retomada dos leilões de reserva ainda este ano

A retomada do crescimento do consumo de energia, aliada à revisão da garantia física das hidrelétricas e do cenário delicado de escassez de chuvas no país, reforça a necessidade de realização de leilões de energia de reserva este ano. A avaliação é do presidente para o Brasil da dinamarquesa Vestas, maior fabricante mundial de aerogeradores, Rogério Zampronha. No ano passado, inicialmente havia a previsão de se fazer dois leilões de energia de reserva. Depois, o governo marcou um único leilão para dezembro, que acabou sendo cancelado na véspera, devido ao cenário de sobre-oferta no sistema. O Brasil é o oitavo maior mercado da Vestas em contratos firmes. A companhia fechou 2016 com 371 MW contratados em energia eólica no país. Com isso, a empresa acumula 1,5 GW de capacidade em máquinas fornecidas para parques brasileiros em operação e em construção. (Valor Econômico – 15.03.2017)

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5 Vestas inaugura centro de serviços em Natal

O presidente para o Brasil da dinamarquesa Vestas, Rogério Zampronha participa hoje da inauguração do centro de serviços da Vestas no Brasil, em Parnamirim, região metropolitana de Natal (RN). O local, de 1.200 m2 de área, será um centro de formação de mão-de-obra especializada e de reparo de aerogeradores da companhia e de outros fabricantes, além de ser um espaço de estoque de equipamentos da empresa no Rio Grande do Norte, onde estão instalados oito dos 13 complexos eólicos que utilizam máquinas Vestas e dois dos seis parques em construção que também contarão com turbinas fornecida pela companhia. O empreendimento, cujo investimento não foi revelado, faz parte da estratégia de negócios da gigante dinamarquesa na área de serviços, após comprar duas empresas do setor - uma na Alemanha e outra nos Estados Unidos - nos últimos dois anos, e de crescimento de sua atuação no Brasil, onde já possui uma fábrica de aerogeradores no Ceará. "Estamos dando sinais muito sólidos para o mercado que acreditamos no Brasil", disse Zampronha. "O centro de serviços mostra que o nosso comprometimento com o país é contínuo e relevante. Entendemos que o que está acontecendo no Brasil [situação econômica] é passageiro", completou. O Brasil é o oitavo maior mercado da Vestas em contratos firmes. A companhia fechou 2016 com 371 MW contratados em energia eólica no país. Com isso, a empresa acumula 1,5 GW de capacidade em máquinas fornecidas para parques brasileiros em operação e em construção. A companhia alcançou faturamento global de € 10,2 bi (o equivalente a R$ 34,3 bi) em 2016 e prevê faturar entre € 9,25 bi e € 10,25 bi este ano. (Valor Econômico – 15.03.2017)

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6 Tarifas da Light terão aumento médio de 10,45%

As tarifas da Light terão aumento médio de 10,45%, com efeito médio de 11,89% para os consumidores atendidos em alta tensão e de 9,81% no segmento de baixa tensão. O índice é resultante da quarta revisão tarifária da distribuidora, antecipada de 2019 para este ano, após a adesão voluntária da empresa às novas cláusulas de qualidade e econômico-financeira dos contratos de distribuição. Os índices serão aplicados a partir de 15 de março. Entre os itens que influenciaram o resultado da revisão está a redução de 2,86% nos encargos setoriais, resultante principalmente da devolução às tarifas do custo da receita fixa de Angra 3, incluído indevidamente na tarifa do ano passado no Encargo de Energia de Reserva. Segundo a Aneel, essa devolução contribuiu para redução no valor dos encargos de 1,04%. O custo de transmissão teve alta de 4,2%, em consequência do pagamento, a partir de 2017, das indenizações da transmissão da Rede Básica existente em maio de 2000. Os gastos com aquisição de energia cresceram 1,43%. A Aneel também aprovou os limites dos indicadores de qualidade DEC e FEC - que medem a duração e a frequência das interrupções no fornecimento de energia por conjunto de consumidores – para o período de 2018 a 2022. A Light atende 3,9 milhões de unidades consumidoras localizadas na capital e em 31 municípios do Rio de Janeiro. (Agência CanalEnergia – 14.03.2017)

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7 Tarifas da Enel Distribuição Rio serão reduzidas em 6,51% na média

Os consumidores da Enel Distribuição Rio terão suas tarifas reduzidas em média em 6,51%, com queda de 7,12% para os clientes conectados em alta tensão e de 6,24% para o segmento de baixa tensão. As novas tarifas entrarão em vigor nesta quarta-feira, 15 de março. Os índices de reajuste refletem a redução de 2,67% no custo dos encargos setoriais, com destaque para a queda de 26,67% no valor da cota da Conta de Desenvolvimento Energético custeada pelas tarifas de uso do sistema (CDE Uso) e a redução de 21,82% do Encargo de Energia de Reserva. Os custos de transmissão subiram 3,74%, em razão do pagamento das indenizações de instalações existentes em maio de 2000. O custo de compra de energia variou 0,88% e teve efeito tarifário médio de 0,39%. A tarifa reflete ainda a retirada de 7,01% em componentes financeiros dos últimos 12 meses e a inclusão de -1,53% em despesas financeiras que serão descontadas até março de 2018. A distribuidora atende 2,6 milhões de unidades consumidoras no interior do estado do Rio de Janeiro. (Agência CanalEnergia – 14.03.2017)

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8 Aneel acata pleito e flexibiliza índices de qualidade da Enel

A Enel Distribuição Rio (nome atual da Ampla Energia) e a Aneel chegaram a um acordo com relação ao aditivo do contrato de concessão da distribuidora, controlada pelo grupo italiano Enel e que atende parte da região metropolitana do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense. A diretoria da autarquia aprovou ontem a assinatura do termo aditivo acatando pleitos apresentados pela companhia. "Eles [Aneel] avançaram bastante na proposta deles", disse o diretor de Regulação da Enel Rio, José Alves Franco, ao Valor. Na decisão, o órgão regulador reconheceu os obstáculos enfrentados pela Enel Rio em termos de qualidade de serviço, devido à dificuldade de acesso a áreas dominadas pelo tráfico de drogas. Segundo a empresa, cerca de 450 mil residências estão localizadas em áreas com alto índice de violência, onde a distribuidora não consegue atuar. Na prática, a agência reguladora aprovou um índice regulatório de perdas não técnicas (furto e fraude de energia), para fins de cálculo tarifário da Enel Rio, de 19,45%, em 2017, e 18,54%, em 2018. A proposta anterior previa perdas de 15,7%, em 2017, e 14,7%, em 2018. A Aneel também antecipou de 2019 para 2018 o processo de revisão tarifária da companhia. As duas medidas (flexibilização do índice regulatório de perdas não técnicas e antecipação da revisão tarifária) também foram concedida à Light, em negociação semelhante, cujo aditivo ao contrato foi aprovado na semana passada. A diretoria da Aneel também aprovou ontem redução nas tarifas da Enel Rio a ser aplicada a partir de hoje. Os consumidores da distribuidora terão um efeito redutor médio em suas tarifas de 6,51%. Para clientes atendidos em baixa tensão (principalmente residências), o efeito médio será de uma redução de 6,24%. Já para os consumidores atendidos em alta tensão (principalmente indústrias), o efeito médio será uma queda de 7,12%. A Enel Rio atende 2,6 milhões de clientes em 66 municípios do Rio de Janeiro. A autarquia também concedeu ontem reajuste para as tarifas da Light, que entra em vigor hoje. Nesse caso, os consumidores terão um efeito médio de elevação de 10,45%. Os consumidores atendidos em baixa tensão terão efeito médio de 9,81%, enquanto os clientes em alta tensão sofrerão efeito médio de 11,89%. A Light atende 3,9 milhões de unidades consumidoras localizadas na capital e em 31 municípios do Rio. (Valor Econômico – 15.03.2017)

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9 5 tendências para o setor elétrico apontadas pela GE

A estratégia da GE Power será norteada por cinco tendências, todas ligadas à digitalização. “A indústria será obrigada a desenvolver novas abordagens, ainda desconhecidas. Desde geração distribuída nas ilhas, micro-redes no Himalaia até geração centralizada mais flexível e eficiente, o cenário para este ano será muito pautado pela modernização de infraestruturas”, escreve o CEO da empresa, Steve Bolze, em artigo. O executivo lista cinco tendências que devem mudar a indústria elétrica neste ano, todas passando pela digitalização: A digitalização da eletricidade se tornará o novo normal. A eletrificação das coisas. Plantas flexíveis e mais eficientes [que] darão maior apoio à adoção de renováveis. Uma quarta tendência será a de melhorar a infraestrutura existente, ao invés de substituí-la. Segundo o executivo, as perdas de energia elétrica nas redes no mundo são bastante altas, representando perdas de US$ 10 bi anualmente. “É por isso que as melhorias são urgentes, tanto através de modificações da estrutura quanto com soluções digitais”. Mais conceitual, a quinta tendência apontada por Bolze é o acesso à eletricidade para todas as populações. “[...] Nós estamos trabalhando para trazer mais engajamento global direcionado à eletrificação rural, usando a eletricidade como meio de estimular o crescimento econômico global”. (Brasil Energia – 14.03.2017)

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10 Cemig aposta em nova legislação para lucrar com UHEs com contratos vencidos

A Cemig precisou prestar esclarecimentos à CVM após vir a público a notícia de que a companhia pretende levantar R$ 6 bi com a venda do controle majoritário de quatro hidrelétricas para investidores privados. A notícia fez as ações da companhia dispararem no dia de ontem, o que levou a CVM pedir esclarecimentos à empresa. Em resposta, a Cemig lembrou que divulgou fato relevante em 21 de fevereiro, justamente informando ao mercado que instaurou processo administrativo no MME com o intuito de utilizar o novo mecanismo legal sem, porém, abrir mão da disputa judicial que iniciou em 2013 quando foi impedida de renovar as concessões das usinas por não aceitar as condições da MP 579/12. “[...]Se de competência da companhia, e 'se' e 'quando' eventuais decisões a este respeito forem tomadas, a companhia comunicará oportunamente ao mercado", escreveu o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig, Adézio de Almeida Lima. A Cemig ainda foi questionada pela CVM sobre a intenção de captar US$ 600 mi no exterior por meio de uma emissão de papéis, provavelmente em maio, conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo. "A Cemig tem estudado alternativas de financiamento nos mercados de capitais (seja doméstico ou internacional) com o objetivo específico de otimizar o perfil de dívida da companhia. Informamos, entretanto, que até a presente data o Conselho de Administração não aprovou tal ou tais captações." A Cemig segue com um nível de alavancagem alto, com dívidas que ultrapassam R$ 13 bi. O estado de Minas Gerais, controlador da empresa, está em crise fiscal e negocia uma ajuda com o Governo Federal, sob a condição de privatizar ativos. (Agência CanalEnergia – 14.03.2017)

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11 Aneel mantém multa de R$ 1 mi por atraso na UHE Colíder

A Aneel rejeitou recurso apresentado pela Copel GT contra a aplicação de multa no valor de R$ 1,058 milhão. A penalidade é resultante do descumprimento do cronograma de implantação da usina hidrelétrica Colíder, em Mato Grosso. Como a multa foi aplicada em 2014, o valor será atualizado na data do pagamento. A Aneel manteve a decisão de não isentar a empresa de responsabilidade pelo atraso no cronograma de implantação da usina, assim como o prazo de início de suprimento dos contratos de venda de energia para o mercado regulado. A Copel alegou atraso na assinatura do contrato de concessão e dos contratos de comercialização de energia; restrições impostas pelo poder público ao enchimento do reservatório; atos de vandalismo no canteiro de obras em fevereiro de 2013; alteração pela administração pública do ponto de conexão da usina ao Sistema Interligado; suspensão judicial do processo de contratação dos serviços de resgate da fauna; atrasos na emissão da Licença de Supressão da Vegetação pelo órgão ambiental; conclusão das ogivas do vertedouro para o fechamento do rio e início do enchimento do reservatório e falência da Wind Power Energy, fornecedora de equipamentos. A UHE Colíder tem 300 MW de potência instalada, dividida em três unidades geradoras de 100 MW cada. Os contratos negociados em 2010 com as distribuidoras somam 125 MW médios de garantia fisica. O início da operação comercial estava previsto para 30 de dezembro de 2014 e a energia começaria a ser entregue em 15 de janeiro de 2015. O pedido da geradora era de que a entrada em operação ocorresse em 4 de outubro de 2016. (Agência CanalEnergia – 14.03.2017)

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12 Vianna: atualização tecnológica de Itaipu não vai impactar na produção da usina

O novo presidente de Itaipu Binacional já sabe para onde vai direcionar a maior parte da sua atenção tão logo desembarque na empresa. Nomeado nesta terça-feira (14) pelo presidente Michel Temer para a Direção-Geral da parte brasileira da hidrelétrica, Luiz Fernando Vianna quer manter, em 2017, os recordes de geração que vêm sendo alcançados pela usina – no ano passado foi superada pela primeira vez a marca de 100 milhões de MWh produzidos. A intenção, no entanto, é não mudar o ritmo do programa de modernização tecnológica iniciado este ano em 18 dos 20 grupos geradores da usina. "O programa de atualização do maquinário de geração vai demandar grande esforço, mas que tem de ser feito o quanto antes. São equipamentos da década de 1980, já superados inclusive do ponto de vista do controle digital", explicou Vianna. Segundo ele, apenas uma máquina será parada por vez, casando o cronograma normal de manutenção geral dos grupos geradores com o processo de atualização tecnológica. O trabalho de modernização exigirá logística, já que os equipamentos, inclusive turbinas, serão desmontados e armazenados temporariamente. Anunciado no final do ano passado, o programa de atualização tecnológica deverá demandar investimentos da ordem de US$ 500 mi. O projeto, cujo prazo de conclusão é de 10 anos, será bancado com recursos próprios da usina, sendo transferidos ao consumidor somente a partir do ano de 2023, quando está previsto o encerramento do custeio do financiamento destinado ao empreendimento. (Agência CanalEnergia – 14.03.2017)

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13 Boletim de desempenho da Risen Energy para 2016: lucro operacional cresceu 63,99% em comparação com ano anterior

A Risen Energy publicou um boletim de desempenho para 2016. O boletim revela que, no período de 2016, a empresa obteve receitas operacionais de RMB 7,02 bi, o que representa um aumento de 33,48% em comparação com o mesmo período do ano passado. Por sua vez, o lucro operacional atingiu RMB 706,22 mi, um aumento de 63,99% em comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados do relatório financeiro mostram que, durante todo o período de 2016, a Risen Energy conseguiu um aumento acentuado em desempenho geral. O valor total do lucro da empresa foi de RMB 860,04 mi, um aumento de 91,97% em comparação com o mesmo período do ano passado e obteve um lucro líquido de RMB 694,56 mi, atribuído a acionistas de empresas públicas. Isso significa 115,44% a mais do que no mesmo período do ano anterior. Com relação ao aumento acentuado do desempenho, a Risen Energy destacou em seu relatório dois fatores principais que contribuíram para isso: o aumento sustentável das vendas dos produtos fotovoltaicos da empresa no ano passado e o investimento da empresa no plano de reforma da "Luoyang Chaori". Depois de concluir o plano de reforma da "Luoyang Chaori", a Risen Energy dispõe, agora, de um layout perfeito de produto fotovoltaico e reduziu efetivamente os custos embutidos dos produtos. Além disso, a empresa expandiu, até certo ponto, sua competitividade essencial, aumentou seus benefícios e a capacidade de resistência a riscos. (O Estado de São Paulo – 14.03.2017)

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14 EDP Brasil anuncia novos diretores

A EDP Brasil anunciou dois novos líderes para a área de Finanças e para a EDP Espírito Santo – Eduardo Masson de Andrade Martins e João Brito Martins. Masson ingressa na empresa como diretor de Finanças, cargo no qual estará responsável por toda gestão das áreas de Estruturação Financeira e Serviços Financeiros. Ao longo dos últimos 18 anos, Eduardo acumulou experiências com atuação em diversos segmentos da economia como Telecomunicações, Aviação e Serviços Ambientais, além de energia elétrica. Já João Brito Martins, que será o novo diretor-geral da EDP Espírito Santo, assume o desafio de dirigir a operação da distribuidora que fornece energia para mais de 1,5 milhão de clientes e está presente em 90% do estado capixaba. Até então, o executivo ocupava o cargo de Diretor de Estratégia, Inovação e Organização da companhia. Na EDP há 12 anos, João Brito, que é economista de formação com MBA pelo IMD, na Suíça, já desempenhou diversas funções no Grupo, em Portugal e no Brasil, nas áreas de marketing estratégico, pricing e planejamento e desenvolvimento de negócios. (Agência CanalEnergia – 14.03.2017)

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Leilões

1 Leilão do dia 23 de março é adiado

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou nesta terça-feira (14) que o leilão, previsto para o dia 23 de março, será adiado para dar tempo do governo analisar todos os 54 projetos de geração de energia renovável que já foram inscritos. A nova previsão do governo é que o leilão ocorra no dia 11 de maio. Entre os projetos inscritos estão de energia solar, biodiesel, gás natural liquefeito, biogás e uma pequena central hidrelétrica. Coelho Filho destacou que o leilão tem como objetivo iniciar a substituição das usinas termelétricas movidas a combustíveis não renováveis que hoje atendem essas regiões isoladas, no Norte do país, por outras que geram energia usando combustíveis renováveis (solar e eólica, por exemplo). A medida também deve baratear o custo de geração de eletricidade. Parte do combustível usado nas termelétricas que atendem os sistemas isolados é custeada pela Conta de Consumo de Combustível (CCC), cujos recursos vêm de um encargo cobrado nas contas de luz de todos os consumidores do país. “Hoje, o custo de geração de energia na região da Amazônia é enorme”, afirmou o ministro. O edital prevê contratos com preço máximo de energia que vai de R$ 487 por MWh a R$ 1.600 por MWh. O ministro destacou, no entanto, que esse leilão ainda deve ter muita contratação de energia gerada a óleo diesel. “Não vamos ter a ilusão de que no primeiro [leilão] vamos reverter essa curva”, disse. (G1 – 14.03.2017)

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2 BNDES divulga condições para vencedoras de leilão no sistema isolado

Usinas que contratarem energia em leilão para os sistemas isolados poderão contar com linha de financiamento do BNDES, sendo 15% de recursos do Fundo Nacional de Mudanças do Clima, com taxa anual de 1%, complementando com linha em TJLP, com taxa atual de 7,5% ao ano, até o percentual de 80% do valor do investimento. As condições foram divulgadas nesta terça-feira (14/3). O leilão está programado para o dia 11/5. Projetos de energia solar e micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) que usarem os recursos do Fundo Clima poderão complementar o financiamento com mais 65% em TJLP e as demais fontes renováveis, como eólica e biomassa, em até 55%. O leilão visa atender comunidades do sistema isolado, mas o foco é a substituição de usinas a óleo diesel por outras que adotem fontes renováveis, especialmente no Amazonas. (Brasil Energia – 14.03.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Nordeste continuam operando com nível de 21,4%, de acordo com dados do ONS referentes ao último dia 14 de março. Esse volume vem se mantendo desde o dia 8 de março. A energia armazenada na região é de 11.093 MW mês e a energia natural afluente é de 2.991 MWm, que equivale a 28% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho está com volume de 14,82%. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, houve redução de 0,1% nos reservatórios, que os deixou com 41,5% da sua capacidade. A energia armazenada é de 84.323 MW mês e a ENA é de 47.183 MW med, que é o mesmo que 64% da MLT. A hidrelétrica de Furnas está com volume de 46,2% e a de nova Ponte, de 30,9%. No Sul, também houve recuo de 0,1% nos níveis, que operam com 49,5%. A energia armazenada na região é de 9.888 MW mês e a ENA chega a 8.697 MWm, que corresponde a 103% da MLT. A usina de Barra Grande opera com 30,74% da sua capacidade. Na região Norte, os níveis estão em 61,7%, subindo 0,8% na comparação com o dia anterior. A energia armazenada na região é de 9.276 MW mês e a ENA é de 14.20 MWm. Esse valor corresponde a 64% da MLT. A hidrelétrica de Tucuruí está com 98,62%. (Agência CanalEnergia – 14.03.2017)

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2 ONS estuda pagar para indústria reduzir consumo em momentos de pico de carga

O ONS tem estudado mecanismos pelos quais plantas industriais poderiam ser pagas para reduzir o consumo de eletricidade em determinados momentos, como picos de carga ou instantes de falta de vento para produção de energia eólica, evitando o acionamento de termelétricas mais caras, disse nesta terça-feira um representante da instituição. O mecanismo, que já existe em outros países e é conhecido como "resposta da demanda", pode entrar em testes ainda neste ano, disse o assessor da diretoria-geral do ONS, Marcelo Prais, ao participar de evento do setor elétrico promovido pela Thomson Reuters em São Paulo. O assunto já tem sido discutido com indústrias intensivas no consumo de energia que fazem parte da associação Abrace, que tem como membros empresas como Braskem, Dow e Alcoa, entre outras. "A ideia é a gente trabalhar na regulamentação, abrir uma audiência pública... a gente tem expectativa de que a partir do segundo semestre deste ano a gente já possa testar dois produtos como um projeto piloto, por um período aproximado de um ano", afirmou Prais. Por trás do conceito está o elevado custo de operação de algumas termelétricas, como as movidas a óleo, que fazem com que possa valer mais a pena para o sistema como um todo pagar um valor menor para que um agente reduza a carga ao invés de acionar as térmicas. A ideia inicial é testar a novidade com produtos que envolveriam ofertas de redução de consumo para o dia seguinte ("day-ahead") e para o dia em curso (intraday). Por esse modelo, unidades industriais poderiam informar ao ONS em quanto aceitariam reduzir suas demandas para esses horizontes de tempo e a que preço, para que o operador defina se vale a pena aceitar as propostas e assim evitar o acionamento de termelétricas mais caras. "A gente ainda está trabalhando nas possibilidades que existem para fazer esse tipo de declaração, (talvez) até mesmo um leilão", disse Prais. "A ideia é que a gente possa comparar o nível geral de preços. A geração térmica real e a geração térmica virtual, que seria a oferta de redução de demanda dessas plantas", complementou. (Reuters – 14.03.2017)

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3 ONS: expectativa é que em 2018 regulamente-se o pagamento de indústrias com redução do consumo em momentos de pico de carga

O assessor da diretoria-geral do ONS, Marcelo Prais, disse que o assunto [mecanismos pelos quais plantas industriais poderiam ser pagas para reduzir o consumo de eletricidade em determinados momentos] tem sido estudado há algum tempo pelo ONS e que um bom resultado nos testes deverá fazer com que o tema seja regulamentado no próximo ano. "A gente acredita fortemente no sucesso e na ampliação para os demais consumidores e para mais produtos. A expectativa que a gente tem no ONS é que em 2018, provavelmente a partir do segundo semestre, a gente já tenha isso regulamentado de forma definitiva e fazendo parte do mercado", apontou. Prais explicou ainda que a medida seria benéfica também aos geradores térmicos, uma vez que reduziria a pressão sobre essas usinas. Isso porque hoje muitas vezes térmicas precisam ser ligadas de maneira emergencial para atender picos de demanda ou compensar intermitências no vento, o que pode ser prejudicial a algumas usinas que não têm especificações técnicas adequadas para essa chamada "partida rápida". (Reuters – 14.03.2017)

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4 Consumo cresce 6% em janeiro

O consumo de energia elétrica no Brasil alcançou 64.746 MW médios em janeiro, um aumento de 5,9% em relação à igual mês de 2016, quando foram consumidos 61.124 MW médios. Os dados constam no boletim da CCEE. No mercado regulado (ACR) o consumo ficou estável, já no mercado livre (ACL), foi registrado aumento de 26%, resultado da forte migração de consumidores cativos. Dentre os ramos da indústria monitorados pela CCEE, incluindo autoprodutores, consumidores livres e especiais, os maiores índices de consumo em janeiro foram os registrados nos setores de comércio (128,8%), serviços (84,6%) e saneamento (83,4%). Esses aumentos também foram impactados pela adesão de clientes ao mercado livre. Desconsiderando esse efeito de mercado, os segmentos de saneamento (32,7%), comércio (20,4%), alimentício (16,7%), têxtil (9,3%), serviços (8%), metalurgia e produtos de metal (7%) e telecomunicações (6,7%) registraram os aumentos mais significativos no período, evidenciando leve recuperação econômica. Apenas os setores de minerais não-metálicos (-0,9%) e extração de minerais metálicos (-1,4%) registraram queda neste cenário. (Brasil Energia – 14.03.2017)

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5 Revisão da republicação do PLD deverá entrar em vigor neste semestre

A Aneel deverá colocar em vigor as novas regras para a republicação do PLD ainda este semestre. A Nota Técnica da Superintendência de Regulação dos Serviços de Geração da Aneel (SRG) deverá ficar pronta até o final do mês e encaminhar o documento à diretoria, que colocará o tema na pauta da reunião semanal com brevidade. De acordo com o superintendente da área Christiano Vieira da Silva, o objetivo dessa revisão é o de fortalecer o processo de cálculo de preços para que o erro no PLD não ocorra. Em evento realizado nesta terça-feira, 14 de março, promovido pela Thomson Reuters, o representante da Aneel disse que o ideal seria o erro zero na questão de preços até porque envolve tomada de decisões por agentes do setor. “O objetivo com essa revisão é a de fortalecer os processos de cálculo de preços. Com a revisão, a Aneel procura estabelecer em quais condições a republicação acontecerá”, comentou ele. Entre as questões que a Aneel procura mitigar são os erros de dados de entradas, representação de componentes do sistema. E, acrescentou, na medida que se sabe o dado correto, processo e a representação corretos, pode-se fortalecer os dados e identificar as falhas. esse sentido, a Aneel tem como ideia a de proporcionar a disponibilização de dados com antecedência aos agentes para que estes possam avaliar e analisar as informações. Assim, podem apontar os problemas antes de o preço ser publicado. “O dado errado contamina o processo de formação de preços e é um problema após a publicação dos valores, pois envolve a tomada de decisão das empresas do setor”, lembrou o superintendente da Aneel. “Ter a correção dos dados antes da sua publicação é melhor do que corrigir”, definiu. (Agência CanalEnergia – 14.03.2017)

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6 Mudança mais profunda no cálculo do preço spot da energia deve ser adiada para 2019

Uma mudança mais profunda na metodologia de cálculo do preço spot da energia elétrica, ou PLD, deverá entrar em vigor a partir de 2019, e não no início de 2018, conforme planejado anteriormente, disseram autoridades de órgãos do setor nesta terça-feira. As mudanças têm como objetivo tornar os preços mais realistas, segundo o governo, mas a alteração antes prevista para 2018 deverá exigir maiores estudos técnicos. Os levantamentos técnicos sobre os preços são conduzidos por um grupo que inclui a CCEE e outras instituições do setor, como a EPE e a Aneel. O superintendente de regulação da geração na Aneel, Christiano Vieira, avalia que a mudança estabelecida para maio deverá levar a um cenário de bandeira amarela até o final do ano, embora não seja descartado o acionamento da bandeira vermelha. "Vai depender da hidrologia... a perspectiva que temos hoje é mais na linha da bandeira amarela", apontou. Na segunda-feira, o ex-diretor da Aneel, Edvaldo Santana, disse acreditar que a falta de chuvas pode levar a até mais de seis meses em bandeira vermelha neste ano. (Reuters – 14.03.2017)

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7 Mudança na PLD poderá atrair novo investidores

A assessora da presidência da EPE, Ângela Livino, disse que as duas alterações em preparação buscam uma melhor representação da realidade do sistema elétrico nos preços spot, até devido a mudanças na matriz do país, com aumento da inserção de fontes intermitentes, como usinas eólicas. Ela avalia, inclusive, que os preços decorrentes dessas mudanças, mais altos, devem ajudar a viabilizar investimentos em geração, principalmente a construção de usinas para vender eletricidade no mercado livre, onde consumidores negociam o suprimento diretamente com geradores e comercializadoras. Ela lembrou que o BNDES não financia usinas voltadas ao mercado livre porque estas geralmente vendem a produção em contratos de prazo mais curto, vistos como de maior risco para um empréstimo de longo prazo. "É uma formação de preços mais atrativa para o investidor... uma das maneiras de financiar o mercado livre para contratos de mais curto prazo é ter preços mais seguros e uma previsibilidade maior para que eles consigam investir. Essa combinação é muito benéfica", afirmou. (Reuters – 14.03.2017)

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Energias Renováveis

1 Energia eólica acumula 486 GW globalmente

O setor eólico global instalou 54,6 GW de nova capacidade em 2016, acumulando um total de 486,7 GW em operação no mundo. O volume adicionado no ano passado foi 15% menor que o observado em 2015 (63 GW), principalmente por conta da desaceleração na China – que instalou 23,3 GW em 2016, contra 30 GW no ano anterior, puxados pela iminência do fim de subsídios. Ainda assim, o nível de novas instalações é o segundo maior da história, superando o volume de 2014 (51,6 GW). O Brasil ficou pela primeira vez entre os cinco maiores investidores globais na fonte, tendo instalado 2 GW no ano passado. Ficou atrás da China, EUA (8,2 GW), Alemanha (5,4 GW) e India (3,6 GW). O país também tem a nona maior capacidade instalada acumulada até 2016, com 10,740 GW. A Alemanha se tornou no ano passado o terceiro país no mundo a atingir a marca de 50 GW de capacidade instalada, ao adicionar 5,4 GW. A Europa, por sinal, mostrou um ano forte, considerando as incertezas políticas na região, que instalou 13,9 GW. (Brasil Energia – 14.03.2017)

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2 Busca por ativos renováveis no Brasil se intensifica

Após um ano movimentado de fusões e aquisições no setor elétrico brasileiro, a busca por ativos renováveis e que oferecem menos risco do que um projeto em desenvolvimento já está mais intensa neste ano, de acordo com a diretora da Clean Energy Latin America, Camila Ramos. Há pelo menos dois perfis entre as empresas que buscam esses ativos: empresas que não atuam como desenvolvedoras de projeto, sem apetite ao risco de ir a leilão, e acabam comprando projetos operacionais; e aquelas que já tinham metas de investimento definidas para o país, mas não conseguiram participar do último leilão, cancelado no final do ano. A Cela, assessoria financeira especializada em projetos renováveis tem sido bastante procurada para ajudar esses investidores a entrarem no mercado brasileiro, comenta a executiva. Um exemplo recente foi a compra dos ativos solares da SunEdison no Brasil pela Actis, assessorada pela Cela. “Agora em solar tem oportunidade para comprar projetos já em construção ou com contratos de compra e venda de energia. No caso do LER de 2015, há muita demanda para pouco projeto, especialmente os negociados em novembro, esses são os mais procurados”, comenta Ramos, citando as usinas contratadas no último leilão para realizar a fonte, que devem entrar em operação a partir de 2018 e já negociaram a energia a preços mais altos. Em eólica, segunda a diretora, há poucos projetos bons no mercado sem contrato e as melhores oportunidades são projetos já com PPA ou operacionais. (Brasil Energia – 14.03.2017)

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3 Clean Energy Latin America: existência de contratos de longo prazo é diferencial do Brasil

Para a diretora da Clean Energy Latin America, Camila Ramos, um dos principais fatores de atração de investimentos no Brasil, em relação a outros mercados em crescimento no mundo, é a existência de contratos de longo prazo, de até 20 anos. “É um grande diferencial do Brasil para competir por investimentos. Daí a importância da regularidade dos leilões. É isso que atrai o investidor, contratos de longo prazo”, comenta. Mesmo considerando que muitos países têm adotado os leilões para contratar energia pelo menor preço e cumprir metas de inserção das renováveis na matriz, o volume de novas contratações também é- ou costumava ser – um diferencial do mercado brasileiro. “No ritmo que o Brasil contratava, não tinha igual. Esses outros mercados contratam volumes menores, com uma regularidade menor. Talvez esses outros leilões não sejam tão grandes, mas se o Brasil parar de fazer, começar a mudar as regras, isso não é positivo. É muito importante, para o país continuar atraindo investimento, manter a política de planejamento para continuar a inserção das renováveis regularmente na matriz. (Brasil Energia – 14.03.2017)

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4 Geração de energia renovável para a região Norte terá financiamento do BNDES

Os empreendimentos de energia renovável que participarem do leilão para atendimento dos sistemas isolados (áreas no Norte do país onde não chegaram as linhas de transmissão de energia) terão condições especiais de financiamento via BNDES. Segundo o BNDES, os itens financiáveis dos projetos poderão usar 15% de recursos do Fundo Nacional de Mudanças Climáticas, com taxa de juros anual de 1%, e complementar o financiamento com TJLP, com taxa anual de 7,5%, até o limite de 80%. Para os projetos de energia solar, o financiamento por TJLP é de 65% e, para usinas eólicas, biomassa ou pequenas centrais hidrelétricas, o limite de financiamento por TJLP é de 55%. O Fundo Clima tem um limite de R$ 200 mi para o financiamento desse projetos. Segundo a diretora do BNDES Marilene Ramos, o banco calcula que haverá no leilão cerca de R$ 1 bi em demanda de financiamento ligada a fontes renováveis, por isso a escolha do limite de 15% para o uso de recursos do fundo. O BNDES não financia projetos de usinas que usam óleo diesel. (G1 – 14.03.2017)

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Economia Brasileira

1 Empresas podem questionar ICMS na Cofins até fim do julgamento do STF

As empresas podem questionar na Justiça a inclusão do ICMS no cálculo do PIS e da Cofins até o fim do julgamento do tema pelo STF para beneficiar-se de uma eventual modulação dos efeitos da decisão. Amanhã, a questão deve voltar a ser julgada com repercussão geral. O Plenário poderá permitir apenas a quem propôs ação judicial até a data do julgamento receber a restituição do montante pago nos últimos cinco anos. Se a modulação gerar esse impacto retroativo, estima-se que a União arcará com R$ 250 bilhões. O julgamento do recurso extraordinário foi iniciado na quinta-feira da semana passada, mas suspenso por conta do horário. Até agora cinco ministros votaram a favor da exclusão do ICMS e três contra. Mas a PGFN já apresentou proposta para que a decisão seja válida apenas a partir de janeiro de 2018. Faltam votar os ministros Celso de Mello e Gilmar Mendes. Ao analisar o tema em um recurso sem repercussão geral, os magistrados votaram, respectivamente, pela exclusão e pela inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins. Se mantiverem o entendimento, os contribuintes sairão vencedores da longa batalha jurídica, que começou em 2006. Mas ambos também podem apresentar pedido de vista. (Valor Econômico – 14.03.2017)

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2 BB anuncia nova redução nos juros das linhas do cartão de crédito

O Banco do Brasil anunciou uma nova redução nos juros nas linhas de cartões de crédito. As taxas passam a variar entre 1,92% e 9,79% ao mês no rotativo e de 1,91% a 9,38% ao mês para o parcelado. As cobranças anteriores oscilavam de 5,10% a 12,28% ao mês no rotativo e entre 3,13% e 9,38% ao mês no parcelado do cartão. As novas taxas entram em vigor a partir das faturas que vencem em 3 de abril. A redução antecipa parte dos efeitos da Resolução 4.549 do CMN, que limitou o uso do rotativo para cartão de crédito em 30 dias, de acordo com o banco. Em janeiro, o BB já havia anunciado uma redução de até 4 pontos percentuais nas linhas do cartão. (Valor Econômico – 14.03.2017)

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3 Juros futuros têm dia de alta na BM&F antes de decisão do Fed

Os juros futuros chegaram ao fim do pregão regular em firme alta nesta terça-feira, com o DI janeiro de 2019 contabilizando o maior salto em um mês. Além de refletir um posicionamento mais defensivo na véspera da decisão de política monetária nos Estados Unidos, o movimento também decorreu de aumento das dúvidas sobre o encaminhamento da reforma da Previdência. Ruídos sobre a reforma ocorreram em novo dia em que vieram a público novas revisões para baixo na expectativa para a Selic na reunião do Copom de abril e também para a taxa de fim de ano. O Itaú Unibanco agora vê corte de 1 ponto percentual do juro básico tanto em abril quanto em maio, mas manteve estimativa de taxa a 8,25% no final do ano. O HSBC também passou a projetar decréscimo de 1 ponto em abril e já vê a Selic de 8,5% ao término de 2017 e de 7,5% ao fim de 2018. A Mauá Capital passou a trabalhar com quatro cortes seguidos de 1 ponto percentual da Selic. E o BTG Pactual revisou a 1 ponto percentual a expectativa de corte da Selic no Copom de abril e maio. Apesar disso, o gestor sênior de renda fixa da Absolute Investimentos, Renato Botto, preferiu reduzir posição vendida em DI janeiro de 2019. “Tem Fed amanhã e os próximos eventos de peso no Brasil ainda vão demorar”, justifica. Esse DI reflete as apostas para a política monetária ao longo de 2017 e 2018, período no qual, para o mercado, já haverá elementos suficientes para referendar ou contrariar o atual otimismo com o ajuste fiscal. Ao fim da negociação normal, às 16h, o DI janeiro de 2019 avançava a 9,620% ao ano (máxima do dia), contra 9,520% no último ajuste. Entre essa máxima e o fechamento da véspera (9,530%), a diferença foi de 9 pontosbase. Com isso, esse DI igualou a alta registrada em 16 de fevereiro, ficando atrás apenas do salto de 11 pontos contabilizado no dia 14 do mês passado. O DI janeiro de 2018 ia a 10,050%, ante 10,015% no ajuste anterior. O DI julho de 2017 - que reflete apostas para os encontros do Copom de abril e maio - subia a 11,225%, contra 11,205%. Esse vencimento era o mais negociado nesta terça-feira, com 391.265 ativos. (Valor Econômico – 14.03.2017)

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4 Maioria dos brasileiros tem dificuldade em quitar contas, diz pesquisa

Pesquisa realizada entre o fim de janeiro e meados de fevereiro pela Boa Vista SCPC mostra que a maioria dos consumidores tem encontrado dificuldade para pagar as contas do mês, como aluguel, luz, telefone, celular, cartões e financiamentos. Para 51%, é “difícil” quitar esses débitos. Outros 32% responderam ser “muito difícil” quitar as contas. A pesquisa, feita com 1.169 pessoas em todo o país, também constatou que para a maioria dos consumidores brasileiros (45%), a economia hoje está pior em comparação ao ano passado. Os que acreditam que está igual ao ano anterior somam 38%, e em situação melhor, 17%. Para o próximo ano, a expectativa é de melhora para 79% dos respondentes. O levantamento produzido em função do Dia Internacional do Consumidor, comemorado hoje, também mostra que, para 65%, o poder de compra diminuiu em relação ao ano passado. Já 24% afirmam que o poder de compra em relação a 2016 está igual, mantendo assim as mesmas compras a que já estavam acostumados. A Boa Vista SCPC também quis saber como estão os hábitos dos consumidores com relação às suas economias. A pesquisa constatou que 77% não estão conseguindo poupar, contra 23% que têm conseguido guardar algum dinheiro. Daqueles que conseguem poupar no fim do mês, 56% optam pela poupança. Outros 31% aplicam em fundos, ações, CDB e outras modalidades de investimentos, e 13% em previdência privada. Do total dos respondentes da pesquisa, 49% disseram estar negativados nos cadastros de crédito atualmente. (Valor Econômico – 15.03.2017)

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5 Alta do IGP-10 desacelera para 0,05% em março

A inflação medida pelo IGP-10 desacelerou para 0,05% em março, após marcar 0,14% em fevereiro, informa a FGV. É a menor taxa para o mês desde 2009, quando o indicador caiu 0,31%. Em março de 2016, houve alta de 0,58%. No ano, o IGP-10 registrou elevação de 1,07% e, em 12 meses, avanço de 5,11%. A desaceleração em março foi puxada pela queda de preços em itens agrícolas importantes no atacado, como a soja, milho, carne bovina e açúcar e pela desaceleração em alguns itens industriais. Por outro lado, a alta do minério de ferro e de outros produtos agrícolas, como ovos, leite in natura e suínos impediram um recuo maior da inflação. No varejo, os preços ao consumidor também cederam por causa da queda do preço do feijão e do tomate, entre outros produtos. No atacado, o IPA caiu 0,12% em março, após ter recuado 0,03% um mês antes. Os preços agropecuários diminuíram o ritmo de baixa, de 1,87% para 0,55%, enquanto os preços industriais saíram de aumento de 0,66% para 0,04%. O IPC subiu 0,32% em março, seguindo acréscimo de 0,54% em fevereiro. Das oito classes de despesa, o destaque ficou com Educação, Leitura e Recreação (2,99% para 0,01%). Os cursos formais saíram de alta de 5,98% para estabilidade. (Valor Econômico – 15.03.2017)

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6 Dólar ontem e hoje

Hoje, o dólar comercial iniciou o dia cotado a R$ 3,1716. Ontem, o dólar comercial fechou em alta de 0,62%, a R$ 3,1716, depois de alcançar R$ 3,1820 na máxima. (Valor Econômico – 14.03.207 e 15.03.2017)

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Internacional

1 Superior Essex e Furukawa completam o estabelecimento da joint venture europeia

A joint venture operará sob o nome "Essex Furukawa Magnet Wire Europe GmbH" e terá sede em Bad Arolsen, Alemanha, operando dentro das instalações existentes da Essex. A joint venture capitalizará com a força de vendas líder da Essex no mercado automotivo europeu, cadeia de suprimentos global, recursos de fabricação locais e a experiência técnica em HVW da Furukawa que será licenciada para a joint venture. "Furukawa Electric, fabricante líder de fios magnéticos inovadores, desenvolveu um novo tipo de fio de bobinagem de alta tensão que contribui com a ampliação mundial do uso de veículos elétricos. Nossa parceria com a Essex Magnet Wire permitirá que o HVW seja fabricado, distribuído e fornecido localmente à indústria automotiva europeia" diz Takahiro Kashiwagi, vice-presidente corporativo, divisão de fios magnéticos da Furukawa Electric. "Os componentes coletivos do HVW fornecem uma solução que permite que novos motores elétricos operem de modo eficiente com um aumento da potência." diz Frederic Weishaar, presidente da Essex Europe. Esse HVW é o primeiro do seu tipo no mercado automotivo europeu e pavimenta o caminho para todo um novo mercado de design de fios magnéticos inovadores." (O Estado de São Paulo – 14.03.2017)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 CASADO, José. “Luz vai subir por 8 anos”. O Globo. Rio de Janeiro, 14 de março de 2017.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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2 CONSIDERA, Cláudio. “Humorismo sem graça da Aneel”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 13 de março de 2017.

Para ler o texto na íntegra, clique aqui.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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