l

IFE: nº 4.270 - 21 de fevereiro de 2017
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL: Reuniões técnicas de especialistas do Brasil em Portugal
2 Brasil pode incorporar energia elétrica da Bolívia em seu planejamento
3 Indústria contesta indenização bilionária a transmissoras de energia
4 Justiça suspende parcela controversa da CDE ao Grupo Pão de Açúcar
5 Projeto prevê energia mais barata para estados que produzirem mais de 5 mil MW

Empresas
1 Delta aposta na diversificação geográfica para crescer
2 Delta enxerga oportunidade de crescimento
3 Presidente da Celesc afasta privatização e fala em diversificar negócio
4 Queda na demanda da Celesc e planos para recuperação
5 Energisa pagará dividendos intercalares
6 Eneva aprova CCB de R$ 400 mi
7 Usina Santo Antônio espera encerrar discussão sobre eficiência
8 UHE Jirau coloca 50 máquinas em operação

9 Diretor financeiro da Cemig deixa elétrica para trabalhar no fundo Mubadala, diz fonte

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 BBCE espera negociar 4.000 MW em 2017

Energias Renováveis
1 Elmano Férrer defende energias alternativas e comemora construção de usina solar no Piauí
2 EOL Ventos de Santo Augusto VII recebe liberação para operar em teste
3 Três projetos brasileiros estão inscritos em votação global da DSM sobre energia limpa

Gás e Termelétricas
1 Demanda por GNL aumentará 5% ao ano até 2030
2 INB compra urânio de subsidiária da Rosatom
3 Aneel autoriza execução de garantia da SPE BR Transmissora Cearense II
4 Aneel estabele CVU de janeiro para UTE Termopernambuco

Grandes Consumidores
1 Acionistas da Vale definem novo acordo

Economia Brasileira
1 Balança comercial tem superávit de US$ 2,4 bi nas três primeiras semanas de fevereiro
2 Projeção do Focus para inflação oficial no ano tem nova baixa

3 Prévia de índice de confiança da indústria aponta queda no mês
4 Vendas do varejo voltarão a crescer apenas em abril, prevê IDV
5 Para analistas, IPCA-15 sobe 0,48% em fevereiro
6 Expectativa de inflação dos consumidores volta a cair em fevereiro
7 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Abengoa construirá linha de transmissão de US$ 93 mi no Chile
2 Argentina: Edesur quer colocar medidores inteligentes, mas há dúvidas sobre o seu alcance
3 Vestas é maior fornecedora para mercado eólico global em 2016
4 Índia contrata energia solar a US$ 5/MWh
5 Elipse fornece sistema de monitoramento à distribuidora do Vietnã


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL: Reuniões técnicas de especialistas do Brasil em Portugal

Com o objetivo de conhecer as experiências, inovações e marco regulatório no segmento da transmissão da União Europeia, o GESEL-IE-UFRJ (Grupo de Estudos do Setor Elétrico do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro) agendou reuniões técnicas na ERSE (Agência Reguladora portuguesa) e REN (Operador Nacional do Sistema Elétrico português) no próximo dia 22 de fevereiro. A delegação brasileira é composta por Amilcar Guerreiro (EPE), Ivo Sechi Nazareno (ANEEL), Reynaldo Passanezi e Carlos Ribeiro (CTEEP), Nivalde de Castro, Hermes Chip, Antonio Machado, Roberto Brandão, Guilherme Dantas (GESEL) e Iure Paiva (UFPB). Todos estarão presentes no Seminário Internacional Desafios do Setor Elétrico, em Lisboa (Portugal) promovido pelo GESEL-IE-UFRJ em parceria com o ISEL (Instituto Superior de Engenharia de Lisboa). (GESEL-IE-UFRJ – 21.02.2017)

<topo>

2 Brasil pode incorporar energia elétrica da Bolívia em seu planejamento

O ministro de Energia boliviano, Rafael Alarcon, disse que a reunião da Comitê Técnico Binacional Bolívia-Brasil concordou em garantir a integração e definir uma rota prioritária para assegurar mercados da eletricidade. Com a entrada do Ministério da Energia no Comitê Técnico Binacional Bolívia-Brasil é projetado um avanço na integração energética e facilitação da exportação de eletricidade com acordos como o que o Brasil considerando, em seu planejamento, a oferta boliviana. "Os projetos hidrelétricos Cachuela Esperanza, Rositas, os ciclos combinados de Warnes, Entre Rios e o Sul, para dar alguns nomes, e tudo o que temos de excesso de energia elétrica, incluindo El Bala, também (vão exportar)", acrescentou o titular de Energias, Rafael Alarcón. Se o Brasil incorporar os projetos em seu planejamento energético, o segundo passo será, segundo ele, o desenvolvimento de um tratado internacional a ser assinado entre os dois países. "O tratado internacional é simplesmente para definir os corredores de integração que existiriam entre a Bolívia e o Brasil no tratado internacional não se fala dos preços, não há nenhuma conversa sobre volumes, e sim quanto investimento de energia pode ser vendido? Simplesmente se fala dos corredores de integração”, disse ele. Também foi decidido que a reunião da Comissão Técnica Binacional será trimestral. (La Razón – Bolívia – 20.02.2017)

<topo>

3 Indústria contesta indenização bilionária a transmissoras de energia

A Aneel deve aprovar, no dia 21, uma proposta para pagar uma indenização de R$ 65 bi a nove transmissoras que aceitaram renovar suas concessões de forma antecipada em 2012. Grandes consumidores já começaram a questionar essa conta. O órgão regulador estima que esse pagamento pode ter um impacto positivo entre 8% e 9% para todos os consumidores nos próximos oito anos. Isso não significa que as contas vão subir nessa magnitude, pois a transmissão é apenas um de vários itens que compõe as tarifas. Para grandes indústrias, no entanto, considerando o custo da indenizações e o aumento do custo de geração, o reajuste médio deve ser de 25%. Edvaldo Alves de Santana, atualmente presidente executivo da Abrace, enviou uma carta à agência. No documento, Santana, que já foi diretor da agência, cobra uma auditoria sobre os laudos apresentados pelas transmissoras, que embasaram a proposta das indenizações, e pede a suspensão do processo até que os cálculos sejam refeitos. De acordo com Santana, a portaria que estabeleceu o pagamento é ilegal, e as indenizações, indevidas. Segundo ele, com R$ 65 bi, seria possível construir 80% de todas as linhas de transmissão do País. A Aneel não se pronunciou sobre o caso. Embora tenha enviado a carta, o presidente executivo da Abrace tem pouca esperança de que suas colocações sejam consideradas. (O Estado de São Paulo – 20.02.2017)

<topo>

4 Justiça suspende parcela controversa da CDE ao Grupo Pão de Açúcar

A juíza federal Ivani Silva da Luz, da 6ª vara da Justiça Federal do DF, atendeu pedido do Grupo Pão de Açúcar e decidiu por suspender o pagamento da parte controversa das cotas da CDE. Com isso a Agência Nacional de Energia Elétrica deverá recalcular esses valores eliminando as parcelas cuja finalidade ou a cobertura de custos não foi prevista em lei formal. E assim, fixar novos valores de TUSD a serem pagos pelo grupo autor da ação. Em sua decisão, a juíza ressalta que dentre as alegações o destaque é o argumento de que houve violação ao princípio da legalidade e da reserva legal, com a inclusão de novas finalidades na CDE que passou a ser utilizada como instrumento de política tarifária. E acrescenta que essa movimentação contraria o art. 175, parágrafo único, III, da Constituição Federal, que determina que pagamentos de encargos setoriais não poderiam ter sido estabelecidos mediante simples decreto. Ela cita que nesse sentido a mudança da CDE se deu por meio dos Decretos 7.945/2013, 8.203/2014, 8.221/2014 e 8.272/2014, os quais invadiram a competência legal e dispuseram sobre política tarifária. "Não é possível pretender que uma lei federal contrarie a Constituição. Tais dispositivos, ao utilizarem a locução 'conforme regulamentação do Poder Executivo', sinalizam para a observância do princípio da reserva legal, uma vez que se trata de modificações na política tarifária", decidiu ao avaliar que a argumentação da União de que as modificações e a inclusão introduzidas pela Lei nº 12.839/2013, nos incisos VII e VIII, e no § 12 do art. 13 da Lei nº 10.438/2002 não se sustenta. E destacou ainda que a inclusão dos valores de CDE indevidamente fixados pela Aneel oneram excessivamente as autoras da ação. (Agência CanalEnergia – 20.02.2017)

<topo>

5 Projeto prevê energia mais barata para estados que produzirem mais de 5 mil MW

A Câmara dos Deputados está analisando proposta (PL 3121/15) que torna a energia elétrica mais barata nos estados que produzirem mais de cinco mil MW. Segundo a proposta, os estados que abrigarem usinas que juntas ou separadamente produzam mais que cinco mil megawatts fiquem isentas de participarem do sistema de bandeiras tarifárias criado pela Aneel. Esse sistema, criado em 2015, determina o acréscimo de um valor sobre o consumo de energia elétrica dependendo das condições de geração de eletricidade. O sistema possui três bandeiras: verde, amarela e vermelha que indicam se o preço da energia está tendo um acréscimo ou não. No estado de Rondônia, as hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio têm capacidade de produzir juntas 7 mil megawatts. A autora da proposta, deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), explicou que não é justo que um estado que produz tanta energia, seja penalizado com tarifas altas. "O estado de Rondônia, hoje a gente tem a oportunidade de ter essas hidrelétricas, e não é certo e justo onde tem a produção, fornecer energia para todo o Brasil e acabar com que o nosso estado pague uma das energias mais caras do País", diz a parlamentar. A proposta será analisada conclusivamente pelas comissões de Minas e Energia; e de Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Agência Câmara – 20.02.2017)

<topo>

 

Empresas

1 Delta aposta na diversificação geográfica para crescer

Investir em novas regiões, essa é uma das orientações que a Delta Energia tem seguido para avançar no mercado livre. Nesse sentido, ainda há oportunidades de crescimento em mercados novos, sendo que o mais proeminente é o da região de concessão da Amazonas Energia, recentemente integrado ao Sistema Interligado Nacional. Nessa área há um potencial mapeado de 20% da carga da distribuidora que está elegível à migração para o ambiente livre de contratação por meio de energia convencional. Essa é uma estimativa feita com base nos dados divulgados pela CCEE e pela Aneel. Mas, segundo a especialista em Inteligência de Mercado da Delta, Débora Mota, há outras oportunidades que ainda estão disponíveis no país para o produto convencional. Somente na Região Norte do país esse potencial equivale a 9% da carga naquele submercado, e não estão restritos apenas ao Amazonas. “No interior de Rondônia, que já está no SIN há mais tempo que o AM, ainda há grandes consumidores para mercado livre no produto convencional”, apontou. A Delta ainda estima que ainda há 4% da carga que pode migrar ao mercado livre. Esses números justificam o posicionamento da empresa de dar uma atenção especial ao Norte do país. A Delta abriu escritório local e já realizou migrações de consumidores livres convencionais. “Um trabalho que muitas vezes não é rápido porque ainda há desconfiança quando uma empresa chega e oferece um produto que logo de imediato te oferece 30% de economia na conta de luz”, relatou a gerente comercial da Delta, Ursula Vieira. Por outro lado, continuou, empresas de maior porte e que já estão no mercado livre em outras regiões aderem de forma mais ágil, pois já conhecem as vantagens do ACL. (Agência CanalEnergia – 20.02.2017)

<topo>

2 Delta enxerga oportunidade de crescimento

A Delta Energia tem como meta para esse ano dobrar de tamanho o número de clientes e esse objetivo passa necessariamente pelos consumidores livres especiais e seu grande potencial de avanço. Crescimento que deverá ser verificado esse ano também, mas em menor escala do que em 2016. Mesmo alcançando a meta de dobrar o número de clientes a empresa estima que deverá manter os atuais 15% de participação de mercado, pois o movimento de saída do ACR para o ACL ainda continua no país. Uma das apostas para a empresa alcançar essa meta em 2017 é um dos produtos que tem ofertado ao mercado que é o desconto garantido. Nessa modalidade de contratos a Delta afirma garantir um desconto para o cliente independente do que vier a ocorrer no mercado, desde grandes variações nos preços da energia ou uma eventual ingerência governamental como já ocorreu no passado. “Os valores dependem muito da distribuidora onde esse cliente está conectado e valor de TUSD. Fazemos uma análise de risco e a Delta garante um percentual fixo de desconto. A Delta é quem fica com o risco”, comentou a gerente da comercializadora, Ursula Vieria. “Essa ferramenta tem ajudado a convencer clientes a migrarem, principalmente os mais desconfiados do mercado, por exemplo, ele tem a garantia de que terá um desconto fixo de 10% quando comparado à tarifa no ACR”, afirmou. Ainda sobre a questão de análise de risco, a Delta ainda não solicitou seu enquadramento na modalidade de comercializador varejista. Na opinião da especialista em Inteligência de Mercado da Delta, Débora Mota, ainda é necessário ‘aparar arestas’ quanto à questão de eventual inadimplência que possa ocorrer com alguma empresa que esteja sob o guarda-chuva de uma comercializadora. “Por enquanto, na nossa avaliação não vale assumir esse risco para nós. Sem trazer mecanismos que atribuam mais conforto para a operação das comercializadoras varejistas esse mercado será de alto risco e não deverá decolar”, avaliou. (Agência CanalEnergia – 20.02.2017)

<topo>

3 Presidente da Celesc afasta privatização e fala em diversificar negócio

A venda de estatais tem sido considerada por diversos estados como alternativa para reduzir o déficit fiscal, como é o caso do Rio de Janeiro e Minas Gerais. No caso de Santa Catarina, apesar do cenário desafiador, essa hipótese está descartada. “Não existe perspectiva de privatização ou de alienação de ativos por parte do governo", afirmou Cleverson Siewert, presidente da companhia. O engenheiro civil disse conhecer bem as contas públicas do estado. "Estou há 16 anos no mundo público, fui da Secretária da Fazenda, então conheço bem as finanças do estado. Não é que a crise não chegou ao estado, mas a gente tem um momento fiscal bastante importante. Mesmo diante da grave crise, somos o estado que tem o menor percentual de desemprego do país. Enquanto o Brasil está 12% aqui está 6%. Não tivemos nenhum tipo de aumento de impostos, estamos com todas as despesas pagas e a folha de pagamento em dia", disse. O executivo revelou quais são os planos para a sexta maior distribuidora do país, que atende a quase 3 mi de clientes e 92% do território estadual. A expectativa é investir R$ 300 mi anuais entre 2017 e 2021. O objetivo é atender as novas exigências de qualidade firmadas no processo de renovação das concessões. Para tanto, a empresa está negocia um financiamento de US$ 345 mi com o BID. "Estamos tomando dinheiro no mercado a taxa de 17%, o BID vai nos emprestar a 7%. Isso traz uma lógica importante do ponto de vista financeiro da companhia." (Agência CanalEnergia – 20.02.2017)

<topo>

4 Queda na demanda da Celesc e planos para recuperação

Nos últimos cinco anos, a Celesc sofreu com duas fortes ondas de migração de clientes para o mercado livre: primeiras grandes empresas e agora consumidores de menor porte. Nesse período, a empresa perdeu 30% do mercado, algo perto de R$ 1,5 bi em receita. Hoje 98% do faturamento da concessionária vem do negócio de distribuição. Até pouco tempo, o mercado da distribuidora crescia a taxas de 3% a 4% ao ano, mas em 2015 levou um tombo de 2% em razão do agravamento da crise econômica do país - que reduziu o consumo de energia - e da migração de consumidores para o mercado livre. Em 2016, porém, viu o consumo aumentar em sua área em 1%, enquanto o país caiu 1%, o que sinaliza uma retomada no Estado. Está nos planos da companhia abrir uma empresa para prestar serviços para instalação e manutenção de sistemas de geração distribuída. "Estamos olhando comercialização e microgeração de forma muito efetiva. São todos negócios que a gente está desenvolvendo desde a criação da Diretoria de Novos Negócios há dois anos", revelou Siewert, presidente da Celesc, que também está de olho em telecom. "Enxergamos isso como novas frentes de atuação. Não podemos ficar vinculado apenas a distribuição, hoje 98% do nosso faturamento vem da distribuição, mas não pode ser assim." Sobrecontratação - O portfólio de contratos da empresa apresenta sobras de energia acima do limite de 105% em 2017, o que pode causar perdas financeiras para a companhia. Com 108,5% de sobrecontratação, a expectativa, disse o executivo, é que a Aneel considere como involuntária as sobras de energia derivadas da migração de clientes para o mercado livre. (Agência CanalEnergia – 20.02.2017)

<topo>

5 Energisa pagará dividendos intercalares

O conselho de administração da Energisa aprovou na última sexta-feira, 17 de fevereiro, a distribuição de dividendos intercalares à conta lucro líquido no valor de R$ 98,9 mi. Esse montante corresponde a R$ 0,00572 por ação de emissão da companhia - ordinária e preferencial - e R$ 0,286 por certificado de depósito de ações (Unit). Os pagamentos serão efetuados a partir do dia 8 de março com base na posição acionária de 22 de fevereiro. (Agência CanalEnergia – 20.02.2017)

<topo>

6 Eneva aprova CCB de R$ 400 mi

O conselho de administração da Eneva autorizou a emissão de cédula de crédito bancário pela Parnaíba II Geração de Energia em favor da Caixa Econômica Federal no valor de R$ 400 mi para pagamento das obrigações oriundas de outra CCB emitida em 2015. Na mesma reunião foi ratificado ainda o aval no instrumento financeiro pela companhia, bem como celebrar eventuais alterações complementares ou suplementares ao referido contrato. (Agência CanalEnergia – 20.02.2017)

<topo>

7 Usina Santo Antônio espera encerrar discussão sobre eficiência

A hidrelétrica de Santo Antônio, uma das maiores do Brasil, superou dificuldades iniciais e hoje está entre as mais eficientes do país, o que pode encerrar em breve uma longa discussão judicial sobre o desempenho da usina, disse um executivo da companhia. A usina em Rondônia tem sido alvo de um forte embate no setor elétrico porque não conseguiu cumprir exigências quanto ao nível de disponibilidade de suas turbinas entre 2012 e 2014, período em que as máquinas estavam sendo gradualmente colocadas em operação. O problema gerou uma conta de mais de R$ 400 mi para a Santo Antônio Energia, que conseguiu proteção na Justiça contra as perdas e recorreu à Aneel. A Aneel aceitou no final de 2016 rever os cálculos da indisponibilidade da usina nos últimos anos e expurgar da conta momentos em que as turbinas tiveram paradas forçadas, como em cheias excepcionais no rio Madeira, o que a Santo Antônio Energia entende que irá reduzir substancialmente ou até zerar a conta milionária que hoje é alvo de briga judicial. "Este equívoco na apuração do FID (fator de indisponibilidade) foi finalmente corrigido por decisão judicial e, mais recentemente, ratificado em decisão administrativa da Aneel", disse o diretor comercial e regulatório da Santo Antônio Energia, Ricardo Barbi Costa. Costa disse que a usina apresenta disponibilidade recorde desde que passou a ter todas as 50 turbinas em operação. "Mesmo com restrição hídrica severa, com as menores vazões no histórico para esta época, temos atingido níveis de geração acima da garantia física da usina", disse o executivo, mostrando dados de 2016 e 2017. Se não houvesse a revisão retroativa das exigências, a hidrelétrica teria que pagar todo o passivo já existente e ainda seguiria fortemente penalizada por anos, o que poderia comprometer a viabilidade financeira do projeto. (G1 – 20.02.2017)

<topo>

8 UHE Jirau coloca 50 máquinas em operação

A Hidrelétrica Jirau disponibilizou ao sistema às 50 máquinas previstas no projeto, que nominalmente tem 3.750 MW. Atualmente, a usina, com todas as máquinas, está com 3.009 MW de potência, em função de restrição hídrica. A usina precisa de uma vazão mínima de 27,5 mil metros cúbicos por segundo para despachar cada turbina com 75 MW. Segundo Victor Paranhos, presidente da Energia Sustentável do Brasil, o rio Madeira passa pela pior vazão dos últimos tempos. Ele adiantou ainda que a unidade geradora nº 4 despachou, ao longo da madrugada, com potência de 80 MW, superior em 6,6% a potência prevista no EVTE que é de 75 MW/máquina. "O despacho com uma potência superior a 75 MW irá depender de uma autorização especial do ONS, para ultrapassarmos o valor previsto no nosso contrato de uso do sistema", informou o executivo à Agência CanalEnergia. Paranhos disse que a ideia é, quando possível, despachar cada turbina com 78 MW. (Agência CanalEnergia – 20.02.2017)

<topo>

9 Diretor financeiro da Cemig deixa elétrica para trabalhar no fundo Mubadala, diz fonte

O executivo Paulo Castellari, que havia assumido como diretor financeiro da Cemig há cerca de dois meses, irá trabalhar para o fundo Mubadala Development Co PJSC, disse uma fonte à Reuters. Castellari formalizou sua saída da Cemig na segunda-feira, depois de receber uma oferta para trabalhar para o fundo de investimentos de Abu Dhabi, disse a fonte, com conhecimento direto do assunto. O Mubadala abriu um escritório no Rio de Janeiro no início do ano passado para identificar potenciais oportunidades no Brasil e gerenciar seus investimentos locais em portos, imóveis e outros setores. Castellari ingressou na Cemig em 21 de dezembro, como parte de uma reformulação da diretoria que buscava acelerar os planos de redução de dívidas da companhia. Ex-executivo da mineradora Anglo American no Brasil, Castellari será substituído por Adézio Lima como diretor financeiro e de Relações com Investidores, segundo comunicado da Cemig enviado ao mercado na noite de segunda-feira. Castellari entra no Mubadala num momento em que o fundo discute comprar fatia minoritária e injetar capital na companhia brasileira de infraestrutura Invepar, disseram três pessoas com conhecimento direto do assunto. (Reuters – 21.02.2017)

<topo>

 

 

Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios da região Norte estão operando com volume de 36,2%, 1,2% a mais que o dia anterior. Os dados são do ONS, referentes ao último dia 19 de fevereiro. A energia armazenada na região é 5.445 MW/mês e a ENA é 13.197 MWm, que é o mesmo que 58% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Tucuruí está operando com volume de 55,94%. No submercado SE/CO, os reservatórios estão operando com 40,3% da capacidade, 0,1% a mais que o dia anterior. A energia armazenada é 81.904 MW/mês e a ENA é 45.165 MWm, que é equivalente a 73% da MLT. A usina de Furnas está operando com volume de 48,03% e a de Nova Ponte com 31,13%. Na região Nordeste, os reservatórios estão operando com volume de 19,4%, 0,1% a mais que o registrado anteriormente. A energia armazenada é 10.062 MW/mês e a ENA é 4.210 MWm, que é o mesmo que 29% da MLT. A usina de Sobradinho está operando com 11,59% da capacidade. Na região Sul, os reservatórios estão operando com volume de 56,4%, 0,3% a mais que o registrado no dia anterior. A energia armazenada na região é 11.258 MW/mês e a ENA é 9.771 MWm, que é o mesmo que 104% da MLT. A usina de Barra Grande está operando com 43,37% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 20.02.2017)

<topo>

2 BBCE espera negociar 4.000 MW em 2017

A expectativa do Balcão Brasileiro de Comercialização de Energia (BBCE), plataforma de compra e venda de energia online, é movimentar mais de 4.000 MW de energia elétrica em 2017, volume quase 30% superior ao registrado no ano passado (3.109 MW). As previsões acontecem no momento em que o mercado livre tem verificado expansão acelerada por causa de consumidores em fuga de altas tarifas. O aumento teria como base uma mudança no perfil das empresas que participam das negociações. Desde o segundo semestre de 2016, o BBCE tem focado na entrada e participação das geradoras de energia na plataforma. Hoje, apenas alguns meses depois, esse grupo já é responsável por 24% das negociações registradas. “Inicialmente, concentramos a operação do BBCE em negócios de curto prazo, realizados principalmente por comercializadoras. Agora, entramos numa segunda fase, voltada à expansão das negociações de geradores aos contratos de mais longo prazo”, de acordo com o presidente da empresa, Victor Kodja. Em janeiro desse ano, foram negociados 400 MW em contratos de compra e venda de energia. Atualmente, o BBCE é responsável pela maior parte das negociações eletrônicas de energia no Brasil. Desde que entrou em operação, há cinco anos, a plataforma já registrou mais de 9 mil contratos fechados, movimentando R$ 3,3 bi e 14.000 MW de energia. “Os resultados do BBCE do ano passado foram muito impactados pela situação do mercado nos meses de agosto e setembro, quando as mudanças no modelo de aversão ao risco influenciaram a formação do PLD e praticamente paralisaram os negócios no mercado livre”, segundo a própria empresa. Se desconsiderados os resultados das negociações desse período, a média mensal de negociações foi da ordem de 320 MW em 2016, mesmo montante registrado no ano anterior. (Brasil Energia – 20.02.2017)

<topo>


Energias Renováveis

1 Elmano Férrer defende energias alternativas e comemora construção de usina solar no Piauí

O senador Elmano Férrer (PMDB-PI) defendeu nesta segunda-feira (20) o investimento em novas matrizes energéticas, como a solar e a eólica, para o desenvolvimento das regiões historicamente negligenciadas pelo poder público, especialmente o Nordeste. Segundo o parlamentar, estas iniciativas são indispensáveis para um meio ambiente mais equilibrado, sustentável e limpo, além de ajudar a reduzir desigualdades e gerar empregos e renda. Elmano Férrer ressaltou que as regiões mais pobres são as de maior potencial eólico e solar, fator determinante para a massificação de investimentos em parques geradores. No Piauí, disse o senador, a maior usina solar da América Latina está sendo instalada pela Enel Green Power, com investimentos da ordem de R$ 1,3 bi. As obras estão em andamento, no município de Ribeira do Piauí, a 415 km de Teresina, e devem entrar em funcionamento a partir de agosto de 2017. — Se, aproveitando a incidência solar de uma área ínfima de 690 hectares, o Piauí disporá, o Piauí e o Brasil, de 292 MW de energia, imaginem se multiplicarmos os investimentos e aproveitarmos um percentual ainda pequeno, mas, mais representativo, nossa área territorial produzirá muito mais energia para o Nordeste e o Brasil. (Agência Senado – 20.02.2017)

<topo>

2 EOL Ventos de Santo Augusto VII recebe liberação para operar em teste

A Aneel liberou a EOL Ventos de Santo Augusto VII, localizada no município de Simões, no Piauí, para operar em teste. O benefício foi para UG1 a UG4 e UG6, de 2,3 MW cada, totalizando 11,5 MW de capacidade instalada. A Aneel também liberou a EOL Ventos de São Virgílio 02, localizada no município de Simões, no Piauí para operar em teste. A liberação foi para UG7, UG11, UG12 e UG13, de 2,3 MW cada, totalizando 9,2 MW de capacidade instalada. A Aneel também liberou a EOL Ventos de Santo Augusto I, localizada no município de Simões, no Piauí, para operar comercialmente. A liberação foi para UG1 a UG8, de 2,3 MW cada, totalizando 18,4 MW de capacidade instalada. A EOL Ventos de São Virgílio 02 também foi liberada para operar comercialmente. O benefício foi para UG6 e UG8, de 2,3 MW cada, totalizando 4,6 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 20.02.2017)

<topo>

3 Três projetos brasileiros estão inscritos em votação global da DSM sobre energia limpa

Três projetos do Brasil foram inscritos para participar da votação global da premiação Bright Minds Challenge, promovida pela Royal DSM, para projetos considerados inovadores em energia limpa. Os projetos brasileiros somaram-se a outros três que compõem o grupo da América Latina que estão inscritos para votação. O primeiro colocado na votação receberá US$ 100 mil e consultoria para viabilizar o projeto. Segundo e terceiro colocados receberão, respectivamente, US$ 50 mil e US$ 25 mil. Os projetos brasileiros são o Solar Ear, de aparelhos auditivos de baixo custo, com baterias recarregáveis com energia solar; o Solarair Energy, um compressor térmico para sistemas de ar-condicionados fixos e veículos, e o Venza, um sistema híbrido de energia limpa que faz gestão de energia, monitoramento de segurança e ampliação de sinal de internet. Os outros projetos latinos são da Colômbia, Peru e Argentina. A votação acontece até o dia 27/2 e a premiação ocorrerá em junho. (Brasil Energia – 20.02.2017)

<topo>

 

Gás e Termelétricas

1 Demanda por GNL aumentará 5% ao ano até 2030

A demanda global por GNL deve aumentar de 4% a 5% anualmente entre 2015 a 2030. Neste período, a demanda por gás crescerá 2%, mesmo ritmo de crescimento desde 2000. As previsões são do primeiro boletim de previsões para o mercado de GNL lançado pela Shell nesta segunda-feira (20/2). Em 2016, a demanda global por GNL foi de 265 milhões de toneladas. Ao todo, 35 países importaram o energético no ano, mais que o triplo dos dez países importadores do começo do século. De acordo com a petroleira, a expectativa é que os Estados Unidos continuem como o principal consumidor de gás nos próximos anos, seguidos pela Rússia. A Shell acredita que entre 2014 e 2020 o tamanho do comércio global de GNL crescerá 50%, mas será necessário que a indústria faça grandes investimentos para suprir o crescimento da demanda pelo energético na próxima década. “Enquanto a indústria tem sido flexível no desenvolvimento de nova demanda, houve uma queda nas decisões de investimento para produção nova”, afirma o relatório. O crescimento na comercialização do GNL deverá vir principalmente de novas exportações na Austrália e nos Estados Unidos, sendo que mais de 60% desta nova capacidade de produção virá de áreas que entrarão em operação somente na próxima década. A Shell lembrou que os projetos de GNL podem levar de quatro a cinco anos para entrar em operação, tempo que vem diminuindo com o uso de FSRUs. Desde 2015, oito novos FSRUs iniciaram atividades na costa de países importadores. Com isso, há um total de 21 unidades atuando globalmente hoje e outras seis em construção. No ano passado, o crescimento da produção de GNL veio principalmente da Austrália, onde as exportações aumentaram 15 milhões de toneladas e chegaram a 44,3 milhões de toneladas. A expectativa é que os preços de GNL continuam a ser impactados pelo preço do barril de petróleo, preços das fontes renováveis e pelo custo dos projetos. Os preços futuros devem continuar a competir com os preços do gás bombeado regionalmente. (Brasil Energia – 20.02.2017)

<topo>

2 INB compra urânio de subsidiária da Rosatom

A empresa Uranium One, que integra a estatal russa Rosatom, venceu o concurso internacional para o fornecimento, em 2017, de 400 toneladas de urânio natural para as INB, que fornece o combustível para o complexo nuclear de Angra. Os resultados da concorrência foram publicados no DOU. Atualmente, cerca de 60% do urânio utilizado nas usinas é enriquecido fora do país. O aumento da capacidade brasileira de processamento do urânio está em curso, com uma ampliação que deve ser concluída em 2022. A INB pretende elevar a capacidade de processamento, ao mesmo tempo que busca licenciar novas áreas de exploração do minério na Bahia. "Esta é a primeira entrega de produtos de nossa empresa não só ao Brasil, mas também a toda a América do Sul", disse o presidente do conselho executivo da Uranium One, Vasily Konstantinov, em comunicado de imprensa. (Brasil Energia – 20.02.2017)

<topo>

3 Aneel autoriza execução de garantia da SPE BR Transmissora Cearense II

A Aneel determinou a execução da Garantia de Fiel Cumprimento do contrato de concessão no 013/2014 firmado junto à SPE BR Transmissora Cearense II, concessionária controlada pela Braxenergy. A empresa deveria construir o lote D do leilão de transmissão no.013/2013, composto pela linha Russas II a Aracati III C2 e a SE 230 kV Aracati III além da ICG Transformação 230/138 kV300 MVA na SE Aracati III e SE Aracati III. Esses ativos deveriam ter ficado aptos a operar em março do ano passado. A caducidade da concessão já havia sido declarada pelo MME em novembro de 2016. A decisão foi publicada por meio do despacho no. 419 da agência reguladora na edição de 20 de fevereiro do DOU. (Agência CanalEnergia – 20.02.2017)

<topo>

4 Aneel estabele CVU de janeiro para UTE Termopernambuco

A Aneel aprovou o valore de CVU de R$ 94,61/MWh da UTE Termopernambuco relativo ao mês de janeiro de 2017. O valor será aplicado pelo ONS a partir da primeira revisão do PMO. (Agência CanalEnergia – 20.02.2017)

<topo>

 

Grandes Consumidores

1 Acionistas da Vale definem novo acordo

A reestruturação societária anunciada ontem pela Vale abre novas perspectivas para a mineradora e, indiretamente, para o mercado de capitais brasileiro, em um movimento tão importante quanto foi a privatização da companhia há 20 anos, em 1997. Depois de quase três anos de negociações - com discussões que começaram em 2013 e foram cercadas de expectativa por investidores, os acionistas controladores da Vale (fundos de pensão estatais, Bradesco, Mitsui e BNDESPar) anunciaram processo que busca aprimorar a governança e dar maior liquidez às ações da empresa. O objetivo, ao fim de três anos, em 2020, é transformar a Vale em uma empresa com controle acionário pulverizado, sem a existência de acordo de acionistas, como é hoje, e listada no Novo Mercado da BM&F Bovespa. Nesse caminho, haverá a unificação das duas classes de ações - ordinárias e preferenciais - em ordinárias, conforme antecipou em janeiro o ValorPRO, serviço de informações em tempo real do Valor. Todas essas mudanças na Vale, uma das maiores empresas brasileiras, foram motivadas pela perspectiva de vencimento, em 9 de maio, do acordo de acionistas da Valepar, sociedade de propósito específico criada na época da privatização da mineradora e que reúne os sócios controladores. Havia dúvidas sobre o que aconteceria com a Vale se o acordo expirasse. Poderia haver uma "reestatização" da empresa caso não fosse renovado, uma vez que os fundos de pensão estatais (Previ, Funcef, Petros e Fundação Cesp), reunidos na Litel, e o BNDES somados têm maioria no bloco de controle. A proposta apresentada abre caminho para a Vale reforçar sua posição como empresa privada, embora em um primeiro momento os atuais controladores continuarão mandando na companhia. "Nosso objetivo foi criar valor para a Vale, fortalecê-la. (Valor Econômico – 21.02.2017)

<topo>

 

Economia Brasileira

1 Balança comercial tem superávit de US$ 2,4 bi nas três primeiras semanas de fevereiro

A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 2,415 bilhões nas três primeiras semanas de fevereiro. As exportações somaram US$ 10,383 bilhões e as importações ficaram em US$ 7,968 bilhões. No ano, há um saldo positivo acumulado de US$ 5,140 bilhões. Tanto em relação a janeiro deste ano quanto a fevereiro de 2016, houve aumento das exportações e das importações. As vendas externas cresceram 17,8% ante o mesmo mês do ano passado, com destaque para petróleo, minério de ferro, automóveis e turbinas para aviação. Já os gastos no exterior tiveram um acréscimo de 10,6%, com ênfase para adubos e fertilizantes, equipamentos eletrônicos e automóveis. (O Globo – 20.02.2017)

<topo>

2 Projeção do Focus para inflação oficial no ano tem nova baixa

Caiu ainda mais a expectativa dos analistas do mercado financeiro para a inflação deste ano, de acordo com o boletim Focus, do BC. A mediana das estimativas para o IPCA saiu de 4,47% para 4,43%, na sétima revisão consecutiva para baixo. Há apenas um mês, o mercado esperava IPCA de 4,71%, acima da meta de 4,50%. Para 2018, a mediana seguiu em 4,50%. Em 12 meses, caiu de 4,71% para 4,62%. Entre os analistas Top 5 de médio prazo, a percepção é de uma inflação ainda mais baixa. Eles reduziram a projeção de 4,15% para 4,10%. Há um mês, a mediana estava em 4,45%. Esse grupo ajustou a previsão de 2018 para cima, de 4,21% para 4,30%. Depois de uma inflação historicamente baixa em janeiro (0,38%), os dados parciais de inflação em fevereiro divulgados na semana passada mostram que a alta dos preços continua comportada. A expectativa para o IPCA de fevereiro caiu pela terceira semana consecutiva, de 0,50% para 0,48%. A mediana das estimativas para o dólar ao fim de 2017 caiu de R$ 3,36 para R$ 3,30, enquanto para o fim de 2018 saiu de R$ 3,49 para R$ 3,40. Não foram alteradas as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto, de 0,48% neste ano, e de 2,30% em 2018. (Valor Econômico – 21.02.2017)

<topo>

3 Prévia de índice de confiança da indústria aponta queda no mês

A prévia do ICI de fevereiro caiu 1,8 ponto, para 87,2 pontos, devolvendo parte da alta de 4,3 pontos do indicador de janeiro - que subiu para 89 pontos, informou a FGV. No entanto, o índice de média móvel trimestral, usado para mensurar tendências, indicou alta de 0,3 ponto, para 87 pontos, no resultado preliminar. Para a fundação, a queda na prévia foi considerada "ponto fora da curva" e não implica término de tendência positiva na confiança do empresário da indústria, iniciada no começo deste ano. Na avaliação da coordenadora da Sondagem da Indústria da FGV, Tabi Thuler, o resultado preliminar do ICI indica "um ajuste, uma calibragem" para baixo no patamar da confiança. "Estamos interpretando este resultado como 'devolução' do resultado de janeiro", afirmou. "Esta queda não muda tendência da confiança, que ainda é de alta." O ICI é o indicador síntese da Sondagem da Indústria, cujo resultado final será divulgado na sexta-feira. A prévia engloba entrevistas com 783 empresas, o que representa dois terços do universo total da pesquisa. No resultado preliminar, houve piora tanto das considerações sobre a situação atual quanto das perspectivas para os meses seguintes. (Valor Econômico – 21.02.2017)

<topo>

4 Vendas do varejo voltarão a crescer apenas em abril, prevê IDV

As vendas do varejo devem voltar a crescer apenas em abril, segundo o IAV-IDV. O indicador é elaborado com base nas projeções feitas pelos associados do instituto. A estimativa para abril é de crescimento real nas vendas de 2,3%, em relação ao mesmo período em 2016. Em janeiro, o IAV-IDV fechou com queda de 4,1%, em comparação a janeiro de 2016. O setor também estima a continuidade dos resultados negativos nos próximos dois meses, mas em um patamar menor, com queda de 1,9% em fevereiro e 0,7% em março. O objetivo do indicador é antecipar entre 30 a 40 dias os resultados da Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE. O segmento de bens não duráveis, que responde em sua maior parte pelas vendas de super e hipermercados, foodservice, drogarias e perfumaria, apresentou queda de 6,0% nas vendas realizadas em janeiro, na comparação anual. As projeções para os próximos meses sinalizam queda de 3,8% e 2,9% em fevereiro e março, respectivamente, e alta de 3,3% em abril. Já o setor de semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, também apresentou queda em janeiro, de 0,3%, na comparação anual. No entanto, a expectativa para os próximos meses é positiva, com crescimento de 2,0% em fevereiro, 3,3% em março e 1,0% em abril. No segmento de bens duráveis houve leve queda de 0,1% em janeiro. Em nota, o IDV afirma que a recuperação da confiança dos consumidores e a retomada do crédito continuam sendo os principais desafios para o segmento. A projeção dos associados para os próximos meses é de estabilização em fevereiro e crescimento de 1,6% em março e 0,8% em abril de 2017, ante os mesmos períodos em 2016. (Valor Econômico – 21.02.2017)

<topo>

5 Para analistas, IPCA-15 sobe 0,48% em fevereiro

Os reajustes anuais de mensalidades escolares elevaram a inflação na primeira quinzena de fevereiro, mas os demais preços seguiram bem-comportados, avaliam economistas. Segundo a estimativa média de 20 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, o IPCA-15 subiu 0,48% este mês, depois de alta de 0,31% em janeiro. Apesar da aceleração na passagem mensal, se confirmada, essa será a menor prévia da inflação oficial para o período desde 2007, quando o indicador avançou 0,46%. As estimativas para o IPCA-15, a ser divulgado amanhã pelo IBGE, vão de aumento de 0,41% até 0,57%. Em 12 meses, a expectativa é que a inflação recue de 5,94% para 4,96%. Considerando a série do IPCA-15 e a do IPCA, a inflação nessa medida não fica abaixo de 5% desde junho de 2012 (4,92%). Sazonalmente pressionado em fevereiro, o grupo educação subiu 4,96% neste mês nas estimativas de Leonardo Costa, da Rosenberg Associados. Pela metodologia do IBGE, esse tipo de aumento só é captado pelos índices de inflação quando a cobrança chega ao consumidor, mesmo que a mensalidade se refira ao mês anterior. Também em sentido ascendente, o grupo habitação deixou queda de 0,22% em janeiro e avançou 0,20%, projeta o economista. Nesse caso, a pressão veio das contas de luz, que mostraram deflação de 2,25% no mês passado devido à entrada em vigor da bandeira tarifária verde. Agora, esse efeito deflacionário já acabou, observa Costa. Mesmo com dois grupos de peso em alta, a Rosenberg espera que o IPCA-15 tenha ficado em nível reduzido considerando meses de fevereiro, em 0,41%. Se a previsão se concretizar, o indicador acumulado em 12 meses vai para 4,88% - apenas 0,38 ponto acima da meta. (Valor Econômico – 21.02.2017)

<topo>

6 Expectativa de inflação dos consumidores volta a cair em fevereiro

A expectativa mediana dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes caiu de 7,9% para 7,6% de janeiro para fevereiro, o menor valor desde janeiro de 2015, quando foi de 7,2%, informou nesta terça-feira a FGV. Foi a terceira queda consecutiva do indicador, que agora está 3,8 pontos abaixo do mesmo mês em 2016, quando alcançou o pico da série histórica. “As oscilações do Indicador de Expectativas de Inflação costumam a carregar informações obtidas pelos consumidores sobre a inflação recente. No momento, a percepção de desaceleração rápida da inflação nos próximos meses parece clara. Outro fato em linha com tendências observadas no passado é que a queda da inflação está ocorrendo mais rapidamente entre as famílias de renda mais elevada, com maior escolaridade e acesso à informação”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV-Ibre. Entre janeiro e fevereiro, a maior evolução ocorreu no intervalo mais próximo da meta [4,5% – 5,5%], que foi citado por 14,4% dos consumidores, 5,2 pontos percentuais mais que em janeiro. Apenas 7,2% dos entrevistados esperam inflação de até 4,5%. Houve queda na percepção da inflação em todas as faixas de renda familiar, com destaque para as famílias com renda mensal superior a R$ 9.600,00, cuja previsão mediana foi de 6,4%. Entre quem ganha até R$ 2.100 mensais, a expectativa de inflação nos próximos 12 meses é de 8,5%. (Valor Econômico – 21.02.2017)

<topo>

7 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h21, o dólar comercial subia 0,46% para R$ 3,1020. Ontem, no mercado local, o dólar comercial caiu 0,15% e fechou a R$ 3,0877, longe da máxima de R$ 3,1059. (Valor Econômico – 21.02 e 20.02.2017)


<topo>

 

Internacional

1 Abengoa construirá linha de transmissão de US$ 93 mi no Chile

A transmissora espanhola Abengoa foi contratada para construir uma linha de transmissão de 140 km, em tensão 500 kV, e fazer melhorias em duas subestações no Chile. O projeto, contratado pela Transelec, tem orçamento previsto de US$ 93 mi. Conforme informado nesta segunda-feira pela Abengoa, a empresa realizará o serviço por meio de um consórcio do qual também participa a Kipreos Ingenieros. O consórcio ficará responsável pela engenharia, fornecimento e construção do projeto, que será realizado na região de Antofagasta, no Norte do Chile, e está previsto para começar em setembro deste ano. As obras devem ser concluídas até o fim de 2019. Segundo a Abengoa, com o novo contrato, a companhia reforça sua posição de liderança no setor de transmissão de energia chileno, no qual atua há mais de 30 anos e implantou cerca de 1.800 km de linhas. No Brasil, a Abengoa possui três empresas em recuperação judicial e interrompeu seus projetos em andamento desde novembro de 2015. Entre as principais obras interrompidas está o linhão de transmissão que reforçaria o escoamento de energia da hidrelétrica de Belo Monte. (Valor Econômico – 20.02.2017)

<topo>

2 Argentina: Edesur quer colocar medidores inteligentes, mas há dúvidas sobre o seu alcance

A distribuidora de energia Edesur começou a trabalhar em um processo que visa a digitalização da rede em que opera e instalar medidores inteligente para cada um dos seus 2,5 milhões de clientes. Mas a iniciativa já provocou a opinião crítica de alguns atores que argumentam que não é eficaz na Argentina, onde há uma taxa diferenciada, dependendo do momento do consumo. O diretor de Tecnologias de Redes da Enel, Robert Denda, destacou que a empresa italiana controladora da Edesur "promove a medição inteligente porque ela oferece muitas vantagens para o usuário e para o sistema elétrico". "Eles tornam a rede mais eficiente e a qualidade do serviço melhoria, e isso ajuda a reduzir custos", disse o empresário, que pontuou que "no Chile começamos o projeto no ano passado e já temos 55.000 clientes conectados em Santiago; e na Colômbia, onde também começamos no ano passado, outros 40.000". Denda acrescentou que "no Peru apenas começamos a instalar estes medidores, e no Brasil e Argentina estamos em fase preliminar." "Na Itália, temos 32 milhões de medidores inteligentes, na Espanha 9 milhões e na Roménia 100 mil. No total a Enel tem 41 milhões de medidores inteligentes", disse o executivo, que observou que este dispositivo "permite medir em ambos os sentidos, tanto a energia recebida pelo usuário quanto a que gera e que vai para a rede". Uma fonte do setor consultada por esta agência, que preferiu manter seu nome confidencial, explicou que "na Argentina não faz sentido colocar medidores inteligentes porque não há tarifa segmentada, o que permitiria aproveitar o horário em que é mais barata." No país há os chamados horários de pico e vale, em que a energia tem um preço diferente, porém para os grandes consumidores que compram energia diretamente das geradoras. "No Chile ou na Espanha, existe uma segmentação tarifária que faz você ajustar a máquina de lavar para começar às 6h porque é mais barato, por exemplo," disse a mesma fonte. Por conseguinte, o perito consultado concluiu, "quando há incentivos, o medidor inteligente é uma opção eficiente de energia, pois distribui o consumo ao longo do tempo e torna a rede mais eficiente, mas agora não há". (Inversor Energético – Argentina – 20.02.2017)

<topo>

3 Vestas é maior fornecedora para mercado eólico global em 2016

A consultoria internacional FTI Consulting divulgou nesta segunda-feira a lista preliminar das cinco principais fabricantes de turbinas eólicas, que apontam a dinamarquesa Vestas como a maior fornecedora global desses equipamentos em 2016. Com isso, a fabricante superou a chinesa Goldwind, que em 2015 liderou o mercado global. Para a consultoria, a posição de liderança da Vestas foi puxada principalmente pelas instalações realizadas nos EUA no ano passado, onde superou a local GE como principal fornecedor de aerogeradores. Mesmo assim, a norte-americana subiu uma posição no ranking, sendo a 2ª maior fabricante em 2016. A companhia foi beneficiada pelo crescimento do mercado doméstico, assim como a alemã Enercon, que foi do 6° para o quinto lugar. A Goldwind perdeu duas posições, ficando em 3° lugar na lista dos maiores fornecedores de turbinas eólicas, principalmente porque a China, seu principal mercado, diminuiu o ritmo de novas instalações em 24%. Em 2015, a companhia foi a primeira chinesa a liderar o mercado global de fornecimento de aerogeradores. Já a espanhola Gamesa foi da 5ª para a 4ª colocação, impulsionada pela forte presença em mercados emergentes, especialmente o indiano. O levantamento não incluiu pedidos da Siemens, que comprou a Gamesa no ano passado, pois a transação ainda não foi concluída. Assim, os dados preliminares da consultoria apontam o seguinte ranking em 2016: Vestas, GE, Goldwind, Gamesa e Enercon. Os dados consolidados devem ser publicados em relatório da companhia, o “Global Wind Market Update ? Demand & Supply 2016”, que será lançado em março. Até lá, a consultoria admite a possibilidade de que ocorram mudanças nos dados. (Brasil Energia – 20.02.2017)

<topo>

4 Índia contrata energia solar a US$ 5/MWh

O preço da energia solar está em queda no mundo e a Índia acaba de estabelecer novo recorde, tendo contratado no início deste mês, por meio de leilão, 750 MW da fonte a 3,3 rúpias indianas por kWh gerado, ou US$ 0,05/kWh. Cabe apontar que o preço de lance não inclui os 33 centésimos de rúpia acrescentados às tarifas finais. Os ganhadores terão contratos de fornecimento com a Delhi Metro Rail Corporation, operadora do metrô na região da capital indiana, e com a companhia de energia do estado de Madhya Pradesh. As companhias vencedoras do leilão, cada uma responsável por entregar 250 MW de capacidade fotovoltaica, foram Mahindra Renewables, Acme Solar Holdings e Solenergi Power. Tais tarifas podem tornar os projetos vulneráveis a qualquer variação dos preços dos equipamentos, embora a tendência seja de queda no custo de painéis e inversores, observa a mídia local, que estima a entrada em operação das usinas já em 2018. Uma estimativa da consultoria internacional Make aponta que o investimento esperado nos projetos ficará em torno de US$ 650 mil por MW instalado. Para a consultoria, lances tão baixos dificilmente serão repetidos sem garantias especiais que deem respaldo à baixa qualidade de crédito dos tomadores. Apesar disso, de acordo com a Make, “o cenário macroeconômico de inflação controlada, capital estrangeiro prontamente disponível e crescimento do consumo de energia fornece oportunidades robustas para o crescimento futuro”. A Make espera que a Índia seja líder em nova capacidade instalada solar na próxima década. A Índia estabeleceu a meta de colocar em operação 100 GW da fonte solar até 2030. Até o final do ano passado, o país asiático tinha 9 GW da fonte, de um total de 320 GW instalados no país. (Brasil Energia – 20.02.2017)

<topo>

5 Elipse fornece sistema de monitoramento à distribuidora do Vietnã

A Elipse Software concluiu a instalação de seu sistema de monitoramento de subestações Elipse Power Gateway na Northern Power Corporation, distribuidora de energia que atende ao norte do Vietnã, informou a empresa de tecnologia em comunicado. O sistema vai monitorar 14 subestações em duas províncias vietnamitas. O contrato prevê que o sistema permita à distribuidora acesso remoto a informações de switches, medidores, relés e transformadores, entre outros equipamentos. (Brasil Energia – 20.02.2017)

<topo>


Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

POLÍTICA DE PRIVACIDADE E SIGILO
Respeitamos sua privacidade. Caso você não deseje mais receber nossos e-mails,  Clique aqui e envie-nos uma mensagem solicitando o descadastrado do seu e-mail de nosso mailing.


Copyright UFRJ