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IFE: nº 4.272 - 23 de fevereiro de 2017
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL: Seminário Internacional Desafios do Setor Elétrico tem início
2 Cobrança de R$ 62 bilhões nas contas de luz vai parar na Justiça
3 Extensão de autorizações de PCHs para 35 anos é rejeitada pela Aneel
4 Aneel recomenda extinção da outorga de usina da Copel
5 CPFL: Solução para aumentar a oferta de energia no mercado
6 PCH Cadengo foi liberada para operar em teste

Empresas
1 Fitch mantém nota de crédito da Celesc, com perspectiva estável
2 Lucro da Neoenergia recua 15% em 2016
3 CPFL Brasil prevê crescimento de 50% em volume este ano
4 Moody’s: Venda de distribuidoras da Eletrobras em 2017 enfrenta riscos
5 Celesc negocia com Eletrobras pagamento de R$ 2,2 bilhões devidos à CDE
6 Após queda no lucro, WEG fala em 2017 com "otimismo cauteloso"
7 WEG enxerga duas situações no setor elétrico
8 Energisa: consumo de energia cresce 4,1% em janeiro

9 Eldorado Brasil bate recorde de exportação de energia para rede

10 Fitch destaca o bom desempenho da Alupar no Brasil

11 Furnas energiza terceira linha de transmissão da subestação Grajaú

12 Engie Brasil recebe parcela de R$ 217,5 milhões de financiamento do BNDES

13 Light vai receber R$ 2,6 milhões por fornecimento para Olimpíadas

14 Abraceel tem três novas associadas

15 Basf recebe certificação ISO 50001

Leilões
1 Dois lotes do leilão 13/2015 são enquadrados no Reidi

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Meio Ambiente
1 MME e Integração anunciam investimentos para população de Altamira no Pará

Energias Renováveis
1 Sinais de atividade no Nordeste com destaque para energia renovável
2 Quase 80% da geração eólica brasileira vêm da região Nordeste
3 Celesc vai instalar painéis solares em mil residências

4 Futuro da eólica na Bahia

5 Projeções para energia solar no território baiano

6 Receitas próprias do Piauí cresceram 7%

7 Empresários e governo do Rio Grande do Norte preparam plano até 2035

Gás e Termelétricas
1 Mato Grosso do Sul quer ressarcimento da Petrobras por queda de importações
2 Preços do GNL continuarão baixos na próxima década
3 Petrobras veta fornecimento de gás a térmica da Eletrobras por calotes

Grandes Consumidores
1 Vale deixa prejuízo e registra lucro de R$ 13 bilhões em 2016

Economia Brasileira
1 Arrecadação tem alta de 0,8% em janeiro e soma R$ 137,4 bi
2 Meirelles diz que não planeja recriar CPMF 'no momento'

3 Expectativa de corte da Selic faz juros futuros fecharem em queda
4 Copom reduz taxa Selic em 0,75 ponto para 12,25%
5 Bradesco, Itaú e BB anunciam redução de juros em linhas de crédito
6 IPCA-15 fica acima do previsto no mês, mas não altera cenário
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: No ano das energias renováveis, as “carreiras verdes” ficam em alta
2 Paraguai: Sistema da ANDE alcançou recorde de demanda e seguem os cortes
3 Uruguai vende energia para a Argentina
4 EUA veem o cenário para o GNL de maneira otimista
5 BNEF vê quatro grandes empresas dominando mercado de aerogeradores

6 China suspende novas eólicas onde há excesso de capacidade


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL: Seminário Internacional Desafios do Setor Elétrico tem início

Teve início nesta quinta-feira (23) o “Seminário Internacional Desafios do Setor Elétrico”, organizado pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL) do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE-UFRJ) em parceria com o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL). O evento, que acontece nos dias 23 e 24 de fevereiro, no auditório do ISEL, em Lisboa, Portugal, deverá ter em torno de 115 participantes nos dois dias. Na primeira sessão, que tinha como tema “Desafios da Transmissão de Energia Elétrica”, com moderação de Hermes Chip (GESEL), falaram Reynaldo Passanezi (ISA CTEEP) e Manuel Matos Fernandes (REN). Na segunda, que tinha como tema a “Dinâmica no Segmento de Distribuição”, com moderação de Antônio Machado (GESEL), falaram Ivo Sechi Nazareno (ANEEL) e Vitor Santos (ERSE). Para acessar a programação completa, clique aqui. Para acessar os slides da apresentação de Reynaldo Passanezi (ISA CTEEP), clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 23.02.2017)

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2 Cobrança de R$ 62 bilhões nas contas de luz vai parar na Justiça

A conta de R$ 62,2 bi que vai ser cobrada das tarifas de energia elétrica a partir deste ano vai parar na Justiça. A Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro), que reúne 15 empresas do setor que já chegaram a faturar R$ 12 bi por ano, já aprovou em seu conselho a decisão de ir para os tribunais questionar o pagamento. “Já temos aprovação em assembleia desde o fim do ano passado, mas estávamos esperando um sinal de bom senso do governo, de revisão, mas isso não aconteceu”, disse Lucien Belmonte, superintendente da Abividro, que tem como sócios empresas de grande porte como Saint-Gobain, Nadir Figueiredo, Owens Corning. Segundo Belmonte, falta transparência na conta apresentada pela Aneel e na gestão de fundos públicos, como a RGR, que foram criados para o pagamento dessas contas. “Cadê a RGR que nós já pagamos? Qual a transparência disso? Falar que o dinheiro acabou e cobrar dos consumidores é muito simplório, eu quero ver a conta. No fundo, a gente acha que isso já foi pago”, disse Belmonte. Ele destaca que a procura pela Justiça deverá começar pelos maiores consumidores, porque eles têm uma capacidade maior de organização e articulação, mas destacou que a conta atinge a todos os consumidores de energia do país. “Não é o grande consumidor que não quer pagar a conta. É que o grande consumidor é mais organizado. Talvez os representantes de consumidores menores não conheçam tanto o assunto”. A Abividro ainda discute com outras associações representantes de consumidores intensivos de energia elétrica o melhor meio de buscar a Justiça para reclamar sobre a conta. As entidades ou empresas podem acionar os tribunais em grupo ou individualmente. (O Globo – 22.02.2017)

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3 Extensão de autorizações de PCHs para 35 anos é rejeitada pela Aneel

A Aneel negou pedido da Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais Hidrelétricas (Abrapch) de extensão de 30 para 35 anos dos prazos de autorizações já emitidas para PCHs. A Abrapch defendia que o prazo de vigência de 35 anos, adotado pela Aneel desde 2015 para as novas autorizações, fosse aplicado aos empreendimentos autorizados antes da publicação da RN 673. A norma uniformizou o período de outorga, que passou a ser o mesmo usado nas autorizações emitidas pelo MME. Levantamento feito pela Aneel concluiu que a ampliação do prazo beneficiaria 464 PCHs com outorgas anteriores à resolução. A agência rejeitou o argumento da Abrapch de que a mudança daria igualdade de tratamento para os empreendimentos dos mercados livre e regulado. Para a Aneel, o prazo adicional não seria necessário, porque os agentes já consideram no fluxo de caixa o período de 30 anos; e não haveria, necessariamente, redução de tarifas, uma vez que os preços da energia no ACL são negociados livremente. A proposta da associação seria também ilegal porque a Lei nº 13.360, de 2016, estabeleceu a prorrogação das autorizações de PCHs, que antes não estava prevista, por meio do pagamento da outorga. Desse modo, não seria possível estender o prazo das autorizações de forma gratuita. A aplicação retroativa dos efeitos da resolução traria, também, insegurança jurídica. No mesmo processo em que a Abrapch solicitou o deslocamento do término dos contratos, a Abragel - que também representa esse tipo de usina - apresentou proposta de preservação dos prazos atuais das outorgas. (Agência CanalEnergia – 22.02.2017)

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4 Aneel recomenda extinção da outorga de usina da Copel

A Aneel vai recomendar ao MME a extinção da concessão da hidrelétrica Rio dos Patos, que pertencia à Copel GT. O empreendimento está com a operação suspensa desde setembro de 2014, em consequência de danos provocados por inundações em julho daquele ano. O processo será feito sem a reversão dos bens do empreendimento para a União. O aproveitamento hidrelétrico do trecho do rio dos Patos, onde está localizada a usina, deverá ser usado na implantação do projeto da pequena central hidrelétrica Dois Saltos, com 30 MW de potência Instalada. Desde 2015, havia a previsão de uso compartilhado do barramento existente da UHE Rio dos Patos pela PCH, o que reduziria a geração de energia da usina. Naquele ano, a Aneel emitiu a autorização de Dois Saltos, que tinha potência prevista de 25 MW. O contrato de concessão da UHE Rio dos Patos venceu em 2014 e não foi renovado por decisão da Copel. A estatal assumiu a operação temporária da usina até a escolha de um novo concessionário, mas o acidente que afetou a casa de força e as demais estruturas paralisou a operação. A estimativa é de que seriam necessários investimentos de R$ 3,1 mi para retomar as condiçõs operativas do empreendimento. Classificada como UHE na epoca da outorga, Rio dos Patos é, pela classificação atual, uma central geradora hidrelétrica (usina hidráulica com até 5 MW). Localizada no município de Prudentópolis, no Paraná, a usina tem potência instalada de 1,72 MW e precisaria apenas do registro simplificado na Aneel, caso estivesse em condições de operar. (Agência CanalEnergia – 22.02.2017)

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5 CPFL: Solução para aumentar a oferta de energia no mercado

Uma solução de curto prazo para aumentar a oferta de energia incentivada no mercado livre seria a realização de um leilão pelas distribuidoras, que venderiam as sobras contratuais aos consumidores livres e comercializadoras. "Seria uma solução de curto prazo e resolveria a questão do balanço energético nos próximos anos", apontou o presidente da CPFL Brasil, Daniel Marrocos. Segundo ele, uma análise feita pela companhia viu como "factível" a transferência de 2.500 MW médios de energia incentivada do mercado cativo para o livre por meio desse leilão. A solução estrutural para o problema, por sua vez, precisaria passar por uma mudança no modelo de contratação de novos projetos. "Hoje temos leilões no mercado regulado e o livre opera com o excedente da energia. Discutimos uma mudança nesse modelo", disse Marrocos. Apesar dos desafios que o mercado livre de energia ainda tem pela frente, a visão do executivo é otimista sobre a discussão da maior abertura deste ambiente de contratação, com uma perspectiva "promissora para os negócios nos anos futuros". A chinesa State Grid, que assumiu o controle do grupo CPFL no começo do ano, ficou "bastante impressionada" com o resultado histórico que a comercializadora já construiu. Segundo Marrocos, ainda que a comercialização não seja a expertise dos novos sócios, eles estão se aprofundando no assunto para entender onde usar a tecnologia disponível para melhorar questões como eficiência. (Valor Econômico – 23.02.2017)

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6 PCH Cadengo foi liberada para operar em teste

A Aneel liberou a PCH Cadengo, localizada no município de Valença, na Bahia, para operar em teste. O benefício foi para UG1 e UG2, de 4,427 MW cada e UG3 de 2,604 MW, totalizando 10,98 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 22.02.2017)

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Empresas

1 Fitch mantém nota de crédito da Celesc, com perspectiva estável

A Fitch afirmou o rating nacional de longo prazo da Celesc em ‘A+(bra)’, com perspectiva estável. Segundo a Fitch, o rating reflete o sólido perfil de crédito da Celesc, com expectativa de manutenção dos índices de alavancagem financeira e liquidez em patamares conservadores, apesar da projeção de fluxo de caixa livre negativo nos próximos anos. A Fitch acredita que a empresa conseguirá gerenciar sua relação dívida e Ebitda em patamar inferior a três vezes. A análise da agência se baseia na existência de uma cláusula de garantia de proteção em algumas dívidas, como o cross default (cláusula de vencimento antecipado cruzado). Por outro lado, a Fitch menciona o risco político do grupo, decorrente do controle acionário público, bem como os moderados riscos regulatórios e hidrológicos, inerentes ao setor elétrico. “A Celesc também tem como importante desafio melhorar o desempenho de sua atividade de distribuição de energia, diante do cenário macroeconômico desafiador no Brasil. Além disso, a lenta recuperação econômica do país, sobretudo da atividade industrial, deve frustrar as expectativas iniciais da companhia de venda de energia e exigir um eficaz gerenciamento da provável sobra de seu volume de energia contratada”, completou a agência. (Valor Econômico – 22.02.2017)

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2 Lucro da Neoenergia recua 15% em 2016

A Neoenergia, grupo de energia controlado pela Iberdrola, a Previ e o Banco do Brasil, registrou lucro de R$ 383,5 mi em 2016, resultado 14,64% inferior em relação ao ano anterior. Na mesma comparação, a receita líquida da companhia cresceu 0,75%, para R$ 14,8 bi, e o Ebitda avançou 15,37%, para R$ 2,762 bi. De acordo com o grupo, o resultado foi influenciado principalmente pelo efeito não recorrente da venda para a Contour Global de um conjunto de ativos de geração abaixo do valor contábil, em novembro do ano passado. Excluindo esse fator, o Ebitda e o lucro líquido no ano passado alcançaram R$ 2,84 bi e R$ 487 mi, respectivamente. Ainda desconsiderando a venda dos ativos, o Ebitda e o lucro, apresentaram crescimento de 18,45% e 8,44%, respectivamente, em relação a 2015. A conclusão do negócio ainda está sujeita à autorização de órgãos como Cade e a Aneel. O volume de energia distribuída pelo grupo Neoenergia em 2016 totalizou 38.542 GWh, com alta de 1,9% em relação ao ano anterior. Os destaques foram as distribuidoras Coelba (BA) e Cosern (RN), que apresentaram crescimento de 3,6% e 1,9%, respectivamente, da energia distribuída. A Celpe (PE) registrou queda de 0,2% do volume de energia distribuída, na comparação anual. (Valor Econômico – 22.02.2017)

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3 CPFL Brasil prevê crescimento de 50% em volume este ano

A CPFL Brasil deve registrar um crescimento de 50% no volume contratado de energia na comparação com 2016, como resultado da estratégia de migração de novos consumidores e ganhos de eficiência implementada pela empresa nos últimos dois anos. Entre 2014 e 2016, a comercializadora alcançou uma expansão de 42% do volume de energia incentivada contratado com consumidores livres, ante uma média de crescimento de 35% do mercado em geral, disse, em entrevista ao Valor, o presidente da CPFL Brasil, Daniel Marrocos. Nesse período, a expansão do volume de energia contratada no mercado livre de energia foi de 9%, refletindo a forte entrada de consumidores especiais - com consumo de 0,5 MW a 3 MW e obrigação de comprar energia incentivada, apesar da queda no consumo dos grandes consumidores industriais. "Dado que falamos de um período que atravessa toda a crise macroeconômica, crescer 9% foi bom", disse Marrocos. O volume de contratos da CPFL Brasil teve expansão de 16% no total, acima da média do mercado em geral. Para Marrocos, o movimento de migração de consumidores especiais, que ganhou muita força no ano passado, ainda tem espaço para continuar em 2017, embora não no mesmo ritmo. (Valor Econômico – 23.02.2017)

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4 Moody’s: Venda de distribuidoras da Eletrobras em 2017 enfrenta riscos

A Eletrobras poderá enfrentar grandes desafios para cumprir sua meta de vender ainda neste ano seis distribuidoras de eletricidade que atuam no Norte e Nordeste do país, afirmou a Moody's em relatório sobre o plano de negócios da estatal para o período 2017-2021 divulgado nesta quarta-feira. A companhia, que no ano passado privatizou a distribuidora goiana Celg-D, assumiu o compromisso de deixar totalmente o segmento de distribuição até o final deste ano, além de promover outras vendas de ativos para reduzir dívidas. "A privatização das distribuidoras também enfrenta riscos de execução devido a fundamentos econômicos desafiadores dessas concessões. Apesar do sucesso no leilão da Celg-D, em novembro de 2016, nós somos céticos quanto à licitação das outras seis distribuidoras até o final do ano", afirma a Moody's. Essas empresas que a Eletrobras pretende vender atuam em estados do norte e nordeste. "Localizadas em regiões com economias menos robustas, essas companhias podem exigir investimentos significativos para melhorar a confiabilidade e a qualidade do serviço, o que gera incerteza para os potenciais interessados", diz a agência. A Eletrobras pretende obter R$ 4,6 bi com vendas de ativos, e a Moody's estima que metade do valor poderia ser obtida neste ano e metade em 2018. Apesar disso, a situação da elétrica deve começar a melhorar apenas no ano que vem, segundo a agência. (O Globo – 22.02.2017)

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5 Celesc negocia com Eletrobras pagamento de R$ 2,2 bilhões devidos à CDE

A Celesc, distribuidora estadual de energia de Santa Catarina, negocia com a Eletrobras o pagamento de cerca de R$ 2,2 bi que deveriam ter sido repassados para a CDE entre abril de 2015 até o presente momento. A empresa está protegida por uma decisão judicial e por isso não consta na lista de inadimplentes da Aneel. A disputa começou quando a Eletrobras, gestora da CDE, interrompeu em agosto de 2014 os repasses de recursos do fundo setorial à Celesc D a título de subvenções econômicas. A CDE é um encargo setorial pago por todos agentes que comercializam energia no Brasil e serve para financiar políticas setoriais do governo, como por exemplo, promover a universalização do serviço de energia elétrica em todo o território nacional e conceder descontos tarifários a diversos usuários de baixa renda. Com a publicação da Medida Provisória 579/12, o fundo também se tornou responsável por indenizar as concessões de geração e transmissão que foram renovadas em 2013. Segundo dados da Aneel, entre 2013 e 2014, o fundo pagou R$ 8 bi em indenizações. O resultado foi que os recursos se esgotaram em 2014 e a Eletrobras deixou de repassar os recursos devidos para as distribuidoras, entre elas a Celesc D. Por outro lado, como as responsabilidades de custeio do fundo saltaram de R$ 14,1 bi em 2013 para R$ 25,2 bi em 2015, houve a necessidade de aumentar significativamente a arrecadação do fundo. No caso da Celesc, a empresa costumava arrecadar R$ 8 mi mensais, mas viu essa conta aumentar para R$ 129 mi/mês em 2015, todavia, ainda sem receber a contrapartida já acumuladas desde 2014. A Celesc vem arrecadando as quotas da CDE dos consumidores de energia, mas não tem repassado para o fundo - que é apenas administrado pela Eletrobras. Segundo o presidente da distribuidora, Cleverson Siewert, esse valor se acumula em cerca de R$ 2,2 bi, porém a empresa teria que receber algo próximo a R$ 1,2 bi. Neste momento, a Celesc negocia com a Eletrobras a regularização desse encontro de contas. O executivo garantiu que a negociação está evoluindo e que a situação pode ser regularizada ainda no primeiro trimestre. (Agência CanalEnergia – 22.02.2017)

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6 Após queda no lucro, WEG fala em 2017 com "otimismo cauteloso"

Após enfrentar o pior ano da recessão, e o único da crise vivida pelo setor de máquinas e equipamentos em que viu seu lucro reduzir, a WEG acredita que 2017 será o ano em que terá início um processo de normalização da economia brasileira e em que a empresa já poderá voltar a crescer. O diretor administrativo financeiro, André Luis Rodrigues, disse ao Valor que isso já fica mais evidente ao se olhar para as projeções de PIB: "Uma pequena queda é diferente de uma redução de quase 4%". Com isso, a empresa se permite ter, para o ano, o que o executivo chama de um "otimismo cauteloso". Dentre as oportunidades que a fabricante vislumbra está o leilão de transmissão de energia elétrica previsto para este semestre. As expectativas para a área de geração de energia, bastante movimentada em 2015, devem ficar mais claras com o leilão de descontratação estruturado pelo governo. Mesmo o leilão de transmissão do ano passado ainda deve gerar faturamento para a WEG, no caso de algum contrato ser assinado. O diretor diz que os vencedores das linhas estão agora se movimentando e que conversas já estão sendo travadas. "Nossa expectativa é de que o ambiente vai continuar desafiador, o país vai saindo lentamente da recessão", disse, lembrando que a crise política aumenta as incertezas. "Primeiro, as empresas começam a fazer o que deixaram de fazer no passado, isso vai progredindo e, dependendo da velocidade com que isso acontece, caminha para eventuais novos ciclos de expansão de capacidade em setores particulares", comentou André Luis. (Valor Econômico – 23.02.2017)

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7 WEG enxerga duas situações no setor elétrico

No segmento de negócios GTD da Weg, a empresa indica que há duas situações diversas no setor elétrico. Para a geração de energia a demanda é classificada como fraca, reflexo do atual cenário de retração do consumo de energia. E a estimativa da empresa é de que o ritmo nessa área deverá seguir lento por algum tempo, até que se tenha clareza da robustez da recuperação da demanda. Já em transmissão e distribuição o cenário é diferente, resultado das mudanças nas condições dos leilões e que levou a boa parte dos lotes arrematados no último certame. Em relação à participação da GTD na composição de receita da Weg houve relativa estabilidade quando se compara os números do quarto trimestre de 2016 e de 2015. A área de negócios respondeu por 32,2% ano passado, contra 32% do anterior. O maior crescimento se deu no mercado interno com elevação de 3,7 p.p, passando de 17,9% para 21,6%, enquanto o mercado externo respondeu por 10,6% da receita da empresa nos três últimos meses de 2016. Os investimentos totais da companhia em expansão e modernização somaram R$ 235,5 mi em 2016. O Brasil foi o destino de 29% desses recursos, enquanto 71% foram aplicados no exterior, com destaque para a continuidade dos projetos nas unidades de motores elétricos no México e na China. (Agência CanalEnergia – 22.02.2017)

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8 Energisa: consumo de energia cresce 4,1% em janeiro

O consumo de energia nas áreas de concessão das empresas do grupo Energisa somou 2.431,9 GWh em janeiro, o que representa um aumento de 4,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, refletindo a melhora do cenário macroeconômico do país. Considerando o fornecimento não faturado, o volume passa para 2.463,2 GWh, o que significa um aumento de 7,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em decorrência, em parte, das migrações de consumidores do mercado cativo, o mercado livre apresentou acréscimo de 42,6% no consumo. Já o consumo no mercado cativo (2.061,1 GWh) mostrou leve queda de 0,7% no mês, impactado pelas referidas migrações. Todas as distribuidoras do grupo apresentaram aumento do consumo (cativo, livre e não faturado), com destaque para os aumentos nas concessões da: Borborema (+30,4%); Paraíba (+12,6); Tocantins (+9,1%); Mato Grosso do Sul (8,8%) e Nacional (+8,0%). No total a empresa controla 13 distribuidoras. Troca de cadeiras - A partir de 1º de março de 2017, três diretores vão trocar de cadeiras e levar seus conhecimentos e experiências para outras concessões. O engenheiro eletricista Amaury Damiance assumirá a Diretoria Técnica da Energisa Mato Grosso (EMT). Amaury tem 57 anos e 27 anos dedicados à Energisa. Juliano Ferraz de Paula, há onze anos na Energisa, passará para a Diretoria Técnica da Energisa Sergipe. Com 42 anos, Juliano é engenheiro eletricista e advogado, com pós-graduação em segurança do trabalho e MBA em Gestão Empresarial, Gestão de Pessoas e Desenvolvimento Gerencial. Seus últimos três anos foram dedicados a diretoria técnica da Energisa Tocantins. Alessandro Brum assumirá a Diretoria Técnica da Energia Tocantins, levando todo conhecimento adquirido nestes onze anos na Energisa, além da experiência com os desafios da Energisa Mato Grosso, onde atuou como diretor nos últimos três anos. (Agência CanalEnergia – 22.02.2017)

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9 Eldorado Brasil bate recorde de exportação de energia para rede

A Eldorado Brasil exportou para a rede elétrica brasileira 29,83 MWh na última sexta-feira (17/2), montante considerado recorde na geração diária, informou a produtora de celulose nesta quarta-feira (22/2). Segundo a empresa, o aumento da oferta de energia está relacionado à maior estabilidade industrial. A empresa estuda ampliar a exportação ao sistema elétrico para mais de 30 MWh, em 2017. A Eldorado tem potência instalada para produzir até 220 MWh de energia de biomassa de eucalipto, sendo 90 MWh utilizados pela fábrica e 55 MWh, em média, fornecidos para outras indústrias do complexo químico industrial. (Brasil Energia – 22.02.2017)

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10 Fitch destaca o bom desempenho da Alupar no Brasil

A Fitch afirmou o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA+(bra) da Alupar Investimentos e de suas emissões de debêntures, destacando o baixo risco dos ativos de transmissão e geração da companhia, com margens robustas de geração de caixa. A perspectiva do rating corporativo da Alupar é estável, segundo boletim divulgado na última terça-feira, 21 de fevereiro. Para a agência, as perspectivas de longo prazo para o segmento de geração são positivas, uma vez que a companhia tem cerca de 88% de sua energia assegurada contratada até 2025 e aderiu com seus contratos de venda de energia no mercado regulado à proposta do governo de mitigação do risco hidrológico. A empresa possuí 359MW médios de energia assegurada, com contratos de longo prazo ajustados pela inflação. Parte dos 12% descontratados se refere a projetos ainda em desenvolvimento e à energia gerada ainda em negociação no mercado livre. Em 2016, a Alupar voltou a ser mais ativa nos leilões de transmissão, conquistando seis novos projetos que deverão ser construídos até 2022, com expectativa de investimentos total de R$ 3,4 bi. A Fitch acredita que o incremento do risco de construção decorrente da participação em seis novas concessões de linhas de transmissão é parcialmente mitigado pela expertise da companhia em implantar projetos e por sua comprovada flexibilidade financeira. A análise considera também a expectativa de obtenção de novos projetos, dentro da estratégia de crescimento da companhia, bem como os moderados riscos hidrológico e regulatório do setor brasileiro de energia elétrica. (Agência CanalEnergia – 22.02.2017)

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11 Furnas energiza terceira linha de transmissão da subestação Grajaú

Furnas concluiu, em dezembro de 2016, as duas primeiras etapas de energização do novo setor blindado de 138KV da Subestação de Grajaú (RJ). Em janeiro deste ano foi finalizada a terceira etapa, com a energização da Linha de Transmissão Cascadura-Grajaú (Circuito 4), a terceira das 16 linhas e dos quatro bancos de transformadores a operar na nova unidade, totalmente isolada a gás SF6. O SF6 é utilizado, principalmente, em subestações como meio isolante e extintor de arco elétrico. A ação compreende um total de 13 etapas. A obra teve início em julho de 2014 e a montagem eletromecânica encontra-se em andamento desde novembro de 2015; a subestação tem previsão de operação integral, com todas as cargas, a partir de julho de 2017. São partes integrantes desta empreitada as obras externas ao prédio, como a construção de cable rack´s, instalação de cabos de alta tensão de 138 kV, construção de torres, instalação de fluodutos, modernização do controle da blindada de 500 kV, substituição de equipamentos e adequação dos barramentos aéreos nas saídas das linhas para Cascadura, Jacarepaguá, Terminal Sul e Frei Caneca, todas operadas pela Light. A Subestação de Grajaú é responsável pelo suprimento de energia ao centro econômico-financeiro e dos principais pontos turísticos da cidade do Rio de Janeiro. Juntamente com a Subestação de Jacarepaguá responde, também, pelo atendimento à região metropolitana. (Agência CanalEnergia – 22.02.2017)

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12 Engie Brasil recebe parcela de R$ 217,5 milhões de financiamento do BNDES

A Engie Brasil Energia divulgou nesta quarta-feira, 22 de fevereiro, que recebeu o primeiro desembolso do BNDES relativo ao financiamento destinado à implantação do complexo eólico Santa Mônica, localizado no Ceará. O valor recebido ficou em R$ 217,5 mi de um total de R$ 353,3 mi, que representam 70% dos itens financiáveis do projeto. O prazo de amortização é de 16 anos. O empreendimento é composto pelos parques eólicos Estrela, com capacidade instalada de 29,7 MW; Ouro Verde, com capacidade instalada de 29,7 MW; Cacimbas, com capacidade instalada de 18,9 MW; e Santa Mônica, com capacidade instalada de 18,9 MW. Os dois últimos já estão em operação comercial e os demais devem entrar ainda no 1º primeiro trimestre deste ano. (Agência CanalEnergia – 22.02.2017)

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13 Light vai receber R$ 2,6 milhões por fornecimento para Olimpíadas

A Aneel autorizou a transferência de recursos da CDE para a Light no valor de R$ 2.608.881,56, referente a parcela do mês de dezembro de 2016, para as obras de fornecimento de energia elétrica temporária para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, referentes ao Internacional Broadcast Centre (IBC). (Agência CanalEnergia – 22.02.2017)

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14 Abraceel tem três novas associadas

Três empresas aderiram ao quadro de associados da Abraceel, que passa a contar com 71 comercializadores de energia, informou a associação nesta quarta-feira (22/2). Infinity Energias, FDR Energia e Atlantic Energias Renováveis tiveram a adesão aprovada em reunião do conselho da entidade na semana passada. O total de associados corresponde a 98% da energia comercializada no mercado livre do país, atendendo a 3.200 consumidores. (Brasil Energia – 22.02.2017)

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15 Basf recebe certificação ISO 50001

A Basf recebeu certificação internacional ISO 50001, de gestão energética, para três unidades do complexo químico da companhia, em Guaratinguetá (SP). A empresa obteve a certificação após implantar o projeto Triple E (Excellence in Energy Efficiency), iniciado em dezembro de 2015. O projeto é baseado em ações de eficiência energética, melhoria dos custos de energia e redução de impactos ambientais. (Brasil Energia – 22.02.2017)

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Leilões

1 Dois lotes do leilão 13/2015 são enquadrados no Reidi

O MME aprovou o enquadramento no Reidi do projeto de transmissão de energia elétrica referente ao Lote X do Leilão nº 013/2015. O projeto é localizado no município de Paranaíta, no estado do Mato Grosso. O pedido de execução das obras será de 27 de junho de 2016 até 27 de junho de 2019. Também foi aprovado pelo MME o enquadramento no Reidi do projeto de transmissão de energia elétrica referente ao Lote E do leilão nº 13/2015, localizado em diversos municípios do estado da Bahia. Será gasto sem a incidência de impostos, um total de R$ 654,6 mi e período de execução das obras será compreendido de 29 de setembro de 2016 até 29 de setembro de 2020. O MME também aprovou o enquadramento no Reidi do projeto de reforços em instalações de transmissão de energia elétrica localizado em diversos municípios do estado de Pernambuco. As obras serão executadas no período de 1º de março de 2016 até 1º de julho de 2017. O projeto da UTE Belém, localizada no município de São José dos Pinhais, no Paraná, também foi enquadrado no Reidi pelo MME. Será gasto um total, sem a incidência de impostos, de R$ 18,9 mi e o período das obras será executado de 15 de janeiro de 2017 até 30 de junho de 2017. O MME também aprovou o enquadramento no Reidi do projeto de reforços em instalações de transmissão de energia elétrica no município de Goiânia, em Goiás. O período de execução das obras será de 1º de julho de 2016 até 30 de setembro de 2017 e será gasto um total de R$ 1,2 mi, sem a incidência de impostos. (Agência CanalEnergia – 22.02.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Nordeste continuam operando com volume de 19,5%. Os dados são do ONS, referentes ao último dia 21 de fevereiro. A energia armazenada é 10.089 MW/mês e a ENA é 5.335 MWm, que é o mesmo que 29% da média de longo termo armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho está operando com 11,65% da capacidade. No submercado SE/CO os reservatórios estão operando com 40,1% da capacidade, 0,1% a menos que o dia anterior. A energia armazenada é 81.510 MW/mês e a ENA é 41.734 MWm, que é equivalente a 72% da MLT. A usina de Furnas está operando com volume de 47,62% e a de Nova Ponte com 31,04%. Na região Norte, houve um aumento de 1,1%, o que deixou os reservatórios operando com volume de 38,2%. A energia armazenada na região é 5.741 ME mês e a ENA é 13.494 MWm, que é equivalente a 60% da MLT. A usina de Tucuruí está operando com volume de 59,46%. Na região Sul, houve queda de 0,7%, o que deixou os reservatórios com 55,2% da capacidade. A energia armazenada é 11.007 MW/mês e a ENA é 8.597 ME med, que é o mesmo que 104% da MLT. A usina de Barra Grande está operando com volume de 40,74%. (Agência CanalEnergia – 22.02.2017)

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Meio Ambiente

1 MME e Integração anunciam investimentos para população de Altamira no Pará

O MME lançou, em 21 de fevereiro, as obras da 2ª Etapa do Programa Luz para Todos em Altamira (Pará), próximo à UHE de Belo Monte. Um dos maiores objetivos do programa é proporcionar maior qualidade de vida e desenvolvimento aos brasileiros das regiões mais afastadas. Em parceria com o Ministério da Integração, foram anunciados também investimentos do programa "Água para Todos" na região no Xingu. As novidades foram apresentadas pelos ministros de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e da Integração Nacional, Helder Barbalho. Durante o evento, realizado em Altamira, Coelho Filho destacou a importância do Luz Para Todos para o desenvolvimento econômico e social dos brasileiros. O ministro lembrou ainda dos diversos desafios que o país tem enfrentado, e que todas as ações em curso são tomadas com responsabilidade, visando “o País, o Estado e a cidade que queremos construir lá na frente”. Além dos ministros, o evento também contou com a participação de prefeitos da região, lideranças locais e representantes de movimentos sociais – aproximadamente 600 pessoas. A segunda etapa do Luz para Todos na região vai beneficiar 10 municípios: Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfirio, Uruará e Vitória do Xingu. Ainda com relação ao Luz para Todos, os atendimentos são compromissos do Governo Federal inseridos no Plano de Desenvolvimento Regional – PDRS Xingu, que visam alavancar o desenvolvimento na região. O novo contrato prevê investimentos da ordem de R$ 160 mi e atenderá mais 11.500 famílias, beneficiando 46 mil pessoas. Os recursos são do Governo Federal e da distribuidora Celpa, a quem compete executar as obras do Luz para Todos no estado do Pará. (Agência CanalEnergia – 22.02.2017)

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Energias Renováveis

1 Sinais de atividade no Nordeste com destaque para energia renovável

A crise econômica atingiu mais fortemente o Nordeste do que o restante do país. A estimativa da 4E Consultoria é que o PIB da região tenha recuado 6,4% em 2016, enquanto a economia brasileira caiu 3,6%. As projeções para 2017 são de recuperação da atividade econômica na região, embora algumas das principais consultorias do país apresentem divergências em relação ao ritmo em que se dará a volta do crescimento. Os sinais da retomada da confiança dos empresários com a região já podem ser notados. Nos últimos dois anos, Bahia e Pernambuco promoveram uma gestão mais apurada de seus gastos com custeio e registraram, cada um, economias superiores a R$ 1 bi. O consultor José Sampaio, sócio líder da Deloitte no Nordeste, diz que o potencial da região para atrair investimentos é muito grande. "Há muito o que fazer no Nordeste, é uma região carente demais em infraestrutura", diz. Uma atividade com grande potencial é a de geração de energia renovável, principalmente eólica. O consultor diz que dois fatores devem contribuir para atrair os recursos necessários. O primeiro é a cotação do dólar acima de R$ 3,00. "O Brasil está barato para investidores estrangeiros", diz. O segundo fator são os incentivos fiscais e a política de financiamentos para a região. O BNB, por exemplo, vai elevar em 2017 os recursos para empréstimos na região. O apoio para empresas que entrem em concessões ou PPPs de obras de infraestrutura na região deve somar R$ 11,4 bi. "Esperamos montar uma engenharia financeira que possa viabilizar essas iniciativas. Estamos tentando contribuir com os governos estaduais para melhorar a partilha de risco desses negócios, uma operação que não é muito trivial", afirma Luiz Esteves, economista-chefe do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), ligado ao banco. Esteves informa que o BNB também vai reforçar a linha de crédito para micro e pequenos empreendedores rurais, clientes que são o público alvo da instituição. Um estudo elaborado pelo economista Airton Saboya Valente Junior, gerente de estudos e pesquisas macroeconômicas do Etene, aponta os setores nos quais estão as principais oportunidades de adensamento produtivo, Alagoas e Sergipe tem como exemplos a produção de energias limpas. (Valor Econômico – 23.02.2017)

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2 Quase 80% da geração eólica brasileira vêm da região Nordeste

Com ventos contínuos e intensos e um dos melhores índices de irradiação do mundo, o Nordeste assistirá nos próximos anos ao reforço da energia eólica e solar, que deverão receber mais de R$ 20 bi em investimentos em diversos projetos. Em fevereiro, a capacidade de geração eólica no Brasil atingiu o recorde de 10,7 GW (7,1% da eletricidade do país), sendo que 8,3 GW (ou 77,5% do total) estão nos nove Estados da região. Rio Grande do Norte, com 3,4 GW, Bahia, com 1,9 GW, e Ceará, com 1,8 GW, são os três Estados com mais usinas eólicas instaladas ou em teste no Brasil. A expansão será maior: existem pouco mais de 7 GW de capacidade em construção ou já contratados, sendo que 95% do total estão em projetos no Nordeste, com destaque para a Bahia com 3,5 GW, segundo dados da Abeeólica. Nos últimos três verões, em que condições climáticas reduziram a capacidade dos reservatórios das hidrelétricas que atendem à região, as usinas eólicas responderam por mais de 30% da geração do Nordeste, com um fator de capacidade em alguns momentos superior a 60%, o dobro da média mundial. Segundo o Plano Decenal 2024, do governo federal, a capacidade instalada eólica brasileira chegará a 24 GW em 2024 respondendo por 11,4% da total. O potencial atrai investidores. Um deles é a Enel Green Power, que está investindo cerca de US$ 2 bi na construção de quatro novos parques solares e três eólicos no país, que adicionarão cerca de 1.249 MW de capacidade instalada. Os projetos foram arrematados em leilões de reserva em 2014 e 2015. "Hoje não há capacidade instalada dos fornecedores no Brasil para atender a toda essa potência instalada, uma parte dos parques é importada, mas estamos ajudando empresas estrangeiras para que elas transfiram sua tecnologia ao Brasil", diz Carlos Zorzoli, presidente da Enel no Brasil. (Valor Econômico – 23.02.2017)

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3 Celesc vai instalar painéis solares em mil residências

A Celesc lançou segunda-feira um projeto de instalação de sistemas de geração de energia solar em mil residências do Estado. A iniciativa é inédita também no formato: a empresa prometeu arcar com 60% do custo da instalação do sistema, planejado para uma família de quatro a cinco pessoas com consumo alto de energia elétrica. Na segunda-feira, às 10h, a distribuidora de energia de Santa Catarina abriu o cadastro para os interessados no "Projeto Bônus Eficiente Linha Fotovoltaica". A procura superou qualquer expectativa - foram mais de dez mil pessoas em três dias. A cota reservada para a Grande Florianópolis foi alcançada em 30 minutos. Trata-se do maior projeto do gênero de geração de energia solar no Brasil. Neste modelo, os consumidores se tornam também produtores de energia elétrica. Alguns dos requisitos são o cliente ter 20 m2 livres no telhado para a instalação de painéis fotovoltaicos que serão importados da China, não ter sombra de árvores ou prédios e consumo mensal de pelo menos 350 kWh nos últimos 12 meses. A iniciativa tem peso em um segmento que apenas inicia no país. Até segunda-feira havia somente 8.232 unidades com geração distribuída no Brasil - fotovoltaicas e conectadas à rede -, segundo a Aneel. Pela iniciativa da Celesc, os consumidores aprovados no cadastro terão um sistema fotovoltaico de 2,6 kWp. Pagarão por ele R$ 6.700, ou 40% de seu custo total, estimado em R$ 18 mil. Os painéis solares no telhado poderão significar uma economia de R$ 2 mil ao ano para o consumidor na conta de luz. O sistema fotovoltaico gerará energia elétrica para consumo da família e o excedente irá à Celesc, gerando um crédito ao cliente. Cleverson Siewert, presidente da Celesc, diz que o preço da tecnologia está caindo e tornando a energia solar cada vez mais atraente. "O 'payback' já foi de 20 anos. Hoje, para uma geração média, está em oito anos. E neste projeto é de 3,5 anos", calcula. O presidente da Celesc diz que o projeto servirá, também, para um estudo de mercado. (Valor Econômico – 23.02.2017)

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4 Futuro da eólica na Bahia

Uma das principais apostas baianas é na indústria de equipamentos para a geração de energia renovável. A Bahia ocupa o segundo lugar na produção de energia eólica com 68 projetos em operação e 1,7 GW de capacidade instalada, e prevê ultrapassar o atual líder, o Rio Grande do Norte, em 2018. A Bahia aproveitou esse potencial para levar toda a cadeia produtiva de equipamentos eólicos, com investimentos de empresas como GE, Gamesa, Torrebras, Acciona, Torres Eólicas do Nordeste (TEN) e Wobben Windpower. Em 2016, a fabricante paulista de pás eólicas Tecsis concluiu um investimento de R$ 220 mi em uma fábrica no Polo Industrial de Camaçari com capacidade para produzir 2,5 mil pás por ano. O governo do Estado contabiliza R$ 6 bi de investimentos acordados para a geração eólica e produção de equipamentos até 2018. (Valor Econômico – 23.02.2017)

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5 Projeções para energia solar no território baiano

Paulo Guimarães, superintendente de promoção do investimento do Estado, diz que a mesma estratégia de adensamento de cadeia produtiva será repetida para a indústria de energia solar, aproveitando o grande volume de insolação do território baiano, avaliado como o maior do país. No fim de 2016, a italiana Enel Green Power fechou acordo de US$ 980 mi em quatro unidades de geração solar, sendo três na Bahia uma no Piauí. No total, a empresa prevê produzir mais de 1,7 Terawatt/hora (TWh) por ano. Na ponta inicial da cadeia fotovoltaica, a Bahia conta com duas minas que podem ser exploradas para a produção de insumos necessários para a produção de equipamentos fotovoltaicos, uma de sílica de altíssima pureza e outra de quartzo. A indústria de equipamentos fotovoltaicos no Brasil ainda não decolou, muito por conta da indecisão do governo federal de liberar incentivos fiscais previstos no Programa de Apoio de Desenvolvimento da Indústria de Semicondutores (Padis). Segundo Ricardo Alban, presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), apesar do esforço do governo baiano, a concretização de negócios no Estado tem sido muito prejudicado pela deficiência logística. (Valor Econômico – 23.02.2017)

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6 Receitas próprias do Piauí cresceram 7%

Equilíbrio fiscal, sustentabilidade econômica e fiscal orçamentária nas áreas de planejamento, finanças e administrativa são os pilares estratégicos que conseguem sustentar a política de investimento do Piauí, mesmo em um cenário da crise econômica. O estado reduziu sua folha de pagamentos em mais de R$ 80 mi em 2016, diminuiu o custeio e aumentou a receita própria em mais de 7%. As transferências do governo federal caíram, mas ainda assim o Piauí teve um saldo positivo em suas finanças em 2016, aponta o secretário Antônio Rodrigues de Souza Neto, do Planejamento. "O Piauí tem hoje uma capacidade de endividamento muito boa, algo como 0,45% de sua receita corrente líquida. Nós tivemos um ano muito positivo, que nos permitiu ter acesso a operações financeiras e investir mais de R$ 800 mi em obras estruturantes." Foi criado o Fundo de Desenvolvimento Industrial do Piauí (Fundipi), que permite investimentos principalmente em infraestrutura para empresas que vem a se instalar no Estado. O investimento privado tem sido um fator importante para o Piauí entrar no radar da energia eólica e solar, diz Antônio José de Moraes Souza Filho, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi). "Temos nos destacado nos últimos anos como uma região propícia para projetos de energia eólica e fotovoltaica", diz ele. "No caso da eólica já existem usinas em operação com capacidade de 863 MW, mas em breve, as usinas eólicas que estão em fase de implantação vão produzir 1,22GW. Quanto à energia solar estão em implantação projetos que vão gerar 480 MW." Porém, um grande entrave para o desenvolvimento do potencial do Estado é o da falta de mão de obra especializada, especialmente para as operações no campo da energia renovável. "O Brasil experimentou um rápido crescimento da geração eólica, principalmente no Nordeste, mas não encontra reflexo em mão-de-obra local qualificada", diz Gustavo Mattos, diretor de implantação da Ômega Energia, controlada pela Tarpon Investimentos. (Valor Econômico – 23.02.2017)

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7 Empresários e governo do Rio Grande do Norte preparam plano até 2035

Apesar do esforço recorrente de recuperação, o Rio Grande do Norte registra um grau de investimento público com tendência decrescente desde 2006. No ano passado, 58% das empresas realizaram investimentos, abaixo dos 72% observados em 2015. E ainda assim, 35% o fizeram apenas parcialmente. Este ano, 67% da indústria potiguar tem planos de investir no Estado, uma proporção inferior aos 70% das empresas que planejavam investir em 2016. "É uma taxa decrescente, mas ainda assim o número é significativo diante das dificuldades atuais", aponta Amaro Sales, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern). O governo criou o RN Gás, que dá incentivo ao gás natural, e bateu o recorde de emissão de licenças ambientais, o que deve gerar mais de 40 mil novos empregos. O governo investiu também em obras de infraestrutura e mais de R$ 110 mi em segurança pública. Uma das prioridades [de investimento], diz Flávio Azevedo, secretário de Desenvolvimento Econômico é a implantação do Parque Tecnológico, para o desenvolvimento de pesquisa e inovação aplicada às cadeias produtivas. O Estado pleiteia um empréstimo de R$ 850 mi junto ao governo federal, aprovado pela STN. Empresários e agentes das instituições governamentais apontam sinais de melhora no cenário econômico, de maneira geral, no Estado. O balanço mais otimista de todos os apurados é o do setor de energia eólica, considerado o de maior crescimento no Estado nos últimos anos. Dados da Abeeólica, Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne) e Fiern indicam que o Rio Grande do Norte já produz cerca de um terço da energia gerada no país -3,3 GW, distribuídos entre 122 parques em operação. Em 2017, o Estado deve chegar a uma geração de 4,8 GW produção, meta estudada pelo Plano Mais RN e sugerida para 2020. (Valor Econômico – 23.02.2017)

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Gás e Termelétricas

1 Mato Grosso do Sul quer ressarcimento da Petrobras por queda de importações

O governador do Mato Grosso do Sul Reinaldo Azambuja pediu durante uma reunião com o secretário executivo da Casa Civil da Presidência da República, Daniel Sigelmann, em Brasília, que a Petrobras indenize o estado pelas quedas na arrecadação de ICMS causadas pela redução na importação de gás da Bolívia. Azambuja propôs que a petroleira retome o volume de bombeamento de 2016 ou indenize o estado no valor do contrato vivente com a Bolívia, de 24 milhões de m³. O governador defende que existe demanda para o gás boliviano. “Ou a Petrobras faz a compensação do que já paga por força do contrato vigente, mesmo bombeamento o gás pela metade, ou senta à mesa com Mato Grosso do Sul e apresenta uma negociação que nos permite ter uma previsibilidade para cumprirmos nossas obrigações futuras”, afirmou Azambuja. Ao todo, o Mato Grosso do Sul sofreu uma queda de 11,5% nas receitas vindas da importação do gás em 2016, o que prejudicou o equilíbrio fiscal do estado. De acordo com o governador, o estado está caminhando para uma perda de R$ 515 milhões em ICMS. “Essa política da Petrobras também precisa ser discutida com os estados e municípios e vamos cobrar uma solução no encontro com o presidente (da estatal) Pedro Parente”, defendeu Azambuja. O governador tem uma reunião marcada com Parente no dia 10 de março. As importações do gás boliviano em 2016 ficaram na média de 28,4 milhões de m³/dia, em linha com os volumes históricos. No mês de dezembro isoladamente, entretanto, houve uma forte queda mensal, com uma média de 18,2 milhões de m³/dia, diminuição de 35% em relação à média de de 27,9 milhões de m³/dia em novembro. A variação não é sazonal, já que de novembro para dezembro de 2015 a queda foi de menos de 1%, saindo de 30 milhões de m³/dia em novembro para 30,1 milhões de m³/dia em dezembro. (Brasil Energia – 22.02.2017)

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2 Preços do GNL continuarão baixos na próxima década

Os preços globais do GNL devem continuar em baixa na próxima década, de acordo com a Moody’s. A agência prevê que a continuidade na baixa deve ser causada por uma nova onda de projetos entrando em produção ao mesmo tempo em que a demanda dos maiores importadores globais está caindo. A Moody’s acredita que o crescimento da demanda da China e Índia e de novos mercados não será suficiente para absorver a nova capacidade de produção, principalmente com a queda na demanda no Japão, maior mercado mundial hoje. As importações japonesas devem cair para 80 milhões de toneladas por ano em 2020, diminuição de 9% em relação a 2014, devido ao retorno da produção de energia nuclear. A agência prevê que a sobreoferta de GNL global chegará a 55 milhões de toneladas por ano em 2019. “O mercado não vai se equilibrar nos primeiros anos da próxima década, quando a demanda global e a infraestrutura de importação alcançarem a oferta”, explicou Tomas O'Loughlin, vice-presidente do escritório de crédito sênior da Moody’s. Além disso, a agência acredita que entre 2015 e 2020, a produção global aumentará 44%, chegando a 445 milhões de toneladas por ano. O aumento será causado principalmente pela construção de novos projetos na Austrália, na Rússia e nos Estados Unidos. “Até que o mercado volte a se equilibrar, os retornos de investimentos para os desenvolvedores australianos serão fracos, enquanto nos Estados Unidos será difícil recuperar a totalidade dos custos de liquefação”, afirmou O’Loughlin. (Brasil Energia – 22.02.2017)

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3 Petrobras veta fornecimento de gás a térmica da Eletrobras por calotes

A Petrobras alertou autoridades do setor elétrico que não vai fornecer gás natural para abastecer uma termelétrica da também estatal Eletrobras em Manaus, cujas obras estão próximas de serem concluídas, devido às enormes dívidas da elétrica pelo fornecimento de combustível a outras usinas. A Amazonas Energia, unidade da Eletrobras responsável pelo suprimento de eletricidade no Amazonas e pela construção da termelétrica, já acumula uma dívida de mais de R$ 2,5 bilhões com a Petrobras pelo combustível utilizado em termelétricas na região. Agora, a usina Mauá 3, orçada em R$ 1,2 bilhão e com 590 megawatts em capacidade, corre o risco de não ter como operar. Segundo relatório de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a usina prepara-se para colocar a primeira turbina em operação em maio deste ano. "Por parte da Petrobras, em decorrência dos deveres de diligência, lealdade e probidade de seus administradores, não há qualquer disposição em viabilizar a ampliação do consumo de um combustível que estruturalmente não vem sendo pago", disse a Petrobras em carta a dirigentes da Aneel, enviada na semana passada. "É importante esclarecer à Aneel sobre a inexistência de qualquer perspectiva de fornecimento de gás natural para a UTE Mauá 3", reiterou a petroleira. A companhia ressaltou ainda que não assinou qualquer termo de compromisso ou contrato preliminar com a Eletrobras para suprir a térmica e nem assegurou que iria realizar o fornecimento. (G1 – 22.02.2017)

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Grandes Consumidores

1 Vale deixa prejuízo e registra lucro de R$ 13 bilhões em 2016

A mineradora brasileira Vale registrou lucro líquido de R$ 13,3 bilhões em 2016, revertendo prejuízo de R$ 44,2 bilhões em 2015. O número é atribuído aos sócios controladores da companhia, base para cálculo de dividendos. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 40,9 bilhões em 2016, 88,15% superior ao observado em 2015. A receita operacional líquida atingiu R$ 94,6 bilhões em 2016, alta de 21% em 2015. De acordo com a empresa, o desempenho do ano passado foi favorecido por menores baixas contábeis, maiores preços de venda do minério de ferro e efeito positivo, nos resultados financeiros, da apreciação cambial. No balanço de 2015, os principais motivos listados à época pela mineradora para o prejuízo bilionário foram o desempenho da margem de Ebitda, as maiores baixas contábeis no ano e o efeito negativo da depreciação do real frente ao dólar naquele ano — a maior parte do endividamento da Vale é em dólar. Naquele ano, as baixas contábeis de ativos e de investimentos e o reconhecimento de contratos onerosos somaram R$ 36,28 bilhões. O aumento no valor das baixas em R$ 33,5 bilhões em relação a 2014 se deu, principalmente, como resultado da redução mais significativa nas premissas de preço usadas para os testes de baixas contábeis. Trimestre A mineradora reverteu um prejuízo líquido de R$ 33,1 bilhões no quarto trimestre de 2015 para um lucro líquido de R$ 1,57 bilhão no mesmo período do ano passado, segundo cálculos feitos pelo Valor, a partir do montante atribuível aos controladores da empresa. O lucro de outubro a dezembro de 2016 corresponde ao primeiro resultado trimestral positivo da Vale desde 2011, quando registrou ganho líquido de R$ 8,35 bilhões. (Valor Econômico – 23.02.2017)

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Economia Brasileira

1 Arrecadação tem alta de 0,8% em janeiro e soma R$ 137,4 bi

A Receita Federal registrou arrecadação total de R$ 137,392 bilhões em janeiro, o que em termos reais representa uma alta de 0,79% na comparação com o resultado no mesmo mês de 2016. Sem correção inflacionária, a receita em janeiro teve alta de 6,19% na comparação com janeiro de 2016 – quando a arrecadação somou R$ 129,385 bilhões. Considerando somente as receitas administradas pela Receita, houve recuo de 0,75% em termos reais em janeiro, ante o mesmo mês de 2016, para R$ 131,898 bilhões. Em termos nominais, a variação foi positiva em 4,56%. Já a receita própria de outros órgãos federais foi de R$ 5,494 bilhões em janeiro, alta em termos reais de 60,86% na comparação com janeiro 2016. Em termos nominais, as receitas próprias de outros órgãos subiram 69,47% em janeiro, em relação ao primeiro mês de 2016. As desonerações tributárias tiraram R$ 7,567 bilhões da arrecadação de tributos federais em janeiro, de acordo com a Receita Federal. Em janeiro de 2016, esse montante havia sido menor, de R$ 7,504 bilhões. Somente a desoneração da folha salarial respondeu por R$ 1,211 bilhão a menos na arrecadação de tributos em janeiro. O valor é exatamente igual ao que deixou de entrar nos cofres públicos em janeiro de 2016 em função dessa política. (Valor Econômico – 22.02.2017)

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2 Meirelles diz que não planeja recriar CPMF 'no momento'

Uma proposta de reforma tributária pode ser apresentada pelo Congresso Nacional ainda este ano, afirmou hoje o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante evento em São Paulo promovido pelo BTG Pactual. "Tenho certeza que no devido tempo vamos ter um projeto de uma proposta que possa tornar o sistema tributário mais racional e eficiente, este ano ainda", disse Meirelles. Ele desconversou ao ser questionado sobre eventual recriação da CPMF. "No momento não estamos pensando em recriação da CPMF, o que existe é um início de trabalho de uma comissão que começa a estudar a reforma tributária no país, um trabalho complexo que envolve Estados, municípios." Concessões Meirelles afirmou que sua percepção é que existe "enorme interesse" de investidores em participar das concessões em infraestrutura no país. Sem detalhar os ativos que serão colocados em leilão, mas destacando o setor de saneamento básico, Meirelles disse que "com tudo que tenho visto nas conversas com investidores no mundo inteiro é que existe um interesse enorme em participar dos investimentos em infraestrutura no país, mas vamos aguardar", resumiu o ministro. Ele acrescentou que, junto com as concessões de saneamento, o governo trabalha na modernização do marco regulatório do setor e nas regras do leilão de modo conferir atratividade aos ativos colocados em concorrência pública. (Valor Econômico – 22.02.2017)

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3 Expectativa de corte da Selic faz juros futuros fecharem em queda

Os juros futuros fecharam em queda na BM&F nesta quarta-feira, com os investidores se posicionando para a decisão sobre a taxa Selic pelo Copom, que será divulgada hoje após o fechamento do mercado. Apesar da alta maior que a esperada do IPCA-15 de fevereiro, o cenário de recuperação mais lenta que a esperada da atividade e das projeções de inflação abaixo da meta para 2017 sustentaram a expectativa de continuidade do ritmo de corte de juros. O IPCA-15 subiu 0,54% em fevereiro ante 0,31% de janeiro. Apesar da surpresa com o dado, o economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Alves Melo, afirma que a abertura dos números mostra uma tendência de desaceleração da inflação de serviços, com a média móvel trimestral dessazonalizada de serviços ficando em 3,2% e o índice de difusão recuando de 60,8% em janeiro para 57,5% neste mês. “A inflação ainda está em um patamar tranquilo e não muda a perspectiva para o Copom”, diz Melo. Para o Itaú Unibanco, o IPCA-15 de fevereiro pode ter vindo acima da expectativa da casa (+0,52%) e do mercado, mas a inflação dos serviços “surpreendeu” para baixo. Em 12 meses até fevereiro, o subíndice de serviços desacelerou a alta para 6,1%, ante 6,4% em janeiro. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou hoje que o IPCA-15 ficou acima da expectativa, mas a tendência continua sendo de convergência da inflação para a meta, de 4,5%. O DI para janeiro de 2018 caiu de 10,485% para 10,465%, enquanto o DI para janeiro de 2019 recuou de 9,99% para 9,98%. E o DI para janeiro de 2021 cedeu de 10,21% para 10,18%. (Valor Econômico – 22.02.2017)

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4 Copom reduz taxa Selic em 0,75 ponto para 12,25%

O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu nesta quarta-feira os juros básicos, a Selic, em 0,75 ponto percentual, para 12,25% ao ano, e deu a sua primeira indicação explícita de que poderá levar a taxa a um dígito nos próximos meses. A decisão foi unânime e ficou alinhada ao consenso de mercado, que esperava uma repetição do ritmo adotado na reunião de janeiro. O atual ciclo de corte começou em outubro do ano passado, com juro básico saindo de 14,25% ao ano. Considerando a projeção do mercado de Selic de 9,5% no fim deste ano, e de 9% no fim de 2018, o modelo de projeção do BC aponta inflação de 4,2% em 2017 e de 4,5% no encerramento de 2018. Como a projeção está dentro da meta de 4,5%, as projeções indicam que os juros, em tese, podem cair para percentuais entre 9% e 9,5% deste ano para o próximo. No comunicado apresentado após a decisão, o colegiado presidido por Ilan Goldfajn afirmou que a extensão do ciclo de corte de juros “dependerá das estimativas da taxa de juros estrutural da economia brasileira”. A taxa estrutural ou taxa neutra seria aquela que gera o máximo de crescimento com inflação dentro da meta. Essa avaliação sobre a taxa estrutural, que é mais um conceito econômico abstrato do que algo que possa ser medido concretamente, também permeia a discussão sobre a possibilidade de intensificar o ritmo de corte. A possibilidade de redução superior a 0,75 ponto nas próximas reuniões “dependerá da estimativa da extensão do ciclo” e também da evolução da atividade econômica, demais fatores de risco e das projeções e expectativas de inflação. (Valor Econômico – 22.02.2017)

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5 Bradesco, Itaú e BB anunciam redução de juros em linhas de crédito

O Bradesco, o Itaú e o Banco do Brasil (BB) anunciaram a redução das taxas de juros cobradas em linhas de crédito após a decisão do Banco Central de diminuir a Selic em 0,75 ponto porcentual. No Bradesco, as novas condições valem a partir de 1º de março. Nos financiamentos a pessoas físicas, o crédito pessoal teve a taxa mínima reduzida de 1,89% para 1,83% ao mês, e a máxima de 7,72% para 7,66% ao mês. No empréstimo para a compra de veículos, a taxa máxima caiu de 5,92% para 5,86% ao mês. Na modalidade “CDC Outros Bens”, o juro máximo foi reduzido de 5,90% para 5,84% ao mês. Para as empresas, a linha de capital de giro do Bradesco passou de 3,49% para 3,43% ao mês na taxa mínima, e de 6,95% para 6,89% na taxa máxima. Na modalidade “Credinvestimento”, capital de giro com múltiplas garantias, a taxa máxima passou de 6,79% para 5,99% ao mês, segundo o banco. De acordo com o Bradesco, em cartões de crédito, para o portfólio de Cartões Elo, as taxas de juros do rotativo ficarão entre 3,1% a 9,9% ao mês a partir da próxima fatura. (Valor Econômico – 22.02.2017)

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6 IPCA-15 fica acima do previsto no mês, mas não altera cenário

A prévia da inflação de fevereiro foi mais alta do que o mercado esperava, mas não muda o cenário benigno para a variação dos preços, que deve ficar próxima da meta de 4,5% no fim do ano. O IPCA-15 deste mês ficou em 0,54%, acima da média de 0,48% apurada pelo Valor Data junto a 20 instituições financeiras. Apesar da alta em relação aos 0,31% de janeiro, o índice vem caindo no acumulado de 12 meses. Entre janeiro e fevereiro, passou de 5,94% para 5,02%. "Apesar dessa surpresa desfavorável, a composição do índice continua muito boa", diz Raphael Ornellas, economista do banco Brasil Plural. "O que conta de verdade é o acumulado de 12 meses", afirma ele, que calcula que a inflação terminará o ano em 4,3%. Fevereiro é o mês que concentra os reajustes das mensalidades escolares e de algumas tarifas de transporte público. Isso explica o IPCA-15 maior. (Valor Econômico – 23.02.2017)

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7 Dólar ontem e hoje

Hoje, o dólar comercial iniciou o dia cotado no valor de R$ 3,0737. Ontem, no mercado local, o dólar fechou em queda de 0,70%, cotada a R$ 3,0694, no menor patamar desde 15 de fevereiro. (Valor Econômico – 22.02.2017 e 23.02.2017)


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Internacional

1 Argentina: No ano das energias renováveis, as “carreiras verdes” ficam em alta

Desde a promulgação da Lei de Energias Renováveis na Argentina, cujo objetivo é fazer com que as fontes energéticas limpas passem dos atuais 2% a 8% do consumo nacional de eletricidade até o final do ano e chegar a 20% até 2025, o setor está crescendo fortemente. No ano passado, as licitações de mais de 1.000 MW no âmbito do programa RenovAr convocaram investimentos de mais de US$ 1,5 bilhões para os próximos dois anos. De acordo com projeções da Câmara Argentina de Energias Renováveis (Cader) de 2020, esta indústria iria criar cerca de 60.000 novos postos de trabalho no país. É claro que existem diferentes tipos de energias renováveis: solar térmica (para gerar calor) e fotovoltaica (energia elétrica); Eólica, Energia Geotérmica, Hidrelétrica, Maremotriz, Biomassa, Biogás e Biocombustíveis. Cada uma delas requer a construção de instalações e equipamentos e conhecimentos específicos. As empresas do setor advertem que a escassez de técnicos e profissionais especializados em energia renovável pode tornar-se um obstáculo ao desenvolvimento. Atenta a este desafio, universidades e instituições acadêmicas estão fortalecendo sua oferta suas carreiras e programas de pós-graduação tanto nesta área quanto em outras questões ambientais. As fontes consultadas concordaram que há um crescente interesse e demanda por este tipo de carreira e especializações. "Há mais demanda para a formação profissional em questões ambientais, e todos os anos temos mais registrados", disse Maria Fernandez, diretora de mestrado e especializações do ITBA. (Inversor Energético – Argentina – 22.02.2017)

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2 Paraguai: Sistema da ANDE alcançou recorde de demanda e seguem os cortes

As 14:20 de ontem, o SIN operado pela ANDE atingiu uma nova demanda recorde no Paraguai, com uma potência média de 3.026 MW. O relatório indica que 80% dessa potência foi coberta pela Itaipu Binacional, com 2.428 MW. Segundo informado, o fornecimento de Itaipu a essa hora foi responsável por 35% da parte que corresponde ao nosso país. Como dado significativo, a título de comparação, ontem, a produção total de Yacyretá, na mesma hora em que o novo recorde foi registrado, foi 2.579 MW, com 18 turbinas disponíveis. O calor extremo de ontem fez com que houvesse novamente numerosas alegações de cortes no fornecimento de eletricidade. A ANDE informou que está realizando trabalhos de manutenção e melhoria do sistema de distribuição de energia elétrica em várias partes do país para atender à crescente demanda. Os departamentos afetados pelas tarefas foram Central, Caazapá, Caaguazú, Misiones, Itapúa e Boquerón. Na região metropolitana realizaram trabalhos de adequação de estruturas de média tensão na área Capiatá / Thompson / Ypané e Cruce 220 kV. (ABC Color – Paraguai – 22.02.2017)

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3 Uruguai vende energia para a Argentina

O Uruguai está vendendo energia para a Argentina. A venda é dos excedentes na geração térmica que sobram após o abastecimento da demanda local. Neste momento, a Argentina tem picos de consumo e dificuldades de abastecimento. De fato, a demanda de energia elétrica se aproximou na tarde de ontem na Argentina a sua máxima histórica registrada para um dia útil, com um consumo de 25.373 MW, às 14h15, numa altura em que a temperatura foi de 32 graus e a sensação térmica se aproximava dos 40 graus na cidade de Buenos Aires. Mais de 140.000 permaneceram na noite passada sem luz. De acordo com o registro da Companhia Administradora do Mercado Atacadista de Energia (Cammesa), a última marca de máximo histórico de SADI para um dia útil foi registrada em 12 de fevereiro de 2016, quando a demanda de energia foi 25.380 MW. "Hoje (ontem) tivemos um registro recorde de consumo", informaram fontes da empresa Edesur. "Metade das falhas foi devido ao uso excessivo nas redes pelo alto consumo registrado, a outra metade, por um problema em uma linha de alta tensão. No entanto, o número de pessoas afetadas foi muito baixo em relação aos anos anteriores e corresponde a uma porcentagem muito baixa se levar em conta que cobrimos dois milhões de usuários ", asseguraram. Desde 1º de fevereiro a tarifa de energia elétrica na Argentina registrou aumentos nas faturas que variam de 60% a 148% para usuários da Edenor e Edesur. "Queremos que na tarifa se recuperem os custos de geração", disse o ministro da Energia , Juan José Aranguren, quando no final de janeiro anunciou a medida. Ele acrescentou que, após os aumentos de tarifas para este ano a intenção do governo era de que 47% do custo de geração seja coberto. (El País – Uruguai – 22.02.2017)

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4 EUA veem o cenário para o GNL de maneira otimista

De acordo com a U.S. EIA, o país deve se tornar um exportador líquido de energia no começo da próxima década, em grande parte devido à entrada em produção de projetos de GNL atualmente em construção. Até 2021, a previsão é que quatro novos projetos de exportação de GNL atualmente em construção nos EUA sejam finalizados. Juntamente com a planta de Sabine Pass, entregue em 2016, as capacidades operacionais de exportação dos novos projetos representam 260,5 mil m³/dia. A produção de gás do país até 2020 deve crescer na taxa de 3,6% ao ano, mesma média mantida desde 2005. Já na próxima década a previsão é que a taxa caia para 1% ao ano, devido ao aumento de eficiências energéticas e a um possível crescimento moderado no preço do energético. A expectativa é que em 2040 as exportações de GNL do país cheguem a 651,3 milhões de m³/dia. “Em comparação com outros produtores de GNL, os EUA têm a vantagem dos preços spot domésticos serem menos sensíveis aos preços globais do óleo”, explicou a EIA. A agência também acredita que as importações de gás natural do país continuarão a cair, devido ao aumento da produção interna, vinda principalmente das bacias de recursos não convencionais. (Brasil Energia – 22.02.2017)

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5 BNEF vê quatro grandes empresas dominando mercado de aerogeradores

A Bloomberg New Energy Finance enxerga a formação de um grupo de quatro grandes fabricantes de aerogeradores para o mercado global, que se destacam em volume de novas instalações de seus concorrentes mais próximos. Ele seria formado pelos já maiores fornecedores em 2016, Vesta, GE e Goldwind, além da companhia resultante da fusão entre Siemens e Gamesa, ainda em processo. “O ranking deste ano mostra porque 2016 foi todo sobre fusões no setor de fabricação de aerogeradores” disse o chefe de pesquisa em eólica da BNEF, David Hostert. Para o analista, há claramente a formação de um grupo forte de três companhias liderando o mercado. “E a eminente fusão entre Siemens e Gamesa permitirá à nova companhia alcançar os concorrentes e criar um grupo dos ‘big four’, dominante no mercado de fabricação. A fabricante de aerogeradores dinamarquesa Vestas forneceu 16%, ou cerca de 8,7 GW das turbinas eólicas instaladas em projetos onshore no mundo no ano passado. Mas a retomada da liderança (que em 2015 foi da chinesa Goldwind), foi puxada principalmente pelas vendas nos EUA. Já a GE entregou 6,5 GW de aerogeradores em 2016, cerca de 600 MW mais do que em 2015. (Brasil Energia – 22.02.2017)

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6 China suspende novas eólicas onde há excesso de capacidade

A China vai suspender novos investimentos em projetos eólicos em oito províncias e regiões onde ocorre desperdício de geração por excesso de capacidade, disse a Administração Nacional de Energia (NEA, na sigla em inglês), segundo informou a agência de notícias Reuters, nesta quarta-feira (22/02). A NEA disse que irá parar de emitir novas licenças de geração para companhias de energia eólica na Mongólia Interior, Gansu, Ningxia e Xinjiang, no noroeste da China, assim como em Heilongjiang e Jilin, no nordeste. Há diversos casos de parques eólicos nessas regiões que não estão conectados às redes de transmissão. Operadores de redes de transmissão também não serão autorizados a conectar novos projetos eólicos, disse a NEA, que também vai suspender uma série de parques eólicos de grande escala que estão sob construção ou que operam em Xinjiang e Gansu. Uma desaceleração de novas instalações na China pode ser mais um fator incentivando a concentração no setor de fornecimento de aerogeradores. O país é o maior mercado individual para a fonte, embora a maior parte dos projetos sejam abastecidos com equipamentos fabricados localmente. (Brasil Energia – 22.02.2017)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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