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IFE: nº 4.264 - 13 de fevereiro de 2017
http://gesel.ie.ufrj.br/
gesel@gesel.ie.ufrj.br
lEditor:Prof. Nivalde J. de Castro

Índice

Regulação e Reestruturação do Setor
1
GESEL discute Impactos da Geração Distribuída Fotovoltaica na EPE
2 GESEL: Curso de Conhecimentos Básicos de Engenharia Elétrica é encerrado com sucesso
3 Aneel prevê maior indenização à transmissora Cteep por renovação de contratos
4 Aneel libera EOL e CGH

Empresas
1 Belo Monte depende da Eletrobrás
2 Ônus no pacote da Norte Energia
3 Furnas ainda espera por decisão da Aneel para parques atrasados
4 Light segue em busca de compradores para fatia na hidrelétrica Itaocara
5 Enel Ceará é multada em R$ 10 mi
6 Consumo total nas concessões da Energisa cai 1,6% no ano
7 Subsidiárias da CPFL Energia aprovam até R$ 2,88 bi em captações
8 Cosern investiu R$ 261 mi em 2016 e melhorou índices de qualidade

9 Comercializadora nasce com meta de operar 100 MW médios em 2017

Leilões
1 Leilão de descontratação de energia de reserva em abril
2 Decreto nas próximas semanas
3 MME: leilão de descontratação é parte de um processo de readequação do setor

4 Previsibilidade de novas contratações

5 Aneel assina contratos do leilão de transmissão 13/2015

Oferta e Demanda de Energia Elétrica
1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil
2 Consumo de energia deve ter leve alta em fevereiro, prevê ONS
3 ONS reduz projeção de chuva na área de hidrelétricas do Sudeste em fevereiro

4 Comércio, serviços e saneamento têm maiores altas na demanda em fevereiro

5 Preço spot de energia sobe 8%, exceto no Nordeste

6 Horário de verão termina no próximo domingo

Meio Ambiente
1 Senador Hélio José destaca operação do primeiro ônibus movido a energia solar

Energias Renováveis
1 Eólica em expansão apesar da baixa demanda
2 Energia eólica atrai investidor no Brasil mesmo com crise, diz Vestas
3 Brasil fecha 2016 em nono no ranking eólico mundial

Gás e Termelétricas
1 Brasil fecha 2016 em nono no ranking eólico mundial

Economia Brasileira
1 Queda da inflação deve contribuir com melhora da confiança, diz BC
2 Déficit da balança de serviços voltará a crescer em 2017 e deve atingir US$ 33 bi

3 Estoques podem impulsionar PIB no 1º semestre
4 Após queda recorde do IPCA em janeiro, mercado revê índice para baixo
5 Dólar ontem e hoje

Internacional
1 Argentina: Emergência do Setor Elétrico
2 Celsia começará a construir usina solar colombiana de 10 MW em março
3 Portugal: Almaraz prepara renovação da exploração após 2020
4 Grupo francês Nexans anuncia resultados financeiros globais do exercício de 2016


Regulação e Reestruturação do Setor

1 GESEL discute Impactos da Geração Distribuída Fotovoltaica na EPE

Pesquisadores do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL) do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ) fizeram no prédio do escritório-central da EPE, no centro do Rio de Janeiro, uma apresentação intitulada “Impactos da Geração Distribuída Fotovoltaica: lições internacionais”. A palestra, que faz parte do Programa de Intercâmbio Acadêmico GESEL-EPE, apresentou resultados da etapa de análise de experiências internacionais do projeto “Impactos dos Recursos Energéticos sobre o Setor de Distribuição", vinculado ao Programa de P&D da Aneel e executado pelo GESEL em parceria com o Grupo Energisa. Os pesquisadores falaram sobre as conclusões obtidas a partir de reuniões nos EUA com diversos órgãos dentre distribuidoras, órgãos reguladores e operadores de sistema sobre a implementação da Geração Distribuída Fotovoltaica e seus impactos, trazendo lições importantes para o setor elétrico brasileiro. (GESEL-IE-UFRJ – 13.02.2017)

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2 GESEL: Curso de Conhecimentos Básicos de Engenharia Elétrica é encerrado com sucesso

O Curso de Conhecimentos Básicos de Engenharia Elétrica, coordenado pelo professor Djalma Falcão, professor do Programa de Engenharia Elétrica da COPPE/UFRJ, se encerrou na última sexta-feira (10/02). As aulas, que tinham como objetivo oferecer conhecimentos gerais a mestrandos e doutorandos que permitissem entender ainda mais o setor elétrico, se inserem nos eventos comemorativos de 20 anos do GESEL e fazem parte também do Programa de Intercâmbio Acadêmico GESEL-EPE. O coordenador Djalma Falcão falou sobre a experiência de ministrar o curso. Para assistir o depoimento, clique aqui. (GESEL-IE-UFRJ – 13.02.2017)

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3 Aneel prevê maior indenização à transmissora Cteep por renovação de contratos

A Aneel deverá elevar os valores que a transmissora de eletricidade Cteep tem direito a receber pela renovação de contratos de concessão antes do vencimento no final de 2012. Um relatório da área de fiscalização da agência concluiu que a indenização para a companhia deverá ser calculada sobre um valor líquido dos bens (VBR) de 4,09 bilhões de reais, ante 3,9 bilhões considerados anteriormente. A Cteep havia entrado com recurso na agência no qual pedia que fosse considerado um VBR de 5,14 bilhões de reais. A conclusão dos técnicos da agência deve elevar os valores que a elétrica receberá a partir de julho deste ano, quando será paga a indenização, referente a investimentos feitos pela empresa nas linhas de energia que ainda não haviam sido amortizados quando da renovação dos contratos. Segundo o relatório da fiscalização da Aneel, o valor bruto dos bens (VNR) para fins de indenização à Cteep será de 16,14 bilhões de reais, ante 11,285 bilhões considerados anteriormente. O documento afirma que a área analisou um recurso da Cteep para revisão dos valores reconsiderou itens, como a conciliação físico­contábil dos ativos, para chegar aos novos números. Em relatório na quinta­feira, analistas do banco UBS estimaram que a elevação na base de ativos a serem indenizados vai representar uma geração de caixa adicional para a Cteep, o que pode impactar positivamente em 2 reais por ação as ações da companhia­­­ um ganho de 300 milhões de reais em valor de mercado. "Notadamente, os novos dados devem ainda ser aprovados pelos diretores da Aneel em uma de suas reuniões semanais", escreveu o analista Marcelo Sá. Procurada, a Cteep não respondeu imediatamente pedidos de comentário. (Reuters – 10.02.2017)

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4 Aneel libera EOL e CGH

A Aneel liberou a EOL Ventos de São Virgílio 02, localizada no município de Simões, no estado do Piauí, para operar comercialmente. O benefício foi para UG1 a UG5, de 2,3 MW cada, totalizando 11,5 MW de capacidade instalada. A Aneel também liberou o início da operação em teste na CGH Willy Faller, localizada no município de Anita Garibaldi, em Santa Catarina. A liberação foi para UG1 de 1 MW de capacidade instalada. (Agência CanalEnergia – 10.02.2017)

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Empresas

1 Belo Monte depende da Eletrobrás

A venda do bloco de controle da Norte Energia, 50,02%, concessionária da hidrelétrica de Belo Monte, depende da anuência da estatal Eletrobras que junto com suas subsidiárias, é dona de 49,98% de Belo Monte. A exigência da aprovação do negócio por parte da Eletrobras faz parte de uma cláusula incluída no acordo de acionistas da Norte Energia. Ainda conforme essa fonte, não se prevê entrave pelo lado estatal em aprovar o negócio. Além disso, a própria Eletrobras poderá entrar no negócio e pôr à venda suas participações. A holding tem plano de levantar R$ 4,6 bi em venda de ativos neste ano e essa seria uma boa oportunidade. Em nota, a estatal informou não ter conhecimento sobre negociações do controle da Norte Energia. "Caso o bloco controlador venda mesmo sua participação, a companhia irá analisar se exercerá ou não seu direito ao tag along", destacou. O caso é semelhante ao da usina de Santo Antonio, à venda pelos controladores (Odebrecht, Andrade Gutierrez e Cemig). O processo está mais avançado e deve receber proposta firme em março. A estatal está fora do bloco de controle. A expectativa dos vários acionistas privados da Norte Energia, incluindo fundos de pensão, é que o negócio seja fechado por mais de R$ 10 bi. Os compradores ainda assumiriam um financiamento de R$ 22 bi. O Bradesco BBI foi contratado para prospectar interessados no negócio. A decisão de vender suas participações em conjunto foi tomada nos últimos meses. Desde o ano passado, alguns acionistas sondaram o mercado para sair da hidrelétrica, já em fase de geração de energia no Pará. A conclusão que tiveram, porém, foi de que o negócio só seria interessante ao comprador caso ele levasse o controle. (Valor Econômico – 13.02.2017)

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2 Ônus no pacote da Norte Energia

A venda da Norte Energia não será um processo simples. Um dos problemas é a parcela de 20% de energia descontratada da usina, originalmente destinada ao mercado livre. As empresas precisam garantir a contratação dessa energia a preço mínimo de R$ 185 o MWh para obter um empréstimo de R$ 2 bi do BNDES. A questão é alvo de arbitragem entre os sócios, que queriam fazer a Eletrobrás contratar essa energia. O atrito gerado nessa discussão foi um dos motivos que levou os sócios privados da usina a decidirem pela venda. A necessidade de aportes regulares nas obras por eles ­ alguns em situação financeira delicada ­ foi outro fator que pesou na decisão. Segundo a fonte, são necessários R$ 5 bi para concluir a obra ­ outro possível obstáculo para fechamento do negócio. A Norte Energia informa que das 24 máquinas previstas, dez estão operando. (Valor Econômico – 13.02.2017)

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3 Furnas ainda espera por decisão da Aneel para parques atrasados

O desligamento de 13 Sociedades de Propósito Específico que têm Furnas e FIP Caixa Milão como sócias não deverá ainda ser efetivada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. A subsidiária da Eletrobras ainda espera pelo julgamento do mérito da ação pela Agência Nacional de Energia Elétrica que pede a prorrogação dos contratos de concessão em decorrência dos atrasos provocados pela recuperação judicial da fornecedora de aerogeradores, a WPE, que fazia parte da IMPSA. De acordo com a assessoria de imprensa de Furnas, a Aneel indeferiu o pedido de efeito suspensivo para a decisão da CCEE em desligar as SPEs na qual a empresa possui participação minoritária, bem como a cobrança das penalidades por descumprimento de obrigações. Contudo, afirma que “o mérito deste recurso ainda será analisado e deliberado pela própria agência reguladora”. A questão envolve as SPEs Bom Jesus Eólica, Cachoeira Eólica, Carnaúba I, II, III e V, Cervantes I e II, Pitimbu, Punau I, São Caetano e São Caetano I, bem como a São Galvão Eólica. Juntos esses projetos somam 245 MW em capacidade instalada que foram negociados no Leilão de Energia de Reserva no. 5/2013 nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte. A empresa pede para que a Aneel estenda o cronograma de operação para 24 meses após a decisão da diretoria. Em meados de 2016 houve uma primeira tentativa que foi negada pela Aneel. O início do fornecimento estava originalmente previsto para setembro de 2015. (Agência CanalEnergia- 10.02.2017)

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4 Light segue em busca de compradores para fatia na hidrelétrica Itaocara

A elétrica Light está em busca de interessados na aquisição de sua fatia majoritária na hidrelétrica de Itaocara, um empreendimento de 150 MW entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais que ainda não teve as obras iniciadas. Licitada em 2015, a usina precisa entrar em operação no final de 2019. Os investimentos foram estimados na época do certame em cerca de R$ 1 bi por Light e Cemig, que detêm 51% e 49% no negócio, respectivamente. No ano passado, a Light chegou a anunciar um acordo de exclusividade junto à francesa EDF para que esta avaliasse a usina de Itaocara, mas os europeus decidiram não fazer uma oferta pelo ativo. "A Light continuará avaliando propostas de interessados", disse a Light . O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que reúne autoridades para acompanhar o ritmo de obras de usinas e linhas de energia, já vê o início da operação de Itaocara atrasando para entre maio e julho de 2020. O comitê aponta probabilidade de postergação da entrada em operação da usina devido a "atraso no início de obra" e também por "possíveis problemas societários (Light saindo)". Tanto Light quanto sua controladora Cemig enfrentam problemas de elevado endividamento, o que tem feito as empresas buscarem alternativas, como a venda de ativos. (Reuters – 10.02.2017)

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5 Enel Ceará é multada em R$ 10 mi

A Enel Distribuição Ceará foi multada em R$ 15,4 mi pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce) após fiscalização realizada entre 22 e 24 de março de 2010 que teve como objetivo avaliar aspectos comerciais da prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica. A multa, porém, foi reduzida para R$ 10,5 mi após a empresa entrar com recurso na Aneel questionado a dosemetria da multa. Durante a fiscalização, a Arce identificou 28 desconformidades, entre elas está a ausência de banheiros, rampas de acesso e até pisos quebrados em agências da Coelce. (Agência CanalEnergia – 10.02.2017)

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6 Consumo total nas concessões da Energisa cai 1,6% no ano

O consumo total de energia no mercado livre, cativo e não faturado das concessionárias do Grupo Energisa somou 28.493 GWh, uma queda de 1,6% na comparação com o resultado do ano passado. Com isso a receita operacional líquida consolidada da empresa, deduzidas a receita de construção, totalizou R$ 10,3 bi, redução de 2,6% nessa mesma base de comparação. À exceção da concessão em Tocantins, que apresentou crescimento de 3,8% todas as demais recuaram no ano passado, destaque para a Energisa Minas Gerais com queda de 6,4%. De acordo com o Boletim de Relações com Investidores mensal da empresa, as vendas de dezembro de 2016 apresentaram decréscimo de 0,3% em relação ao mesmo mês do ano passado. No sentido contrário está o desempenho do mercado livre em função do volume de migrações para o ACL com crescimento de 27,3% nesses 30 últimos dias do ano. Enquanto isso, o ACR teve um consumo 4,9% menor em decorrência dessas mudanças, temperatura média mais amena e alto índice pluviométrico no Centro-Oeste e Norte. Um dos destaques dado pela Energisa foi o novo crescimento de consumo pela classe residencial, o grupo mais representativo da empresa, com aumento de 0,1% em dezembro. Já a demanda industrial consolidada nos mercados livre e cativo caiu 3% no mês, apesar de negativa a empresa ressaltou que é o menor indicador de retração no ano. (Agência CanalEnergia – 10.02.2017)

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7 Subsidiárias da CPFL Energia aprovam até R$ 2,88 bi em captações

O conselho de administração da CPFL Paulista aprovou a captação de recursos que somam até R$ 2,2 bi. Os mecanismos que poderá utilizar são empréstimos e rolagem de dívidas atuais em moeda estrangeira com swap para CDI bem como cessão de swap em garantia, crédito rural, CDB, notas promissórias, entre outros. Na mesma data foi a vez de outra subsidiária do grupo, a CPFL Geração aprovar captação de até R$ 679 mi por esse mesmo rol de mecanismos financeiros. (Agência CanalEnergia – 10.02.2017)

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8 Cosern investiu R$ 261 mi em 2016 e melhorou índices de qualidade

A Cosern investiu R$ 261 mi em modernização e expansão do sistema elétrico do Rio Grande do Norte – quase 30% a mais do que em 2015. A concessionária registrou melhora em seus indicadores de qualidade. O DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor) apresentou redução de 8% em relação a 2015 e o índice de perdas não técnicas (1,05%) atingiu seu menor patamar nos últimos cinco anos. A Cosern agregou ao seu sistema 1.378 km de redes de média tensão e 1.108 km de baixa tensão. Mesmo num contexto macroeconômico adverso, com pressões sobre custos financeiros e operacionais, a Cosern registrou Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) de R$ 329 mi e lucro líquido de R$ 181 mi. A Cosern chegou ao fim de 2016 com 1.386.855 consumidores ativos, um aumento de 2,84% em sua base de clientes em relação a 2015. A energia distribuída cresceu 1,28% se comparada ao ano anterior, totalizando 5.582 GWh, sendo 85% referente ao mercado cativo e 15% ao mercado livre, resultando em aumento de 4% da receita operacional bruta. No campo da responsabilidade socioambiental, merece destaque a parceria entre a Cosern e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef): 49 municípios potiguares receberam o Selo Unicef Município Aprovado, que reconhece ações desenvolvidas para reduzir desigualdades que afetam a vida de milhares de crianças e adolescentes no semiárido. Em 2016, a Cosern também recebeu o Selo Energia Sustentável do Instituto Acende Brasil para o período 2017-2019, na categoria prata, e foi eleita pelo segundo ano consecutivo como uma das 35 melhores empresas para se trabalhar no Brasil pela pesquisa Great Place to Work 2016, e uma das 150 melhores pelo Guia Você S.A. 2016. (Agência CanalEnergia – 10.02.2017)

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9 Comercializadora nasce com meta de operar 100 MW médios em 2017

A Total Comercializadora, empresa do grupo Total Energia, iniciou suas operações neste mês com o objetivo de comercializar 100 MW médios em seu primeiro ano de atividade, disse o CEO do grupo, Rodrigo Pedroso. "Como começamos a operar em fevereiro, ainda não temos nenhum contrato fechado, mas esperamos chegar ao final de 2017 entre 80 e 100 MW médios comercializados e a partir de então consolidar um crescimento mínimo de 20% ao ano.". O portfólio de projetos soma 2 GW de capacidade, entre empreendimentos operacionais, em construção ou em desenvolvimento, com pequenas centrais hidrelétricas, eólica e solar. Sua atuação abrange tanto a participação em leilões promovidos pelo governo federal, quanto geração distribuída e mercado livre. O modelo de negócio da Total Comercializadora buscará dar suporte à comercialização do portfólio próprio, mas também trabalhará em parceria com outros geradores e comercializadoras. A nova empresa contará com o apoio da equipe de backoffice de geração, mas o comando ficará sob a responsabilidade de Nathália Caiado, Head of Trading. "Ela vai comandar todas as operações de comercialização da Total. É uma pessoa que tem experiência de mercado", destacou Pedroso. (Agência CanalEnergia – 10.02.2017)

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Leilões

1 Leilão de descontratação de energia de reserva em abril

O MME prevê realizar em abril o primeiro leilão de descontratação de energia de reserva, que faz parte de um conjunto de ações da pasta para reorganizar o setor, revelou o secretário-executivo do MME, Paulo Pedrosa, com exclusividade à Brasil Energia nesta sexta-feira (10/2). Segundo ele, o critério de saída das usinas será pelo preço negociado nos respectivos leilões, associado a um pagamento de prêmio. Voltado apenas para contratos de reserva, aqueles negociados para cobrir o lastro de garantia física de usinas contratadas pelas distribuidoras, o foco do leilão será beneficiar o consumidor com uma queda no custo da energia de reserva. “O que a gente está pensando hoje é uma combinação do preço da energia e mais o pagamento do prêmio. Se eu tenho uma energia mais cara, a prioridade é descontratá-la. Se tenho um contrato de R$ 500/MWh e outro de R$ 300/MWh, vou descontratar o primeiro. Agora, se tiver dois contratos de R$ 500/MWh, eu vou descontratar o que pagar o prêmio maior”, detalha. De acordo com o secretário, os prêmios pagos pelas empresas para descontratar os projetos serão depositados na Coner, sendo usados para pagar a energia que permanece contratada. A intenção é que esses pagamentos sejam realizados de uma vez, no ato da descontratação. Além disso, as autorizações e condições para que os projetos sejam construídos devem ser desfeitas, evitando que entrem imediatamente em novos leilões de contratação de energia. Em outras palavras, as autorizações dos projetos que aderirem deixam de existir. O discurso é o de atender ao interesse dos consumidores e não às expectativas do setor, sem dar margem para movimentos “oportunistas” de empresas, que poderiam tentar vender energia do mesmo projeto descontratado por um valor mais alto em novo leilão. (Brasil Energia – 10.02.2017)

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2 Decreto nas próximas semanas

Nesta quarta-feira, o ministro Fernando Coelho Filho se reuniu com o presidente Michel Temer para apresentar, entre outras pautas, a proposta do leilão de descontratação. “Agora estamos fechando tecnicamente o decreto para apresentar ao ministro na semana que vem e dar início à sua aprovação”, diz o secretário-executivo do MME, Paulo Pedrosa. Esse decreto, explica, deve atribuir à Aneel a responsabilidade de regular o leilão. A partir da publicação, uma audiência pública será aberta para debater a proposta. O potencial de descontratação do leilão ainda será definido pela EPE, mas Pedrosa adianta que o ministério espera concorrência para devolver os projetos. Aqueles que não conseguirem descontratar no leilão e não entrarem em operação, sofrerão as penalidades previstas pela Aneel. (Brasil Energia – 10.02.2017)

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3 MME: leilão de descontratação é parte de um processo de readequação do setor

O leilão de descontratação de reserva não é uma ação isolada do MME, mas parte de um processo de readequação do setor, avalia o secretário-executivo do MME, Paulo Pedrosa. Esse conjunto de ações também incluí a possibilidade de venda de sobra de energia de contratos das distribuidoras para o mercado livre; o aperfeiçoamento do preço de curto prazo; o redimensionamento da garnatia física de usians existentes para o próximo ano e uma maior resposta da demanda, prevista na lei 13.360/2016, cita o executivo. Na avaliação de Pedrosa, essas ações estruturantes devem reposicionar o setor elétrico para lidar com uma realidade para a qual não estava preparado: a de uma economia sem crescimento. Assim, os modelos indicavam nos últimos anos a necessidade de contratação de energia mesmo com uma desaceleração da economia. “O pior é que o sistema fica com uma programação para ter uma sobra. E essa sobra pode desestimular novos investimentos e, no futuro, pode ter falta de energia de novo”, comenta. (Brasil Energia – 10.02.2017)

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4 Previsibilidade de novas contratações

O MME está realizando um processo de “organização” do setor, que pretende terminar nesse primeiro semestre, de acordo com o secretário-executivo do MME, Paulo Pedrosa. “Até o meio do ano a gente vai fazer, digamos assim, uma tomografia computadorizada dos dados disponíveis do setor elétrico, criar mecanismos de eficiência. Para então retomar um ciclo de pensar quais são os leilões que a gente pode fazer para o futuro”, afirma o executivo, lembrando que o MME criou recentemente modalidade de contratação com maior antecedência, o A-7. “Isso é importante para dar previsibilidade para os investimentos em geração. Talvez não seja uma quantidade enorme, mas a gente já começa a organizar os fabricantes, os investimentos”, diz Pedrosa. O executivo reconhece que o cancelamento do último leilão de reserva foi uma sinalização ruim para o segmento, mas defende que foi uma decisão condizente com a realidade do país. “O Brasil tem uma vocação muito grande para as renováveis. O ministério está enfrentando o problema do subsídio, que é grande, mas isso não é uma ação contra as energias que hoje são subsidiadas. Pelo contrário: existe uma visão de um papel muito importante para o setor elétrico brasileiro da solar, eólica, biomassa e pequenas centrais. E queremos desenhar um modelo em que elas tenham previsibilidade, para a indústria também se preparar, mas dentro da realidade”, afirma. (Brasil Energia – 10.02.2017)

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5 Aneel assina contratos do leilão de transmissão 13/2015

Foram assinados na última sexta-feira (10/2), na sede da Aneel, em Brasília (DF), os 21 contratos de concessão referentes à segunda etapa do Leilão de Transmissão nº 13/2015, realizado pela Agência em 28/10/2016, em São Paulo. Participaram do evento representantes dos vencedores do certame e, pela Agência, o diretor-geral Romeu Donizete Rufino, os diretores André Pepitone e José Jhurosa, o superintendente substituto de Concessões e Autorizações da Transmissão e Distribuição (SCT) Adilson Rufato e o presidente da Comissão Especial de Licitações da ANEEL Romário Batista. Na abertura da reunião, o diretor-geral destacou a relevância desse leilão para o setor elétrico e a importância da entrega dos empreendimentos nos prazos contratuais ou, mesmo, antecipadamente, previsão que consta do edital que regeu a licitação. O diretor José Jhurosa, relator do processo referente ao certame, também frisou a necessidade do cumprimento dos contratos de concessão, com respeito aos prazos e especialmente ao consumidor de energia elétrica. Para o diretor André Pepitone, os resultados do leilão foram fundamentais para a retomada do crescimento do país, tanto pelo valor do investimento (R$ 11,6 bilhões) quanto pela geração de 24 mil empregos diretos. Na sequência à assinatura dos contratos, Adilson Rufato fez uma apresentação dos pontos de inovação incorporados ao certame e dos procedimentos que fazem parte da gestão dos contratos de concessão. (Aneel – 10.02.2017)

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Oferta e Demanda de Energia Elétrica

1 Níveis dos reservatórios pelo Brasil

Os reservatórios na região Nordeste estão operando com volume de 18,7%, registrando aumento de 0,2% em comparação com o dia anterior. Os dados são do ONS, referentes ao último dia 9 de fevereiro. A energia armazenada é 9.702 MW/mês e a ENA é 4.194 MWm, que é o mesmo que 29% da MLT armazenável no mês até o dia. A usina de Sobradinho está operando com 11,44% da capacidade. Na região Norte, os reservatórios operam com 25% do volume, aumentando 0,2% em relação ao dia anterior. A energia armazenada na região é 3.755 MW/mês e a ENA é 6.453 MWm, que é o mesmo que 39% da MLT. A usina de Tucuruí está operando com volume de 36,96%. No submercado SE/CO, os reservatórios estão operando com 39,4% da capacidade, 0,3% a mais que o registrado anteriormente. A energia armazenada é 80.083 MW/mês e a ENA é 54.502 MWm, que é o mesmo que 76% da MLT. A usina de Furnas está operando com volume de 48,86% e a de Nova Ponte com 30,18%. No Sul, houve queda de 0,7%, o que deixou os reservatórios operando com volume de 56%. A energia armazenada na região é 11.181 MW/mês e a ENA é 6.504 MWm, que é equivalente a 86% da MLT. A usina de Barra Grande opera com 49,31% da capacidade. (Agência CanalEnergia – 10.02.2017)

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2 Consumo de energia deve ter leve alta em fevereiro, prevê ONS

O ONS ampliou ligeiramente a expectativa de consumo de energia no país em fevereiro, passando para 69.470 MWm. Com isso, a previsão de alta de consumo ante fevereiro de 2016 aumentou em 0,1 p.p, para 1,8%. O operador também reduziu a previsão de volume de chuvas em fevereiro no subsistema SE/CO, o principal do país. O órgão ajustou a estimativa de volume de chuvas de 85% para 80% da média histórica para fevereiro. Com isso, o ONS reduziu a previsão de nível de armazenamento nos reservatórios hidrelétricos do SE/CO para o fim deste mês, de 44,5% para 43,6% da capacidade total. Os lagos das usinas das duas regiões marcam atualmente 39,38% de armazenamento. (Valor Econômico – 10.02.2017)

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3 ONS reduz projeção de chuva na área de hidrelétricas do Sudeste em fevereiro

As chuvas na região dos reservatórios das hidrelétricas do Sudeste do Brasil, onde está concentrada a maior parte da capacidade de armazenamento, deverão atingir neste mês em torno de 80 % da média histórica, ante 85 % estimados na semana anterior, apontou nesta sexta-feira relatório do ONS. Já a carga de energia do SIN em fevereiro deverá subir 1,8 % na comparação anual, ante projeção anterior de 1,7 %, disse o ONS. (Reuters – 10.02.2017)

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4 Comércio, serviços e saneamento têm maiores altas na demanda em fevereiro

Os setores de comércio, serviços e saneamento foram os ramos de atividade que tiveram maiores altas no consumo de energia na primeira semana de fevereiro, de acordo com dados prévios da CCEE, respectivamente, com 115,5% (para 649 MWm), 86,8% (1.027 MWm) e 76,2% (195 MWm) de aumento. Os percentuais são reflexo da migração ainda elevada de consumidores para o mercado livre, avalia a CCEE no Boletim InfoMercado Semanal Dinâmico. Descontando a movimentação, o comércio apresentou alta de apenas 0,5% na demanda, enquanto o setor de serviços registrou elevação de 2,7%. O segmento de saneamento teve alta de 5,1%, ex-migrações. Entre os dias 1° e 7/2, o consumo de energia no SIN alcançou 63.010 MWm, 2,9% acima do verificado. No mercado livre, a alta foi de 20,1%, para 16.991 MWm, mas excluindo-se a migração, a demanda teria retração de 2,4%. No mercado regulado, veriicou-se retração no consumo de 2,3%, que sem a saída de consumidores implicaria em alta de 0,4%. Em ambos os ambientes, a CCEE já desconsidera também a ocorrência do feriado de Carnaval. A produção de energia cresceu 4,0% no período, para 66.270 MWm, com alta de geração de 9,4% na geração hidráulica e de 20% na geração eólica. (Brasil Energia – 10.02.2017)

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5 Preço spot de energia sobe 8%, exceto no Nordeste

O PLD foi fixado em R$ 120,97/MWh no Sudeste, Sul e Norte, aumento de 8%, enquanto para o Nordeste caiu 7%, de R$ 171,33/MWh para R$ 159,77/MWh, em média. Os valores são válidos para a próxima semana operativa do mês, de 11 a 17 de fevereiro, informou a CCEE. O PLD é formado por uma série de variáveis, entre elas a expectativa de chuvas e de carga de energia. Segundo a CCEE, as afluências esperadas no sistema devem cair de 74% para 72% da MLT, acima da média histórica para o mês apenas no Sul (107%) e abaixo nos submercados Sudeste (80%), Nordeste (31%) e Norte (55%). Já a expectativa de carga para a próxima semana está 100 MWm maior quando comparada com a previsão da última semana, com elevação apenas no Norte. Não houve alterações da carga nas demais regiões. A redução do PLD no Nordeste, esclareceu a CCEE, foi causada pela queda na cotação do combustível utilizado na usina térmica UTE Porto do Pecém 1, cujo CVU é base para cálculo do preço no submercado (usina térmica marginal). Os limites de intercâmbio referentes ao recebimento de energia do Nordeste são atingidos, fazendo com que os preços deste submercado fiquem descolados em relação aos demais. Já os níveis dos reservatórios do SIN ficaram aproximadamente 650 MWm acima do esperado com elevações no Sudeste (+410 MWm), Nordeste (+570 MWm) e Norte (+90 MWm), enquanto o volume de energia no Sul teve redução de 420 MWm. O fator de ajuste do MRE para fevereiro foi revisto para 112,3% e os ESS são esperados em R$ 186 mi para o período, sendo R$ 166 mi referentes à segurança energética. (Agência CanalEnergia – 10.02.2017)

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6 Horário de verão termina no próximo domingo

O horário de verão acaba no próximo domingo, a partir da 0h, quando os relógios devem ser atrasados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro¬-Oeste. A medida, em vigor desde outubro, tem como objetivo aproveitar melhor a luz solar durante o período do verão, além de estimular o uso consciente da energia elétrica. Com isso, o uso de energia gerada por termelétricas pode ser evitado, reduzindo o custo da geração de eletricidade. A previsão do governo é que o horário de verão deste ano resulte em economia de R$ 147,5 mi. Na edição anterior (2015/2016), a adoção do horário de verão possibilitou redução de gastos de R$ 162 mi. (Valor Econômico – 12.02.2017)

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Meio Ambiente

1 Senador Hélio José destaca operação do primeiro ônibus movido a energia solar

O senador Hélio José (PMDB-DF) em pronunciamento no Plenário disse que o veículo faz os percursos de ida e volta, de 50 quilômetros, entre o campus da Universidade Federal de Santa Catarina e o Centro de Pesquisa e Capacitação em Energia Solar Fotovoltaica, no Sapiens Parque, em Florianópolis, desde dezembro de 2016. O ônibus faz o trajeto quatro vezes ao dia, com zero emissão de poluentes, e reduz em um terço o tempo gasto para o deslocamento. A eletricidade para a locomoção é gerada por fonte limpa, renovável e silenciosa, conhecida por fotovoltaica, com o aproveitamento dos raios solares. Quando estiver parado no trânsito, o ônibus não consumirá energia, como acontece com os veículos com motores a combustão. A tecnologia de frenagem regenerativa gera energia por meio das rodas, que é enviada para as baterias e reaproveitada. O investimento na tecnologia foi de R$ 1 milhão, considerado baixo pelo senador diante dos inúmeros benefícios da iniciativa. Hélio José destacou a parceria entre a universidade, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e empresas privadas para a viabilização do projeto. (Agência Senado – 10.02.2017)

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Energias Renováveis

1 Eólica em expansão apesar da baixa demanda

A fonte eólica amplia seu papel de protagonista no SIN. Os 402 parques eólicos conectados ao SIN produziram 3.741 MWm de energia elétrica em dezembro de 2016, o que representa um crescimento de 35,5% frente ao mesmo período do ano anterior, quando foram entregues 2.971 MWm, de acordo com a CCEE. O volume de energia produzido por todas as usinas do país que fornecem energia ao SIN chegou a 62.006 MWm no mês, aumento de 0,3% na mesma comparação (61.819 MWm). A variação quase nula da geração de energia do país deixa ainda mais evidente o movimento ascendente da fonte eólica, que continua crescendo apesar da retração da demanda. Além da eólica, a fonte hidráulica também apresentou elevação no último ano. As usinas hidrelétricas e PCHs produziram 48.327 MWm de energia, volume 9,6% superior na comparação com dezembro de 2015, segundo a entidade. Por outro lado, a participação das usinas termelétricas na entrega de energia ao SIN caiu 34,5% em dezembro. Mais uma vez, a redução é resultado do desligamento de usinas com CVU mais alto e mais poluentes, como é o caso das térmicas a óleo diesel, cuja produção de energia ficou 66,6% menor. A usinas nucleares também tiveram diminuição significativa no mês, de 40,7% na base anual. Com relação à representatividade das fontes na matriz energética brasileiras, a hidráulica foi responsável por 78% do total gerado em dezembro, seguida pelas usinas termelétricas, com 16%, e pelas eólicas, com 6% da energia. (Brasil Energia – 10.02.2017)

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2 Energia eólica atrai investidor no Brasil mesmo com crise, diz Vestas

Os investidores seguem interessados em construir ou comprar usinas de energia eólica no Brasil mesmo em meio à maior recessão do país em décadas e após o cancelamento no final do ano passado de um leilão que contrataria novos projetos, disse o presidente no país da fabricante dinamarquesa de equipamentos eólicos Vestas. Com a menor demanda por eletricidade decorrente da crise, que levou o governo a cancelar o leilão agendado para dezembro, deverá haver mais movimentações de fusões e aquisições no setor de renováveis, como a compra no mês passado de um complexo eólico da Renova Energia pela AES Tietê, explicou Rogério Zampronha, que comanda a Vestas Brasil. O Brasil foi o oitavo maior mercado mundial da Vestas em 2016, segundo o executivo, com 371 MW em turbinas vendidas, um número próximo dos cerca de 360 MW em 2015. Ele estima que a Vestas tenha conquistado cerca de 41% dos pedidos de turbinas fechados por investidores de usinas eólicas no Brasil em 2016. No curto prazo, o ambiente no Brasil deve seguir desafiador, devido à queda na demanda, mas a Vestas esta confiante quanto ao potencial de longo prazo para expansão das eólicas no país, onde essas usinas já competem em custos com as tradicionais hidrelétricas e são mais baratas que as demais fontes de energia. Outra aposta da Vestas é no compromisso do Brasil com o Acordo de Paris, que prevê uma expansão da presença das renováveis na matriz elétrica --eólica, solar e biomassa-- de 10% para 23% até 2030. A Vestas inaugurou no início de 2016 uma fábrica em Aquiraz, no Ceará, e passou a poder vender turbinas a clientes com os generosos financiamentos estatais do BNDES. (Reuters – 10.02.2017)

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3 Brasil fecha 2016 em nono no ranking eólico mundial

O Brasil subiu uma posição no ranking de capacidade instalada total de energia eólica em 2016, para o nono lugar, com 10,74 GW, à frente da Itália, que encerrou o ano passado com 9,2 GW, segundo dados da Global Wind Energy Council (GWEC), divulgados pela Abeeólica. No entanto, o país perdeu uma posição no ranking de nova capacidade instalada no ano, para a Índia, ficando no quinto lugar, com 2 GW novos em operação no setor. A Índia ultrapassou o país, com 3,6 GW. Segundo o relatório anual Global Wind Statistics 2016, foram adicionados no ano passado 54,6 GW de geração eólica no mundo, contabilizando total de 486,7 GW de potência instalada. Dez anos antes, o total era de 73,96 GW. Na região que engloba América Latina e Caribe, o país manteve-se líder nos rankings de nova capacidade e potência instalado total, com 71% do total acumulado e 65% das novas instalações realizadas em 2016. (Brasil Energia – 10.02.2017)

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Gás e Termelétricas

1 Justiça suspende venda da NTS para a Brookfield

A Justiça Federal de Sergipe suspendeu a venda de 90% da transportadora de gás NTS, que havia sido negociada entre a Petrobras e a Brookfield. Esta era a última da série de sete ações iniciadas em Sergipe que aguardavam análise do pedido de suspensão liminar da venda em 1ª instância. O negócio está avaliado em US$ 5,2 bilhões e já foi aprovado pelo Cade. A decisão foi tomada na 2ª Vara Federal do TRF-5, pelo juiz Marcos Antônio Garapa, o mesmo que já concedeu liminar para suspender a venda da Petroquímica Suape e da Citepe para a Alpek. A ação, assim como as outras seis abertas em Sergipe, é conduzida pela advogada Raquel de Oliveira Sousa. O juiz Marco Antônio Garapa fundamentou a decisão no risco de a conclusão do negócio, se for julgado ilegal, gerar danos à Petrobras, e em indícios de que a forma como o acordo com a Brookfield foi alcançado, não respeita princípios legais. “Ainda que se trate de operação empresarial, um ente da Administração Pública não pode escolher a quem vender parte de seu patrimônio, a seu inteiro talante e sem observância da legalidade, pois pode ser que haja outros interessados no mesmo negócio e tal pluralidade de interesses poderia determinar elevação no preço da alienação, em razão da competição dos compradores”, afirma o juiz na decisão. As partes foram notificadas nesta sexta-feira (10/2) e cabe recurso. (Brasil Energia – 10.02.2017)

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Economia Brasileira

1 Queda da inflação deve contribuir com melhora da confiança, diz BC

A queda da inflação deve melhorar os indicadores de confiança dos agentes privados no país, disse nesta sexta¬feira o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel. Os indicadores melhoraram no início do segundo semestre do ano passado, caíram, e agora em janeiro voltaram a subir com o arrefecimento dos preços. Nesta semana, o IBGE informou que o IPCA – indicador oficial de inflação do país – subiu 0,38% em janeiro, a menor taxa para o período desde o início da série histórica, em 1979. “Os indicadores de confiança começaram a reagir, oscilaram, mas mostraram uma tendência melhor que em períodos anteriores. Houve, uma acomodação e é um sinal positivo para os próximos trimestres. Alguns fatores podem ser associados a esse comportamento. A própria evolução mais favorável da inflação tende a melhorar os indicadores de confiança”, afirmou, durante apresentação do Boletim Regional, em Belo Horizonte. Em outro momento da apresentação, ao citar a descompressão dos núcleos de inflação, Maciel observou que, independentemente da medida que se está olha os preços, há mostras de um processo de desinflação. Segundo ele, o país está conseguindo superar os efeitos inflacionários recentes provocados pela alta de preços administrados e também dos alimentos. “Estamos superando o choque dos preços monitorados e dos preços de alimentos”, disse ele. As taxas de inflação estão agora mais bem comportadas". Em todas as regiões do Brasil, a tendência é de retração dos preços, apontou ele. Ao falar do aumento da oferta propiciada pela safra robusta esperada para este ano, Maciel disse que o cenário é favorável para manter os preços dos alimentos mais comportados. (Valor Econômico – 10.02.2017)

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2 Déficit da balança de serviços voltará a crescer em 2017 e deve atingir US$ 33 bi

Depois de redução significativa no ano passado, o déficit da balança de serviços deve voltar a crescer em 2017, mas de forma bastante controlada, avaliam economistas ouvidos pelo Valor. Em meio ao quadro de retomada vagarosa da atividade e trajetória mais tranquila do câmbio, com depreciação aquém do previsto, as estimativas para o saldo negativo do Brasil com o exterior nessa conta estão por volta de US$ 33 bilhões para este ano. Na passagem de 2015 para 2016, a diferença entre o que o país gastou e o que recebeu nas transações internacionais relativas a serviços caiu 17,5%, para US$ 30,449 bilhões ¬ menor rombo desde 2010. A alta esperada no déficit para este ano, portanto, é modesta, e não chega a ter impacto expressivo sobre o total de balanço de pagamentos, cujo saldo negativo também deve aumentar em ritmo lento, tanto nas estimativas do mercado quanto do BC. Segundo Fernando Rocha, chefe¬adjunto do Departamento Econômico do BC, o déficit nos serviços em 2016 foi bem distribuído entre os setores de aluguel de equipamentos, de viagens e de transportes, com recuo de ao menos US$ 2 bilhões na passagem anual em cada uma das contas. Na conta de aluguel de equipamentos, que tem maior peso no déficit de serviços, o saldo negativo foi de US$ 19,506 bilhões no ano passado, queda de 9,4% em relação a 2015. Esse desempenho foi relacionado à retração dos investimentos na economia, disse Rocha. Houve, ainda, redução de 26,4% do déficit em viagens ao exterior, para US$ 8,473 bilhões, enquanto o saldo negativo de transportes caiu de US$ 5,664 bilhões para US$ 3,731 bilhões. Lia Valls, do Ibre¬FGV, afirma que a retração no déficit de viagens foi forte em função da recessão econômica. Nos últimos meses do ano, no entanto, houve alguma retomada de gastos dos brasileiros no exterior, que também são fortemente afetados pela variação do câmbio. (Valor Econômico – 13.02.2017)

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3 Estoques podem impulsionar PIB no 1º semestre

A recomposição dos estoques, depois de um longo ciclo de ajuste, pode dar um impulso relevante para a atividade econômica no primeiro semestre de 2017, mesmo que a recuperação da demanda seja modesta. Nas contas do Itaú, por exemplo, a variação de estoques pode contribuir com 0,74 ponto da alta de 1% esperada para o PIB de 2017, depois de três anos consecutivos em que a contribuição foi negativa. Já a demanda agregada (a soma do consumo do governo, das famílias, dos investimentos e das exportações, já líquidas das importações) deve adicionar apenas 0,23 ponto ao PIB. "A demanda vai ficar de lado, mas vai ser atendida mais por produção do que por estoques. Essa é a história para 2017", diz Felipe Salles, economista do banco. É a aposta nessa recuperação cíclica, combinada à perspectiva de cortes mais rápidos da Selic, que tem levado o banco e outras instituições a apostar em crescimento em torno de 1% em 2017, enquanto o consenso estima expansão de 0,5% no ano. O ciclo de ajuste de estoques pode ajudar na recuperação porque, sem precisar se desfazer daquelas mercadorias que estavam acumuladas, os empresários podem aumentar a produção mesmo que o consumo cresça pouco. O setor em que esse movimento é mais visível é na indústria automotiva, no qual o volume de carros parados nos pátios encerrou 2016 em 176,2 mil unidades, o menor valor, em termos absolutos, desde 2009. Em janeiro, esse número aumentou para 186,4 mil veículos, segundo dados da Anfavea, que reúne as montadoras instaladas no país. Estoques ajustados contribuíram para a recuperação esboçada pelo setor no quarto trimestre do ano passado, quando a produção de veículos aumentou 5,5%, enquanto a atividade na indústria como um todo caiu 0,7% no período, segundo dados do IBGE. (Valor Econômico – 13.02.2017)

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4 Após queda recorde do IPCA em janeiro, mercado revê índice para baixo

As expectativas dos analistas do mercado financeiro para a inflação melhoraram de forma acentuada na última semana, informa nesta segunda-feira (13) o boletim Focus, do Banco Central, que tem data de corte em 10 de fevereiro, sexta-feira passada. A queda nas projeções ocorre após o IBGE ter informado que o IPCA subiu apenas 0,38% em janeiro, a menor taxa para o mês desde o início do Plano Real, em 1994. Em uma série mais longa, anterior à criação do Real, a taxa foi a menor desde 1979. Em 12 meses, o IPCA cedeu de 6,29% para 5,35%. No Focus, a mediana das estimativas para o IPCA deste ano caiu de 4,64% para 4,47%, abaixo, portanto, da meta de 4,50% perseguida pelo Banco Central. A mediana para 2018 permaneceu em 4,50%. Os analistas do Top 5 de médio prazo, os que mais acertam as previsões, esperam que também em 2018 a inflação fique abaixo da meta. Eles reduziram suas projeções para 2017, de 4,45% para 4,15% e, para 2018, de 4,50% para 4,21%. Quanto à taxa de juros, o mercado em geral manteve a expectativa de que a Selic termine este ano em 9,50%, projeção igual à do Top 5. Os analistas também mantiveram a projeção de 9% para o fim de 2018, enquanto o grupo dos cinco reduziu a aposta de 9,50% para 9,38%. Quanto à atividade, o mercado diminuiu pela segunda semana consecutiva a expectativa para o crescimento do PIB neste ano, de 0,49% para 0,48%, mas elevou a projeção para o ano que vem, também pela segunda semana, de expansão de 2,25% para 2,30%. (Valor Econômico – 13.02.2017)

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5 Dólar ontem e hoje

Hoje, às 10h06, o dólar comercial subia 0,30%, a R$ 3,1190, depois de alcançar R$ 3,1221 na máxima. O dólar comercial fechou em queda de 0,58% a R$ 3,1097. (Valor Econômico – 13.02.2017 e 10.02.2017)

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Internacional

1 Argentina: Emergência do Setor Elétrico

De acordo com informações fornecidas por fontes próprias o MME argentino foi instruído a desenvolver um programa de ações necessárias em relação aos segmentos de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica de jurisdição nacional, (colocá-lo em prática e implementar ), a fim de ajustar a qualidade e segurança do fornecimento de eletricidade, garantindo a prestação de serviços públicos de energia elétrica em condições técnicas e econômicas adequadas. A fim de incentivar os investimentos necessários pelos Agentos Geradores para a manutenção e aumento da disponibilidade de seus equipamentos, tornou-se necessário adaptar os critérios de remuneração a condições economicamente razoáveis, previsíveis e eficientes, através de compromissos de médio prazo. Enquanto isso, se implementarão gradualmente mecanismos reguladores que, ordenados aos princípios orientadores das Leis n. 15.336 e 24.065 que compõem o Quadro Regulatório Elétrico, permitam transferir totalmente a responsabilidade direta de contratação de demanda dos Agendes Distribuidores e Grandes Usuários do MEM (Mercado Elétrico Atacadista). (Inversor Energético – Argentina – 10.02.2017)

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2 Celsia começará a construir usina solar colombiana de 10 MW em março

A empresa Celsia SA anunciou que iniciará a construção de sua usina fotovoltaica de 9,9 MW no próximo mês, na Colômbia. Nomeada de Celsia Solar Yumbo, a usina solar será composta de 35 mil painéis solares espalhados por uma área de 18 hectares na cidade de Yumbo, região do Valle del Cauca. O projeto está sendo desenvolvido pela empresa Empresa de Energia del Pacifico SA, uma subsidiária da Celsia. Uma vez operacional, a Solar Yumbo deve ser capaz de gerar cerca de 16 GWh por ano, o suficiente para atender a demanda anual de 8 mil casas locais. A usina fotovoltaica deverá entrar em operação no terceiro trimestre deste ano, observou a empresa. Com este projeto solar, a empresa busca adquirir o know-how para o desenvolvimento de plantas fotovoltaicas de grande escala na Colômbia, no Panamá e em outros países da região, afirmou o líder de engenharia da Celsia, Carlos Salazar. Atualmente, a Celsia está desenvolvendo projetos de energia solar em quatro departamentos na Colômbia e um no Panamá. (Brasil Energia – 10.02.2017)

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3 Portugal: Almaraz prepara renovação da exploração após 2020

A administração da central nuclear de Almaraz (CNA), instalada na região de Cáceres, já está preparando a documentação necessária para poder renovar o período de exploração que acaba em 2020, adiantaram à agência Efe elementos da empresa. A estrutura existente “está preparada para operar para além dos 40 anos”, assumem as mesmas fontes, enquanto o Conselho de Segurança Nacional (CSN) espanhol vai mais longe, admitindo a possibilidade de as centrais nucleares operarem durante 60 anos. A CNA tem um prazo até 8 de Junho deste ano para entregar a documentação obrigatória, que inclui um “plano integrado de avaliação e gestão do envelhecimento das instalações”. A administração de Almaraz vai ter ainda de apresentar um estudo de segurança que inclua análises sobre o envelhecimento das estruturas, dos sistemas e componentes da central num período de operação a longo prazo, salienta a Efe. Terá ainda de apresentar uma proposta de revisão das especificidades técnicas de funcionamento, incluindo as mudanças necessárias para manter a operação a longo prazo, e uma proposta de revisão do plano de gestão de resíduos correspondente à operação nestas circunstâncias. Uma vez apresentada a documentação, prossegue a agência Efe, as infraestruturas da CNA “serão auditadas e inspecionadas pelo CSN, que deverá emitir um parecer. Se for negativo, terá carácter obrigatório e vinculativo, e se for positivo, a última palavra cabe ao respectivo ministério” acentua. Entretanto o Partido Podemos, logo que tomou conhecimento da pretensão da empresa que detém a exploração da central de Almaraz, de renovar o contrato, mostrou-se contra o alargamento da atividade de “uma central que cumprirá 40 anos em 2020”, período para que foi “programada e concebida.” A agência Efe sublinha que ao longo dos últimos anos foram investidos na “segurança, modificações e atualizações tecnológicas na central nuclear de Almaraz” mais de 600 mi de euros. O Bloco de Esquerda, entretanto, já anunciou que vai solicitar a audição do ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, no Parlamento. (Público – Portugual – 10.02.2017)

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4 Grupo francês Nexans anuncia resultados financeiros globais do exercício de 2016

O Grupo global francês do setor de cabos e sistemas de energia Nexans anuncia suas demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2016, conforme aprovado pelo Conselho de Administração em sua reunião de 8 de fevereiro de 2017 presidida por Georges Chodron de Courcel. No anuncio apresentou-se que sua margem operacional aumentou 24% em relação ao mesmo período do ano anterior para 242 milhões de euros, apesar de uma diminuição orgânica de 1,2% nos volumes de vendas. As vendas para 2016 atingiram 5.814 milhões de euros a preços correntes dos metais e 4.431 milhões de euros a preços constantes dos metais, o que representa uma diminuição orgânica de 1,2% em relação a 2015. Tendo em vista a rentabilidade do Grupo, será recomendado um pagamento de dividendos de 0,5 euro por ação na próxima Assembleia Geral Ordinária ". A margem operacional totalizou 242 milhões de euros, um aumento de 47 milhões de euros em relação aos 195 milhões de euros registrados em 2015, o que já era um aumento em relação ao ano anterior. A margem operacional para 2016 representou 5,5% das vendas a preços constantes dos metais, contra 4,2% em 2015. Houve ainda retorno ao lucro do Grupo, com 61 milhões de euros de lucro líquido do exercício contra uma perda líquida de 194 milhões de euros em 2015. Enquanto sua dívida líquida esteve estável em 211 milhões de euros em 31 de dezembro de 2016, apesar de uma saída de caixa de 86 milhões de euros para custos de reestruturação, foi proposto dividendo de 0,5 euros por ação. Comentando a performance do grupo em 2016, o Diretor Presidente da Nexans Arnaud Poupart-Lafarge, afirmou que "2016 foi o segundo ano da implantação do nosso plano estratégico e consideramos que nosso desempenho foi satisfatório em função do contexto operacional, marcado por uma depressão no setor de Petróleo e Gás. Apesar do menor volume de vendas, nossa margem operacional aumentou mais uma vez, principalmente graças à implementação efetiva de nossas iniciativas estratégicas que geraram os resultados esperados. Estes resultados, combinados com as entregas programadas para grandes projetos no negócio submarino de alta voltagem nos próximos meses, significam que estamos embarcando em 2017 confiantes em nossa capacidade de crescer tanto nossas vendas quanto na margem operacional" (O Estado de São Paulo – 13.02.2017)

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Equipe de Pesquisa UFRJ
Editor: Prof. Nivalde J. de Castro (nivalde@ufrj.br)
Subeditor: Fabiano Lacombe
Pesquisador: Rubens Rosental
Assistentes de pesquisa: Gustavo Batista, Michelle Godoy, Müller Nathan Rojas, Renato Araujo, Vitória Cavalcante.

As notícias divulgadas no IFE não refletem necessariamente os pontos da UFRJ. As informações que apresentam como fonte UFRJ são de responsabilidade da equipe de pesquisa sobre o Setor Elétrico, vinculada ao NUCA do Instituto de Economia da UFRJ.

Para contato: ifes@race.nuca.ie.ufrj.br

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