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IFE: nº 4.267 - 16 de fevereiro de 2017
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro
Índice
Regulação
e Reestruturação do Setor
1 Migração da União vai acelerar expansão do mercado livre
2 Comercializadoras aprovam migração da União para o mercado livre
3 Distribuidoras preocupadas com a migração da União para o mercado livre
4 Aneel mantém suspensa operação de usina afetada por desastre ambiental da Samarco
5 Aneel altera cronograma da chamada pública sobre sistemas de armazenamento
6 Teles Pires é autorizada a repactuar risco hidrológico
7 CGH Rio Alegre recebe liberação para operar em teste
Empresas
1
Brasil será destaque em fusões nos segmentos de energia elétrica, diz PwC
2 Problemas com recuperação judicial e falência incentivam fusões e aquisições no país
3 Delta Energia analisa migração de 2016
4 Delta Energia prevê outro ano forte para comercializadoras
5 Engie vende ativos
6 State Grid prevê captar R$3,2 bi com debêntures para obra de Belo Monte
7 Solução para evitar atraso do primeiro bipolo de Belo Monte está em discussão
8 Cemig investe na melhoria do sistema elétrica de Caratinga
9 CPFL Piratinga doa 1.500 aquecedores solares para famílias nas regiões de Sorocaba e Indaiatuba
10 CPFL Energia apresenta nova gerente de Comunicação
11 Celpe: moradores de Fernando de Noronha podem gerir consumo de energia
Leilões
1
Hidrelétricas existentes poderão ser licitadas por menor tarifa ou maior outorga
Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1
Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Preço de referência para energia salta quase 20%
3 CPFL Energia: economia chegou a 88,9 GWh com horário de verão
Energias Renováveis
1
BNB: setor de energia solar e de concessões de aeroportos devem puxar demanda por financiamentos de longo prazo
2 Institutos Federais apostam na energia solar para reduzir custos
3 Raízen Energia reduz vendas de açúcar e etanol no terceiro trimestre
4 Redução dos custos dos produtos vendidos pela Raízen
5 Raízen compensa parcialmente queda nas vendas com recuperação do teor de açúcar na cana
Gás e
Termelétricas
1 Petrobras reduz compra de gás da Bolívia para 45% do total contratado
2 Bolívia pretende vender a investidores privados gás não utilizado pela Petrobras
Economia Brasileira
1 Monitor do PIB indica queda de 3,6% na economia em 2016
2 Juro futuro cai sob efeito de dado fraco de serviços e recuo do dólar
3 FGTS poderá ser transferido sem taxa
4 Setor de serviços cresce 0,6% em dezembro, mas ano fecha com queda recorde de 5%
5 IGP-10 recua para 0,14% neste mês e confirma tendência de inflação menor
6 Inflação pelo IPC-S perde força na segunda leitura de fevereiro
7 Dólar ontem e hoje
Internacional
1 Argentina: Produção de gás atinge máxima de 5 anos
2 Argentina: geração elétrica de fonte nuclear foi recorde em 2016
3 Ucrânia: escassez de carvão provoca estado de emergência energético
Regulação e Reestruturação do Setor
1 Migração da União vai acelerar expansão do mercado livre
A migração do governo federal para o mercado livre de energia pode transferir para esse ambiente de negócios um volume da ordem de 500 MW médios, o equivalente a algo entre 0,7% e 1% do consumo total de energia do país, de acordo com estimativas de comercializadoras. O montante tem potencial para ampliar a participação do mercado livre para 27,7% do total do país, contra a média atual de 26,8%, a partir de dados do consumo do Brasil em 2016. Na última semana, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, informou que, com a migração, o governo prevê uma redução de 20% das despesas com energia, atualmente de R$ 2,2 bi. A ideia é iniciar este ano a migração das unidades localizadas no DF e expandir para o restante do país ao longo do próximo ano. De acordo com o presidente da comercializadora Comerc, Cristopher Vlavianos, o consumo da União é "uma carga enorme". A expectativa, segundo comercializadoras, é que o governo federal faça compras de energia por meio de pregões eletrônicos, atendendo a lei. 8.666/1993 - a Lei das Licitações. Não se sabe, porém, a quantidade e periodicidade dessas operações. Outro ponto importante, devido ao histórico de atraso nos pagamentos por parte do poder público em geral, é que o governo federal terá de ser pontual com suas despesas no mercado livre. Isso porque os consumidores inadimplentes estão sujeitos ao desligamento do mercado livre pela CCEE. (Valor Econômico – 16.02.2017)
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2 Comercializadoras aprovam migração da União para o mercado livre
"Ainda não está muito claro como será a migração. Nada impede que o governo prepare um mega leilão e faça uma única compra, e depois diga para onde será destinada a energia, dividindo entre os pontos de conexão", afirmou o presidente executivo da Abraceel, Reginaldo Medeiros. "O grande fator que tem de ser tratado para que esta iniciativa tenha sucesso será oferecer garantias eficazes de que os compromissos serão pagos pontualmente", afirmou Paulo Mayon, diretor da Compass. "O governo aposta que o mercado livre é uma realidade e abre uma porta para que seja olhada de maneira positiva uma eventual expansão do mercado", disse Paulo Toledo, diretor da Ecom Energia. Para Walfrido Avila, diretor da Tradener, o governo poderia ter planejado a migração para o mercado livre há mais tempo, para reduzir custos. "De qualquer forma, a decisão mostra que o próprio governo vê a maturidade do mercado livre", afirmou. Lucas Rodrigues, analista de mercado da Safira, concorda com a visão de Avila. "A atratividade da migração para o mercado livre este ano não é tão vantajosa como era há dois anos, mas ainda há economia", explicou. A migração da União também pode ajudar a destravar financiamentos a empreendimentos de geração destinados exclusivamente ao mercado livre, destacou Reinaldo Ribas, gerente de gestão de clientes do grupo Delta Energia. "Essa é uma grande barreira hoje". (Valor Econômico – 16.02.2017)
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3 Distribuidoras preocupadas com a migração da União para o mercado livre
Se as comercializadoras estão comemorando a medida, as distribuidoras estão tensas [com a migração da União para o mercado livre]. A CEB, distribuidora que atende a capital federal, informou que "está avaliando o impacto que, no tempo, essa eventual migração gerará no faturamento da companhia". A companhia, porém, destacou que não perderá toda a receita decorrente dessa migração, porque, a União continuará pagando pelo uso da infraestrutura do serviço de energia, o "aluguel do fio". Já o presidente da Abradee, Nelson Leite, classificou como "preocupante" a migração do governo federal. Segundo ele, a saída da União do mercado cativo terá um efeito de aumento na conta dos consumidores das distribuidoras. O executivo lembrou que são esses consumidores que pagarão os empréstimos firmados pela CCEE e destinados às distribuidoras em 2014, no valor de R$ 11,2 bi. "A migração nos preocupa porque ele [governo] deixaria de pagar o empréstimo feito em 2014. Mas essa discussão ainda é muito embrionária", afirmou Leite. (Valor Econômico – 16.02.2017)
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4 Aneel mantém suspensa operação de usina afetada por desastre ambiental da Samarco
A diretoria da Aneel negou pedido apresentado pelo Consórcio Candonga e manteve a suspensão da operação comercial da usina hidrelétrica Risoleta Neves, no rio Doce (MG). O empreendimento foi afetado pelo rompimento da barragem de rejeitos de Fundão, pertencente à mineradora Samarco, no dia 5 de novembro de 2015. A data do desastre ambiental foi estabelecida pela Aneel como data de início da paralisação das atividades da usina. A suspensão, em caráter temporário, da operação das unidades geradoras 1, 2 e 3 foi determinada pela fiscalização da Aneel em maio do ano passado, após avaliação das condições operacionais da hidrelétrica. A empresa teve pedido de efeito suspensivo negado, e a determinação foi mantida no mérito pela agência. A decisão tem impactos no cálculo da taxa de indisponibilidade do empreendimento, o que obriga o consórcio a comprar energia para repor o lastro de contratos. A Aneel reconhece que a usina está impedida de gerar energia, inclusive por decisão judicial, mas afirma que as consequências comerciais da indisponibilidade não podem ser debitadas a outros agentes, inclusive aos geradores participantes do Mecanismo de Realocação de Energia, e devem ser cobradas de quem causou o problema. UHE Risoleta Neves tem 140,4 MW de potência instalada e está localizada nos municípios de Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado, em Minas Gerais. A usina tem como sócios a Aliança Energia, com 50%, e a Vale, com 50%, que é um dos controladores da Samarco. (Agência CanalEnergia – 15.02.2017)
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5 Aneel altera cronograma da chamada pública sobre sistemas de armazenamento
A Aneel prorrogou por 45 dias a divulgação do resultado da avaliação inicial dos projetos recebidos na chamada pública de P&D que trata de Arranjos Técnicos e Comerciais para a Inserção de Sistemas de Armazenamento de Energia no Setor Elétrico Brasileiro. Ele será publicado no dia 6 de abril. A decisão altera as datas das demais etapas do cronograma da chamada. O projeto lançado em agosto do ano passado pela Aneel despertou o interesse de 102 empresas do setor que são obrigadas por lei a realizar investimento em pesquisa e desenvolvimento. A agencia recebeu 29 propostas de projetos para avaliação inicial, que somam cerca de R$ 580 mi nos próximos quatro anos. A apresentação das propostas para avaliação inicial foi feita na sede da Aneel de 1º a 3 de fevereiro, e teve a participação de técnicos da agência e de órgãos e entidades nacionais e estrangeiras envolvidos. O cronograma original estabelecia que a divulgação do resultado da avaliação inicial das propostas ocorreria em até 60 dias, a partir da data de recebimento. (Agência CanalEnergia – 15.02.2017)
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6 Teles Pires é autorizada a repactuar risco hidrológico
A Companhia Hidrelétrica Teles Pires recebeu autorização da Aneel para repactuar o risco hidrológico da usina. O produto escolhido é o SP 92, que permite a transferência para o consumidor de 8% do risco dos contratos de comercialização negociados no leilão A-5 de 2010, em troca do pagamento de um prêmio entre 1º de janeiro de 2017 e 31 de dezembro de 2044. A UHE Teles Pires tem potência instalada de 1.819,8 MW e 915,4 MW médios de garantia física. Desse total, 778 MW médios estão atrelados a contratos com distribuidoras com início de suprimento para 1ºde janeiro de 2015. A repactuação está condicionada à renúncia pela empresa a qualquer ação administrativa, arbitral e judicial para discutir isenção ou mitigação do risco hidrológico no Mecanismo de Realocação de Energia. A empresa informou, porém, que não tem nenhuma ação em andamento. A Teles Pires assinou um termo de compromisso com a Aneel em fevereiro de 2015 para equacionar as obrigações previstas nos contratos de suprimento de janeiro a abril daquele ano. A entrada em operação do empreendimento foi prejudicada pelo atraso na conclusão das instalações de transmissão. O documento previa que o montante da exposição ao mercado de curto prazo referente aos contratos de comercialização da hidrelétrica seria abatido de toda exposição positiva da companhia no MCP. Como havia dúvidas em relação ao uso da energia secundária da usina, em razão do produto escolhido na repactuação, o acordo de renegociação teve que ser analisado pela Aneel, considerando a existência do termo de compromisso. (Agência CanalEnergia – 15.02.2017)
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7 CGH Rio Alegre recebe liberação para operar em teste
A Aneel liberou a CGH Rio Alegre, localizada no município de Condor, no Rio Grande do Sul, para operar em teste. O benefício foi para UG1, de 0,74 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 15.02.2017)
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Empresas
1 Brasil será destaque em fusões nos segmentos de energia elétrica, diz PwC
As operações de fusões e aquisições nos segmentos de energia elétrica somaram US$ 293 bi em 2016, montante recorde e 47% superior ao registrado em 2015, de acordo com um levantamento da PricewaterhouseCoopers (PwC). Para 2017, a expectativa é de continuação do crescimento. Segundo Arthur Ramos, sócio da PwC Brasil especialista no setor de energia, o Brasil deve ter destaque nesse cenário, com a conclusão da compra bilionária da CPFL pela chinesa State Grid, além de outras operações esperadas, como a privatização das distribuidoras da Eletrobras. "Temos um terreno fértil para transações", disse Ramos. Ao mesmo tempo em que há muitos investidores com situação financeira confortável para comprar ativos, o mercado brasileiro no setor elétrico enfrenta diversos problemas. A redução da demanda por energia é outro problema que pressiona algumas empresas do setor elétrico no país. "A demanda vai voltar, mas ao longo do tempo. Quem estava no meio do caminho de projetos, com balanço mais fraco e dificuldade de financiamentos, acaba sofrendo. Ao mesmo tempo, há muitos investidores interessados e com caixa, que olham oportunidades", disse Ramos. Segundo ele, o cenário é mais favorável para investidores internacionais. O grande número de oportunidades de investimentos no país, combinado à expectativa de retomada da economia, deve resultar num elevado volume de transações neste ano. "Saímos de um patamar baixo na economia no ano passado, e infraestrutura é uma das saídas para retomar investimentos. Precisamos colocar alguns negócios nos eixos, isso deve levar a novas transações, um ambiente forte para 'deals'", disse. Mesmo as incertezas políticas não devem afetar essa expectativa. Para Ramos, o investidor olha mais os fundamentos econômicos do que a situação política de curto prazo. Como o setor elétrico oferece contratos com bons retornos e fundamentos, "acho que fica tranquilo garantir os investimentos", afirmou. (Valor Econômico – 16.02.2017)
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2 Problemas com recuperação judicial e falência incentivam fusões e aquisições no país
No Brasil, uma questão que incentiva operações de fusões e aquisições envolve problemas das empresas que quebraram ou entraram em recuperação judicial. "Esses problemas que atrasam tudo precisam ser resolvidos. O ambiente é propício para transações porque todo mundo está interessado em resolver esses imbróglios", diz Arthur Ramos, sócio da PwC Brasil. De acordo com Ramos, há muitos ativos à venda no setor elétrico brasileiro e uma consolidação "é algo provável", liderada por aquelas companhias mais bem estruturadas. No relatório global da PwC, das operações de fusões e aquisições de 2016, US$ 148,7 bi foram na área de energia, que inclui ativos de transmissão, distribuição e geração convencional. O montante representou alta de 77% ante 2015. Na área de ativos de gás, foram US$ 106 bi, ganho de 77,3%. Na área de energia renovável, foram US$ 38 bi, queda de 31,3%. A América do Norte liderou as operações, com 57% do total do volume financeiro negociado. A região da Ásia Pacífico ficou em segundo, com 18%, seguida pela Europa, com 17%. O grupo composto por América Latina, Oriente Médio e África somou apenas 8% do total. "A perspectiva é de que o volume de transações vai continuar crescendo. Evidentemente, nos Estados Unidos há uma expectativa de que o Trump vai levar adiante um processo no setor de óleo e gás, carvão também", disse. Segundo Ramos, o Brasil acabou não tendo destaque no relatório de 2016 pois as maiores operações do setor elétrico não foram concluídas naquele ano. A compra da CPFL, por exemplo, só foi concretizada em janeiro. (Valor Econômico – 16.02.2017)
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3 Delta Energia analisa migração de 2016
A migração de consumidores especiais para o mercado livre deve ser mantida em 2017, mas o ritmo vai depender do preço da energia, disse Reinaldo Ribas, gerente de gestão de clientes do grupo Delta Energia. A comercializadora realizou a migração de 580 consumidores em 2016, sendo 520 enquadrados na categoria de consumidores especiais - com consumo de 0,5 MW a 3 MW e obrigação de comprar energia de fontes incentivadas. O número total ficou ligeiramente abaixo do estimado pela Delta, que planejava migrar 600 consumidores no ano passado. A economia média dos consumidores, porém, superou as expectativas. Os clientes conseguiram reduzir os custos com energia elétrica em 30% a 35%, ante a previsão de uma economia de 20% a 25%. (Valor Econômico – 16.02.2017)
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4 Delta Energia prevê outro ano forte para comercializadoras
Para 2017, a expectativa da Delta Energia é de continuar crescendo, migrando 600 novas unidades consumidoras. O desempenho do mercado livre depende da atratividade oferecida pelos preços. "Esse ano, vamos dizer, esfriou um pouco", afirmou Reinaldo Ribas, gerente de gestão de clientes do grupo Delta Energia. Em maio, entrarão em vigor novos parâmetros de risco do cálculo do preço de energia à vista (PLD), o que deve exercer uma pressão de alta."Também por entrarmos no período seco em maio, esse mês deve ter uma reação de alta no preço", disse Ribas. Até abril, porém, os preços devem permanecer no patamar de R$ 120 por MWh, segundo ele. "O mercado livre sempre tende a ser uma melhor opção no longo prazo", disse Ribas. Segundo ele, o forte ritmo de crescimento visto no ano passado foi "algo extraordinário", mas as migrações devem ser mantidas, embora em ritmo talvez menor. A procura deve continuar concentrada na energia incentivada, pelos consumidores especiais. Segundo a Delta Energia, ainda há cerca de 500 MW médios de energia incentivada disponível, sendo que o consumo médio dos novos clientes é de 0,3 MW médios. Com isso, há uma capacidade de migração de cerca de 1.600 consumidores. Em 2016, a CCEE registrou 2.303 adesões de consumidores ao mercado livre. O número foi 25 vezes superior ao registrado em 2015, quando 93 pedidos foram aprovados. Do número total, 91%, ou 2.102 empresas, eram consumidores especiais. No fim do ano, ainda havia mais de mil processos de migração em aberto. (Valor Econômico – 16.02.2017)
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5 Engie vende ativos
A Engie Brasil contratou o Morgan Stanley para identificar potenciais compradores para seus ativos de geração de energia a carvão, que somam cerca de 1.200 MW de potência instalada. A operação está em linha com a estratégia de redução na emissão de carbono da Engie no mundo. Os dois ativos à venda são o complexo termelétrico Jorge Lacerda, com 857 MW, localizado em Capivari de Baixo (SC), e a termelétrica Pampa Sul, ainda em construção em Candiota, no Rio Grande do Sul. A usina de Candiota, que terá 340 MW, tem inicio de operação previsto para o fim de 2018. Segundo a Engie, no terceiro trimestre do ano passado, a obra tinha progresso de 40%. (Valor Econômico – 16.02.2017)
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6 State Grid prevê captar R$3,2 bi com debêntures para obra de Belo Monte
A State Grid prevê captar cerca de R$ 3,2 bi com a emissão de debêntures de infraestrutura para financiar a construção do segundo linhão de ultra-alta tensão que vai conectar a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, ao sistema elétrico do Sudeste, segundo apresentação da empresa vista pela Reuters. O linhão, com cerca de 2,5 mil quilômetros, está orçado em R$ 8,7 bi, e a empresa ainda espera contar com R$ 2,95 bi em empréstimo do BNDES, aponta o material da empresa, disponibilizado nesta quarta-feira no site da Aneel. O segundo linhão de Belo Monte precisa iniciar operação em dezembro de 2019. Um primeiro linhão, que está sendo construído pela State Grid em parceria com a Eletrobras, precisa estar pronto em fevereiro de 2018. A emissão das debêntures está prevista para acontecer em três séries, em fevereiro de 2018, fevereiro de 2019 e fevereiro de 2020. Até o momento, os chineses já aportaram 543 mi de reais no empreendimento, e o valor deverá alcançar um acumulado de R$ 1,1 bi até março, se o licenciamento ambiental do projeto for liberado e as obras forem iniciadas em abril, conforme prevê atualmente o cronograma da State Grid. A expectativa inicial da empresa era ter as licenças ambientais no início deste ano. Recentemente, uma fonte disse à Reuters que o Ibama deve liberar a licença prévia do linhão ainda neste mês. Em um resumo da situação do empreendimento apresentado ao regulador, a State Grid disse ainda que utilizará equipamentos fabricados no Brasil e na China no linhão. Serão produzidos localmente os equipamentos de corrente alternada, filtros e transformadores YD, enquanto a companhia comprará da China os equipamentos corrente contínua, válvulas, transformadores YY e sistemas de proteção e controle. (O Globo – 15.02.2017)
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7 Solução para evitar atraso do primeiro bipolo de Belo Monte está em discussão
Uma solução que está em negociação entre quatro partes pode salvar o cronograma de implantação do primeiro bipolo que ligará a UHE Belo Monte à região Sudeste. A Sepco, empresa que é responsável por três dos oito trechos em que foi dividido esse projeto está com dificuldades de tocar a obra. E o que se discute na Belo Monte Transmissão de Energia, SPE entre a State Grid e duas subsidiárias da Eletrobras - Furnas e Eletronorte -, é que duas empresas que já estão na obra, em outras partes e já próximas ao seu término, assumam dois dos três trechos que a chinesa está encarregada de executar. A Tabocas e a São Simão estão com o cronograma de obras em estágio avançado de conclusão e poderiam ficar, cada uma, com um trecho adicional. Essa é a proposta que está à mesa da BMTE. A lógica por traz dessa ideia é porque os trechos ficariam contíguos ao que as duas executam atualmente, o que facilitaria a locomoção de pessoal e equipamentos, um fator que é crítico em empreendimentos dessa natureza naquela região. A perspectiva é de que se houver uma desmobilização, a retomada possa demorar até 60 dias. Uma fonte próxima ao assunto disse que a solução prevê a Tabocas assumindo o trecho 2 e a São Simão o trecho 5. Assim, contou, a chinesa focaria seus esforços somente no primeiro trecho com sua mão de obra e equipamentos. Com isso, conseguiriam finalizar a obra a tempo. Contudo, é justamente a questão de demora na decisão por acertar a transferência de trechos para as duas empresas que poderá mudar o cenário já que para remobilizar pessoal, equipamentos e alcançar o ritmo de obras, esse período pode levar até 90 dias, o que inviabilizaria o atendimento do prazo. Procurada, a BMTE preferiu não comentar o teor da reportagem. (Agência CanalEnergia – 15.02.2017)
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8 Cemig investe na melhoria do sistema elétrica de Caratinga
O município de Caratinga, em Minas Gerais, vai receber em 2017 cerca de R$ 2 mi em investimentos no reforço do sistema elétrico. De acordo com a Cemig, as obras incluem a instalação de aproximadamente 20 religadores telecontrolados e de rede protegida, que vão aumentar a capacidade do sistema e melhorar a qualidade do fornecimento. De acordo com o líder de negócio da Cemig, Riwardeny Nunes Talin, os religadores telecontrolados são dispositivos que, ao detectarem alguma falha no circuito, restabelecem o fornecimento de energia automaticamente, sem a necessidade de atendimento presencial de uma equipe de eletricistas. "Esses equipamentos facilitam o religamento dos clientes quando há falta de energia, diminuindo o tempo da interrupção", acrescenta Riwardeny. A substituição de cabos convencionais por cabos protegidos ou por cabos de maior capacidade, além de aumentar a confiabilidade e a continuidade do fornecimento de energia elétrica, possibilita que o circuito receba novas cargas. Riwardeny explica que os cabos protegidos também melhoram a interação e a convivência com a arborização urbana e reduzem a poluição visual. O líder de negócio lembra que a Cemgi concluiu, no fim de 2016, a ampliação da Subestação Caratinga, com investimento de aproximadamente R$ 13 mi. "Nesse projeto, a empresa dobrou a potência instalada da subestação, aumentando a disponibilidade de energia para cerca de 135 mil habitantes". (Agência CanalEnergia – 15.02.2017)
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9 CPFL Piratinga doa 1.500 aquecedores solares para famílias nas regiões de Sorocaba e Indaiatuba
A CPFL Piratininga doou 1.500 aquecedores solares, em 2016, para famílias com baixo poder aquisitivo das cidades de Sorocaba, Indaiatuba, Iperó, Itu, Louveira, Salto e Votorantim. A iniciativa faz parte do projeto "Comunidades Eficientes" e consumiu R$ 3,750 mi em investimentos, por meio do seu Programa de Eficiência Energética (PEE). A instalação do aquecedor solar permite que os clientes beneficiados reduzam o consumo de energia de um dos principais itens de uma residência, o chuveiro elétrico. Composto por um sistema de coletores solares (placas) e reservatório térmico (boiler), o aquecedor solar capta a irradiação solar e transfere o calor do sol para água que circula pelas tubulações ou é armazenada no boiler para uso futuro. Dessa forma, consegue-se o efeito chamado de termossifão, ou seja, conforme a água das tubulações esquenta, ela torna-se menos densa e vai sendo empurrada pela água fria. Assim, chega naturalmente ao reservatório, sem a necessidade de bombeamento. Como os equipamentos que utilizam a energia para gerar calor têm potência maior e consomem mais, ao acionar o chuveiro, por meio dos aquecedores solares, necessita-se de uma potência menor para atingir a temperatura ideal para o banho, consumindo menos energia elétrica. Com a doação e a instalação dos aquecedores solares, a expectativa é de que os clientes beneficiados apurem uma economia é de 1.260 MWh/ano no consumo de energia. (Agência CanalEnergia – 15.02.2017)
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10 CPFL Energia apresenta nova gerente de Comunicação
A CPFL Energia apresentou a jornalista Ana Cristina Pereira dos Santos como nova gerente de comunicação da empresa. Ana Santos assume a gestão das ações da área de imprensa da companhia, reportando-se ao diretor de Comunicação do Grupo, Fabio Caldas. Formada em Comunicação Social/Jornalismo pela UMESP e com MBA em Gestão de Pessoas pela FGV/STRONG, Ana Santos possui 20 anos de experiência em comunicação corporativa, com ênfase em comunicação interna, reputação corporativa, engajamento, relações públicas, gestão de crises, branding e marketing institucional. Antes de ingressar na CPFL Energia, Ana Santos desenvolveu sua carreira em agências de comunicação e empresas nacionais e multinacionais, trabalhando para Unilever, Atento, McDonald's, HP, Cummins e Pirelli. A executiva também já ocupou o cargo de coordenadora global de comunicação interna e endomarketing do Grupo Marfrig e a posição de head de comunicação corporativa da produtora de cobre Paranapanema. (Agência CanalEnergia – 15.02.2017)
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11 Celpe: moradores de Fernando de Noronha podem gerir consumo de energia
Uma ferramenta implantada pela distribuidora Celpe, permite que os habitantes e comerciantes de Fernando de Noronha (PE) possam gerenciar seu consumo de energia elétrica pela internet. No total, 816 imóveis da cidade receberam medidores bidirecionais, com capacidade para medir a entrada e saída de energia. Por meio do portal do consumidor, no site da Celpe, os clientes residenciais e comerciais do arquipélago podem estabelecer uma meta de consumo mensal, verificar a evolução diária do volume utilizado, além de receber mensagens de alerta quando estiver próximo à meta. O equipamento faz parte do projeto de redes elétricas inteligentes (REI) que a Celpe implantou em Fernando de Noronha, que também inclui tecnologias de fibra ótica, rádio frequência em banda livre, PLC (Power Line Communication) e satélite. Segundo a distribuidora, o projeto pode futuramente ser levado para outras áreas de Pernambuco. (Brasil Energia – 15.02.2017)
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Leilões
1 Hidrelétricas existentes poderão ser licitadas por menor tarifa ou maior outorga
Leilões de hidrelétricas em operação com contratos de concessão vencidos poderão ter como critério de vitória a menor tarifa cobrada pela energia da usina ou o maior bônus de outorga a ser recebido pela União, segundo portaria do MME publicada no DOU desta quinta-feira. A medida tem potencial para aumentar a arrecadação nesses leilões, que até então tinham bônus de outorga fixos, definidos pelo governo. Segundo a portaria, o MME irá definir as diretrizes para os próximos certames, o que envolverá a escolha de qual desses critérios será adotado. Caso o leilão tenha como critério o maior pagamento aos cofres públicos, os bônus de outorga mínimos serão definidos pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que reúne autoridades e é presidido pelo ministro de Minas e Energia. Em um leilão de hidrelétricas já em operação realizado em 2015, o governo arrecadou R$ 17 bi com as outorgas pela concessão das usinas. (Reuters – 16.02.2017)
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Oferta e Demanda de Energia
Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
Os reservatórios do submercado SE/CO estão operando com volume de 40,2%, aumentando 0,2% em comparação com o dia anterior. Os dados são do ONS, referentes ao último dia 14 de fevereiro. A energia armazenada é 81.683 MW/mês e a ENA é 54.065 MWm, que é o mesmo que 75% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Furnas está operando com 48,98% da capacidade e a de Nova Ponte com 30,88%. Na região Norte, os reservatórios estão operando com 30,5% da capacidade, 1,1% a mais que o registrado anteriormente. A energia armazenada na região é 4.587 MW/mês e a ENA é 12.162 MWm, que é equivalente a 49% da MLT. A usina de Tucuruí está operando com volume de 46,21%. Na região Nordeste, os reservatórios continuam operando com o mesmo volume de 19,1%. A energia armazenada é 9.911 MW/mês e a ENA é 4.399 MWm, que é o mesmo que 30% da MLT. A usina de Sobradinho está operando com volume de 11,39%. No Sul, houve aumento de 0,4% em comparação com o dia anterior, o que deixou os reservatórios operando com volume de 56%. A energia armazenada na região é 11.181 MW/mês e a ENA é 13.253 MWm, que é equivalente a 93% da MLT. A usina de Barra Grande está operando com 47,51% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 15.02.2017)
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2 Preço de referência para energia salta quase 20%
O preço de referência para contratos de energia elétrica, referente ao trimestre de março a maio de 2017, teve nova alta expressivo na semana. O valor para o submercado SE/CO subiu 18,91%, para R$ 154,91/MWh, de acordo com o Boletim Semanal da Curva Forward, elaborado pela consultoria Dcide. Em relação ao mês anterior, a elevação ficou bem acima da registrada na semana anterior, chegando a 29,08%. O aumento, contudo, foi muito mais acentuado na comparação com o mesmo período do ano passado, com elevação de 174,32%. Confira o documento completo neste link. Para o preço da energia convencional de longo prazo, referente ao intervalo de 2018 a 2021, a variação manteve o patamar de crescimento da semana anterior, de 2,51%, passando para R$ 149,64/MWh, segundo a consultoria. Já nas outras bases de comparação, o valor também subiu. A alta foi de 4,87%, na mensal, e 23,6%, na anual. O documento é elaborado a partir de dados de 48 agentes do mercado livre, entre os mais comercialmente ativos, apurados semanalmente pela consultoria. As curvas de preço são validadas por modelo matemático, que elimina distorções, e por comitê. (Brasil Energia – 15.02.2017)
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3 CPFL Energia: economia chegou a 88,9 GWh com horário de verão
A CPFL Energia fez um balanço do horário de verão, que termina à zero hora do próximo domingo, 19 de fevereiro, quando os relógios deverão ser atrasados em uma hora. Segundo dados computados pela empresa – que possui nove distribuidoras de energia, responsáveis pelo abastecimento a cidades no estado de São Paulo, sul de Minas Gerais, norte do Paraná e Rio Grande do Sul – estima-se uma redução de 3,4% na demanda global por energia elétrica, nesse período. Após 126 dias do horário especial, a economia foi de 88.992 MWh, energia suficiente para atender, ao longo de nove dias, uma cidade do porte de Campinas (SP), com 1,1 mi de habitantes. Com esse mesmo volume de energia, também seria possível abastecer mais de 37 mil clientes residenciais, com consumo médio de 200 kWh, durante um ano. Segundo Thiago Freire Guth, diretor de Distribuição de Energia do Grupo CPFL, os principais objetivos da medida são melhorar o aproveitamento da luz natural e reduzir o consumo de energia elétrica, diminuindo a demanda no horário de pico, das 18 às 21 horas. “Na média, as pessoas começam a chegar em suas casas às seis da tarde, sendo que uma das primeiras ações é acender a luz. Na mesma hora, entram em operação a iluminação pública e os luminosos comerciais, por exemplo”, explica. “No período do horário de verão, as cargas das residências e de iluminação pública passam a operar após as 19 horas, quando o consumo industrial começa a cair”, acrescenta. Para o executivo, ao se deslocar o horário oficial em uma hora, o que se espera é a diluição, por um período maior, do momento de entrada em funcionamento dos equipamentos domésticos e industriais, e de iluminação pública. Dessa forma, o ganho, além da economia, está em afastar os riscos de sobrecarga no sistema elétrico, no momento em que o sistema é mais demandado. Só na área da CPFL Paulista, por exemplo, a economia alcançou 48.286 MWh. (Agência CanalEnergia – 15.02.2017)
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Energias Renováveis
1 BNB: setor de energia solar e de concessões de aeroportos devem puxar demanda por financiamentos de longo prazo
O volume de desembolsos do Banco do Nordeste (BNB) podem dar um salto de 40% neste ano, atingindo R$ 31 bi. O desempenho deve ser impulsionado pela maior quantidade de recursos disponíveis no Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que passou de R$ 14,5 bi em 2016 para os atuais R$ 21 bi. Maior instrumento político de desenvolvimento regional, o FNE engordou devido à entrada de recursos extras da repatriação de divisas do exterior. Em paralelo, explica o presidente da instituição, Marcos Holanda, houve aumento dos "repagamentos" dos empréstimos feitos pelo fundo, que hoje é autossustentável - ou seja, tem capacidade de crescer apenas com o retorno dos financiamentos. Para o Holanda, emprestar o total de R$ 21 bi é uma "meta desafiadora", mas as perspectivas são positivas. "Já dá para dizer que a economia começou a se recuperar e a há uma tendência clara de queda de juros, o que impacta diretamente a demanda", disse. Ele assumiu o BNB em maio de 2015, indicado pelo atual presidente do Senado, Eunício Oliveira. Segundo Holanda, o setor de infraestrutura, especialmente de energia solar e de concessões de aeroportos, devem puxar a demanda por financiamentos de longo prazo. No radar do banco, estão as concessões dos terminais de Fortaleza e de Salvador. (Valor Econômico – 16.02.2017)
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2 Institutos Federais apostam na energia solar para reduzir custos
Com Estados e municípios precisando cortar custos administrativos, o reitor do IFSULDEMINAS, Marcelo Bregagnoli, identificou uma oportunidade de introduzir a temática da sustentabilidade aos alunos da instituição e de quebra reduzir os custos administrativos dos campi. Em 2016, o reitor apresentou o projeto IF Solar ao Conif e à Setec/MEC. Num primeiro momento, conseguiu a aprovação para dez usinas, custeadas pelo Ministério da Educação. Foi a partir daí que se viabilizou em setembro a maior aquisição pública de usinas solares por meio do Regime Diferenciado de Compras (RDC) e pelo Regime da Contratação Integrada, o que permitiu a adesão de outras instituições, com a contratação dos projetos e a execução das obras num mesmo processo. Ao final da licitação, foram contratadas um total de 82 microusinas fotovoltaicas, que serão instaladas em 15 instituições espalhadas pelo Brasil. O investimento está estimado em R$ 39 mi e será coberto com a economia de eletricidade proporcionada pelos sistemas. As usinas proporcionarão uma economia de aproximadamente R$ 7,38 mi por ano. No total, serão instalados mais de 20 mil painéis solares, totalizando 5,4 MW pico de capacidade instalada, o que daria para atender uma cidade com mais de 16.000 habitantes. Cada sistema proposto gerará em média 104,88 MWh por ano. Desse modo, cada usina instalada evitará a emissão de 30.608 quilogramas de CO2 ao ano no meio ambiente. “Já instalamos 4 usinas, sendo que três estão conectadas a rede da Cemig. Pontualmente já identificamos uma economia de R$ 6 mil mensais. Esperamos recuperar o investimento em 6 anos, gerando uma energia limpa, sem impacto ao meio ambiente", disse Bregagnoli. Cursos de capacitação em energia fotovoltaica estão sendo estruturados pelo instituto. O objetivo é que os próprios alunos realizem a manutenção dos sistemas. “Essas usinas serão laboratórios para nossos discentes, visando potencializar a utilização de fontes renováveis para a geração de energia. Através desta ação inédita e pioneira, a rede Federal efetiva a maior compra de usinas solares no serviço público federal." Três empresas venceram a licitação - a Alba Tecnologia, a MTEC e a Silveira Engenharia e Construções. (Agência CanalEnergia – 15.02.2017)
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3 Raízen Energia reduz vendas de açúcar e etanol no terceiro trimestre
A Raízen Energia reduziu suas vendas de açúcar e etanol no terceiro trimestre da safra 2016/17 e elevou seus estoques no fim do período. A companhia vendeu 1,049 mi de toneladas de açúcar, um volume 17% menor do que no mesmo período da safra passada. Porém, com uma alta no preço médio de açúcar vendido — de 5,4%, para R$ 1.325 por tonelada —, a receita líquida de açúcar (incluído o efeito de contabilidade de hedge) totalizou R$ 1,4 bi, um recuo de 13% na comparação anual. O volume de etanol vendido caiu 5,6%, para 980 mi de litros, mas isso acabou sendo compensado pela forte alta dos preços do produto — o valor médio praticado no período foi 7% maior do que no mesmo trimestre do ciclo passado, a R$ 1.918 o metro cúbico. Com isso, a receita com as vendas do biocombustível teve uma ligeira alta de 1%, somando R$ 1,9 bi. Menos expressiva, a receita com cogeração de energia elétrica a partir de bagaço de cana recuou 29%, para R$ 118,6 mi, afetada tanto pela redução do volume como da queda do preço médio de venda do MWh. Foram vendidas 673 mil MWh (queda de 20%) a um preço médio de R$ 176 o MWh, queda de 11,2%. (Valor Econômico – 15.02.2017)
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4 Redução dos custos dos produtos vendidos pela Raízen
Como efeito da redução dos volumes vendidos pela Raízen, a redução dos custos dos produtos vendidos alcançou R$ 2,4 bi no trimestre, queda de 10,4%. Com vendas menores de açúcar e etanol no trimestre, a Raízen Energia engordou seus estoques no fim do período. Os estoques de açúcar contabilizados em 31 de dezembro foram avaliados em R$ 1,179 bi, quase 30 vezes maior do que o valor dos estoques de açúcar um ano antes. Os estoques de etanol foram avaliados em R$ 1,008 bi, mais de quatro vezes o valor dos estoques do produto um ano antes. Considerando os produtos ainda em processo na época e perdas estimadas, o valor em estoque de produto da companhia naquela data era de R$ 2,376 bi, quase cinco vezes o valor em estoque um ano antes. A companhia informou que o processamento de cana no trimestre foi menor do que no mesmo período da safra passada em função do fim antecipado da moagem. No trimestre, a moagem caiu 31,2% na comparação anual, para 11,3 mi de toneladas. No acumulado da safra 2016/17, foram processadas 59,4 mi de toneladas, uma leve redução de 0,9% ante o mesmo período do ciclo anterior. (Valor Econômico – 15.02.2017)
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5 Raízen compensa parcialmente queda nas vendas com recuperação do teor de açúcar na cana
A diminuição das vendas da Raízen de açúcar e etanol foi parcialmente compensada pela recuperação do teor de açúcar na cana, que cresceu 1% no acumulado da safra, para 129,4 quilos por tonelada. Até o fim do trimestre, a Raízen Energia já havia fixado o preço de venda de seu açúcar referente à safra 2017/18 (que começa oficialmente em abril) para 1,784 mi de toneladas, a um valor médio de 69,80 centavos de reais a libra-peso. O preço médio é 19,5% maior do que o valor de fixação antecipada das vendas da safra atual. O preço médio fixado para as vendas da safra corrente ficou em 58,4 centavos de reais a libra-peso, referente à venda de 3,083 mi de toneladas de açúcar. No balanço divulgado ontem à noite, a Raízen Energia informou que concluiu dois investimentos em expansão de moagem de cana no último trimestre. Um deles foi a expansão da usina Raízen Paraguaçu, em Paraguaçu Paulista (SP), por R$ 25,715 mi. Outro investimento foi na expansão da usina Raízen Caarapó, em Caarapó (MS), por R$ 93,749 mi. A empresa também realizou investimentos de melhorias em sua unidade de etanol celulósico por R$ 30,522 mi, além de investimentos em manutenção, melhoria industrial e automação agrícola que totalizaram R$ 164,237 mi. (Valor Econômico – 15.02.2017)
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Gás
e Termelétricas
1 Petrobras reduz compra de gás da Bolívia para 45% do total contratado
A Petrobras reduziu a importação de gás natural da Bolívia para cerca de 45% do volume máximo diário contratado com a estatal boliviana YPFB, devido à queda da demanda interna e ao aumento da oferta nacional, disse a companhia nesta quarta-feira. Nos últimos anos, a importação de gás da Bolívia girou em torno dos 30 milhões de metros cúbicos por dia, próximo do volume total contratado. "A queda na importação reflete a redução conjuntural da demanda brasileira termelétrica e do mercado industrial, somada ao aumento da oferta de gás nacional, e está de acordo com as obrigações e direitos da Petrobras em seus contratos", disse a empresa em nota. A Petrobras não detalhou os termos do contrato ou informou qual o volume exato que está sendo importado da Bolívia. Mas, segundo o especialista da Universidade Federal do Rio de Janeiro Edmar de Almeida, o contrato da Petrobras com a Bolívia prevê um pagamento obrigatório mínimo pela carga de 24 milhões de metros cúbicos por dia, mesmo que o volume não seja totalmente importado no momento. — Os 24 milhões (de metros cúbicos/dia) são o mínimo que ela tem que pagar, é o 'take or pay'. Se ela estiver importando menos, ela vai pagar esse valor e fica com um crédito de gás para puxar depois — explicou o professor. Na nota, a Petrobras destacou que o atual contrato de importação está previsto para terminar em 31 de dezembro de 2019, podendo ser automaticamente prorrogado até que todo o volume máximo contratado seja retirado pela petroleira. Com a proximidade do fim do contrato, agentes de mercado têm se perguntado qual será a postura da empresa na contratação futura do gás boliviano, uma vez que a Petrobras está reduzindo sua participação neste mercado, vendendo ativos de gás e abrindo espaço para novos competidores. Por outro lado, a produção de gás da Petrobras está crescendo, impulsionada pela extração do pré-sal. A produção de gás da Petrobras no Brasil somou um recorde de cerca de 77 milhões de metros cúbicos por dia em 2016, em média, ante 74,4 milhões em 2015. Questionada sobre a renegociação do contrato com a Bolívia, a empresa afirmou apenas que "avaliará oportunamente os termos e as condições deste possível novo instrumento contratual". (O Globo – 15.02.2017)
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2 Bolívia pretende vender a investidores privados gás não utilizado pela Petrobras
O governo boliviano vai negociar com a Petrobras o aproveitamento do volume de gás não utilizado pela estatal para oferecer a investidores privados no mercado brasileiro. A negociação envolve quase 15 mi de metros cúbicos, que poderão abastecer empreendimentos como duas usinas termelétricas em Corumbá (MS) e em Cuiabá (MT). O assunto será discutido em reunião marcada para o dia 15 de março entre representantes da Petrobras e da estatal boliviana, quando se espera ter uma projeção de quais serão os volumes de gás demandados pelo Brasil. O ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Luis Alberto Sánchez Fernández, destacou que historicamente o Brasil tem consumido entre 20 mi e 30 mi de metros cúbicos de gás, mas o consumo atual está na casa dos 15 mi de metros cúbicos. Fernández foi recebido nesta quarta-feira, 15 de fevereiro, pelo ministro do MME, Fernando Coelho. As negociações anunciadas pelo representante boliviano foram confirmadas pelo MME. Por intermédio da assessoria, o ministério informou que “de forma alguma irá se opor” e pretende dar o suporte necessário à negociação com os agentes privados. Segundo a assessoria, o acordo envolve de fato o excedente de gás do contrato da Petrobras, mas é basicamente uma negociação entre o governo boliviano e os empresários interessados. Fernandez lembrou que o contrato da Petrobras com a Bolívia termina em 2020. Ele lembrou que a discussão agora com a estatal e os novos clientes é para definir quais serão os volumes de gás demandados. Perguntado se a estatal pagaria menos com a redução, ele respondeu que essa questão será discutida no acordo com a empresa. (Agência CanalEnergia – 15.02.2017)
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Economia Brasileira
1 Monitor do PIB indica queda de 3,6% na economia em 2016
O Monitor do PIB da FGV indica que a economia brasileira registrou retração de 3,6% em 2016. Em 2015, o Produto Interno Bruto recuou 3,8% e, em 2014, houve crescimento de apenas 0,5%. Os dois últimos dados são do IBGE, que divulgará o resultado oficial do produto em 2016 no dia 7 de março. Em seu informe do PIB, a FGV afirma que a economia brasileira vive “a mais grave e duradoura recessão jamais experimentada nos últimos 100 anos”. Em termos monetários, o PIB alcançou a cifra aproximada de R$ 6,209 trilhões em valores correntes, o que equivale a um produto per capita de R$ 30.128,00, inferior ao de 2010, na comparação a preços de 2016. No lado da oferta agregada, o PIB da agropecuária recuou 6,5% em 2016, após ter subido 3,6% em 2015. O PIB da indústria recuou 3,8%, menos que a queda de 6,3% em 2015, enquanto o dos serviços caiu 2,7%, mesma queda registrada no ano anterior. Do lado da demanda, o consumo das famílias caiu 4,2%, após ter recuado 3,9% em 2015, e o do governo cedeu 0,9%, ante queda de 1,1% no ano anterior. A formação bruta de capital fixo (medida de investimentos) diminuiu 10,2%, após a forte queda de 13,9% em 2015. No setor externo, as exportações subiram 2,3% em 2016 e as importações recuaram 10,7%. Em 2015, houve alta de 6,3% e queda de 14,1%, respectivamente. (Valor Econômico – 16.02.2017)
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2 Juro futuro cai sob efeito de dado fraco de serviços e recuo do dólar
As taxas dos contratos futuros de juros recuaram nesta quarta-feira refletindo a queda do dólar e os dados fracos do setor de serviços, que sustentam a expectativa de inflação em queda, abrindo espaço para o Banco Central ampliar a queda da taxa Selic. Além disso, a expectativa de aprovação das reformas fiscais, principalmente da Previdência, ainda neste semestre, ajuda a melhorar o risco-país, contribuindo para a queda das taxas de longo prazo. O volume de serviços prestado aprofundou a queda no quarto trimestre de 2016, recuando 2,8%, após queda de 0,7% entre julho e setembro do ano passado na série com ajuste sazonal. Na comparação com o mesmo período de 2015, a baixa foi de 6%. A atividade mais fraca tem contribuído para a desaceleração maior da inflação. O IGP-10 de fevereiro desacelerou a alta para 0,14%, ficando abaixo do esperado pelo mercado. O número marca uma forte desaceleração ante janeiro, quando o índice subiu 0,88%, abrindo espaço também para um aumento das apostas em corte maior dos juros. Na BM&F, o DI para janeiro de 2018 caiu de 10,65% para 10,62% no fechamento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2019 recuou de 10,10% para 10,07%. E o DI para janeiro de 2021 passou de 10,25% para 10,24%. Os juros futuros refletem 89% de chance de corte de 0,75 ponto percentual da Selic em fevereiro, com 11% de probabilidade de aceleração da queda para 1 ponto. Para a LCA, "parece haver” espaço para o Banco Central acelerar novamente o ritmo de cortes da Selic, com uma redução de 1 ponto percentual já na próxima semana [quando ocorre a reunião do Comitê de Política Monetária], mas as sinalizações oficiais indicam que o BC deve preservar o atual novo ritmo, de 0,75 ponto. (Valor Econômico – 15.02.2017).
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3 FGTS poderá ser transferido sem taxa
A transferência de recursos de contas inativas do FGTS da Caixa para outros bancos poderá ser feita sem cobrança de taxas, a pedido do trabalhador. Respeitado o calendário de saque das contas inativas, o beneficiário deve ir a uma agência da Caixa para realizar a operação de transferência (DOC ou TED) para conta de outros bancos. Caso o trabalhador tenha uma conta poupança na Caixa, o dinheiro da conta inativa do FGTS será transferido automaticamente para essa aplicação. Apenas nesses casos, o beneficiário terá até 31 de agosto para transferir esse dinheiro da conta poupança da Caixa para conta de outro banco, também sem taxas. A operação pode ser feita pelo site criado pela Caixa para o saque do FGTS das contas inativas. Trabalhadores que têm até R$ 1,5 mil em contas inativas do fundo poderão resgatar o dinheiro em caixas eletrônicos usando apenas a senha do Cartão Cidadão, mesmo que tenha perdido o documento. Para valores até R$ 3 mil, o saque só será feito com o cartão e a respectiva senha. Também será possível retirar o dinheiro diretamente em Lotéricas - para saques até R$ 3 mil - e nas agências bancárias. A retirada do dinheiro das contas de FGTS inativas só poderá ser feita até o dia 31 de julho. Depois desse prazo, valerão as regras normais para saque, em casos como demissão sem justa causa, aposentadoria e aquisição de moradia própria. (Valor Econômico – 15.02.2017).
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4 Setor de serviços cresce 0,6% em dezembro, mas ano fecha com queda recorde de 5%
O volume de serviços prestados no país teve queda de 5% em 2016, pior resultado da série histórica iniciada em 2012 e segundo ano seguido de retração. O resultado, divulgado ontem na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), mostra o impacto que a crise econômica teve no setor, já que em 2015 o recuo havia sido de 3,6%. Mesmo com um tombo que chega a quase 7,8% com a soma dos dois anos, os serviços devem continuar enfrentando dificuldades em 2017, avaliam economistas. Com o ajuste sazonal, o segmento teve alta de 0,6% entre novembro e dezembro, de acordo com o IBGE, responsável pela pesquisa. Na comparação com o mesmo mês de 2015, o recuo foi de 5,7%. É o pior resultado para o mês, nesse tipo de comparação, desde 2012. Houve também queda de 2,8% nos últimos três meses do ano passado, o pior desempenho trimestral de 2016. Na comparação com o mesmo período de 2015, o volume caiu 6%, após recuo de 4,4% no terceiro trimestre. "A recuperação do setor de serviços depende de outros setores, principalmente do industrial. Mas tem que ser uma recuperação contínua para que os serviços comecem a reagir e retomem o seu nível de crescimento", diz Roberto Saldanha, analista da coordenação de serviços do IBGE. Entre os subsetores, apenas serviços de tecnologia da informação (alta de 0,1%) e transporte aéreo (1,3%) não ficaram no vermelho em 2016. Todas as outras atividades perderam força de um ano para o outro. (Valor Econômico – 16.02.2017).
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5 IGP-10 recua para 0,14% neste mês e confirma tendência de inflação menor
A IGP-10 cedeu para 0,14% em fevereiro, após subir 0,88% em janeiro, informou ontem a FGV. Em fevereiro do ano passado, a variação do IGP-10 foi de 1,55%. Minério de ferro e alimentos mais baratos no atacado, aliados ao menor impacto, na inflação atacadista, dos reajustes nos preços dos combustíveis realizados no começo do ano levaram ao resultado. O impacto desses itens foi tão grande que acabou por conduzir a uma deflação de 0,03% no atacado, que representa 60% do IGP-10. O IPA havia subido 1,08% em janeiro. Para o superintendente Adjunto de Inflação do Ibre/FGV, Salomão Quadros, a tendência é de IGPs mais baixos no primeiro semestre, mesmo diante de sinais de que o preço do minério de ferro pode voltar a subir. Outros itens estão mostrando recuo ou queda de preços, no atacado. Com menor impacto dos reajustes de preços de combustíveis, a variação no preço da gasolina de 6,66% para -0,68% de janeiro para fevereiro. A do diesel passou de 2,47% para 8,85%. Os alimentos processados tiveram recuo de 1,33% e os in natura, queda de 6,84% no IGP-10 de fevereiro. Ele não descartou possibilidade de que este movimento possa continuar. Não houve problemas climáticos afetando a oferta da in natura, até agora, neste ano. Ao mesmo tempo, deve iniciar começo de safra de soja e de milho, que contam com boa perspectiva de produção. (Valor Econômico – 16.02.2017).
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6 Inflação pelo IPC-S perde força na segunda leitura de fevereiro
O IPC-S subiu 0,49% na segunda quadrissemana de fevereiro, menos que o 0,61% registrado na primeira quadrissemana do mês, informa a FGV. Cinco das oito classes de despesa do índice registraram taxas mais baixas, com destaque para Educação, Leitura e Recreação (3,34% para 2,50%), em que os cursos formais saíram de alta de 7,01% para 4,21%. Alimentação (0,20% para -0,01%), Transportes (0,82% para 0,75%), Despesas Diversas (0,40% para 0,25%) e Comunicação (0,41% para 0,35%) também variaram menos. (Valor Econômico – 16.02.2017)
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7 Dólar ontem e hoje
Hoje, às 9h05, a moeda americana recuava 0,17%, a R$ 3,0593. Ontem, o dólar comercial fechou em queda de 0,97% a R$ 3,0640. (Valor Econômico – 15.02.2017 e 16.02.2017)
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Internacional
1 Argentina: Produção de gás atinge máxima de 5 anos
De acordo com um estudo realizado pelo Ministério de Energia e Minas argentino, a extração de gás natural aumentou 4,68% durante 2016, atingindo seu pico em cinco anos, apesar do ambiente recessivo da economia. O volume total da produção de gás no ano passado foi 44,987 milhões de metros cúbicos, de acordo com as estatísticas oficiais ais quais tiveram acesso a agência Telam. O valor permanece longe do recorde 2004, quando foi alcançada uma produção de gás de 52.156 milhões de m³, porém atingiu o seu nível mais alto desde 2011, quando registrou um volume de 45,527 milhões de m³. Os máximos da produção de gás doméstico foram impulsionados pelo Plano Gás, o subsídio que incentiva as empresas no setor, com um preço mais elevado na boca do poço. As expectativas do Ministério permanecem favoráveis para os próximos anos graças a crescente contribuição da formação neuquina de Vaca Muerta. Os investimentos já concluídos no depósito não convencional neuquino, além de outros no processo de maturação e os novos acordos que a estatal petrolífera YPF espera assinar com operadores de todo o mundo, dão sustento às perspectivas do gás de xisto. Além das extensas reservas provadas do recurso, em Energia garantem que a nova tarifa que entrará em vigor em abril buscará novos recursos para as empresas para fazer os investimentos necessários em Vaca Muerta. (Inversor Energético – Argentina – 15.02.2017)
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2 Argentina: geração elétrica de fonte nuclear foi recorde em 2016
A geração de fonte nuclear na Argentina ultrapassou 17,8% a do ano anterior, elevando a contribuição para o Sistema de Interconexão da Argentina (SADI) de 5,17% em 2015 para 5,81% no ano passado, informou a Subgerência de Planejamento Estratégico da CNEA (Comissão Nacional de Energia Atômica). Durante 2016, a geração nuclear líquida atingiu 7.677 GWh, em parte devido aos altos fatores de disponibilidade das usinas nucleares. No caso de Atucha I, o tempo que permaneceu em operação durante o ano foi de 81,8%, enquanto Atucha II registrou um fator de disponibilidade de 85,5%. Santiago Jensen, um membro da comissão técnica da CNEA que elabora mensalmente a Síntese MEM (mercado eléctrico mayorista, em espanhol) explicou que em 2016, "a energia nuclear evitou a emissão para a atmosfera de 4 milhões de toneladas de CO2" (carbono). "As emissões do setor de geração de energia elétrica foram assim reduzidas em 8,5%, o que significou um aumento de 12,9% das emissões evitadas, em comparação com 2015", disse Jensen. A declaração do operador Nucleoeléctrica Argentina (NA-SA) disse que Atucha I contribuiu com 2.476 GWh em 2016, enquanto Atucha II gerou 5.200 GWh. Durante o ano passado a central nuclear Embalse esteve fora de operação devido a obras para o prolongamento da vida, e continuará nessa posição até 2018. "Uma vez que reingressou no sistema central, a contribuição da geração nuclear argentina aumentará, fortalecendo o setor elétrico com energia confiável, ajudando a reduzir as emissões de CO2", acrescentou o comunicado. (Inversor Energético – Argentina – 15.02.2017)
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3 Ucrânia: escassez de carvão provoca estado de emergência energético
O governo ucraniano declarou esta quarta-feira o estado de emergência energética em resultado da escassez do carvão produzido em territórios pró-russos, que grupos ultranacionalistas estão impedindo que entre no país, noticia a Lusa. O primeiro-ministro da Ucrânia, Volodymyr Groysman, pediu hoje aos grupos ultranacionalistas que terminem com o bloqueio. “Estas ações são absolutamente intoleráveis. E julgo que as entregas de carvão devem ser desbloqueadas o mais rápido possível”, disse, citado pela Lusa. O estado de emergência tem consequência nas horas de fornecimento de energia elétrica à população e Groysman recordou que várias indústrias estão dependentes desta matéria-prima. “O bloqueio implicará no encerramento das indústrias metalúrgicas do país que dão emprego a 300 mil pessoas”, sublinhou o primeiro-ministro, citado pela Lusa. Há três semanas que os grupos ultranacionalistas bloquearam as vias férreas que transportam o carvão. (Económico – Portugal – 15.02.2017)
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Equipe
de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa:
Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.
As notícias divulgadas no IFE não refletem
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de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto
de Economia da UFRJ.
Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br
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