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IFE: nº 4.279 - 13 de março de 2017
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL disponibiliza novo Texto de Discussão sobre Programa de P&D da Aneel: TDSE 70
2 GESEL: bandeiras tarifárias são importantes porque dão um sinal de preço para os consumidores

3 Consumidor pagou R$ 1,8 bi a mais nas contas de luz em 2016 por erro de cálculo
4 CCEE nega ter enviado dados incorretos à Aneel
5 AGU recomenda que Aneel suspenda processo de caducidade da Abengoa
6 CCEE derruba liminar e vai rever operações ilegais de comercializadoras de energia
7 Concessionárias poderão ser compensadas por dívidas com aquisição de combustível
8 Sancionada lei que recompõe o ICMS para municípios com hidrelétrica
9 Mais de 70% de inadimplência na liquidação de janeiro do mercado de curto prazo
10 Aneel libera eólica no Piauí para operar 4,6 MW em teste

Empresas
1 Cemig procura sócios e planeja IPO para duas subsidiárias
2 Cemig GT e Cemig D no caminho do IPO
3 Cemig prevê levantar R$ 6 bi com usinas
4 Ideia da privatização da Cemig ainda enfrenta rejeição
5 Fitch afirma nota de crédito da CPFL Energia
6 Lucro da Alupar triplica no quarto trimestre
7 Lucro da Taesa cai 5,2% em 2016, para R$ 862 mi
8 Eletrosul pode fechar venda de projetos esta semana

9 EDP inaugura agência container no ES

10 Negociações na plataforma BBCE batem recorde de 772 MW em fevereiro

Leilões
1 AES Tietê realiza leilão para venda de energia convencional

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Projeção de carga no mês volta a subir e chega a 3,6%
2 Com previsão menos favorável de chuvas PLD sobe em três submercados

Energias Renováveis
1 Empresa italiana vê Brasil como a nova fronteira para a energia solar
2 Potencial de solar em galpões e armazéns industriais é de mais de 1 GW
3 BYD já oferece módulos nacionais com apoio do BNDES

4 Quase 1 GWp de capacidade produtiva

5 Política industrial para desenvolvimento do segmento de energia solar

6 Blue Sol vai inaugurar sua primeira franquia

7 Usina solar vai gerar energia para comunidade indígena de Roraima

8 Centro de Pesquisa em Mobilidade Elétrica é lançado em Fortaleza

Gás e Termelétricas
1 Gás natural distribuído para geração de energia deve viver era de ouro, aponta estudo
2 Abundância de Gás é fator chave para a geração distribuída
3 Probiogás chega ao fim em 2017

Grandes Consumidores
1 Moody’s eleva rating da Usiminas, com perspectiva estável

Economia Brasileira
1 GTS e outras medidas agregam 0,67 ponto ao PIB, estima Planejamento
2 Juros futuros têm maior queda diária em 2 meses

3 Serviços respondem por quase 75% da economia
4 Mercado espera inflação de 4,19% em 2017 e juro mais baixo
5 Inflação em 2017 deve ficar abaixo da meta de 4,5%, avalia Ipea
6 Aumento da safra derrubou preços dos alimentos e baixou IPCA, diz IBGE
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: gás em Boca de Pozo aumentará até 21%
2 Argentina antecipa compra de gás
3 Portugal: Energias renováveis no mar podem gerar 250 milhões de euros e mil empregos
4 Actis compra mais de 1,5 GW da SunEdison na América Latina


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL disponibiliza novo Texto de Discussão sobre Programa de P&D da Aneel: TDSE 70

O Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL) do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ) está disponibilizando um novo Texto de Discussão: “TDSE 70 - Enquadramento Analítico para uma avaliação do Programa de P&D da ANEEL de 2008 – 2015”. O estudo está diretamente associado ao Programa de P&D da Aneel vinculado ao projeto “Avaliação do Programa de P&D da Aneel: 2008-2015 e Formulação de Propostas de Aprimoramento” que está sendo desenvolvido pelo GESEL e RedeSist da UFRJ para os grupos CPFL, EDP e Energisa. O texto pretende sistematizar a massa crítica de conhecimento gerada pelo workshop realizado no dia 02 de agosto de 2016 na Casa da Ciência do Campus da Praia Vermelha da UFRJ (o evento contou com representantes dos grupos financiadores do projeto – EDP, AES, CPFL e ENERGISA – e de empresas como a LIGHT, CEMIG e CTEEP, juntamente com os representantes da Aneel, agências de financiamento FINEP e BNDES e da incubadora universitária Instituto Gênesis/PUC-RJ), dentro da perspectiva de firmar um primeiro enquadramento do tema para subsidiar e orientar o próprio projeto de pesquisa. Para ler o TDSE na íntegra, acesse o site do GESEL: http://gesel.ie.ufrj.br/. (GESEL-IE-UFRJ – 13.03.2017)

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2 GESEL: bandeiras tarifárias são importantes porque dão um sinal de preço para os consumidores

Em entrevista para a Agência Radioweb, Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL) do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ), analisou a possível utilização das bandeiras tarifárias nos próximos meses. O aumento na conta de luz pode ocorrer, pois há previsão de falta de chuvas, o que obriga as geradoras a reativar as usinas termelétricas, conforme divulgado após reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. Segundo Nivalde, esse mecanismo “é importante porque dá um sinal de preço para os consumidores.” Com a tarifa mais alta, o consumidor passa a economizar energia e, como consequência, reduz a necessidade de uso de termelétricas. Ouça a matéria na íntegra aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 13.03.2017)

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3 Consumidor pagou R$ 1,8 bi a mais nas contas de luz em 2016 por erro de cálculo

Um erro cometido nos cálculos da conta de luz resultou na cobrança de R$ 1,8 bilhão a mais dos consumidores no ano passado. As tarifas incluíram, de forma indevida, o pagamento pela energia da usina nuclear de Angra 3, que não está pronta e cujas obras estão paralisadas devido a denúncias de corrupção. A falha foi percebida após uma ação popular de autoria do presidente do Conselho de Administração do Instituto de Defesa da Cidadania de Formosa (GO), Geraldo Lobo, que entrou na Justiça para questionar a cobrança. Ainda não houve decisão judicial, mas, independentemente disso, a Aneel decidiu retirar a cobrança das contas de luz neste ano. A medida vai contribuir com um impacto de queda de 1,2 ponto porcentual nas tarifas. "O valor estimado foi repassado aos processos tarifários das distribuidoras em 2016, mas os consumidores não sofrerão nenhum prejuízo, pois serão ressarcidos em 2017 com a devida remuneração (Selic) a cada reajuste ou revisão. Para 2017, a previsão do ERR referente a Angra 3 foi retirada dos processos tarifários", diz nota oficial da Aneel. O caso é resultado de uma trapalhada da Aneel e da CCEE. Em dezembro de 2015, a Aneel foi questionada pela CCEE a respeito de Angra 3. A CCEE é a responsável por fazer a estimativa de custos da conta responsável por recolher recursos do Encargo de Energia de Reserva (EER). Cabe à Aneel aprovar esse orçamento. É por meio desse encargo, cobrado na conta de luz, que Angra 3 seria remunerada quando entrasse em operação. Pelo contrato de concessão, a usina deveria estar pronta e começar a gerar energia a partir de janeiro de 2016. Mas o ONS não conta com a usina até 2021. Por isso, a Aneel decidiu autorizar a CCEE a não pagar Angra 3. Ainda assim, a cobrança foi feita e repassada a consumidores de todo o País, na data de reajuste tarifário de cada distribuidora. O dinheiro ficou no caixa das distribuidoras de energia e não foi repassado nem à CCEE, nem à Angra 3. (O Estado de São Paulo – 10.03.2017)

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4 CCEE nega ter enviado dados incorretos à Aneel

Para a Aneel [para que não houvesse o erro cometido nos cálculos da conta de luz resultou na cobrança de R$ 1,8 bilhão a mais dos consumidores no ano passado], a CCEE deveria ter retificado o orçamento do encargo, apresentado em outubro de 2015, dois meses antes do questionamento, e enviado um novo levantamento de custos ao órgão regulador, excluindo o gasto com Angra 3. Como isso não foi feito, a Aneel incluiu o custo nos reajustes. Já a CCEE considera que o questionamento feito à agência era suficiente para que a cobrança não fosse realizada, tanto que não cobrou os repasses das distribuidoras. A entidade negou ainda ter enviado dados incorretos à Aneel. "A CCEE não tem qualquer participação nos processos tarifários das distribuidoras, sendo estes de inteira responsabilidade da Aneel", diz a nota. De acordo com a Aneel, todos os valores recolhidos a mais serão devolvidos aos consumidores, na forma de reajustes mais baixos. Isso foi feito no primeiro reajuste tarifário autorizado neste ano, da distribuidora Energisa Borborema, em 31 de janeiro, que resultou na devolução de R$ 7 milhões aos consumidores. Isso será repassado para as outras concessionárias na data do reajuste. Para os clientes da Eletropaulo, por exemplo, será em julho. Projeto do governo militar, Angra 3 teve as obras paralisadas em 1986. O empreendimento foi retomado em 2009 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deveria ficar pronto em 2014, mas sofreu novos adiamentos. Em 2015, as obras foram novamente paradas, devido a problemas financeiros da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, e denúncias de corrupção descobertas no âmbito da Operação Pripyat, um dos braços da Lava Jato. Vice-almirante da Marinha, o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva foi condenado e preso por envolvimento no esquema. (O Estado de São Paulo – 10.03.2017)

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5 AGU recomenda que Aneel suspenda processo de caducidade da Abengoa

A Advocacia Geral da União determinou que a Agência Nacional de Energia Elétrica cumpra a decisão da juíza Maria da Penha Nobre Mauro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que deferiu em 2 de dezembro pedido de suspensão do processo de caducidade das concessões da espanhola Abengoa, que está em recuperação judicial no Brasil desde o final de 2015. Consultada pela Aneel, a AGU entendeu que "a decisão foi emitida por juiz competente" e opinou pelo cumprimento da medida judicial que beneficiará a transmissora de energia, permitindo que os projetos em questão sejam vendidos em um "leilão judicial". A Abengoa Concessões passa por uma grave crise financeira na Espanha, o que afetou sua subsidiária no Brasil. Desde o final de 2015 que os projetos tocados pela companhia por aqui estão paralisados, entre eles importantes sistemas de transmissão que darão suporte ao escoamento da energia produzida pela hidrelétrica Belo Monte (11.233 MW), em construção no Pará. A proposta defendida pela Abengoa é que a Aneel e o governo brasileiro permitam que nove instalações de transmissão em construção sejam relicitadas, mas com receitas e cronogramas devidamente atualizados. Aneel, porém, é totalmente contra a proposta de revisão das receitas, mas já manifestou que em uma eventual licitação certamente ampliaria o prazo das obras. A demora na execução dos projetos já resultou na reavaliação da construção da linha 500 kV Milagres II-Luiz Gonzaga C2, que pelos estudos de planejamento perdeu a efetividade. Para a Abengoa, a atualização das receitas e dos prazos, cria um ambiente mais atrativo para os novos empreendedores, acelerando a conclusão dos projetos, preservando o interesse público. Para Aneel, porém, permitir que isso aconteça abre um precedente perigoso no setor elétrico, pois outras empresas em processos de cassação podem querer se beneficiar da mesma prática. A Abengoa possui 6,8 mil quilômetros de linhas de transmissão em operação no Brasil e 6,1 mil quilômetros em implantação. Os projetos em construção pela Abengoa no Brasil estão paralisados desde novembro de 2015 e a Aneel iniciou o processo de caducidade dessas concessões no final de junho de 2016. Segundo informações de mercado, os ativos em operação despertam o interesse de investidores estrangeiros, como já declarado pela State Grid Brazil e pela Equatorial Energia. (Agência CanalEnergia – 10.03.2017)

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6 CCEE derruba liminar e vai rever operações ilegais de comercializadoras de energia

A CCEE conseguiu derrubar uma liminar judicial que impedia a recontabilização de algumas operações de quatro comercializadoras de eletricidade, vistas como contrárias à legislação do setor. Os negócios envolveram a venda pelas empresas BTG Pactual Comercializadora de Energia, Clime Trading, Comerc Power e Nova Energia de contratos de suprimento para seus clientes por meio de operações que teriam elevado de maneira indevida um desconto dado a transações com energia renovável. "Agora as áreas operacionais da CCEE irão se organizar para realizar a reapuração do desconto", disse a CCEE à Reuters nesta sexta-feira, em nota. A primeira acusação da CCEE contra as comercializadoras veio no final de 2015, mas as empresas posteriormente recorreram à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que manteve a decisão da Câmara. Em janeiro deste ano, as comercializadoras conseguiram suspender com uma decisão judicial liminar a recontabilização das operações. Na argumentação da CCEE à Justiça, vista pela Reuters, a instituição alegou que as comercializadoras "de forma consciente, burlaram a legislação para se aproveitar indevidamente dos incentivos concedidos por lei para energia proveniente de fontes alternativas". Na época, as empresas alegaram que o caso resumia-se a uma diferença de interpretações das regras de comercialização de energia entre elas e a CCEE e que não houve ilegalidade ou má-fé. Procurado, o BTG Pactual disse que não iria comentar. Clime Trading, Comerc e Nova Energia não responderam imediatamente a pedidos de comentário. A legislação brasileira estabelece que a energia de fontes renováveis, como de usinas eólicas, solares ou a biogás, pode ser negociada com desconto no custo de transmissão ou distribuição de eletricidade. O desconto e um momento de elevada demanda por essa energia, chamada de "energia incentivada", faz com que esses contratos sejam mais valorizados no mercado, mas para a CCEE as empresas realizaram operações que elevaram artificialmente o desconto em suas transações. A CCEE e as envolvidas não citam valores envolvidos nas negociações. (Reuters – 10.03.2017)

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7 Concessionárias poderão ser compensadas por dívidas com aquisição de combustível

Projeto da senadora Ângela Portela (PT-RR) garante compensação econômica em favor das concessionárias de energia que atuam em estados cujas capitais estavam fora do Sistema Interligado Nacional (SIN) até a data de 9 de dezembro de 2009. A possibilidade está estabelecida no PLS 423/2016, em análise na Comissão de Infraestrutura (CI). Ângela Portela defende o uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para o pagamento de dívidas que essas concessionárias assumiram até 31 de dezembro 2015 em razão da compra de combustível para suas usinas de geração. A intenção é evitar que as concessionárias que operam “sistemas isolados” tenham que repassar as despesas com o combustível adquirido para as tarifas pagas pelos consumidores dessas áreas – quase todos os estados da Região Norte e parte do Centro-Oeste. A energia produzida pelos sistemas isolados deriva de usinas térmicas a diesel ou óleo combustível, enquanto no “sistema interligado” predomina a geração por usinas hidroelétricas, com malha de transmissão conectando as diversas regiões. Ao defender a adoção de compensações às concessionárias que estão fora do sistema interligado, a senadora salienta que o mais recente ciclo tarifário adotado pelo governo já reduziu o nível de subsídios nas tarifas de energia no âmbito dos sistemas isolados. Por conta disso, afirma Ângela Portela, as populações dessas áreas já estão pagando mais caro pela energia consumida. O projeto aguarda indicação de relator na Comissão de Infraestrutura. Depois da votação na CI, o texto seguirá para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde receberá decisão terminativa. (Agência Senado – 10.03.2017)

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8 Sancionada lei que recompõe o ICMS para municípios com hidrelétrica

A lei que muda a forma de cálculo do coeficiente de participação do município no rateio do ICMSquando houver usina hidrelétrica em seu território (Lei Complementar 158/17) foi sancionada em 23 de fevereiro e publicada na edição de 24 de fevereiro do Diário Oficial. Originado do Projeto de Lei Complementar (PLP) 163/15, do Senado, o texto diminui o impacto da redução de tarifas provocado pela Lei 12.783/13. A lei acarretou a diminuição do preço da energia vendida por essas usinas ao antecipar a prorrogação das concessões de várias usinas hidrelétricas. Como o preço de venda dessa energia é usado para calcular o quanto o município terá direito na repartição do ICMS devido à presença da usina em seu território (valor adicionado), o coeficiente de participação dos municípios que abrigam usinas hidrelétricas diminuiu e, consequentemente, eles receberam menos ICMS nos dois anos seguintes (2014 e 2015). Para aumentar a participação dos municípios afetados, a proposta determina que o valor adicionado será encontrado pela multiplicação da energia gerada pelo preço médio da energia de origem hidráulica comprada pelas distribuidoras, calculado pela Aneel. O texto muda a Lei Complementar 63/90, que disciplina o mandamento constitucional de rateio de 25% do ICMS, tributo estadual, para os municípios. Desse montante, ¾ devem ser rateados na proporção do valor adicionado ao imposto nas operações realizadas em seu território. Para o coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Municípios Sedes de Usinas Hidroelétricas e Alagados, deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), os municípios perderam muito ICMS com a nova legislação que foi implantada onde não se estabeleceu o ICMS pelo preço médio, mas sim por um preço defasado. “Isso foi uma luta de muito tempo e, uma injustiça que se cometeu contra esses municípios que ficam com o ônus de fazer todo o trabalho social, de saúde”, disse. A secretária-executiva da Associação Nacional dos Municípios Sedes de Usinas Hidroelétricas, Terezinha Sperandio, disse que a nova lei apenas corrige uma distorção. “O município permanece, a geração de energia permanece a mesma, os impactos continuam os mesmos, apenas o município teve uma queda de receita de 70%.” O Brasil tem 175 municípios com 197 usinas hidrelétricas instaladas, das quais, segundo dados da Associação Nacional dos Municípios Sedes de Usinas Hidroelétricas, 18 sofreram prejuízos com a diminuição do ICMS. (Portal Câmara – 10.03.2017)


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9 Mais de 70% de inadimplência na liquidação de janeiro do mercado de curto prazo

A liquidação financeira do mercado de curto prazo referente a janeiro movimentou apenas R$ 700 milhões, do total de R$ 2,58 bilhões contabilizados pela CCEE no período. Do valor não pago, R$ 1,6 bilhão está relacionado com liminares de GSF no mercado livre e R$ 280 milhões representam outros valores em aberto da liquidação. A operação, que envolveu 5.489 agentes – sendo 2.407 devedores e 3.082 credores –, representa o acerto de eventuais diferenças entre a energia medida e a contratada pelos agentes que operam no âmbito da CCEE. A câmara também realizou a liquidação da Conta Bandeiras, referente aos recursos de bandeiras tarifárias, que movimentou R$ 332.849,36 na contabilização referente a janeiro. A operação considerou o pagamento de 54 distribuidoras devedoras, e o pagamento do prêmio de risco hidrológico no valor de R$ 3.339.119,66, aportados por cinco agentes. Os recursos foram destinados a 43 distribuidoras credoras. (Brasil Energia – 10.03.2017)

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9 Aneel libera eólica no Piauí para operar 4,6 MW em teste

A Aneel liberou na última quinta-feira, 9 de março, o início da operação em teste das unidades UG 11 e UG12 da EOL Ventos de Santo Onofre IV. A eólica fica localizada na cidade de Simões, no Piauí. Cada aerogerador tem potência de 2,3 MW, totalizando 4,6 MW. (Agência CanalEnergia – 10.03.2017)

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Empresas

1 Cemig procura sócios e planeja IPO para duas subsidiárias

A Cemig planeja vender uma participação majoritária em duas unidades e listá-las em São Paulo e Nova York nos próximos meses, uma medida que poderia ajudar a companhia a reduzir a dívida e diminuir o peso das decisões governamentais na empresa, disse uma pessoa com conhecimento direto do plano neste domingo. O Estado de Minas Gerais, que detém 17% do capital da concessionária e controla sua administração, anunciará o plano no próximo mês, uma vez cumpridos alguns requisitos legais e operacionais, disse a pessoa que pediu anonimato para falar livremente sobre o plano. As subsidiárias, Cemig GT e Cemig D são de propriedade total da Cemig. As negociações com parceiros potenciais, que incluem um banco de investimento brasileiro não divulgado, uma empresa de investimento da América do Norte e uma empresa de energia elétrica da Ásia, estão em estágio avançado, disse a fonte. Essa estrutura da transação de venda do controle de subsidiárias da Cemig permite que o governador atenda às regras estaduais que proíbem uma venda direta da controladora aos investidores, ao mesmo tempo em que dá um grande passo para a solução de uma crise fiscal que afeta Minas. Vender o comando de ambas as unidades é um movimento mais palatável politicamente do que uma privatização da Cemig, o que exigiria uma emenda à Constituição do Estado. O presidente da Cemig, Bernardo Salomão, disse a membros do sindicato de trabalhadores da empresa os planos para vender o controle de várias usinas de energia na semana passada.Os líderes dos sindicatos prometeram se opor a qualquer tentativa de vender a Cemig ou ativos principais para investidores privados. (Reuters – 13.03.2017)

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2 Cemig GT e Cemig D no caminho do IPO

Uma vez que o Estado de Minas Gerais defina a entrada dos sócios para participação na Cemig GT e a Cemig D, ambas as empresas serão capitalizadas e, em seguida, sua oferta pública inicial será lançada, [disse fonte anônima à Reuters]. A Cemig está considerando contratar dois bancos de investimento nacionais e um estrangeiro para subscrever a IPO, da qual a empresa espera arrecadar cerca de 4 bi de reais (1,3 bi de dólares), disse a pessoa. Os recursos da IPO serão usados para reduzir a dívida de 13,7 bi de reais da Cemig, de acordo com a fonte. A dívida da concessionária triplicou nos últimos cinco anos, após uma onda de aquisições e uma decisão do governo Dilma Rousseff de renegociar os contratos de energia com as concessionárias, em 2012. A assessoria de imprensa da Cemig, com sede na cidade de Belo Horizonte, não quis comentar. O gabinete do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, também se recusou a comentar. (Reuters – 13.03.2017)

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3 Cemig prevê levantar R$ 6 bi com usinas

A direção da Cemig pretende levantar R$ 6 bi com a venda do controle majoritário de quatro hidrelétricas para investidores privados. O plano foi comunicado pelo presidente da estatal mineira, Bernardo Salomão, a dirigentes de sindicatos que representam trabalhadores da empresa em reunião ocorrida na sede da companhia em Belo Horizonte na quinta-feira. As usinas são Jaguara, Miranda, São Simão e Volta Grande, cujos contratos de concessão já venceram. As três primeiras têm sido objeto de uma disputa desde 2012, quando do anúncio das medidas de mudanças de regras do setor elétrico, por parte do governo federal. As três geram o equivalente a 40% da capacidade de geração da Cemig -isso sem contar a geração das empresas a ela coligadas. A companhia argumenta que tem direito à renovação da concessão das usinas por mais 30 anos, mas a União já dá como certo que vai relicitá-las. A aprovação recente de uma nova lei, a 13.360, abriu espaço, na visão da direção da empresa, para uma terceira saída: com investidores privados como principais acionistas nas usinas, e Cemig minoritária, os contratos poderiam ser renovados. A estatal confirmou ontem, por meio de sua assessoria de comunicação, que a venda da participação majoritária das quatro poderia trazer cerca de R$ 6 bi para o caixa da empresa e acrescentou que teria até 2018 para fazer essa operação de venda, conforme dita nova lei. (Valor Econômico – 13.03.2017)

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4 Ideia da privatização da Cemig ainda enfrenta rejeição

No começo do mês, a companhia [Cemig] teve sua nota rebaixada pela Fitch Ratings. Entre as razões, o enfraquecimento do perfil de crédito consolidado da companhia. "Eles estão afirmando que a venda desses ativos é a salvação da empresa", disse Jefferson Silva, coordenador geral do Sindieletro, sindicato que congrega parte da mão de obra da Cemig. De acordo com o sindicalista, a Cemig diz que continuaria com contratos de operação e manutenção, ao menos num primeiro momento com entrada de um futuro parceiro privado. Silva afirma, no entanto, que a venda abriria caminho para uma privatização da empresa, cenário rejeitado pelo sindicato. Na reunião, segundo Silva, a direção da Cemig afirmou ainda que para levar a diante o plano venda do controle das usinas será preciso uma alteração na legislação de Minas Gerais. "Eles mencionaram que a ideia é alteração um ponto da legislação mineira, a PEC 50, que foi aprovada em 2001", disse Silva. A regra estabeleceu que para privatizar empresas de energia elétrica, saneamento e gás, o Estado precisaria da aprovação de três quintos dos deputados estaduais e do aval dos eleitores em consultas populares. Em novembro, o secretário de Planejamento do Estado, Helvécio Magalhães, e membro do conselho de administração da Cemig, disse ao Valor que a empresa vinha tendo conversas com grupos privados da Itália e da China sobre possíveis venda do controle das usinas. No início de março, o próprio governador Fernando Pimentel (PT) - também ao Valor - reafirmou a intenção de buscar sócio privado para as usinas com o intuito de obter a renovação da concessão. Ele descartou a privatização da empresa como uma das contrapartidas do pacote de ajuda da União aos Estados em dificuldades financeiras, como Minas, que o governo Michel Temer (PMDB) quer aprovar no Congresso. (Valor Econômico – 13.03.2017)

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5 Fitch afirma nota de crédito da CPFL Energia

A agência de classificação de risco Fitch afirmou a nota de crédito (AA(bra)) da CPFL Energia e de suas subsidiárias, mantendo os ratings em perspectiva positiva. Para a agência, empresa tem demonstrado satisfatória flexibilidade financeira em condições adversas de mercado e saudáveis índices de liquidez. O cenário- base da Fitch contempla uma lenta recuperação do consumo de energia no país, em 2017, crescendo mais fortemente nos anos seguintes, e estima que os níveis de perda e de inadimplência do segmento de distribuição permanecerão elevados, acima da média. A Fitch espera condições hidrológicas adequadas em 2017 e considera moderado o risco regulatório. Os ratings também incorporam a estimativa de gradual redução na alavancagem financeira consolidada do grupo, atualmente de moderada a elevada, atenuado por uma gerenciável necessidade de refinanciamento e saldos de caixa que suportem a expectativa de fluxo de caixa livre (FCF) consolidado materialmente negativo em 2017. Essa premissa se baseia nas necessidades de elevados investimentos, bem como na devolução, a partir de março de 2017, do saldo passivo de conta da variação da parcela A (CVA), ao redor de R$ 700 mi pela estimativa da agência. A manutenção da Perspectiva Positiva dos ratings corporativos reflete os potenciais benefícios esperados de sinergias financeiras e de capital após a aquisição do controle da CPFL Energia pelo grupo chinês State Grid. O valor total da aquisição, incluindo a oferta aos minoritários, deve alcançar R$ 25 bi, e o grupo CPFL se tornará a maior subsidiária da SGCC fora da China, o que também reforça os laços entre as empresas. (Agência CanalEnergia – 10.03.2017)

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6 Lucro da Alupar triplica no quarto trimestre

A Alupar, holding que atua em transmissão e geração de energia, registrou aumento de 231% no lucro líquido do quarto trimestre de 2016, para R$ 139,1 mi, na comparação anual. Já a receita da empresa somou R$ 363,2 mi de outubro a dezembro, recuo de 2,5% em relação ao mesmo período de 2015. A companhia atribui a queda da primeira linha do balanço aos investimentos em transmissão de energia, que, segundo os padrões contábeis, têm de ser descontados diretamente da receita. Já o lucro foi beneficiado, segundo a companhia, pelo crescimento de 6,8% na receita líquida ajustada em razão do aumento no faturamento com suprimento de energia e na redução das despesas operacionais, por conta da venda da transmissora Transchile, em outubro. O Ebitda teve incremento de 29,2% no período, para R$ 359,8 mi. No acumulado de 12 meses, o lucro da Alupar subiu 48,6%, para R$ 310 mi, e a receita avançou 4%, para R$ 1,55 bi. (Valor Econômico – 10.03.2017)

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7 Lucro da Taesa cai 5,2% em 2016, para R$ 862 mi

A Taesa terminou 2016 com lucro líquido de R$ 862 mi, queda de 5,2% na comparação com 2015. A receita operacional líquida da companhia caiu 9,8% no período, para R$ 1,39 bi, enquanto o Ebitda recuou 10,7%, para R$ 1,37 bi. O Ebitda ajustado da companhia, que considera também o resultado de equivalência patrimonial, caiu 13,9%, para R$ 1,1 bi. Durante o ano passado, a receita de remuneração do ativo financeiro de concessão apresentou queda, devido ao reconhecimento dos efeitos inflacionários de acordo com o IGP-M e IPCA, que tiveram desaceleração entre 2015 e 2016. (Valor Econômico – 10.03.2017)

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8 Eletrosul pode fechar venda de projetos esta semana

A Eletrosul, subsidiária da Eletrobras, pode fechar nesta semana a transferência de participação em um conjunto de projetos de transmissão de energia na região Sul para a Shanghai Electric. Os empreendimentos, que envolvem 2 mil Km de linhas de transmissão e 8 subestações, vão exigir investimentos de cerca de R$ 3 bi. Um grupo de executivos da companhia chinesa, entre eles o presidente da empresa, Huang Dinan, virá ao Brasil, esta semana, para uma série de visitas institucionais, entre elas um encontro com o ministro Fernando Coelho Filho, hoje, em Brasília. Entre os compromissos no país, há a possibilidade de assinatura do contrato com a Eletrosul. A subsidiária da Eletrobras e a Shanghai Electric estão em fase final de negociação dos termos do acordo. A chinesa apresentou sua proposta pelo negócio no fim do ano passado, no âmbito da chamada pública aberta pela estatal brasileira para a transferência dos empreendimentos. A negociação não envolve entrada de recursos no caixa da Eletrosul. Por outro lado, a estatal não terá mais a obrigação de fazer os investimentos de R$ 3 bi. Procurada, a Eletrosul informou apenas que "prosseguem as negociações com a Shanghai Electric para a viabilização dos empreendimentos de transmissão". Nessa mesma linha a Eletrosul possui outro projeto com compromisso de investimento de R$ 300 mi e que poderá ser alvo de negociação semelhante no futuro. Além da transferência de ativos com compromisso de investimentos, as outras três modalidades são a privatização das distribuidoras do grupo, prevista para ocorrer no último trimestre de 2017; o exercício do "tag along" em sociedades de propósito específicos (SPEs) nas quais o acionista majoritário negocie a venda de sua fatia; e a venda de imóveis administrativos do grupo estatal. (Valor Econômico – 13.03.2017)

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9 EDP inaugura agência container no ES

A EDP Escelsa (ES) inaugura na última quinta-feira, 9 de março, no município de Irupi, a primeira agência container no estado, demonstrando comprometimento com seus clientes e também com o desenvolvimento sustentável. O espaço foi todo planejado para proporcionar um atendimento com rapidez, praticidade e comodidade. A nova agência de atendimento presencial de Irupi é resultado de um projeto que alia funcionalidade e sustentabilidade a partir do reaproveitamento de containers e uso de materiais com Certificação Florestal FSC®, um dos únicos sistemas apoiados por entidades como WWF e Greenpeace. Alinhado ao uso consciente e eficiente da energia elétrica, a nova agência da EDP conta com iluminação em LED e o sistema de ar-condicionado com classificação A do Selo Procel, que significa baixo consumo de energia e reforçam o comprometimento com baixos índices de impacto ambiental. O container utilizado para sua instalação é proveniente de portos marítimos, o que diminui o descarte em aterros. De acordo com João Brito, diretor da EDP no Espírito Santo, a modernização da agência de Irupi está integrada a estratégia de melhoria de atendimento ao cliente e o aprimoramento constante dos canais de relacionamento com o consumidor. A nova agência faz parte do plano de expansão e melhoria das instalações da empresa. (Agência CanalEnergia – 10.03.2017)

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10 Negociações na plataforma BBCE batem recorde de 772 MW em fevereiro

A plataforma de negociação eletrônica de energia BBCE registrou transações que totalizaram 772 MW em fevereiro, o maior volume da história da empresa, que atribui o resultado à estratégia comercial, voltada ao aumento da participação de geradores de energia. Até fevereiro, a BBCE contabiliza 1.172 MW negociados, com 365 contratos, com valor financeiro superior a R$ 110 milhões. (O Estado de São Paulo – 12.03.2017)

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Leilões

1 AES Tietê realiza leilão para venda de energia convencional

A AES Tietê vai realizar um leilão eletrônico para venda de energia convencional (de hidrelétricas) no dia 22 de março. Serão oferecidos dois contratos, ambos com início em janeiro de 2019, e opções de término em dezembro de 2020 ou dezembro de 2021. A AES Tietê ainda tem 60% da sua energia disponível descontratada em 2019. Em 2020, o volume sobe para 72%. Em 2021, 87% da energia da companhia está descontratada. (Valor Econômico – 10.03.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Projeção de carga no mês volta a subir e chega a 3,6%

A segunda revisão do Programa Mensal de Operação para o mês de março trouxe uma forte reversão na expectativa de afluências para o maior submercado em termos de armazenamento no país, o Sudeste/Centro Oeste. A nova projeção apresentada nesta sexta-feira, 10 de março, pelo ONS mostra uma queda de 11 pontos porcentuais ante a previsão de 81% de sete dias atrás. Nas outras regiões a estimativa mudou levemente no Norte que recuou de 92% da média de longo termo para 90% e no Sul que apresentou o sentido inverso, passando de 90% para 92% da MLT. No Nordeste o indicador permanece inalterado em 28% da média histórica. Pela terceira semana seguida, o CMO está zerado no submercado Norte. Nos demais houve aumento, passou para R$ 222,29/MWh no SE/CO e Sul, resultado dos patamares de carga pesada e média estabelecidos em R$ 225,13/MWh e a leve em R$ 217,32/MWh, mesmo valor no Nordeste. Contudo, nessa região onde está a pior situação hidrológica, o CMO médio está em R$ 279,30/MWh, resultado da carga pesada e média estabelecidas em R$ 314,63/MWh. A projeção de carga deu um novo salto ante a semana anterior, dessa vez passou de aumento de 1,9% para crescimento de 3,6%. A perspectiva agora é de que no SE/CO apresente um crescimento de 2,3% ante a estimativa de expansão de 0,2% da semana anterior. No Sul a projeção voltou a aumentar, passou de 8,5% para 8,9%. No Nordeste, a previsão é de alta de 2,3% e no Norte aumento de 3,8% ante 0,3% previstos anteriormente. Todos esses indicadores de aumento tem como base o mesmo mês de 2016. Em termos de nível de armazenamento de reservatórios a tendência apresentada pelo Operador é de redução em todo o país ante a previsão anterior. No Sul caiu de 49,6% ao final de março para 47,1%, no SE/CO a projeção recuou de 45,9% para 42,7%, no Norte o volume esperado passou de 65,8% para 65,1% ao encerramento do mês. A projeção para o NE é de 22,3% ante os 23,1% estimados para março na semana passada. A geração térmica prevista está em 8.856 MW médios. A maior parte desse volume está no SE/CO com 5.224 MW médios. A linha inflexibilidade ainda apresenta o maior montante de energia com 4.408 MW médios. Em seguida vem 4.346 MW médios dentro da ordem de mérito e 102 MW médios por restrição elétrica. Não está prevista geração por garantia energética. Na semana operativa que começa neste sábado, 11 de março, a expectativa é de que sejam registradas precipitações nas bacias dos rios Jacuí e Uruguai. Em seguida, no decorrer da semana estão previstas chuvas de intensidade fraca nas bacias do Sul, Paranapanema, Tietê e Grande. (Agência CanalEnergia – 10.03.2017)

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2 Com previsão menos favorável de chuvas PLD sobe em três submercados

O PLD para o período entre 11 e 17 de março aumentou em três dos quatro submercados de energia elétrica do país, com a piora na previsão para as afluências no período. Para os submercados Sudeste/Centro-Oeste e Sul, foi fixado em R$ 238,55/MWh, 29% mais do que o vigente na semana anterior. Também subiu, em 31%, no submercado Nordeste, passando para R$ 241,65/MWh. No Norte, o PLD segue no valor mínimo, de R$ 33,68/MWh. O envio de energia deste submercado para o Nordeste está no limite, o que faz com que o preço destoe dos demais. As previsões de afluências para março caíram de 76% para 69% da MLT. A expectativa é de que fiquem abaixo da média em todos os submercados: Sudeste (70%), Sul (92%), Nordeste (28%) e Norte (90%), este último responsável pela manutenção do preço mínimo neste submercado. Já os níveis dos reservatórios do Sistema ficaram 310 MW médios acima do esperado com elevações no Sudeste (200 MW médios), Sul (100 MW médios) e Norte (60 MW médios). Houve queda de 50 MW médios nos níveis do Nordeste. (Brasil Energia – 10.03.2017)

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Energias Renováveis

1 Empresa italiana vê Brasil como a nova fronteira para a energia solar

Uma empresa que vem investindo forte nesse segmento [de energia solar] é a italiana Enerray do Brasil, especializada em energia fotovoltaica é subsidiária da SECI Energia da Itália e faz parte do Gruppo Industriale Maccaferri, líder em montagem de usinas fotovoltaicas, vê o Brasil como a nova fronteira para energias renováveis. Segundo o Diretor da Enerray do Brasil, Thomas Kraus, o Brasil é um mercado com perspectivas de crescimento muito significativas a médio e longo prazo e a Enerray pretende se estabelecer como uma importante empresa no setor de energia renovável. A Enerray está construindo duas usinas no interior da Bahia que gerarão 254 MWp e 103 MWp. Uma das usinas será entregue em abril e a obra, de 550 hectares, é um sistema fotovoltaico de geração centralizada de energia. A energia que será produzida equivale às necessidades anuais de consumo de mais de 268 mil domicílios brasileiros, traz benefícios para o meio ambiente evitando a emissão de mais de 180 mil toneladas de CO² por ano. As obras já realizadas pela Enerray são responsáveis por retirar da atmosfera 524.332,23 toneladas de CO². Esta será a maior usina fotovoltaica da América Latina e contribuirá para atender a demanda de eletricidade no Brasil, que segundo as estimativas até 2020, terá um aumento de consumo em uma taxa média anual de 4%. Segundo o Greenpeace, organização não governamental que estuda e defende o meio ambiente, o Brasil tem plenas condições de chegar a 2050 com uma matriz energética de energias 100% renováveis. Segundo o estudo da organização denominado "Revolução Energética" de 2013, o cenário de 2050 será de uma [r]evolução energética. (O Estado de São Paulo – 10.03.2017)

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2 Potencial de solar em galpões e armazéns industriais é de mais de 1 GW

Se a metade da área dos telhados de todos os galpões e armazéns industriais no Brasil fosse aproveitada para gerar energia pela fonte fotovoltaica, a potência instalada seria de cerca 1 GW, estima a Absolar. De acordo com a associação, a instalação de painéis solares na área total desses telhados, estimada em 12 milhões de metros quadrados pela Cushman & Wakefield, demandaria R$ 6,8 bi de investimentos. O aproveitamento de metade da área - considerando possíveis restrições - geraria energia suficiente para abastecer cerca de 500 mil residências ou dois milhões de brasileiros, estima, ainda, a entidade. Os empregos diretos gerados com tais investimentos seriam da ordem de 30 mil postos de trabalho. O levantamento mostra ainda que o potencial de geração de eletricidade seria de 1,7 mil megawatts/hora ao ano, o que corresponde a uma economia de aproximadamente R$ 900 mi por ano na conta de energia e uma redução de emissões de CO2 de aproximadamente 132,7 mil toneladas por ano. O payback para esses investimentos é estimado em 7,5 anos. (Brasil Energia – 10.03.2017)

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3 BYD já oferece módulos nacionais com apoio do BNDES

A BYD obteve o código Finame para fornecer módulos fotovoltaicos com conteúdo local e financiamento do BNDES nesta semana. A fabricante começou a operar a fábrica em fevereiro e trabalha com uma capacidade produtiva de 200 MWp ao ano. De acordo com o diretor de Marketing e Novos Negócios da companhia, Adalberto Maluf, a planta deve manter toda a sua capacidade ocupada até 2018, para atender grandes projetos de geração contratados em leilões, com acordos de fornecimento para dois empreendedores. Além disso, a companhia busca atender a geração distribuída, com a possibilidade de ampliar a capacidade produtiva em até 50 MWp ao ano, segundo Maluf. “Nós queremos manter algo entre 17% e 22% da capacidade voltada para a geração distribuída”, detalha o executivo. A fábrica está localizada em Campinas, onde a companhia também terá uma linha de produção de ônibus elétricos. (Brasil Energia – 10.03.2017)

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4 Quase 1 GWp de capacidade produtiva

Com o enquadramento da BYD nas regras de conteúdo local do BNDES, a capacidade nacional de produção de módulos fotovoltaicos fica perto de 1 GWp ao ano, próxima ao que o BNDES previa em maio do ano passado. Além dos 200 MWp da BYD, há a planta de 400 MWp da Canadian Solar, em operação desde o final do ano passado. Além disso, de acordo com o BNDES, as demais cinco empresas fabricando os módulos localmente têm uma capacidade de aproximadamente 300 MWp ao ano. Desta capacidade, cerca de 180 MWp é da Globo Brasil. O restante está distribuído entre Tecnometal, Premier, Minas Sol e CSEM Brasil (esta última de filmes finos), que miram atendimento ao mercado de geração distribuída, para sistemas menores. (Brasil Energia – 10.03.2017)

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5 Política industrial para desenvolvimento do segmento de energia solar

Em 2016, o banco [BNDES] ampliou a participação máxima no financiamento de projetos fotovoltaicos, de até 70% dos itens financiáveis para até 80%. As condições atrativas de crédito são a contrapartida para a aquisição dos painéis nacionais, que permanecem mais caros que os importados. O futuro das fábricas instaladas no país, contudo, guarda uma série de dúvidas: como não houve leilão para contratar a fonte no ano passado, não há previsão de novos contratos de fornecimento para geração centralizada a partir de 2019. Além disso, mesmo com a atratividade do financiamento do BNDES, muitos clientes têm preferido buscar painéis mais baratos de fora, enquanto os produzidos por aqui ainda carregam uma pesada carga tributária. Uma das ações que poderia dar uma folga para essas empresas, além da desoneração, é a revisão do plano de nacionalização progressiva, em curso no BNDES. A ideia é tornar mais viável a permanência das fábricas no país e o atendimento às exigências, consideradas atualmente agressivas. A fabricação das células fotovoltaicas no Brasil, considerada um dos processos mais avançados da manufatura de painéis, seria exigida já a partir de 2020, por exemplo. Nesse processo, as células passam por tratamentos químico e antirreflexo, dopagem, impressão dos contatos e testes. (Brasil Energia – 10.03.2017)

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6 Blue Sol vai inaugurar sua primeira franquia

A Blue Sol Energia Solar vai inaugurar no próximo dia 11 de março a sua primeira unidade franqueada. Com investimento aproximado de R$ 190 mil e sob o comando de Marcio Campos Cavalher Machado e Manoel Nilton da Costa Filho, a franquia abre suas portas no mês de março, no bairro da Barra da Tijuca, com a expectativa de retorno do investimento em até 24 meses. Para isso, o planejamento prevê a instalação de 65 projetos por ano pela unidade. Rafael Cafolla, gestor de franquias da Blue Sol Energia Solar, avalia que o mercado é promissor. Segundo ele, são 75 milhões de consumidores de energia elétrica no Brasil e 8 mil sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica. A previsão oficial é que em 2024, seja 1,2 milhão de sistemas. De acordo com o executivo, o franqueado fica responsável pelas vendas e instalação dos sistemas. A franqueadora, por sua vez, cuida da elaboração dos projetos, fornecimento dos equipamentos, logística e conexão com as distribuidoras de energia elétrica. Cafolla também informa que a meta da Blue Sol Energia Solar é chegar a 200 unidades franqueadas até o final de 2020 definidas com base em estudos feitos pela franqueadora, que avaliou o potencial de cada uma das cidades [do estudo] em uma série de aspectos para a viabilidade do negócio. Para 2017, a meta é chegar a 20 franquias. O objetivo é instalar 4 unidades no estado do Rio de Janeiro. (Agência CanalEnergia – 10.03.2017)

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7 Usina solar vai gerar energia para comunidade indígena de Roraima

A Prefeitura de Boa Vista inaugurou na quinta-feira (9) uma usina de energia solar na comunidade indígena Darora, no Baixo São Marcos, localizada na zona rural da cidade. O sistema vai beneficiar ao menos 50 famílias da região que antes recebiam energia elétrica por meio de geradores. São aproximadamente 600 metros de rede elétrica de baixa tensão, construída com postes de concreto e 20 luminárias LED de 40 watts para fornecer iluminação pública. A Usina de Geração Fotovoltaica é composta por um container de 20 polegadas, tipo naval, para abrigo dos equipamentos e uma casa de força. Possui também um barramento de cobre, disjuntores e fusíveis de proteção, dispositivo para monitoramento e ajuste de cargas das baterias, cabos elétricos e demais acessórios. A característica principal desse sistema é o emprego de inversores formadores de rede e controladores responsáveis pela regulação da energia do banco de baterias. De acordo com a prefeitura, as sobras de energia, armazenadas pelas baterias, serão utilizadas nas duas escolas da região, incluindo a escola municipal Vovó Tereza da Silva que atende 49 alunos, e ainda abastece de forma racionada as 50 casas da comunidade. “Estou muito feliz de estar vivo ainda para ver o desenvolvimento chegar na Darora”, disse o patriarca da comunidade, Fernando Augusto, de 86 anos, em entrevista a Secretaria de Comunicação de Boa Vista. (G1 – 10.03.2017)

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8 Centro de Pesquisa em Mobilidade Elétrica é lançado em Fortaleza

Com a chegada dos carros elétricos na capital cearense, a Enel, a Unifor e a Prefeitura de Fortaleza lançaram nesta quinta-feira (9) o Centro de Pesquisa em Mobilidade Elétrica (CPqMEL). O objetivo é estimular o uso de veículos elétricos por meio de pesquisas científicas, relacionadas ao impacto econômico e socioambiental, bem como para propor novas soluções de mobilidade elétrica aplicáveis a Fortaleza e a outros centros urbanos do país. Além do Centro de Pesquisa, a solenidade contemplou ainda da inauguração do Laboratório de Pesquisa e Inovação em Cidades (Lapin), vinculado à Unifor, e da estação de carros elétricos, localizada na Rua Valmir Pontes, ao lado do campus da Universidade. A ideia do CPqMEL é construir uma plataforma de informações tecnológicas que subsidiem a avaliação do crescimento do sistema de Veículos Alternativos para Mobilidade Urbana (Vamo), bem como isso afeta na qualidade de vida das pessoas. Serão pesquisados fatores como o impacto dos carros elétricos na sociedade, além de aspectos ambientais. A equipe multidisciplinar é formada por professores e alunos de Mestrado e Doutorado da Unifor e por especialistas das instituições envolvidas. O grupo vai analisar a possibilidade de criação de frota de carros elétricos na capital e de rede de carregamento para estes veículos, explorando inclusive outras aplicações, tais como táxis e ônibus movidos à eletricidade. “Nós temos todo o interesse de promover e incentivar o desenvolvimento da mobilidade elétrica no Brasil. Esse trabalho discutirá a mobilidade elétrica como um componente importante para redução de emissão de poluentes, por exemplo”, afirma o diretor de Inovação da Enel, Bruno Cecchetti. (G1 – 10.03.2017)

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Gás e Termelétricas

1 Gás natural distribuído para geração de energia deve viver era de ouro, aponta estudo

O gás natural para a geração de energia por pequenas usinas, especialmente em unidades de cogeração, deve experimentar uma "era de ouro" nos próximos cinco anos no cenário global, avalia a empresa internacional de consultoria Navigant Research. Normalmente essas usinas estão conectadas a redes de distribuição de gás natural e ligadas a redes de baixa tensão. De acordo com a empresa, a fonte de energia pode viver uma nova era de testes de tecnologias que serão usadas em novos modelos de negócio e em novos mercados. Entre as tendências apontadas pela Navigant está a possível concorrência do gás natural com sistemas de armazenamento de energia e uma possível busca de fornecedores de células de combustível por mercados externos, de olho numa recuperação após um difícil ano de 2016. Outra possível tendência é do reconhecimento de entes regulatórios dos benefícios da localização e da partida rápida de empreendimentos conectados em redes de distribuição de gás natural. (Brasil Energia – 10.03.2017)

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2 Abundância de Gás é fator chave para a geração distribuída

Alguns fatores-chave explicam o bom momento que a geração distribuída a gás pode experimentar. Um deles é a abundância do gás natural no mercado mundial, a preços baixos. De acordo com estudo da empresa internacional de consultoria Navigant Research, o combustível vem alcançando mercados globais e mantendo-se como fontes economicamente viáveis na grande maioria dos países no médio e longo prazo, especialmente após o boom do gás não-convencional na América do Norte, buscando regiões como China, África e boa parte da América Latina. Outro fator de crescimento é o aumento da base instalada de energia renovável intermitente, que vai continuar demandando níveis crescentes de geração flexível. "Como sendo uma tecnologia estabilizada e de baixo risco, o DNG [gás natural distribuído, na sigla em inglês] vai desempenhar um papel-chave na rede, juntamente com o mercado de armazenamento de energia, que vive uma acelerada expansão", disse a Navigant no estudo, ressaltando que a adição de nova capacidade instalada eólica e solar no mundo entre 2016 e 2020 deve totalizar 547 GW, mais que a soma do total implementado na Alemanha e no Japão. O armazenamento de energia, avalia, está com os preços em queda e está sendo visto como a resposta mais importante para os problemas que a intermitência causa, com apoio de órgãos reguladores. "No entanto, a expansão da transmissão e o armazenamento podem ser vistos como necessários, mas insuficientes na corrida para integrar as energias renováveis". (Brasil Energia – 10.03.2017)

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3 Probiogás chega ao fim em 2017

O Projeto Brasil-Alemanha de Fomento ao Aproveitamento Energético de Biogás no Brasil (Probiogás) foi encerrado este ano, no momento que o segmento tenta expandir oportunidades de geração por meio da fonte de energia. Surgido em 2013, o programa foi o resultado de cooperação técnica entre a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, e o governo alemão, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH. O objetivo foi o de fomentar a formação de mercado e criação de conhecimento técnico, com ações na academia, em diversas esferas do governo e empresas. Em vídeo divulgado pelo escritório brasileiro do GIZ, o programa afirma que "a indústria do biogás está mais madura e o país está preparado para ampliar a participação do biogás na matriz energética". Na avaliação do coordenador geral do Departamento de Biocombustíveis do MME, Ricardo Gomide, o papel do programa que considerou fundamental foi a formação de conhecimento. Em um texto publicado na rede social LinkedIn, o especialista Luiz Gustavo Silva de Oliveira, pesquisador do Copernicus Institute of Sustainable Development, da Universidade de Utrecht (Holanda), afirma ser necessário que as próximas ações para o setor sejam capazes de resolver problemas básicos, e enxerga três caminhos: a construção de uma agenda nacional, o estabelecimento de estruturas básicas de financiamento e plataformas de serviços de biogás, e a articulação para além de projetos específicos. Um dos pólos de adoção do biocombustível é o Oeste do Paraná, basicamente a partir de dejetos de animais. O programa ganhou impulso com a entrada de Itaipu Binacional no segmento, diante dos impactos ambientais do lançamento de esgoto das propriedades agropecuárias in natura no lago da usina binacional. Recentemente, o governo lançou o RenovaBio, programa de incentivo da expansão e produção de biocombustíveis no Brasil. O programa é amplo e envolve todos os tipos de biocombustíveis, inclusive o biogás. (Brasil Energia – 10.03.2017)

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Grandes Consumidores

1 Moody’s eleva rating da Usiminas, com perspectiva estável

A Moody’s elevou nesta sexta-feira o rating em escala global da siderúrgica Usiminas, de “Caa2” para “Caa1”. Na escala nacional, a nota passou de “Caa2.br” para “B3.br”. A perspectiva dos ratings é estável. Segundo a agência, a elevação reflete a conclusão de passos importantes para a reestruturação completa da dívida da companhia, incluindo aumento de capital de R$ 1 bi, concluído em julho de 2016, a renegociação com bancos e debenturistas, finalizada em setembro daquele ano, e, mais recentemente, a aprovação da redução de capital de R$ 1 bi da Mineração Usiminas (Musa). “Todos esses eventos contribuem para reduzir as pressões de liquidez no curto prazo e permitirão à companhia focar-se mais de perto em suas operações”, afirma a Moody’s, em relatório. (Valor Econômico – 10.03.2017)

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Economia Brasileira

1 GTS e outras medidas agregam 0,67 ponto ao PIB, estima Planejamento

O governo estima que as medidas de estímulo envolvendo o FGTS - como saque de contas inativas, atualização de parâmetros de acesso ao Programa Minha Casa, Minha Vida e elevação do valor do imóvel que pode ser financiado com recursos do fundo - devem contribuir com 0,67 ponto percentual (R$ 48,2 bilhões) para o crescimento econômico deste ano. Só o saque de contas inativas encerradas até o fim de 2015 deve impactar o PIB em 0,48 ponto. O segundo maior efeito deve vir da atualização das faixas de renda e dos valores imóveis e dos descontos do MCMV (0,12 pp), seguido pela alta temporária do teto de financiamento no Sistema Financeiro da Habitação de R$ 950 mil para R$ 1,5 milhão (0,07 pp). Em menor escala, o aumento de três para 12 do número de parcelas em atrasos que podem ser pagas pelo FGTS também dará uma contribuição. As estimativas fazem parte de nota técnica da Secretaria de Planejamento e Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento. Segundo o secretário Marcos Ferrari, o impacto das medidas deve compensar parte da herança estatística negativa (1,1%) do PIB de 2016 para este ano. (Valor Econômico – 13.03.2017)

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2 Juros futuros têm maior queda diária em 2 meses

A combinação entre o menor IPCA para fevereiro em 17 anos e uma realização global de lucros depois de dados nos EUA ditou às taxas de DI a maior queda diária em dois meses. Em meio à correção generalizada dos mercados, investidores correram para retomar posições em prol de uma aceleração da queda de juros pelo Banco Central em abril. O resultado foi um salto na probabilidade de queda de 1 ponto percentual da Selic no próximo mês, de 38% ontem para 72% hoje. A curva de DI já projeta Selic de 9,1% no fim deste ano, ante 9,4% ontem. O volume de negócios disparou. Até as 16h31, 1,75 milhão de contratos já haviam sido negociados. Mantida a média de contratos transacionados por minuto, o mercado caminha para registrar o maior volume desde 23 de fevereiro, quando 3,89 milhões ativos trocaram de mãos. Os contratos demandados para apostas em torno da política monetária estiveram entre os mais negociados ao longo do dia. Isso sugere que investidores fortaleceram o cenário de que o Banco Central possa reduzir a Selic em velocidade ainda mais rápida. O gatilho doméstico para a queda dos juros veio logo na abertura dos mercados, após o IBGE divulgar que o IPCA de fevereiro desacelerou a alta para 0,33% (menor taxa para o mês desde 2000), ante janeiro, quando subira 0,38%. (Valor Econômico – 10.03.2017)

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3 Serviços respondem por quase 75% da economia

A já elevada fatia dos serviços na economia brasileira cresceu ainda mais nos últimos anos, atingindo o equivalente a 73,3% em 2016, quase dez pontos percentuais a mais que os 64,7% de 2004. O aumento se deu em boa parte à custa da indústria de transformação, que viu a sua parcela no valor adicionado cair de 17,8% em 2004 para 11,7% no ano passado. Como reflexo da queda dos preços de commodities, a participação da indústria extrativa mineral também encolheu, recuando para apenas 1% - em 2012, o número era de 4,5%. Os dados fazem parte das contas nacionais, divulgadas na semana passada, que mostraram uma retração do PIB de 3,6% em 2016. O peso dos serviços no valor adicionado, que já era alto, subiu para um nível bem acima de outros emergentes - na China, o número está um pouco acima de 50%; no Chile, é de quase 64%; na Índia, fica em 45%. Uma preocupação é que o setor em geral tem baixa produtividade, inferior à da indústria, o que afeta a capacidade de o país de crescer a taxas mais elevadas de modo sustentável. Na atual recessão, a indústria de transformação, sofrendo com a perda de competitividade, apanhou muito mais do que os serviços. A produção da primeira caiu 4,7% em 2014, 10,4% em 2015 e 5,25 em 2016. Já os serviços tiveram um desempenho menos pior - cresceram 1% em 2014 e recuaram 2,7% em 2015 e também 2,7% em 2016. O economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, destaca ainda o comportamento bem diferente do deflator implícito da indústria de transformação e dos serviços (uma espécie de "inflação" de cada segmento), lembrando que o valor adicionado leva em conta preços e volumes. Em 2016, o deflator dos serviços ficou em 8,9%, enquanto o da indústria de transformação subiu apenas 3,8%. Isso ajuda a entender o aumento da fatia de serviços na economia, diz. (Valor Econômico – 13.03.2017)

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4 Mercado espera inflação de 4,19% em 2017 e juro mais baixo

Após a inflação surpreender para baixo em fevereiro, os economistas do mercado financeiro reduziram suas expectativas para os preços e os juros neste ano, segundo o boletim Focus, do BC. A mediana das projeções para o avanço do IPCA em 2017 saiu de 4,36% para 4,19%. Em 12 meses, a expectativa passou de 4,56% para 4,54%. No caso de 2018, a projeção para a inflação seguiu em 4,50% pela 33ª semana consecutiva. A previsão para o IPCA de março também recuou, de 0,30% para 0,27% de alta. O IPCA subiu apenas 0,33% em fevereiro, menor taxa para o mês desde 2000. O resultado ficou abaixo do piso das estimativas, de 0,38%. Em 12 meses, avançou 4,76%, menor taxa desde setembro de 2010, informou o IBGE na sexta-feira passada. A desaceleração da inflação também levou a revisões na Selic. No Focus, a mediana das expectativas para o fim deste ano saiu de 9,25% para 9% e, para o fim de 2018, de 9% para 8,75%. Na contramão, o grupo Top 5, que mais acerta as previsões, elevou sua expectativa de médio prazo para o IPCA de 4,05% para 4,21% de alta em 2017 e de 4,24% para 4,30% de aumento em 2018. Também elevou a aposta para a Selic ao fim de 2018, de 8,75% para 9%, nível a que deve chegar já no fim de 2017. Quanto à atividade, o mercado reduziu a estimativa para o desempenho do PIB deste ano, de 0,49% para 0,48% de crescimento, mas ampliou a projeção para 2018, de 2,39% para 2,40% de expansão. (Valor Econômico – 13.03.2017)

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5 Inflação em 2017 deve ficar abaixo da meta de 4,5%, avalia Ipea

Em carta de conjuntura divulgada nesta sexta-feira, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) avalia que a inflação total no fechamento de 2017 deve ficar abaixo da meta de 4,5% estabelecida pelo BC. Na avaliação dos economistas do instituto, a alta de 0,33% no IPCA em fevereiro, beneficiada pela deflação de 0,75% dos alimentos no domicílio, reforça ainda mais a trajetória de desaceleração iniciada no último trimestre de 2016. "Após encerrar o ano passado com uma taxa de inflação de 6,29%, abaixo das expectativas iniciais e inferior ao teto da banda de tolerância (6,5%), o IPCA reforçou sua trajetória de convergência à meta inflacionária, de modo que, em fevereiro, a variação acumulada em 12 meses já se encontrava em 4,8%", afirma o Ipea, na carta. Segundo o instituto, a melhora no ambiente inflacionário foi possibilitada pela conjunção de uma série de fatores que incluem não só o forte recuo de preços dos alimentos, como também os efeitos benéficos da apreciação cambial e o baixo dinamismo da demanda interna. "Adicionalmente, a aprovação do teto das despesas do governo e as propostas de reformas importantes enviadas ao Congresso vêm desencadeando um aumento da confiança dos agentes econômicos, que juntamente com a maior credibilidade do Banco Central, está ancorando as expectativas futuras de inflação, mesmo em um ambiente de redução de taxas de juros", diz o documento. Os economistas destacam que boa parte da desaceleração apontada pelo índice é decorrente do fim do choque dos preços dos alimentos. Desde setembro, com o início do ciclo de queda da inflação de alimentos, a taxa de variação em 12 meses desse grupo de produtos retroagiu de 16,1% para 4,3%, explicando praticamente a metade do recuo total do IPCA no período. Esse movimento de queda nos preços de alimentos contribui para uma desaceleração dos preços livres, beneficiados também pela valorização do câmbio e pela atenuação da inflação de serviços. (Valor Econômico – 10.03.2017)

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6 Aumento da safra derrubou preços dos alimentos e baixou IPCA, diz IBGE

A queda de 0,45% nos alimentos em fevereiro, menor resultado para o mês desde o início do Plano Real, em 1994, puxou a desaceleração do IPCA para 0,33% no período, de acordo com o IBGE. A melhora da safra, mais do que a queda da demanda, foi o que levou a deflação do grupo alimentos e bebidas, apontou Fernando Gonçalves, analista da coordenação de índice de preços do instituto. Foi a taxa mais baixa para os meses de fevereiro desde 2000, quando o IPCA havia ficado em 0,13%. Na soma dos dois primeiros meses do ano, o índice está em 0,71%, percentual bem inferior aos 2,18% referentes a igual período de 2016. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice caiu para 4,76%, menor desde setembro de 2010, quando foi de 4,70%. Safra boa, com previsão do IBGE de crescer 21,8% na comparação com o 2016, e queda da demanda, provocada principalmente pelo mau momento do mercado de trabalho, estão ajudando a inflação a seguir em trajetória descendente. Em fevereiro de 2016, em 12 meses, o IPCA era de 10,36%. Desde, então, a queda da inflação foi rápida, e deve seguir em nível baixo. Para março, o IBGE espera impactos do reajuste de 7,88% da conta de água e esgoto em Recife, autorizado a partir de 20 de março, a ampliação da bandeira tarifária na tarifa de energia elétrica e aumentos em ônibus urbanos e intermunicipais. Em contrapartida, o telefone fixo deve ficar mais barato, com redução entre 16,49% e 19,25% para ligações de fixo para móvel a partir de 25 de fevereiro. (Valor Econômico – 10.03.2017)

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7 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 10h11, a moeda americana subia 0,23%, para R$ 3,1521. Na sexta-feira, no fechamento das operações interbancárias, o dólar caiu 1,57%, a R$ 3,1448. (Valor Econômico – 10.03.2017 e 13.03.2017)


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Internacional

1 Argentina: gás em Boca de Pozo aumentará até 21%

O governo argentino está propondo um aumento médio de 10% no preço do gás em boca de pozo. Esse valor, que é o custo do próprio gás, que tem uma incidência de 40% no valor da fatura. Os aumentos serão de 9% até 21%, dependendo do usuário, e começariam a partir de abril. O gasto do estado seria menor pois arrecadaria mais dinheiro para pagar consumidores e economizar na compra de gás importado. O ministro Aranguren propôs que o repasse do Estado que de 50% do custo do gás passe para 45% desse montante. O consumidor médio pago em outubro, US$ 3,42 por milhões de BTU. Para este ano, o Governo sustenta que a demanda deve remunerar o gás a US$ 3,77 por milhões de BTU. É um aumento de 10% em relação aos valores atuais, em outubro de 2016. O custo do gás representa 40% do valor das faturas, como Aranguren detalhada. Transporte e distribuição afetam 32% das contas e os restantes (28%) são impostos. Um aumento de 10% no gás seria quase US$ 50 a mais por mês para 40% dos clientes (aqueles que recebem contas mensais de US$ 250 até US$ 500 semestre). Isso seria o impacto final, sem acrescentar nada extra pelos distribuidores (que transportam gás para as famílias) em um cenário hipotético. (Clarín – Argentina – 10.03.2017)

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2 Argentina antecipa compra de gás

Durante 2016, a Argentina importou gás natural liquefeito a um preço médio de US$ 6,65 por milhão de BTU. Este ano, porém, a compra estrangeira do gás vai cair para US$ 5,48 por milhão de BTU. Apesar do preço global de gás ficar mais caro este ano (vai aumentar de US$ 5,22 a US$ 5,64), devido a maiores quantidades de produtos internacionais, o país vai economizar devido a um processo de compras antecipadas. O estado importava através do YPF, mas desta vez ele fará diretamente através da estatal Enarsa. Na melhor hipotese o Estado vai economizar quase 20% do que pagou no ano passado. O Estado destinou mais de US$ 1.000 mi de importações de gás em 2016. Este ano, no entanto, seria de cerca de US$ 800 mi para importar mais barato. (Clarín – Argentina – 10.03.2017)

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3 Portugal: Energias renováveis no mar podem gerar 250 milhões de euros e mil empregos

A industrialização das energias renováveis, a nível de eólicas offshore e de marés, poderá criar uma mais-valia econômica de 250 milhões de euros e mil postos de trabalho diretos até 2022, estimou a ministra do Mar (ministério do Governo de Portugal, responsável pelas pescas, pela marinha mercante e por outros assuntos relacionados com os oceanos), Ana Paula Vitorino. Em entrevista, Vitorino explicou ter terminado a discussão do roteiro sobre energias renováveis oceânicas, que inclui contribuições de cientistas e de empresas que operaram na área energética. A estimativa de criação direta de emprego é "substancial e ultrapassa os mil postos de trabalho", adiantou, referindo ainda o "benefício ambiental óbvio e imensurável. Este roteiro surge no âmbito, nomeadamente, do compromisso europeu de reduzir em 40% a emissão de gases de efeito estufa até 2030, da obrigação de diminuir o consumo da eletricidade em 27% e aumentar na mesma percentagem a utilização de energias renováveis. "As energias oceânicas têm, a prazo, a possibilidade de suprir cerca de 25% o consumo de eletricidade. Por isso, temos que começar já", alertou a ministra, recordando ainda o objetivo traçado pelo seu Governo de até 2050 a economia ter um balanço neutro em termos de carbono. Para diminuir as dificuldades de existirem apenas "tecnologias ainda pouco maduras para implementação industrial" e os custos de produção elevados, que impedem unidades competitivas, deve haver a "aposta na inovação". Assim, haverá a aposta na criação de clusters (concentração de empresas) para "apoiar e desenvolver a investigação dirigida a tecnologias, nomeadamente de eólicas offshore (no mar) flutuantes e da energia das marés", com incentivos públicos. Ana Paula Vitorino destacou ainda a associação que será feita das energias renováveis à indústria naval e aos portos para "criar sinergias e baixar o custo da inovação e da produção" e "atingir custos competitivos na energia produzida nestes parques com o resto do mercado". "Temos que agir já", defendeu a ministra, explicando que o "sentido de urgência é porque Portugal precisa de ocupar este espaço", porque "vai ganhar quem liderar estas matérias". (Público – Portugal – 11.03.2017)

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4 Actis compra mais de 1,5 GW da SunEdison na América Latina

A Actis anunciou na quarta-feira que concluiu a aquisição de mais de 1,5 GW de ativos fotovoltaicos na América Latina da falida desenvolvedora americana SunEdison. A empresa adquiriu 578 MW de projetos em operação, construção ou em estágio avançado de desenvolvimento, além de mais de 1 GW de projetos em fase inicial. Não foram dados mais detalhes sobre o acordo com a SunEdison. O investidor em mercados de crescimento apresentou um compromisso no valor de US$ 525 mi para criar uma plataforma pan-latino-americana de energia renovável chamada Atlas Renewable Energy, com sede em Santiago do Chile. Esta empresa buscará parcerias com outras firmas para desenvolver novos projetos, focando também em aumentar seu próprio pipeline solo de projetos fotovoltaicos na América Latina. Seus principais mercados serão Brasil, México, Uruguai e Chile. A Atlas Renewable terá como alvo mais de 1,5 GW de capacidade instalada. A Actis observou que a Atlas é sua quinta plataforma de geração de energia na América Latina, depois de investir recentemente no México, no Brasil, no Chile e na América Central. (Brasil Energia – 10.03.2017)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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