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IFE: nº 4.275 - 07 de março de 2017
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL: Professor da Suffolk University vem ao Brasil para pesquisa relativa ao P&D “Aspectos regulatórios relacionados a perdas não técnicas em Áreas com Severas Restrições Operativas”
2 Aneel: regulamentada portaria que revisa a CDE
3 Conta Bandeiras repassa R$ 2,7 milhões para distribuidoras
4 Tecnologia meia onda pode reduzir custos de linhões de transmissão
5 Chuva decepciona e conta de luz pode ter bandeira vermelha no 2° semestre
6 Ritmo da economia pode influenciar possível mudança para bandeira para vermelha
7 Agenda Setorial 2017
8 Aneel autoriza comissionamento de eólicas no Piauí
9 Artigo de Adilson de Oliveira (UFRJ): “Quem paga a conta da descontratação de energia”

Empresas
1 Fundo TPG faz oferta de R$ 1 bi para ficar com ativos da Abengoa no País
2 Representante dos credores da Abengoa analisa oferta do fundo TPG e BTG/Equatorial
3 Renova Energia diz não ter "decisão formal" sobre entrada de Brookfield e novas ações
4 Enel Rio é multada em R$ 5,58 milhões por erro contábil em processo tarifário
5 Energisa anuncia troca de diretores em duas distribuidoras
6 EGP Brasil doa sistema de microgeração a parque tecnológico na Bahia

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Energias Renováveis
1 Canadian Solar obtém crédito de US$ 20 milhões para projetos no Brasil
2 Geração solar distribuída ganha importância no negócio da WEG
3 Expectativas da WEG no Brasil

4 Neoenergia vende dez parques eólicos para a Elektro

5 Absolar: Fórum Iberoamericano Fotovoltaico contribuirá para o avanço da fonte solar no Brasil

Economia Brasileira
1 PIB do Brasil recua 3,6% em 2016
2 Meirelles: PIB de 2016 é "espelho retrovisor"

3 PIB per capita cai 4,4% em 2016 e tem 3º ano consecutivo de queda
4 Governo não elevará projeção do PIB para fechar contas, afirma Mansueto
5 Índice de incerteza é o mais baixo desde maio de 2015
6 IGP-DI desacelera e tem menor taxa para fevereiro desde 2009

Internacional
1 Espanha: a ruína e o desmantelamento do maior laboratório privado de energias renováveis
2 EDP Renováveis repassa ativos eólicos em Portugal para subsidiária da China Three Gorges
3 Brookfield compra TerraForm, de energia renovável, por US$ 1,3 bi

Biblioteca Virtual do SEE
1 OLIVEIRA, Adilson de. “Quem paga a conta da descontratação de energia”. Valor Econômico. São Paulo, 1º de março de 2017.


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL: Professor da Suffolk University vem ao Brasil para pesquisa relativa ao P&D “Aspectos regulatórios relacionados a perdas não técnicas em Áreas com Severas Restrições Operativas”

Carlos Rufín, professor da Suffolk University, em Boston (EUA), e pesquisador associado do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL), esteve no Brasil para participar de atividades associadas ao projeto de pesquisa “Aspectos regulatórios relacionados a perdas não técnicas em Áreas com Severas Restrições Operativas”, vinculado ao Programa de P&D da Aneel e executado pelo GESEL em parceria com a Light. O Projeto tem como objetivo central a elaboração de um amplo estudo analítico visando elaborar propostas de inovação regulatórias para Áreas com Severas Restrições Operativas (ARSOs) com altas perdas não técnicas. Rufín pode participar, em conjunto com os membros do projeto do GESEL e da Light, de atividades de levantamento de informações e experiências em entidades no Brasil, na Colômbia e no Peru. Foram contatadas as seguintes instituições: Light e CEDAE, no Rio de Janeiro; Enel Distribuição Rio (ex-Ampla), em Niterói; EDP Escelsa, na cidade de Serra, no Espírito Santo; Aneel, em Brasília; SSPD (Superservicios da Superintendência de Serviços Públicos Domiciliares), CODENSA (Grupo ENEL), CREG (Comisión de Regulación de Energía y Gas), Universidad de Bogotá Jorge Tadeo Lozano, todos os quatro em Bogotá; EPM (Empresa de servicios públicos de Colombia), em Medelín; além de, em Lima, Luz del Sur, Edelnor (Grupo ENEL), OSINERGMIN (Organismo Supervisor de la Inverson in Energía y Minería) e Universidad di Lima. (GESEL-IE-UFRJ – 07.03.2017)

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2 Aneel: regulamentada portaria que revisa a CDE

Para implementar a Portaria n. 81/2017, na qual o MME reconheceu a inclusão de R$ 1.105.501.033,75 na programação anual de utilização de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), a Diretoria da Aneel deliberou nesta terça-feira (7/3) a revisão do encargo tarifário da CDE do ano de 2017. A inclusão refere-se às prestações dos Contratos de Confissão de Dívida (CCD) celebrados entre a Eletrobras, como gestora da CDE, e os beneficiários da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), em função de o Fundo não ter liberado à época reembolsos aos beneficiários pela falta de recursos. A Aneel havia deliberado, após discussão em audiência pública, não incluir essas prestações no orçamento da CDE de 2017 até o resultado definitivo do processo de fiscalização em curso. Na visão da Agência, os CCDs terão de ser ajustados para os valores validados pela fiscalização, devendo ser futuramente incluídos nos orçamentos da CDE somente valores com lastro reconhecido pela Aneel. (Aneel – 07.03.2017)

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3 Conta Bandeiras repassa R$ 2,7 milhões para distribuidoras

A Aneel autorizou o repasse de R$ 2,7 milhões da Conta Bandeiras para as distribuidoras de energia elétrica, referente à contabilização financeira do mês de janeiro de 2017. A AES Eletropaulo receberá o maior valor de R$ 336.633,34, seguida pela Light (R$ 332.153,25) e Copel (R$ 211.797,93). Clique aqui para ver a lista completa. (Agência CanalEnergia – 06.03.2017)

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4 Tecnologia meia onda pode reduzir custos de linhões de transmissão

A aplicação de uma tecnologia conhecida como “meia onda” pode ser a solução para reduzir os custos de implantação de grandes linhas de transmissão no país. Os testes que vão subsidiar uma futura inclusão dessa alternativa tecnológica no planejamento de expansão do sistema foram realizados dentro de um projeto estratégico de pesquisa e desenvolvimento concluído pela Eletronorte, em parceria com a Chesf e a Empresa Norte de Transmissão de Energia Elétrica. O resultado dos estudos foi encaminhado à Empresa de Pesquisa Energética. A solução destinada ao transporte de grandes blocos de energia tem custo cerca de 25% menor que o da tecnologia em corrente contínua para uma mesma capacidade de transmissão, afirma o gerente de projetos da Eletronorte, Camilo Machado Junior. A meia onda é um sistema em corrente alternada que transporta energia ponta a ponta em níveis de tensão elevados – de 800 a 1.000 kV -, sem a necessidade de instalação de subestações intermediárias a cada 400 ou 500 km. As subestações representam entre 20% e 30% do custo de implantação dos projetos de transmissão no país. Há outra vantagens, segundo o coordenador, como a possibilidade de atendimento a comunidades no meio do caminho e o uso de equipamentos convencionais fabricados no Brasil. O gerente da área de planejamento da Eletronorte, Jader Fernandes de Jesus, acredita que a tecnologia possa ser usada de imediato em empreendimentos ofertados em futuros leilões de transmissão. O sistema é pesquisado em países com grande extensão territorial como a China, Rússia e Índia. No Brasil, havia várias pesquisas na Unicamp sobre o assunto, antes mesmo da chamada pública lançada pela Aneel que resultou no projeto de P&D da Eletronorte. O projeto da estatal foi consolidado em um livro. (Agência CanalEnergia – 06.03.2017)

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5 Chuva decepciona e conta de luz pode ter bandeira vermelha no 2° semestre

Um período de chuvas bastante abaixo da média no Brasil em 2016/17 tem impulsionado apostas do mercado de eletricidade em um segundo semestre de contas de luz com bandeira vermelha em alguns meses, o que elevaria custos para os consumidores. Especialistas ouvidos pela Reuters avaliam que a hidrologia vista desde novembro não permitirá uma boa recuperação dos reservatórios das hidrelétricas até abril, fim da época de chuvas, o que pode exigir o acionamento de termelétricas mais caras, que resulta na mudança da bandeira. A bandeira começou 2017 verde, o que não gera cobranças adicionais, mas passou para amarelo neste mês, diante de expectativas de chuvas em torno de 70 por cento da média histórica. A bandeira vermelha, com custo maior, não é acionada desde fevereiro de 2016. "Provavelmente, teremos aí no segundo semestre um ou mais meses de bandeira vermelha", disse o sócio da comercializadora FDR Energia, Erik Azevedo. Além das questões relacionadas ao clima, uma eventual recuperação da economia mais ao final do ano pode elevar a carga, outro fator de alta para PLD, que define o acionamento das bandeiras tarifárias. Uma mudança já aprovada nos cálculos do PLD, ou preço spot da eletricidade, a partir de maio, também é fator que deverá elevar significativamente essas cotações. Azevedo, da FDR Energia, avalia que a bandeira pode ser verde em abril, mas a tendência para o resto do ano é bem mais pessimista, devido à mudança no PLD. "A tendência é que tenhamos bandeira amarela até o final do período seco, em novembro. Essa é nossa expectativa hoje, mas tecnicamente essa bandeira pode virar vermelha", disse o sócio da consultoria Esfera Energia, Braz Justi. "Se chover onde precisa, e chover bem, recupera rápido, mas nessa altura do campeonato é contar com a sorte, porque já passaram quatro meses (do período úmido) e não choveu (o suficiente)", completou. Em novembro e dezembro, as chuvas na região das hidrelétricas do Brasil ficaram em 77 e 75 por cento da média, enquanto em janeiro e fevereiro recuaram para 67 por cento e 70 por cento, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). (Reuters – 06.03.2017)

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6 Ritmo da economia pode influenciar possível mudança para bandeira para vermelha

Um dos principais fatores que podem influenciar uma possível mudança para bandeira para vermelha é, além das chuvas, o ritmo da economia. As projeções de carga atualmente utilizadas no cálculo do PLD, que aciona as bandeiras, consideram um crescimento econômico de 0,5 por cento neste ano e de em média 2 por cento ao ano no período 2017-2021. Essa projeção de carga deverá ser atualizada no final de abril e depois novamente no final de agosto. Para abril, a expectativa é que os dados tenham pouca ou nenhuma mudança, mas um início de recuperação econômica esperado para os dois últimos trimestres do ano poderia levar a uma revisão com maior impacto mais adiante. "A gente não está vendo nenhuma diferença significativa em relação ao cenário atual... mas se no segundo semestre você tiver uma recuperação da economia mais forte que o esperado, e principalmente da indústria, esse aumento de carga pode refletir muito nos preços", disse Caminada, da Ecom. Os especialistas ressaltaram que é o terceiro ano consecutivo em que o período de chuvas do Brasil tem precipitações consideradas ruins na região das hidrelétricas, o que impede a recuperação dos reservatórios e gera pressão sobre as tarifas de energia mesmo em um cenário de sobrecapacidade estrutural de geração."Tem que chegar no final de maio com reservatório no maior nível possível... com os reservatórios como estão, o que está salvando o sistema é essa carga (baixa). Se não fosse isso, a gente já estaria em bandeira vermelha", disse Azevedo, da FDR. (Reuters – 06.03.2017)

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7 Agenda Setorial 2017

Será realizada no próximo dia 3 de abril, no Rio de Janeiro (RJ) a Agenda Setorial 2017- Abastecimento e Preço. Na sua quarta edição, o evento aborda os principais temas que vão entrar em pauta ao longo de 2017. Nos últimos anos, o Agenda Setorial vem se consolidando como o evento que marca o início do ano para o setor elétrico e é organizado pelo Centro de Treinamento e Estudos em Energia, braço de eventos do Grupo CanalEnergia. A Agenda Setorial tem entre os seus convidados autoridades do setor como o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Luiz Eduardo Barata. (Agência CanalEnergia – 06.03.2017)

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8 Aneel autoriza comissionamento de eólicas no Piauí

A Aneel autorizou o comissionamento três aerogeradores do parque eólico Ventos de Santo Augusto VI, totalizando 6,9 MW. A usina da Salus Fundo de Investimento em Participações está localizada no município de Simões, no Piauí. A informação é do Diário Oficial da União da última sexta-feira, 3 de março. (Agência CanalEnergia – 06.03.2017)


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9 Artigo de Adilson de Oliveira (UFRJ): “Quem paga a conta da descontratação de energia”

Em artigo publicado no Valor Econômico, Adilson de Oliveira, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, trata dos prejuízos causados pela descontratação de energia. Segundo o autor, “as concessionárias estão com vultosa quantidade de energia contratada muito acima de sua demanda (mais de 11%). A regulação setorial permite que elas repassem 5% dos seus custos da energia contratada, porém não consumida, para as tarifas dos consumidores. (...). No entanto, as concessionárias terão que arcar com outros R$ 3,5 bilhões dos custos associados a sua sobrecontratação de energia.”. De acordo com Oliveira, “a atual regulação acumula passivos financeiros que, ao tomarem dimensões relevantes, acabam repassando os riscos setoriais para o Tesouro Nacional. Essa solução é insustentável do ponto de vista econômico”. Para ler o texto na íntegra, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 06.03.2017)

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Empresas

1 Fundo TPG faz oferta de R$ 1 bi para ficar com ativos da Abengoa no País

A divisão de infraestrutura do fundo americano TPG (Texas Pacific Group) apresentou proposta de cerca de R$ 1 bi para comprar os ativos da Abengoa no Brasil. O grupo espanhol, que atua no setor elétrico, entrou em recuperação judicial no Brasil em janeiro do ano passado, dois meses depois de a matriz fazer o pedido na Justiça europeia. Por aqui, a medida paralisou vários projetos, entre eles a linha de transmissão que levará energia da Hidrelétrica Belo Monte ao Nordeste. Em situação difícil e uma dívida de cerca de R$ 3 bi, a espanhola atraiu diversos interessados em seus ativos nos últimos meses. Entre eles, a State Grid, a Brookfield e um consórcio formado entre um fundo de infraestrutura do BTG com a Equatorial. O TPG e BTG/Equatorial estão entre os principais candidatos aos negócios da Abengoa no Brasil, já que os outros concorrentes não teriam mais intenção de ficar com os ativos. O TPG, que fechou seu escritório no Brasil no fim do ano passado, criou um fundo de infraestrutura – baseado em Pequim e em Hong Kong – para atuar em países emergentes. Uma das apostas é investir em negócios de energia elétrica, como os ativos da Abengoa, afirmou uma fonte. A gestora está sendo assessorada pelo Banco Modal no País. Procurados, TPG e Modal não se manifestaram. O interesse do fundo na espanhola refere-se aos ativos de energia em operação, que estariam avaliados em cerca de R$ 1 bi. Os projetos greenfield – que ainda não saíram do papel – estão fora do radar grupo. A proposta do TPG foi apresentada no dia 24 de fevereiro e está em avaliação pela G5 Evercore, que representa os credores da Abengoa. No ano passado, o fundo do BTG e o Equatorial fizeram uma proposta semelhante à do TPG. O consórcio ofereceu cerca de R$ 1 bi por nove concessões de linhas de transmissão da Abengoa, sendo R$ 724,7 mi relacionados a dívidas que a companhia acumula no País. O BTG é um dos principais credores da Abengoa. A G5 não comentou. (O Estado de São Paulo – 07.03.2017)

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2 Representante dos credores da Abengoa analisa oferta do fundo TPG e BTG/Equatorial

A G5 Evercore, representante dos credores da Abengoa, vai analisar e apresentar as duas propostas [do fundo TPG e da BTG/Equatorial] aos credores. Uma decisão deverá ser tomada no fim de março. Para o governo, a venda dos ativos da Abengoa resolve uma série de problemas. “Seria uma solução muito bem-vinda”, afirmou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino. Segundo ele, se o negócio for concretizado e obedecer os critérios estabelecidos, a agência reguladora suspende o processo de caducidade aberto contra a Abengoa e que retoma as concessões para uma nova licitação. Rufino explica que a única variável do contrato que poderá ser repactuada é o cronograma de obras. “Afinal, se tivermos de fazer um novo leilão, os prazos também serão mudados.” O executivo, que tem acompanhado de perto as negociações em torno da Abengoa, já foi informado da proposta do TPG. Segundo ele, apenas dois projetos já iniciados estariam na lista de ativos de interesse do fundo, além das linhas em operação. Dentro da carteira de projetos da Abengoa está o chamado “linhão pré-Belo Monte”, empreendimento de 1.854 km de extensão, estimado em R$ 1,3 bilhão. Esse projeto deveria ter sido concluído em fevereiro do ano passado, mas hoje está paralisado. Procurada, a Abengoa não respondeu. (O Estado de São Paulo – 07.03.2017)

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3 Renova Energia diz não ter "decisão formal" sobre entrada de Brookfield e novas ações

A Renova Energia disse na sexta-feira (3/3) que não existe qualquer decisão formal sobre a venda de ativos além do já divulgado acordo com a AES Tietê para repasse do parque eólico Alto Sertão II. Além disso, a empresa de energia renovável informou que não existe também decisão formal sobre lançamento de ações ou ingresso de novo acionista em seu quadro acionário. Não ter decisão formal não significa necessariamente uma negativa sobre os negócios levantados na semana passada. Na quarta-feira passada (1°/3), a agência de notícias Reuters informou que a Brookfield estaria próxima de fechar acordo para aquisição de 30% de participação na Renova, o que incluiria injeção de R$ 800 mi no capital da endividada empresa de energias renováveis. O acordo envolveria a aquisição de 15,7% de participação da Light na Renova e a injeção de recursos, o que possivelmente seria convertida em ações. A Reuters afirma ainda que a operação será formalizada assim que a Renova concluir a venda do projeto do parque eólico Alto Sertão II para a AES Brasil, o que estaria previsto para a próxima semana. Outra reportagem, publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, na quinta-feira (2/3), indicava também o lançamento de novas ações no mercado para captar entre R$ 600 mi e R$ 900 mi, além da inclusão de 455 MW no leilão de descontratação que o governo pretende realizar em abril. A Renova é controlada pela Cemig e Light, com fatia da RR Participações, dos fundadores enato Amaral e Ricardo Delneri – este último, sócio da Gasen Energia, empresa que possui vários projetos de térmicas a gás em licenciamento ambiental. (Brasil Energia – 06.03.2017)

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4 Enel Rio é multada em R$ 5,58 milhões por erro contábil em processo tarifário

A Enel Distribuição Rio foi multada em R$ 5,58 mi por fornecer informações incorretas durante o terceiro ciclo de revisão tarifária. A empresa recorreu da punição, mas a Aneel apenas reduziu a infração que era de R$ 5,64 mi para R$ 5,58 mi, segundo despacho publicado no DOU nesta segunda-feira, 6 de março. A Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira (SFF/Aneel) encontrou oito não conformidades. A principal delas foi porque a empresa não realizou as devidas baixas contáveis na Base Blindada. A Enel Rio, em sua argumentação, disse que as infrações seriam inexpressivas e ocorreram em um contexto de grande quantidade de registros no ativo imobilizado, inerentes a uma distribuidora de energia elétrica. "As falhas seriam pequenas, os ajustes irrisórios, e todas foram corrigidas, sem reflexo aos consumidores." Para Aneel, porém, a motivação e a dosimetria seguiram critérios objetivos, em mecanismo inibidor de não conformidades contábeis, para tratar de forma isonômica autuações da mesma natureza. "Independentemente de prejuízos ou danos, ou da diligência da autuada, se justificou o rigor do critério utilizado pela SFF para a gravidade, e se mediram os efeitos tarifários estimados, os quais serviram de base para o cálculo das penalidades individuais." "Além disso, considerou-se o critério fiscalizado e não somente os valores envolvidos, atentando para o fato de que o bem jurídico tutelado é a confiabilidade das informações prestadas no processo tarifário, de amplo potencial lesivo. Assim, não cabe o pleito de conversão das multas em advertência", cravou a Aneel. (Agência CanalEnergia – 06.03.2017)

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5 Energisa anuncia troca de diretores em duas distribuidoras

Os executivos Alessandro Brum e José Souza Silva renunciaram aos cargos de diretores da Energisa Mato Grosso, de acordo com comunicado divulgado na última sexta-feira, 3 de março. Eles ocupavam os cargos de diretor Técnico e Comercial; Administrativo e de Controles, respectivamente. Diante das renúncias, o Conselho de Administração nomeou para diretor Técnico e Comercial da Energisa MT o executivo Amaury Antônio Damiance, que ocupava o mesmo cargo na Energisa Sergipe. Já o executivo Riberto José Barbanera vai acumular o cargo de diretor presidente e de diretor Administrativo e de Controles. Para o lugar de Daminance na Energia Sergipe, o Conselho de Administração da companhia nomeou o engenheiro elétrico Juliano Ferraz de Paula. Eles tomaram posse em 1° de março. Todos os mandatos vão até 29 de abril de 2019. (Agência CanalEnergia – 06.03.2017)

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6 EGP Brasil doa sistema de microgeração a parque tecnológico na Bahia

A Enel Green Power Brasil doou um sistema de microgeração de energia solar fotovoltaico para o Parque Tecnológico da Bahia, o maior centro de pesquisa em inovação do estado. O sistema já está fornecendo energia para a incubadora de negócios da instituição, localizada na cidade de Salvador e que pertence à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Estado da Bahia. Segundo informou Luigi Parisi, responsável pela Enel Green Power Brasil, a Bahia é um estado estratégico para a empresa no Brasil. Um dos motivos é que o estado possui a maior participação e termos de capacidade em renováveis no país. A empresa conta com um total de nove plantas de energia em operação ou em construção. A Enel Green Power Brasil está construindo três plantas solares com uma capacidade total de 515 MW e três parques eólicos que somam capacidade de 442 MW no estado, incluindo os 254 MW do projeto Ituverava, o segundo maior parque solar em construção da América Latina. A empresa também opera outras três plantas eólicas no estado com capacidade instalada total de 264 MW. A Enel Green Power Brasil financiou a instalação do sistema fotovoltaico de 4,32 kWp, efetuada em fevereiro. Segundo os cálculos da empresa, os painéis vão evitar a emissão de 3,64 toneladas de CO2 na atmosfera por ano. E ainda, contribuirá com até 60% das necessidades de energia da incubadora de negócios bahiana. O grupo Enel, através das subsidiárias Enel Green Power Brasil (EGPB) e Enel Brasil, tem uma capacidade instalada total de 1,302 MW de energias renováveis no Brasil. Desse volume, 400 MW são de energia eólica, 12 MW de energia solar fotovoltaica e 890 MW de energia hídrica, além de mais 442 MW de projetos eólicos e 807 MW de projetos solares que estão atualmente em execução. (Agência CanalEnergia – 06.03.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Números dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Norte estão operando com volume de 53%, aumentando 1,1% em comparação com o dia anterior. Os dados são do Operador Nacional do Sistema Elétrico, referentes ao último dia 5 de março. A energia armazenada na região é 7.968 MW mês e a energia natural afluente é 13.535 MW med, que é o mesmo que 66% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Tucuruí está operando com volume de 84,54%. No submercado Sudeste/Centro-Oeste os reservatórios registraram aumento de 0,3% em relação ao dia anterior, ficando com volume de 40,9%. A energia armazenada é 83.244 MW mês e a ENA é 49.398 MW med, que é o mesmo que 62% da MLT. A usina de Furnas está operando com volume de 46,79% e a de Nova Ponte com 31,33%. Na região Nordeste, os reservatórios estão operando com 21,3% da capacidade, 0,1% a mais que o registrado anteriormente. A energia armazenada na região é 11.032 MW mês e a ENA é 4.454 MW med, que é o mesmo que 38% da MLT. A usina de Sobradinho está operando com 14,55% da capacidade. Na região Sul, houve um acréscimo de 0,5% em comparação com o dia anterior, o que deixou os reservatórios com volume de 50,9%. A energia armazenada é 10.155 MW mês e a ENA é 8.061 MW med, que é equivalente a 102% da MLT. A usina de Barra Grande está operando com volume de 30,68%. (Agência CanalEnergia – 06.03.2017)

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Energias Renováveis

1 Canadian Solar obtém crédito de US$ 20 milhões para projetos no Brasil

A Canadian Solar obteve financiamento de um fundo para cooperação e desenvolvimento entre a China e países de língua portuguesa, no valor de US$ 20 mi, para desenvolver projetos no Brasil. Entre os empreendimentos está o parque solar de Pirapora I, de 191 megawatt-pico (MWp), em Minas Gerais. De acordo com a Canadian Solar, o projeto de Pirapora I está em construção e tem expectativa de ser concluído no terceiro trimestre de 2017. Em outubro do ano passado, a companhia anunciou a venda de 80% do projeto para a EDF. Os investimentos da Canadian Solar no Brasil incluem ainda a construção da maior fábrica de módulos solares do país, com capacidade anual de 380 MW em equipamentos, e o desenvolvimento de outros 207 MWp em projetos de energia solar com contratos de compra e venda de energia de longo prazo. (Valor Econômico – 06.02.2017)

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2 Geração solar distribuída ganha importância no negócio da WEG

A geração solar distribuída tem ganhado importância dentro do faturamento da multinacional brasileira WEG, disse o diretor de Novas Energias da companhia, João Paulo Gualberto da Silva. "A WEG vem atuando como distribuidor de kits solares há quatro anos. Inclusive o negócio vem crescendo muito. Acho hoje estamos entre as três maiores distribuidoras de kits solares do país", afirmou o executivo. A principal aposta da companhia está na capacitação de parceiros. Após um processo de treinamento técnico, os instaladores são habilitados para vender os kits WEG, que inclui inversor, módulo, estruturas e serviços. A procura por esse tipo de capacitação vem crescendo em ritmo chinês. "O grande sucesso nessa área de solar distribuída se dá pelo fato da gente ter uma rede de assistência técnica muito grande no Brasil e também da nossa decisão de desenvolver o que a gente chama de instaladores/integradores", detalhou Silva. "Nos últimos três anos, tivemos um crescimento nas vendas acima de 200%. Comparando 2015 com 2016, houve um aumento de 234%." Foram 460 pedidos para geração distribuída em 2016. Segundo o executivo, somados o faturamento de GD com o negócio de projetos solares de maior porte, o segmento solar apresentou um crescimento de 402% entre 2015 e 2016. A geração distribuída está em franco crescimento no Brasil. Dados da Aneel apontam que em quatro anos, o número de conexões de micro e minigeração de energia superou 7 mil instalações. O número cresceu de 4 conexões registradas em dezembro de 2012 para 7.658 ligações registradas em 25 janeiro de 2017, o que representa uma potência instalada de 75 MW – suficiente para abastecer 60 mil residências. (Agência CanalEnergia – 06.03.2017)

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3 Expectativas da WEG no Brasil

A expectativa da WEG é que a capacidade de GD no Brasil irá dobrar em 2017, para 150 MW até o final de dezembro. "Acho que esse número é plenamente atingível, porque o preço da energia solar, especialmente da solar distribuída, está caindo", disse o diretor de Novas Energias da companhia, João Paulo Gualberto da Silva. Em 12 meses, contou ele, o preço da energia fotovoltaica passou de US$ 0,50 por watts para US$ 0,33, queda de 34% no custo dos módulos. João Silva afirmou que há uma "inundação" de módulos desde que o governo chinês mudou os incentivos para energia solar em junho de 2016. "A China está reduzindo a instalação de usinas solares por lá e os fabricantes estão tendo que colocar essa quantidade de módulos em outros mercados, fazendo o preço despencar." A WEG chegou a avaliar a fabricação de módulos fotovoltaicos no Brasil, principalmente para abastecer grandes projetos e, com o ganho de escala, atender o mercado de geração distribuída também. Porém, a empresa decidiu não seguir com a ideia. "Se um dia fossemos fazer módulos, eu não sei se faríamos módulos no Brasil, talvez em uma unidade fora do país, mas isso não está no nosso radar", disse Silva. "Neste momento não faz parte da nossa estratégia fabricar módulos. Queremos ampliar a nossa oferta na área de inversores, de treinamento de integradores e de distribuição [de equipamentos]." Apesar disso, ele entende que a política de nacionalização do BNDES está adequada. Hoje o Brasil conta com duas fábricas de módulos solares, da Globo Brasil e da Canadian Solar, e uma terceira em construção da BYD. Novos negócios - A WEG fechou um grande contratado para construir duas usinas solares, uma de 30 MW do leilão de 2014 e outra de 60 MW do leilão de 2015. Trata-se de uma estreia no mercado de EPC para usinas de grande porte, uma vez que a empresa já prestava esse serviço para usinas de até 3 MW. "Isso é uma novidade a gente entrar como epecista de grandes projetos", disse o executivo sem poder dar muitos detalhes sobre o acordo que deverá ser anunciado em breve. (Agência CanalEnergia – 06.03.2017)

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4 Neoenergia vende dez parques eólicos para a Elektro

A Neoenergia vendeu dez parques eólicos para a Elektro Renováveis, que se propôs a pagar, à vista, R$ 317 mi pelos ativos que somam 288 MW de capacidade instalada. A operação envolve a venda da totalidade da participação da Neoenergia no capital social da Força Eólica do Brasil I e II, correspondente a 50%. Em nota, a Neoenergia disse que a operação "consiste com a estratégia da Neoenergia de disciplina de capital através de gestão de portfólio de ativos, fortalecendo sua capacidade de investimentos e acelerando a desalavancagem financeira". O negócio está condicionado à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). (Agência CanalEnergia – 06.03.2017)

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5 Absolar: Fórum Iberoamericano Fotovoltaico contribuirá para o avanço da fonte solar no Brasil

Para o presidente-executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia, a criação do Fórum Iberoamericano Fotovoltaico, anunciado recentemente pela União Espanhola Fotovoltaica (UNEF), é um passo importante em prol do desenvolvimento da energia solar fotovoltaica na América Latina e na Península Ibérica. Segundo o executivo, o fórum contribuirá para a construção de cooperações, parcerias e sinergias entre as associações fotovoltaicas da região, permitindo o compartilhamento de conhecimentos e melhores práticas. "Os principais analistas de mercado apontam a América Latina como uma das regiões de maior potencial de crescimento para o setor nos próximos anos, com destaque para o Brasil", comenta Sauaia. "Como representante do setor solar fotovoltaico brasileiro, a Absolar trabalhará em sintonia com as demais associações participantes, trazendo as experiências brasileiras e aprendendo com as dos países envolvidos, de modo a acelerar a adoção da tecnologia solar fotovoltaica nestas regiões”, acrescenta. O Fórum Iberoamericano Fotovoltaico congrega sete associações do setor solar fotovoltaico da América Latina e Península Ibérica, representando os seguintes mercados: Argentina, Brasil, Chile, Cuba, Espanha, México, Portugal. “O Fórum representa uma importante ferramenta para a estruturação de redes e sinergias institucionais, capazes de contribuir com solidez para a ampliação e o fortalecimento do setor solar fotovoltaico, a nível regional e internacional. Trata-se de uma iniciativa colaborativa que busca, em última análise, apoiar o esforço mundial na transição para uma economia de baixo carbono, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa e combatendo as mudanças climáticas, usando como ferramenta a energia solar fotovoltaica, uma tecnologia renovável, limpa e de baixo impacto ambiental”, comenta o presidente da Absolar. (Agência CanalEnergia – 06.03.2017)

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Economia Brasileira

1 PIB do Brasil recua 3,6% em 2016

A economia brasileira registrou queda de 3,6% em 2016, após encolher 3,8% um ano antes, informou o IBGE. Em valores correntes, o PIB somou R$ 6,266 trilhões. O resultado veio pior que a média apurada pelo Valor Data junto a 23 consultorias e instituições financeiras, que apontava queda de 3,5% no período. O intervalo das estimativas variava de recuo de 3,5% a retração de 3,65%. Somente no quarto trimestre de 2016, o PIB do país teve baixa de 0,9% em relação aos três meses antecedentes, com ajuste sazonal, marcando o oitavo resultado negativo consecutivo no comparativo trimestral. A expectativa era de um recuo de 0,6%. Vale mencionar que o PIB do terceiro trimestre foi revisado de queda de 0,8% para recuo de 0,7%. Perante o trimestre final de 2015, o PIB registrou contração de 2,5% no último trimestre de 2016, o 11º resultado negativo consecutivo nesta base. (Valor Econômico – 07.03.2017)

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2 Meirelles: PIB de 2016 é "espelho retrovisor"

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira (7) que o resultado do PIB divulgado hoje pelo IBGE é resultado de uma série de políticas que levaram a economia brasileira a enfrentar a maior crise da sua história. Segundo ele, no entanto, o país já está saindo da recessão. “Agora estamos em processo de saída dessa crise. O PIB que foi divulgado hoje se refere ao ano passado. É espelho retrovisor”, disse o ministro em breve comentário durante sua fala inicial durante reunião do chamado Conselhão no Palácio do Planalto. (Valor Econômico – 07.03.2017)

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3 PIB per capita cai 4,4% em 2016 e tem 3º ano consecutivo de queda

O PIB per capita brasileiro teve outro ano de queda forte em 2016. Houve um recuo de 4,4% em termos reais, correspondendo a R$ 30.407, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE. É o terceiro ano consecutivo de queda nesse indicador. Em 2015, o PIB per capita cedeu 4,6% e, em 2014, houve recuo de 0,4%. Em 2014, o PIB do país subiu 0,5%, em 2015, caiu 3,8%; em 2016, teve contração de 3,6%. O PIB per capita é definido como a divisão do valor corrente do PIB pela população residente no país em determinado ano. (Valor Econômico – 07.03.2017)

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4 Governo não elevará projeção do PIB para fechar contas, afirma Mansueto

O governo não vai elevar sua previsão de crescimento da economia neste ano para fechar as contas públicas e evitar um maior contingenciamento das despesas orçamentárias, garantiu ontem o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida. "Chance é zero de que a gente utilize uma maior expansão da economia para fazer o fiscal", garantiu, em conversa com o Valor. Com maior crescimento, a receita tributária também aumenta. Mansueto disse que o critério de definição da arrecadação em 2017 será mais rigoroso do que nos anos anteriores. "Se houver dúvida sobre uma receita, ela não será incluída na nossa previsão", informou. O secretário citou, como exemplo, o leilão adicional de áreas do pré-sal, que daria uma arrecadação extra de mais R$ 4 bilhões. Embora a intenção já tenha sido anunciada pelo Ministério de Minas e Energia, ainda não existe uma definição do CNPE sobre o novo leilão. Se o Conselho não aprovar a medida até o dia 22 de março, data da divulgação do relatório de avaliação fiscal, a receita não entrará na previsão do governo para a receita neste ano, informou, Mansueto. Incluir na projeção apenas o que está garantido passará, portanto, a ser uma regra. O governo pretende encaminhar ao TCU informações sobre todos os critérios utilizados na definição da receita do ano. "A nossa intenção é melhorar cada vez mais o relacionamento com o Tribunal, no sentido de tornar as projeções mais transparentes possível", disse. Ontem, representante do Ministério da Fazenda assinou, no BNDES, contrato com duas instituições financeiras que ajudarão na formatação do leilão da Lotex, que deverá ser feito em novembro próximo. A arrecadação a ser obtida com esse leilão estará incluída na projeção da receita. (Valor Econômico – 07.03.2017)

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5 Índice de incerteza é o mais baixo desde maio de 2015

A redução dos juros e a forte queda da inflação são dois fatores conjunturais que, junto com o encaminhamento da reforma da Previdência, puxaram a redução da incerteza na economia do país, segundo a FGV. Os novos desdobramentos da Lava -Jato, contudo, implicando membros do governo e do Congresso, podem reverter esse cenário. O Indicador de Incerteza (IIE-Br), elaborado pela FGV, caiu 8,5 pontos entre janeiro e fevereiro, passou de 127,3 para 118,8 pontos, o menor nível desde maio de 2015. O indicador, contudo, ainda está 46,7% acima do melhor nível, alcançado em novembro de 2000 (81 pontos), início da série. "Estamos com o sentimento de que pelo menos na economia há um norte", afirmou Pedro Costa Ferreira, da FGV. O problema é que existe no horizonte fatores "imponderáveis", disse o economista responsável pelo índice. A Operação Lava -Jato e a divulgação das delações de executivos da Odebrecht podem contaminar o Congresso e dificultar a reforma da Previdência, diz. "Não conseguir aprovar essa reforma vai gerar muita incerteza, fica quase impossível cumprir o teto dos gastos", acredita o pesquisador. As questões externas, principalmente as relacionadas ao presidente americano Donald Trump e à eleição presidencial na França, também podem ser foco de instabilidade, disse. (Valor Econômico – 07.03.2017)

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6 IGP-DI desacelera e tem menor taxa para fevereiro desde 2009

A inflação medida pelo IGP-DI desacelerou para 0,06% em fevereiro, após se situar em 0,43% no primeiro mês de 2017, informa a FGV. É a menor taxa para fevereiro desde 2009, quando o indicador caiu 0,13%. Em fevereiro de 2016, o IGP-DI tinha subido 0,79%. No ano, o IGP-DI subiu 0,50%. Em 12 meses, acumula alta de 5,26%. Conforme a FGV, o IPA saiu de alta de 0,34% em janeiro para queda de 0,12% em fevereiro, puxado principalmente pela desaceleração nos itens industriais (+1,25% para +0,08%). Os preços dos bens agropecuários caíram 0,67%, após recuo de 2,05% no início de 2017. Individualmente, os itens que mais contribuíram para a baixa do IPA geral foram soja, milho, carne bovina e óleo diesel. Ovos, leite, minério de ferro, laranja e suínos, por outro lado, pressionaram o atacado. No varejo, a alta do IPC abrandou para de 0,69% em janeiro para 0,31% um mês depois. Das oito classes de despesas avaliadas, a maior contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (4,15% para 0,68%), em que os cursos formais passaram de aumento de 9,80% para zero. Por fim, o INCC acelerou de 0,41% em janeiro para 0,65% em fevereiro. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou desacelerou de 0,57% para 0,57%. Mas o custo da Mão de Obra subiu, de 0,28% para 0,78%. (Valor Econômico – 07.03.2017)

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Internacional

1 Espanha: a ruína e o desmantelamento do maior laboratório privado de energias renováveis

A Espanha terá uma imagem um pouco menos potente no setor das energias renováveis. A dimensão deste revés será vista ao longo dos anos, mas sua origem é o encerramento da Abengoa Research, centro de pesquisa dedicada às energias renováveis, que hoje conclui o seu fechamento arrastado pela dolorosa reestruturação da multinacional da Andaluzia, com perdas de 7.629 milhões no ano passado. Os especialistas posicionam a Abengoa Research a uma grande distância de outras empresas por patentes (312 aplicada) e por investimento em pesquisa e em renováveis. Alguns a consideravam como líder mundial. "Por seu pessoal e suas instalações, não há ninguém com essa estrutura em P&D em todo o mundo e eu conheço as empresas do Estados Unidos, Austrália e Ásia", lamenta Eduardo Zarza, com 32 anos de experiência e chefe da unidade da Plataforma Solar de Almería, que pertence ao Ministério da Economia através do CIEMAT (Centro de Energia, Ambiente e Tecnologia). A multinacional passou de 66 milhões em investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação em 2008 para 597 milhões no ano de 2015, o seu auge no ano. O retrocesso é um produto da gestão financeira desastrosa do grupo que no ano passado levou à saída da cúpula - com cinco funcionários acusados na justiça - e demissões de 5.000 trabalhadores apenas durante 2016. (El País – Espanha – 04.03.2017)

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2 EDP Renováveis repassa ativos eólicos em Portugal para subsidiária da China Three Gorges

A EDP Renováveis repassou na semana passada à ACE Fund uma participação de 49% em uma carteira de projetos de energia eólica em Portugal, por € 242 milhões, de acordo com a geradora portuguesa em comunicado ao mercado. A EDP Renováveis e a ACE Fund são controladas pela China Three Gorges. Os projetos somam 422 MW de capacidade instaladae inserem-se em acordo prévio com invstimento total previsto de € 2 bilhões em projetos já em operação e a serem construídos. No Brasil, a China Three Gorges comprou participação em projetos de geração renovável da EDP, a primeira transação da chinesa no país. (Brasil Energia – 06.03.2017)

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3 Brookfield compra TerraForm, de energia renovável, por US$ 1,3 bi

A Brookfield informou em comunicado que fechou acordo para a compra da companhia do setor de energias renováveis TerraForm Global por US$ 1,3 bi, incluindo as dívidas. O grupo canadense pagará US$ 787 mi em dinheiro e irá assumir US$ 455 mi em dívidas da ex-subsidiária da SunEdison. A TerraForm Global possui e opera 31 usinas eólicas e solares, totalizando 952 MW de capacidade espalhados por Brasil, Índia, China, África do Sul, Tailândia, Malásia e Uruguai. A Brookfield comprará todas as ações classe da TerraForm Global em circulação, por US$ 5,10 a unidade, um prêmio de aproximadamente 50% em relação ao preço de fechamento de 16 de setembro de 2016 — último dia de negociação antes de o conselho de administração da TerraForm Global anunciar iniciativas para “maximizar o valor para os acionistas”. A transação deve ser concluída no segundo semestre de 2017. TerraForm Power Simultaneamente, a Brookfield também anunciou a compra de uma fatia de 51% da TerraForm Power, também do setor de energia renovável e subsidiária da SunEdison. A companhia pagará US$ 11,46 por ação aos acionistas interessados na venda ou US$ 1,94 em dividendos mais uma ação da TerraForm Power aos que não desejarem deixar a empresa. Além disso, a Brookfield dará o direito de negociação prioritária para aquisição de 3,5 mil MW em ativos e oferecerá uma linha de crédito de US$ 500 mi à companhia, por meio da controlada Brookfield Renewable. A operação avalia a TerraForm Power em US$ 6,6 bi. A SunEdison, até então controladora das duas companhias, está em recuperação judicial. (Valor Econômico – 07.02.2017)

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Biblioteca Virtual do SEE

1 OLIVEIRA, Adilson de. “Quem paga a conta da descontratação de energia”. Valor Econômico. São Paulo, 1º de março de 2017.

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

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Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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