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IFE: nº 4.265 - 14 de fevereiro de 2017
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gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
Brasil e Bolívia estudam usina no rio Madeira, com auxílio do GESEL
2 Acordo com o governo boliviano pode ser amplo e não se limitar apenas à usina de Guajará­Mirim
3 CCEE vai assumir em maio gestão de encargos setoriais
4 Contaminação de recursos foi um problema enfrentado pela Eletrobras na gestão de encargos setoriais
5 Mudança da gestão de encargos setoriais para a CCEE se encaixa com os planos da Eletrobras
6 Governo e bancos oficiais discutem projetos de PPPs para iluminação em Municípios
7 Aneel estabelece CVU de janeiro para UTEs Norte Fluminense

Empresas
1 Fundações devem levar mais R$ 2 bi com OPA da CPFL Energia
2 Previ levantaria R$ 1,141 bi com a venda de 44,7 mi de ações que ainda tem da CPFL Energia
3 Vinci reduz fatia no capital da Cteep
4 ESBR terá que transferir ativos de transmissão à Eletronorte
5 Energisa quer captar R$ 320 mi com debêntures
6 Matrix expande negócio e passa a oferecer consultoria regulatória e comercial
7 GE Grid Solutions tem novo executivo de soluções digitais para América Latina

Leilões
1 GE Grid Solutions tem novo executivo de soluções digitais para América Latina

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Energias Renováveis
1 Empresa italiana de montagens de usinas solares detém 90% de participação no mercado de energia fotovoltaica
2 Engie Brasil inicia teste de eólica no Ceará
3 Steag duplica mercado de O&M na América do Sul após comprar ativos da Statkraft

Gás e Termelétricas
1 Steag duplica mercado de O&M na América do Sul após comprar ativos da Statkraft
2 MME indica coordenadores para comitê de gás natural
3 Fim da greve da Gasmig

Economia Brasileira
1 Déficit da balança de serviços voltará a crescer em 2017 e deve atingir US$ 33 bi
2 Demanda por crédito aumenta 5% em janeiro

3 Governo busca derrubar resistências à idade mínima para aposentadoria
4 Vendas do comércio em 2016 têm pior resultado desde 2001, aponta IBGE
5 Índice oficial mais brando em janeiro coloca projeções do Focus abaixo de 4,5%
6 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: Destacam uma melhora na produtividade de Vaca Muerta
2 Bolívia: Governo prepara contrato com a Argentina para a venda inicial de 120 MW, com o objetivo de alcançar 1.000 MW
3 Lucro da Vestas aumenta 40,8% em 2016
4 Para manter produção elétrica, lago é completamente drenado na Bósnia


Regulação e Reestruturação do Setor

1 Brasil e Bolívia estudam usina no rio Madeira, com auxílio do GESEL

Uma delegação do governo boliviano virá ao Brasil esta semana para discutir o projeto hidrelétrico binacional de Guajará­Mirim, de 3 mil MW de capacidade instalada, no rio Madeira, na fronteira entre os dois países. O empreendimento tem investimento estimado em R$ 15 bilhões. O assunto está previsto para ser tratado amanhã, durante reunião com integrantes do Ministério de Minas e Energia, em Brasília. O Valor apurou que, pelo lado boliviano, virão o ministro de Energia, Rafael Alarcón, nomeado para o cargo em janeiro, o presidente da Empresa Nacional de Electricidad (Ende), estatal boliviana do setor elétrico, Eduardo Paz, e o especialista Arturo Iporre. Em novembro do ano passado, os governos dos dois países assinaram acordo para realizar estudos sobre o aproveitamento hidrelétrico no rio Madeira. Na ocasião, participaram do encontro, realizado em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o presidente da Bolívia, Evo Morales, e executivos da Eletrobras e da Ende. De acordo com informações do ministério, o que está previsto para amanhã é uma reunião, agendada previamente, do comitê técnico binacional, grupo de trabalho constituído pelos governos dos dois países para discutir o projeto. Não está prevista a assinatura de atos formais. O ministro boliviano fará uma visita de cortesia ao ministro Coelho Filho. Além da geração de energia elétrica adicional para os dois países, a instalação da hidrelétrica binacional permitirá a criação de uma malha hidroviária de 4.200 km navegáveis e a estabilização da cota do reservatório da usina de Jirau, agregando 280 MW médios de energia à hidrelétrica brasileira. A Energia Sustentável do Brasil (ESBR), dona de Jirau, e o Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), auxiliam o governo brasileiro no projeto. (Valor Econômico – 14.02.2017)

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2 Acordo com o governo boliviano pode ser amplo e não se limitar apenas à usina de Guajará­Mirim

Em dezembro do ano passado, a ESBR assinou com a Eletrobras um memorando de entendimentos para a cooperação técnica e ambiental para o desenvolvimento de estudos para a construção de Guajará­Mirim. Na prática, o acordo permite que a ESBR dê suporte à estatal para realizar o estudo junto com a Ende. Segundo uma fonte com conhecimento do assunto, diferentemente do Tratado de Itaipu, firmado com o Paraguai, o acordo com o governo boliviano pode ser mais amplo e não se limitar apenas à usina de Guajará­Mirim. O documento poderá contemplar instrumentos para que a Bolívia possa exportar ao Brasil energia de hidrelétricas que venham a ser construídas integralmente em território boliviano. A demanda de energia do país vizinho é relativamente pequena, em comparação com a brasileira. Dessa forma, o acordo também contemplaria o projeto hidrelétrico de Cachuela Esperanza, localizado no rio Beni, na Bolívia, um dos afluentes do Madeira. O projeto terá 600 MW de capacidade instalada. Ainda de acordo com a fonte, uma prova do interesse do governo boliviano pela integração energética com o Brasil foi a criação, neste ano do Ministério de Energia, separado do Ministério de Petróleo e Gás Natural (Hidrocarburos). Um ponto importante que ainda precisa ser equacionado com relação ao projeto, porém, é a estrutura de financiamento. (Valor Econômico – 14.02.2017)

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3 CCEE vai assumir em maio gestão de encargos setoriais

A partir de maio, a CCEE assumirá uma nova atribuição: a gestão das contas de encargos setoriais, com um orçamento bilionário, substituindo a Eletrobras. A CCEE vai administrar o orçamento de R$ 13,9 bi da CDE, encargo setorial que tem a função de prover recursos para o custeio de políticas públicas do setor elétrico. Desde 2013, a CDE inclui também os recursos da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e da Reserva Global de Reversão (RGR). A mudança foi bem recebida pelos agentes do setor elétrico. A gestão da Eletrobras foi sempre questionada, por motivos como falta de transparência e suposto conflito de interesses da estatal na administração dos recursos. Atualmente, a Eletrobras discute com a Aneel a necessidade de devolver um montante histórico de cerca de R$ 2 bi, referente a recursos da Reserva Global de Reversão (RGR) que foram apropriados indevidamente pela empresa na qualidade de gestora das contas. O valor atualizado supera R$ 7 bi. "No momento em que migrarem para a CCEE, a câmara vai se responsabilizar pelas contas. Sobre o passado, cabe à Aneel", disse Rui Altieri, presidente do conselho da câmara. A CCEE está na fase de mapear processos e criar seus próprios sistemas para a gestão dos recursos. "Essa fase está andando muito bem. Nos dá segurança de que as contas vão migrar de maneira tranquila e sem sobressaltos", afirmou. A câmara também contratou uma empresa para fazer auditoria nas contas, para evitar problemas no futuro. Essa será mais uma das novas tarefas da CCEE, criada em 2004 como uma entidade privada sem fins lucrativos com a finalidade de viabilizar a comercialização de energia elétrica no país. Hoje, sua atuação vai além da operacionalização de leilões de energia e gestão de contratos do mercado regulado e do mercado livre. A CCEE é gestora da conta das bandeiras tarifárias e também da conta ACR, criada para cobrir as despesas das distribuidoras com descontratação involuntária. "Na nossa gestão, vamos arrecadar e pagar de acordo com o comando da Aneel, que vai definir para onde serão destinados os recursos", disse Altieri. As contas terão orçamento próprio, sem contaminação com a CCEE. (Valor Econômico – 14.02.2017)

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4 Contaminação de recursos foi um problema enfrentado pela Eletrobras na gestão de encargos setoriais

A contaminação de recursos é um dos problemas que a Eletrobras enfrentou. Segundo a Aneel, a apropriação de recursos da RGR pela estatal aconteceu quando a companhia não repassou totalmente os montantes resultantes de amortizações de saldo devedor de financiamentos feitos pelos agentes. A estatal também é alvo de outro processo na Aneel, que determina o ressarcimento de cerca de R$ 600 mi pagos a mais a um grupo de empresas ¬ parte delas subsidiárias da própria Eletrobras ¬ como indenizações pela adesão à renovação antecipada de suas concessões em 2012. "A Eletrobras tinha um conflito de interesse. Ao mesmo tempo em que era gestora, emprestava recursos para as suas empresas com juros subsidiários", disse Edvaldo Santana, presidente da Abrace, associação que representa os grandes consumidores de energia elétrica e ex¬diretor da Aneel. Segundo Santana, ainda que a CCEE tenha interferência do governo, é uma entidade independente. "Por isso, pode dar uma gestão melhor para os fundos do setor elétrico do que a Eletrobras. (Valor Econômico – 14.02.2017)

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5 Mudança da gestão de encargos setoriais para a CCEE se encaixa com os planos da Eletrobras

A mudança [da gestão das contas de encargos setoriais para a CCEE] também se encaixa com os planos da própria Eletrobras. Em entrevista recente ao Valor, o presidente da estatal, Wilson Ferreira Junior, disse que a transferência da gestão dos recursos está em linha com sua estratégia de focar nas atividades de geração, transmissão e comercialização de energia. "Tudo que não é foco, como o tema da distribuição e o tema dos fundos [setoriais], imediatamente tomamos providência de anúncio. No caso das distribuidoras, [anunciamos decisão] de privatização. E no outro foi exatamente nós sairmos dos fundos setoriais, etc, coisa que vai acontecer neste primeiro quadrimestre", disse Ferreira. A mudança na gestão dos fundos foi estabelecida pela MP 735, convertida na Lei 13.360 de 2016. Segundo a Eletrobras, a CCEE iniciou as tratativas junto à empresa em agosto, por meio de reuniões técnicas e workshops, com o intuito de apresentar os processos envolvidos na gestão de cada fundo e também as práticas contábeis adotadas pela companhia. Atualmente, dez funcionários da Eletrobras estão alocados na gestão dos fundos setoriais, sendo dois de nível gerencial. Após a transferência da gestão desses fundos setoriais para a CCEE, a equipe deverá ser realocada em outras atividades da Eletrobras. A CCEE está montando sua própria equipe. (Valor Econômico – 14.02.2017)

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6 Governo e bancos oficiais discutem projetos de PPPs para iluminação em Municípios

A coordenação do PPI chamou os bancos federais ontem para discutir como viabilizar projetos de parcerias com o setor privado que poderão atrair investimentos para o serviço municipal de iluminação pública. Representantes do Banco do Brasil, Caixa e BNDES foram à Secretaria Geral da Presidência, comandada pelo ministro Moreira Franco, para definir o que precisa ser feito para assegurar o financiamento e a participação do setor privado. As parcerias pretendidas deverão ser construídas diretamente com as prefeituras. A diretora de infraestrutura e sustentabilidade do BNDES, Marilene Ramos, disse que o governo tem usado como parâmetro as análises feitas pelo Banco Mundial para o Brasil. Um estudo do banco indicou que 140 municípios brasileiros poderiam despertar o interesse de empresas para futuras PPPs com os municípios. Segundo ela, essas cidades respondem por 40% dos pontos de iluminação pública do país. A expectativa gira em torno do ganho de eficiência nas redes públicas de energia, com a instalação de equipamentos mais modernos, incluindo o uso massivo de lâmpadas de consumo reduzido com tecnologia de LED. A chegada da nova tecnologia deverá reduzir drasticamente o consumo e os custos de operação e manutenção. Nas PPPs, a atração do setor privado viria da possibilidade de assegurar ganhos de receita após a cobertura dos investimentos considerados mais pesados da fase inicial dos contratos. O governo federal pretende definir um modelo padrão de contrato para iluminação pública que possa ser usado por diferentes prefeituras. A diretora do BNDES considera que, havendo a confirmação do interesse do setor privado em assinar os contratos com as prefeituras, a política industrial do país também será "alavancada" na área de eletrônica embarcada. (Valor Econômico – 14.02.2017)

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7 Aneel estabelece CVU de janeiro para UTEs Norte Fluminense

A Aneel aprovou os valores de Custo Variável Unitário de R$ 50,30/MWh para UTE Norte Fluminense 1, R$ 59,31/MWh para UTE Norte Fluminense 2 e de R$ 112,09/MWh, referentes ao mês de janeiro de 2017. Os valores serão aplicados pelo ONS a partir da primeira revisão do PMO. (Agência CanalEnergia – 13.02.2017)

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Empresas

1 Fundações devem levar mais R$ 2 bi com OPA da CPFL Energia

A venda do controle da CPFL Energia colocou R$ 8,4 bi no caixa dos fundos de pensão que faziam parte do acordo de acionistas da companhia. Agora, com a oferta pública de aquisição de ações (OPA) da empresa que estão nas mãos de minoritários, o montante deve aumentar em cerca de R$ 2 bi. Além das ações que eram do bloco de controle da CPFL Energia, cuja venda foi concluída em janeiro para a chinesa State Grid, as fundações têm participações remanescentes na companhia. Por isso, podem vendê-las na oferta que será feita aos minoritários para que eles tenham o direito de se desfazer de seus papéis sob as mesmas condições dadas aos controladores ¬ o chamado "tag along". A OPA ainda não tem data marcada. Metade desse montante virá dos papéis em circulação da holding Bonaire, de que fazem parte Petros (Petrobras), Sabesprev (Sabesp), Funcesp (elétricas do Estado de São Paulo) e Sistel (funcionários do antigo Sistema Telebrás). Outro fundo de pensão com participação na empresa é a Previ, que deve levantar pouco mais de R$ 1 bi com a operação. (Valor Econômico – 14.02.2017)

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2 Previ levantaria R$ 1,141 bi com a venda de 44,7 mi de ações que ainda tem da CPFL Energia

Os fundos estavam no bloco de controle desde a privatização da CPFL em 1998. No fim de janeiro, a participação majoritária foi transferida à State Grid, em uma operação que totalizou R$ 14,19 bi. A chinesa assumiu as ações que pertenciam à Camargo Corrêa, Previ e Bonaire, com 54,65% da empresa. O preço pago à vista foi de R$ 25,51 por ação. Considerando esse o valor na OPA, a Previ levantaria R$ 1,141 bi com a venda de 44,7 mi de ações que ainda tem (9,69% dos papéis em circulação). Com a venda de sua parte no controle, a fundação já recebeu R$ 5,133 bi. A Previ informou que a transação contribuiu para diminuir o déficit de 2015 (os dados de 2016 só serão divulgados em março) e aumentar a liquidez do Plano 1, que concentra pagamento significativo de aposentadorias. No caso dos fundos que fazem parte da Bonaire, os cálculos dos valores a ser recebidos foram feitos por Stael Prata, presidente da Sistel. Segundo ele, o fundo dos funcionários da antiga Telebrás deve embolsar R$ 300 mi no "tag along", depois de já ter recebido R$ 945 mi com a venda dos papéis atrelados ao bloco de controle. A Sistel pretende usar o dinheiro para reforçar o caixa. "No caso da Sistel, temos um plano que é 100% maduro, só tem aposentados. Fizemos uma aquisição de títulos públicos pouco antes da operação e estamos recompondo este caixa agora", disse Prata ao Valor. A Petros recebeu R$ 668,3 mi com a venda da fatia de 2,57% no controle da empresa de energia. Segundo a fundação, o montante vai "gerar liquidez" para o Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP), o mais deficitário e que tinha cerca de 80% dos papéis da fundação. A fundação ainda tem ações livres da CPFL, por meio do fundo Energia São Paulo, e possui 22,78% das cotas. A Sabesprev, que possuía a menor fatia, recebeu R$ 17,77 mi. Com a OPA, a entidade estima receber mais R$ 5,6 mi. Na Funcesp, a fatia correspondia a R$ 1,6 bi. Os recursos serão alocados de forma parecida à distribuição do seu patrimônio atual. (Valor Econômico – 14.02.2017)

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3 Vinci reduz fatia no capital da Cteep

A Cteep informou que a Vinci Equities reduziu sua participação acionária na companhia, de 5,52% para 4,99% do capital social, com a venda de ações detidas por fundos sob a sua gestão — realizadas ontem. Conforme aviso entregue à CVM, restam 5.005.646 papéis preferenciais da Cteep em poder da Vinci. A gestora diz que as operações não objetivam alterar a composição do controle ou estrutura administrativa da empresa de energia. Afirma também que nenhum de seus portfólios detém debêntures conversíveis em ações da Cteep e que nenhum deles é parte de qualquer acordo ou contrato que regule do direito de voto ou compra e venda de papéis da companhia. (Valor Econômico – 14.02.2017)

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4 ESBR terá que transferir ativos de transmissão à Eletronorte

A ESBR terá que transferir ativos de transmissão para a Eletronorte e não será indenizada por isso, decidiu a diretoria da Aneel, conforme despacho publicado no DOU desta segunda-feira, 13 de fevereiro. A Aneel argumentou que as instalações deveriam ser provisórias, porém o agente as utilizou por tempo bem superior ao previsto pela regulação, além disso ainda deixou de fazer os investimentos necessários para adequar a instalação ao padrão exigido no procedimento de rede. A instalação em questão é uma derivação da Linha de Transmissão 230 kV Porto Velho – Abunã, construída provisoriamente para suprir os canteiros de obra da hidrelétrica de Jirau (3.750 MW), localizada no rio Madeira, em Rondônia. Essa instalação deveria ter operado por 18 meses, mas ficou funcionando por 55 meses, beneficiando o agente. Pelas contas da Aneel, a conexão em derivação custou cerca de R$ 3,4 mi. Caso a ESBR tivesse realizado o seccionamento previsto, teria investido mais R$ 10 mi. A ESBR não concorda com a avaliação da Aneel e defende seu direito ao ressarcimento pelos ativos transferidos, aos quais julga ter direito a receber R$ 14 mi. Para a Aneel, porém, a empresa seria beneficiada duas vezes. "Conforme pontuado pela Procuradoria em seu parecer, entendimento diverso ao ora adotado, conduziria a uma decisão que premiaria a recorrente que, ao ultrapassar o prazo de 18 meses e não realizar o seccionamento, seria beneficiada pela inobservância dos diplomas normativos que regem o caso, gastando muito menos do que o que seria necessário para permanecer os 55 meses conectado à rede básica e ainda recebendo uma indenização custeada pelos consumidores", escreveu o relator do processo, diretor da Aneel, Reive Barros. A Eletronorte deverá realizar os investimentos adicionais necessários para transformar a derivação em um seccionamento, necessário para o atendimento das cargas da Eletrobras Distribuição Alagoas. (Agência Canal Energia – 13.02.2017)

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5 Energisa quer captar R$ 320 mi com debêntures

O Conselho de Administração da Energisa aprovou na última sexta-feira, 10 de fevereiro, a emissão de debêntures, no valor total de R$ 320 mi. Serão emitidos 320 mil papéis, com valor unitário de R$ 1 mil, observado que tal montante poderá ser aumentado em até 35% mediante a emissão de debêntures adicionais. Segundo a empresa, os recursos captados serão destinados ao pagamento futuro de gastos com dívidas relacionadas aos projetos de suas controladas. A realização da oferta estará sujeita a, dentre outros fatores, condições de mercado. "A companhia, através da sua área de Relação com Investidores, manterá seus acionistas e o mercado em geral informados acerca da evolução do assunto objeto dessa comunicação", finaliza a nota. (Agência Canal Energia – 13.02.2017)

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6 Matrix expande negócio e passa a oferecer consultoria regulatória e comercial

Com apenas três anos de mercado, a Matrix Energy Trading apresentou um resultado excepcional em 2016, consolidando-se como a maior comercializadora independente de energia do país e a sétima no ranking geral, conforme ranking da CCEE. O faturamento registrado no ano passado totalizou R$ 830 mi, o que na comparação com o resultado de 2015 representou um crescimento de 54,5%, com retorno anual para acionista de 119%. Neste ano, a empresa expandiu seu negócio, oferecendo a partir de 1º de fevereiro, consultoria especializada em regulação e estratégia comercial. Para tanto, contratou a executiva Josiani Napolitano, ex-diretora Comercial da AES Brasil, para liderar a nova área. "Em três anos, a companhia conseguiu, com muito esforço de todos os profissionais que aqui estão, transformar a Matrix na maior trading de energia independente do Brasil", comemorou o diretor-presidente da companhia, Cláudio Monteiro. Segundo o executivo, a contratação de Josiani Napolitano é um ativo estratégico para o sucesso do novo negócio de consultoria estratégica. "O nosso objetivo será prestar consultoria regulatória e comercial para os agentes do setor, sejam clientes livres, cativos, sejam geradores ou autoprodutores, potencializando os resultados financeiros com algumas estratégias de mercado”, disse Josiani. “Já mapeamos e enxergamos muitas oportunidades para maximizar o resultado dessas empresas." Fundada em abril de 2014, a Matrix conta com a multinacional DufEnergy Trading como sócia majoritária (50%). A DufEnergy é a terceira maior trading de energia da Europa, com faturamento anual de 6,5 bi de Euros. Nos últimos nove meses, a Matrix comercializou um volume mensal de 1 GW médio. "Em três anos estamos com todos os indicadores crescentes e consistentes e entregando resultados satisfatórios para os nossos acionistas", afirmou Monteiro. (Agência Canal Energia – 13.02.2017)

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7 GE Grid Solutions tem novo executivo de soluções digitais para América Latina

A GE Grid Solutions tem um novo líder de Soluções Digitais para os segmentos de transmissão e distribuição de energia na América Latina, Rodrigo Salim. O executivo assume o cargo nesta segunda-feira (13/2). Salim entrou na GE em 2012 como pesquisador e, durante os últimos três anos, atuou como Gerente de Desenvolvimento de Negócios no Centro de Pesquisas Global da GE. O novo líder da GE Grid Solutions tem graduação e mestrado em Engenharia Elétrica pela UFRGS e doutorado em Sistemas de Energia pela USP/São Carlos. (Brasil Energia – 13.02.2017)

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Leilões

1 MME prepara mudanças no modelo de contratação de energia

Com alterações pontuais no atual modelo do setor elétrico, o MME trabalha para regulamentar mudanças na forma de contratação de energia elétrica até meados de 2017. Os leilões de energia nova não ficarão mais limitados aos tradicionais A-3 e A-5 e poderão ser realizados com antecedência de três a sete anos em relação à data de início de entrega da energia. Para os certames de energia existente, o início de suprimento poderá ocorrer no mesmo ano ou em até cinco anos após a licitação. As mudanças no mecanismo de contratação do mercado regulado foram feitas no ano passado pela Lei 13.360, resultante da MP 735, mas terão de ser detalhadas em decreto presidencial. A lei estabelece que os futuros contratos de comercialização energia nova terão duração de, no mínimo, 15 anos e, no máximo, 35 anos; enquanto os de energia “velha” terão prazo de um a 15 anos. Paulo Pedrosa, secretário executivo do MME explica que a alteração nos prazos dos leilões são parte de uma série de movimentos de reordenamento do setor elétrico. Entre esses movimentos está a regulamentação do mecanismo de venda de sobras do mercado regulado para o mercado livre, também previsto na Lei 13.360. A autorização permite que as distribuidoras negociem excedentes de energia para reduzir a sobrecontratação, em vez de liquidar as sobras ao PLD. A forma como essa venda será feita ainda será detalhada pela Aneel. Outra novidade serão os leilões antecipados de energia velha. A redução dos contratos de energia conduzida pela Aneel e o leilão de descontratação de energia de reserva anunciado pelo governo, cuja realização deve acontecer em abril como mostrou a Reportagem Especial "Descontratação de reserva mira planejamento", também estão incluídos no conjunto de medidas que tem, entre outros objetivos, a redução dos problemas resultantes das sobras de energia no sistema. Parte do mesmo movimento, completa o secretário, é a redução de subsídios. Pedrosa cita ainda o alinhamento dos critérios de planejamento e de operação do sistema que o MME tenta finalizar há sete meses. (Agência CanalEnergia – 13.02.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios do subsistema SE/CO subiram 0,1% para 39,8% da capacidade, em relação ao dia anterior, no último domingo, 12 de fevereiro, segundo dados do ONS. A energia armazenada no dia ficou em 80.927 MW/mês. A energia afluente armazenável ficou em 75% da MLT acumulada no mês. A usina Furnas opera com 49,04% da capacidade e Emborcação, com 37,12%. No Nordeste, a alta do nível de armazenamento também foi de 0,1%. Com isso, os reservatórios ficaram com 19% da capacidade. A energia armazenada ficou em 9.846 MW/mês no dia. E a energia afluente no mês está em 30% da MLT. A hidrelétrica Sobradinho tem 11,39% da capacidade. A região Sul também registrou elevação de 0,1% nos reservatórios para 55,4% da capacidade. A energia armazenada no dia somou 11.066 MW/mês. A energia afluente está em 85% da média histórica. A hidrelétrica G.B.Munhoz trabalha com 50,02% da capacidade. Na região Norte, houve a alta mais expressiva do armazenamento, de 1,7%, levando os níveis dos reservatórios para 28,3% da capacidade. A energia armazenada ficou em 4.250 MW/mês. A energia afluente armazenável alcançou 44% da média do acumulado no mês. A usina Tucuruí opera com 42,39% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 13.02.2017)

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Energias Renováveis

1 Empresa italiana de montagens de usinas solares detém 90% de participação no mercado de energia fotovoltaica

Será entregue em abril, a obra de 550 hectares, realizada pela Enerray do Brasil, que compreende um sistema fotovoltaico de geração centralizada de energia, construída no estado da Bahia, que terá a capacidade de 254 MWp, com produção anual estimada de cerca de 550 GWh, A energia que será produzida, equivale às necessidades anuais de consumo de mais de 268 mil domicílios brasileiros, evitando a emissão de mais de 180 mil toneladas de CO2 por ano. As obras já realizadas pela Enerray são responsáveis por retirar da atmosfera 524.332,23 toneladas de CO2. O sistema que será entregue em abril, é constituído por 7 subsistemas, instalado com rastreadores de eixo único que permitirão que os módulos fotovoltaicos se movam ao longo do dia sempre acompanhando a posição do sol, aproveitando ao máximo a insolação e maximizando a energia gerada. Esta será a maior usina fotovoltaica da América Latina e contribuirá para atender a demanda de eletricidade no Brasil, que segundo as estimativas até 2020, terá um aumento de consumo em uma taxa média anual de 4%. A obra envolve mais de mil pessoas na construção do projeto e muitas empresas locais fornecem todos os serviços necessários, proporcionando emprego e renda para a comunidade local. Segundo o Diretor da Enerray do Brasil, Thomas Kraus, o Brasil é um mercado com perspectivas de crescimento muito significativas a médio e longo prazo e a Enerray pretende se estabelecer como uma importante empresa no setor de energia renovável. Além da Usina que será entregue em abril, uma outra planta está sendo construída em cerca de 220 hectares, também na Bahia e produzirá 104 MWp. (O Estado de São Paulo – 13.02.2017)

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2 Engie Brasil inicia teste de eólica no Ceará

Foi autorizado pela Aneel o comissionamento de quatro aerogeradores do parque eólico Ouro Verde, da Engie Brasil, totalizando 10,8 MW de capacidade instalada. Segundo despacho publicado no DOU desta segunda-feira, 13 de fevereiro, a usina está localizada no município de Trairi, no Estado do Ceará. A Aneel também liberou os testes de duas turbinas da Central Hidrelétrica Rio Palmeiras, totalizando 740 kW, entre os municípios de Condor e Panambi, no Rio Grande do Sul. (Agência Canal Energia – 13.02.2017)

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3 Steag duplica mercado de O&M na América do Sul após comprar ativos da Statkraft

A empresa alemã Steag concluiu o processo de aquisição dos contratos de operação e manutenção (O&M) da Enex, empresa que pertence a Statkraft Energias Renováveis. Em razão de um acordo de confidencialidade, o valor da operação não foi divulgado. De acordo com Juracy Monteiro, CEO da Steag Energy Services do Brasil, as negociações começaram em 2016 quando a Statkraft decidiu sair do negócio de prestação de serviços de O&M para terceiros. "Em geral, esse é um mercado bastante atrativo para uma empresa como a nossa", afirmou Juracy. "A Steag sempre foi uma empresa interessada em ampliar sua participação no fornecimento de serviços para energias renováveis. A nossa empresa tem grande interesse nisso e já estamos fazendo esse movimento há algum tempo." O serviço de operação e manutenção é um componente estratégico para um ativo de geração, pois está relacionado diretamente à disponibilidade da usina. A maioria dos empregados Enex passará a fazer parte do quadro de funcionários da Steag e continuarão alocados aos contratos de O&M nos respectivos empreendimentos nos quais já prestavam serviços. No total, serão absorvidos 90 funcionários. "A Steag absorveu todos os contratos de O&M com terceiros da Statkraft. Estamos falando de mais um 1 GW de contratos de operação e manutenção para parques eólicos, pequenas e médias centrais hidrelétricas", disse a executiva, que afirmou que a Steag praticamente dobrou seu mercado de O&M na América do Sul após a aquisição. No Brasil há 15 anos, a Steag Energy Services possui experiência na prestação de serviços de engenharia e O&M para o setor de energia na América do Sul e passará a contar também com um Centro de Monitoramento e Operação Remota. "Vimos na operação de aquisição dos contratos da Enex uma oportunidade de entrar mais rapidamente nesse mercado de operação de renováveis, com isso a gente vai montar um centro de monitoramento e operação no Rio de Janeiro, que vai fazer a operação remota e o monitoramento das usinas conectadas ao sistema do ONS ", disse a executiva. (Agência Canal Energia – 13.02.2017)

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Gás e Termelétricas

1 Produção de gás 2,4% maior

A produção de gás natural brasileira chegou a 111,1 milhões de m³/dia em novembro de 2016, o que representa um aumento de 2,4% na comparação com o mês anterior, de acordo com dados do MME.Só nos campos do pré-sal, foram produzidos 45,6 milhões de m³/dia de gás natural no mês, volume 2,7% superior ao registrado em outubro e que corresponde a 41% do total produzido no país. A produção total de petróleo e gás natural no Brasil foi obtida a partir de 8.603 poços, sendo 748 marítimos e 7.855 terrestres. Os campos marítimos produziram 94,5% do petróleo e 76,9% do gás natural do período. Entre janeiro e novembro de 2016, as usinas brasileiras produziram 3,5 bilhões de litros de biodiesel, um decréscimo de 3,8% em relação ao mesmo período de 2015 (3,63 bilhões de litros). Só em novembro, a produção foi de 310 milhões de litros, ainda segundo o ministério. A produção total de etanol foi de 27,7 bilhões de litros nos doze meses, volume 7,5% inferior ao ano de 2015. O etanol anidro, utilizado na mistura com gasolina, conseguiu segurar uma alta de 1%, somando 11,2 bilhões de litros em 2016. Já a produção de hidratado foi de 16,5 bilhões de litros. Com relação à demanda do período, o Brasil consumiu 26,3 bilhões de litros de etanol no último ano, sendo 15,4 bilhões de litros de hidratado e 10,9 bilhões de anidro. (Brasil Energia – 13.02.2017)

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2 MME indica coordenadores para comitê de gás natural

Foram escolhidos os coordenadores e relatores dos grupos de trabalho do CT-GN, fruto do programa Gás para Crescer cujo objetivo é gerir as mudanças previstas para o setor de gás natural brasileiro. Os representantes de cada subcomitê foram escolhidos pelo MME, que coordena o CT-GN, com a contribuição de associações, órgãos reguladores e agentes públicos e privados do setor. Confira na imagem abaixo as instituições nomeadas para coordenar cada área de trabalho. Lista de coordenadores e relatores dos subcomitês temáticos do CT-GN (Fonte: MME). A partir da nomeação, os subcomitês terão um prazo para apresentar um plano de trabalho para o CT-GN. A ideia é que o comitê faça as correlações entre os planos de trabalho, medidas e atividades dos grupos, segundo o ministério. O comitê foi instituído na 33ª reunião do CNPE, realizada em dezembro de 2016, como uma das medidas do Gás para Crescer. No período de 6 a 10 de fevereiro, o CT-GN realizou oito reuniões, com os temas que deram origem aos grupos de trabalhos listados. (Brasil Energia – 13.02.2017)

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3 Fim da greve da Gasmig

A distribuidora Gasmig fechou na sexta-feira (10/2) um acordo com os representantes do Sintec-MG para dar fim à greve dos funcionários, que já durava quatro dias. Em comunicado, a concessionária de gás natural mineira informou que o Sintec concordou em suspender a greve no sábado (11/2), contanto que a Gasmig apresente uma nova proposta de acordo coletivo até a próxima terça (14/2). Os funcionários do corpo técnico industrial da distribuidora reivindicaram a volta do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) de 2012, que teria sido retirado pela Gasmig na atualização do acordo coletivo de trabalho, além do pagamento da PLR, que corresponde à parcela da participação dos trabalhadores no lucro da empresa, de acordo com o sindicato. Segundo a Gasmig, o Sintec foi o único sindicato, dentre os dez que representam trabalhadores da concessionária, a se recusar a fechar o novo acordo coletivo. “Dos 50 sindicalizados [no quadro da empresa], apenas 13 aderiram à greve, o que representa apenas 6% do total de colaboradores da Gasmig, hoje composto por 218 profissionais”, afirmou. Durante o período de paralisação, o Sintec manteve o quadro mínimo de funcionários previsto por lei. A Gasmig informou que os serviços de distribuição de gás natural não foram afetados ou comprometidos nesse período. (Brasil Energia – 13.02.2017)

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Economia Brasileira

1 Déficit da balança de serviços voltará a crescer em 2017 e deve atingir US$ 33 bi

Depois de redução significativa no ano passado, o déficit da balança de serviços deve voltar a crescer em 2017, mas de forma bastante controlada, avaliam economistas ouvidos pelo Valor. Em meio ao quadro de retomada vagarosa da atividade e trajetória mais tranquila do câmbio, com depreciação aquém do previsto, as estimativas para o saldo negativo do Brasil com o exterior nessa conta estão por volta de US$ 33 bilhões para este ano. Na passagem de 2015 para 2016, a diferença entre o que o país gastou e o que recebeu nas transações internacionais relativas a serviços caiu 17,5%, para US$ 30,449 bilhões ¬ menor rombo desde 2010. A alta esperada no déficit para este ano, portanto, é modesta, e não chega a ter impacto expressivo sobre o total de balanço de pagamentos, cujo saldo negativo também deve aumentar em ritmo lento, tanto nas estimativas do mercado quanto do Banco Central. Segundo Fernando Rocha, chefe¬adjunto do Departamento Econômico do BC, o déficit nos serviços em 2016 foi bem distribuído entre os setores de aluguel de equipamentos, de viagens e de transportes, com recuo de ao menos US$ 2 bilhões na passagem anual em cada uma das contas. Na conta de aluguel de equipamentos, que tem maior peso no déficit de serviços, o saldo negativo foi de US$ 19,506 bilhões no ano passado, queda de 9,4% em relação a 2015. Esse desempenho foi relacionado à retração dos investimentos na economia, disse Rocha. Houve, ainda, redução de 26,4% do déficit em viagens ao exterior, para US$ 8,473 bilhões, enquanto o saldo negativo de transportes caiu de US$ 5,664 bilhões para US$ 3,731 bilhões. Lia Valls, do IbreFGV, afirma que a retração no déficit de viagens foi forte em função da recessão econômica. Nos últimos meses do ano, no entanto, houve alguma retomada de gastos dos brasileiros no exterior, que também são fortemente afetados pela variação do câmbio. (Valor Econômico – 13.02.2017)

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2 Demanda por crédito aumenta 5% em janeiro

A demanda do consumidor por crédito aumentou 0,5% em janeiro, ante o mesmo período em 2016, de acordo com a Serasa Experian. Em janeiro do ano passado, a demanda caiu 2,6% ante o mesmo período em 2015. Ante dezembro, a demanda de janeiro de 2017 caiu 1,7%, dado sem ajuste sazonal. Os dados fracos da demanda por crédito refletem o grau de endividamento, a renda apertada e o desemprego do consumidor, além das condições ainda difíceis de crédito, apesar do recuo da inflação e do juro básico. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a procura por crédito aumentou entre consumidores de baixa renda: alta de 0,2% para quem recebe até R$ 500 por mês; de 0,7% para quem ganha entre R$ 500 e R$ 1.000 mensais; e 0,8% para os que recebem entre R$ 1.000 e R$ 2 mil. Já nas faixas mais altas, houve queda de 0,2% entre R$ 2 mil e R$ 5 mil mensais e de 1,0% para quem ganha R$ 5 mil e R$ 10 mil. Na análise por região, houve recuo da demanda por crédito no Norte (¬5,1%); Centro Oeste (¬1,1%) e Nordeste (¬0,2%). Na direção contrária, houve avanço na demanda do consumidor por crédito no Sul (+3,7%) e no Sudeste (+0,6%), em janeiro ante janeiro de 2016. (Valor Econômico – 13.02.2017)

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3 Governo busca derrubar resistências à idade mínima para aposentadoria

As mudanças na lei trabalhista fazem parte do arcabouço de argumentos que o governo tem reunido para derrubar uma das principais resistências dos sindicalistas à fixação da idade mínima de 65 anos para aposentadoria como está previsto na proposta de reforma da Previdência. Na avaliação dos críticos, a idade mínima de 65 anos poderá complicar o acesso dos trabalhadores mais pobres à aposentadoria diante do temor de perda do emprego e dificuldade de se recolocar no mercado entre 55 e 60 anos de idade. Em entrevista ao Valor, o assessor especial do Ministério do Planejamento, Arnaldo Lima, explicou que o governo federal "não está inerte" e que acredita que a modernização da legislação trabalhista vai ajudar na inserção das pessoas no mercado, principalmente, a população com mais de 55 anos. Segundo Lima, dados do IBGE mostram que a população aposentada e que permanece no mercado formal de trabalho saltou de 3,765 milhões em 1995 para 5,462 milhões em 2015. Ou seja, há mercado de trabalho para as pessoas que forem atingidas pela reforma da Previdência Social. O que vai acontecer é que a aposentadoria deixará de ser um complemento de renda, onerando o governo, e será solicitada apenas quando o trabalhador realmente sair do mercado. "Sabendo que estruturalmente mais pessoas estarão ofertando mão de obra, nós teremos a modernização da legislação", afirmou Lima, acrescentando que, se as mudanças nas regras de concessão de aposentadorias e pensões entrassem em vigor hoje, representariam acréscimo de 45 mil pessoas com mais de 54,5 anos no mercado de trabalho. Um dos pontos da alteração das regras trabalhistas que podem ajudar na geração de novos postos de trabalho é a possibilidade de contratação de trabalhadores por um regime parcial de tempo, ou seja, por um determinado número de horas. (Valor Econômico – 13.02.2017)

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4 Vendas do comércio em 2016 têm pior resultado desde 2001, aponta IBGE

O volume de vendas no varejo restrito caiu 2,1% em dezembro na comparação com novembro, já descontados os efeitos sazonais, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta terça¬feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata¬se da maior queda para meses de dezembro desde o início da série histórica da pesquisa, em 2001. Na comparação com dezembro de 2015, o varejo restrito dimuinuiu 4,9%. Com o resultado, o comércio restrito teve queda de 6,2% em 2016, o pior ano da série histórica. No ano passado, o restrito recuou 4,3%. O resultado de dezembro ante novembro veio pior que a média estimada pelo Valor Data, apurada junto a 24 economistas e instituições financeiras, de recuo de 1,8%. O intervalo das estimativas ia de alta de 0,7% até queda de 3,1%. A queda ante dezembro de 2015 foi maior que a retração de 4,5% estimada pelos economistas. O IBGE também informou que a receita nominal do varejo restrito caiu 2,1% em dezembro ante novembro, feito o ajuste sazonal. Na comparação com dezembro de 2015, a receita nominal do varejo restrito teve alta de 2%. Em 2016, no acumulado do ano, a receita nominal do comércio subiu 4,5. (Valor Econômico – 14.02.2017)

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5 Índice oficial mais brando em janeiro coloca projeções do Focus abaixo de 4,5%

As expectativas dos economistas do mercado financeiro para a inflação melhoraram de forma acentuada, após o IPCA registrar 0,38%, a menor alta para janeiro desde o início da série do indicador, em dezembro de 1979. O mercado passou a ver o IPCA abaixo da meta de 4,50% neste ano. Para os analistas Top 5, isso se repetirá em 2018. De acordo com o boletim Focus, do BC, a mediana das estimativas para o IPCA em 2017 caiu de 4,64% para 4,47%. Há um mês estava em 4,80%. Caso se confirme, será a menor inflação desde 2009, quando a taxa foi de 4,31%. A mediana para 2018 permaneceu em 4,50%. O Top 5 de médio prazo, o grupo que mais acerta as previsões, também reduziu suas projeções, de 4,45% para 4,15% em 2017, e de 4,50% para 4,21%, em 2018. A divulgação do IPCA de janeiro desencadeou uma série de revisões para baixo entre bancos e consultorias. O Itaú cortou a projeção para 2017 de 4,7% para 4,4%, mesmo corte feito pelo Bank Of America Merrill Lynch, enquanto o Bradesco reduziu a estimativa de 4,5% para 4,2%. Algumas casas ainda veem o IPCA acima da meta, caso do Credit Suisse, que reduziu a projeção de 5,2% para 4,7%, mesma previsão da 4E Consultoria. A Tendências Consultoria prevê 4,8%. O Focus mostra que as projeções mínimas e máximas para o IPCA 2017 estão se deslocando para uma banda mais baixa. De 3 para 10 de fevereiro, a inflação mínima esperada para o ano caiu de 4% para 3,69%, enquanto a máxima cedeu de 5,53% para 5,47%. O teto da meta para este ano é de 6%. (Valor Econômico – 13.02.2017)

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6 Dólar ontem e hoje

Hoje às 9h12, o dólar comercial caía 0,14%, a R$ 3,1058, depois de alcançar R$ 3,1203 na máxima logo após a abertura (+0,33%). Ontem o dólar comercial fechou em ligeira alta de 0,01% a R$ 3,1101. (Valor Econômico – 13.02.2017 e 14.02.2017)

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Internacional

1 Argentina: Destacam uma melhora na produtividade de Vaca Muerta

Um relatório da consultoria HUB Energia revelou que a produtividade de Vaca Muerta, na Argentina, aumentou ano passado. O relatório divulgado por especialistas de energia registrou aumento de 46% na produção de gás de xisto em dezembro de 2016 em relação ao mesmo mês de 2015. O relatório anual "Hidrocarbonetos Não Convencionais na Argentina" indicou que a produção de gás de xisto atingiu 5,1 MMmcd em dezembro de 2016, representando 4% do total produzido no país e 7% da bacia de Neuquen. Assim, uma melhoria de 46% frente a dezembro de 2015 foi registrada. Enquanto isso, a produção de tigh gás atingiu 22,6 MMmcd em dezembro 2016, representando 19% do total produzido no país e 32% da bacia de Neuquen. Esta variação representou um aumento de 29% em relação a dezembro de 2015. Por outro lado, a produção de gás não convencional total atingiu 39% do total produzido no país. Uma melhoria de 32% frente a dezembro de 2015. Enquanto isso, a produção de petróleo não convencional em dezembro 2016 foi 200.400 m3, 19% da bacia e 8% do país. O relatório também revelou que durante 2016 perfuraram 268 poços, 69 poços a menos que no ano anterior, uma queda de 20%. Enquanto isso, o número de poços de gás natural totalizou 191 poços, uma melhoria de 11%, representando 71% de todos os poços perfurados em reservatórios não convencionais. (Inversor Energético – Argentina – 13.02.2017)

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2 Bolívia: Governo prepara contrato com a Argentina para a venda inicial de 120 MW, com o objetivo de alcançar 1.000 MW

O governo pretende negociar com as autoridades da Argentina a venda de até 120 MW, com a intenção de chegar nos próximos quatro anos a exportar 1.000 MW, disse segunda-feira o ministro da Energia, Rafael Alarcon. As negociações estarão sob uma agenda comum definida com autoridades do Ministério de Energia e Minas. Nos próximos meses, anunciou, realizará reuniões em Buenos Aires para avançar com a realização dos acordos. "O contrato de oportunidade estabelece uma gama de entre 80 e 120 MW, a nossa intenção é chegar a pelo menos 1.000 MW nos próximos três ou quatro anos," antecipou ao La Razón. Em novembro de 2016, o ministro de Hidrocarbonetos, Luis Alberto Sanchez, relatou o progresso nas negociações com o governo de Mauricio Macri para finalizar o encerramento do contrato. Na época, ele estimou que poderia ocorrer no primeiro semestre deste ano. Os presidentes Evo Morales e o da Argentina, Mauricio Macri, preparam uma agenda bilateral visando a reunião a ser realizada em abril. As chancelarias e os ministérios dos dois países serão os que definirão os acordos a serem assinados, incluindo os relacionadas com a área de hidrocarbonetos e a área de energia. (La Razón – Bolívia – 13.02.2017)

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3 Lucro da Vestas aumenta 40,8% em 2016

A dinamarquesa Vestas anunciou um líquido recorde para o ano de 2016. Os ganhos da fabricante de aerogeradores somou 965 mi de euros, ante resultado de 685 mi de euros do ano de 2015. As receitas da empresa somaram 10,237 bi de euros. O resultado ebitda somou 1,826 bi de euros, margem de 17,8%, um aumento de 3,4 pontos porcentuais ante o reportado pela companhia em 2015. O pedido de turbinas aumentou de 8.943 MW para 10.494 MW. No ano foram produzidas 4.264 unidades que juntas possuem capacidade de geração de 9.957 MW. Esse volume de fabricação representa um aumento de 934 unidades em 2015 cuja capacidade instalada somava 7.948 MW. O valor da carteira de pedidos de serviços da empresa aumentou em 1,8 bi de euros para 10,7 bi de euros. Os investimentos da empresa europeia somaram 617 mi de euros. A empresa atribuiu os números do ano de 2016 à execução estável da carteira de pedidos tanto para aerogeradores como para serviços. E a expectativa para 2017 e de que a receita possa alcançar um nível entre 9,25 a 10,25 bi de euros. Os investimentos totais deverão recuar a até 350 mi de euros. Sobre o mercado brasileiro, a Vestas destacou que este ainda é o maior da América Latina, apesar de as mudanças na Argentina e México, que introduziram leilões de energia estão se abrindo a novas oportunidades de crescimento. Em 2016 o número de pedidos no país somou 371 MW. Mas, lembrou que não houve novas contratações no ano passado, o que deverá representar um desafio no curto prazo. Na América Latina foram entregues 873 MW ante apenas 336 MW no ano de 2015, sendo que o Brasil respondeu por 182 MW, atrás de Chile onde foram entregues 297 MW e México com 198 MW. (Agência Canal Energia – 13.02.2017)

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4 Para manter produção elétrica, lago é completamente drenado na Bósnia

Um imenso lago artificial em Jablanica, na Bósnia e Herzegovina, desapareceu completamente este mês, num desastre ambiental que alterou a rotina dos pescadores e moradores da região. A estimativa é que o lago abrigava 2 milhões de peixes, que morreram ou migraram. Segundo ativistas, as chuvas e o derretimento do gelo estão fazendo o lago reaparecer, mas o dano ecológico deve levar anos para ser reparado. Normalmente, o lago tem cerca de 30 quilômetros de extensão, com profundidade de até 70 metros. O nível da água é regulado para geração de energia elétrica e a prevenção de enchentes na cidade de Mostar. Por esse motivo, os moradores ficaram surpresos ao verem que o lago foi completamente drenado no início desse mês. A descarga foi realizada pela companhia energética Elektroprivreda BiH. O motivo alegado foi a necessidade da manutenção da produção de energia durante um período especialmente seco e frio, que elevou a demanda por causa dos arquecedores. Em comunicado, a empresa defendeu que a operação não provocou um desastre ambiental e que o lago se recuperará, como já aconteceu no passado. Durante períodos de seca em 2005 e 2012, os níveis do lago Jablanica ficaram baixos, mas nunca ao ponto de secar completamente, como neste ano. O lago abriga cerca de dez espécies de peixe, incluindo a truta adriática, ameaçada de extinção. Em entrevista à revista “New Scientist”, Alen Soldo, da Universidade de Split, na Croácia, disse ser claro que o desaparecimento do lago afetou o habitat dos peixes. Os animais que não puderam ser realocados nem conseguiram migrar certamente morreram. Além disso, a migração em massa dos peixes do Jablanica para outras partes da bacia do Neretva, já ocupadas por outros peixes, altera completamente os ecossistemas. Samir Dug, da Universidade de Sarajevo, visitou a região para avaliar o impacto, mas disse ainda não estar claro se danos foram causados à vida selvagem. O pesquisador disse ainda que os pescadores deveriam tirar proveito da situação limpando o lago e removendo o lixo que foi exposto com a drenagem das águas. Para Petra Remeta, da ONG WWF, o episódio aponta para um problema maior na região: a falta de um gerenciamento integrado das fontes de água. É a mesma opinião de Anes Podic, da ONG Eko Akcija, que lamenta a falta de monitoramento de como as alterações no nível das águas afetam o ecossistema. (O Globo – 13.02.2017)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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