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IFE: nº 4.268 - 17 de fevereiro de 2017
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
União pode ter de rever projeto de compra de energia
2 Bolívia: Ministério de Energias entra para o Comitê Binacional Brasil-Bolívia
3 Aneel altera data de divulgação da avaliação de projetos de P&D
4 Encontro com Analistas de Investimentos é realizado pela Aneel
5 Aneel liberou CGH Maria Preta para operar em teste

Empresas
1 Cosan: Lucro líquido recua 71% no 4º trimestre, para R$ 178,3 mil
2 State Grid fará oferta para deslistar CPFL Energia no Brasil e em NY
3 Cemig registra redução de 0,5% no consumo de energia com o horário de verão
4 Schneider Eletric fecha contrato para fornecer 1 mil religadores à Cemig
5 Coelba investe R$ 4,7 mi para garantir energia no Carnaval de Salvador

Leilões
1 Ministro diz que regra de leilões de UHEs aumenta opção de investidores
2 Leilão de descontratação pode não solucionar excedentes e abrir novos riscos, avalia Aneel
3 Leilão reverso não deve ter grande adesão eólica

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Aneel alerta para falta de base termoelétrica

Energias Renováveis
1 CCEE: Produção de energia eólica cresce 55% em 2016
2 Obra de complexo eólico da Rio Energy terá R$ 848 mi do BNDES
3 Atlantic quer reverter certificados de energia renovável em projetos socioambientais

4 Certificados de Energia Renovável no Brasil

5 Raízen pode elevar moagem de cana para 63 mi t em 2017/18, diz Cosan

Gás e Termelétricas
1 Produção de gás natural em janeiro se mantém em linha com a de dezembro, informa Petrobras
2 Bolívia pretende vender a investidores privados gás não utilizado pela Petrobras

Economia Brasileira
1 PIB termina 2016 com retração de 3,6%, aponta FGV
2 Indicador antecedente da FGV aponta crescimento da economia em janeiro

3 Mercado eleva projeção para déficit primário de 2017
4 Intenção de consumo cai em fevereiro, aponta CNC
5 Consumo aparente da indústria tem 1º alta anual em 32 meses, diz Ipea
6 Índice de atividade do BC recua 0,36% no 4º trimestre
7 Otimismo do setor industrial aumenta em fevereiro, diz CNI
8 Inflação pelo IGP-M desacelera na segunda prévia de fevereiro
9 Alimentação ajuda IPC-Fipe a perder força na 2ª leitura de fevereiro
10 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Peru: Maior eletrificação rural no país
2 Chile: Arauco contribui com US$ 67 milhões em 2016 depois de injetar 1.089 GWh de excedentes de energias ao SIC


Regulação e Reestruturação do Setor

1 União pode ter de rever projeto de compra de energia

A ideia do governo de comprar energia no mercado livre e economizar 20% em gastos com a conta de luz pode não se concretizar. O assunto causou mal-estar, pois essa energia é subsidiada e o MME deve rever esse tipo de benefício este ano, o que pode retirar a atratividade do ambiente livre. Já as distribuidoras de energia avaliam que a compra de energia nesse mercado é uma forma de elisão fiscal. Ao fazer o anúncio na semana passada, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, surpreendeu o MME. Ele não consultou o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, sobre o assunto, segundo apurou o Estado. Procurado, o Planejamento não respondeu até a publicação da reportagem. Uma das razões que explica a potencial economia anunciada por Oliveira é o fato de os clientes do mercado livre não pagarem a parcela referente ao empréstimo bilionário às distribuidoras de energia. O financiamento começou a ser pago em 2015 e onera a conta de luz até 2020. Para uma fonte do MME, seria, no mínimo, deselegante que o governo deixasse de pagar uma conta que ele mesmo criou, até porque esse benefício não está disponível para todos. Por terem um consumo muito baixo, os consumidores residenciais não podem migrar para o ambiente livre. A fonte avalia que é preciso corrigir as distorções do mercado livre antes que o governo pense em comprar energia nesse ambiente. Essa energia recebe um desconto de 50% nas taxas de uso do sistema, um dos subsídios que torna o preço no mercado livre mais barato. Esse é um dos benefícios que vão passar por reavaliação do governo e podem não ser mantido a partir do ano que vem. Neste ano, a conta de subsídios paga pelo consumidor e repassada a diversos grupos de interesse vai atingir R$ 13,904 bi. O Estado teve acesso a uma carta enviada pela Abradee ao ministro Oliveira. No documento, com data de terça-feira, a entidade manifesta preocupação com os planos do governo e afirma que a migração para o mercado livre pode representar elisão fiscal – ou seja, planejamento tributário que visa a pagar menos impostos. A elisão fiscal aconteceria porque o valor médio da energia ofertada pelas distribuidoras e pelas comercializadoras do mercado livre é o mesmo e gira em torno de R$ 160 por MWh. Mas, de acordo com a carta, as concessionárias adicionam, na conta final, R$ 40 por MWh para pagar o empréstimo aos bancos. Para o presidente da Abracel, Reginaldo Medeiros, o governo tem o direito de gerir seu consumo e comprar energia no mercado livre. (Agência Brasil – 16.02.2017)

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2 Bolívia: Ministério de Energias entra para o Comitê Binacional Brasil-Bolívia

O recém-criado Ministério de Energia boliviano ingressou na quinta-feira ao Comitê Técnico Binacional formada formado pela Bolívia e Brasil. A entrada é parte das tarefas destinadas a fazer avançar a agenda energética e hidrocarbônica bilateral. Na conclusão da Terceira Reunião do Comitê Técnico Binacional, realizada em Brasília, se firmou uma segunda alteração ao memorando de entendimento existente entre os países para formalizar a entrada do Ministério da Energia, informou o MME do Brasil, em uma declaração. "O nosso objetivo comum, como os países vizinhos e irmãos, é o crescimento econômico com justiça, bem-estar social e respeito à natureza", disse o ministro de Minas e Energia do Brasil, Fernando Coelho. Desde 2015, a Bolívia faz parte do Comitê Técnico Binacional com o Brasil. Inicialmente, era formado pela equipa técnica boliviana liderada pelo ministro de Hidrocarbonetos e Energia, Luis Alberto Sanchez e representação do país vizinho; agora se junta ao grupo o Ministério da Energia. (La Razón – Bolívia – 16.02.2017)

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3 Aneel altera data de divulgação da avaliação de projetos de P&D

A diretoria da Aneel aprovou, durante Reunião Pública de dia 13 de fevereiro, alteração da data de divulgação do resultado da avaliação inicial dos projetos recebidos no âmbito da Chamada de Projeto Estratégico de P&D nº21/2016 “Arranjos Técnicos e Comerciais para Inserção de Sistemas de Armazenamento de Energia no Setor Elétrico Brasileiro”. Houve demonstração de interesse por parte de 102 empresas reguladas e foram recebidas 29 propostas de projetos para avaliação inicial. Diante do grande número de propostas e dos pareceres a serem consolidados, a Agência decidiu ampliar o prazo, estabelecido inicialmente até 20 de fevereiro 2017. Com a mudança, a Agência deverá divulgar a avaliação em 06 de abril de 2017. A Chamada de Projeto Estratégico de P&D visa a proposição de sistemas de armazenamento de energia de forma integrada e sustentável, buscando criar condições para o desenvolvimento de base tecnológica e infraestrutura de produção nacional. Segundo a Agência, apesar das vantagens de fontes como a solar e a eólica, elas são intermitentes e menos previsíveis. Diante disso, existe a necessidade de desenvolver tecnologias e sistemas de armazenamento, que inclusive estão entre as principais fontes de inovação no setor elétrico, com diversos projetos em vários países. Além disso, não há projetos pilotos ou experiências nacionais similares ao que se verifica no exterior e faltam estímulos ao desenvolvimento da cadeia produtiva de componentes e tecnologias de armazenamento. A participação da indústria permitirá a aplicação dos resultados da inovação, o que incrementará a competitividade e o progresso econômico. (Aneel – 16.02.2017)

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4 Encontro com Analistas de Investimentos é realizado pela Aneel

A Aneel realizou, no dia 16 de fevereiro, o décimo primeiro Encontro com Analistas de Investimentos. A reunião, com o objetivo de discutir o cenário energético pela ótica do regulador, ocorreu na sede da Agência, em Brasília (DF), e contou com a presença de 43 participantes de instituições de mercado. O Diretor-Geral da Aneel, Romeu Rufino, dirigentes e técnicos da Agência esclareceram aos analistas temas como prestação do serviço temporário de distribuição pelas distribuidoras designadas da Eletrobras; o próximo leilão de transmissão, ambiente de contratação livre e revisão do PLD, além de outros itens da agenda regulatória. A reunião faz parte de um programa de relacionamento entre a Agência e o público de investidores. (Aneel – 16.02.2017)

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5 Aneel liberou CGH Maria Preta para operar em teste

A Aneel liberou a CGH Maria Preta, localizada no município de Princesa, no estado de Santa Catarina, para operar em teste. O benefício foi para UG1 e UG2, de 0,275 MW cada, totalizando 0,55 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 16.02.2017)

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Empresas

1 Cosan: Lucro líquido recua 71% no 4º trimestre, para R$ 178,3 mil

A Cosan, que tem negócios nas áreas de infraestrutura e energia, registrou lucro líquido de R$ 178,3 mi no 4° trimestre, uma queda de 70,9% na comparação anual. No ano, o ganho líquido da companhia, cujos resultados consolidam 50% da Raízen, joint venture com a Shell, totalizou R$ 1,04 bi, com crescimento de 78,6%. O resultado trimestral, segundo a companhia, sofreu impacto negativo de R$ 146,4 mi de desconto financeiro concedido na cessão de créditos decorrentes de uma ação indenizatória e do resultado contábil da venda de participação na Radar. A receita líquida da Cosan recuou 1,4% no trimestre, para R$ 12,05 bi, enquanto o resultado Ebitda ficou em R$ 1,35 bi, 21,4% abaixo do verificado um ano antes. Pelo critério ajustado, o Ebitda somou R$ 1,21 bi no intervalo, queda de 7,3%. No consolidado de 2016, a receita líquida da companhia chegou a R$ 47 bi, 7,2% acima do registrado no exercício anterior, e o Ebitda cresceu 26,9%, a R$ 5,5 bi, enquanto o Ebitda ajustado subiu 7,7%, a R$ 4,2 bi. Os investimentos da companhia totalizaram R$ 488,6 mino trimestre, alta de 9,3%, e R$ 1,89 bi no ano, queda de 1,3%. Ao fim de 2016, a dívida líquida da Cosan era de R$ 10,1 bi, comparável a R$ 11,2 bi no encerramento do 3° trimestre. A alavancagem financeira, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda em 12 meses, estava em 2,1 vezes, frente a 2,2 vezes três meses antes. (Valor Econômico – 16.02.2017)

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2 State Grid fará oferta para deslistar CPFL Energia no Brasil e em NY

A chinesa State Grid informou que pretende deslistar sua controlada CPFL Energia e retirar as ações da empresa de circulação do segmento da BM&FBovespa denominado Novo Mercado, além de cancelar o registro de companhia aberta da elétrica nos EUA, segundo comunicado da CPFL nesta quinta-feira. Os chineses, que recentemente compraram o controle da CPFL em uma transação bilionária, farão uma oferta pública para comprar o restante das ações da companhia por um preço de 25,51 reais por papel. A CPFL disse que realizará uma assembleia de acionistas para deliberar sobre o assunto. Uma das providências que a CPFL deverá tomar agora é contratar uma instituição ou empresa especializada para elaborar um laudo de avaliação sobre o valor justo da companhia. Pelas regras do Novo Mercado, se o preço oferecido pela State Grid pelas ações for interior à faixa de preço justo, a chinesa deverá realizar apenas uma oferta pública devido à alienação do controle da CPFL, mas não poderá efetivar a oferta para deslistar a empresa e retirá-la da BM&FBovespa. Maior elétrica do mundo, a State Grid pagou 14,2 bi de reais pelas ações detidas pela Camargo Corrêa e por fundos na CPFL e mais 3,17 bi de reais pela subsidiária CPFL Renováveis, dedicada à energia limpa. A CPFL, líder privada no setor elétrico do Brasil, atua em geração, distribuição e comercialização de eletricidade, além de transmissão, onde tem uma presença mais tímida. (Reuters – 16.02.2017)

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3 Cemig registra redução de 0,5% no consumo de energia com o horário de verão

A partir da 0 hora deste domingo, 19 de fevereiro, os relógios das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste serão atrasados em uma hora, por conta do término do horário de verão. A Cemig registrou redução no consumo de energia de 0,5% no estado, o que significa que 108 mil MWh foram poupados. Essa energia seria suficiente para abastecer Belo Horizonte, com 1,5 milhão de habitantes, durante nove dias. Durante os 126 dias de vigência da medida, a Cemig registrou ainda uma redução diária de 4% na demanda máxima de energia, ou 350 MW. Em termos de comparação, isso representa a geração de cinco das seis turbinas da Usina Hidrelétrica Três Marias. Essa redução é suficiente para atender, durante todo o período do Horário de Verão, o pico de carga de uma cidade de 750 mil habitantes, equivalente à soma das cidades de Juiz de Fora e Sete Lagoas. Segundo o engenheiro de planejamento energético Wilson Fernandes Lage, da Cemig, o objetivo do horário diferenciado é que a população aproveite a iluminação natural mais longa – característica da estação – e reduza a demanda energética no horário de pico, das 18 às 21 horas. “A redução da demanda máxima no sistema é o maior benefício do Horário de Verão, porque alivia o carregamento nas linhas de transmissão, transformadores, sistemas de distribuição e unidades geradoras de energia, aumentando a confiabilidade e a segurança da operação do sistema elétrico, reduzindo o risco de ocorrência de desligamentos no SIN”, explica Wilson Lage. “Para os consumidores residenciais e comerciais, a economia é percebida na menor utilização da iluminação artificial. Se não houvesse o Horário de Verão, os consumidores poderiam ter um consumo de até 30 horas a mais por mês com a iluminação artificial”, completa. (Agência CanalEnergia – 16.02.2017)

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4 Schneider Eletric fecha contrato para fornecer 1 mil religadores à Cemig

A Cemig fechou contrato com a Schneider Electric para a compra de 1.000 religadores, por US$ 10,5 mi. O modelo escolhido pela distribuidora de energia foi o U27, que conta com tecnologia de automação e recomposição automática. O objetivo da Cemig é expandir a rede inteligente em Minas Gerais e a entrega começa em março. O diferencial desse modelo [de religadores] é a tecnologia de automação embarcada, segundo a Schneider. “No geral, as opções disponíveis no mercado não tem tecnologia para operar em smart grid. Essa tecnologia, já embarcada no modelo U27, permite que religadores instalados em diferentes áreas conversem entre si para mapear possíveis problemas e até evitá-los”, explicou Júlio Martins, vice-presidente da unidade Energy da Schneider Electric do Brasil. O U27 ainda possibilita o monitoramento e medição da corrente, a comunicação com outras unidades, o controle do sistema de distribuição e a proteção preventiva dos equipamentos. Para Martins, esses são serviços essenciais para a construção de uma rede inteligente. O aumento da eficiência é observado também na operação da distribuidora nas ruas. De acordo com o executivo, se a falha da rede for transitória, pode ser resolvida pelos religadores, de forma automatizada. “Se a falha for permanente, os equipamentos informam à sala de controle com antecedência e a distribuidora pode descolar uma equipe rapidamente para o local já mapeado pelos equipamentos”, garantiu. O resultado para a distribuidora é um retorno rápido do investimento. Além da Cemig, a Eletropaulo, de São Paulo, também já adquiriu o modelo de religador para smart grid da Schneider. (Brasil Energia – 16.02.2017)

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5 Coelba investe R$ 4,7 mi para garantir energia no Carnaval de Salvador

A Coelba (BA) investiu R$ 4,7 mi em serviços de manutenção e melhoria na rede elétrica nas regiões onde haverá grande demanda de energia em função das comemorações do feriado de Carnaval. O trabalho começou em setembro de 2016 e, até o final das ações, 300 km de rede elétrica e 580 postes terão passado por manutenção preventiva, e 3,2 mil árvores serão podadas, informou a companhia em nota à imprensa. “Para garantir o suprimento de energia para as cargas adicionais do Carnaval, instalamos 84 novos transformadores, agregando uma potência instalada de 7,7 mil kVA. Também implantamos 206 novos postes e construímos cerca de 9 km de rede elétrica”, disse Eduardo Girardi, superintendente de Expansão da Coelba. (Agência CanalEnergia – 16.02.2017)

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Leilões

1 Ministro diz que regra de leilões de UHEs aumenta opção de investidores

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, afirmou em Brasília que a possibilidade de que nos leilões de hidrelétricas existentes os investidores possam optar entre oferecer maior valor pela outorga e menor valor pela energia dos empreendimentos aumenta o cardápio oferecido pelo MME aos investidores. As duas opções estão na Portaria 51, publicada no DOU de 16 de fevereiro. Coelho não soube dizer se poderia haver uma combinação dos dois tipos de proposta. Disse apenas que o ministério vai definir em portaria especifica como isso será feito. Ele lembrou que o governo tinha, e continua tendo, a necessidade de arrecadar recursos para reforçar o caixa do Tesouro, mas a ideia é dar uma alternativa aos empreendedores que antes não existia. “Seria um diferencial para você poder escolher entre os participantes”, acrescentou. A regra deve ser aplicada no leilão de 11 usinas com contratos vencidos, previsto para esse ano. A maior parte dos empreendimentos pertencia à Cemig. O governo esperava arrecadar com a licitação R$ 10 bi em bonificação de outorga. O primeiro leilão de concessões antigas e não renovadas aconteceu em novembro de 2015, com a venda de 29 hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas com potência total de 6 mil MW. O certame resultou em arrecadação de R$ 17 bi. (Agência CanalEnergia – 16.02.2017)

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2 Leilão de descontratação pode não solucionar excedentes e abrir novos riscos, avalia Aneel

O diretor da Aneel Jose Jurhosa Jr acredita que o leilão de descontratação de energia, anunciado pelo MME para abril próximo, não seja a melhor solução para a questão dos excedentes que causam problemas para o equilíbrio econômico-financeiro das distribuidoras, sinalizando uma reticência da agência com o mecanismo que pretende descontratar usinas que negociaram em leilões de reserva. Ele explicou, durante apresentação hoje no Fórum Estratégico de Geração Termelétrica (Termogen), em São Paulo, que já existem mecanismos regulatórios disponíveis para resolver esse problema. O problema, avalia, é o risco de comportamento oportunista por alguns empreendedores das usinas que estão com cronograma atrasado ou inviabilizado, ao se livrarem dos atuais compromissos firmados com o governo para retornar posteriormente ao mercado, aproveitando-se para cobrar mais caro pela geração que não conseguiram entregar nas propostas originais vencedoras dos leilões oficiais. Jurhosa revelou outra preocupação que é a questão sobre qual seria, afinal, o volume ideal de energia de reserva necessária para dar segurança ao sistema elétrico brasileiro, ante as particularidades da oferta atual de geração, caracterizada por baixa hidraulicidade, acelerada penetração da energia eólica e falta de base termelétrica. Ele disse que a Aneel já solicitou à EPE um estudo mais apurado sobre esse cenário. (Brasil Energia – 16.02.2017)

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3 Leilão reverso não deve ter grande adesão eólica

O leilão de descontratação de energia de reserva que o MME prepara para esse semestre não deve ter grande adesão do setor eólico, de acordo com a presidente da Abeeólica, Elbia Gannoum. Isto porque há no máximo 300 MW de projetos da fonte contratados como energia de reserva com algum atraso, dos 1, 9 GW contratados. A executiva lembra que outros projetos que preocupavam o setor, como os de Furnas que ficaram sem fornecedor de aerogeradores com a falência da Impsa, já encontraram solução de fornecimento. Para a executiva, a descontratação de energia de reserva e a renegociação de contratos de geradoras com as distribuidoras, além da revisão de garantias físicas das usinas, devem apontar uma necessidade de contratação de nova capacidade. Com isso, a expectativa da associação é que sejam negociados novos projetos neste ano, principalmente para retomar as atividades da indústria eólica. O ministério deve olhar o tema a partir do segundo semestre, e já criou uma nova modalidade de contratação, o A-7, para negociar energia com mais antecedência. “Em geral uma contratação de mais longo prazo é importante para dar sinal de investimentos para indústria”, comenta Elbia. Para a executiva, entretanto, a realização de um leilão do tipo, para entrega em sete anos, não é uma solução para a falta de pedidos na indústria, que já é sentida neste ano. “Em 2017 e 2018 a cadeia produtiva já terá uma capacidade ociosa. Um leilão de prazo mais curto, com entrega para energia a partir de 2 anos e meio, por exemplo, seria melhor para resolver essa questão”, defende Elbia. Indicadores como a tendência de queda das taxas de juros e da inflação e o aumento do consumo de energia em janeiro, na comparação com igual mês do ano anterior, indicam uma melhoria no cenário econômico”, observa a presidente da Abeeólica, defendendo que há necessidade de o país contratar energia nova para um prazo mais curto. Mesmo sem um grande crescimento da demanda, o governo deveria contratar nova capacidade da fonte, defende a associação, para garantir segurança energética e porque a geração eólica “desloca” a geração térmica, mais cara. (Brasil Energia – 16.02.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios na região Norte estão operando com volume de 31,7%, aumentando 1,2% em comparação com o dia anterior. Os dados são do ONS, referentes ao último dia 15 de fevereiro. A energia armazenada na região é 4.766 MW/mês e a ENA é 12.845 MWm, que é o mesmo que 51% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Tucuruí está operando com 48,31% da capacidade. Na região Nordeste, os reservatórios estão operando com 19,2% da capacidade, 0,1% a mais que o registrado anteriormente. A energia armazenada é 9.927 MW/mês e a ENA é 4.088 MWm, que é equivalente a 29% da MLT. A usina de Sobradinho está operando com volume de 11,39%. No submercado SE/CO, os reservatórios continuam operando com o mesmo volume de 40,2%, registrado anteriormente. A energia armazenada é 81.837 MW/mês e a ENA é 53.066 MWm, que é o mesmo que 75% da MLT. A usina de Furnas está operando com volume de 48,92% e a de Nova Ponte com 30,9%. Na região Sul, houve um acréscimo de 0,2%, o que deixou os reservatórios com volume de 56,2%. A energia armazenada é 11.227 MW/mês e a ENA é 13.962 MWm, que é o mesmo que 98% da MLT. A usina de Barra Grande está operando com 46,71% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 16.02.2017)

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2 Aneel alerta para falta de base termoelétrica

O diretor da Aneel José Jurhosa Jr voltou a chamar a atenção do mercado para a deficiência de geração térmica na base do SIN. Durante apresentação realizada em São Paulo, na 3ª edição do Fórum Estratégico de Geração Termelétrica – Termogen, ele se disse “muito preocupado”, principalmente em relação ao abastecimento do Nordeste. Segundo ele, apesar da sobra de energia nas distribuidoras, a situação na região está muito complicada e tende a piorar ao longo do ano. Não só por causa da baixa hidraulicidade, mas porque a alta volatilidade da geração eólica tem obrigado o ONS a ligar e desligar mais frequentemente usinas movidas a óleo, tornando muito mais cara a operação. Já em relação às usinas movidas a gás, a questão é a viabilidade de três empreendimentos negociados em leilões regulados e que somam mais de 3 mil MW, dois deles no Nordeste (Sergipe e Pernambuco). Para tentar contornar essa situação, Jurhosa disse que a Aneel já fez duas apresentações ao MME sobre a importância da criação de uma política pública específica para o segmento, bem quanto a instalação de unidades térmicas em capitais do Nordeste, para operar na base, com custo mais atrativo justamente pela continuidade de operação. Segundo ele, as autoridades do MME estão receptivas a essa proposta. (Brasil Energia – 16.02.2017)

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Energias Renováveis

1 CCEE: Produção de energia eólica cresce 55% em 2016

A produção de energia eólica no Brasil cresceu 55,1% em 2016, segundo dados da CCEE. Com 3.651 MW médios, o desempenho das usinas em operação no Sistema Interligado Nacional foi 1.297 MW médios superior ao registrado em 2015, quando a geração alcançou um total de 2.347 MW médios. Os dados da CCEE também indicam que, ao final de 2016, os 402 empreendimentos eólicos em operação no Sistema alcançaram 10.221 MW em capacidade instalada, ou seja, incremento de 23,5% frente aos números do ano anterior (8.277 MW), quando havia 325 projetos em funcionamento no país. O bom desempenho das usinas eólicas fez com que a fonte aumentasse sua representatividade em toda a geração de energia do país. Em 2016, elas representaram 6% da produção, o que significa dois pontos percentuais de acréscimo. O Rio Grande do Norte permanece como principal produtor de energia eólica no Brasil. As usinas potiguares produziram 1.206 MW médios no período, aumento de 50% em relação a 2015. O levantamento aponta o estado da Bahia na segunda colocação com 693 MW médios (+54%), seguido pelo Ceará que alcançou 668 MW médios (+29%) e o Rio Grande do Sul com 519 MW médios (+39%) produzidos no primeiro semestre. O levantamento da CCEE também confirma o estado do Rio Grande do Norte com a maior capacidade instalada, somando 3.181 MW, aumento de 27,5% em relação ao ano anterior. Em seguida, aparece o Ceará com 1.930 MW (+22,6%), a Bahia com 1.750 MW (+21,5%) e o Rio Grande do Sul com 1.621 MW (+6,8%. (Agência CanalEnergia – 16.02.2017)

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2 Obra de complexo eólico da Rio Energy terá R$ 848 mi do BNDES

O BNDES aprovou um financiamento de R$ 847,9 mi para a construção do Complexo Eólico Serra da Babilônia, na Bahia, operado pela empresa Rio Energy. Localizado nos municípios baianos Morro do Chapéu e Várzea Nova, o empreendimento terá 223 megawatts (MW) de potência, a partir de 95 aerogeradores. A energia foi vendida no leilão de reserva (LER) de novembro de 2015 e o prazo de entrada em operação comercial é novembro de 2018. O financiamento representa cerca de 57% dos R$ 1,5 bi que o projeto deve demandar. Segundo Marcos Meireles, presidente da Rio Energy, o restante deve ser financiado com capital próprio, mas a empresa tem também a opção de emitir cerca de R$ 160 mi em debêntures de infraestrutura. Isso dependerá da demanda e das taxas de retorno exigidas pelo mercado. Com esse ativo, a Rio Energy, que já tem dois complexos eólicos que somam 261 MW em operação na Bahia e no Ceará, vai se aproximar de 500 MW de potência. De acordo com a empresa, o projeto deve gerar ainda 1,4 mil empregos diretos e 3 mil indiretos durante a construção. (Valor Econômico – 16.02.2017)

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3 Atlantic quer reverter certificados de energia renovável em projetos socioambientais

A Atlantic obteve Certificados de Energia Renovável (REC, em inglês) para seus empreendimentos eólicos em operação no Rio Grande do Norte (Eurus II e Renascença V) e na Bahia (Complexo Eólico Morrinhos), que somam 240 MW. São mais de 1 mi de MWh de energia certificada, ou mais de 1 mi de RECs. Esses certificados devem ser comercializados para empresas e indústrias interessadas em agregar o conceito de sustentabilidade aos seus negócios, de acordo com a gerente de comercialização de energia da Atlantic, Ana Carolina Kruger. O valor de mercado dos certificados, estimado pelo Instituto Totum, que os concede, está entre R$ 2,50 a R$ 3,70 por MWh. De acordo com Ana Carolina, um setor que está bastante atento para oportunidades de compra de RECs é o da construção. “As empresas eu buscam certificado LEED para prédios, podem ou consumir energia limpa ou comprar esses certificados”, explica. Apesar disso, a gerente reforça que qualquer segmento pode ser um potencial comprador. Para conquistar os certificados, os projetos foram auditados pela ABS Quality Evaluations. A auditoria envolveu análise documental e visitas aos parques. É a primeira geradora eólica voltada diretamente para o mercado energético a certificar projetos no Brasil – a montadora de carros Honda também obteve RECs para sua eólica de autoprodução Xangri-lá. (Brasil Energia – 16.02.2017)

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4 Certificados de Energia Renovável no Brasil

No Brasil, a certificação de energia renovável está sendo concedida pelo Instituto Totum, em parceria com a Abeeólica, a Abragel e a CCEE. O objetivo é adicionar valor a projetos sustentáveis, fomentando este mercado. Para a presidente da Abeeólica, Elbia Gannoum, a certificação cria um nicho de mercado no país. “Não estamos falando mais de energia elétrica somente, e sim de um produto com alto valor agregado de sustentabilidade e de redução de emissão de CO2. O selo gera valor ao produto ou serviço que o adquiriu", comenta. Até o momento, três empresas, além da Atlantic – que tem o maior número de certificações -, obtiveram os RECs: a CPFL Renováveis, para a PCH Ninho da Águia; a Atiaia Energia, para a PCH Porto das Pedras e a montadora Honda, para seu parque eólico de autoprodução, o Xangri-La. A lista completa pode ser acessada no site do selo. Os compradores dos RECs podem usá-los para certificar o consumo de energia limpa em relatórios de sustentabilidade, por exemplo. Os certificados são válidos por dois anos e as usinas precisam ser reauditadas para serem renovados. (Brasil Energia – 16.02.2017)

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5 Raízen pode elevar moagem de cana para 63 mi t em 2017/18, diz Cosan

A Raízen Energia, maior produtora individual de açúcar e etanol do Brasil, poderá elevar a moagem de cana na nova safra 2017/2018 (abril/março) para 63 milhões de toneladas, na melhor expectativa da sua previsão preliminar, informou nesta quinta-feira Cosan, sócia da empresa juntamente com a Shell. Na safra anterior (2016/17), virtualmente já encerrada, a Cosan projeta a moagem da Raízen entre 59 milhões e 61 milhões de toneladas. Na estimativa mais baixa para nova safra, a moagem da Raízen poderia se igualar à da safra 16/17. (Reuters – 16.02.2017)

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Gás e Termelétricas

1 Produção de gás natural em janeiro se mantém em linha com a de dezembro, informa Petrobras

A Petrobras informou que, em janeiro, a produção de gás natural no país, excluído o volume liquefeito, foi de 81,4 milhões de m³/d, em linha com a produção de dezembro de 2016. No exterior, a produção de gás natural foi de 8,6 milhões de m³/d, 16% abaixo do volume produzido no mês anterior. Essa redução ocorreu, sobretudo, devido à redução de demanda de gás na Bolívia. A produção total de petróleo e gás natural, em janeiro, foi de 2,86 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), sendo 2,74 milhões boed produzidos no Brasil e 120 mil boed no exterior. Em janeiro, a produção de petróleo operada pela Petrobras, na camada do pré-sal, atingiu dois novos recordes: o mensal, com a produção de 1,28 milhão bpd, e o diário, alcançando no último dia 4 de janeiro, de 1,34 milhão de barris. Além disso, a produção de petróleo e gás natural operada alcançou o novo recorde de 1,59 milhão boed. Esses resultados se devem, principalmente, ao crescimento da produção de novos poços interligados aos FPSOs Cidade de Caraguatatuba (no campo de Lapa); Cidade de Saquarema, Cidade de Mangaratiba e Cidade de Itaguaí (localizados em Lula); e Cidade de São Paulo (em Sapinhoá); todos na Bacia de Santos. Outro destaque foi o maior desempenho operacional na plataforma P-58, localizada no Parque das Baleias, na Bacia de Campos. (Agência CanalEnergia – 16.02.2017)

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2 Bolívia pretende vender a investidores privados gás não utilizado pela Petrobras

O governo boliviano vai negociar com a Petrobras o aproveitamento do volume de gás não utilizado pela estatal para oferecer a investidores privados no mercado brasileiro. A negociação envolve quase 15 milhões de metros cúbicos, que poderão abastecer empreendimentos como duas usinas termelétricas em Corumbá (MS) e em Cuiabá (MT). O assunto será discutido em reunião marcada para o dia 15 de março entre representantes da Petrobras e da estatal boliviana, quando se espera ter uma projeção de quais serão os volumes de gás demandados pelo Brasil. O ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Luis Alberto Sánchez Fernández, destacou que historicamente o Brasil tem consumido entre 20 milhões e 30 milhões de metros cúbicos de gás, mas o consumo atual está na casa dos 15 milhões de metros cúbicos. Fernández foi recebido nesta quarta-feira, 15 de fevereiro, pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho. As negociações anunciadas pelo representante boliviano foram confirmadas pelo MME. Por intermédio da assessoria, o ministério informou que “de forma alguma irá se opor” e pretende dar o suporte necessário à negociação com os agentes privados. Segundo a assessoria, o acordo envolve de fato o excedente de gás do contrato da Petrobras, mas é basicamente uma negociação entre o governo boliviano e os empresários interessados. Fernandez lembrou que o contrato da Petrobras com a Bolívia termina em 2020. Ele lembrou que a discussão agora com a estatal e os novos clientes é para definir quais serão os volumes de gás demandados. Perguntado se a estatal pagaria menos com a redução, ele respondeu que essa questão será discutida no acordo com a empresa. (Agência CanalEnergia – 16.02.2017)

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Economia Brasileira

1 PIB termina 2016 com retração de 3,6%, aponta FGV

Com queda de 0,89% do Produto Interno Bruto entre o terceiro e o quarto trimestres, na série com ajuste sazonal, a atividade encerrou 2016 com redução de 3,6%, conforme o Monitor do PIB da FGV, depois de encolher 3,8% em 2015. Os dois anos de recessão sem precedentes arrastaram o produto de volta ao nível de 2011. Em dezembro, o recuo foi de 0,2% em relação a novembro, já feito o ajuste. Apesar do resultado ruim, o acumulado em 12 meses do PIB revela quadro menos negativo no fim de 2016, sinalizando que o pior passou, ainda que o ritmo de retomada seja bastante incerto. O fundo do poço aparece entre abril e julho, quando a contração acumulada atingiu 4,8%. Desde então, a intensidade da queda acumulada diminuiu até dezembro. A curva tem tendência semelhante em quase todas as aberturas. Na comparação trimestre contra trimestre do ano anterior, o cenário é o mesmo. Entre outubro e dezembro, o PIB diminuiu 2,5%, após queda 2,9% no trimestre até setembro, de 3,6% de abril a junho e de 5,4% no primeiro trimestre. "A economia continua patinando e hoje em dia a gente comemora até número menos negativo", afirma Claudio Considera, coordenador da publicação. O resultado ainda muito ruim observado no fim do ano passado é consequência de retração em todas as aberturas do PIB, com destaque para os serviços, que repetiram o tombo de 2,2% observado no terceiro trimestre, no confronto com o mesmo intervalo de 2015. "Este foi o último setor a entrar em recessão e ainda vai demorar a se recuperar". Sobre o período entre julho e setembro, a queda foi de 0,68%, mais intensa que a do terceiro trimestre, na mesma comparação, de 0,47%. (Valor Econômico – 17.02.2017)

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2 Indicador antecedente da FGV aponta crescimento da economia em janeiro

O IACE elaborado pela FGV-Ibre e pelo The Conference Board subiu 2,8% em janeiro ante dezembro, para 104,6 pontos. Das oito séries componentes, sete contribuíram para a alta do indicador. O Índice de Produção Industrial de Bens de Consumo Duráveis foi o único destaque negativo, diz a FGV. O Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE) do Brasil, também elaborado por ambas instituições, que mensura as condições econômicas atuais, subiu 0,4% no período, alcançando 98,4 pontos. "Apesar da volatilidade que ainda deve marcar a evolução dos diferentes indicadores ligados ao nível de atividade neste início do ano, o resultado do ICCE em janeiro caracteriza um quadro de recuperação no futuro visível ", afirmou, em nota, o economista da FGV-Ibre Paulo Picchetti. "Após um longo período marcado por quedas, a taxa anualizada do indicador caminha consistentemente para o terreno positivo, corroborando a evolução anterior do indicador antecedente", disse. (Valor Econômico – 16.02.2017)

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3 Mercado eleva projeção para déficit primário de 2017

Mesmo com o processo de ajuste fiscal e as medidas microeconômicas que vêm sendo anunciadas pelo governo, o mercado elevou a projeção para o déficit primário do governo central em 2017. Instituições financeiras ouvidas pelo Ministério da Fazenda para o relatório Prisma Fiscal projetam que o governo central - Tesouro, BC e Previdência - vai registrar rombo de R$ 149,589 bilhões no fechamento deste ano. No mês passado, a projeção era de déficit menor (R$ 148,358 bilhões) em 2017. A estimativa dos analistas está acima da meta do governo central, de déficit primário de R$ 139 bilhões no fechamento de 2017. Para o ano de 2018, as instituições financeiras ouvidas pela Fazenda esperam que o governo central registre déficit primário de R$ 125 bilhões - expectativa melhor que a levantada no mês passado, de R$ 125,928 bilhões para 2018. Segundo relatório divulgado ontem, o mercado financeiro espera que a dívida bruta continue em crescimento e fique em 76,2% do PIB em 2017. A projeção anterior era de 76,80% do PIB em 2017. Para 2018, a projeção é de que a dívida bruta fique em 79,62% do PIB. (Valor Econômico – 17.02.2017)

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4 Intenção de consumo cai em fevereiro, aponta CNC

As famílias indicaram ter menor intenção de consumo em fevereiro de 2017 do que em igual mês do ano passado, segundo dados apurados pela CNC. O indicador teve queda de 2,1% em relação a fevereiro de 2016, refletindo o custo elevado do crédito, desemprego e queda da renda. Entre janeiro e fevereiro, contudo, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) cresceu 1,2% e alcançou 77,1 pontos, em uma escala de 0 a 200. Abaixo dos 100 pontos, o resultado ainda indica percepção de insatisfação com as condições correntes, segundo a CNC. Na análise, a confederação disse que "embora haja um processo de retomada gradual da confiança de consumidores e empresários, a Confederação Nacional do Comércio espera relativa estabilidade nas vendas do comércio em 2017, que poderão ser mais aceleradas de acordo com a confiança na governabilidade e na implementação das reformas necessárias". A entidade aponta que o ritmo de melhora nas vendas do comércio e da confiança do consumidor dependem da velocidade de redução do endividamento das famílias e das empresas e da retomada do mercado de trabalho. Contribui positivamente o cenário de queda dos juros e de menor pressão inflacionária, aliviando o bolso das famílias, destacou a entidade. Os dados da CNC mostram ainda que 60,6% declarou estar com o nível de consumo menor do que no ano passado. Menos pessoas estão com intenção de comprar a prazo em relação a fevereiro do ano passado, queda de 9,5% nessa comparação anual. Ante janeiro houve aumento de 1,3%. Com a menor pontuação mensal (52,3 pontos), o subitem Nível de Consumo Atual apresentou queda de 0,4%, ante janeiro, e queda de 6,1%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O subitem Momento para Duráveis cresceu respectivamente 1,5%, frente a janeiro, e 5,3%, ante igual mês do ano anterior. "Apesar de a taxa de juros para o consumidor já apresentar uma leve queda, a maior parte das famílias (70,1%) ainda considera o momento desfavorável para a aquisição de duráveis", reforçou a equipe da CNC. (Valor Econômico – 16.02.2017)

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5 Consumo aparente da indústria tem 1º alta anual em 32 meses, diz Ipea

O Indicador Ipea de Consumo Aparente da Indústria cresceu 5,4% na comparação entre dezembro de 2016 e o mesmo mês de 2015. Foi a primeira alta nesse tipo de comparação em 32 meses. O índice representa a soma da produção industrial doméstica com as importações, excluindo em seguida as exportações. Entre novembro e dezembro, no cálculo já dessazonalizado, também houve alta, de 4,6%. No ano, porém, o indicador recuou 8,5%, mas o resultado de dezembro mais do que compensou o acumulado negativo de julho a novembro (-4,1%). “Embora o cenário de contração da demanda interna ainda persista, os comportamentos dos indicadores de consumo aparente da indústria têm apresentado sinais de melhora nos últimos meses”, diz a carta de conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Entre os grupos industriais, apenas o setor de bens de consumo duráveis teve queda (1%) entre novembro e dezembro. Todos os outros tiveram alta: extrativa mineral (14,5%), bens intermediários (3,8%), bens semi e não-duráveis (2,6%) e bens de capital (8,8%). Mas o Ipea faz a ressalva que os bens de capital tiveram essa alta por causa da reversão da “forte queda registrada no período anterior, em grande medida provocada pela contribuição negativa proveniente da exportação de uma plataforma de petróleo em novembro”. Na comparação com o mesmo mês de 2015, novamente bens duráveis foi o único segmento com queda (-4,6%), enquanto todos os outros tiveram alta: extrativa mineral (3,6%), bens de capital (20,2%), bens intermediários (4%) e bens semi e não-duráveis (1,4%). No acumulado de 12 meses, no entanto, a queda atinge todos os setores, liderada novamente por bens duráveis (-19,6%). Em seguida vêm capital (-16,8%), extrativa mineral (-15,6%), bens intermediários (-7,8%) e bens semi e não-duráveis (-3,2%). (Valor Econômico – 16.02.2017)

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6 Índice de atividade do BC recua 0,36% no 4º trimestre

A alta da produção industrial e da prestação de serviços em dezembro não foi suficiente para compensar o tombo das vendas. O IBC-Br do mês recuou 0,26% em relação a novembro, feitos ajustes sazonais, depois de alta de 0,10% no dado anterior. Na passagem do terceiro para o quarto trimestre, a retração foi de 0,36%, desempenho que confirma a percepção dos analistas de que a trajetória negativa da atividade está se estabilizando. Embora os indicadores antecedentes já conhecidos para janeiro tenham mostrado desempenho fraco e a herança estatística deixada pelo último trimestre de 2016 seja negativa, a avaliação é que o PIB deve voltar ao campo positivo no primeiro trimestre de 2017, depois de oito quedas consecutivas. Apesar da atividade ainda frágil, as safras agrícolas maiores devem garantir resultado um pouco melhor no primeiro trimestre, avaliam economistas. Pelo critério do BC, a atividade econômica fechou 2016 com queda de 4,34% (sem ajuste sazonal). O resultado foi ainda pior que o recuo de 4,28% de 2015, marcando a maior retração da série histórica do dado, iniciada em 2003. A economia brasileira está saindo da recessão em que se encontra há dois anos e meio, mas ainda há incerteza sobre quando ocorrerá o ponto de inflexão, afirma André Muller, economista da AZ Quest. "O indicador mostra estabilidade da economia em um nível baixo desde agosto", disse Muller, para quem o "vale" do nível de atividade está próximo. Segundo ele, o PIB caiu 0,6% de outubro a dezembro sobre os três meses anteriores, retração pouco menor do que a verificada no terceiro trimestre (0,8%). (Valor Econômico – 17.02.2017)

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7 Otimismo do setor industrial aumenta em fevereiro, diz CNI

O otimismo da indústria cresceu em fevereiro. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), divulgado pela CNI, chegou a 53,1 pontos em fevereiro ante 50,1 pontos em janeiro. Na pesquisa, resultados acima da linha divisória de 50 pontos indicam expectativa positiva para os próximos seis meses. O Icei leva em conta perspectivas para a economia e para a empresa. Os dois indicadores avançaram e estão acima dos 50 pontos. Enquanto o subcomponente relativo à economia do país passou de 50,2 pontos para 53,7 pontos, o que diz respeito à empresa saiu de 56,9 pontos para 59,4 pontos. O otimismo em relação ao futuro é contrabalançado pelos componentes que avaliam a situação atual. A situação da empresa passou de 42,8 pontos para 45,5 pontos. A relativa à situação do país saiu 38,2 pontos, para 43,4 pontos. (Valor Econômico – 17.02.2017)


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8 Inflação pelo IGP-M desacelera na segunda prévia de fevereiro

A inflação apurada pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) desacelerou para 0,02% na segunda prévia de fevereiro, ante 0,76% no mesmo período em janeiro, influenciado pela queda nos preços dos alimentos, informa a FGV. O indicador é referência para o reajuste de contratos, como os de aluguel. O IPA saiu de alta de 0,91% para queda de 0,15%, com deflação nos itens agropecuários (de -1,43% para -1,04%) e uma alta menor nos itens industriais (de 1,81% para 0,17%). Soja, milho, feijão carne bovina e aves contribuíram para reduzir os preços ao produtor. Já o IPC cedeu de 0,57% para 0,36%, da segunda prévia de janeiro para a de fevereiro, com cinco das oito classes de despesa do índice registrando taxas mais baixas. A principal influência foi do grupo Alimentação (0,69% para -0,27%), em que as carnes bovinas saíram de alta de 1,44% para queda de 2,07%. (Valor Econômico – 17.02.2017)

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9 Alimentação ajuda IPC-Fipe a perder força na 2ª leitura de fevereiro

Com deflação em quatro de seus sete grupos, o IPC-Fipe desacelerou de 0,18% para 0,02% da primeira para a segunda quadrissemana de fevereiro. O grupo alimentação saiu de queda de 0,11% para recuo de 0,40% e teve o maior peso negativo. Foi responsável por tirar 0,09 ponto da taxa do período. Vestuário (de -0,77% para -0,65%) e habitação (de -0,16% para -0,09%) tiveram deflação menor, mas retiraram 0,04 e 0,03 ponto do IPC-Fipe, nesta ordem. Transporte saiu de alta de 0,37% para queda de 0,06%. Despesas pessoais (0,25% para 0,11%) e educação (5,56% para 3,76%) também tiveram taxas menores e saúde subiu de 0,79% para 1%. O IPC-Fipe mede a inflação para famílias que vivem na cidade de São Paulo e têm renda de até dez salários mínimos. (Valor Econômico – 17.02.2017)

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10 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 9h16, o dólar comercial subia 0,19%, a R$ 3,0882. Ontem, o dólar comercial subiu 0,60% e fechou a R$ 3,0824, depois de dois pregões consecutivos de queda. (Valor Econômico – 16.02.2017 e 17.02.2017)

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Internacional

1 Peru: Maior eletrificação rural no país

Com a transferência de 25, 519 milhões para as empresas Eletronorte e Electrosur, o MEM peruano ordenou melhorias em instalações elétricas de projetos de eletrificação rural em várias províncias do norte e sul do Peru. De acordo com a Resolução Ministerial 069-2017, desse total 18, 644 milhões de soles serão destinados a empresa Eletronorte S.A para a instalação de Sistemas Elétricos Rurais (SER) nas províncias de Chota, Cutervo Hualgayoc e Santa Cruz, na região Cajamarca. Além disso, 6,875 milhões de soles se destinarão a Electro Sur S.A. para o desenvolvimento de três projetos de eletrificação rural, localizada nas províncias de Quispicanchi, Canchis e Chumbivilcas na região Cusco. Os termos e obrigações das transferências dos recursos serão os previstos no convênio de transferência para a melhoria, expansão e fortalecimento de projetos de eletrificação rural, celebrado entre o MEM e as empresas elétricas mencionadas. Tais recursos serão destinados exclusivamente para esse fim, de acordo com o comunicado. (El Peruano – Peru – 16.02.2017)

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2 Chile: Arauco contribui com US$ 67 milhões em 2016 depois de injetar 1.089 GWh de excedentes de energias ao SIC

Arauco, através de sua filial Bioenergía, anunciou que durante 2016 entregou excedentes de energia ao Sistema Interligado Central (SIC) equivalentes a 1.089 GWh, os quais negociados no mercado à vista significaram receitas de aproximadamente US$ 67 milhões. Assim, 2% do total da energia injetada no SIC veio da firma florestal ligada ao grupo Angelini, ressaltando também, que do total das Energias Renováveis Não Convencionais (ERNC), a injeção eléctrica da empresa representou cerca de 5% do total fornecido ao sistema. No Chile, a capacidade instalada da Arauco é de 606 MW, permitindo-lhe, juntamente com auto abastecer substancialmente os requisitos de energia de suas plantas industriais - contar com uma capacidade de 209 MW de excedente potencial para contribuir para o SIC. A empresa que indicou que a médio prazo os planos são de aumentar a capacidade instalada, passando dos atuais 600 MW para cerca de 1.000 MW no futuro. No entanto, afirmam que eles dependerão do desenvolvimento e implementação de novas instalações industriais que tragam associados novas usinas elétricas. (Economía y Negócios – Chile – 16.02.2017)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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